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Caderno de fisiologia III Aula 01 (26/07) - Sistema endócrino 1. Funções do sistema endócrino ● A função do sistema endócrino é coordenar e integrar as atividades celulares para manter a homeostasia corporal. Atua, portanto, em diversas funções específicas: ○ Crescimento tecidual; ○ Equilíbrio hídrico; ○ Reprodução; ○ Controle do metabolismo; ● Glândulas endócrinas secretam hormônios, que são substâncias capazes de atuar nas células-alvo, controlando ou auxiliando no controle de determinadas funções; ○ Cada hormônio possui um receptor específico e uma função específica; ● Feedback positivo: visa estimular a produção; ● Feedback negativo: visa inibir a produção; ● Exemplo: doenças metabólicas como DM - são desregulações da homeostasia; 2. Sinalização celular ● É o sistema de comunicação celular que coordena todas as funções do organismo; ● A sinalização pode ser endócrina, neuroendócrina ou neural; ○ Na sinalização endócrina, uma célula visa uma célula-alvo distante; ○ Na sinalização neuroendócrina, neurônios especializados liberam neurormônios, que são lançados na corrente sanguínea e desencadeiam respostas em células-alvo distantes; ○ Na sinalização neural, sinais elétricos são gerados e conduzidos, liberando neurotransmissores; 3. Classificação dos hormônios de acordo com suas propriedades químicas ● Protéicos - produzidos pela hipófise (GH, TSH, FSH, prolactina, LH), pela paratireóide (PTH) e pelo pâncreas (insulina e glucagon); ● Derivados fenólicos - produzidos pela medula, pela supra renal (adrenalina e cortisol) e pela tireoide (T3 e T4); ● Esteroides - hormônios do córtex da suprarrenal e das gônadas; 4. Tipos de glândulas ● Exócrinas ○ Não secretam substâncias na corrente sanguínea, mas sim em outros órgãos ou para o exterior; ○ Glândulas mamárias, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas; ● Endócrinas ○ Lançam produtos diretamente na corrente sanguínea (hormônios); ● Mistas ○ Associam os dois tipos de secreção; 5. Principais glândulas ● Pineal; ● Hipófise; ● Tireoide; ● Timo; ● Pâncreas; ● Adrenal; ● Ovários; ● Testículos; 6. Hipófise ● É ligada ao hipotálamo; ○ A área hipotalâmica é uma área nobre do cérebro, tendo conexão com a hipófise; ○ Tumor hipofisário: destruição de 60% dos hormônios; ● É responsável pela regulação de outras glândulas através de seus hormônios tróficos; ● Dividida em adeno (anterior) e neuro-hipófise (posterior); ○ A anterior produz hormônios e a neuro os armazena e secreta quando necessário; ● O hipotálamo recebe informações do SN e secreta hormônios que atuam sobre a adeno-hipófise: Hormônios produzidos no hipotálamo Ação Hormônios produzidos na adeno-hipófise TRH - liberador de tireotrofina estimula Tireotrofina CRH - liberador de corticotrofina estimula Adrenocorticotrófico GHRH - gonadotropina estimula Somatotrófico GnRH - liberador de gonadotropina estimula LH e FSH PiF - fator inibidor da prolactina inibe Prolactina ● Hiperprolactinemia: gravidez, medicamentos, tumor; 7. Hipotálamo ● Produz ADH (vasopressina) e ocitocina, que são armazenados e liberados pela neuro-hipófise; ● ADH ○ É liberado quando o volume cai abaixo de certo nível; ○ Ex.: trauma com perda sanguínea - ocorre o mecanismo do sistema renina-angiotensina-aldosterona + liberação de ADH, com o intuito de evitar a hipovolemia; ○ Ele estimula a reabsorção de água pelos rins, aumentando a volemia, diminuindo a urina; ○ Diabetes insipidus - relacionado ao ADH