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Ludoterapia como mecanismo para entender traumas

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20
		THAMIRES LORENA MOREIRA
ludoterapia como mecanismo para compreender traumas.
iNDAIATUBA
2022
THAMIRES LORENA MOREIRA
ludoterapia como mecanismo para compreender traumas.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera Indaiatuba, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Psicologia.
Orientador: Adriana Flausino.
Indaiatuba
2022
thamires lorena moreira
ludoterapia como mecanismo para compreender traumas.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera Indaiatuba, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Psicologia.
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Indaiatuba, 4 de Junho de 2022.
					
Dedico este trabalho, a pequena Thamires Lorena de 20 anos atras. Eu prometi que conseguiria.
AGRADECIMENTOS 
Eis que é chegado o momento final e um dos mais difíceis neste trabalho: a expressão dos mais sinceros agradecimentos a alguns contribuidores, diretos e indiretos, para o desenvolvimento deste trabalho. 
Quem está aqui me desaloja, me afeta e produz movimento em mim. 
A Deus, pelo olhar atento e caridoso.
Aos meus pais Valdir e Maria, por sempre me mostrarem o quão capaz eu era de conquistar meus sonhos, pelo profundo amor e pelas oportunidades oferecidas. 
Meus irmãos, Giulia, Yuri e Malu, por serem minha força diária, e o motivo de eu querer ser uma pessoa melhor a cada dia.
A Carol, por me ajudar em tudo, e não medir esforços nunca para me ajudar a enxergar o tamanho da minha força.
Nosso pequeno Bernardo, nossa felicidade e dose de amor diária.
Meus avós, Cilso e Diva, por acreditarem no meu potencial as vezes bem mais que a mim.
A todos colegas de sala e professores, que passaram na minha vida ao logo desses cinco anos, todos tiveram um lugar essencial nessa trajetória. 
E principalmente aquela colega que me incentivou a desistir no começo, meu profundo agradecimento, você me incentivou ainda mais conquistar o meu sonho, e torço para que você conquiste o seu.
Descobrir nossa liberdade na experiência da outra pessoa é semelhante
 a uma ascensão, uma promoção, na qual o e se coloca incessantemente 
e revela um novo e necessário compromisso com o bem-estar dos demais.
Nunca estamos sós e sim “cara a cara” com outras pessoas
que pedem que reconheçamos nossas responsabilidades para com elas. 
Benjamin. C. Hutchens
16
MOREIRA, Thamires Lorena. Ludoterapia Como Mecanismo Para Compreender Traumas. 2022. Vinte e sete Folhas. Trabalho De Conclusão De Curso Graduação Em Psicologia – Faculdade Anhanguera Educacional, Indaiatuba, 2022.
RESUMO	Comment by Adriana Flausino: O resumo deve apresentar os pontos mais relevantes da sua pesquisa:Contextualização do tema;O problema estudado; Objetivo geral; Metodologia utilizada; Principais considerações finais sobre a pesquisa.De forma que o leitor tenha ideia de todo o trabalho. Deverá conter entre 150 e 500 palavras, é escrito em parágrafo único, espaçamento simples.Após corrigir o resumo, corrija também o abstract
Eventos estressantes traumáticos são comuns em crianças e adolescentes e podem ter consequências negativas na saúde mental do indivíduo. Embora o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) seja a condição mais bem estudada nessa população, crianças também podem apresentar outros sintomas relacionados à vivência do evento traumático. Portanto, a intervenção psicoterapêutica realizada deve contemplar a variedade de sintomas apresentados. Este estudo teve como objetivo fornecer um olhar atual sobre a ludoterapia para crianças expostas a situações traumáticas. É uma modalidade de tratamento focada, flexível, cujas principais características são a inclusão e participação ativa dos pais/responsáveis ​​em todo o processo de tratamento. A Ludoterapia tem sido uma opção clínica válida e eficaz para o manejo de em casos complexos.
Palavras-chave: Ludoterapia; Transtorno de Estresse Pós-Traumático; Terapia Cognitivo-Comportamental; Infância; Trauma.				Comment by Adriana Flausino: Escreva de três a cinco palavras chave, com a primeira letra em maiúscula e separadas entre si por ponto final
MOREIRA, Thamires Lorena. Ludoterapia Como Mecanismo Para Compreender Traumas. 2022. Número Total De Folhas. Trabalho De Conclusão De Curso (Graduação Em Psicologia) – Faculdade Anhanguera Educacional, Indaiatuba, 2022.	Comment by Adriana Flausino: O seu título e subtítulo devem estar em inglês, mas as normas continuam as mesmas.	Comment by Adriana Flausino: Esta informação deve estar em InglêsExemplo: Thirty new pages.	Comment by Adriana Flausino: Informação em inglêsExemplo: Course Final Paper Graduation in Psychology
ABSTRACT
Traumatic stressful events are common in children and adolescents and can have negative consequences on the individual's mental health. Although post-traumatic stress disorder (PTSD) is the most well-studied condition in this population, children may also have other symptoms related to experiencing the traumatic event. Therefore, the psychotherapeutic intervention performed must contemplate the variety of symptoms presented. This study aimed to provide a current look at play therapy for children exposed to traumatic situations. It is a focused, flexible treatment modality whose main characteristics are the inclusion and active participation of parents/guardians throughout the treatment process. Play therapy has been a valid and effective clinical option for the management of complex cases.
