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Materiais Para Pavimentação Parte III

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1 
 
FACULDADES DE ENGENHARIA KENNEDY 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
NOTAS DE AULA 
 
 
SUPERESTRUTURA DE VIAS URBANAS, ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
 
Materiais para pavimentação 
 
( PARTE III) 
 
 
 
 
Elaboração: Prof.a Silvana Trigueiro Cunha Sasdelli Perez 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
5. Materiais Betuminosos - Ligantes: 
 
- Ligantes de Agregação ou de Coesão: argilas, siltes, filler, pó de pedra e areias; 
- Ligantes Plásticos: São produtos betuminosos tais como alcatrões ( material obtido na destilação dos 
carvões durante a fabricação de gás ou coque) e asfaltos naturais ou de petróleo; 
- Ligantes rígidos: cimentos 
 
• Betume: Comumente é definido como uma mistura de hidrocarbonetos solúvel no 
bissulfeto de carbono, com propriedades ligantes, que ocorrem na natureza ou produzidos a partir da 
destilação de petróleo; 
• Asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural ou por destilação, cujo 
principal componente é o betume, podendo conter ainda outros materiais, como oxigênio, 
nitrogênio e enxofre, em pequena proporção; 
• Alcatrão: é uma designação genérica de um produto que contém hidrocarbonetos, que se obtém da 
queima ou destilação destrutiva do carvão, madeira etc. 
 
5.1.1. Betume: 
 Capacidade de aglutinar agregados 
 Material adesivo 
 Grande sensibilidade à temperatura 
 Resistente à penetração 
 
5.1.2. Alcatrões 
 
Substância betuminosa, espessa, escura e de forte odor, que se obtém da destilação destrutiva 
De carvão, madeira, açúcar, constituindo um subproduto da fabricação de gás e coque metalúrgico 
. 
Os alcatrões são muito resistentes à ação destrutiva da água, o que os torna recomendáveis para as 
camadas inferiores do pavimento e para a estabilização de solos. 
 
Não são mais utilizados na pavimentação rodoviária brasileira por apresentar danos à saúde humana 
quando de sua manipulação. 
o Pouca homogeneidade; 
o Baixa qualidade em termos de ligante para pavimentação, derivada da própria forma de 
obtenção do mesmo. 
o Em temperatura ambiente, são líquidos/oleosos de grande viscosidade; 
o Odor parecido com a creolina; 
o Maior sensibilidade à temperatura; 
o Mais sensíveis ao envelhecimento; 
o Menor resistência às intempéries, ao diesel, gasolina, querosene; 
o Maior adesividade aos agregados. 
 
5.1.3. Piche 
 
Resíduos finais da destilação de alcatrões; 
o Qualidade inferior; 
- Composição: 11-17% de betume, resíduo de argila, pedrisco e filler 
- Sólido nas temperaturas normais 
 
5.1.4. Breu 
 
 Maior destilação (refino) do piche; 
 Perda de quase todo o betume; 
 Elevada dureza; 
 Sólido à temperatura ambiente. 
 
 
 
3 
 
5.1.5. Asfaltos 
 
Material aglutinante de consistência variável, cor pardo-escura ou negra constituído predominantemente 
de betume. 
 
• Asfalto Natural: Ocorrem na natureza e são produzidos por rochas asfálticas ou pode ser extraído de 
lagos e depósitos. 
 
Podem ser encontrados na ilha de Trinidad ao sul do Caribe, Orinoco na Venezuela, La Presta em Val de Travers 
na Suiça, Irã , na província de Alberta nas areias do Athabasca no Canadá e no Mar Morto 
 
⚫ Rochas Asfálticas – sedimentares ou calcáreas com 10 a 30% de betume impregnado; 
⚫ Asfaltos naturais – Extraídos de lagos e depósitos – mais consistentes; 
Ex: Cimento Asfaltico Natural (CAN) 
 
• Propriedades físicas semelhantes aos asfaltos derivados de petróleo, 
• Composição química diferenciada dos asfaltos derivados de petróleo. 
• Altamente viscoso 
• Alto ponto de amolecimento, 
• Excelente estabilidade térmica, 
• Capacidade de resistência a oxidação, óleos, ácidos e álcalis. 
 
