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SUMÁRIO 1. Anatomia e Definição ............................................... 3 2. Epidemiologia .............................................................. 5 3. Fisiopatologia ............................................................. 5 4. Quadro Clínico ........................................................... 7 5. Apendicite em situações especiais ...................12 6. Diagnóstico e classificação ..................................13 7. Tratamento ................................................................22 Referências Bibliográficas ........................................30 3APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) 1. ANATOMIA E DEFINIÇÃO A apendicite é a causa cirúrgica mais comum de dor abdominal em atendi- mentos de urgência. Seu diagnóstico é habitualmente fácil e essencialmente clínico. Podem ocorrer algumas apre- sentações atípicas, que são relacio- nadas, principalmente, à localização do apêndice retrocecal e pélvica, que tornam o diagnóstico da apendicite desafio clínico - cirúrgico. É importan- te a diferenciação da apendicite no sexo feminino com as afecções pél- vicas como doença inflamatória pélvi- ca, endometrite e abscesso ovariano. O apêndice, o íleo e o cólon ascen- dente derivam do intestino médio. O apêndice aparece primeiro na oitava semana de gestação como uma bol- sa para fora do ceco e gradualmente gira para uma localização mais medial, conforme o intestino gira e o ceco tor- na-se fixo no quadrante inferior direi- to. A artéria apendicular, um ramo da artéria ileocólica, supre o apêndice. O exame histológico do apêndice indica que as células caliciformes, que pro- duzem muco, estão espalhadas por toda a mucosa. A submucosa contém folículos linfoides, o que leva à especu- lação de que o apêndice deve ter uma função imunológica importante, ainda que indefinida, no início do desenvol- vimento. Os linfáticos drenam para os linfonodos ileocólicos anteriores. Em adultos, o apêndice não tem ne- nhuma função conhecida. É um pe- queno órgão tubular de fundo cego localizado a aproximadamente 2 cm abaixo da válvula ileocecal, com com- primento entre 2 e a 20 cm. Pode se apresentar em diferentes posições, entre as quais as mais importantes: retrocecal, pélvica, pré-ileal, pós-ile- al e paracecal. As posições atípicas podem ser observadas em situações em que o mesoapêndice excepcio- nalmente grande permite a sua maior mobilidade e liberdade de posiciona- mento. A localização anatômica do apêndice segue a seguinte distribui- ção: retrocecal (20,1 a 65,3%), pélvica (3,7 a 78,5%), paracecal (0 a 12,3%) e pré-ileal ou pós-ileal (1,2 a 50,9%). Figura 1. Variações na posição do apêndice. Fon- te: https://www.uptodate.com/contents/images/ SURG/64911/Appendiceal_anatomy.jpg 4APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Parte terminal do íleo Apêndice vermiforme Óstio do apêndice vermiforme Região ileocecal Figura 2. Região ileocecal e apendice vermiforme. Fonte: Atlas de anatomia humana / Frank H. Netter. - 6. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014. 5APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) A apendicite aguda é quando ocorre inflamação apêndice vermiforme e é causado por uma obstrução repenti- na de sua luz. 2. EPIDEMIOLOGIA É a causa mais comum de abdome agudo não traumático, com incidên- cia no mundo ocidental de 8%. Pos- sui discreto predomínio no sexo mas- culino e é mais comum entre os 10 e 30 anos de idade. É a emergência ci- rúrgica mais comum e utilizar preco- cemente da via cirúrgica melhora os resultados. Sua sintomatologia clássica está pre- sente em 60% dos casos. A eficácia em diagnosticar apendicite aguda é de cerca de 80%, sendo de 78-92% em homens e de 58- 85% em mu- lheres. O menor diagnóstico em mu- lheres ocorre, principalmente, por essas possuírem mais diagnósticos diferenciais relacionados ao aparelho reprodutor. O diagnóstico diferencial e as variações anatômicas represen- tam os principais entraves em seu re- conhecimento clínico, o que propicia atraso em relação ao diagnóstico e tratamento e aumento das chances de complicação. O apêndice pélvico é a sua segunda apresentação mais prevalente e chega a superar a varia- ção retrocecal em alguns trabalhos, atingindo 51,2% dos casos. 