Buscar

Relatório de Estágio Clinico Básico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESUCRI - ESCOLA SUPERIOR DE ENSINO DE CRICIUMA 
CURSO SUPERIOR DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
CAROLINA DA SILVA MATTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO EM CLÍNICA: TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA 
2020 
 
 
 
CAROLINA DA SILVA MATTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO EM CLÍNICA: TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de estágio básico II, referente ao estágio 
supervisionado obrigatório em Psicologia Clínica 
na abordagem Cognitivo-Comportamental, para 
conclusão do Curso Bacharel em Psicologia, sob a 
supervisão da Professora Aline Castagnetti 
Borges, CRP-SC 12/14464. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA 
 
2020
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 5 
2.1 TERAPIA COMPORTAMENTAL ................................................................................... 5 
2.2 A TERAPIA COGNITIVA ................................................................................................. 7 
2.3 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL .......................................................... 9 
3. MODELOS DE SESSÕES ........................................................................................................ 12 
3.1 PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS ............................................................................... 12 
3.2 CRENÇAS CENTRAIS OU NUCLEARES ................................................................... 14 
3.3 CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS ..................................................................................... 16 
3.4 CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA ......................................................................... 17 
3.5 DISTORÇOES COGNITIVAS ........................................................................................ 18 
3.6 REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA ............................................................................. 19 
3.7 ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS ......................................................................... 20 
3.8 ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO .................................................................... 20 
3.9 QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO ............................................................................. 21 
3.10 REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS (RPD) ................................... 22 
3.11 TÉCNICAS DE RELAXAMENTO ............................................................................... 22 
4. LOCAL DE ESTÁGIO ............................................................................................................ 25 
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ......................................................................................... 25 
5.1 APRESENTAÇÃO GERAL ............................................................................................. 26 
5.2. ATENDIMENTOS CLÍNICOS ...................................................................................... 26 
5.3 ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 26 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 26 
7. AVALIAÇÃO E AUTO AVALIAÇÃO. .................................................................................. 27 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 28 
APENDICE A – CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS PSICOLÓGICOS .............................. 32 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 34 
ANEXO A – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIAS E 
DESASTRES (COVID-19) ........................................................................................................... 35 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 37 
 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente relatório tem por objetivo descrever as atividades desenvolvidas no decorrer 
dos estágios básicos I e II, em psicologia clínica, que tem suas práticas desenvolvidas no SPAE 
(Serviço de Psicologia Aplicada - Esucri), na cidade de Criciúma, trazendo a Terapia Cognitivo-
Comportamental (TCC) como abordagem utilizada no decorrer do estágio. Possui o intuito de 
descrever alguns conceitos sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental, apresentando suas 
principais concepções. Será realizada uma síntese histórica sobre esta abordagem, assim como 
suas técnicas e intervenções. 
O presente relatório tem por objetivo apresentar as atuações ocorridas no estágio em 
psicologia clínica na abordagem Teoria Cognitivo-Comportamental (TCC), seus principais 
objetivos estão centrados em desenvolver habilidades teóricas e experiências práticas na 
abordagem TCC, como também contextualizar e embasar o conhecimento teórico sobre a teoria. 
Por se tratar de uma abordagem mais estruturada, com metas especificas traçadas entre o 
paciente e o psicólogo, a TCC é considerada ser uma abordagem com ferramentas mais 
acessíveis, automática e compreensível, compreendendo um conjunto de intervenções que 
partilham dos mesmos objetivos (HOFMANN, 2014). 
A formação em psicologia é composta pela apropriação e entendimento de varias teorias 
que compõe este universo psicológico, por meio dos quais é possível vivenciar, expandir e 
praticar o conhecimento adquirido em sala de aula, estruturando e capacitando a atuar na 
aplicação da abordagem Teoria Cognitivo-Comportamental. Inicialmente toma-se conhecimento 
do funcionamento e diretrizes que se aplicam ao local, bem como os procedimentos obrigatórios 
iniciais, assim executando as triagens com as pessoas que procuram o atendimento 
psicoterapêutico, formulando prontuários, fichas técnicas e demais documentos necessários para 
os primeiros atendimentos. 
O presente relatório apresentará um estudo de caso realizado no setting terapêutico com 
um único paciente, expondo todas as sessões realizadas com objetivo de apresentar a evolução 
clinica baseada nos atendimentos, tanto quanto sua evolução e técnicas utilizadas ao longo do 
tratamento. 
 
 
5 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 O estudo discute a partir da análise de aspectos históricos o surgimento da Teoria 
Cognitivo-Comportamental, onde integra técnicas e conceitos vindos de duas principais 
abordagens tais como a Terapia Cognitiva e a Comportamental, apresentando desde os primeiros 
estudos de Pavlov, Skinner, Bandura até a criação da TCC de Aaron Beck. 
A Psicoterapia em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) abrange intervenções 
psicoterapêuticas que tem como objetivo: produzir mudanças nos pensamentos, nos sistemas de 
significados, além de uma transformação emocional e comportamental duradoura; e proporcionar 
autonomia ao cliente, alcançando assim o alívio ou a remissão total dos sintomas. A cognição, 
função da consciência relacionada às deduções feitas acerca das experiências de vida, é 
considerada o principal elemento envolvido na manutenção dos transtornos psicológicos pela 
teoria cognitiva de psicopatologia e psicoterapia. 
 
2.1 TERAPIA COMPORTAMENTAL 
 
Para Caballo (2007), a psicologia voltada para o estudo do comportamento tem muitos 
autores e assim se ramifica em vários tipos de Terapia Comportamental (TC), Pavlov, Watson, 
Skinner, Eysenck, Lazarus entre outros, são teóricos que influenciaram a TC. A Terapia 
Comportamental (TC) tem grande importância no desenvolvimento da psicologia. “Mas foi a 
partir dos anos 40 que a modificaçãodo comportamento teve seu maior impulso, relacionado, em 
parte, pela insatisfação de muitos psicólogos com a psicoterapia tradicional vigente, fortemente 
influenciada pela psicanálise e carente de estudos que comprovassem sua eficácia”. (KAZDIN, 
1978 apud BARBOSA; BORBA 2010, p. 63). 
Schultz e Schultz (2007) descrevem como foram descobertos os primeiros estudos 
relacionados aos reflexos condicionados e a análise experimental do comportamento descoberto 
por Ivan Petrovich Pavlov “Trabalhando com as glândulas digestivas de cães, Pavlov empregou o 
método da exposição cirúrgica para permitir a coleta das secreções digestivas fora do corpo, onde 
podiam ser observadas, medidas e registradas (p. 20)”. Os autores descrevem que Pavlov 
percebeu que os cães salivavam antes mesmo de receber o alimento, ao ver ou ouvir o 
responsável por alimentá-lo, o que tornou uma das áreas da pesquisa o monitoramento da saliva 
 
 
6 
 
 
secretada involuntariamente por cães. “Esses reflexos psíquicos eram despertados no animal por 
estímulos que não o original (o alimento). Pavlov percebeu que isso acontecia porque esses 
outros estímulos (tais como a visão e os sons do assistente) tinham sido com frequência 
associados à ingestão de alimentos” (SCHULTZ; SCHULTZ, 2007, p. 226). 
O destaque do início do behaviorismo e as principais ideias iniciaram-se com o primeiro 
behaviorista explícito John B. Watson em 1913. “Watson lançou uma espécie de manifesto 
chamado A Psicologia tal Como â Vê um Behaviorista. Como o título mostra, ele não estava 
propondo uma nova ciência, mas afirmando que a Psicologia deveria ser redefinida como o 
estudo do comportamento (SKINNER, 1974, p.8-9)”. Baum (2006), afirma que os estudos de 
Watson relatam que, uma teoria que visa estudar o comportamento humano e também dos 
animais, torna explicito que o comportamento é ordenado, pode ser previsto e com os meios 
corretos pode ser controlados, assim não dando ao indivíduo o livre-arbítrio, sendo o 
comportamento determinado pelo ambiente e pela hereditariedade, esta noção ficou conhecida 
como determinismo. 
Watson naturalmente destacou os resultados mais passíveis de reprodução que pôde 
descobrir, e muitos deles foram obtidos com animais - os ratos brancos da Psicologia 
animal e os cães de Pavlov. Parecia estar implícito que o comportamento humano não 
tinha características distintivas. E, para apoiar a sua afirmação de que a Psicologia era 
uma ciência, e para preencher o seu livro, ele fez empréstimos da anatomia e da 
fisiologia. Pavlov adotou a mesma linha ao insistir em que seus experimentos sobre o 
comportamento eram, na realidade, "uma investigação da atividade fisiológica do córtex 
cerebral", embora nenhum dos dois pudesse apontar qualquer observação direta do 
sistema nervoso que esclarecesse o comportamento (SKINNER, 1974, p. 9). 
 
Para Skinner (1974), este foi um movimento conhecido onde tudo que era interno ao ser 
humano como sentimentos, emoções, cognições eram descartados das pesquisas para focar 
exclusivamente no comportamento e as influências do ambiente. 
Segundo Schultz e Schultz (2007) Skinner é, como uma renovação do modelo 
comportamentalismo de Watson, sendo o behaviorismo mais voltado para o estudo das respostas, 
Skinner descrevia elas e não buscava explicá-las, ocupado somente com os comportamentos 
observáveis. Para ele se acontecia entre o estímulo e a resposta não era relevante, o seu 
„programa‟ não visava nenhuma entidade interna ao ser humano. “O organismo humano, dizia 
Skinner, é uma máquina, e o ser humano, como qualquer outra máquina, se comporta de maneiras 
 
 
7 
 
 
previsíveis e regulares em resposta às forças externas, os estímulos, que o afetam” (SCHULTZ 
SCHULTZ, 2007, p. 280). 
Depois de muitos estudos e aperfeiçoamentos, Lettner (1989) afirma que a TC tem como 
objetivo definido resolver ou amenizar qualquer problemática psicológica que um indivíduo 
possa ter experimentando e de reestabelecer o funcionamento psicológico adequado e satisfatório 
para este indivíduo. Um aspecto extremamente relevante do comportamento humano são as 
emoções (medo, alegria, raiva, tristeza, etc.). Muitas dessas emoções que sentimos são respostas 
reflexas a estímulos ambientais. 
As emoções surgem em função de determinadas situações, de determinados contextos. 
Não sentimos medo, alegria ou raiva sem motivo; sentimos essas emoções quando algo 
acontece. Mesmo que a situação que causa uma emoção não seja aparente, isso não quer 
dizer que ela não exista, podendo ser até mesmo um pensamento, uma lembrança, uma 
música, uma palavra, etc. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p. 30). 
 
