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TRABALHO SISTEMA DIGESTÓRIO

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TRABALHO SISTEMA DIGESTÓRIO
Disciplina: Fisiologia Humana 
Alunas: Daniela Sofia e Viviane Dias 
Fisioterapia – PUC Minas – 2022/1
· Justificativa da importância destes conceitos para os alunos de Fisioterapia: 
O conhecimento dos conceitos sobre o sistema digestório se faz importante para os alunos de Fisioterapia uma vez que o corpo humano é um sistema integrado, ou seja, saber sobre as especificidades e a fisiologia do sistema digestório é imprescindível para entender como ele se integra e se relaciona outros sistemas do corpo. Dessa forma, quando houver alguma patologia ou deficiência desse sistema um aluno de fisioterapia poderá entender como isso afetará outras partes do corpo humano. Um exemplo seria uma deficiência na absorção de nutrientes, como o ferro, pelo sistema digestório, o qual podemos pensar que afeterá as funções celulares, como a diminuição da capacidade de transporte de oxigênio pela hemoglobina para os tecidos do corpo, o que pode resultar em uma anemia ferropriva, e, assim, a capacidade do indivíduo de realizar suas AVs.
· Figura mostrando a organização anatômica do sistema com identificação de cada parte:
 
1- Glândulas Salivares 
2- Boca 
3- Faringe 
4- Esôfago 
5- Fígado 
6- Estômago 
7- Vesícula Biliar 
8- Pâncreas 
9- Intestino Grosso 
10- Ânus / Reto 
11- Intestino Delgado 
 IMAGEM 1
· Descrição das funções digestivas de cada segmento:
Boca: responsável por receber o alimento e diminuir o tamanho das partículas para que possa ser digerida e absorvida mais facilmente, além de misturá-lo com saliva, glândulas salivares. 
 
Faringe: Conduz a comida para o esôfago.
 
Esôfago:  Tubo muscular que conduz o bolo alimentar ao estômago; tem um esfíncter superior (abre com o reflexo da deglutição e permite que o bolo alimentar entre no esófago) e um esfíncter inferior (controla o esvaziamento do conteúdo do esófago para o estômago).
 
Estômago: fundamental na secreção de ácido gástrico (ácido clorídrico + cloreto de sódio + pepsina) que digere proteínas e converte o bolo alimentar em quimo.
 
Fígado:  desintoxicação de metabólitos, síntese de proteínas, produção de bioquímicos necessários para a digestão -> regulação do metabolismo e armazenamento de energia.
 
Pâncreas: Secreta insulina quando os níveis de açúcar são elevados; secreta glucagon quando os níveis de açúcar estão baixos; secreta suco pancreático (tripsinogênio, quimiotripsinogênio, elastase, amilase etc.) no duodeno, onde digere o quimo.
Intestino delgado: responsável pela maior parte da digestão e absorção dos alimentos e recebe as secreções do pâncreas e do fígado, que auxiliam esse processo; 
· Duodeno- Mistura o quimo com a bile, segrega bicarbonatos para aumentar o pH, a fim de ativar as enzimas pancreáticas que digerem o quimo
· Jejuno- Absorve pequenos nutrientes que foram previamente digeridos no duodeno.
· Íleo- Absorve a vitamina B12, os sais biliares e todos os nutrientes necessários que não foram absorvidos no jejuno.
· Cego- Uma bolsa que marca a divisão entre intestinos delgado e grosso -> conecta o íleo com o cólon ascendente.
 
Intestino grosso: onde ocorre a absorção de água e eletrólitos. É responsável por armazenar, temporariamente, produtos finais da digestão que servem como meio para síntese bacteriana de algumas vitaminas;
· Cólon Ascendente - Absorve a água do quimo e transfere-o para o cólon transverso pelos movimentos peristálticos.
· Cólon Transverso- Estende-se da flexura hepática à flexura esplênica; absorve água e sais minerais.
· Cólon Descendente- Estende-se da flexura esplênica do cólon sigmóide; armazena as fezes que serão transferidas para o cólon sigmóide.
· Cólon Sigmóide- Contrai-se, aumentando a pressão dentro do cólon, o que faz com que as fezes se movam para o reto.
 