Keywords: Play therapy; Post Traumatic Stress Disorder; Cognitive behavioral therapy; Childhood; Trauma.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
TEPT - Transtorno De Estresse Pós-Traumático.
TC - Terapia Cognitiva.
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental.
OMS - Organização Mundial de Saúde.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	11
2 O LÚDICO SOB UM OLHAR PSICOLÓGICO.	13
3 A TERAPIA COGNITIVA.	15
3.1 TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL COM CRIANÇAS.	16
4 O LUDICO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO INFANTIL.	20
4.1 OS BENEFÍCIOS DO LÚDICO PARA O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.	20
5 A LUDOTERAPIA E O TRAUMA.	22
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.	25
 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 25
1 INTRODUÇÃO
A técnica da ludoterapia, é muito utilizada na clínica infantil, ela é baseada na utilização de recursos lúdicos como jogos, brinquedos e brincadeiras de faz de conta. 
O brincar dentro do seting terapêutico, tem o poder de auxiliar o desenvolvimento afetivo, físico, social e cognitivo da criança, com a utilização dessas atividades a criança adquire novos conceitos, relaciona ideias e auxilia no desenvolvimento das expressões orais e corporais.
A ludoterapia é uma forma de entender e entrar no mundo particular da criança, podendo assim agir de forma mais direta, já que a utilização da técnica permite que se explore o emocional, os aspectos patológicos e comportamentos.
Do ponto de vista fisiológico, dos 0 aos 3 anos de idade, é a fase de desenvolvimento mais rápida, apesar das influências genéticas, em geral todos os seres humanos seguem esse "padrão", só quando se afastam muito da média é que surge a preocupação. À medida que o cérebro amadurece, a criança passa a ter maior controle sobre os movimentos de seu corpo, portanto, um ambiente que ofereça oportunidades para a prática de novas habilidades é essencial para o desenvolvimento psicomotor (MANNING, 2006). Segundo Wadsworth (2003), a criança tem como necessidade a interação social, desta forma ela pode assimilar gradativamente os conceitos que lhe são apresentados, logo não basta que a criança tenha suas necessidades atendidas pelo ambiente, deve haver estimulação. por parte dos pais ou substitutos, e nessa interação, a necessidade interna da criança, com a disponibilidade de um cuidadorque forneça os estímulos adequados, é que o desenvolvimento seja favorecido. Portanto, quando se trata do desenvolvimento da criança, não podemos ter um olhar dogmático, é preciso ver a criança como um todo existindo no mundo, ou seja, ela tem um mundo interno, com angústia e principalmente no início de vida, repleto de necessidades que ele dá apenas deixa de satisfazer, então entra em uma relação com o mundo exterior em que a figura dos “cuidadores” é de fundamental importância, pois são eles que vão apoiar o desenvolvimento desta criança, incentivando a ele para reconstituir os estágios iniciais de sua vida com confiança e segurança.
É muito importante para a adaptação da criança ao ambiente do consultório e ao próprio terapeuta, formar um vínculo de confiança e segurança entre eles. Nenhum trabalho ou procedimento terapêutico específico pode ter efeito sem primeiro formar um vínculo. 
Muitas vezes, as crianças precisam de maneiras de expressar seus sentimentos, além de palavras, a fim de colher os benefícios de desenvolvimento que a terapia significa. Outras formas de expressão incluem imaginação, contar histórias, desenhar, interpretação de situações, jogos, modelagens em massinha ou argila, musica, colagem, entre outras ferramentas que descrevem situações naturais para crianças, e um ambiente sem censura para expressar seus sentimentos. O uso dessas ferramentas depende do esforço do terapeuta infantil para determinar quais delas são úteis para fornecer a identificação de variáveis ​​de controle importantes para o comportamento infantil (Regra, 2000).
Mas por que trabalhar com estratégias lúdicas na TCI? Primeiro, porque o uso de jogos e brinquedos é muito reforçador para a criança. Muitos estudos sobre autocontrole com crianças, verificou-se que muitas das 
tarefas sugeridas às crianças envolviam situações lúdicas (Forzano & Logue, 1995; 
Logue, Forzano). e Ckerman, 1996; Logue e Chavarro, 1992; Schweitzer e SulzerAzaroff, 1988, citado em Nogueira, 2001) em que o experimentador chama a criança para um jogo ou brincadeira, facilitando a participação da criança na pesquisa, o que reforça a tarefa.
