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Adaptado pelos monitores Milton Milambo & Carcênia Nhancale 1 FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA CARTOGRAFIA GEOLÓGICA CORTE GEOLÓGICO PASSO A PASSO É natural que as pessoas vejam cartas ou mapas geológicos e simplesmente pensem que são apenas pinturas e símbolos cartografados e nada mais do que isso. Por meio deste documento, trazemos uma explicação básica de como elaborar um perfil topográfico, um corte geológico, mapas geológicos, colunas estratigráficas e tudo que acharmos que poderá ser útil para o cumprimento dos objectivos da cadeira. 1. Corte Geológico Corte geológico: é nada mais do que uma representação gráfica vertical do arranjo em profundidade das unidades e estruturas geológicas, geralmente utiliza-se um perfil topográfico para sua representação (sempre que houver informação topográfica neste caso). Em outras palavras, um perfil geológico é desenhado a partir de um perfil topográfico e apresenta informações acerca da distribuição e da natureza das rochas à superfície e em profundidade. Figura 1. Exemplo real de um corte geológico entre os pontos A-B. Adaptado pelos monitores Milton Milambo & Carcênia Nhancale 2 Passos para elaborar: O primeiríssimo passo a se dar ao deparar com qualquer mapa, é interpretar, a interpretação pode ser ainda mais detalhada dependendo da experiência e background do observador. A interpretação de mapas geológicos exige noções básicas de topografia, geomorfologia, geologia estrutural, paleontologia bem como a imaginação de situações parecidas com a realidade na natureza. Em suma, a partir da observação de um mapa geológico, o observador deve ter a noção de princípios geológicos e da logica de processos geológicos, desde os da geodinâmica interna até a geodinâmica externa. Exemplo: Em um mapa geológico, construir o perfil topográfico segundo a linha AB, conhecendo a ordem cronológico das capas rochosas presentes na área do mapa. Note: Um corte geológico deve ser traçado do em um perfil topográfico, como explica o conceito acima. Perfis geralmente traçam-se da esquerda a direita; Se o exercício pedisse B-A, o perfil devia partir de B em direção a A. Primeiro passo: Neste passo, interpretam-se, extrapolam e representam, tanto em superfície como em profundidade (no caso das camadas que não afloram no nosso perfil, mas o mapa da a entender que existem em profundidade) os elementos geológicos do corte, segundo o mapa. No exemplo que se segue, foi traçado um perfil A-B com a orientação NW-SE, quanto a interpretação é possível identificar uma superfície de discordância que pode representar uma erosão, o aspecto das curvas de nível da a entender que se tratam de estratos horizontais, portanto, este evento será o primeiro que irei representar, pois para alem de ter sido o ultimo, ele remodela a minha área. No exemplo dado os estratos têm idade absoluta (Cretácico inferior e Médio), porem na maioria as idades são relativas e dadas pela interpretação. Adaptado pelos monitores Milton Milambo & Carcênia Nhancale 3 Segundo passo: A partir daí, com o conhecimento de que as rochas do Cretássico cobre o resto das rochas, realiza-se a projeção das rochas infrajacentes. Terceiro passo: Projetam-se o resto dos dados geológicos, interpretando onde se situam estes contactos, sabendo pela sua inclinação, que se perfurarmos nas rochas carboníferas (M) encontraríamos cada vez rochas mais antigas, as quais se encontram dobradas Note: alguns mapas apresentam foliações (que indicam a inclinação e orientação do estrato, porem outros apenas apresentam curvas estruturais obrigando a calcular a inclinação em casos de se precisar a inclinação com exatidão. Quarto passo: Seguindo a interpretação do mapa geológico constatou-se que a dobra apresenta rochas do Câmbrico (as mais antigas) em seu núcleo, portanto, é um anticlinal. Quinto passo: Por último, completa-se o corte geológico seguindo os dados estruturais básicos de mergulho do mapa geológico. Note: Aconselha-se que os mapas geológicos não ultrapassem os 4cm do papel milimétrico. A regra é 3cm, porem, por fins didáticos admitimos que ultrapasse. Adaptado pelos monitores Milton Milambo & Carcênia Nhancale 4 2. Perfil Topográfico Perfil Topográfico: é uma representação em escala de altitudes segundo uma linha traçada em um mapa topográfico, cujo o resultado, é geralmente uma linha sinuosa, originada pela intercecção de um plano vertical com a superfície terreste entre dois pontos que terremos escolhido previamente. Passos para elaborar: O primeiríssimo passo a se dar ao deparar com qualquer mapa, é interpretar, a interpretação pode ser ainda mais detalhada dependendo da experiência e background do observador. A interpretação de mapas topográficos exige noções básicas de topografia e geomorfologia, bem como a imaginação de situações parecidas com a realidade na natureza. Em suma, a partir da observação de um mapa topográfico, o observador deve ter a noção das expressões topográfica da região. Primeiro: Projetar os dados topográficos a um perfil topográfico marcando os pontos de intercessão das curvas de nível com a linha de traçado do corte geológico (AB). Para realizar o perfil topográfico se leva o ponto de intercessão de cada curva de nível a uma escala vertical que bem pode ser quão mesma a escala do mapa. Em alguns casos, exagera-se a escala vertical do perfil, devendo saber-se que isto altera os valores da inclinação das capas. Trocar a escala vertical obriga a pôr no perfil a escala utilizada. Observações: - Não existe uma escala vertical obrigatória a ser usada, neste caso, tudo depende do propósito do perfil, de qualquer das formas, é extremamente importante colocar a escala usada. - É importante ter o entendimento de como representar e interpretar cumes, picos e bacias. - Aconselha-se que os perfis topográficos não ultrapassem os 6cm, manipular as escalas de tal maneira que isso seja possível. A regra é 3cm, porem, por fins didáticos admitimos que ultrapasse. Adaptado pelos monitores Milton Milambo & Carcênia Nhancale 5 3. Coluna Estratigráfica Uma coluna estratigráfica é uma representação usada em geologia e seu subcampo de estratigrafia para descrever a localização vertical de unidades de uma rocha em uma área em particular. Uma coluna estratigráfica típica mostra a sequência de rochas sedimentares, com as rochas mais antigas no fundo e as mais novas no topo. Nas colunas estratigráficas é possível representar rochas metamórficas e ígneas, inclusive estruturas como inconformidades, descontinuidades, falhas, porem de forma especifica, podendo apenas indicar a ordem de acontecimento relativo. Note: Importante revisar os princípios geológicos; a coluna deve ter entre 2.5-3cm de largura; deve apresentar o símbolo, cor (se tiver), nome da litologia Idade e a descrição caso necessário. Agregar a legenda. *Yeso-Gesso- evaporito Adaptado pelos monitores Milton Milambo & Carcênia Nhancale 6 4. História geológica A história geológica é nada mais que a interpretação de eventos feita na coluna estratigráfica, porem ainda mais detalhada, em jeito de esboços sempre que possível, enunciando sempre que possível os princípios geológicos usados para tal interpretação. Dica: pode se agrupar em pacotes ou eventos marcantes, ou seja, caso tenham sido depositadas 7 camadas, basta enunciar o princípio e dizer quais estratos constam neste evento. Assim que tiver havido uma mudança significativa pode ser tomada como outro evento, no caso de erosão, falhamento etc. 5. Elementos de um perfil geológico Em um perfil, geológico devem constar infalivelmente os seguintes elementos: Orientação; Título; Legendae ou coluna estratigráfica; Escalas, horizontal e vertical.
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