Asfalto modificado por TLA (Trinidad Lake Asphalt) (Fonte : Betunel ) 
 
É resultado da modificação do ligante asfáltico nacional com asfalto natural oriundo da jazida (lago) da ilha 
de TRINIDAD. 
 
• Quando utilizado em misturas asfálticas, as torna resistentes à deformação permanente, fadiga e 
ações de combustíveis. 
• Excelente desempenho, 
• Excelente relação custo-benefício. 
• Redução da suscetibilidade térmica 
• Melhoria da resistência à formação de trilhas de roda 
• Dosagem, usinagem e compactação similares a de um asfalto convencional 
 
Composição do TLA 
 
64% Betume ; Filer mineral 36% ; Quartzo 40 %; Ilita 15 %; Caulinita 20 % ;Montmorilonita 25 % 
 
 
• Asfalto de Petróleo: Produto obtido através da destilação do petróleo 
 
5.1.5.1. Tipos de Asfaltos de petróleo: 
 
• Asfaltos Industriais ou para outras finalidades: 
 
Asfaltos oxidados: São obtidos a um aquecimento e à ação de corrente de ar, com o intuito de 
mudar suas características para fins específicos. Em relação ao CAP comum, são mais sólidos e 
duros, menos sensíveis às variações de temperatura e às intempéries, porém são menos 
adesivos e menos aglutinantes. Aplicação: impermeabilizações, vedantes, anticorrosivos, etc. 
 
• Asfaltos para pavimentação: 
 
a) Cimentos Asfálticos de Petróleo – CAP; 
b) Asfaltos Diluídos – ADP; 
c) Emulsões Asfálticas – EAP; 
d) Asfaltos Modificados ( por polímero – AMP ; por borracha de pneus – AMB); 
4 
 
5.1.5.2. Asfaltos para pavimentação 
 
a) Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) 
 
Resíduo da indústria petroquímica, obtido da destilação do petróleo na qual as frações leves ( 
gasolina, diesel e querosene ) são retiradas. 
 
O CAP não deverá ser aquecido acima de 177o C, sob risco de oxidação e craqueamento térmico do 
ligante 
 
A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107°C nem exceder a 177°C. DNIT 
 
Conforme a NORMA DNIT 095/2006 – EM: 
 
• Cimento asfáltico de petróleo é o asfalto obtido especialmente para apresentar as qualidades e 
consistências próprias para o uso direto na construção de pavimentos. 
• Devem ser homogêneos, 
• Não conter água nem espumar quando aquecidos a 175 ºC 
 
Propriedades para a pavimentação: 
 
o Boa aderência com os agregados; 
o Impermeabilização; 
o Flexibilidade; 
o Durabilidade; 
o Resistente á maior parte dos ácidos e sais; 
o Insolúvel à água. 
 
Avaliação para classificação: 
 
a) Penetração a 25ºC 
 
b) Viscosidade a 60°C 
 
A viscosidade é uma medida da consistência do cimento asfáltico, por resistência ao escoamento. 
 
➢ No Brasil os tipos produzidos são ( EB – 78 ): 
Os números indicam, respectivamente, a penetração (em 1/10 mm) e o valor mínimo para a viscosidade a 60oC (em 102 
Poise). 
 
Classifica-se de acordo com a sua consistência medida pela penetração (de agulha) à 25ºC, em décimos 
de milímetro. 
 
▪ Classificação dos CAPs segundo sua Viscosidade Absoluta a 60ºC (em poises): 
• CAP 7:  = 700 a 1500 poises 
• CAP20:  = 2000 a 3500 poises 
• CAP40:  = 4000 a 8000 poises 
 
 
5 
 
 
 
De acordo com a resolução da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis n °19 de 
11/06/2005, contendo regulamento técnico n°3 de 2005, os asfaltos para pavimentação voltaram a ser 
classificados por penetração: CAP 30/45, CAP 50/70, CAP 85/100, CAP 150/200. 
 
Métodos de Ensaios 
 
(A) Penetração Normal ABNT NBR 6576/98 
 
 Avalia a consistência do asfalto ( resistência a fluir dependente da temperatura -estado de fluidez). 
 
Um betuminoso muito duro, provavelmente terá pouca ductilidade e pode trincar sob baixas temperaturas. 
Se for de baixa dureza, provavelmente, escorrerá em clima quente. 
 