Para a execução deste trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico de pesquisas e uma revisão da literatura sobre a temática de técnicas na relação terapêutica com crianças em situações de pós trauma na terapia comportamental, assim como, sobre as contribuições da Ludoterapia no atendimento infantil. De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p.527 citado por Forteskiet al., 2014), “o objetivo de uma pesquisa bibliográfica, é aproximar o pesquisador de tudo o que já foi produzido sobre o tema; nos mais diversos formatos que podem estar disponíveis por publicação ou gravação.” O material obtido é resultado de pesquisas e trabalhos já publicados recentemente, consistindo principalmente de livros, sites, artigos monográficos e qualquer outro relacionado ao assunto, pesquisado via Google Scholar usando os seguintes descritores: Ludoterapia; TCI; Psicoterapia. Aprofundaremos os conceitos da disciplina em estudo, seguindo o referencial teórico fornecido pelos autores que estudaram o assunto.	Comment by Adriana Flausino: Consulte a sua metodologia e verifique se todos os itens abaixo foram mencionados:- que se trata de uma pesquisa de revisão bibliográfica;- local onde você coletou os livros consultados? Biblioteca Pública, Bibliteca física de sua Unidade de Ensino? Biblioteca Digital da Kroton? Biblioteca privada?- o local onde você coletou os artigos consultados? Google acadêmico? Scielo? Pepsic? Bireme? Biblioteca Virtual de Saúde? Portal de Dissertações de alguma Universidade?- os critérios de relevância que você adotou para inserir as referências;- os critérios de exclusão de referências;- o período de relevância que você adotou para as referências. Ex.: Neste trabalho, levamos em consideração livros e artigos publicados entre os anos de 2015 a 2021.- o idioma dos livros e artigos consultados.Caso algum destes itens não estiverem presentes, insira-os.	Comment by Adriana Flausino: Citação direta tem que ter a pagina
2 O LÚDICO SOB UM OLHAR PSICOLÓGICO.	Comment by Adriana Flausino: O texto apresentado aqui no primeiro capítulo precisa ser melhor desenvolvido, ele está muito “geral” e apresenta muitas afirmações sem fundamentação teórica consistente. O TCC é um trabalho que possui caráter científico (não pode ser baseado no senso comum) e que deve ser elaborado de forma que, sirva como referencial teórico para futuros profissionais. Sendo assim pressupõem-se que o texto que você apresenta aqui, deve abordar a temática proposta com maior profundidade teórica e fundamentando-a com base em autores que já escreveram sobre isso. Seu texto carece de um melhor embasamento teórico e de uma melhor argumentação..	Referenciar adequadamente o texto apresentado e argumentar com base em conhecimento científico;.	Cada capítulo deve abordar de forma aprofundada a temática proposta, evitando possíveis questionamentos da banca em relação a qualidade de conhecimento apresentados;.	Você pode e deve utilizar citações, apresentando as referências de acordo com as normas da ABNT. Dê preferência às citações indiretas ou diretas curtas.Sugere-se que capítulo contenha no mínimo 5 páginas e cite pelo menos três autores diferentes.
Fogaça (2006, p.05), diz que conforme a criança brinca, “ela reproduz situações concretas, se colocando no lugar dos adultos, imitando-os e procurando compreender o seu comportamento”.
Falando no lúdico, e em seu relacionamento com a psicoterapia, é necessário ressaltar que os primeiros estudos que relacionam a terapia simultaneamente com o brincar, remontam a Freud. O desenvolvimento de estudos e teorias relacionados a crianças é um imprescindível componente das disciplinas psicodinâmicas que derivam das ideias freudianas e têm como importante ingrediente de desenvolvimento os estudos e teorias relacionados à criança. Psicólogos têm usado o brincar em atendimentos infantis, há mais 70 anos (GUERRELHAS; BUENOS; SILVARES, 2000, p.158).
Entretanto, não é apenas a Psicanálise que utiliza da brincadeira em suas sessões com crianças. Pode-se generalizar esta situação e dizer que todas as abordagens que tratam de crianças, em algum momento do processo, utilizarão dos benefícios do lúdico. Para explicar a utilização do lúdico em outras abordagens, utilizar-se-á uma citação de Grandesso (2000, apud COSTA; DIAS, 2005, p.04), que defende que o trabalho com crianças na Teoria Existencial “envolve conseguir falar, de forma lúdica, das dificuldades, mas de forma suficientemente seria para criar alternativas de mudança”.	Comment by Adriana Flausino: Em citações diretas é obrigatório ter a pagina 
No olhar da Teoria Comportamental, o lúdico tem a objetivo de facilitar a discriminação de “padrões de comportamento dos personagens da história que podem fazer parte do repertório de comportamentos das crianças e de seus familiares” (REGRA, 1999, p.107, apud HARBER; CARMO, 2007, p.47).
Igualmente na Teoria Ocupacional, há o enaltecimento do lúdico. Nesta abordagem, o brincar é considerado extremamente valioso dentro da terapia e, por isso, “sempre foi objeto de estudo 15 e interesse dos terapeutas ocupacionais” (REIS; REZENDE, 2007, apud ZEN; OMAIRI, 2009, p.44).