Por este motivo a TC foca no tratamento das queixas apresentadas além dos mecanismos 
psicológicos funcionalmente envolvidos no desenvolvimento e na manutenção desta 
problemática. Portanto, é necessário um entendimento mais amplo e específico do paciente em 
termos de seu funcionamento atual e da história de vida que resultou no quadro atual. A Terapia 
Comportamental foca inicialmente nas queixas atuais do paciente, buscando ajudá-lo modificar 
sua forma de funcionamento atual, porém não deixando de lado as consequências que o fizeram 
chegar até o momento em ele buscou tratamento. 
 
2.2 A TERAPIA COGNITIVA 
 
A história da terapia cognitiva inicia-se em 1956 quando Aaron Beck realizou um 
trabalho de pesquisa com o intuito de verificar os pressupostos psicanalíticos acerca da 
depressão. De acordo com Beck e Alford (2000) Os estudos de Beck o levaram a deparar-se com 
resultados de outra natureza: alguns pacientes apresentaram melhoras em resposta a algumas 
experiências bem sucedidas e não resistiram a estas mudanças, contrariando o esperado. 
Segundo Beck (2013), ao analisar os sonhos de seus pacientes deprimidos, percebeu que 
os temas dos sonhos eram mais voltados ao fracasso do que a hostilidade como o conceito 
psicanalítico defendia, a maneira como os pacientes de Beck enxergavam os acontecimentos, ou 
seja, a maneira como eles percebiam-se no mundo, estava relacionada não apenas as coisas que 
 
 
8 
 
 
aconteceram ou aconteceriam nas suas vidas, mas sim a maneira como eles interpretaram esses 
acontecimentos. 
Beck (2013, p. 25), afirma que “Enquanto o Dr. Beck ouvia seus pacientes no divã, 
percebia que eles ocasionalmente relatavam duas vertentes de pensamento: uma vertente de livre 
associação e outra de pensamentos rápidos de qualificações sobre si mesmos.” Com essa 
percepção, a relação entre acontecimentos e pensamentos automáticos e emoções começou a ser 
estabelecida. Dr. Beck percebeu que todos os pacientes tinham “pensamentos automáticos” sobre 
si e que esses pensamentos estavam intimamente ligados com as suas emoções (BECK, 2013). 
Isto fez com que Beck e demais pesquisadores iniciassem uma sequência de novos 
estudos sobre depressão na qual esta passou a ser vista como um transtorno, cuja principal 
característica seria uma tendência negativa. Segundo Beck (1997) as pessoas deprimidas 
apresentavam frequentemente, expectativas negativas com relação aos resultados de seus 
comportamentos do contexto em que está inserida e de seus objetivos, a partir disso os demais 
estudos prosseguiram de forma a testar estratégias de modificação de tais tendências negativas 
existentes na depressão, desta maneira um trabalho diferente começou a ser feito, mostrando 
eficácia na evolução de seus pacientes, dando início a terapia cognitiva. 
 
Beck lançou mão de inúmeras e diferentes fontes quando desenvolveu essa forma de 
psicoterapia, incluindo os primeiros filósofos, como Epiteto, e teóricos como Karen 
Horney, Alfred Adler, George Kelly, Albert Ellis, Richard Lazarus e Albert Bandura. O 
trabalho de Beck, por sua vez, foi ampliado por pesquisadores e teóricos atuais dos 
Estados Unidos e do exterior, numerosos demais para serem aqui mencionados (BECK, 
2013, p. 22). 
 
Segundo Beck (1964), os indivíduosatribuem significado a acontecimentos, pessoas e 
sentimentos, com base nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes 
hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. As pessoas reagem de formas variadas a 
uma situação específica podendo chegar a conclusões deferentes devido as vivencias subjetivas 
da sua vida. Beck (1987 apud Beck 2013, pg. 51), afirma que “não é a situação em si que 
determina o que a pessoa sente, mas como ela interpreta uma situação”. 
Desta forma acreditasse que em que alguns momentos a resposta habitual pode ser uma 
característica geral dos indivíduos dentro de determinada cultura, em outros momentos estas 
respostas podem ser derivadas de experiências particulares e peculiares a um indivíduo. 
 
 
9 
 
 
Para Bahls (1999), a teoria cognitiva tem como objeto de estudo principal o 
processamento de informação que é o ato de atribuir significado a algo como também descrever 
resultados de processos cognitivos envolvidos em determinada psicopatologia de maneira que 
quando ativados dentro de contextos específicos podem caracterizar-se como disfuncionais. O 
objetivo da terapia cognitiva seria, ainda, o de fornecer estratégias capazes de corrigir estes 
conceitos idiossincrásicos. 
Abreu e Guilhardi (2004) apresentam a principal diferença nas duas visões da psicologia 
cognitiva, a visão objetivista é voltada para um entendimento do mundo exterior, estímulos, e 
com representações internas, para esta visão a função da mente e o entendimento dos conceitos 
do mundo exterior em sua plenitude. Os modelos embasados na visão construtivista o 
conhecimento não vem unicamente da logica pessoal em relação com o meio, mas sim de 
estruturas corporal-emocionais, sendo esta visão relacionada mais com as emoções do que a 
razão. 
2.3 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL 
 
Tendo como base um conjunto de teorias bem desenvolvidas e elaboradas para dar 
sustentação a formulação de estratégias de tratamento e orientações, a terapia cognitivo-
comportamental usa como modelo e técnicas que garantem sua aplicabilidade com extrema 
eficiência. Conforme Carvalho (2001), a terapia cognitivo-comportamental (TCC) deriva de uma 
diversa gama de atividades científicas e formas de atuação, integrando técnicas e conceitos 
vindos de duas principais abordagens tais como a cognitiva e a comportamental. 
O conceito comportamental foi introduzido à teoria cognitiva por Aaron Beck e 
colaboradores ao perceber a necessidade da ativação comportamental nos tratamentos de 
ansiedade e depressão. No início, era “uma psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente, 
para depressão, direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os pensamentos e os 
comportamentos disfuncionais (BECK, 1997, p. 17)”. 
Para Wright, Basco e Thase (2008), as técnicas foram pensadas e desenvolvidas para 
atuarem na percepção, modificação, reestruturação destes pensamentos, criando uma nova visão 
de mundo, do eu e do futuro, é uma terapia de curta duração, voltada para o presente, direcionada 
para a solução de problemas atuais, e a modificação de pensamentos inadequados. 
 
 
10 
 
 
O modelo cognitivo foi originalmente construído de acordo com pesquisas conduzidas 
por Aaron Beck (1964) para explicar os processos psicológicos na depressão, em uma tentativa 
de provar a teoria freudiana de depressão como hostilidade “retrofletida reprimida”. 
Segundo Beck (2013) o modelo cognitivo baseia-se no entendimento de que um evento 
captado pelos sentidos desencadeia pensamentos, podendo eles ser funcionais ou disfuncionais, 
estes pensamentos disfuncionais geram algum tipo de sentimentos e posteriormente influenciam 
reações psicológicas e comportamentais. 
Segundo Beck (1997), três níveis de cognições são identificados pela TCC, sendo eles: 
pensamentos automáticos (PAs), crenças intermediárias e crenças centrais. Os PAs fazem parte 
de um fluxo de processamento cognitivo subjacente ao processamento consciente. Geralmente, 
são particulares ao indivíduo e ocorrem de maneira rápida através da avaliação do significado de 
episódios de sua vida. 
 Para Wright, Basco e Thase (2008), a TCC é uma terapia de curta duração, voltada para 
o presente, direcionada para a solução de problemas atuais, e a modificação de pensamentos 
inadequados. As técnicas foram pensadas e desenvolvidas para atuarem na percepção, 
modificação, reestruturação destes pensamentos, criando uma nova visão de mundo, do eu e do 
futuro, faz uma compreensão particular de cada paciente, estruturando, conceituando e 
produzindo varias formas de mudanças cognitivas e comportamentais através da modificação no 
sistema de crenças do paciente, com isso as mudanças se tornam mais efetivas e duradouras. 
Beck (2013), afirma que muitos pacientes precisam apenas receber uma explicação 
lógica, ter orientação na escolha e no planejamento das atividades e obter respostas a 
pensamentos automáticos disfuncionais que poderiam interferir em situações do seu dia a dia. 
Existem vários tipos de modelos comportamentais dentro da abordagem, podendo ser aplicadas 
durante os atendimentos psicoterapêuticos e também tarefas de casa. A mesma autora ainda 
afirma que muitos pacientes precisam apenas receber uma explicação lógica, ter orientação na 
escolha e no planejamento das atividades e obter respostas a pensamentos automáticos 
disfuncionais que poderiam interferir em situações do seu dia a dia. 
Segundo Wright, Basco e Thase (2008), a TCC concentra-se na identificação e 
mudanças dos pensamentos automáticos, porque entende que essas cognições exercem uma forte 
influencia nas emoções e nos comportamentos, assim os terapeutas da terapia cognitivo-
 
 
11 
 
 
comportamental explicam para seus pacientes logo no inicio da psicoterapia que esses processos 
normalmente, não são percebidos e reconhecidos, ajudando–os a se darem conta destes 
pensamentos com o uso de algumas técnicas como a descoberta guiada. 
 