- É a penetração medida em décimos de milímetros, de uma agulha padronizada ( 100 g ) numa amostra de 
CAP a 25oC de temperatura durante um tempo de 5 segundos. 
 
 (B) Viscosidade 
 
 Avalia a consistência do asfalto de maneira mais precisa (várias temperaturas). 
 
Viscosidade Saybolt - Furol 
 
- Ensaio: medida em segundos para asfalto fluir em um determinado orifício (Furol) a uma determinada 
temperatura (1770C, 1350C, 600C) e preencher um frasco de 60cm3 (Viscosímetro) 
 
Viscosidade Absoluta 
 
Ensaio: Tempo para determinado volume de asfalto fluir numa certa altura em um tubo capilar pela ação 
devácuo (60C). 
 
1 poise = 1 g/cm.s 
 
CAP 7 ( viscosidade mínima de 700 poises) 
CAP 20 (viscosidade mínima 2000 poises) 
CAP 55 (viscosidade mínima 5500 poises) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
(C) Ductibilidade 
 
Propriedade do CAP de se alongar sem romper ( propriedade relacionada à capacidade de deformação 
sem fissuras). 
 
Forma de medir a plasticidade 
 
- Ensaio: 1cm2 / imerso / alongado até rompimento. Consiste em medir o alongamento do material em cm 
antes do rompimento. Medidas em cm; temperatura a 25º C e a uma Velocidade de 5 cm/min. 
 
- Ductibilidade alta → suscetibilidade à temperatura, ondulações no pavimento devido ao tráfego; 
- Ductibilidade baixa → asfaltos deteriorados ou oxidados, fissuras quando sofre baixas variações 
de temperatura. 
 
⚫ Baixa ductibilidade – rompe à tração. 
⚫ Pouco ductil – baixa plasticidade. 
 
(D) Ponto de amolecimento 
 
Temperatura de referência para preparo ou utilização dos betuminosos. Indica a que níveis de dureza os 
asfaltos têm certa consistência. 
 
Importancia: 
 
- Evitar aceitação de asfaltos muito moles; 
- Na execução da mistura asfáltica; 
7 
 
- Verificação da sensibilidade do material à temperatura. 
 
- Conseqüências → Desagregação / Exsudação 
 → Deformações permanentes 
 
Método de ensaio: Anel e Bola . Esse ensaio é normalizado pela AASHO e IBP/ABNT, nas designações T-
53 e MB-164/1972 (DNER-ME 247,1994), e visa a medir a evolução da consistência do material asfáltico, 
na medida em que a temperatura é alterada. 
 
(E) Ponto de fulgor 
 
Máxima temperatura de manejo sem perigo de fogo (segurança). É importante para o manuseio dos 
betuminosos, porque logo acima do ponto de fulgor há o ponto de combustão e, portanto, o perigo do 
material inflamar. 
 
Normalmente um CAP tem temperatura de fulgor acima de 230º C. 
 
Ensaio: Aquecimento do CAP e exposição à chama até quando vapores provocam o lampejo chama 
(temperatura de ponto de fulgor) 
 
(F) Solubilidade 
 
Determina o teor de betume no asfalto (% material insolúvel) → grau de pureza 
 
(G) Efeito do calor e do ar 
 
 Avalia a perda das características asfálticas pela ação conjunta do calor e do ar 
 
Ensaio: Estufa a 1630C / 5 horas→ Mudança das características, fundamentalmente devido à estocagem e 
durante o período de transporte. 
 
Exemplos de características pesquisadas: 
• Perda de penetração; 
• Acréscimo da viscosidade; 
• Perda de ductilidade; 
• O envelhecimento do material durante a mistura e durante sua vida útil. 
 
(H) Índice de suscetibilidade térmica 
 
Relaciona o ponto de amolecimento e a penetração, sendo uma propriedade importante na mistura e no 
desempenho do pavimento. 
 
IP = Índice de Penetração ( Pfeiffer e Van Doomall) 
IP = f (penetração, temperatura de amolecimento) 
 
- Influência da temperatura na consistência dos ligantes. 
 
- Referencias ( podem variar conforme bibliografias ) : 
 
IP > 0,7 → Asfaltos oxidados , poucos sensíveis à temperaturas e quebradiços em temperaturas 
baixas; 
I P < - 1,5 → Asfaltos muito sensíveis à ação da temperatura. 
 