No padrão cognitivo comportamental, algumas técnicas que se relacionam ao lúdico, podem ser utilizadas para recordar situações que causam emoções negativas e atribuir-lhes pensamentos e crenças mais saudáveis. Como exemplo de uma das técnicas, que podem ser utilizadas, para tanto, pode ser mencionado o role-play com brinquedos e fantoches (PETERSEN et al., 2011, p.17).
Stallard (2007, p.129), fala da necessidade de adequar e mudar os modelos da clínica cognitivo-comportamental para o trabalho com crianças. Com esse intuito, o autor cita que podem ser utilizados, durante as sessões, alguns jogos, músicas, marionetes – que auxiliariam na comunicação, “especialmente com crianças pequenas” (p.131) – e a narração de histórias.
3 A TERAPIACOGNITIVA.
A terapia cognitiva (TC) foi desenvolvida na década de 1960, pelo psiquiatra norte americano Aaron Temkin Beck, no estado da Pensilvânia. Beck desenvolveu pesquisas acerca da psicoterapia, suicídio, psicopatologia e psicometria. E, logo após, desenvolveu a TC. Suas pesquisas renderam-lhe o Prêmio Lasker, que, desde 1946, é dado a pessoas que realizam grandes feitos e serviços públicos notórios na área da saúde, sendo considerado o “Nobel da América” (BECK, 1997, p.17).
Aaron T. Beck desenvolveu as Escalas Beck que são compostas através Inventário de Depressão (BDI), Inventário de Ansiedade (BA), Escala de Desesperança (BHS) e Escala de Ideação Suicida (BSI). Atualmente, estes representam os instrumentos mais utilizados nas clinicas psicológicas para avaliarsintomas depressivos. Beck fundou um Instituto na Filadélfia, onde trabalha sua filha Judith Beck. (BECK, 1997, p.17).
Beck (1997, p. 18) desenvolveu a terapia cognitiva porque acreditava que ela poder ser benéfica para pessoas com depressão. Segundo o autor as pessoas com depressão possuem conhecimentos negativos em três áreas, que constituem a trindade depressiva, apresentando visões negativas sobre si mesmas, o mundo e seu futuro. Embora desenvolvida especificamente para o tratamento de transtornos depressivos, a TC pode ser utilizada de forma eficaz em pacientes com transtornos de ansiedade, esquizofrenia, entre outros. É importante enfatizar que esse método pode ser usado para adultos, adolescentes e crianças, afirma os autores.
A TC é uma psicoterapia breve, estruturada e orientada para o presente, destinada a resolver problemas atuais, visando trabalhar com pensamentos e comportamentos disfuncionais. Desde a sua criação, a TC passou por mudanças, efetuadas pelo próprio Beck e alguns outros teóricos. 
Desde a sua criação, a TC passou por muitas mudanças, realizadas pelo próprio Beck e outros teóricos.
Para obter o efeito real do tratamento com TC, é importante construir Rapport, ou seja, proporcionar ao paciente um ambiente confortável e estabelecer confiança. Além disso, é preciso criar vínculo, principalmente quando socializar e educar o paciente para melhorar e identificar um problema (BECK, 1960, apud BECK, 1997 p.29).
O terapeuta deve ser cuidadoso ao coletar dados, informações, resumir e testar hipóteses, o que significa que, além de ser um bom observador, deve ser também empático e carismático. Quando o tratamento foi desenvolvido com crianças, essas duas últimas características tornaram-se as necessárias para a formação de uma boa associação (BECK, 1960, apud BECK, 1997 p.29).
Friedberg e McClure (2002) apud Gabbard (2007, p.71) defendem que para a terapia cognitiva existem cinco fatores inter-relacionados na formação do conceito de dificuldades psicológicas das pessoas, quais sejam: contexto interpessoal/ambiental; fisiologia; atividade emocional; comportamento e percepção individuais.
Em geral, os terapeutas cognitivos intervêm no nível cognitivo-comportamental com o objetivo de influenciar padrões de pensamento, ações, sensações e até respostas corporais.
Muitas modalidades primárias de TC foram originalmente estabelecidas para tratar adultos, conforme argumenta KENELL (1993, apud FRIEDBERG; MCCLURE, 200, p.18). Assim, no tratamento de crianças, é necessária a reabilitação do método para que possa ser adaptado às características únicas de cada paciente.
Outra diferença que é levada em conta no tratamento das crianças é que esse número vem para o tratamento por conta própria (LEVE, 1995, apud FRIEDBERG; MCCLURE, 200, p.17). Na maioria dos casos, são encaminhados pela escola, família, Conselho Tutelar ou outro órgão similar; um fato que tende a ser difícil de processar e associar.