Os pensamentos automáticos são um fluxo de pensamentos que coexistem com um fluxo 
de pensamentos mais manifesto (Beck, 1964). Esses pensamentos não são peculiares 
unicamente a pessoas com sofrimento psicológico; eles são uma experiência comum a 
todos nós. Na maior parte do tempo, quase não temos consciência desses pensamentos, 
embora com um pouco de treino possamos trazê-los facilmente à consciência. Quando 
obtemos a percepção dos nossos pensamentos, podemos fazer automaticamente uma 
verificação da realidade, caso não estejamos sofrendo de uma disfunção psicológica. 
(BECK, 2013, p. 163). 
 
Segundo Lima e Wielenska (1993), a Terapia Cognitivo-Comportamental centra-se nos 
problemas que estão sendo apresentados pelo paciente no momento em que este procura a terapia, 
sendo que o objetivo do terapeuta é sempre orienta-lo a aprender novas estratégias para atuar no 
ambiente de forma a promover mudanças necessárias na vida pessoal, emocional ou no meio em 
que o paciente está inserido. A metodologia utilizada na terapia é de uma cooperação entre o 
terapeuta e o paciente de forma que as estratégias para a superação de problemas concretos são 
planejadas em conjunto. 
Shinohara (1997), afirma que na Terapia Cognitivo-Comportamental procura-se definir 
claramente objetivos, especificando-os de acordo com os problemas e questões trazidas pelo 
paciente. O ponto de partida do tratamento é a fonte de sofrimento do cliente, ou seja, a partir das 
distorções que estão ocorrendo na forma do sujeito avaliar a si mesmo e ao mundo. Durante a 
terapia procura-se explorar cada um destes níveis de organização, partindo dos pensamentos 
automáticos até chegar ao sistema de crenças do sujeito. Então as crenças são testadas a partir de 
argumentos e propostas de exercícios que o paciente realizará durante a terapia e em demais 
contextos. 
A abordagem científica adotada pela terapia comportamental contribuiu com diversos 
procedimentos e estratégiasterapêuticos, como a estrutura da sessão, a maior atividade 
do terapeuta, o estabelecimento de objetivos do tratamento para toda a terapia e de uma 
pauta para cada sessão, a formulação e teste de hipóteses, a obtenção de feedback, o uso 
de técnicas de solução de problemas e treinamento de habilidades sociais, a prescrição 
de tarefas de casa e experimentos entre as sessões, e a medição de variáveis 
mediacionais e desfechos (BECK, 2013, p. 28)”. 
 
 
 
12 
 
 
Segundo Rangé (2001), a terapia cognitiva identifica três níveis de pensamento: o 
pensamento automático, as crenças intermediárias e as crenças centrais, que serão clarificadas a 
seguir. 
3. MODELOS DE SESSÕES 
 
Beck (2013), afirma que no início das sessões, o terapeuta irá estabelecer a aliança com 
o paciente, checar o humor, os sintomas e experiências do paciente durante a semana que passou 
e pedir que nomeie os problemas que mais deseja ajuda para resolver. As sessões de psicoterapia 
são planejadas e estruturadas para focar no tratamento dos sofrimentos que afetam o presente do 
indivíduo, não sendo uma regra utilizar as estruturas, mas sim um norte para o processo 
psicoterápico. Beck (2013, p. 79) ressalta que “a maioria dos pacientes se sente confortável 
quando você lhes diz como e por que gostaria de estruturar as sessões. Fazer isso desmistifica o 
processo de terapia e mantem o tratamento no caminho”. 
Beck (2013) traz três tipos bem diferenciados de sessões, sendo o primeiro tipo para 
avaliação do paciente, geralmente a primeira sessão. Uma para conceituação inicial do caso e 
informações importantes do processo que está iniciando, geralmente a segunda. E as demais a 
psicoterapia, propriamente dita. 
A Terapia Cognitivo-Comportamental busca compreender o funcionamento e a demanda 
do paciente tanto pelo modelo cognitivo quanto utilizando de técnicas de intervenção cognitivas e 
comportamentais, para assim conseguir estruturar melhor as sessões. As técnicas dentro do 
processo psicoterapêutico são muito importantes, podendo ser aplicadas de acordo com a 
demanda que a paciente trás. As técnicas buscam dar ao paciente uma forma mais clara de 
autopercepção, podendo o mesmo melhor compreender seus pensamentos e crenças, propondo ao 
paciente bem-estar físico e psicológico. 
 
3.1 PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS 
 
Os pensamentos automáticos (PAs) são cognições espontâneas e superficiais do 
indivíduo baseadas em suas crenças centrais que atuam na mudança de humor, comportamento e 
reações fisiológicas, de difícil percepção. Os PAs estão relacionados à cognição da pessoa, ou 
 
 
13 
 
 
seja, na maneira como elas interpretam os acontecimentos nas vidas, podendo eles ser moldados 
quando há verificação da veracidade feita pela própria paciente ou com ajuda da psicoterapeuta 
cognitivo-comportamental. Pensamentos automáticos são específicos para determinadas situações 
e considerados o nível mais superficial da cognição do ser humano. 
 
Há pensamentos nas fronteiras da consciência que ocorrem espontânea e rapidamente e 
são uma interpretação imediata de qualquer situação. São chamados de pensamentos 
automáticos e são distintos do fluxo normal de pensamentos observado no raciocínio 
reflexivo ou na livre associação. São geralmente aceitos como plausíveis, e sua acurácia 
é aceita como verdadeira (KNAPP, 2008, p. 4). 
 
O tratamento inicial é focado no aumento da consciência por parte do paciente de seus 
pensamentos automáticos, e um trabalho posterior terá como foco as crenças nucleares e 
subjacentes. O tratamento pode começar identificando e questionando pensamentos automáticos, 
o que pode ser realizado de maneiras diferentes. O terapeuta pode orientar os pacientes a avaliar 
seus pensamentos automáticos. 
 
 
Figura 1 - Modelo Cognitivo 
Fonte: Judith Beck, 2013. 
 
De acordo Gabbard, Beck e Holmes (2007), os pensamentos automáticos por afetarem 
tão diretamente a emoção dos pacientes, estão intrinsecamente relacionados à saúde. 
Pensamentos automáticos causados por crenças centrais e intermediárias desadaptativas geram 
emoções adversas. Nesse sentido, diversos transtornos psicológicos seguem um padrão cognitivo 
peculiar, ou seja, são mantidos por certas crenças centrais disfuncionais que acabam por 
desencadear pensamentos automáticos que comprometem a qualidade de vida. 
Deste modo Beck (2011), afirma que a detecção da cognição disfuncional, que constitui 
o substrato dos distúrbios psicológicos de acordo com o modelo da terapia cognitiva, pode ser 
 
 
14 
 
 
feita de várias maneiras. Além da entrevista terapêutica e de algumas técnicas específicas, existe 
a possibilidade de se avaliar a ocorrência e intensidade dos pensamentos automáticos por meio de 
instrumentos psicológicos. Nesse contexto, algumas escalas vêm sendo criadas no intuito de 
discriminar padrões disfuncionais que podem ser preditivos para distintos distúrbios psicológicos. 
 
 
3.2 CRENÇAS CENTRAIS OU NUCLEARES 
 
Logo no início da infância, os seres humanos, criam ideias específicas sobre os outros, o 
ambiente e sobre si mesmos. São compreensões solidificadas na experiência, tornam-se 
duradouras, fundamentais e verdadeiras que dificilmente serão contestadas, estando totalmente 
desarticuladas do processo consciente (BECK, 2013) “A pessoa considera essas ideias como 
verdades absolutas - é como as coisas são (BECK, 1987, apud BECK, 2013, p. 30)”. 
De acordo com Beck (2013), essas ideias, compreensões, verdades absolutas chamadas 
de crenças centrais e também exercem ação psicológica nas regras, atitudes e pressupostos que 
formam as crenças intermediárias, influenciando também a manifestação de pensamentos 
automáticos. Distorcem o significado e visão de uma determinada situação alterando os 
pensamentos, emoções e comportamentos. Para Beck (1997), as crenças são formadas a partir da 
relação estabelecida entre os indivíduos e o mundo no qual eles se encontram inseridos, a partir 
das quais eles interpretam as situações de vida. A crença, contudo, não pode ser confundida com 
o sentimento, ou com a emoção, ou memória apreendida, ou com a sensação. 
De acordo com Beck (2007), pessoas com crenças centrais distorcidas negativamente a 
respeito de si próprio podem apresentar, de maneira geral, conceitualizações dentro das seguintes 
categorias de crenças: desamparo, desamor e desvalor. 
 
 
 
15 
 
 
 
Figura 2 - Categorias de Crenças Centrais 
Fonte: Psicóloga Nora Nadir Soares - CRP 12/06649. (2020) 
 
As categorias acima citadas podem aparecer isoladas ou combinadas de diferentes 
maneiras. A fim de favorecer um planejamento positivo para a psicoterapia, os terapeutas devem 
reunir dados a fim de elaborar hipóteses a serem confirmadas ou não pelo paciente para 
identificar quais são seus tipos de crenças. De acordo com Beck (2005), os indivíduos não 
apresentam apenas categorias de crenças centrais negativas sobre si, apesar destas ser o foco 
central da intervenção psicoterapêutica. As crenças centrais negativas se encontram normalmente 
ativadas quando o paciente chega para a intervenção, mas é fundamental que o terapeuta esteja 
ciente de que existem as crenças centrais que expressam ideias exatamente contrárias às expostas 
acima. O que fará com que estas ou aquelas sejam disfuncionais é a ativação fora de um contexto 
baseado em evidências. 
De acordo com Beck et al. (1997) ressaltam ainda que as crenças centrais representam 
os mecanismos desenvolvidos pelas pessoas para lidar com as situações cotidianas, ou seja, a 
maneira como os indivíduos percebem a si mesmos, aos outros e ao mundo, e ao futuro, sendo 
esta percepção chamada de tríade cognitiva. A tríade cognitiva consiste na visão negativa de si 
mesmo, na qual a pessoa tende a ver-se como inadequada ou inapta, na visão negativa do mundo, 
incluindo relações, trabalho e atividades e na visão negativa do futuro, o que parece estar 
cognitivamentevinculado ao grau de desesperança. Os pensamentos mais típicos e expressões 
 