( I ) Espuma: 
 
O cimento asfáltico não deve conter água porque espumam com o aquecimento. 
 
8 
 
O CAP é aquecido até determinada temperatura e a seguir verifica-se se há ou não a presença de espuma 
no material, decorrente da presença de água. A presença de água pode ser perigosa durante o 
aquecimento, podendo causar acidentes 
 
( J ) Ensaio de Oliensis (Teste da mancha ou spot test) 
 
Através deste ensaio, pode-se verificar se o asfalto foi superaquecido durante a fabricação ou o transporte, 
provocando o craqueamento. 
 
Temperaturas superiores a 180º podem alterar sensivelmente a estrutura molecular do asfalto, 
principalmente se o aquecimento ocorreu durante a mistura do asfalto com o agregado. 
 
Consiste em verificar se uma gota de CAP dissolvido em nafta, em banho-maria, tem aspecto homogêneo 
em coloração. Se o aspecto for homogêneo representa que o teste é negativo, caso contrário (centro da 
mancha for negro) houve superaquecimento e o resultado do teste é positivo. 
 
( K ) Densidade 
 
Estabelece a relação entre o peso de um dado volume de CAP e o mesmo peso de volume de água. Esta 
relação ( densidade relativa ) é importante pois é utilizada no cálculo do volume de vazios das misturas 
betuminosas . 
 
⚫ Dureza 
⚫ Resistência que o material se opõe ao risco e à penetração; 
⚫ Materiais Betuminosos – pouca dureza; 
⚫ Aumenta a dureza diminui a plasticidade. 
 
 
Temperatura de Aquecimento dos CAPs 
 
Relacionada com os resultados de ensaios de Viscosidade Saybolt- Furol, que indica as melhores 
temperaturas para o aquecimento do cimento asfáltico nos processos de mistura e compactação. 
 
• A temperatura de aplicação do CAP deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da 
relação temperatura-viscosidade. 
• A temperatura indicada é aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada na faixa de 
85 ± 10 segundos Saybolt-Furol. 
• A temperatura recomendável para a compressão da mistura é aquela na qual o ligante apresenta uma 
viscosidade Saybolt-Furol de 140 ± 15 segundos. 
 
Conforme o Manual de Pavimentação do DNER: 
 
Restrições 
 
➢ Não devem ser aquecidos a temperaturas superiores a 177ºC. (possível queima do ligante – 
craqueamento térmico ); 
➢ Não deverão ser aplicados em dias de chuva; 
➢ Não deverão ser aplicados em temperaturas inferiores a 10º C; 
➢ As misturas só deverão ocorrer entre temperaturas de 107 a 177º C. 
 
 
b) Asfaltos Diluídos ( AD ) 
 
Os asfaltos diluídos, também são conhecidos como asfaltos recortados ou “cut backs”, resultam da 
diluição do cimento asfáltico por destilados de petróleo ( solventes ). 
 
9 
 
Os solventes proporcionam produtos menos viscosos que podem ser aplicados a temperaturas mais 
baixas e devem evaporar totalmente, deixando como resíduo o CAP que desenvolve, então, as 
propriedades cimentícias necessárias. A essa evaporação dá-se o nome de cura do asfalto diluído. 
 
• Com a redução da viscosidade, é um produto de aplicação mais fácil. 
• Pode ser utilizado quando há necessidade de eliminar o aquecimento ou utilizar uma temperatura 
mais moderada. 
• Sua consistência após a evaporação do solvente é próxima ao do cimento asfáltico originalmente 
empregado na fabricação do asfalto diluído. 
• Não devem conter água, embora as especificações admitam um valor máximo de até 0,2% em 
volume. 
• No serviço de imprimação o tempo de cura mínimo é de 24 horas. 
• O tempo de cura poderá ser de 48 horas dependendo das condições climáticas locais. 
• Aplicação com pequeno aquecimento 
 
Classificação ( em função da natureza do solvente - de acordo com o tempo de cura – tempo de 
evaporação do solvente ) 
 
• CR: cura rápida - diluente: nafta ( gasolina) 
• CM: cura média - diluente: querosene; 
• CL: cura lenta - diluente: óleos combustíveis ( óleo Diesel). (não há no Brasil) 
 
Tipos de asfaltos diluídos de cura rápida: CR – 70, CR - 250, CR - 800 e CR – 3000 
 
Tipos de asfaltos diluídos de cura média: CM - 30, CM - 70, CR - 250, CM - 800 e CR – 3000 
 
O número que compõe a designação do asfalto diluído se refere ao início da faixa de viscosidade 
cinemática atingida em cada caso. O asfalto diluído CM-30 tem, por exemplo, viscosidade cinemática entre 
30 a 60 cSt, na temperatura de 60°C. 
 