3.1 TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL COM CRIANÇAS.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) utiliza um conjunto de teorias que visam mudar crenças e pensamentos disfuncionais. Assim, suas intervenções enfatizam o papel central da cognição infantil e perpetuam distúrbios em crianças, e visam mudanças cognitivas. O modelo cognitivo-comportamental ao trabalhar com crianças é baseado em crianças se expressando por meio de suas crenças centrais, suposições disfuncionais e pensamentos automáticos sobre si mesmas e o mundo; leva a humor disfuncional, emoção ou interação social, (FRIEDBERG; MCCLURE, 2002, apud GABBARD, 2007, p.71). 
Gabbard (2007, p.70), afirma que historicamente, as técnicas de mudança baseadas na CBT para mudança de comportamento têm sido resultado de abordagens mais cognitivas. O modelo cognitivo-comportamental, quando se trabalha com crianças, baseia-se em seu desempenho por meio de suas crenças centrais, suposições sobre disfunção e pensamentos automáticos sobre si mesmo e o mundo; levar a humor, emoção ou interações sociais disfuncionais (FRIEDBERG; MCCLURE, 2002, apud GABBARD, 2007, p.71).
Segundo Stallard (2005, p.1), “a terapia cognitivo-comportamental visa compreender como os eventos e experiências são interpretados e como identificar e corrigir desvios ou defeitos que ocorrem no pensamento cognitivo”.
Friedberg e Macclure (2002, apud GABBARD, 2007, p.31), apontaram que o passo mais importante no trabalho comunitário com crianças é estabelecer o autoconceito de caso, que criará condições favoráveis ​​ao trabalho terapêutico, quando ajustado com técnicas apropriadas às circunstâncias da criança. Portanto, é muito importante avaliar o lote detalhada e minuciosamente.
FRIEDBERG E MACCLURE (2002, apud GABBARD, 2007, p.31) também cita que uma avaliação bem executada fornecerá dados sobre a presença de sintomas, suas causas e a intensidade desses sintomas, sua duração e independente dos instrumentos, seus resultados servirão de base para o trabalho de tratamento. Algumas medidas de autorrelato podem ser reaplicadas periodicamente para avaliar o progresso de tratamentos.
O terapeuta precisará de um bom grau de compreensão das questões a serem abordadas na psicoterapia, pois pode haver certos obstáculos e desafios a serem superados no início. O terapeuta precisa envolver a criança para estabelecer um acordo real sobre o que precisa ser feito, pois pode parecer uma tarefa simples no início, mas na prática não é mais difícil. O terapeuta deve então desenvolver estratégias para envolver a criança estimulando o interesse da criança, utilizando jogos, músicas, histórias, metáforas, fantoches, entre outras técnicas divertidas que além de tornar a terapia um momento prazeroso, podem levar a criança a associar pensamentos e sentimentos (FRIEDBERG; MACCLURE 2002, apud GABBARD, 2007, p.31).
Para Beck (1997, p.2), a sessão de terapia cognitivo-comportamental deve ser estruturada, ou seja, no início de cada sessão, o terapeuta deve traçar os planos que pretende seguir, conhecendo a abordagem do paciente, deixar orientar cordialmente um bom progresso do indivíduo para buscar soluções para seus problemas. Estabelecer uma estrutura para a sessão de terapia dá ao paciente uma sensação de segurança, faz com que ele se sinta mais à vontade para expressar seus sentimentos e o torna mais capaz de avançar na terapia.
Segundo Beck (1997, p.2), o "registro de humor" é o primeiro passo no desenvolvimento de uma sessão de tratamento, que é a base para o terapeuta reunir informações relevantes, sentimentos iniciais, sintomas atuais, a diferença entre uma sessão e outra, ou seja, serve como meio para o terapeuta verificar sua "temperatura psicológica". Um número de indivíduos pode relatar seu humor verbalmente, usando uma tabela, ou classificá-los usando os números de 1 a 10, ou mesmo com uma porcentagem entre 10% e 100%. Quando foram capazes de identificar seu próprio humor, essas pessoas foram capazes de entender melhor sobre suas emoções.
O dever de casa destina-se a ajudar os indivíduos a aprender melhores habilidades, treiná-los para aliviar seus próprios sintomas emocionais e melhorar seu humor. Ao revisar a atribuição, o terapeuta mostra ao paciente o interesse e dedicação do terapeuta no tratamento, reforçando o comprometimento do paciente (BECKet al., 1979; BECK, 1995; BUNS, 1989, apud FRIEDBERG, 200, p.53).
Ao revisar a tarefa, o terapeuta examina o que aconteceu no intervalo entre uma sessão e outra. A resposta dessa pessoa à sua tarefa pode fornecer ao terapeuta uma visão muito importante, embora rápida, do mundo interior desse paciente. No caso de crianças, revisar o dever de casa pode ser muito complicado, porque o tem períodos de atenção curtos e variáveis, então um terapeuta pode revisar o dever de casa de uma maneira diferente, mais envolvente e interessante.
