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Direito Administrativo II - até atos administrativos

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Direito Administrativo II (Poderes e deveres da Administração; Atividade ordenatória ou limitativa; Desapropriação; Atividade estimulativa; Atividade prestacional).
A relação jurídico-administrativa é expressa através de regras e princípios (função típica – executar a lei) impondo restrições ou deveres, limitando, portanto, a atividade administrativa, privilégios, prerrogativas e poderes, estabelecendo uma posição de supremacia.
Deveres: limitações impostas por lei à administração pública para que faça prevalecer o interesse público
espécies: honestidade – ligada ao princípio da licitude; imparcialidade – ligada ao princípio da legalidade; moralidade; publicidade; probidade – sua falta gera enriquecimento ilícito, gerando prejuízos ao erário, ofendendo os princípios da ADM. (art. 116 e 117 da lei 8112/90 c/c art. 37, §4º da CF)
Poderes: são prerrogativas conferidas À Administração pública, para que ela faça prevalecer o interesse público, sendo através de privilégios ou prerrogativas.
O fim da administração pública é atingir o interesse público
O poder é a possibilidade de transformar vontade em ato
Características: 
Caráter instrumental – são poderes conferidos À Administração pelo ordenamento jurídico para que possam atingir a finalidade única, que é o interesse público. São instrumentos que, utilizados dentro da lei, servem para que a administração pública alcance sua finalidade única, o atendimento ao interesse público. Não podendo ser parcial
Irrenunciáveis – sendo necessário a utilização desses poderes, a administração deve fazê-lo, sob pena de responsabilização. O exercício é OBRIGATÓRIO, indeclinável. A inercia atinge a coletividade.
Não pode deixar de aplicar o poder para uma pessoa, deve ter o caráter impessoal, não podendo escusar de aplicar uma prerrogativa, com a devida justificativa.
Espécies: 
Normativo (regulamentar);
Hierárquico ou de direção;
Sancionatório (disciplinar);
Polícia.
Formas de manifestação de vontade – Vinculado (tem de se ater ao dispositivo, não tendo nem a capacidade – a lei estabelece um único comportamento possível a ser tomado - de escolha em decorrência do caso fático) e; discricionário (apesar do ato ser discricionário, ele deve ser feito de acordo com a lei, tendo uma integração legislativa. Tem a liberdade de escolha dentro dos limites legais). 
Poder normativo (regulamentar) – são atos para orientar a conduta, detalhando como aplicar a lei), servem para entender como se deve exercer os direitos e cumprir as obrigações. São expedidos para dar fiel cumprimento a lei. 
- Função atípica do poder executivo. Em regra é indelegável, exceção no art. 84, §ú da CF. sendo sua função típica executar a lei.
- O ato não pode ser contrário a lei. Envolve distintas categorias de atos: regimento; instrução; deliberação; resolução; portaria; decreto (forma ato administrativo) ou regulamento (conteúdo do ato administrativo).
- Os decretos regulamentam as leis, não criando ou aumentando direitos, não sendo, portanto criadora de direitos e deveres. Ex.: lei das empregadas domésticas – precisa de um decreto para ser regulamentado como elas vão exercer seus direitos.
Regulamentos de 1º grau – pode ser conferido aos chefes do executivo para editar decretos e regulamentos para dar fiel execução a lei.
Regulamentos de 2º grau – poder conferido à administração para regulamentar lei, decreto e até regulamentos (art. 87, II da CF) – não sendo feitos pelo poder executivo, mas por sua própria administração. 
Poder hierárquico ou de direção – poder interno e sem relação com a externalidade. Trata-se de um poder permanente e não de um caráter episódico. É o poder conferido a administração pública para organizar sua estrutura e as relações entre os seus órgãos e agentes, estabelecendo uma relação de hierarquia entre eles (poder interno). Vale ressaltar que mais tempo de “casa” não estabelece hierarquia. 
- propicia os recursos administrativos
- atribuição de chefia e direção dentro da estrutura administrativa.
- Não existe hierarquia entre os sujeitos da administração, mas sim entre a administração e seus sujeitos.
- Hierarquização para atender o interesse público.
