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Lei de propriedade industrial

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38 
1 - Considerações Iniciais ................................................................................................ 2 
2 - Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996) ....................................................... 2 
2 - Crimes Previstos no Código Brasileiro de Telecomunicações e na Lei que Dispõe sobre a 
Organização dos Serviços de Telecomunicações e Dá outras Providências (Lei n. 
4.117.1942 E Lei n. 9.472/1997) .....................................................................................12 
2.1 - Lei n. 4.117/1962 ................................................................................................................ 12 
2.2 - Lei n. 9.472/1997 ................................................................................................................ 15 
3 - Proteção de propriedade intelectual de programa de computador (Lei nº 9.609/98)...17 
3 - Resumo da Aula .......................................................................................................21 
4 - Questões .................................................................................................................30 
4.1 - Questões Comentadas ........................................................................................................ 30 
4.2 - Lista de Questões ................................................................................................................ 36 
4.3 - Gabarito .............................................................................................................................. 38 
5 - Considerações Finais ................................................................................................38 
 
 
Lucas Guimarães, Paulo Guimarães, Thais Poliana Teixeira Ribeiro de Assunção
Aula 18
Legislação Penal Extravagante p/ PC-CE (Escrivão) Com Videoaulas - 2020
www.estrategiaconcursos.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, caro amigo! 
Hoje estudaremos uma lei que não é das mais importantes para a sua prova. Você não deve 
despender muito do seu tempo estudando esses tipos de leis, mas é importante que você não as 
deixe passar, pois eventuais questões sobre assuntos menos importantes podem ser um verdadeiro 
diferencial na hora da prova. 
Muitos candidatos focam seus estudos nas matérias mais importantes e terminam deixando de lado 
o estudo de leis que tradicionalmente não são muito cobradas em questões. O risco aí é aparecerem 
uma ou duas questões sobre essas leis, e esses candidatos não terão condições de acertar. Aí está a 
vantagem de quem fez um estudo completo! 
Força! Bons estudos! 
 
2 - LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL (LEI Nº 9.279/1996) 
Esta Lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Os direitos de propriedade 
industrial, assim como os direitos autorais, são considerados como bens móveis pela lei. A proteção 
a esses direitos é operacionalizada por meio dos seguintes instrumentos: 
a) concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; 
b) concessão de registro de desenho industrial; 
c) concessão de registro de marca; 
d) repressão às falsas indicações geográficas; e 
e) repressão à concorrência desleal. 
 
Assim como os direitos autorais, os direitos de propriedade industrial 
são considerados bens móveis. 
 
 
Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente 
que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. 
 
A patente é uma espécie de registro, que serve para invenções e modelos de utilidade, e hoje é de 
responsabilidade do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). No caso da invenção 
exigem-se os requisitos da novidade, da atividade inventiva e da aplicação industrial. 
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O modelo de utilidade, por sua vez, é o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação 
industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em 
melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. 
A seguir uma lista de criações que a lei considera como NÃO PATENTEÁVEIS: 
a) descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; 
b) concepções puramente abstratas; 
c) esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, 
educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; 
d) as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação 
estética; 
e) programas de computador em si; 
f) apresentação de informações; 
g) regras de jogo; 
h) técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou 
de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e 
i) o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na 
natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de 
qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. 
 
Art. 94. Ao autor será assegurado o direito de obter registro de desenho industrial que lhe 
confira a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. 
 
O desenho industrial é a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas 
e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua 
configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. 
Atualmente a expressão desenho industrial caiu em desuso, tendo sido substituída por projeto de 
produto ou design de produto. Basicamente é a área de design que trabalha com a criação e 
produção de objetos e produtos, e daí essa ligação à sua aplicação na indústria. Atenção aqui, pois 
se trata de um trabalho técnico, e não puramente artístico, ok? 
 
Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, 
não compreendidos nas proibições legais. 
Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
I - marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro 
idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa; 
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IV - usa expressão ou sinal de propaganda 
alheios, ou os imita, de modo a criar confusão 
entre os produtos ou estabelecimentos; 
V - usa, indevidamente, nome comercial, título 
de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, 
expõe ou oferece à venda ou tem em estoque 
produto com essas referências; 
VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão 
social, em produto de outrem, o nome ou razão 
social deste, sem o seu consentimento; 
VII - atribui-se, como meio de propaganda, 
recompensa ou distinção que não obteve; 
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em 
recipiente ou invólucro de outrem, produto 
adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para 
negociar com produto da mesma espécie, 
embora não adulterado ou falsificado, se o fato 
não constitui crime mais grave; 
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a 
empregado de concorrente, para que o 
empregado, faltando ao dever do emprego, lhe 
proporcione vantagem; 
X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita 
promessa de paga ou recompensa, para, faltando 
ao dever de empregado, proporcionar vantagem 
a concorrente do empregador; 
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem 
autorização, de conhecimentos, informações ou 
dados confidenciais, utilizáveis na indústria, 
comércio ou prestação de serviços, excluídos 
aqueles que sejam de conhecimento público ou 
que sejam evidentes para um técnico no assunto, 
a que teve acesso mediante relação contratual 
ou empregatícia,mesmo após o término do 
contrato; 
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem 
autorização, de conhecimentos ou informações a 
que se refere o inciso anterior, obtidos por meios 
ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou 
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XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, 
declarando ser objeto de patente depositada, ou 
concedida, ou de desenho industrial registrado, 
que não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou 
papel comercial, como depositado ou 
patenteado, ou registrado, sem o ser; 
XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem 
autorização, de resultados de testes ou outros 
dados não divulgados, cuja elaboração envolva 
esforço considerável e que tenham sido 
apresentados a entidades governamentais como 
condição para aprovar a comercialização de 
produtos. 
§ 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio 
ou administrador da empresa, que incorrer nas tipificações estabelecidas nos 
mencionados dispositivos. 
§ 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão 
governamental competente para autorizar a comercialização de produto, quando 
necessário para proteger o público. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 
(dez) e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a 
sistemática do Código Penal. 
Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
Art. 199. Nos crimes previstos neste Título somente se procede mediante queixa, salvo quanto ao 
crime do art. 191, em que a ação penal será pública. 
 