 
16 
 
 
verbais sobre a visão negativa do futuro incluem: "As coisas nunca vão melhorar”, "Nunca vou 
servir para nada” ou "Nunca serei feliz”. Quando tais pensamentos se associam à ideação 
suicida, a desesperança torna-os mais intensos, e a morte pode ser compreendida pelos pacientes 
depressivos como alívio para a dor ou sofrimento psicológicos ou como saída diante da 
percepção de uma situação como impossível de ser suportada. 
Beck et al. (1997), observaram que o paciente deprimido elabora sua experiência de 
maneira negativa e antecipa resultados desfavoráveis para seus problemas. Esta forma de 
interpretar os eventos e as expectativas funcionam como uma espécie de propulsor de 
comportamentos depressivos que, por sua vez, ratificam, após nova interpretação, os sentimentos 
pessoais de inadequação, baixa autoestima e desesperança. 
As crenças podem estar relacionadas não apenas com a visão que o paciente tem sobre si 
próprio, mas também com relação aos outros e ao mundo, essas crenças são conteúdos dos 
esquemas cognitivos, mal adaptativos que afeta a percepção do paciente, fazendo com que o 
paciente veja apenas um ponto de vista (equivocado, distorcido). Beck (2005) ressalta ainda que 
não são as crenças centrais em si que são disfuncionais, e sim sua forma de ativação que se torna 
disfuncional em alguns casos, quando esta não está condizente com o contexto e com as 
evidências. Desta maneira, de acordo com teoria dos modos, todos os indivíduos podem 
apresentar todas as crenças e estas não serem disfuncionais, até o momento em que sua ativação 
se torne disfuncional, quando o contexto e as evidências não derem base para aquela ativação. 
 
3.3 CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS 
 
Beck (2013), afirma que metodologicamente posicionadas entre outras duas classes de 
expressões cognitivas, sendo influenciada por uma e ativadora da outra frequentemente não 
articulada, adquirida nos primeiros estágios de desenvolvimento em forma de atitudes, regras e 
pressupostos estão às denominadas crenças intermediarias, constituídas nas interações com o 
mundo e as outras pessoas, influenciadas por predisposição o genética, propiciam entendimento e 
significação os quais podem variar em sua precisão e funcionalidade. As crenças centrais acabam 
influenciando o desenvolvimento das crenças intermediárias, que consistem em atitudes, regras e 
suposições. Segundo Rosen, (1988, apud Beck, 2013), suas interações com o mundo e as outras 
pessoas, influenciadas pela sua predisposição genética, conduzem a determinados entendimentos: 
 
 
17 
 
 
suas crenças, as quais podem variar na sua acurácia e funcionalidade. Um aspecto muito 
significativo para o terapeuta cognitivo-comportamental é que as crenças disfuncionais podem ser 
desaprendidas, e novas crenças baseadas na realidade e mais funcionais podem ser desenvolvidas 
e fortalecidas durante o tratamento. 
 
 
3.4 CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA 
 
 A conceitualização cognitiva é uma técnica utilizada por terapeutas cognitivo-
comportamentais para compreensão do caso e de adesão ao tratamento por parte do paciente, ou 
seja, traçar um plano de ação para a partir do entendimento de como o paciente funciona 
propondo uma intervenção terapêutica de forma eficaz, para isso o terapeuta precisa ter 
conhecimentos sólidos da teoria e domínio das técnicas, formulando hipóteses e diagnósticos de 
como o paciente aderiu os problemas e transtornos, começando a montar o plano desde o 
primeiro contato com o paciente e ao longo do tratamento. 
 
A conceituação já começa no primeiro contato com o paciente e é aprimorada a cada 
contato posterior. Você levanta hipóteses sobre o paciente com base não somente na 
formulação cognitiva do caso, mas também nos dados específicos que o paciente lhe 
apresenta. Você confirma, rejeita ou modifica suas hipóteses à medida que o paciente 
apresenta novos dados. A conceituação, portanto, é variável. Em momentos estratégicos, 
você vai checar diretamente com o paciente as suas hipóteses e a formulação (BECK, 
2013, p. 64). 
 
 
A conceitualização cognitiva, formulação de caso, funciona como um mapa que orienta 
o trabalho a ser realizado com o paciente. Segundo Beck (1997), o terapeuta a utiliza a fim de 
obter a estrutura para o entendimento de cada paciente em sua subjetividade, o que o auxilia no 
planejamento das estratégias terapêuticas que são utilizadas ao longo do tratamento. Kuyken, 
Padesky e Dudley (2010) definem a conceitualização de caso como um processo no qual 
terapeuta e cliente participam visando, inicialmente, descrever e, em seguida, explicar as 
dificuldades apresentadas pelo cliente. Sua função principal é orientar a terapia para suavizar o 
sofrimento e desenvolver a resiliência do cliente. 
Além disso, a conceitualização de caso é uma proposta de adesão do cliente à terapia, 
uma vez que após a concretização da mesma, observa-se um aumento da motivação e da 
compreensão de todo o processo psicoterápico por parte do cliente e do terapeuta. Antes de 
 
 
18 
 
 
iniciar o processo de conceitualização com o cliente, é fundamental que o terapeuta verifique se 
este compreendeu o modelo cognitivo e a inter-relação entre pensamento, emoção e 
comportamento, para que o mesmo possa dar início ao processo de compreensão da 
conceitualização de seu sistema de crenças. A psicoeducação sobre o modelo cognitivo é o 
primeiro passo de uma conceitualização cognitiva eficaz. 
 
3.5 DISTORÇOES COGNITIVAS 
 
As distorções cognitivas são compreendidas como erros sistemáticos na percepção e no 
processamento de informações, os pacientes tendem a cometer erros persistentes no seu 
pensamento. Frequentemente, existe uma tendência negativa sistemática no processamento 
cognitivo de pacientes que sofrem de algum transtorno psiquiátrico. Segundo Beck (2013), as 
distorções decorrem de regras e pressupostos, que são padrões estáveis adquiridos ao longo da 
vida do indivíduo, essas regras e crenças são sensíveis à ativação de crenças e que levam a 
estratégias interpessoais ineficazes. Uma proposta de categorização de distorções cognitivas 
amplamente conhecida é apresentada por Beck (1997), segundo a qual as distorções podem 
incluir categorias de pensamento. 
Rosa e Lopes (2013) apresentam os modelos de distorções tais como: Personalização 
quando nos sentimos responsáveis pelos acontecimentos. Filtro mental consiste em focarmo-nos 
nos aspectos negativos e ignorar o resto da informação, ou seja, concluir algo baseando-se apenas 
em uma pequena parte de dados. Maximização e minimização essa distorção cognitiva consiste 
em maximizar os nossos próprios erros e os acertos dos outros e, minimizar os próprios acertos e 
os erros dos outros, ou seja, avaliar distorcidamente a importância relativa dos eventos, sendo 
para mais ou para menos. Pensamento dicotómico essa distorção cognitiva tende a classificar as 
pessoas ou a si mesmo em categorias rígidas, extrema valorização dos acontecimentos, sem levar 
em conta os aspectos intermediários. Catastrofização ocorre quando prevemos o futuro 
negativamente sem considerar outros resultados mais prováveis. Generalização ocorre quando 
generalizamos de um caso, para todos os casos, mesmo que seja apenas ligeiramente idêntico. 
Raciocínio emocional refere-se à suposição de que as nossas emoções refletem as coisas como 
elas são é acreditar que o que sentimos no momento é o correto e verdadeiro. Afirmações 
são crenças rígidas e inflexíveis de como nós ou os demais deveríamos ser. 
 
 
19 
 
 
As mesmas autoras afirmam que as exigências concentradas em nós próprios favorecem 
a autocrítica, enquanto as dirigidas aos outros favorecem a raiva, a ira e a agressividade. Leitura 
da mente consiste em afirmar que determinadas suposições são certas, mesmo que não exista 
nenhuma evidência que a comprove. Acreditarque se sabe o que os outros pensam e o motivo de 
se comportarem como se comportam. Predição do Futuro consiste em afirmar que determinadas 
suposições são certas, mesmo que não exista nenhuma evidência para comprová-las, é esperar 
que nada de certo, sem sequer permitir a possibilidade de que seja razoável ou 
positiva. Rotulagem utilizar rótulos pejorativos para nos descrevermos, ao invés de descrever os 
nossos atos e qualidades com objetividade e exatidão . 
Segundo Leahy (2007), as distorções cognitivas podem ocorrer sob a forma de 
preocupações. O autor afirma que há cinco áreas mais comuns de preocupação: interações 
sociais, relacionamentos, saúde, finanças e trabalho. 
 
3.6 REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA 
 
A reestruturação cognitiva consiste na modificação da maneira como a interpretação 
cognitiva é construída para diminuir o impacto emocional de uma situação antes que as 
tendências às respostas emocionais se tornassem ativas, é uma técnica focada nos pensamentos o 
objetivo é ensinar os pacientes a substituir pensamentos disfuncionais por outros que possam 
ajudá-lo a diminuir o sofrimento psíquico, portanto, a reestruturação cognitiva é uma das técnicas 
cognitivo-comportamentais mais sugestivas dentro do repertório de um psicólogo. 
O modo como os pacientes estruturam as suas experiências de maneira cognitiva exerce 
uma influência fundamental em como elas se sentem e agem no seu cotidiano, se psicólogos 
cognitivo-comportamentais conseguirmos modificar os pensamentos dos nossos pacientes, mudará 
as emoções associadas aos mesmos, os fazendo sentir-se melhor. Segundo Barlow e colaboradores 
(2009, p. 235), "os pacientes recebem informações em relação às sequelas cognitivas, fisiológicas 
e comportamentais das reações emocionais e como esses três componentes interagem”. A partir 
da reestruturação cognitiva pode-se, então, passar à resolução de problemas e possibilitar as 
escolhas conscientes do paciente, tornando-o autônomo e senhor das suas decisões. 
Segundo Beck, Emery e Greenberg (1985), basicamente as estratégias de reestruturação 
cognitiva objetivam ensinar ao paciente as seguintes modificações: observação e controle dos 
 
 
20 
 
 
pensamentos irracionais e negativos; exame das evidências favoráveis e contrárias aos 
pensamentos distorcidos; e correção das interpretações tendenciosas por interpretações calcadas 
na realidade, o que geralmente resulta em redução sintomática da fobia social. 
Conforme Clark e Wells 1995), a técnica de reestruturação cognitiva procura desafiar 
diretamente as crenças irracionais ou disfuncionais, modificando-as ou substituindo-as por outras 
mais adaptativas. A técnica é aplicada tanto nos pensamentos que ocorrem antes da situação 
social como naqueles que ocorrem durante e após a situação temida. A psicoeducação é um 
recurso importante no processo psicoterápico e deve ser o pontapé inicial neste processo. O 
paciente deve ser informado sobre a funcionalidade ou não das suas reações comportamentais. 
 