inibido; ○ Bebidas alcoólicas inibem a produção do ADH, aumentando o volume de urina; ○ Controle da secreção: ■ Perda de fluidos e desidratação causa alteração na osmolaridade do plasma; ■ A alteração na osmolaridade é detectada por receptores localizados no SNC; ■ Os receptores secretam Ach, que estimula a secreção de ADH pela hipófise; ■ ADH atua nos rins, aumentando a osmolaridade urinária e promovendo a retenção de fluidos, levando à homeostase; ● Ocitocina ○ Funções: ■ Promove contrações uterinas durante o parto e redução de sangramento pós-parto; ■ Promove contração da musculatura lisa das glândulas mamárias, causando ejeção do leite; ○ Estímulo: sua secreção é estimulado pela sucção do bebê; ○ O trabalho de parto funciona com o mecanismo de retroalimentação positiva (aumenta progressivamente): ■ Sinal do bebê; ■ Contrações uterinas; ■ Sensores de estiramento; ■ Hipotálamo materno; ■ Hipófise; ■ Ocitocina; Aula 02 (09/08) - Sistema endócrino II 1. Adeno-hipófise ● GH ○ Hormônio do crescimento ou somatotrófico; ○ Promove o crescimento de cartilagens e ossos; ○ Influencia no metabolismo das proteínas, dos carboidratos e dos lipídios ( é um hormônio anabólico); ○ Sua deficiência, na infância, provoca nanismo; ○ Seu excesso, na infância, provoca gigantismo; ○ Seu excesso, no adulto, provoca acromegalia; ○ A administração exógena pode causar efeitos colaterais; ○ Secreção: noturna, nas primeiras fases do sono, agindo principalmente no fígado e nos rins; ○ Eixo: ■ Hipotálamo libera GHRH, que atua na adeno-hipófise, que libera o GH; ○ Funções fisiológicas: ■ Promove o crescimento de quase todos os tecidos do corpo que são capazes de crescer; ■ Aumenta o tamanho das células e o número de mitoses; ○ OBS: não atua em uma glândula alvo, mas em diversos tecidos que são capazes de crescer; ○ Efeitos metabólicos específicos: ■ Aumento da taxa de síntese de proteínas na maioria das células do corpo; ■ Aumento da metabolização dos xis do tecido adiposo, aumentando o nível de ácidos graxos no sangue; ■ Redução da taxa de utilização de glicose pelo organismo; ■ Resumindo, ele aumenta a quantidade de proteínas no corpo, utiliza as reservas de gorduras e conserva os carboidratos; ○ Mecanismo de ação nas proteínas: ■ Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares; ■ Aumento da tradução do RNA para provoca a síntese de proteínas pelos ribossomos; ■ Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos; ■ Ou seja, aumenta quase todos os aspectos da captação de aminoácidos e da síntese proteica pelas células e, ao mesmo tempo, reduz a destruição de proteínas; ○ Mecanismo de ação nas gorduras: ■ Libera ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando a sua concentração nos líquidos orgânicos; ■ Aumenta a conversão de ácidos graxos em acetil coA e sua utilização como fonte de energia; ■ O GH faz com que a gordura seja a fonte de energia utilizada em detrimento das proteínas e dos carboidratos; ○ Mecanismo de ação nos carboidratos ■ Reduz a captação de glicose nos tecidos como músculos esqueléticos e gordura; ■ Aumenta a produção de glicose pelo fígado; ■ Aumenta a secreção de insulina; ■ Seus efeitos fisiológicos são diabetogênicos; ○ Estimula o crescimento de cartilagens e ossos por dois mecanismos principais: ■ Ossos longos crescem em comprimento nas cartilagens epifisário. Esse crescimento provoca deposição de cartilagem nova, seguida por conversão em osso novo (aumenta a parte longa e empurra a epífise para longe); ■ Osteoblastos depositam osso novo nas superfícies do osso mais antigo. Quando a taxa de deposição for maior que a de reabsorção, a espessura do osso aumenta; ○ Regulação da secreção ■ Após a adolescência a secreção normal do hormônio diminui lentamente com o passar dos anos (nos idosos, por exemplo, encontra-se cerca de 25% do valor encontrado na adolescência); ■ A secreção é pulsátil, especialmente durante o sono e o exercício físico; ■ Fatores que estimulam: ● Diminuição de glicose no sangue; ● Diminuição de ácidos graxos livres no sangue; ● Privação ou jejum; ● Deficiência de proteínas; ● Traumatismo, estresse, excitação; ● Exercícios; ● Testosterona, estrogênio; ● Sono profundo; ● Hormônio liberador do GH; ■ Fatores que inibem: ● Glicose sérica aumentada; ● Aumento dos ácidos graxos livres no sangue; ● Envelhecimento; ● Obesidade; ● Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina); ● Administração de GH exógeno; ● Somatomedinas (fatores de crescimento semelhantes à insulina; ■ Dois fatoresprincipais são responsáveis pela emulação da secreção: GHRH e GHIH (hormônio inibidor do GH ou somatostatina); ○ Acromegalia ■ Shrek; ■ Aumento dos ossos dos pés, das mãos, do crânio, do nariz, da testa, da maxila inferior e das vértebras; ■ Alterações no campo visual; ■ Aumento da secreção sudorípara; ■ Hepatomegalia; ■ Osteoporose; ■ Cefaleia; ■ Voz grave; ■ Bócio; ■ Hipercifose; ■ Hipertensão; ■ Cardiomegalia; ■ Insuficiência cardíaca; ■ Papilomas cutâneos; ■ Síndrome do túnel do carpo; 2. Tireoide ● Eixo hipotálamo - hipófise - tireóide - T3 e T4; ● Localizada no pescoço; ● Palpação é importante ; ● Produz 3 hormônios: ○ T3 e T4 (pelas células foliculares); ○ Calcitonina (pelas células parafoliculares); ● TSH ○ O TSH (produzido pela adeno-hipófise) estimula a produção de T3 e T4 (tiroxina); ○ Sua deficiência pode causar hipotireoidismo; ○ Seu excesso pode causar hipertiroidismo; ○ T3 e T4 são inversamente proporcionais ao TSH; ○ A síntese dos hormônios tireoidianos depende de iodo e do TSH; ○ No sangue os hormônios tireoidianos circulam ligados à TBG (globulina de ligação à tiroxina); ● Hormônios produzidos na tireoide ○ 80% T4 e 20% T3; ○ O T3 é mais potente, e sua concentração sanguínea é responsável direta por ditar o ritmo do metabolismo do corpo; ○ T4 é um pró-hormônio (precursor do T3); ● Funções dos hormônios tireoidianos ○ Aumento do metabolismo basal; ○ Aumento do consumo de oxigênio celular; ○ Estímulo à disponibilidade de O2 para as células; ○ Importante para a formação e desenvolvimento do SN e do tecido ósseo; ○ Metabolismo de carboidratos: aumento glicogenólise e gliconeogênese; ○ Estímulo à síntese de proteínas nos tecidos; ○ Indução à síntese de colesterol; ○ No sistema cardiovascular ■ Estímulo à contração do músculo cardíaco; ■ Aumento do DC e dos batimentos; ○ Na hematopoiese ■ Estímulo à produção de eritropoietina; ■ Aumento da formação de células sanguíneas através da demanda celular por oxigênio; ○ No metabolismo de lipídios e carboidratos ■ Aumento da gliconeogênese e da glicogenólise no fígado; ■ Estímulo à absorção intestinal de glicose; ■ Indução à lipólise; ● Regulação ○ TSH estimula a secreção dos hormônios tireoidianos; ○ TRH (no hipotálamo) controla a secreção de TSH; ○ TSH estimula a tireóide a secretar T3 e T4; ○ Alta concentração de hormônios tireoidianos no sangue inibe a secreção de TRH: retroalimentação negativa; ○ OBS: se houver um tumor hipotalâmico, haverá maior produção de TRH, então haverá