Este é um dispositivo muito importante para a sua prova. Os crimes contra a propriedade industrial 
em geral são de ação penal pública condicionada à representação, exceto o crime tipificado pelo art. 
191, que reproduzo a seguir novamente pra que você não esqueça. 
 
Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa induzir em erro ou confusão, armas, brasões 
ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária autorização, no 
todo ou em parte, em marca, título de estabelecimento, nome comercial, insígnia ou sinal de 
propaganda, ou usar essas reproduções ou imitações com fins econômicos. 
 
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Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou expõe ou oferece à venda produtos 
assinalados com essas marcas. 
 
A lei traz ainda disposições acerca da ação penal e das medidas de busca e apreensão. As regras do 
Código de Processo Penal aplicam-se subsidiariamente. 
Na diligência de busca e apreensão, o oficial de justiça deverá ser acompanhado por perito, que terá 
a função de observar preliminarmente a existência do ilícito, podendo o juiz ordenar a apreensão de 
produtos obtidos ilicitamente. 
Além da medida de busca e apreensão, o interessado poderá também requerer a apreensão da 
marca falsificada, alterada ou imitada, onde quer que ela seja encontrada, mesmo antes de utilizada 
para fins criminosos, bem como a destruição de marca falsificada nos próprios volumes ou 
produtos, antes da sua distribuição, ainda que essa medida cause a destruição dos próprios produtos 
ou de suas embalagens. 
É importante também deixar claro que essas medidas não servem para paralisar as atividades de 
estabelecimentos comerciais ou industriais legalmente organizados. 
 
Art. 205. Poderá constituir matéria de defesa na ação penal a alegação de nulidade da patente 
ou registro em que a ação se fundar. A absolvição do réu, entretanto, não importará a nulidade 
da patente ou do registro, que só poderá ser demandada pela ação competente. 
 
Boa parte dos crimes tipificados pela Lei nº 9.279/1996 se fundam na licitude da patente ou do 
registro. Se houver nulidade, portanto, não haverá crime. Por outro lado, o simples fato de o réu ter 
sido absolvido não significa que a patente ou registro é nulo. A absolvição pode ocorrer por diversas 
razões, incluindo a falta de provas. 
 
Art. 206. Na hipótese de serem reveladas, em juízo, para a defesa dos interesses de qualquer das 
partes, informações que se caracterizem como confidenciais, sejam segredo de indústria ou de 
comércio, deverá o juiz determinar que o processo prossiga em segredo de justiça, vedado o uso 
de tais informações também à outra parte para outras finalidades. 
 
Essas informações são aquelas que constam nos planejamentos de negócios das empresas, e cujo 
sigilo é importante para que se atinjam os resultados esperados. 
Você já deve ter ouvido falar, por exemplo, de uma grande empresa que anualmente lança novas 
versões de seus aparelhos celulares. Apesar de haver vazamentos constantemente, esses designs e 
funcionalidades ficam guardados a sete chaves até o dia do evento de lançamento. 
 
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2 - CRIMES PREVISTOS NO CÓDIGO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES E NA LEI QUE 
DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES E DÁ OUTRAS 
PROVIDÊNCIAS (LEI N. 4.117.1942 E LEI N. 9.472/1997) 
2.1 - LEI N. 4.117/1962 
A Lei n. 4.117/1962 é o Código Brasileiro de Telecomunicações, uma lei bastante antiga, em parte 
ainda aplicável até hoje, que trata dos serviços de telecomunicações no Brasil. Para fins de aplicação 
da lei, são considerados serviços de telecomunicação a transmissão, emissão ou recepção de 
símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, por fio, 
rádio, eletricidade, meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético. 
Mesmo com essa definição antiga, podemos incluir entre esses serviços a radiodifusão sonora e de 
sons de imagens, ou seja, o rádio e a televisão, bem como os serviços de telecomunicações mais 
modernos, como os de telefonia fixa e móvel, e a internet. 
Grande parte do Código Brasileiro de Telecomunicações, porém, não tem mais aplicabilidade, 
especialmente em razão da entrada em vigor da Lei n. 9.472/1997, conhecida como Lei Geral de 
Telecomunicações, que veio por ocasião da privatização dos serviços de telecomunicações, trazendo 
normas específicas acerca da prestação desse tipo de serviço por entes privados, além de regras de 
natureza técnica e da previsão de criação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 
Pois bem, nossa ideia aqui não é fazer um estudo completo dessas duas leis, mas sim analisar 
brevemente as disposições criminais de cada uma delas, que na realidade são bem poucas. 
Iniciemos então pelos dispositivos do Código Brasileiro de Telecomunicações. 
 
Art. 53. Constitui abuso, no exercício de liberdade da radiodifusão, o emprego desse meio de 
comunicação para a prática de crime ou contravenção previstos na legislação em vigor no País, 
inclusive: 
a) incitar a desobediência às leis ou decisões judiciárias; 
b) divulgar segredos de Estado ou assuntos que prejudiquem a defesa nacional; 
c) ultrajar a honra nacional; 
d) fazer propaganda de guerra ou de processos de subversão da ordem política e social; 
e) promover campanha discriminatória de classe, cor, raça ou religião; 
f) insuflar a rebeldia ou a indisciplina nas forças armadas ou nas organizações de segurança pública; 
g) comprometer as relações internacionaisdo País; 
h) ofender a moral familiar, pública, ou os bons costumes; 
i) caluniar, injuriar ou difamar os Poderes Legislativos, Executivo ou Judiciário ou os respectivos 
membros; 
j) veicular notícias falsas, com perigo para a ordem pública, econômica e social; 
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l) colaborar na prática de rebeldia desordens ou manifestações proibidas. 
 
O acesso aos meios de radiodifusão sonora (rádio) e de sons e imagens (televisão) confere grande 
poder aos detentores desses meios. Isso porque essas pessoas têm a possibilidade rápida e fácil de 
transmitir informações a um enorme número de pessoas em pouquíssimo tempo. 
Por essas razões é preciso ter especial atenção às possibilidades de mau uso desses recursos. Os 
detentores dos meios de radiodifusão não podem utilizá-los para cometer crimes ou para promover 
a manipulação de classes ou grupos específicos de pessoas. 
Por outro lado, o próprio Código Brasileiro de Telecomunicações assegura a liberdade dos 
detentores dos meios de radiodifusão no que se refere às críticas e conceitos desfavoráveis, ainda 
que veementes, bem como a narrativa de fatos verdadeiros, guardadas as restrições estabelecidas 
em lei, inclusive de atos de qualquer dos poderes do Estado. 
 