· Descrição dos processos de digestão e absorção de carboidratos, lipídeos e proteínas:
Os carboidratos mais frequentes da dieta humana são o amido, a sacarose (açúcar da cana) e a lactose (açúcar do leite e derivados). Eles são hidrolisados 3-5%, na cavidade oral, e no estômago, antes da mistura do quimo, aproximadamente 75% pela α-amilase salivar. Já no intestino delgado, a α-amilase pancreática e as oligossacaridases da borda em escova terminam a digestão dos carboidratos resultando glicose (~80%), galactose (~5%) e frutose (~15%). A glicose e galactose são absorvidas por transporte ativo secundário eletrogênico mediado pelo cotransportador SGLT1 da membrana luminal que acopla o transporte das hexoses a 2 íons Na +. Já a frutose é absorvida, passivamente, pelo GLUT5 na membrana luminal. Na membrana basolateral as hexoses são absorvidas por GLUT2, passivamente.
Na luz do delgado, há cerca de 35 a 200 g de proteínas endógenas que resultam da descamação das células, do muco e das secreções do SGI. Elas são digeridas e absorvidas, como as proteínas da dieta. As proteínas encontradas nas fezes originam-se do cólon. Já a pepsina hidrolisa cerca de 10 a 15% das proteínas que é ingerida. O pepsinogênio é ativado na luz gástrica pelo HCl que também cria o pH adequado para a sua ação catalítica. No intestino delgado, a digestão proteica luminal é efetuada pela tripsina, quimotripsina e elastase, que são endopeptidases e pelas carboxipeptidases, exopeptidases. A hidrólise dos oligopeptídeos é continuada pelas enzimas da borda em escova, as amino oligopeptidases, aminopeptidases e dipeptidil-peptidases. Tetra, tri, e dipeptídeos podem ser absorvidos através da membrana luminal dos enterócitos. São hidrolisados pelas peptidases citosólicas e absorvidos na membrana basolateral por sistemas específicos de transporte. Os peptídeos são absorvidos mais rapidamente do que os aminoácidos livres. Os aminoácidos livres são transportados através da membrana luminal dos enterócitos por sistemas específicos de transporte em acoplamento com o Na + ou com outros íons. A carga resultante dos aminoácidos determina o mecanismo de transporte na membrana luminal e na membrana basolateral. Os sistemas de acoplamento de aminoácidos com o Na+ existentes na membrana basolateral transportam os aminoácidos do interstício para o citosol dos enterócitos, como os neutros, alanina, serina e cisteína, os aminoácidos e a glutamina. Estes aminoácidos são fonte energética para o metabolismo dos enterócitos. A absorção de proteínas intactas ocorre por endocitose em recém-nascidos, principalmente de imunoglobulinas do colostro. Em adultos pode ocorrer endocitose de proteínas imunologicamente ativas pelas células M dos domos foliculares.
Os lipídeos da dieta são os triacilgliceróis, os fosfolipídios, o colesterol e seus ésteres. A hidrólise lipídica inicia-se pelas lipases pré-duodenais, a lingual e a gástrica. A emulsificação das gorduras em suspensão no fluido luminal do TGI começa com a mastigação e prossegue por ação da motilidade gástrica e do delgado. Agentes estabilizadores das gotículas emulsificadas, que inibem suas coalescências, são o colesterol e os fosfolipídios principalmente. No delgado, os sais biliares agem como detergentes, elevando a emulsificação e otimizando a digestão lipídica. As enzimas pancreáticas lipolíticas são a lipase, a colesterol esterase e as fosfolipases A2; que são hidrossolúveis e agem na interface das gotículas com a água. A colipase propicia a ação hidrolítica da lipase. Os produtos finais da hidrólise lipídica são: 2-MAG, ácidos graxos com tamanhos diferentes, lisofosfolipídios, colesterol livre e glicerol. Os produtos da hidrólise lipídica sofrem partição nas micelas dos sais biliares, que os transferem através da camada não agitada de água até a membrana luminal dos enterócitos do jejuno proximal. São absorvidos na forma de monômeros livres e são transportados através da membrana luminal, provavelmente por mecanismos mediados. Os ácidos graxos de cadeias longas, os 2-MAG, os fosfolipídios e o colesterol  
· Controle da função digestiva:
O controle da digestão é realizado pelo sistema nervoso autônomo e por hormônios. As glândulas salivares são reguladas pelo sistema nervoso. O odor e o gosto dos alimentosestimulam terminações nervosas que levam impulsos ao centro da salivação, no bulbo. E dão impulsos para as glândulas salivares estimularem a secreção. No controle hormonal a introdução de alimento pelo orifício até o estômago, sem que o animal possa vê-lo, estimula a secreção de menor volume normal do suco gástrico. Essa secreção ocorre mesmo quando se secciona a inervação do estômago. Esse fluxo depende, em parte, da ação de um hormônio chamado gastrina. As células da mucosa próxima ao piloro produzem gastrina, lançada na corrente sanguínea sempre que há contato com o alimento. O duodeno produz o hormônio enterogastrona quando o alimento acidificado chega ao intestino. A enterogastrona retarda o esvaziamento gástrico pois inibe a produção de gastrina pelo estômago.
Referências
DO CARMO, Rafael Lourenço. Sistema digestório. kenhub, 2022. Disponível em: <https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-digestorio-digestivo>. Acesso em: 24, Maio, 2022.
SANIOTO, Sônia Malheiros Lopes; "Digestão e Absorção de Nutrientes Orgânicos", p. 603 -644. In: Sistema Digestório: Integração Básico-Clínica. São Paulo: Blucher, 2016.penAccess-Sanioto-9788580391893-22.pdf 
ZANIN, Tatiana. Sistema digestório: funções, órgãos e processo digestivo. Tua Saúde, 2022. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/sistema-digestorio/#:~:text=Promover%20a%20digest%C3%A3o%20de%20prote%C3%ADnas,ant%C3%ADgenos%20consumidos%20com%20o%20alimento>. Acesso em: 24, Maio, 2022.
IMAGEM 1
Fonte: Rosa Barbosa, 2011

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