Segundo Freeman e Dattilio (1992, apud FRIEDBERG, 200, p.53), o agendamento é o terceiro elemento mais importante na estrutura da sessão, ou seja, é este elemento que prepara o trabalho do terapeuta de campo. Com a definição da agenda, são apresentados pontos definidores, ou seja, temas a serem trabalhados durante as sessões. Um compromisso de tempo também é estabelecido, sempre prioriza os pontos mais importantes", as especificidades podem variar, dependendo do estágio da terapia, progressão do cliente e gravidade do problema. seus mais prementes, gravidade dos sintomas e intensidade da doença em sessões anteriores” (BECK et al., 1979, FRIEDBERG, 200, p.53).
Para Beck (1979, p.1), marcar a agenda para a criança desconhecida, explicar o processo para a criança é uma boa estratégia terapêutica, pois a criança se sentirá importante, quando questionada, a criança se abrirá, conversará com mais facilidade. sobre seus problemas, o alivia o problema do terapeuta.
Quando falamos do conteúdo da sessão, deve ser explicado de forma simples para que o paciente possa entender e sentir que está realmente participando de sua melhora. todas as instruções devem ser dadas separadamente, para evitar confusão, verifique sempre se o paciente entendeu o que foi dito, incentive-o a praticar as seguintes tarefas a cada vez. explica, esclarece dúvidas que possam surgir.
Os pacientes devem se sentir motivados a participar do processo terapêutico, especialmente quando se trabalha com crianças, a sessão deve ser o mais envolvente possível.
Beck (1997, p.55) afirma que a lição de casa é importante para que os pacientes continuem a resolver seus problemas, mesmo fora do ambiente de tratamento. Tornam-se propriedade dos indivíduos, aumentando assim o seu nível de responsabilidade e capacidade de participação.
Quando o terapeuta dedica parte de seu tempo a uma tarefa, o indivíduo percebe sua importância e automaticamente busca completá-la com dedicação. No entanto, se, apesar de todos os compromissos, afeição e profissionalismo do terapeuta, o paciente não estiver cumprindo de seus deveres, o terapeuta poderá notar um padrão de comportamentos individuais, que podem estar relacionados às características do problema.
Por fim, Beck (1997, p.55), diz que o “feedback”, representa a construção de relacionamentos e estratégias mais significativas em terapia cognitiva. Quando um paciente pede feedback, o objetivo é esclarecer sua percepção sobre o que foi feito na sessão, esclarecendo possíveis erros de comunicação. 
É normal que algumas pessoas não queiram dar feedback porque têm medo
têm medo de decepcionar o terapeuta, outras podem ser muito influenciadas e submissas, outras não por limitações culturais que as inibem. Em última análise, seja qual for o motivo da relutância em dar feedback, sua causa precisa ser descoberta.
4 O LUDICO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO INFANTIL.
No dicionário usual, encontramos a palavra “brincar” definida como “divertir-se” (BUENO, 199, p.197 apud ROSA; KRAVCHYCHYN; VIEIRA, 2010, p.11). Os autores também definem os jogos como “divertimento, sobretudo entre crianças”.
No entanto, se levarmos em conta o que está além da semântica da palavra "lúdico", encontrará muitos estudos em psicologia, que lhe deram um novo significado. Através de tais pesquisas, a brincadeira foi reconhecida como uma característica essencial do comportamento humano e suas implicações de necessidade foram extrapoladas para limites da brincadeira espontânea. Os jogos divertidos podem não só trazer um momento de refrigério para uma criança, um adolescente ou mesmo um adulto; mas se manifesta como uma capacidade de desenvolver capacidades motoras, intelectuais e sociais; adquirir conhecimento de seu próprio mundo, incluindo costumes e regras (ROSA, 2011, p.1).
No início da vida, o brincar é o único meio pelo qual as crianças podem se comunicar com o mundo, portanto, brincar não é apenas de grande importância, mas necessário para todos. Portanto, o jogo é uma necessidade para pessoas de todas as idades e não pode ser visto apenas como um hobby. O desenvolvimento desse aspecto facilita o aprendizado, o desenvolvimento social, pessoal e cultural, o que contribui para uma boa saúde mental. (ROSA, 2011, p.1).
Historicamente, o lúdico não recebeu toda a atenção que deveria, então, em um passado não tão distante, as crianças eram criadas para trabalhar, apenas. e o momento do jogo sendo quase inexistente. 
Para Santos (2011, p.57), “há necessidade de encontrar novos caminhos para enfrentar os desafios do próximo milênio, nessa perspectiva previsível, a busca da alegria no trabalho, na educação e na vida será inevitável.” Para o autor, a única forma de transformar todas essas experiências em experiências prazerosas é usar a ludoterapia. 
4.1 OS BENEFÍCIOS DO LÚDICO PARA O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.
Durante o desenvolvimento e amadurecimento das crianças, os brinquedos de habilidades motoras, emoções e inteligência estão intimamente relacionados, ao que ROSA (2011, p.23) defende no texto “A construção do conhecimento infantil”. Ao brincar, as crianças praticam o que veem acontecendo ao seu redor todos os dias. Nesta atividade muito simples, mas também muito significativa e habilidades, ela "percebe coisas, descobre, testa, analisa, compara e cria", conclui ROSA.