Art. 56. Pratica crime de violação de telecomunicação quem, transgredindo lei ou regulamento, 
exiba autógrafo ou qualquer documento do arquivo, divulgue ou comunique, informe ou capte, 
transmita a outrem ou utilize o conteúdo, resumo, significado, interpretação, indicação ou efeito 
de qualquer comunicação dirigida a terceiro. 
 
A violação de telecomunicação ofende uma das garantias asseguradas pela Constituição de 1988, 
constituindo crime. Basicamente o violador é aquele que, de forma ilegal, divulgue o conteúdo da 
comunicação entre outras pessoas. Perceba que não pode haver divulgação sequer de interpretação 
ou resumo dessas comunicações privadas, a não ser, é claro, nos casos previstos em lei, mediante 
ordem judicial. 
Além disso, pratica também o crime de violação de telecomunicações quem ilegalmente recebe, 
divulga ou utiliza a telecomunicação interceptada. 
O art. 56 estabelece ainda uma exceção à proteção das comunicações privadas. Estamos falando das 
radiocomunicações destinadas a ser livremente recebidas, as de amadores, as relativas a navios e 
aeronaves em perigo, ou as transmitidas nos casos de calamidade pública. 
 
Art. 57. Não constitui violação de telecomunicação: 
I - A recepção de telecomunicação dirigida por quem diretamente ou como cooperação esteja 
legalmente autorizado; 
II - O conhecimento dado: 
a) ao destinatário da telecomunicação ou a seu representante legal; 
b) aos intervenientes necessários ao curso da telecomunicação; 
c) ao comandante ou chefe, sob cujas ordens imediatas estiver servindo; 
d) aos fiscais do Governo junto aos concessionários ou permissionários; 
e) ao juiz competente, mediante requisição ou intimação deste. 
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Aqui chamo sua atenção para as situações que não ensejam violação de telecomunicação, entre elas 
o conhecimento do conteúdo da comunicação pelo próprio destinatário e intervenientes necessários 
(como os operadores de telefonia que existiam antigamente, por exemplo). 
 
Art. 58. Nos crimes de violação da telecomunicação, a que se referem esta Lei e o artigo 151 do 
Código Penal, caberão, ainda as seguintes penas: 
I - Para as concessionárias ou permissionárias as previstas no artigos 62 e 63, se culpados por 
ação ou omissão e independentemente da ação criminal. 
II - Para as pessoas físicas: 
a) 1 (um) a 2 (dois) anos de detenção ou perda de cargo ou emprego, apurada a responsabilidade 
em processo regular, iniciado com o afastamento imediato do acusado até decisão final; 
b) para autoridade responsável por violação da telecomunicação, as penas previstas na legislação 
em vigor serão aplicadas em dobro; 
c) serão suspensos ou cassados, na proporção da gravidade da infração, os certificados dos 
operadores profissionais e dos amadores responsáveis pelo crime de violação da telecomunicação. 
 
O art. 151 do Código Penal tipifica a conduta de “devassar indevidamente o conteúdo de 
correspondência fechada, dirigida a outrem”, e esse tipo penal traz como conduta equiparada a de 
“quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica 
ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas”. 
Pois bem, temos, portanto, um crime tipificado pelo Código Penal muito semelhante ao que consta 
no Código Brasileiro de Telecomunicações. 
O art. 58 prevê a aplicação de sanções tanto às pessoas físicas envolvidas na conduta criminosa 
quanto às concessionárias e permissionárias de serviços de radiodifusão. 
 
Nos crimes de violação da telecomunicação previstos na Lei n. 4.117/1962 e 
no art. 151 do Código Penal caberão as seguintes penas: 
I - Para as concessionárias ou permissionárias as previstas nos artigos 62 e 
63, se culpados por ação ou omissão e independentemente da ação criminal. 
II - Para as pessoas físicas: 
a) 1 a 2 anos de detenção ou perda de cargo ou emprego, apurada a responsabilidade em processo 
regular, iniciado com o afastamento imediato do acusado até decisão final; 
b) para autoridade responsável por violação da telecomunicação, as penas previstas na legislação 
em vigor serão aplicadas em dobro; 
c) serão suspensos ou cassados, na proporção da gravidade da infração, os certificados dos 
operadores profissionais e dos amadores responsáveis pelo crime de violação da telecomunicação. 
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A pena será imposta de acordo com a infração cometida, considerados a gravidade da falta, os 
antecedentes da entidade faltosa, e a reincidência específica. 
 
Art. 70. Constitui crime punível com a pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, aumentada da 
metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de telecomunicações, sem observância 
do disposto nesta Lei e nos regulamentos. 
Parágrafo único. Precedendo ao processo penal, para os efeitos referidos neste artigo, será 
liminarmente procedida a busca e apreensão da estação ou aparelho ilegal 
 
A instalação ou utilização de telecomunicações sem a observância do disposto no Código Brasileiro 
de Telecomunicações nada mais é do que o famoso “gato” ou “macaco”, dependo do lugar do país 
onde você mora. Estamos nos referindo às instalações piratas de equipamentos de telecomunicação, 
que “roubam” sinal de outras pessoas. 
 
Art. 72. A autoridade que impedir ou embaraçar a liberdade da radiodifusão ou da televisão fora 
dos casos autorizados em lei, incidirá no que couber, na sanção do artigo 322 do Código Penal. 
 
Agora a Lei n. 4.117/1962 faz menção ao art. 322 do Código Penal, que tipifica o crime de violência 
arbitrária, cuja conduta é a de “praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-
la”. A sanção cominada em razão do crime é a de detenção, de seis meses a três anos, além da pena 
correspondente à violência. 
 
2.2 - LEI N. 9.472/1997 
A Lei Geral de Telecomunicações tipifica um único crime, em seu art. 183, que inclusive encontra 
paralelo no Código Brasileiro de Telecomunicações. 
 