3.7 ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS 
 
Diversas situações de vida podem ativar uma crença disfuncional na vida do paciente, 
onde o mesmo inconsciente ativa as estratégias compensatórias visando aliviar a negatividade o 
sofrimento. As estratégias compensatórias são comportamentos nos quais todos se engajam 
eventualmente. Estas ações causam sofrimento quando são executadas em excesso, em perda de 
outras estratégias mais funcionais. É fundamental que se realize uma avaliação da influência das 
estratégias na vida dos pacientes, bem como da flexibilidade das mesmas, pois, dessa forma, 
torna-se possível criar expectativas realistas na orientação do tratamento (Beck, 2007). As 
estratégias compensatórias atuam como uma forma de retroalimentar o sistema de crenças, sendo 
que quando as mesmas são disfuncionais acabam por reforçar e auxiliar a manutenção dos 
sintomas e o sofrimento dos clientes. 
 
3.8 ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO 
 
 
Os pacientes estão expostos a situações e não conseguem mobilizar esforços saudáveis 
para lidar com as emoções geradas nesses momentos. É preciso construir estratégias de 
enfrentamento quando o contexto externo apresenta poucas possibilidades de mudança. 
De acordo com Aldwin (2009), O estudo das estratégias de enfrentamento de situações 
adversas é fundamental por permitir explicar os mecanismos psicológicos envolvidos na 
 
 
21 
 
 
superação das adversidades e na construção de trajetórias de desenvolvimento saudáveis, e por 
embasar estudos no campo da resiliência, do bem-estar e da qualidade de vida. 
 
 
3.9 QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO 
 
De acordo com Santos e Medeiros (2017) apontado como essencial para o andamento 
das sessões em terapia cognitivo-comportamental, o questionamento socrático representa uma das 
principais técnicas para modificação de pensamentos automáticos. A utilização deve ser feita a 
partir da identificação dos pensamentos disfuncionais e do encorajamento do paciente a avaliá-los 
por meio de perguntas que o levem a pensar, e dessa forma, e ter verdadeira compreensão na 
tomada de decisões racionais fazendo suas próprias observações. Wright, Basco e Thase (2008), 
citam que o estilo de questionamento socrático usado na terapia cognitiva baseia-se em uma 
relação empírica colaborativa e tem o objetivo de ajudar o paciente a reconhecer e modificar o 
pensamento desadaptativo. 
Conforme afirmam Santos e Medeiros (2017) o paciente e terapeuta fazem juntos 
exames de evidências que apoiam seu pensamento e das evidências que são contrárias, de modo a 
encontrar novas possibilidades na interpretação de suas sensações. Ao se utilizar o modo guiado 
do questionamento, o terapeuta maximiza o envolvimento do paciente nas sessões e em todo o 
processo terapêutico de modo a reduzir a possibilidade de o terapeuta impor suas ideias e 
conceitos. 
Segundo Neufeld e Cavenage (2010) essa formulação socrática pretende que o paciente 
aprenda a entender e solucionar seus próprios problemas, equipando-se com as habilidades 
necessárias para lidar com eventuais problemas que possam ocorrer. Desta forma com o aumento 
das habilidades de solução de problemas por parte do paciente, o terapeuta se desvia mais 
ativamente em guiar o tratamento, proporcionando assim que paciente se torna seu próprio 
terapeuta. Isso acontece devido ao processo colaborativo da descoberta guiada, em que o paciente 
sai da posição passiva e adota uma postura proativa. 
A técnica do questionamento socrático é estruturada por uma série de questões 
intencionalmente elaboradas, a partir das definições de objetivos no decorrer da terapia. 
 
 
22 
 
 
Descortina-se assim um processo de cuidado de aspectos da vida, visando o equilíbrio do ser em 
foco, o paciente, de forma a estabelecer o equilíbrio da saúde deste. 
 
3.10 REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS (RPD) 
 
Segundo Neufeld, Sardinha e Palma (2015) O RPD é uma técnica da terapia cognitiva 
comportamental que tem o objetivo de fazer com que o indivíduo identifique e analise de forma 
consciente seus pensamentos, emoções e comportamentos, levando o indivíduo a pensar em 
respostas adaptativas em relação às suas cognições negativas, para que assim o indivíduo passe a 
se tornar seu próprio terapeuta, conseguindo lidar com seus conflitos. 
Afirmam Mercês, Moura e Oliveira (2018) o paciente necessita de treinamento para o 
uso do diário, sendo capaz de identificar os pensamentos automáticos apontando primeiro os 
estados emocionais. 
A aplicação envolve um registro aonde são anotados, sequencialmente, o evento e o 
pensamento que se sucedeu ao evento – que ocorre quando de uma emoção ou 
comportamento problemático. Existe uma coluna adicional para o registro de uma nota 
referente a quanto o paciente acredita que aquele pensamento seja verdadeiro. Esta 
coluna ajudará progressivamente o indivíduo na identificação dos pensamentos 
automáticos disfuncionaisque se constituam em foco de atenção mais produtivo. A 
seguir, registra-se a emoção e avalia-se o grau de emoção (numa escala de 0 a 10 ou 0 a 
100). Para ajudar o paciente, comparações com o máximo de emoção (por exemplo, 
tristeza) podem ser úteis para uma avaliação mais realista. Os registros de pensamentos 
também incluem uma coluna de evidências, bem como uma coluna para gerar o 
pensamento alternativo sobre a situação. Finalmente, pede-se ao paciente que 
quantifique o quanto acredita no novo pensamento, assim como a intensidade da 
emoção. A utilização do RPD juntamente com outras técnicas, conduz a atenção do 
paciente para cognições importantes e proporciona um método sistemático e concreto 
para praticar a identificação de pensamentos automáticos, estimulando constantemente o 
inquérito sobre a veracidade dos padrões destes (POWELL, ABREU, OLIVEIRA E 
SUDAK 2008, p. 4). 
 
 
Na Terapia Cognitiva-Comportamental, a partir da compreensão que tem o paciente dos 
seus pensamentos automáticos, começa a caminhar para o processo de mudança, sendo 
importantíssimo para o terapeuta utilizar técnicas e procedimentos que auxiliem o paciente nessa 
compreensão. 
 
3.11 TÉCNICAS DE RELAXAMENTO 
 
 
23 
 
 
 
Os transtornos de ansiedade estão entre os transtornos frequentemente apresentado por 
pacientes, como transtorno de ansiedade generalizada, fobias sociais, transtorno de estresse pós-
traumático, transtorno de pânico, agorafobia e transtorno de fobia específica, porem existe 
sujeitos que não apresentam diagnóstico para ansiedade, mas possuem sintomas semelhantes e 
traços significativos. É fundamental que a psicoterapeuta avalie cada caso individualmente para 
dar seguimento no tratamento, é comum ensinar ao paciente técnicas de relaxamento corporal que 
ele poderá fazer uso fora do setting terapêutico. 
Podem-se encontrar diferentes métodos para diminuir a tensão, como os relaxamentos 
ou a meditação (MENEZES E DELL‟AGLIO, 2009; NETO, 2011). O relaxamento é a técnica 
mais amplamente utilizada na TCC e tem um efeito positivo sobre os resultados do 
enfrentamento (VERA E VILA, 2002; RICE, 2007). A tensão e o relaxamento são estados do 
corpo que correspondem a duas partes do sistema nervoso autônomo (ESCH E STEFANO, 
2010). O treinamento em relaxamento supõe a simples questão de que não é possível estar tenso e 
relaxado ao mesmo tempo, e, dependendo do tipo de ansiedade e estresse, é possível que somente 
determinados grupos de músculos se tencionem (RICE, 2007). 
De acordo com Neto (2011), as técnicas de respiração como a respiração diafragmática 
são recomendadas para controle de sintomas ansiosos. O exercício necessita que o paciente esteja 
consciente com a atenção voltada para sua respiração, devendo colocar uma das mãos no 
abdômen e a outra sobre o peito, a respiração deve ser concentrada na região abdominal. Sugere-
se que o paciente inspire profundamente contando até três sentindo o ar enchendo os pulmões, 
segure o ar durante contato novamente até três e expire pela boca esvaziando os pulmões 
contando ate três, fazendo este exercício até sentir-se mais relaxado. 
Segundo uma pesquisa desenvolvida na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande 
do Sul - PCUS/RS por Willhelm, Andretta e Ungaretti (2015), relatou que a respiração 
diafragmática foi à técnica que mais obteve sucesso em uso com pacientes com traços ansiosos. 
Este tipo de relaxamento contribui para o bem-estar do individuo, aumento da concentração para 
o que está acontecendo no momento, redução da tensão muscular, redução da frequência cardíaca 
e arterial. 
 