falha na inibição do TSH, levando ao aumento de TSH e, por conseguinte, a redução de T3 e T4; ● Hipertireoidismo: ○ Hiperatividade (calor, sudorese); ○ Perda de peso; ○ Nervosismo; ○ Exoftalmia; ○ Bócio; ○ Queda capilar; ○ Menstruação irregular; ● Hipotireoidismo: ○ Possíveis causas: destruição autoimune e carência de iodo na alimentação; ○ Consequências: ■ Redução do metabolismo celular; ■ Ganho de peso; ■ Bradicardia; ■ Mixedema; ■ Bócio; Aula 03 (16/08) - Sistema endócrino III ● Hipotireoidismo na infância: ○ Conhecido como cretinismo; ○ Se caracteriza pelo comprometimento do crescimento dos ossos e dos dentes e por retardamento mental; ● Calcitonina ○ É outro hormônio produzido pela tireoide, ué atua diminuindo a quantidade do íon cálcio no sangue e aumentando sua concentração nos ossos; ● Paratireoides ○ São glândulas localizadas posteriormente à tireóide (duas de cada lado); ○ Produzem o paratormônio, que faz o oposto da calcitonina; ● OBS: pacientes submetidos a tireoidectomia (antigamente): a cirurgia desencadeado redução de T3, T4 e paratormônios; 1. Supra-renais ou adrenais ● Dividida em córtex e medula; ● O córtex é a região mais externa e produz: ○ Glicocorticóides (cortisol); ○ Mineralocorticóides (cortisona); ● A medula é a região interna e produz as catecolaminas: ○ Epinefrina/ adrenalina; ○ Nora; ● Glicocorticóides: ○ Hormônios do estresse; ○ Aumenta a glicemia; ○ Reduz inflamações e alergias; ○ Contraindicações: pacientes diabéticos, ansiosos, ou com insônia; ○ Na prescrição, cuidado para não desviar do eixo fisiológico; ○ Cortisol/ hidrocortisona é produzido na zona fasciculada na zona reticular da camada cortical das adrenais; ○ Regulação do mecanismo da glicose: ■ Reduz o consumo de glicose dos tecidos; ■ Diminui a sensibilidade à insulina do tecido adiposo; ■ Favorece a gliconeogênese; ○ Efeitos no sono: ■ Diminui o sono REM; ■ Aumenta o sono de ondas lentas e o tempo de vigília; ○ Inibição da inflamação e resposta imune: ■ Inibe a produção de IL-2 e a proliferação de linfócitos T; ■ Inibe a liberação de histamina por mastócito e plaquetas; ● Aldosterona: ○ Controla sofrido e potássio dos rins; ○ Controla pressão arterial; ○ Atua, portanto, na absorção e na reabsorção de sódio e água nos rins; ● Adrenalina ○ Prepara o organismo para situações de estresse; 2. Pâncreas ● Glândula mista ou anfícrina - porção exócrina e porção endócrina; ● Produz insulina e glucagon; ● Produz suco pancreático; ● Insulina: ○ Retira a glicose do sangue e armazena no fígado (ação hiperglicemiante); ○ Produzido nas células beta das ilhotas de Langerhans; ● Glucagon: ○ Efeito inverso ao da insulina; ○ No fígado, estimula a transformação de glicogênio em várias moléculas de glicose, que são enviadas para o sangue (ação hipoglicemiante); ○ Produzido pelas células alfa das ilhotas de Langerhans; ● Diabetes Mellitus ○ Doença em que o indivíduo apresenta altas taxas de glicose no sangue; ○ DM1 - ocorre por redução das células beta do pâncreas, que leva a uma redução da produção de insulina; ○ DM2 - ocorre por redução do número de receptores de insulina nas membranas celulares; ○ Pé diabético - é uma complicação da DM descompensada. O paciente não sente dor por conta da neuropatia (alteração na sensibilidade periférica), o que favorece a formação de lesões; 3. Glândula pineal ● Localizada próximo ao centro do cérebro; ● Se situa no epitálamo; ● Produz melatonina e regula o ritmo circadiano; ● Tem ação inibidora sobre as glândulas do