Art. 183. Desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação: 
Pena - detenção de dois a quatro anos, aumentadada metade se houver dano a terceiro, e multa 
de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, direta ou indiretamente, concorrer para o crime. 
 
Este crime, com descrição típica um tanto quanto genérica, mais uma vez se refere aos famosos 
“gatos”, ou seja, às ligações clandestinas relacionadas aos serviços de telecomunicação, como 
telefone e TV por assinatura. A atividade clandestina neste caso é aquela desenvolvida sem a 
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competente concessão, permissão ou autorização de serviço, de uso de radiofrequência e de 
exploração de satélite. 
 
A Lei Geral de Telecomunicações tipifica como crime a conduta de 
desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação, sendo 
considerada como atividade clandestina toda aquela desenvolvida sem a 
competente concessão, permissão ou autorização de serviço, de uso de radiofrequência e de 
exploração de satélite. 
Este crime é de ação penal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público promove-la. 
 
Além disso, devemos citar alguns julgados recentes do STF e do STJ. 
 
RÁDIO COMUNITÁRIA E PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
A Segunda Turma concedeu a ordem em “habeas corpus” para absolver o paciente, denunciado 
pela alegada prática de desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação (Lei 
9.472/1997, art. 183), em face da aplicação do princípio da insignificância. 
HC 138134/BA, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 7.2.2017. Informativo STF 853. 
 
Neste caso o denunciado pelo crime de desenvolvimento clandestino de atividades de 
telecomunicação era o proprietário de uma rádio comunitária, cujo sinal supostamente estaria 
causando interferência em outros serviços de telecomunicação oferecidos na região. 
O STF aplicou ao caso o princípio da insignificância, ressaltando que que a Agência Nacional de 
Telecomunicações, em laudo técnico, reconheceu que, ainda que a alegada interferência se 
confirmasse, atingiria canais que não estão sequer outorgados a operar na pequena área de 
cobertura da rádio comunitária. O bem jurídico tutelado pela norma, que é a segurança dos meios 
de comunicação, portanto, permaneceu incólume. 
Na realidade, o posicionamento mais frequente dos tribunais é no sentido da inaplicabilidade do 
princípio da insignificância a esse crime, e nesse sentido devemos mencionar a Súmula 606 do STJ. 
 
SÚMULA 606 DO STJ 
Não se aplica o princípio da insignificância aos casos de transmissão clandestina de sinal de internet 
via radiofrequência que caracterizam o fato típico previsto no artigo 183 da lei 9.472/97. 
 
Nesse sentido, talvez esse julgado recente denote uma mudança de posicionamento a respeito da 
aplicação do principio da insignificância, mas precisamos continuar acompanhando a 
jurisprudência...! ☺ 
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TRANSMISSÃO CLANDESTINA DE SINAL DE INTERNET: ATIPICIDADE. 
A Primeira Turma deferiu a ordem de “habeas corpus” para absolver o paciente, com base no artigo 
386, III (1), do Código de Processo Penal. No caso, foi imputada ao paciente a prática da infração 
descrita no artigo 183 da Lei 9.472/1997 (2), em virtude de haver transmitido, clandestinamente, 
sinal de internet por meio de radiofrequência. 
HC 127978, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 24.10.2017. Informativo STF 883. 
 
A controvérsia gira em torno do enquadramento da conduta de fornecer serviços de internet 
clandestinamente no crime de “desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicações”, 
tipificado pelo art. 183 da Lei n. 9.472/1997. 
A questão aqui é saber se a conduta de quem oferece clandestinamente serviços de internet 
incorrerá no tipo penal. A conclusão do STF é no sentido negativo, já que, a rigor, internet não é 
considerado serviço de telecomunicação, mas serviço de valor adicionado, conforme a própria 
definição da Lei n. 9.472/1997, em seu art. 61, §1o. Por isso então os atos perpetrados pelo agente 
carecem de tipicidade. 
 
Art. 61. Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a um serviço de 
telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas utilidades relacionadas 
ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações. 
§ 1º Serviço de valor adicionado não constitui serviço de telecomunicações, classificando-se seu 
provedor como usuário do serviço de telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e 
deveres inerentes a essa condição. 
 
 
3 - PROTEÇÃO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DE PROGRAMA DE 
COMPUTADOR (LEI Nº 9.609/98). 
Esta lei trata da proteção da propriedade intelectual de programa de computador e sua 
comercialização no país. As disposições da lei a respeito da proteção ao direito do autor e seu 
registro não são tão interessantes para a sua prova, mas precisamos conhecer alguns dispositivos 
mais importantes. 
A primeira informação importante é trazida pelo art. 1o, que trata da definição de programa de 
computador. 
 
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Art. 1º Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em 
linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego 
necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou 
equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo 
e para fins determinados. 
 
A Lei no 9.609 é de 1998, e certamente de lá até aqui muitas coisas mudaram no mundo do 
desenvolvimento de programas computadorizados. 
Não sou especialista na área, mas desconfio, por exemplo, de que a exigência de suporte físico como 
parte da definição de programa de computador já seja algo ultrapassada, uma vez que hoje até 
complexos sistemas operacionais são vendidos sem que seja necessário um CD, DVD ou algo do 
gênero. 
De qualquer forma, para fins de prova, a definição do art. 1o deve ser lembrada por você. A banca 
não cobrará nada diferente do que consta na lei. 
 
Programa de computador é a expressão de um conjunto 
organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, 
contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego 
necessário em máquinas automáticas de tratamento da 
informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos 
periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins 
determinados. 
 
