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Condescendência Criminosa

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-Condescendência Criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade
competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Conceito
Deixa o funcionário, por indulgência de responsabilizar ou quando lhe faltar competência,
não levar ao conhecimento da autoridade competente.
- Pune-se o fato de tolerar, o funcionário público hierarquicamente superior, a prática,
por ato de seu subordinado, de infração administrativa ou penal, no exercício do
cargo, deixando de responsabilizá-lo ou de comunicar à autoridade competente caso
não possua tal atribuição.
-Sujeitos do delito
Sujeito ativo: funcionário público hierarquicamente superior ao agente infrator.
Sujeito passivo: o Estado representado pela Administração Pública.
-Elemento subjetivo
É o dolo, se for por outro motivo o crime pode ser outro, se por culpa não toma
conhecimento, não configura o crime.
Não há finalidade específica, mas a omissão deve ser norteada pelo espírito de indulgência,
podendo o delito ser cometido na modalidade dolosa (direto ou eventual), mas não na
modalidade culposa.
-Elementos objetivos do crime
Espécie de prevaricação onde o funcionário não responsabiliza o subordinado pelas faltas
cometidas. Se refere a lei a indulgência, brandura, clemência, complacência, tolerância, se for
outro o motivo determinante será outro o crime prevaricação ou corrupção passiva.
-O tipo contém duas condutas:
1) deixar de responsabilizar
2) ou não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente, ESPÉCIE DE
DELAÇÃO, entre mesma hierarquia ou entre hierarquia distintas, neste caso sem
competência para responsabilizar.
Obs. As infrações tanto podem ser administrativas como faltas disciplinares previstas no
estatuto do funcionário público, como o cometimento de crimes. Obviamente a infração deve
estar ligada ao exercício do cargo. Não há o crime se o funcionário pratica o crime de
favorecimento a prostituição ou deu cheque sem fundo, por outro lado surge a obrigação se o
crime foi concussão, corrupção passiva etc.
-Consumação e tentativa
A consumação se dá quando o superior hierárquico, após ter conhecimento da
infração e da autoria, ultrapassa o prazo legal sem tomar providências em desfavor do
subordinado. Não existindo previsão da lei do aludido prazo, a consumação ocorre após um
lapso temporal juridicamente relevante, devendo ser avaliado pelo julgador no caso concreto.
- Parte da doutrina entende que a apuração deve ser imediata, em função da disposição
contida no art. 143 da Lei 8.112/90 (“Art. 143. A autoridade que tiver ciência de
irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata,
mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado
ampla defesa)
- Se consuma a simples omissão, sendo omissivo puro não admite a tentativa.
- -Ação Penal Pública Incondicionada.

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