corpo e é inibida pela presença de luz; ● Melatonina: ○ Derivado da serotonina produzido pela glândula pineal; ○ Responsável pela regulação do ciclo sono-vigília (sua liberação depende do escuro). Seu início é por volta das 21h e termina por volta das 4h. Sua liberação é suprimida pela luz do dia; ■ O pico de liberação ocorre entre 2 e 3 da manhã, por isso ocorrem tantos acidentes nesse horário; ○ Relógio biológico; ○ Regula sono e ritmos circadianos do ser humano; ○ Envelhecimento afeta a glândula pineal, que fica atrofiada e há, portanto, queda na produção de melatonina: é por isso que o idoso dorme menos; ● Outras funções da melatonina ○ Imunomodulatória - age sobre linfócitos e citocinas, melhorando as defesas imunológicas; ○ Anti-inflamatória; ○ Antioxidante - regula pró-oxidantes envolvidos na síntese de óxido nítrico e lipoxigenases; ○ Cronobiológica - regula ritmos biológicos; ○ Ajuda a combater o estresse oxidativo; Aula 04 (23/08) - Sistema endócrino IV - casos clínicos Aulas 05 (30/08) e 06 (06/09) - Sistema reprodutor feminino 1. Introdução (conceitos) ● Menarca - 1ª menstruação (ocorre entre 11 e 14 anos e se mantém até a menopausa; ● Menopausa - amenorréia por 12 meses (ocorre entre 45 e 55 anos); ● Dismenorreia - cólica; ● Oligomenorreia - ciclos longos; ● Proiomenorreia - ciclos curtos, de 20-25 dias; ● Polimenorreia - ciclos curtos, de 15 dias; ● Amenorreia - ausência de menstruação por 6 meses ou por 3 ciclos; ● Hipomenorreia - fluxo menstrual reduzido; ● Hipermenorreia/ menorragia - fluxo menstrual aumentado; ● Metrorragia - sangramentos uterinos irregulares, fora do período menstrual; ● Climatério - período de transição entre a idade reprodutiva (menacme) e a não reprodutiva (senilidade ou senectude, com início aos 65 anos); 2. Ciclo menstrual ● O ciclo normal é de, em média, 28 dias, com fluxo durante de 4 a 2 dias, com perda de 20 a 60mL de sangue; ● O primeiro dia de sangramento vaginal é considerado o primeiro dia do ciclo menstrual;● Os intervalos entre ciclos menstruais variam entre as mulheres e na mesma mulher, em diferentes idades. O ciclo varia menos entre 20 e 40 anos de idade; ● O eixo hipotálamo-hipófise-ovário-útero tem relação com o eixo do ciclo menstrual ○ O hipotálamo é responsável por secretar de forma pulsátil o GnRH (hormônio regulador de gonadotrofinas); ○ Esse hormônio atua na hipófise, induzindo a liberação de FSH e LH; ○ O FSH estimula a conversão de androgênio em estrogênio nas células da granulosa; ○ O LH estimula a produção de androgênio a partir do colesterol ou das células da teca; ○ Situações que influenciam a secreção pulsátil de GnRH: ■ Exercícios físicos extenuantes; ■ Estresse; ■ Ansiedade e fobias; ■ Perda de peso exagerada, levando à disfunção do eixo HHO; ■ Hipertireoidismo; ■ Jejum intermitente; ○ Ao longo do ciclo, se mantém uma secreção de GnRH que varia em frequência e amplitude, sendo diferente nas fases folicular e lútea: ■ Fase folicular (primeira) - dura de 7 a 21 dias, tendo frequência alta e amplitude baixa na secreção de GnRH; ■ Fase lútea (segunda) - dura o período fixo de 14 dias, tendo frequência baixa e amplitude alta na secreção de GnRH; 3. Hormônios sexuais ● Androgênicos, estrogenios e progestogenios; ● FSH ○ É o hormônio responsável pelo recrutamento e pelo crescimento folicular, e pelo estímulo à produção de estradiol e inibina, que inibem a produção do próprio FSHr impedem o crescimento de outros folículos; ○ FSH começa a se elevar no fim do ciclo