 
24 
 
 
Outra técnica de relaxamento utilizada em terapia cognitivo-comportamental é chamada de 
Relaxamento Muscular Progressivo, desenvolvida por Edmund Jacobson em 1929 com intuito de 
ajudar pacientes com diagnóstico de ansiedade através do relaxamento profundo muscular. 
Afirma Novaes e Santos (2016) através da soltura muscular, alcança-se alteração no 
estado emocional. É basicamente a contração e descontração muscular, aumentando o grau de 
auto-observação e consciência corporal a fim de obter a sensação de bem-estar. 
Junqueira e Ribeiro descrevem como aplicar corretamente a técnica de Relaxamento 
Muscular Progressivo de Jacobson: 
Prepare-se para fazer o relaxamento. Procure estrar em posição confortável. Comece 
dobrando lentamente a ponta dos pés levando-os em direção ao corpo. Procure sentir a 
tensão, mantenha os pés contraídos por alguns segundos. Relaxe. Faça a seguir, o 
movimento contrário, esticando os pés. Sinta nesse momento a tensão na região da 
barriga da perna. Fique por alguns segundos. Relaxe. Aproveite esse momento para 
perceber a sensação causada pelo relaxamento. Em seguida, contraia o calcanhar e sinta 
os músculos da região da perna contraídos. Conserve esses músculos contraídos por 
alguns segundos. Relaxe. Em seguida faça a contração dos músculos das nádegas e do 
ânus. Conserve a contração por alguns segundos. Relaxe. Realize o movimento de 
expansão do abdome. Mantenha o movimento. Relaxe. Solte o ar. Tranquilize-se. 
Contraia os músculos da região das costas. Imagine que seus músculos estão se soltando 
suavemente. Agora eleve os ombros na direção das orelhas, sinta a tensão. Relaxe. 
Levante os braços estendidos rumo ao teto, com as mãos contraídas para trás, como se fosse 
“segurar o teto”. Mantenha. Relaxe. Deixe cair os braços no colchonete. Observe o efeito. 
Relaxe. Feche os olhos, mantenha. Relaxe. Procure franzir as sobrancelhas sem fechar os 
olhos, sinta a tensão dos músculos da testa. Conserve por alguns segundos. Relaxe. Agora 
focalize a tensão na região da boca. Mantenha. Relaxe. Mantenha os maxilares separados e 
os lábios soltos. Passe a língua nos dentes. Concentre-se e perceba a respiração que entra e sai 
pelas narinas. Solte o ar lentamente. Relaxe. Vou agora contar de cinco (05) até um (01) 
numa contagem regressiva, quando eu falar o nº 01, você pode dar por concluído o 
relaxamento. Imagine, em seguida, o seu corpo sendo banhado por uma cor azulada, 
começando no alto da cabeça indo até os pés. Relaxe Agora abra lentamente os olhos, olhe 
para o teto, para os lados, para baixo, para cima. Relaxe. Espreguice. Vire-se para o lado e 
coloque a mão dominante (esquerda ou direita) apoiada no colchonete, firme-se e levante-se. 
Observe como se sente. Caso esteja se sentindo bem, pode esticar-se. Dê uma volta pela sala, 
reconhecendo todo o ambiente. Caso esteja sentindo alguma sensação ruim ou dificuldade 
para se levantar, fale comigo. Agora se sente na cadeira, pegue os lápis de cor e faça um 
desenho de figura humana. Conte uma história sobre o desenho, mencionando o tipo de 
atividade corporal desenvolvida por essa pessoa que foi desenhada e a reação corporal dela, 
diante das atividades realizadas. (JUNQUEIRA E RIBEIRO 2006, p. 21). 
 
Existem muitas técnicas de relaxamento o terapeuta deve saber considerar as demandas 
e particularidades de cada indivíduo, os objetivos a serem alcançados a melhor técnica que o 
paciente se adapta e o momento certo de se utilizar. 
 
 
 
25 
 
 
4. LOCAL DE ESTÁGIO 
 
O estágio Clínico é realizado no Serviço de Psicologia Aplicada Esucri (SPAE). Os 
interessados em iniciar atendimentos devem morar em Criciúma e região e ter renda per capita 
familiar de dois salários mínimos. Os agendamentos devem ser feitos através dos telefones: (48) 
3431-3775 ou (48) 98488-0391 ou pelo e-mail: psicologia@esucri.com.br. O atendimento é 
realizado na Unidade VIII (Anexo ao ginásio das Faculdades Esucri) Rua Borba Gato, Centro, 
Criciúma. O Horário de atendimento do SPAE é de segunda à sexta-feira das 8h ao meio dia e 
das 14h às 18h. 
A clínica conta com três salas específicas de atendimentos e possui uma brinquedoteca 
para o acolhimento do público infantil. Os atendimentos são realizados pelos estagiários da 
sétima e oitava fase de psicologia, sendosempre orientados pelos seus supervisores de Estágios. 
A clínica disponibiliza um Psicólogo responsável pelo SPAE, que auxilia os estagiários e acolhe 
casos mais específicos onde existe a necessidade de encaminhamento para outras instituições de 
órgão competente. 
No SPAE os atendimentos são realizados em ambiente privado, a fim de acolher o 
paciente, oferecendo o suporte necessário, abordando sempre a questão do sigilo presente no 
código de ética do psicólogo no seu artigo 9º (2005, p. 13), “É dever do psicólogo respeitar o 
sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, 
grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional”. 
O Objetivo do Serviço de Psicologia Aplicada Esucri (SPAE) é oferecer atendimentos 
psicológicos gratuitos aliados à formação de profissionais de Psicologia. Por meio de 
psicoterapias individuais ou em grupos de pacientes a partir dos 6 anos de idade, o serviço já 
beneficiou mais de mil pessoas da cidade e região. Dentro do SPAE é possível ter acesso aos 
seguintes atendimentos: Psicodiagnóstico; Psicoterapia Infantil; Adolescentes; Adulto; Terceira 
Idade e Famílias; Orientação Vocacional e Planejamento de Carreira; Psicoterapia Breve para 
Acadêmicos e Colaboradores da Faculdade; Orientação em grupos de dependência Química. 
 
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
mailto:psicologia@esucri.com.br
 
 
26 
 
 
Foram desenvolvidas atividades como estudos teóricos e práticos, triagens, atendimentos 
psicoterapêuticos, encaminhamentos para pacientes com necessidade de tratamento 
medicamentoso com o médico psiquiatra, e também supervisão de atendimentos. 
 
5.1 APRESENTAÇÃO GERAL 
 
 
Nº de triagens Nº de pacientes (Quantidade 
de pacientes atendidos em 
psicoterapia) 
N° de encaminhamentos 
09 03 04 
 
 
5.2. ATENDIMENTOS CLÍNICOS 
 
 
Nº de 
pacientes 
Identificação Nº de sessões Procedimento Período 
01 10 Em tratamento Setembro/Março 
02 04 Em tratamento Novembro/Dezembro 
03 04 Em tratamento Junho/Julho 
 
 
5.3 ESTUDO DE CASO 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A psicologia tem como objetivo de estudo a aprendizagem do desenvolvimento humano, 
visa orientar os pacientes em suas dificuldades encontradas no decorrer da vida, compreendendo 
o processo de subjetividade de cada individuo e contribuindo para soluções das dificuldades por 
toda extensão, evidenciando a influência do meio familiar, social, cultural na evolução deste 
desenvolvimento cognitivo ou comportamental. 
A realização do estágio clínico supervisionado trouxe a proximidade indispensável entre 
teoria e prática, a teoria aprendida com a abordagem Terapia Cognitivo-Comportamental trás 
uma grande gama de material, artigos, livros e técnicas disponíveis para serem usadas nos 
atendimentos práticos, são através desses que conseguimos realizar tarefas como conceituar o 
 
 
27 
 
 
caso, desenvolver rapport, familiarizar e educar o paciente, identificar problemas, coletar dados e 
testar hipóteses. 
Os materiais teóricos ofertados pela orientadora ao longo de todo o estágio clínico, foi 
de extrema importância para os estudos e investigações das demandas trazidas pelas pacientes 
tanto quanto aos estudos de casos trabalhados com a professora, os atendimentos realizados 
proporcionam a oportunidade de por em prática os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo 
dos estudos aplicando-os empiricamente, contribuindo para a orientação de sofrimento psíquico 
que os pacientes trazem para o setting terapêutico, aliados as sessões de supervisão consolidaram 
inúmeros aprendizados os quais serão fundamentais para os desafios da realidade clínica. A 
supervisão faz o embasamento necessário proporcionando a aluna experiência, confiança e 
segurança nos atendimentos, é através da troca de informação com a professora orientadora que 
somos capazes de cobrir as necessidades do nosso paciente e oferecer a ele um atendimento de 
qualidade. 
7. AVALIAÇÃO E AUTO AVALIAÇÃO. 
 
A psicologia é um campo do conhecimento humano essencial para articulações dos 
saberes e fazeres de forma a atender aos indivíduos em suas necessidades. O estágio clinico busca 
proporcionar um bem estar a cada individuo, fazendo-se necessário as descobertas guiadas, 
intervenções, diagnósticos, psicoeducações e orientações clinicas, para que haja um novo olhar na 
forma de como os pacientes lidam com suas particularidades, o objetivo é fazer com que o 
mesmo saia de ciclos viciosos que geram tanto sofrimento. 
Mediante as problemáticas trazidas pelos pacientes ao longo de todo estágio e pelos 
estudos de casos trazidos em supervisões, foi possível a partir das observações, testes aplicados, 
anamnese realizadas, atividades realizadas em supervisões, orientações e trocas com a professora 
ampliar o olhar em torno dos aspectos abordados e trabalhados durante todo o estágio, 
possibilitando a criação vínculos com os pacientes que contribuíram positivamente para 
proporcionar condições aderentes ao desenvolvimento dos pacientes em suas relações. A 
oportunidade de realizar processos de triagem ajudou a compreender o quão importante se faz o 
processo das entrevistas iniciais na clínica, tendo uma visão mais ampliada de como é importante 
 
 
28 
 
 
para o paciente este acolhimento inicial e como devemos encaminhar e classificar os riscos dos 
mesmos de forma particular. 
Foi possível conhecer na prática com os estudos de casos tanto trazidos pela orientadora 
quanto trazido pelos colegas de supervisão conhecimento sobre patologias como transtornos 
psicóticos, transtornos de humores, transtorno de personalidades, transtornos relacionados ao uso 
de substâncias, transtorno do neurodesenvolvimento, juntos buscamos soluções a fim de fornecer 
ao paciente um bem estar ideal, a singularidade de cada caso me proporcionaram grandes 
oportunidades de aprendizado, o que descrevo como de suma importância para meu futuro. 
O estágio impulsiona uma experiência ajudando a profissional aprendente a adquirir 
conhecimentos práticos e como lidar com as situações a partir das teorias aprendidas no decorrer 
de todo o curso, houve de minha parte grande empenho por conhecer, discutir e compreender os 
casos relatados. Portanto o ideal proposto no inicio do semestre acredito ter sido alcançado 
aprimorando meus conhecimentos para uma futura prática profissional, o estágio em psicologia 
realizado na abordagem terapia cognitiva-comportamental foi fundamental para a minha 
construção enquanto psicóloga, trabalhado de forma que despertasse interesse em aprendizagem 
mais aprofundada da abordagem escolhida, resgatando valores essenciais para se conquistar 
confianças, autonomias e competências. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABREU, C. N. GUILHARDI H.J.. Terapia comportamental e cognitivo-comportamental: 
Práticas clínicas. São Paulo: Roca, 2004. 
 