EFEITOS:
a) poder de comando/ordem X dever de obediência: não pode ser uma ordem imóvel, ilegal, se for, o subalterno tem o direito de não obedecer;
b) coordenação;
c) fiscalização/controle;
d) Desfazer ou refazer seus atos (alteração/correção/autotutela);
e) 1- DELEGAÇÃO e; 2- AVOCAÇÃO – revogasse a qualquer momento.
1 – transferência temporária e provisória da atribuição que tem para um subordinado ou não (movimento centrífugo). É de natureza impositiva. O delegatário não pode se opor, podendo se beneficiar (delegação vertical) ou não (delegação horizontal). A qualquer momento pode ser devolvida a competência delegada. O período deve ser estipulado, podendo ser renovado por igual período.
OBS.: São indelegáveis os atos de caráter normativo, as decisões em recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva.
2 – Temporário e excepcional – mediante motivo relevante. Chamamento para si a atribuição do subalterno (movimento centrípeto). Apenas em relação a competência de um subordinado e o desonera de toda a responsabilidade pelo ato avocado.
Poder disciplinar ou sancionatório (vinculado ai dever de punir e discricionário na seleção da pena): poder conferido à administração para a organização interna, aplicando sanções e penalidades aos seus agentes por forca de uma infração de caráter funcional. Poder episódico ocorre apenas quando o agente comete uma infração relacionada com o serviço. 
- poder de polícia # poder disciplinar. No primeiro há possibilidade de punir pessoas externas à administração, fato que não ocorre no poder disciplinar. 
- `Para aplicar a sanção deve ser levado em consideração o princípio da razoabilidade observando os atenuantes e agravantes do caso concreto; natureza e gravidade da infração; prejuízos causados para o interesse público; PAD com garantia de contraditório.
- O exercício do poder hierárquico gera o poder disciplinador. O primeiro regula e estabelece o modo de organização da administração e seu método de operação, ditando as regras. Caso haja o não cumprimento do ato ou da regulação, o poder disciplinador entra em ação para punir tal infração.
Poder de supervisão: controle finalístico, não sendo possível a revisão os atos praticados, sendo restrito ao cumprimento da lei. 
- Não existe hierarquia (existe a vinculação) entre a administração direita e indireta, mas existe o poder de supervisão.
OBS.: é o que disponibiliza a existência de um recurso improprio, desde que haja algum dispositivo legal. 
Abuso de poder – decorre de um dano gerado por responsabilidade da administração pública. Ultrapassa os limites da atuação administrativa (que o legislador impôs), ocorrendo o abuso de poder, arbítrio ou o abuso de autoridade.
Divide-se em: Excesso de competência/poder – apesar o agente ser competente, ele extrapola os limites estabelecidos em lei ou excede a competência ou age em desacordo com a racionalidade lógica;
Desvio de finalidade/poder: quando a administração agir em desacordo com o estabelecido em lei, alterando, portanto, o seu fim. O agente não age no intuito de defender a coletividade.
Atividade ordenatória ou limitatória: toda e qualquer restrição legislativa e limitação administrativa do Estado em relação aos direitos individuais.
- Prerrogativa legal que restringe o uso e gozo da liberdade e propriedade particular e prática ou abstenção do fato em benefício do interesse público. 
Polícia administrativa # polícia judiciária – a primeira é preventiva e repressiva, atuando conforme o caso, visando os ilícitos administrativos tendo como base qualquer norma do direito público. Ex.: policia militar e policia sanitária. A segunda é preparatória de repressão que parte do judiciário atuando sobre as pessoas e sobre os fatos, visando as infrações penais como escopo legal o CPP.
Características – liberatório – atos administrativos queautorizam o exercício de atividades
- geral – extende-se a coletividade
-cria obrigação de fazer e de não fazer
- não gera indenização – o exercício regular, pelo fato de atingir a todos
- atinge particulares. (pode atingir o Estado. Ex.: o policial deve dirigir de cinto de segurança)
- indelegável, porém o material de apoio é delegável
- atividade restritiva – limitações aos particulares, harmonizando os direitos individuais com os internos coletivos.
- limita a liberdade e propriedade
- natureza discricionária. (exceção licença).
Formas de atuação: comando – impositivo; permissivo; proibitivo;
consentimento: licença; autorização; permissão; concessão.

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