 
 
Na tabela abaixo são representados os percentuais de CAP e diluentes por classificação: 
 
10 
 
Os asfaltos CR 70 e CM 70 têm a mesma viscosidade na mesma temperatura, mas tempos de curas 
diferentes. 
Aplicações: 
 
• Imprimação de base granular (solos ou britas); 
• Pinturas de Ligação ( CM-30 e CM-70 ); 
• São utilizados em pavimentação por penetração: Tratamentos Superficiais; 
• Na preparação de Pré-misturados à frio; 
• Na preparação de areia-asfalto à frio. 
 
Restrições: 
➢ Não podem ser aplicados em dias de chuva (arraste do ligante sobre a pista imprimada pela água 
de chuva); 
➢ Não podemser aplicados em temperaturas inferiores a 10ºC (dificuldade de evaporação do 
diluente tipo querosene e de longa do tempo de cura). 
➢ É vedado o aquecimento deste material betuminoso devido ao baixo ponto de fulgor com risco de 
incêndio 
 
A escolha : 
 
➢ Depende do tempo de cura; 
➢ Despende da susceptibilidade à temperatura; 
➢ Em função do tipo de serviço. 
 
 
c) Emulsões Asfálticas 
 
São dispersões de uma fase asfáltica em uma fase aquosa através da adição de emulsificantes. 
 
São obtidas combinando com água o asfalto aquecido, em um meio intensamente agitado, e na presença 
dos emulsificantes, que tem o objetivo de dar certa estabilidade ao conjunto, de favorecer a dispersão e de 
revestir os glóbulos de betume de uma película protetora, mantendo-os em suspensão. 
 
Algumas características e vantagens: 
 
• Utilização de equipamentos simples ( não necessitam de sistemas de aquecimento e secador de 
agregados ); 
• Fáceis de manipular e distribuir; 
• Aplicação a frio na temperatura ambiente; 
• Evitam gastos de combustível para aquecimento; 
• Reduzem o tempo de construção das obras (em condições climáticas adversas); 
• Permitem o emprego de equipamentos para estocagem e de produção de menor custo; 
• Sua utilização é compatível com praticamente todos os tipos de agregados, obtendo ótimos resultados. 
• Podem também ser aplicadas com agregados úmidos, sem necessidades de aditivos melhoradores de 
adesividade. 
• Menor susceptibilidade térmica; 
• Grande poder de penetrar e envolver os agregados; 
• Não emitem vapores ou gases, como nos CAP’s, que prejudicam a saúde; 
• Na aplicação não há perigo de superaquecimento, com o conseqüente envelhecimento precoce do 
ligante; 
 
Aplicações: 
 
• Todo o tipo de pintura de ligação, 
11 
 
• Tratamentos superficiais simples, duplos ou triplos (Ruptura Rápida), 
• Pré-misturados a frio abertos e semidensos (Ruptura Média) ou densos (Ruptura Lenta). 
 
Tipos de emulsificantes: 
 
• Emulsificantes aniônicos: É solúvel no betume, conferindo aos glóbulos de betume na emulsão 
uma carga elétrica negativa, mantendo-os separados. As emulsões obtidas com esses 
emulsificantes são denominadas Emulsões Aniônicas. 
 
• Emulsificantes catiônicos: Conferem aos glóbulos de betume uma carga elétrica positiva, dando 
origem as Emulsões Catiônicas. 
 
Os asfaltos diluídos e os cimentos asfálticos mais moles são normalmente os mais utilizados na fabricação 
das emulsões, embora os procedimentos mais modernos contemplem também os asfaltos mais duros. 
 