O regime jurídico da proteção à propriedade intelectual relacionada a programa de computador é o 
mesmo aplicável às obras literárias, com as adaptações previstas na Lei no 9.609/1998. 
Em regra, os programas de computador não precisam ser registrados para que a propriedade 
intelectual seja resguardada. Entretanto, eles poderão ser registrados, a critério do titular, em órgão 
ou entidade designada por ato do Poder Executivo, por iniciativa do Ministério responsável pela 
política de ciência e tecnologia. 
O Ministério atualmente responsável por essa temática é o Ministério da Ciência, Tecnologia e 
Inovação, e a entidade responsável por acolher esses registros é o Instituto Nacional da Propriedade 
Intelectual (INPI), nos termos do Decreto no 2.556/1998. 
Outra disposição importante da lei é a que confere ao empregador, contratante de serviços ou órgão 
público, os direitos relativos ao programa de computador desenvolvido e elaborado durante a 
vigência de contrato oude vínculo estatutário. 
Esse vínculo, contudo, deve ser expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou essa 
atividade deve ser prevista no conjunto daquelas atribuídas ao empregado, contratado ou servidor. 
Por outro lado, pertencerão exclusivamente ao empregado, contratado ou servidor os direitos 
relativos a programa de computador gerado sem relação com o contrato de trabalho, prestação de 
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serviços ou vínculo estatutário, e sem a utilização de recursos, informações tecnológicas, segredos 
industriais e de negócios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, da empresa ou 
entidade com a qual o empregador mantenha contrato de prestação de serviços ou assemelhados, 
do contratante de serviços ou órgão público. 
A lei confere ainda certas garantias aos usuários de programas de computador, entre elas a 
obrigatoriedade de fazer constar o prazo de validade técnica do programa em sua embalagem, o 
contrato de licença de uso e no documento fiscal correspondente. 
Além disso, aquele que comercializar programa de computador, quer seja titular dos direitos do 
programa, quer seja titular dos direitos de comercialização, fica obrigado, no território nacional, 
durante o prazo de validade técnica da respectiva versão, a assegurar aos usuários a prestação de 
serviços técnicos complementares para o adequado funcionamento do programa. 
 
A última parte da lei é dedicada à tipificação de um crime, e a tratar de alguns aspectos processuais 
penais. 
 
 
Art. 12. Violar direitos de autor de programa de computador: 
Pena - Detenção de seis meses a dois anos ou multa. 
§ 1º Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de programa de computador, no 
todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização expressa do autor ou de quem o 
represente: 
Pena - Reclusão de um a quatro anos e multa. 
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, introduz no País, 
adquire, oculta ou tem em depósito, para fins de comércio, original ou cópia de programa de 
computador, produzido com violação de direito autoral. 
 
Perceba que a conduta do caput trata de qualquer violação aos direitos de propriedade intelectual 
de programas de computador, mas a pena é agravada (§§ 1o e 2o) se a conduta consistir na 
reprodução não autorizada do programa de computador para comercialização. Esta é a famosa 
pirataria... 
 
Em seguida temos algumas normas de natureza processual. 
 
§ 3º Nos crimes previstos neste artigo, somente se procede mediante queixa, salvo: 
I - quando praticados em prejuízo de entidade de direito público, autarquia, empresa pública, 
sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público; 
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II - quando, em decorrência de ato delituoso, resultar sonegação fiscal, perda de arrecadação 
tributária ou prática de quaisquer dos crimes contra a ordem tributária ou contra as relações de 
consumo. 
§ 4º No caso do inciso II do parágrafo anterior, a exigibilidade do tributo, ou contribuição social e 
qualquer acessório, processar-se-á independentemente de representação. 
 
O uso da expressão “somente se procede mediante queixa” significa que o crime é de ação penal 
privada. 
Essa é a regra geral, mas se o crime for praticado em prejuízo de órgão ou entidade pública, e quando 
houver sonegação tributária, perda de arrecadação ou qualquer crime contra a ordem tributária ou 
contra as relações e consumo, a ação penal será pública incondicionada. 
 
 
Em regra, o crime de violação dos direitos de autor de programa 
de computador é de ação penal privada, mas há exceções nos 
seguintes casos: 
a) quando os crimes forem praticados em prejuízo de entidade de direito público, autarquia, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público; 
b) quando, em decorrência de ato delituoso, resultar sonegação fiscal, perda de arrecadação 
tributária ou prática de quaisquer dos crimes contra a ordem tributária ou contra as relações de 
consumo. 
 
Art. 13. A ação penal e as diligências preliminares de busca e apreensão, nos casos de violação de 
direito de autor de programa de computador, serão precedidas de vistoria, podendo o juiz ordenar 
a apreensão das cópias produzidas ou comercializadas com violação de direito de autor, suas 
versões e derivações, em poder do infrator ou de quem as esteja expondo, mantendo em depósito, 
reproduzindo ou comercializando. 
 
Este é mais um dispositivo que ficou meio perdido no tempo. É mencionada a medida cautelar de 
busca e apreensão, que teria como objeto as cópias físicas do programa obtidas por meio da violação 
do direito do autor, mas hoje em dia esse suporte físico é totalmente dispensável... 
 
Art. 14. Independentemente da ação penal, o prejudicado poderá intentar ação para proibir ao 
infrator a prática do ato incriminado, com cominação de pena pecuniária para o caso de 
transgressão do preceito. 
§ 1º A ação de abstenção de prática de ato poderá ser cumulada com a de perdas e danos pelos 
prejuízos decorrentes da infração. 
§ 2º Independentemente de ação cautelar preparatória, o juiz poderá conceder medida liminar 
proibindo ao infrator a prática do ato incriminado, nos termos deste artigo. 
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§ 3º Nos procedimentos cíveis, as medidas cautelares de busca e apreensão observarão o disposto 
no artigo anterior. 
§ 4º Na hipótese de serem apresentadas, em juízo, para a defesa dos interesses de qualquer das 
partes, informações que se caracterizem como confidenciais, deverá o juiz determinar que o 
processo prossiga em segredo de justiça, vedado o uso de tais informações também à outra parte 
para outras finalidades. 
§ 5º Será responsabilizado por perdas e danos aquele que requerer e promover as medidas 
previstas neste e nos arts. 12 e 13, agindo de má-fé ou por espírito de emulação, capricho ou erro 
grosseiro, nos termos dos arts. 16, 17 e 18 do Código de Processo Civil. 
 
A ação mencionada neste dispositivo é de natureza civil. Na realidade, trata-se de uma ação por 
meio da qual se pede ao juiz que proíba a continuação da prática do ato criminoso, e, caso a prática 
continua, a imposição de uma obrigação pecuniária. 
 