menstrual anterior e aumenta o número de receptores do FSH e do LH nas células granulosas do folículo ovariano; ○ O folículo ovariano com maior concentração de receptores para o FSH tem maior capacidade de crescimento que os demais, e passará a ser chamado de folículo dominante; ● LH ○ Estimula a produção de androgênio pelas células da teca e é o responsável direto pela ovulação; ○ O pico de estrogênio produzido pelo folículo dominante induz o pico de secreção do LH, com rompimento do folículo e liberação do óvulo; ● O ovário sintetiza os três tipos de hormônios sexuais: estrogênio, progesterona e androgênicos. 4. Ciclo ovariano ● Fase folicular ○ É a primeira fase do ciclo menstrual, com duração de 10 a 14 (7 a 21) dias, em que há recrutamento de folículos para a seleção do folículo dominante; ○ O folículo destinado à ovulação passa pelas fases de folículo primordial, primário, pré-antral, antral e pré-ovulatório; ○ A liberação de GnRH é caracterizada por pulsos frequentes e de pequena amplitude. A hipófise responde com liberação de FSH. O FSH atua sobre o ovário, produzindo estrogênio e inibina B; ○ O folículo receptado é o que tem maior expressão de receptores para as gonadotrofinas; ○ A produção de estradiol culmina em maior liberação de LH, até que o folículo se rompe, entrando na fase ovulatória; ○ Com a regressão do corpo lúteo do ciclo anterior, há diminuição da progesterona, do estradiol e da inibina A. Consequentemente, há estimulação da secreção de FSH por feedback, levando a um aumento de estrogênio e de inibina B; ○ Nas células teca, o colesterol é convertido em androstenediona e testosterona; ○ Mas células da granulosa, esses mesmos androgênicos sofrem aromatização e são convertidos em estrona e estradiol; ● Fase ovulatória ○ O marcador mais importante dessa fase é o pico de LH, precedido pelo aumento rápido nos níveis de estradiol; ○ É o tempo entre o início da elevação dos níveis de LH e a ovulação (24 a 36h ou 32-36h); ○ Tempo entre o pico de LH e a ovulação: 10-12h; ○ Nessa fase, o pico de LH tem importância, porque prepara o oócito para a fertilização e estimula a síntese de prostaglandinas; ● Fase lútea ○ Essa fase dura um período fixo de 14 dias; ○ O nome é por conta do acúmulo de luteína, um pigmento amarelo que se acumula nas células da granulosa; ○ Ocorre um aumento de progesterona que, junto com o estradiol e a inibina A, suprime as gonadotrofinas; ○ Esta fase é marcada pela progesterona e pela inibina A. A regressão do corpo lúteo leva à queda dos níveis dessas substâncias e, com a parada da inibição pela inibina A, o FSH volta a se elevar alguns dias antes da menstruação. A queda do estradiol e da progesterona reajusta os pulsos de GnRH pelo hipotálamo; ■ Em menor frequência e maior amplitude: FSH é liberado. O aumento de FSH seleciona um novo folículo dominante; ● Endométrio menstrual ○ Se não houver implantação do embrião, não haverá hCG para a manutenção do corpo lúteo e a produção de progesterona e estrogênio pelo ovário é interrompida. Logo, a secreção glandular endometrial cessa e a camada funcional entra em colapso, resultando na menstruação; ○ OBS: sangramento com risco de aborto e queda da progesterona na gravidez: adm progesterona exógena para proteger a gravidez; ○ O ciclo menstrual é consequência de que não há alteração do eixo hipotálamo-hipófise-ovário-útero; ○ TPM x TDPM ■ Tensão pré-menstrual; ■ Transtorno dismórfico pré-menstrual;
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