Classificação: 
 
➢ Quanto á carga elétrica das partículas: 
 
• Catiônicas: cimento asfáltico de petróleo (CAP), água, agente emulsificante e energia de dispersão da 
fase asfáltica na fase aquosa. 
• Aniônicas 
• Bi-iônicas 
• Não iônicas 
 
➢ Quanto ao tempo de ruptura: 
 
• Ruptura Rápida 
• Ruptura Média 
• Ruptura Lenta 
 
➢ Atualmente no Brasil, só são especificadas e usadas as emulsões catiônicas, pois apresentam boa 
adesividade para todos os tipos de agregados. 
 
Ruptura de Emulsão 
 
Na ocasião da aplicação das emulsões aos agregados, o ligante asfáltico tende a coagular sobre as 
partículas do agregado e a água se perde por evaporação. Ao fenômeno de separação entre o ligante 
asfáltico e a água, dá-se o nome de ruptura ou quebra da emulsão. 
 
O tempo de ruptura depende, dentre outros fatores, da quantidade e do tipo do agente emulsificante e a 
viscosidade depende principalmente da qualidade do ligante residual. 
 
A ruptura é menos sensível às condições climáticas e esta propriedade é importante por permitir o trabalho 
em tempo úmido. 
 
A velocidade de ruptura depende da: 
 
• Composição do emulsificante e teor de emulsificante na emulsão; 
• Natureza mineralógica do agregado (mais ou menos reativo); 
• Superfície específica do agregado (área para recobrimento). 
 
Toda emulsão deve ter um tempo mínimo de estabilidade à ruptura para permitir o seu transporte e 
armazenagem, o que é conseguido com o uso de emulsificantes. 
 
12 
 
A cor destas emulsões normalmente é marrom. Esta característica se transforma em elemento auxiliar 
para inspeção visual e constatação rápida das boas condições do produto. Após a ruptura prevalece a cor 
preta do CAP. 
 
A maioria dos serviços compreendem a faixa de temperatura ambiente (20/50ºC) e no caso do emprego de 
emulsões de alta viscosidade, aquecimento do produto à temperatura de no máximo 70ºC(RR2C / 
Tratamentos superficiais e macadame betuminoso). 
 
Classificação 
 
As emulsões asfálticas convencionais são classificadas nos seguintes grupos, de acordo com 
Regulamento Técnico da ANP: 
• RR – Ruptura Rápida 
• RM – Ruptura Média 
• RL – Ruptura lenta 
• EAI – Emulsão asfáltica para imprimação 
• LA e LAN – Emulsões asfálticas de ruptura lenta catiônica e de carga neutra, respectivamente, 
para serviço de lama asfáltica. A lama asfáltica é uma mistura de agregado mineral, material de 
enchimento (fíler), emulsão asfáltica e água, usada para reparos superficiais nos pavimentos. Os 
agregados podem ser areia, agregado miúdo, pó de pedra ou mistura de ambos, desde que suas 
partículas sejam resistentes e com moderada angularidade, livre de torrões de argila e de 
substâncias nocivas. O fíler (cimento Portland, cal extinta, pós calcários etc.) deve estar seco e 
sem grânulo. 
• LARC – Emulsão asfáltica catiônica de ruptura controlada para serviço de lama asfáltica. 
 
De acordo com a sua ruptura, viscosidade Saybolt Furol, teor de solvente, desmulsibilidade, resíduo de 
destilação e quanto à utilização: 
 
 
Emulsões Asfálticas Catiônicas de - Ruptura Rápida - (RR1C e RR2C) : 
 
São utilizadas na Pintura de Ligação, Tratamentos Superficiais Simples, Duplo e Triplos e Macadame 
Betuminoso. 
 
• RR – 1C: Emulsão asfáltica de ruptura rápida, que tem em sua composição, 62 a 63% de CAP. 
Apresenta baixa consistência 
 
• RR – 2C: Emulsão asfáltica de ruptura rápida, que tem em sua composição, 67 a 69% de CAP. 
Apresenta alta consistência 
 
13 
 
A RR – 1C é utilizada quando se necessita de um produto mais fluído e a RR - 2C, quando se deseja um 
produto mais viscoso e com maior teor de resíduo asfáltico. 
 
 
Emulsões Asfálticas Catiônicas de Ruptura Média - (RM1C e RM2C) : 
 
São empregadas na Pintura de Ligação, Areia Asfalto a Frio e, principalmente, nos Pré-Misturados a Frio 
(abertos e semi-densos). 
 
Pode ser utilizada no recapeamento sobre paralelepípedos. 
 
Para sua utilização recomenda-se não aquecê-la. 
 