 
3 - RESUMO DA AULA 
 
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos principais aspectos 
estudados ao longo da aula. Nossa sugestão é a de que esse resumo seja estudado 
sempre previamente ao início da aula seguinte, como forma de “refrescar” a memória. 
Além disso, segundo a organização de estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é 
fundamental retomar esses resumos. 
 
 
Nos crimes de violação da telecomunicação previstos na Lei n. 4.117/1962 e no art. 151 
do Código Penal caberão as seguintes penas: 
I - Para as concessionárias ou permissionárias as previstas nos artigos 62 e 63, se culpados 
por ação ou omissão e independentemente da ação criminal. 
II - Para as pessoas físicas: 
a) 1 a 2 anos de detenção ou perda de cargo ou emprego, apurada a responsabilidade em 
processo regular, iniciado com o afastamento imediato do acusado até decisão final; 
b) para autoridade responsável por violação da telecomunicação, as penas previstas na 
legislação em vigor serão aplicadas em dobro; 
c) serão suspensos ou cassados, na proporção da gravidade da infração, os certificados 
dos operadores profissionaise dos amadores responsáveis pelo crime de violação da 
telecomunicação. 
 
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autorização do órgão público 
competente, ou em desacordo com as 
disposições desta Lei ou das normas 
pertinentes do Distrito Federal, Estados e 
Municípios; 
II - dar início, de qualquer modo, ou 
efetuar loteamento ou desmembramento 
do solo para fins urbanos sem observância 
das determinações constantes do ato 
administrativo de licença; 
III - fazer ou veicular em proposta, 
contrato, prospecto ou comunicação ao 
público ou a interessados, afirmação falsa 
sobre a legalidade de loteamento ou 
desmembramento do solo para fins 
urbanos, ou ocultar fraudulentamente 
fato a ele relativo. 
Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 
(quatro) anos, e multa de 5 (cinco) a 50 
(cinqüenta) vezes o maior salário mínimo 
vigente no País. 
de vender lote em loteamento ou 
desmembramento não registrado no 
Registro de Imóveis competente. 
II - com inexistência de título legítimo 
de propriedade do imóvel loteado ou 
desmembrado, ressalvado o disposto no 
art. 18, §§ 4o e 5o, desta Lei, ou com 
omissão fraudulenta de fato a ele relativo, 
se o fato não constituir crime mais grave. 
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) 
anos, e multa de 10 (dez) a 100 (cem) vezes 
o maior salário mínimo vigente no País. 
Art. 52. Registrar loteamento ou 
desmembramento não aprovado pelos 
órgãos competentes, registrar o 
compromisso de compra e venda, a 
cessão ou promessa de cessão de direitos, 
ou efetuar registro de contrato de venda 
de loteamento ou desmembramento não 
registrado. 
Pena: Detenção, de 1 (um) a 2 (dois) 
anos, e multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) 
vezes o maior salário mínimo vigente no 
País, sem prejuízo das sanções 
administrativas cabíveis. 
 
Assim como os direitos autorais, os direitos de propriedade industrial são considerados 
bens móveis. 
 