ALDWIN, C. M. Estresse, enfrentamento e desenvolvimento: Uma perspectiva integrada. New 
York: The Guilford Press, 2009. 
 
BAHLS, S. C. Depressão: uma breve revisão dos fundamentos biológicos e cognitivos. 
Interação 3, p. 49-60, 1999. 
 
BARLOW, D. H. Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. 
Porto Alegre: Artmed, 2009. 
 
BAUM, W. M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Porto 
Alegre: Artmed, 2006. 
 
 
 
29 
 
 
BECK, A. T. Pensamento e depressão: II. Teoria e terapia. Washington. Associação 
Americana de Psicologia. 1964. Disponível em: <https://psycnet.apa.org/record/1965-05779-
001>. Acesso em: 21/11/2019. 
 
______. Além da crença: Uma teoria de modos, personalidade e psicopatologia. São 
Paulo: Casa do Psicólogo. Fronteiras da terapia cognitiva. 2005. Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=2344304&pid=S1808-
5687201000020000200002&lng=pt>. Acesso em: 21/04/2020. 
 
BECK, A. T.; ALFORD, B. A. O poder integrador da terapia cognitiva.Porto Alegre: Artes 
Médicas Sul. 2000. 
 
BECK, A. T.; ALFORD, B. A. Depressão. Causas e tratamento. Porto Alegre: Artmed. 2011. 
Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/4010/401036093010.pdf> Acesso em: 24/04/2020. 
 
BECK, A.T; EMERY, G.; GUEENBERG, R.L. Transtornos de ansiedade e fobias: uma 
perspectiva cognitiva. Nova York: Livros Básicos, 1985. 
 
BECK, A. T.; RUSH, A. J; SHAW, B. F.; EMERY, G. Terapia cognitiva da depressão. Porto 
Alegre: Artmed. 1997. (Original publicado em 1979). Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872010000200002>. 
Acesso em: 25/11/2019. 
 
 
BECK, J. S. Terapia cognitiva: Teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997. (Obra original 
publicada em 1995). Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=2344312&pid=S1808-
5687201000020000200006&lng=pt> Acesso em: 21/04/20. 
 
______. Terapia cognitiva para desafios clínicos: O que fazer quando o básico não funciona. 
Porto Alegre: Artmed, 2007. (Obra original publicada em 2005). 
 
______. Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2013. 
 
BARBOSA, J.; BORBA, A. O surgimento das terapias cognitivo-comportamental e suas 
consequências para o desenvolvimento de uma abordagem clínica analítico-
comportamental dos eventos privados. Ver. Bras. ter. Comport. Cogn. Vol.12 no. 1-2 São 
Paulo junho. 2010. Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452010000100004>. 
Acesso em: 19/11/2019. 
 
CABALLO, V. E. Manual Técnicas de Terapia e Modificação do Comportamento. São 
Paulo: Santos, 2007. 
 
https://psycnet.apa.org/record/1965-05779-001
https://psycnet.apa.org/record/1965-05779-001
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=2344304&pid=S1808-5687201000020000200002&lng=pt
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=2344304&pid=S1808-5687201000020000200002&lng=pt
https://www.redalyc.org/pdf/4010/401036093010.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872010000200002
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=2344312&pid=S1808-5687201000020000200006&lng=pt
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=2344312&pid=S1808-5687201000020000200006&lng=pt
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452010000100004
 
 
30 
 
 
CARVALHO, M. R. Terapia cognitivo-comportamental através da Arteterapia. 
Revista de Psiquiatria Clínica, v.28 (6): p.318-321, 2001. 
 
CLARK, D. M.; WELLS. A. A. Fobia social: diagnóstico, avaliação e tratamento. Nova 
Iorque: Guilford, p. 69-93, 1995. 
 
ESCH, T.; STEFANO, G. B. A neurobiologia do gerenciamento do estresse. Neuro 
Endocrinology Letters, p. 19-39, 2010 
 
GABBARD, G. O.; BECK, J. S.; HOLMES, J. Compêndio de psicoterapia de Oxford. 
Porto Alegre: Artmed, 2007. 
 
HOFMANN, S. G. Introdução à Terapia Cognitivo Comportamental Contemporânea. Porto 
Alegre. Artmed. 2014. 
 
JUNQUEIRA, M. RIBEIRO, M. A viajem do relaxamento técnicas de relaxamento. 
Editora da UGC, Goiás, 2006. 
 
KNAPP, P. Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. 
São Paulo: Rev. Bras. Psiquiatr. vol.30. suppl.2. 2008. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000600002> Acesso 
em: 21/11/2019. 
 
KUYKEN, W.; PADESKY, C. A.; Dudley, R. Conceitualização de casos colaborativa: 
O trabalho em equipe com clientes em terapia cognitivo-comportamental Porto 
Alegre: Artmed, 2010. (Obra original publicada em 2009). 
 
LEAHY, R. L. Como lidar com as preocupações: Sete passos para impedir que elas 
paralisem você. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
 
LIMA, M. V. D; WIELENSKA, R. C.. Terapia comportamental-cognitiva. Em A. V. 
Cordioli (Org.) Psicoterapias: abordagens atuais Porto Alegre: Artes Médicas, p. 192-209, 
1993. 
 
LETTNER, H.. Com o que, de fato, a terapia comportamental trabalha? Um depoimento 
pessoal de um terapeuta comportamental – um depoimento pessoal de um terap. comporta. 
Psico. Cienc. Prof. Vol 9. Brasília. 1989. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931989000200012>. Acesso 
em: 21/11/2019. 
 
MENEZES, C.B.; DELL‟AGLIO, D.D. Os efeitos da meditação à luz da investigação 
científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicologia: Ciência e Profissão, 29 (2): 276-289. 
2009. 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000600002
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931989000200012
 
 
31 
 
 
MERCÊS, E.L.; MOURA, L.F.; OLIVEIRA, I.J.S. Terapia cognitivo-comportamental 
aplicada à depressão: uma breve revisão bibliográfica. Revista Amazônia Science & Health. 
Gurupi, 2018. Disponível em: <file:///C:/Users/User/Desktop/1321-Texto%20do%20artigo-7367-
2-10-20180522.pdf>. Acesso em: 14/07/2020. 
 
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A.. Princípios básicos de análise do comportamento. 
Porto Alegre: Artmed, 2007. 
 
NETO, A. R. Técnicas de respiração para a redução do stress em terapia cognitiva-
comportamental. Arquivo Médico Hospitalar Faculdade Ciências Médicas Santa Casa, São 
Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.fcmscsp.edu.br/files/AR09.pdf.> Acesso em: 
14/05/2020. 
 
NEUFELD, C.B.; SARDINHA, A.; PALMA, P.C. O registro dos pensamentos disfuncionais. 
Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas. Porto de Galinhas. 2015. Disponível em: < 
http://cbtc.fbtc.org.br/Edicao/2015/admin/trabalhosCBTC/IAS_XCBTC026.pdf >. Acesso em: 
14/07/2020. 
 
NEUFELD, C.B.; CAVENAGE, C.C. Conceitualização cognitiva de caso: Uma proposta de 
sistematização a partir da prática clínica e da formação de terapeutas cognitivo-
comportamentais. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas. vol.6 no.2 Rio de Janeiro dez. 
2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v6n2/v6n2a02.pdf>. Acesso em: 
14/07/2020. 
 
NOVAES, L.C.; SANTOS, M.F. Técnicas de Relaxamento. Bem Tratar, São Paulo, 2016. 
Disponível em: 
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5415862/mod_resource/content/1/T%C3%A9cnicas%
20de%20Relaxamento.pdf#:~:text=Segundo%20Jacobson%2C%20atrav%C3%A9s%20da%20so
ltura,a%20sensa%C3%A7%C3%A3o%20de%20bem%2Destar.>. Acesso em: 14/07/2020. 
 
POWELL, V.N.; ABREU, N.; OLIVEIRA, I.R.; DUDAK, D. Terapia cognitivo-
comportamental da depressão. Revista Brasileira Psiquiatria. Salvador, 2008. Disponível em: < 
https://www.scielo.br/pdf/rbp/v30s2/a04v30s2.pdf>. Acesso em: 14/07/2020. 
 
RANGÉ, B. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. Porto 
Alegre: Artmed, p. 567, 2001. 
 
RICE, P.L. O enfrentamento do estresse: estratégias cognitivo-comportamentais. In: V.E. 
CABALLO (org.), Manual para o tratamento cognitivo-comportamental dos transtornos 
psicológicos da atualidade. São Paulo, Santos Editora, p. 301-336. 2007. 
 