MACHADO (1998, p.25) diz: "Os adultos trabalham, as crianças brincam". Assim, pode-se entender que, se atividades para adultos significa trabalho, então atividades para crianças devem ser atividades divertidas, brincar não é apenas saudável, brincar é necessário para o desenvolvimento pessoal.
O desenvolvimento é um processo contínuo que ocorre ao longo da vida, desde o nascimento até a velhice. É fato que todos crescem, mas cada ser passa por essa experiência de forma diferente de acordo com suas próprias capacidades, então não podemos forçar uma criança a crescer mais rápido (MACHADO, 1998, p. .25).
A presença de brincadeiras ao longo do desenvolvimento de uma criança fornece à criança algumas facilidades a nível intrapessoal, interpessoal, ecológico e transpessoal.
Leite (1998 apud ROSA, 2011, p.6), defende que os benefícios intrínsecos das atividades lúdicas estão relacionados ao autoconhecimento, sensibilidade e valorização emocional, percepção e ações individuais, aumento da autodeterminação e autoconfiança e ampliação das habilidades lidar, integrar e adaptar-se à vida através da consciência, comunicação e expressão. Para o nível interpessoal, essas vantagens seriam: desenvolvimento da capacidade de cooperação, redução do preconceito, socialização e humanização. Também, ao nível da transmissão interpessoal, para satisfazer as necessidades espirituais, conclui.
5 A LUDOTERAPIA E O TRAUMA.
O trauma emocional que uma criança sofre pode variar de intensidade, da mesma forma que pode ter efeitos imediatos ou levar tempo para aperceber-se, mas seja qual for o grau de intensidade, a verdade é que com o tempo sua potência aumenta, e quanto mais negligenciada, maior o dano causado à vítima (MARKHAM, 2000).
A estratégia utilizada pelos psicoterapeutas no contexto da ludoterapia é a escuta, falar, mediar o brincar e orientar as crianças a lidar com o sofrimento. Brinquedos e interações com psicoterapeutas exploram o self da criança, ou seja, sentimentos, pensamentos, experiências, comportamentos, por meio da comunicação feita na brincadeira.	Comment by Adriana Flausino: Cada capítulo deve abordar de forma aprofundada a temática proposta, evitandopossíveis questionamentos da banca em relação a qualidade de conhecimento apresentados;
No brincar, os psicoterapeutas procuram as experiências de conflito dos clientes. Explorar o jogo, ele busca expressar a linguagem, onde os indivíduos expressam seus sentimentos.
Há um processo de escuta e fala para expressar significado. Os brinquedos são a fonte de terapia que a psicoterapia usa para canalizar as emoções. Neste trabalho lúdico, a criança é convidada a revelar/expressar seus sentimentos mais íntimos, suas experiências, seu significado.
Como parte da terapia cognitivo-comportamental, a ludoterapia se concentra na criança como pessoa. Os brinquedos são um meio de expressar sentimentos das crianças. Portanto, para crianças deprimidas ou em estado pós-trauma o tratamento com ludoterapia é considerado adequado. A ludoterapia tem sido apontada como um recurso na terapia cognitivo-comportamental com resultados positivos no trabalho com crianças deprimidas. Na depressão infantil, a criança apresenta diferentes aspectos de danos à personalidade, falta de confiança, baixa autoestima, tristeza, entre outras manifestações. O Brincar permite que a criança expresse o que sente.
Dificuldades em expressar o que causa depressão, sentimentos ruins e ansiedade que existem em crianças após uma situação traumática, podem ser expressas no simples brincar. O psicoterapeuta pode ouvir mais, interagir mais com a criança nesta terapia tem uma relação onde o brinquedo é a ponte. Pode trabalhar para reforçar coisas positivas, ouvir, fazer, dizer, induzir a mudança de expressão em crianças deprimidas.
O terapeuta considerará os sintomas, com ou sem comorbidades, ao fazer um diagnóstico. A terapia terá efeitos baseados em dados sólidos, isolados ou não, pois o foco é proteger a saúde da criança e prevenir maiores riscos.
Além de permitir que as crianças relatem seus sentimentos e descrevam seus principais comportamentos e eventos, a brincadeira guiada permite que aprendam respostas alternativas aos comportamentos disfuncionais ou não funcionais de seus desejos, como bater, gritar, praguejar, chorar e tremer. Os brinquedos são uma ferramenta no processo de aprendizagem, e brincar é a habilidade de aprender a se comportar adequadamente diante de certos estímulos. Por meio da brincadeira, crianças analisam seu próprio comportamento, tomam consciência dos fatores anormais que o determinam e podem, assim, modificar sua relação com o meio ambiente. A utilização de fantasias e jogos leva as crianças a encontrarem alternativas comportamentais, primeiro para as personagens do seu jogo e depois situações da sua vida (GUERRELHAS; BUENO; SILVARES, 2000).