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IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, 
ou os imita, de modo a criar confusão entre os 
produtos ou estabelecimentos; 
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de 
estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, 
expõe ou oferece à venda ou tem em estoque 
produto com essas referências; 
VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão 
social, em produto de outrem, o nome ou razão 
social deste, sem o seu consentimento; 
VII - atribui-se, como meio de propaganda, 
recompensa ou distinção que não obteve; 
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em 
recipiente ou invólucro de outrem, produto 
adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para 
negociar com produto da mesma espécie, embora 
não adulterado ou falsificado, se o fato não 
constitui crime mais grave; 
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a 
empregado de concorrente, para que o 
empregado, faltando ao dever do emprego, lhe 
proporcione vantagem; 
X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita 
promessa de paga ou recompensa, para, faltando 
ao dever de empregado, proporcionar vantagem a 
concorrente do empregador; 
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, 
de conhecimentos, informações ou dados 
confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou 
prestação de serviços, excluídos aqueles que 
sejam de conhecimento público ou que sejam 
evidentes para um técnico no assunto, a que teve 
acesso mediante relação contratual ou 
empregatícia, mesmo após o término do contrato; 
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem 
autorização, de conhecimentos ou informações a 
que se refere o inciso anterior, obtidos por meios 
ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou 
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XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, 
declarando ser objeto de patente depositada, ou 
concedida, ou de desenho industrial registrado, 
que não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou 
papel comercial, como depositado ou patenteado, 
ou registrado, sem o ser; 
XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem 
autorização, de resultados de testes ou outros 
dados não divulgados, cuja elaboração envolva 
esforço considerável e que tenham sido 
apresentados a entidades governamentais como 
condição para aprovar a comercialização de 
produtos. 
§ 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio ou 
administrador da empresa, que incorrer nas tipificações estabelecidas nos 
mencionados dispositivos. 
§ 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão 
governamental competente para autorizar a comercialização de produto, quando 
necessário para proteger o público. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 
(dez) e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a 
sistemática do Código Penal. 
Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
4 - QUESTÕES 
4.1 - QUESTÕES COMENTADAS 
1. CEF – Advogado – 2012 – Cesgranrio (adaptada). 
Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico. 
Comentários 
O desenho industrial tem caráter técnico, e não artístico. 
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GABARITO: CERTO 
2. PC-SP – Delegado de Polícia – 2014 – Acafe (adaptada). 
Comete crime de concorrência desleal, na forma da Lei 9.279/96, que regula direitos e 
obrigações relativos à propriedade industrial, quem usa expressão ou sinal de propaganda 
alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos, bem 
como se atribui, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve. 
Comentários 
A assertiva está correta, nos termos do art. 195. 
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem: 
[...] 
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os 
produtos ou estabelecimentos; 
[...] 
VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve. 
GABARITO: CERTO 
3. TJDFT – Juiz de Direito – 2012 – TJDFT (adaptada). 
Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade (art. 184 da Lei 9.279/96) 
quem recebe, para utilização com fins econômicos, produto fabricado com violação de patente 
de invenção ou de modelo de utilidade, ou obtido por meio ou processo patenteado, exceto se 
a violação se restringir à utilização de meios equivalentes ao objeto da patente. 
Comentários 
A assertiva está incorreta, pois há crime mesmo que a violação se restrinja à utilização de meios 
equivalentes ao objeto da patente (art. 186). 
GABARITO: ERRADO 
4. UNIRIO – Administrador – 2012 – UNIRIO. 
O artigo 8º da Lei nº 9.279/ 1996 e suas alterações define os seguintes requisitos: 
a) Aplicação industrial, atividade inventiva e comercialidade. 
b) Novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
c) Comercialidade, novidade e operacionalidade. 
d) Operacionalidade, comercialidade e comensurabilidade. 
e) Comensurabilidade, operacionalidade aplicação industrial. 
Comentários 
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Esse é o tipo de questão que não mede o conhecimento de ninguém. Se você não memorizasse o 
art. 8º simplesmente não poderia responder... 
Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e 
aplicação industrial. 
GABARITO: B 
5. BNDES – Engenheiro – 2011 – Cesgranrio (adaptada). 
Os programas de computador são considerados como uma invenção patenteável. 
Comentários 
O programa de computador não é considerado invenção e nem modelo de utilidade, nos termos do 
art. 10 da Lei nº 9.279/1996. 
GABARITO: ERRADO 
6. UNIRIO – Administrador – 2012 – UNIRIO. 
Nos termos da Lei nº 9.279/1996 e suas alterações, o instrumento jurídico que garante ao autor 
de invenção ou modelo de utilidade o direito próprio de propriedade é denominado. 
a) Autorização. 
b) Licença. 
c) Resolução. 
d) Sentença. 
e) Patente. 
Comentários 
O autor de invenção ou modelo de utilidade assegura seu direito por meio de patente. 
GABARITO: E 
7. (inédita). 
Quem recebe, divulga ou utiliza ilegalmente telecomunicação interceptada comete, sem 
prejuízo de outras previsões legais, crime previsto na Lei n. 4.117/1962. 
Comentários 
O crime mencionado aqui é tipificado pelo art. 56, na condição de conduta equiparada 
ao caput. 
Art. 56. Pratica crime de violação de telecomunicação quem, transgredindo lei ou regulamento, 
exiba autógrafo ou qualquer documento do arquivo, divulgue ou comunique, informe ou capte, 
transmita a outrem ou utilize o conteúdo, resumo, significado, interpretação, indicação ou efeito 
de qualquer comunicação dirigida a terceiro. 
§ 1º Pratica, também, crime de violação de telecomunicações quem ilegalmente receber, divulgar 
ou utilizar, telecomunicação interceptada. 
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GABARITO: CERTA 
8. (inédita). 
Quem dá conhecimento do conteúdo de telecomunicação aos fiscais do Governo junto aos 
concessionários ou permissionários comete crime tipificado pela Lei n. 4.117/1962. 
Comentários 
O art. 57 traz uma série de exceções, ou seja, condutas que não constituem violação 
de telecomunicação, nos termos da própria lei. Entre elas está o conhecimento dado 
aos fiscais do Governo. 
Art. 57. Não constitui violação de telecomunicação: 
I - A recepção de telecomunicação dirigida por quem diretamente ou como cooperação esteja 
legalmente autorizado; 
II - O conhecimento dado: 
a) ao destinatário da telecomunicação ou a seu representante legal; 
b) aos intervenientes necessários ao curso da telecomunicação; 
c) ao comandante ou chefe, sob cujas ordens imediatas estiver servindo; 
d) aos fiscais do Governo junto aos concessionários ou permissionários; 
e) ao juiz competente, mediante requisição ou intimação deste. 
GABARITO: ERRADA 
 
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9. (inédita). 
A Lei n. 9.472/1997 define como crime a conduta de desenvolver clandestinamente atividades 
de telecomunicação, cominando pena de detenção de dois a quatro anos, e multa de R$ 
10.000,00 (dez mil reais). 
Comentários 
Este é o único crime tipificado pela Lei n. 9.472/1997. Lembre-se ainda de que essa 
pena é aumentada de metade se houver dano a terceiro. 
GABARITO: CERTA 
10. (inédita). 
A Lei n. 9.472/1997 estabelece como efeito da condenação criminal, transitada ou não em 
julgado, a certeza da obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. 
Comentários 
O erro está em dizer que o efeito da condenação não depende do trânsito em julgado. 
Se a condenação não é definitiva, tampouco deve ser o efeito da condenação, não é 
mesmo!? 
GABARITO: ERRADA 
11. (inédita). 
A Lei n. 9.472/1997 considera clandestina a atividade desenvolvida sem a competente 
concessão, permissão ou autorização de serviço, de uso de radiofreqüência e de exploração de 
satélite. 
Comentários 
Perfeito! Esta é precisamente a definição de atividade clandestina prevista no art. 184, 
parágrafo único, da Lei n. 9.472/1997. 
GABARITO: CERTA 
12. (inédita). 
O crime definido na Lei n. 9.472/1997 é de ação penal pública, sujeita à representação da 
Agência Nacional de Telecomunicações. 
Comentários 
Na realidade, de acordo com o art. 185, o crime definido no Lei n. 9.472/1997 é de 
ação penal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público promove-la. 
GABARITO: ERRADA 
13. MPE-SC – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-SC. 
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Nos termos da Lei n. 9.609/98, nos crimes lá previstos, somente se procede mediante queixa, 
salvo: quando praticados em prejuízo de entidade de direito público, autarquia, empresa 
pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público; e quando, 
em decorrência de ato delituoso, resultar sonegação fiscal, perda de arrecadação tributária ou 
prática de quaisquer dos crimes contra a ordem tributária ou contra as relações de consumo. 
Comentários 
Exatamente! Esta é a regra do art. 12, §3º da Lei nº 9.609/1998. 
GABARITO: CERTO 
14. TJ-SC – Juiz de Direito – 2013 – TJ-SC (adaptada). 
O regime de proteção à propriedade intelectual de programa de computador é o mesmo 
conferido às obras literárias pela legislação de direitos autorais e conexos, observado o 
disposto na Lei n. 9.609/1998. 
Comentários 
Exato! Isso é o que diz o art. 2º da Lei nº 9.609/1998. 
GABARITO: CERTO 
15. TJ-SC – Juiz de Direito – 2013 – TJ-SC (adaptada). 
O contrato de licença de uso de programa de computador, o documento fiscal correspondente, 
os suportes físicos do programa ou as respectivas embalagens deverão consignar, de forma 
facilmente legível pelo usuário, o prazo de validade técnica da versão comercializada, que 
nunca poderá ser inferior a 2 (dois) anos.Top of Form 
Comentários 
Na regra do art. 7º não há qualquer menção a um prazo mínimo de validade técnica. 
GABARITO: ERRADO 
16. TJ-SC – Juiz de Direito – 2013 – TJ-SC (adaptada). 
Não constitui ofensa aos direitos do titular de programa de computador a reprodução, em um 
só exemplar, de cópia legitimamente adquirida, desde que se destine à cópia de salvaguarda 
ou armazenamento eletrônico, hipótese em que o exemplar original servirá de salvaguarda. 
Comentários 
É isso mesmo. O backup não constitui violação ao direito do titular de programa de computador. 
GABARITO: CERTO 
 