ROSA, R.R.; LOPES, R.F.F. Presença de distorções cognitivas em propagandas brasileiras. 
Revista Brasileira de Terapias Cognitivas. vol. 9 no.2 Rio de Janeiro dez. 2013 Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872013000200002>. 
Acesso em: 14/07/2020. 
file:///C:/Users/User/Desktop/1321-Texto%20do%20artigo-7367-2-10-20180522.pdf
file:///C:/Users/User/Desktop/1321-Texto%20do%20artigo-7367-2-10-20180522.pdf
http://cbtc.fbtc.org.br/Edicao/2015/admin/trabalhosCBTC/IAS_XCBTC026.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v6n2/v6n2a02.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5415862/mod_resource/content/1/T%C3%A9cnicas%20de%20Relaxamento.pdf#:~:text=Segundo%20Jacobson%2C%20atrav%C3%A9s%20da%20soltura,a%20sensa%C3%A7%C3%A3o%20de%20bem%2Destar.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5415862/mod_resource/content/1/T%C3%A9cnicas%20de%20Relaxamento.pdf#:~:text=Segundo%20Jacobson%2C%20atrav%C3%A9s%20da%20soltura,a%20sensa%C3%A7%C3%A3o%20de%20bem%2Destar.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5415862/mod_resource/content/1/T%C3%A9cnicas%20de%20Relaxamento.pdf#:~:text=Segundo%20Jacobson%2C%20atrav%C3%A9s%20da%20soltura,a%20sensa%C3%A7%C3%A3o%20de%20bem%2Destar.https://www.scielo.br/pdf/rbp/v30s2/a04v30s2.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872013000200002
 
 
32 
 
 
 
SANTOS, C.E.M.; MEDEIROS, F.A. A relevância da técnica de questionamento socrático na 
prática Cognitivo-Comportamental. Arch Health Invest. São Paulo. 2017. Disponível em: 
<file:///C:/Users/User/Desktop/1940-7438-4-PB.pdf>. Acesso em: 14/07/2020. 
 
SOARES, NORA. Crenças Centrais. Psicologia Previtali.com. 2020. Disponível em: 
<https://www.psicologiaprevitali.com.br/crencas-centrais/> >. Acesso em: 21/11/2019. 
 
SHINOHARA, H. O. Conceituação da terapia cognitivo-comportamental. Em: R. A. Banaco 
(Org.) Sobre comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em 
análise do comportamento e terapia cognitiva, V. 3 (p. 1-5) São Paulo: Editora Arbytes, 1997. 
 
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cengage 
Learning, 2007. 
 
SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. Tradução Maria da Penha Villalobos. São Paulo: 
Pensamento-Cultrix, 1974. 
 
VERA, M.N.; VILA, J. Técnicas de relaxamento. In: V.E. CABALLO (org.), Manual de 
técnicas de terapia e modificação do comportamento. 2ª ed., São Paulo, Santos Editora, p. 147-
165, 2002. 
 
WILLHELM, A.R.; ANDRETTA, I.; UNGARETTI, M.S. Importância das técnicas de 
relaxamento na terapia cognitiva para ansiedade. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 
Porto Alegre, 2015. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cclin/v8n1/v8n1a09.pdf>. 
Acesso em: 14/05/2020. 
 
WRIGHT, J.H.; BASCO. M. R.; THASE. M.E. Aprendendo a Terapia Cognitivvo-
Comportamental: Um guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
 
APENDICE A – CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS PSICOLÓGICOS 
 
 
Observa-se que nos últimos anos houve um aumento de desastres naturais a nível 
mundial, e que em decorrências desses eventos traumáticos surgiu um novo campo a ser 
trabalhado na psicologia, conhecida como psicologia dos desastres, a qual atende à demanda de 
situações de emergências que está nitidamente relacionada aos desastres e catástrofes naturais, 
ocasionando sofrimento psíquico gerado por situações externas (PARANHOS; WERLANG, 
2015). 
file:///C:/Users/User/Desktop/1940-7438-4-PB.pdf
https://www.psicologiaprevitali.com.br/crencas-centrais/
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cclin/v8n1/v8n1a09.pdf
 
 
33 
 
 
 Franco (2015) compreende que este novo campo da psicologia é atual, atuando no âmbito 
da saúde mental e nas necessidades psicossociais do indivíduo que vivenciou algum trauma 
ocasionados por um desastre ou catástrofe. Para melhor elucidar sobre esses dois fenômenos 
Paranhos e Werlang (2015, p. 560) descrevem 
 
Os desastres, para os autores, exigem maior infraestrutura para prestar ajuda aos feridos 
que se encontram em maior quantidade, bem como já existe um grau de destruição em 
uma área maior, levando também a um custo socioeconômico mais elevado. Já as 
catástrofes, consideradas os eventos mais graves nesta escala, tratam-se de um desastre 
massivo, que irá acionar mais recursos humanos e materiais em um esforço coordenado 
para sanar as necessidades das pessoas envolvidas. Situações de desastres, catástrofes, 
emergências ou acidentes podem ser classificados como eventos desencadeadores de 
estresse, por seu caráter imprevisível e pelo perigo imediato que representam à 
integridade física e emocional das pessoas envolvidas, requerendo, desta forma, ações 
imediatas. 
 
 As situações expostas dão origens a inúmeros danos psicológicos muitas vezes associados 
a traumas por eventos naturais. Ocorre que essa visão mais acolhedora no tocante a esses sinistros 
só teve sua valia a partir da década de 1970, quando deixaram de tratar apenas lesões físicas e 
começaram a zelar pelos danos psicossociais do sujeito (MELLER, 2015). 
 Neste cenário, cabe ressaltar as consequências que se refere aos danos psicossociais. 
Nessas situações é de suma importância colocar em ação um dos princípios dos primeiros 
socorros psicológicos, que é verificar quais as necessidades imediatas do indivíduo, ou seja, se o 
mesmo possui local para ficar, mantimentos, vestimentas e apoio psicológico. Este amparo 
psicológico serve tanto para o indivíduo em socorro como para os envolvidos diretamente na 
situação (PARANHOS; WERLANG, 2015). Os autores entendem que a busca pelos 
profissionais da psicologia nestas ocasiões está relacionada com as alterações psicossociais em 
decorrências de traumas físicos e emocionais que os indivíduos sofreram ocasionados por 
fenômenos externos. 
 Para Trindade e Serpa (2013), é de suma importância que o psicólogo atue e intervenha 
em todos os estágios de uma situação de catástrofes, isto é, no pré ocorrido, neste estágio a 
intervenção ocorre em ações de prevenção a novas possibilidades de desastre e no pós ocorrido, 
nesta situação o psicólogo irá auxiliar os afetados na reorganização dos danos ocasionados pelo 
desastre. 
 
 
34 
 
 
 Os autores ressaltam que o objetivo do trabalho do psicólogo é controlar os danos 
psicológicos ocasionados pela situação de catástrofes, ou seja, conter a ansiedade, ajudar a 
manter o equilíbrio biopsicossocial, por intermédio de técnicas comportamentais a intervenção 
visa promover uma restauração da vivencia traumática do sujeito (TRINDADE; SERPA, 2013). 
 É interessante salientar que para ocorrer uma intervenção com resultados iminentes nas 
situações já citadas, cabe ao psicólogo possuir conhecimento nas seguintes temáticas, conforme 
descreve Franco (2015, p. 54): 
 
 Processos de formação e rompimento de vínculos; 
 Luto e morte; 
 Desastres e trauma; 
 Técnicas de comunicação; 
 Técnicas de debriefing, defusing e desmobilização psicológica; 
 Técnicas de enfrentamento e manejo de estresse; 
 Manejo de burnout; 
 Psicoterapia e dinâmica de grupo; 
 Técnicas de intervenção comunitária; 
 Recuperação de redes de suporte social; 
 Resolução de problemas em situação de estresse; 
 Técnicas de atendimento em situação de crises; 
 Estratégias para manejo da raiva. 
 
 A atuação do psicólogo em situações que requerem que sejam utilizados os primeiros 
socorros psicológicos está se fazendo cada vez mais necessário nos dias atuais, em decorrências 
dos desastres e catástrofes naturais que assolam o mundo. Quando essa intervenção ocorre, a 
chance daqueles que vivenciaram a mesma, ficarem com traumas diminui conforme os danos 
psicológicos são trabalhados. 
REFERÊNCIAS 
 
BEJA, Maria João; PORTUGAL, Alda; CÂMARA, Joana; BERENGUER, Cláudia; REBOLO, 
Ana; CRAWFORD, Carlota; GONÇALVES, Dinis. Primeiros Socorros Psicológicos: 
Intervenção psicológica na catástrofe. Psychologica. v. 61 n. 1, 2017. Disponível em: < 
file:///C:/Users/usuario/Downloads/Primeiros%20Socorros%20Psicologicos.pdf >. Acesso em 19 
maio 2.020. 
 
 
FRANCO, Maria Helena Pereira. A intervenção psicológica em emergências: fundamentos 
para a prática. Rio de Janeiro: Summus editorial, 2015. 
 
file:///C:/Users/usuario/Downloads/Primeiros%20Socorros%20Psicologicos.pdf
 
 
35 
 
 
 
MELLER, Vanessa. Primeiros auxílios psicológicos para indivíduos envolvidos em situações 
emergenciais e desastres. Revista da sociedade de psicologia do Rio Grande do Sul. Porto 
Alegre, v. 15, p. 56-59, 2015. Disponível em: < 
http://www.sprgs.org.br/diaphora/ojs/index.php/diaphora/article/view/97/95 >. Acesso em: 04 
maio 2.020. 
 
PARANHOS, Mariana Esteves; WERLANG, Blanca Susana Guevara. Psicologia nas 
Emergências: uma Nova Prática a Ser Discutida. Psicologia: Ciência e Profissão. Rio Grande do 
Sul; 2015, 35(2), 557-571. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/pcp/v35n2/1982-3703-
pcp-35-2-0557.pdf >. Acesso em 21 de abril 2.020. 
 
 
TRINDADE, Melina Carvalho; SERPA, Monise Gomes. O papel dos psicólogos em situações de 
emergências e desastres. Estud. pesqui. psicol. Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 279-297, abr.

Outros materiais