• RM – 1C: Emulsão asfáltica de ruptura média, que tem em sua composição, 62 a 63% de CAP. 
Apresenta baixa consistência 
• RM – 2C: Emulsão asfáltica de ruptura média, que tem em sua composição, 65 a 66% de CAP. 
Apresenta alta consistência 
 
As RM – 1C e RM – 2C são empregadas em vários tipos de serviços de pavimentação, principalmente nos 
de pré – misturados a frio abertos. Embora não sejam os produtos mais recomendáveis economicamente, 
podem ser utilizados também para pintura de Ligação. 
 
 
Emulsão Asfáltica Catiônica de Ruptura Lenta - (RL1C) : 
 
RL – 1C: Emulsão asfáltica catiônica lenta, que tem em sua composição, 60 a 62% de CAP. Apresenta 
baixa consistência. 
 
• É empregada em vários tipos de serviços asfálticos, principalmente nos pré -
misturados a frio densos, lama asfáltica e solo-betume. 
 
• Para sua utilização recomenda-se não aquecê-la. 
 
Emulsões especiais utilizadas na fabricação de lama asfáltica : 
LA–1,LA–2 – emulsões aniônicas de lama asfáltica 
LA –1C, LA –2C – emulsões catiônicas de lama asfáltica 
LA –E – emulsão especial de lama asfáltica 
 
 
 
 
 
 
 
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Restrição e observações quanto ao emprego das emulsões: 
 
- Não é recomenda a execução de serviços de pavimentação com o emprego de emulsão asfáltica, em 
condições ambientais com temperatura inferior à 10°C. 
- No caso do emprego de emulsões de alta viscosidade, aquecimento do produto à temperatura de no 
máximo 70ºC 
- Deverá ser sempreobservada a temperatura ideal fornecida pela relação viscosidade/ temperatura 
para o tipo de serviço a executar, sendo que a maioria dos serviços compreendem a faixa de 
temperatura ambiente (20/50ºC 
- Não estocar a emulsão diluída com água (pinturas diluídas) por período prolongado, podendo ocorrer 
ruptura prematura, dentro do tanque de estocagem. 
- Emulsões asfálticas estocadas, em depósito em período superior a 5 dias, deverão ser recirculadas 
para homogeneização, antes de serem utilizadas. 
- O produto poderá ser mantido ao ar livre (entamborado) ou depósitos (granel), devidamente vedados. 
- Não se recomenda a estocagem do produto em prazo superior a 30dias. 
- Não aquecer emulsão asfalticas nas carretas transportadora de grande volume, podendo ocorrer 
modificações das características das mesmas ( ruptura parcial ou total, viscosidade modificada) 
- Tomar-se-á o cuidado de não misturar emulsões de tipo e/ou fabricantes diferentes, ou descarregar o 
produto em tanques com "lastro" de outro produto, principalmente de asfalto diluído. 
- Para a utilização das emulsões asfálticas em serviços de banho-diluído e pintura de ligação, deverá ser 
avaliada previamente a compatibilidade da água e a não contaminação com agentes reativos (sais, 
sólidos em suspensão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
Tese : ESTUDO DO EFEITO DA ADIÇÃO DE POLÍMERO NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO: 
ERISVALDO DE LIMA JUVÊNCIO, 
Apostila Transportes: UFBA 
NORMA DNIT 095/2006 – EM 
Manual de Pavimentação do DNIT, 
Construção de Estradas e Vias Urbana Profa. Jisela Aparecida S. Greco . 
Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros Departamento de Transporte s e Geotecnia Notas Pavimentação – Prof. Geraldo Luciano de Oliveira 
Marques. 
PAVIMENTO ECOLÓGICO: UMA OPÇÃO PARA A PAVIMENTAÇÃO DE VIAS DAS GRANDES CIDADES Moisés Ribeiro Abdou. Liedi Légi Bariani 
Bernucci – 
UFSM: TRP1002-Material para infraestrutura de transporte 
Petrobrás Distribuidora 
Especificações Técnicas DER/ SP 
Material de Pesquisa do IME: Instituto Militar d Engenharia 
BALBO,J.T, Pavimentação Asfáltica –materiais , projetos e restauração. 
IME –Instituto Militar de Engenharia 
BRASQUIMICA: www.brasquimica.com.br

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