Falar sobre personagens em uma história é uma ferramenta útil nas TCI, porque falar sobre personagens é primeiro uma abordagem gradual, e depois falar sobre si mesmo 
(REGRA, 2000). Ao analisar o comportamento dos personagens, 
as crianças aprendem a realizar uma análise funcional do comportamento, e o próximo passo é traduzir 
esse tipo de análise funcional em seu próprio comportamento. Ao relacionar 
fantasias com a realidade, quando a criança é levada a identificar os 
padrões de comportamento dos personagens da história que estão ligados aos 
padrões de comportamento para elas e suas famílias a criança está sendo conduzida a falar de si e de suas relações, diante da audiência não punitiva do terapeuta (REGRA, 2000).
O uso de metáforas na terapia ajuda a evocar comportamentos e emoções relevantes, um exemplo seria pedir à criança que imagine um pequeno barco durante a grande tempestade de (OAKLANDER, 1980). Falar sobre o vento, luta contra as tempestades e as ondas, pode esclarecer os sentimentos das crianças sobre o ambiente doméstico ou escolar do, especialmente se ele tiver uma função semelhante à do com a metáfora do barco. Com tal dinâmica, é possível modelar que descreve apropriadamente as sensações, bem como as respostas apropriadas a situações extra terapêuticas semelhantes. Desenhar é outra maneira de lidar com as emoções de crianças em terapia. Um exercício comprovado 
pede às crianças que desenhem suas famílias na forma de símbolos ou animais. Informações sensoriais e comportamentais podem então ser obtidas, e em relação à criança durante a atividade, as variáveis ​​nas quais seu comportamento é uma função podem ser especificadas. Assim, os jogos imaginativos são úteis na identificação de variáveis ​​onde um determinado comportamento é uma função e as estratégias lúdicas são instrumentos
importantes para o sucesso de uma relação terapêutica com as crianças. Por meio de 
uma atividade lúdica, a sessão de terapia com a criança proporciona um ambiente rico para a aplicação de procedimentos comportamentais, como reforço de comportamentos adequados, eliminação de comportamentos indesejados, ajuste e modelo. (GUERRELHAS; BUENO; SILVARES, 2000).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.	Comment by Adriana Flausino: As considerações finais devem levar a reflexão dos leitores quanto aos objetivos propostos para o seu trabalho, se eles foram alcançados e, caso não o tenha sido, explique o porquê de não ter sido possível.Deve-se escrever de forma sintética, clara e ordenada os principais pontos abordados ao longo do trabalho. Você deve ficar atento para não apresentar dados quantitativos, muito menos dados novos que não foram discutidos ao longo dos capítulos. Neste item, você pode indicar propostas de trabalhos futuros. Faça pelo menos 3 parágrafos bem elaborados (não faça parágrafos com menos de 4 linhas), concluindo o seu trabalho cada parágrafo falando de um capítulo, não coloque referências neste item. 
Através desta revisão bibliográfica, é possível compreender a importância do brincar e da ludoterapia para o desenvolvimento cognitivo, motor e social das crianças, desta forma também compreender a importância da introdução do brincar e da ludoterapia na psicoterapia, com o objetivo de tornar a criança confortável em ambiente terapêutico; desenvolver afeto permite à criança a liberdade de se expressar como quiser; dar a profissionais a oportunidade de avaliar os sinais de seu problema, que podem ser decorrentes; orientar a criança no sentido de melhorar verdadeiramente a sua qualidade de vida, deixando-a fazê-lo com naturalidade.
Os benefícios do uso do brincar na terapia com crianças são claros, pois ao estabelecer uma relação de confiança entre o terapeuta e o paciente, utilizando atividades lúdicas para despertar o interesse da criança, tornando o momento o mais prazeroso e envolvente possível, envolvem-na em sua terapia.
É de fundamental importância que durante o tratamento de crianças com dificuldades de aprendizagem e emocionais, aspectos relacionados à auto percepção, autoimagem e autoconfiança, que frequentemente se sintam abalados, seja levado em consideração. A criança deve desenvolver sua resiliência, aprendam a lidar com o fracasso, mas também possam experimentar o sucesso da vitória do durante seu tratamento. Também é importante, que a família da criança em tratamento saiba lidar com a situação, apoia esta criança e promove o seu desenvolvimento, traz também para casa atividades lúdicas que ajudam no desenvolvimento e nas emoções das crianças. 
REFERÊNCIAS	Comment by Adriana Flausino: Todos os autores citados no texto devem constar na sua referência e vice e versa, verifique antes de finalizar a sua atividade; Padronizar os nomes dos autores, todos abreviados ou todos por extenso;Fonte arial 12Alinhado a esquerdaEspaçamento simplesEspaço único entre as referênciasNão utilizar et al na lista de referências, apenas no corpo do texto;Os títulos das obras devem estar em negrito, exceto revistas em que o negrito é o nome da mesma.Não se esqueça do ponto final.Caso tenha dificuldades em fazer alguma referência, você pode utilizar o mecanismo online da UFSC, basta preencher os dados e a referência sairá pronta e de acordo com as normas da ABNT;http://www.more.ufsc.br/
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