 
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4.2 - LISTA DE QUESTÕES 
1. CEF – Advogado – 2012 – Cesgranrio (adaptada). 
Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico. 
2. PC-SP – Delegado de Polícia – 2014 – Acafe (adaptada). 
Comete crime de concorrência desleal, na forma da Lei 9.279/96, que regula direitos e 
obrigações relativos à propriedade industrial, quem usa expressão ou sinal de propaganda 
alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos, bem 
como se atribui, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve. 
3. TJDFT – Juiz de Direito – 2012 – TJDFT (adaptada). 
Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade (art. 184 da Lei 9.279/96) 
quem recebe,para utilização com fins econômicos, produto fabricado com violação de patente 
de invenção ou de modelo de utilidade, ou obtido por meio ou processo patenteado, exceto se 
a violação se restringir à utilização de meios equivalentes ao objeto da patente. 
4. UNIRIO – Administrador – 2012 – UNIRIO. 
O artigo 8º da Lei nº 9.279/ 1996 e suas alterações define os seguintes requisitos: 
a) Aplicação industrial, atividade inventiva e comercialidade. 
b) Novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
c) Comercialidade, novidade e operacionalidade. 
d) Operacionalidade, comercialidade e comensurabilidade. 
e) Comensurabilidade, operacionalidade aplicação industrial. 
5. BNDES – Engenheiro – 2011 – Cesgranrio (adaptada). 
Os programas de computador são considerados como uma invenção patenteável. 
6. UNIRIO – Administrador – 2012 – UNIRIO. 
Nos termos da Lei nº 9.279/1996 e suas alterações, o instrumento jurídico que garante ao autor 
de invenção ou modelo de utilidade o direito próprio de propriedade é denominado. 
a) Autorização. 
b) Licença. 
c) Resolução. 
d) Sentença. 
e) Patente. 
7. (inédita). 
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Quem recebe, divulga ou utiliza ilegalmente telecomunicação interceptada comete, sem 
prejuízo de outras previsões legais, crime previsto na Lei n. 4.117/1962. 
8. (inédita). 
Quem dá conhecimento do conteúdo de telecomunicação aos fiscais do Governo junto aos 
concessionários ou permissionários comete crime tipificado pela Lei n. 4.117/1962. 
9. (inédita). 
A Lei n. 9.472/1997 define como crime a conduta de desenvolver clandestinamente atividades 
de telecomunicação, cominando pena de detenção de dois a quatro anos, e multa de R$ 
10.000,00 (dez mil reais). 
10. (inédita). 
A Lei n. 9.472/1997 estabelece como efeito da condenação criminal, transitada ou não em 
julgado, a certeza da obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. 
11. (inédita). 
A Lei n. 9.472/1997 considera clandestina a atividade desenvolvida sem a competente 
concessão, permissão ou autorização de serviço, de uso de radiofreqüência e de exploração de 
satélite. 
12. (inédita). 
O crime definido na Lei n. 9.472/1997 é de ação penal pública, sujeita à representação da 
Agência Nacional de Telecomunicações. 
13. MPE-SC – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-SC. 
Nos termos da Lei n. 9.609/98, nos crimes lá previstos, somente se procede mediante queixa, 
salvo: quando praticados em prejuízo de entidade de direito público, autarquia, empresa 
pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público; e quando, 
em decorrência de ato delituoso, resultar sonegação fiscal, perda de arrecadação tributária ou 
prática de quaisquer dos crimes contra a ordem tributária ou contra as relações de consumo. 
14. TJ-SC – Juiz de Direito – 2013 – TJ-SC (adaptada). 
O regime de proteção à propriedade intelectual de programa de computador é o mesmo 
conferido às obras literárias pela legislação de direitos autorais e conexos, observado o 
disposto na Lei n. 9.609/1998. 
15. TJ-SC – Juiz de Direito – 2013 – TJ-SC (adaptada). 
O contrato de licença de uso de programa de computador, o documento fiscal correspondente, 
os suportes físicos do programa ou as respectivas embalagens deverão consignar, de forma 
facilmente legível pelo usuário, o prazo de validade técnica da versão comercializada, que 
nunca poderá ser inferior a 2 (dois) anos.Top of Form 
16. TJ-SC – Juiz de Direito – 2013 – TJ-SC (adaptada). 
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Não constitui ofensa aos direitos do titular de programa de computador a reprodução, em um 
só exemplar, de cópia legitimamente adquirida, desde que se destine à cópia de salvaguarda 
ou armazenamento eletrônico, hipótese em que o exemplar original servirá de salvaguarda. 
 
4.3 - GABARITO 
1. CERTO 
2. CERTO 
3. ERRADO 
4. B 
5. ERRADO 
6. E 
7. CERTO 
8. ERRADO 
9. CERTO 
10. ERRADO 
11. CERTO 
12. ERRADO 
13. CERTO 
14. CERTO 
15. ERRADO 
16. CERTO 
 
 
 
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Concluímos aqui esta aula! Se tiver dúvidas, utilize nosso fórum. Estou sempre à disposição também 
no e-mail e nas redes sociais. 
 
Grande abraço! 
Paulo Guimarães 
professorpauloguimaraes@gmail.com 
 
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Professor Paulo Guimarães 
(61) 99607-4477 
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