3. FISIOPATOLOGIA A obstrução apendicular pode ser causada por fecalitos (massas fecais duras), cálculos, hiperplasia linfoide, processos infecciosos e tumores be- nignos ou malignos. A natureza ana- tômica do apêndice favorece o qua- dro, uma vez que sua luz é pequena em relação ao seu comprimento. O lú- men obstruído favorece o crescimen- to bacteriano e a secreção da mucosa favorece pressão sobre a luz. Inclusi- ve é a distensão da luz que promo- ve a dor visceral que o paciente refe- re como dor periumbilical ou visceral mal definida. Somente quando a inflamação ultra- passa a serosa e entra em com o peri- tônio parietal que ocorre estimulação da inervação aferente parietal. É nes- se momento que o padrão da dor é mudado, algo característico da apen- dicite aguda, para uma dor localizada na fossa ilíaca direita de forte inten- sidade, podendo se correlacionar dor à descompressão brusca (sinal de Blumberg), indicando assim uma pe- ritonite associada. Quando a obstrução do apêndice é a causa da apendicite, a obstru- ção leva ao aumento da pressão lu- minal e intramural, resultando em trombose e oclusão dos pequenos vasos na parede apendicular e esta- se do fluxo linfático. À medida que o 6APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) comprometimento linfático e vascular progride, a parede do apêndice se tor- na isquêmica e depois necrótica, que normalmente pode evoluir para per- furação caso não ocorra intervenção cirúrgica nas primeiras 48h. O omento e o intestino delgado podem bloquear a perfuração e, nessa situação, é for- mado um abscesso localizado. De forma menos comum, a perfuração pode ser livre na cavidade peritoneal e sua consequência é a formação de diversos abscessos intraperitoneais, e posterior choque séptico. OBSTRUÇÃO FEZES ESPESSADAS ABCESSO HIPERPLASIA LINFOIDE TUMOR (MAIS RARO) CÁLCULOS PROCESSOS INFECCIOSOS DISTENÇÃO ISQUEMIA PERFURAÇÃO PERITONITE ESQUEMA FISIOPATOLOGIA APENDICITE AGUDA SE LIGA! O mecanismo de obstrução luminal varia de acordo com a idade do paciente. Nos jovens, acredita-se que a hiperplasia folicular linfoide devido à in- fecção seja a principal causa de apendi- cite. Em pacientes mais velhos, é mais provável que a obstrução luminal seja causada por fibrose, fecalitos ou neo- plasia (carcinoide, adenocarcinoma ou mucocele). A flora no apêndice normal é seme- lhante à do cólon, com várias bac- térias aeróbicas e anaeróbicas facultativas. A natureza polimicro- biana da apendicite perfurada está bem estabelecida. Escherichia coli, Streptococcus viridans e espécies de Bacteroides e Pseudomonas são fre- quentemente isolados, e muitos 7APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) moderada, localizada em região pe- riumbilical, que cursa com náuseas e anorexia. Cerca de 12h após o co- meço dos sintomas, a dor migra em cerca de 50-60% dos pacientes, se localizando em fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney, que é localizado no limite entre o terço médio e lateral de uma linha traçada da espinha ilía- ca anterossuperior direita ao umbigo. outros micro-organismos podem ser cultivados (apresentados na tabela abaixo). Entre os pacientes com apen- dicite não perfurada aguda, as cultu- ras do líquido peritoneal em geral são negativas e têm uso limitado. Entre os pacientes com apendicite perfurada, as culturas do líquido peritoneal são mais suscetíveis de serem positivas, revelando bactérias colônicas com sensibilidades previsíveis. Como é raro que os achados alterem a sele- ção ou a duração do uso de antibió- ticos, alguns têm desafiado a prática tradicional de obter culturas. TIPO DE BACTÉRIA PACIENTES (%) ANARÓBICAS Bacteroides fragilis 80 Bacteroides thetaiotaomicron 61 Bilophila wadsworthia 55 Peptosteptococcus spp. 46 AeróbicasEscherichia coli 77 Streptococcus virida ns 43 Estreptococos do Grupo D 27 Pseudomonas aeruginosa 18 Tabela 1. Bactérias Comumente Isoladas em Apendici- te Perfurada. Fonte: Sabiston – tratado de cirurgia 4. QUADRO CLÍNICO A apresentação sintomatológica ca- racterística da apendicite aguda é quadro inicial de dor abdominal ines- pecífica (dor referida), de intensidade 8APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 3. Ilustração da localização do ponto de McBurney]. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/ b1/McBurney%27s_point.jpg difuso. O abdome do paciente se apresenta em tábua com rigidez ge- neralizada e temperatura maior que 39 graus. Esse segundo quadro pode evoluir para sepse. Ocasionalmente, a dor pode melhorar um pouco após a ruptura do apêndice por causa de alívio da distensão vis- ceral, embora um verdadeiro intervalo livre de dor seja incomum. Outros sin- tomas possuem relação com a posi- ção da ponta do apêndice inflamado. Se for próximo a bexiga, por exemplo, pode ser achado hematúria micros- cópica e manifestações urinárias. No exame físico do paciente com apendicite aguda geralmente o aco- metido pelo quadro fica imóvel no Cicatriz umbilical ponto de McBurney Crista ilíaca anterossuperior direita A migração da dor é o sintoma mais importante para o diagnóstico da apendicite aguda. Náuseas e vômitos também podem acompanhar a dor e a febre acontece mais tardiamente no curso da doença. Alguns pacientes apresentam sintomas inespecíficos como: indigestão, flatulências, altera- ção do hábito intestinal, diarreia, mal estar generalizado. No caso de perfuração o paciente pode apresentar duas apresenta- ções clínicas: perfuração bloqueada é quando um abscesso é formado, o paciente queixa -se de desconforto em fossa ilíaca direita e pode haver presença de plastrão (massa palpá- vel); e na perfuração livre ocorre dor de grande intensidade e com aspecto 9APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) leito. Está febril, com temperatura em torno de 38 graus. No exame do ab- dome, apresenta hipersensibilidade à palpação, no ponto de McBurney principalmente, com defesa abdomi- nal. Um achado precoce é hipersen- sibilidade cutânea no quadrante in- ferior direito. Algumas manobras no exame físico podem dar sinais para o cirurgião da inflamação e confirmar o diagnóstico. Os pacientes podem apresentar o sinal de Blumberg, sinal de rovsing e o sinal de psoas. Outra parte importante do exame físico é a pesquisa de massa em fossa ilíaca direita, que pode indicar um abces- so, o qual após confirmação por exa- mes de imagem, trata-se de maneira diferente. SAIBA MAIS! SINAIS NO EXAME FÍSICO DA APENDICITE! Figura 4. Sinal de Blumberg. Fonte: https://www. pontodosconcursos.com.br/artigo/14644/neto-paixao/ sinal-de-blumberg O Sinal de Blumberg é um sinal médico caracterizado por dor ou piora da dor à compressão e descompressão súbita do ponto de McBurney, também chamado de ponto apendicular. É traçado uma linha que liga a cicatriz umbilical com a espinha ilíaca ântero-superior, como apresentado em ilustração anterior. Divide-se esta linha em 3 partes, sendo o ponto referido o local que corresponde ao encontro do terço médio com o terço distal da linha. Dor no ponto de McBurney, percebido durante o exame físico, é indicativo de peritonite naquele local. 10APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 5. Sinal de Rovsing. Fonte: https://en.wikipedia.org/ Se a palpação do quadrante inferior esquerdo do abdômen do paciente resultar em dor no quadrante inferior direito, diz-se que o paciente é positivo para o sinal de Rovsing. Essa pal- pação é realizada procurando-se provocar um falso peristaltismo no intestino grosso, a partir do sigmoide, retrogradamente, em direção ao cólon descendente, transverso e finalmente ascendente, onde o acúmulo de gases e/ou fezes gera a dor pois é aí que se encontra o apêndice. Figura 6. Sinal de psoas e do obturador. Fonte: https://www.medicinanet.com.br/ O sinal do psoas é indicativo de irritação do músculo psoas. Posiciona-se o paciente em de- cúbito lateral esquerdo, e o examinador deve realizar a hiperextensão passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa contra resistência). Em caso de dor a hiperextensão passiva ou a flexão ativa, o sinal é positivo. Já o sinal do obturador, assim como no do psoas, indica irritação no músculo de mesmo nome. Para realizá-lo, com o paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa. Tem maior sensibilidade nas apendicites com posição retrocecal, aderido ao músculo obturador. Dá-se positivo quando se refere dor no hipogástrio. As localizações dos dois músculos estão abaixo para entender o motivo de sua inflamação junto com a inflamação do apêndice. 11APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Músculo psoas Apêndice inflamado Músculo ilíaco Ceco Apêndice inflamado Músculo obturador interno Tuberosidade isquiática Trocânter maior do fêmur Ceco Tuberosidade ilíaca Figura 7. Localização do músculo psoas. Fonte: https://www.aafp.org/afp/1999/1101/p2027.html Figura 8. Localização do músculo obturador. Fonte: https://www.aafp.org/afp/1999/1101/ afp19991101p2027-f2b.jpg] 12APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) 5. APENDICITE EM SITUAÇÕES ESPECIAIS A seguir será apresentado pacientes com quadros atípicos ou em que a conduta é diferente: • Em criança há um quadro atípico. O paciente apresenta letargia, fe- bre alta, vômitos intensos e diar- reia frequente. O diagnóstico ge- ralmente é tardio e a progressão do processo inflamatório é mais dor migra VômitoDor em fossa ilíaca direita Febre > 38 graus EXAME FÍSICO - SINAIS Anorexia Náuseas Dor abdominal inespecífica periumbilcal Febre < 38 graus Sinal de complicação QUADRO CLÍNICO DA APENDICITE AGUDA 13APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) rápida que o comum, com taxa de perfuração entre 15% e 65%, maior que no adulto. O omento ainda não está formado por com- pleto e não auxilia na contenção da perfuração e a peritonite gene- ralizada é mais frequente. Possui maior morbimortalidade. • Nos idosos a apresentação é atí- pica também. Temperatura menos elevada e a dor no abdome é mais insidiosa. A incidência de perfura- ção é ainda maior que na criança e apresenta, consequentemente, maior mortalidade. • A apendicite é a emergência ex- trauterina mais comum em grávi- das, com frequência maior nos dois primeiros trimestres. O útero gra- vídico descola o apêndice superior e lateralmente, por isso dificulta o diagnóstico. Por isso, uma gestante pode apresentar dor em hipocôn- drio direito, por exemplo, se estiver com apendicite aguda. Somado a isso a gestação possui sintomas semelhantes como náuseas e vô- mitos. Leucocitose também é co- mum em grávidas. Sendo assim, o diagnóstico é tardio e existem maiores chances de complicações. A intervenção cirúrgica mais indica- da no segundo trimestre é a video- laparoscópica. Em outros períodos, utiliza-se a abordagem aberta. • Em pacientes com AIDS, Linfoma não Hodgkin e sarcoma de Kaposi podem ocasionar apendicite ao gerarem obstrução. Agentes como CMV e Cryptosporidium causam infeção do órgão. O diagnóstico também é tardio, pelo fato do pa- ciente com AIDS apresentar nor- malmente queixas abdominais. • Pacientes com apendicite recor- rente apresentam surtos de dor abdominal na fossa ilíaca direita, sem presença de irritação perito- neal e de forma recorrente. O que causa esse quadro é a obstrução parcial da luz apendicular. O trata- mento cirúrgico alivia os sintomas da maioria dos pacientes. Os crité- rios diagnósticos são: ◊ História de mais de 1 mês com ataques recorrentes de dor abdominal em quadrante infe- rior direito (QID); ◊ Sensibilidade à palpação do QID sem irritação peritoneal; ◊ Achados Radiológicos no estudo baritado. O não es- vaziamento do contraste no apêndice após 72h é um sinal diagnóstico,além do preen- chimento incompleto. 6. DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO O diagnóstico da apendicite aguda é clínico, associando uma boa anamne- se e um exame físico que inclui a bus- ca dos sinais clínicos já ressaltados. 14APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Pode-se ter auxílio de alguns exames complementares, sendo que estes não devem atrasar a intervenção ci- rúrgica. Além da cronologia caracte- rística: dor abdominal difusa ano- rexia, vômito e náusea migração da dor para a fossa ilíaca direita. Ou- tro método adicional de confirmação de diagnóstico para casos mais incer- tos são os escores. SE LIGA! “O diagnóstico da apendi- cite aguda é clínico, exames comple- mentares podem ajudar, mas NÃO DEVEM ATRASAR A INTERVENÇÃO CIRURGICA”. PARÂMETROS DO ESCORE DE ALVARADO ESCORE SINTOMAS Dor migratória da fossa ilíaca direita 1 Anorexia 1 Náusea e/ou vômitos 1 SINAIS Defesa da parede no quadrante infe- rior direito do abdome 2 Dor à descompressão 1 Elevação da temperatura 1 ACHADOS LABORATORIAIS Leucocitose 2 Desvio à esquerda 1 Total 10 Tabela 2. Parâmetros do escore de Alvorado. Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v41n5/pt_0100-6991-r- cbc-41-05-00336.pdf Entre os escores diagnósticos, o mais utilizado tem sido o de Alvarado, que é baseado em três sintomas, três si- nais e dois achados laboratoriais. De acordo com Alvarado, um valor no es- core maior que cinco ou seis pontos é compatível com apendicite e o pa- ciente deve permanecer em observa- ção. Quando o valor é maior que sete ou oito pontos indica maior probabi- lidade de apendicite e valor de nove ou dez pontos é compatível com alta probabilidade da doença. Nos dois últimos casos a laparotomia pode ser indicada. Em relação aos exames laboratoriais, existe presença de leucocitose de forma moderada (10 mil a 15 mil cé- lulas/mm3), com neutrofilia e desvio à esquerda. Quando ocorre gangre- na e perfuração, a contagem de cé- lulas pode ser superior a 20 mil célu- las. Caso a ponta do apêndice estiver próxima a bexiga e ureter, ocorre he- matúria e/ou piúria. A radiografia simples do abdome, apesar de possuir uso comum, pos- sui utilização recorrente injustificada. Menos de 15% dos pacientes com apendicite aguda irão apresentar fe- calito calcificado em fossa ilíaca di- reita. Esse exame pode ser útil para excluir diagnóstico de litíase urinária, úlcera perfurada e obstrução de in- testino delgado, mas é pouco utiliza- do em casos de suspeita de apendi- cite aguda. 15APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 9. Radiografias com presença de fecalito calcificado. Fonte: https://www.slideshare.net/Jeca012/ apendicite-aguda-slides Já a ultrassonografia possui sensibi- lidade de cerca de 85% e especifici- dade de 90% para o diagnóstico de apendi- cite aguda. Apesar de possuir limitações caso o paciente for obeso ou apresentar distensão abdominal, é bastan- te útil quando o diag- nóstico é duvidoso. Os achados ultrassono- gráficos compatíveis com apendicite são apêndice não com- pressível com 7mm ou mais de diâmetro presença de lí- quido livre, interrupção da ecogeni- cidade da submucosa e presença de apendicolito. 16APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 9. Achados ultrassonográficos compatíveis com apêndice normal. As imagens A e B mostram um apên- dice normal medindo cerca de 6 mm de dimensão transversal máxima (seta). O apêndice era compressível e ne- nhuma hiperemia foi demonstrada (seta) na imagem Doppler (C). Fonte: https://www.uptodate.com/contents/ image?imageKey=RADIOL%2F83557&topicKey=SURG%2F1386&search=apendicite&rank=2~150&source=see_link Figura 10. Paciente do sexo feminino, 19 anos, que se apresentou no pronto-socorro com dor no quadrante inferior direito. O ultrassom em escala de cinza do apêndice é projetado nos planos longitudinal (A) e transversal (B). Observa- -se um apêndice não compressível, medindo quase 20 mm de diâmetro, consistente com o diagnóstico de apendicite aguda. As porções ecogênicas da mucosa e da submucosa da parede tornaram-se descontínuas (setas), sugerindo interrupção como resultado de descamação. O ar luminal (pontas de seta) resulta em sombreamento posterior. 17APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 11. Achados ultrassonográficos de apêndice normal acima e apendicite abaixo. Fonte: SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier. Figura 12. Paciente do sexo masculino, 38 anos de idade apresentando apêndice com paredes espessadas (4mm) e perda de estratificação habitual. Fonte: https://doi.org/10.1590/S0100-39 842003000200004 18APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 13. Paciente do sexo masculino, 23 anos de idade. Observa-se pequena quantidade de líquido ao redor do apêndice. Fonte: https://doi.org/10.1590/S0100-39842003000200004 O exame de maior acurácia é a tomo- grafia computadorizada. Os acha- dos sugestivos são: espessamento e distensão do apêndice, diâmetro an- teroposterior maior ou igual que 7mm e inflamação periapendicular (edema, coleção líquida e edema), que é tradu- zido no exame através de borramento da gordura mesentérica. Existe, tam- bém, um sinal indicativo em exames feitos com contraste retal, esse é o sinal da ponta de seta, caracterizado pelo desenho de uma ponta de seta na base de inserção do apêndice, em virtude do edema nesta topografia. A TC possui sensibilidade de 90% e especificidade de 80% a 90% para o diagnóstico. Em 50% dos casos, fe- calitos são identificados. Ainda assim, é ideal utilizar desse somente em ca- sos duvidosos, como em idosos. 19APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 14. Apêndice normal. Enema opaco (A) e tomografia computadorizada (B - seta). Fonte: https://doi. org/10.1590/S0100-39842007000300012 Figura 15. Tomografia computadorizada. Sinais de apendicite (espessamento parietal e densificação da gordu- ra mesentérica) no flanco direito, em localização mais anterior que o habitual (seta). Fonte: https://doi.org/10.1590/ S0100-39842007000300012 Figura 16. Tomografia computadorizada. Paciente do sexo masculino, com diagnóstico de apendicite aguda. Sinal da ponta de seta (seta preta). Fonte: https://doi.org/10.1590/S0100-39842007000300012 20APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) A ressonância magnética também é um exame de imagem que pode auxi- liar no diagnóstico de apendicite agu- da em pacientes grávidas. Um apên- dice cheio de líquido e aumentado (> 7 mm de diâmetro) é considerado um achado anormal, enquanto um apên- dice com um diâmetro de 6 a 7 mm é considerado um achado inconclusivo. Figura 17. Ressonância magnética da pelve de uma paciente com apendici- te com 9 semanas de gestação. O apêndice foi preenchido com líquido e media 7 mm (seta). O saco gestacional (GS) é visto mais baixo na pelve. Fonte: https://www.uptodate.com/contents/ image?imageKey=OBGYN%2F66666&topicKey=SURG%2F1386&search=apendicite&rank=2~150&source=see_link Em casos em que mesmo com a clíni- ca, exames laboratoriais e exames ra- diológicos não forem suficientes para sanar as dúvidas diagnósticas, é indi- cada a videolaparoscopia diagnóstica. 21APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) ADULTO COM SUSPEITA DE APENDICITE AGUDA Escore de Alvarado modificada 1 ponto: • Dor migratória em quadrante inferior direito • Anorexia • Náuseas e/ou vômito • Dor à descompressão • Elevação de temperatura >37,5°C 2 pontos: • Defesa da parede no quadrante inferior direito do abdome • Leucocitose Alvarado <4 Probabilidade clínica de apendicite aguda através de alvarado escore Alvarado ≥ 4 Refazer Escore de Alvarado Alvarado <4 Observar 12 horas e refazer escore Escore de Alvarado > 6 Avaliar outros diagnósticos Alvarado ≥ 4 Observar 12 horas e refazer escore Escore de Alvarado entre 4 e 6 TC disponível?Avaliar outros diagnósticos SIMNÃO Realizar TC de abdome e pelve USG está disponível? Exame não diagnóstico Apêndice normal Exame diagnóstico Refazer escore de Alvarado Apendicite descartada,avaliar outros diagnósticos Diagnóstico de apendicite ou outra patologia: manejo adequado Escore de Alvarado entre 4 e 6 Escore de Alvarado > 6 Alvarado <4 Alvarado <4Alvarado ≥ 4 Avaliar outros diagnósticos Avaliação laparoscopia com apendicectomia (mulheres em idade fértil) OU apenas apendicectomia (para todos os homens e para mulheres em idade não fértil) Qual o escore de Alvarado? Realizar USG de abdome NÃO SIM TC disponível? Diagnóstico de apendicite ou outra patologia Manejo adequado Diagnóstico Não diagnóstico SIM NÃO Alvarado <4Escore de Alvarado > 6 Alvarado <4 Escore de Alvarado entre 4 e 6 Alvarado ≥ 4 Avaliar outros diagnósticos Exploração cirúrgica ALGORITMO PARA AVALIAÇÃO DE APENDICITE AGUDA Adaptado de : https://www.uptodate.com/contents/ima- ge?imageKey=SURG%2F111767&topicKey=SURG%- 2F96169&search=apendicite&source=outline_link] 22APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) A classificação da apendicite aguda em graus parte da riqueza de infor- mações obtidas com os exames de imagem e da cirurgia em si, tanto a aberta como laparoscópica. Os fenô- menos constituintes do processo in- flamatório podem definidos e depois de sua graduação podem mudar o caminho do tratamento operatório e, também, avaliar a possibilidade do desenvolvimento de complicações in- fecciosas pós-operatórias, mudando a conduta pós operatória. A gradua- ção abaixo em processo inflamatório, é um exemplo de avaliar a apendicite existente. GRAU ACHADOS INFLAMATÓRIOS Grau 0 Normal Grau 1 Hiperemia e edema Grau 2 Exsudato fibrinoso Grau 3 Necrose segmentar Grau 4A Abscesso Grau 4B Peritonite regional Grau 4C Necrose da base do apêndice Grau 5 Peritonite difusa Tabela 3. Classificação da apendicite aguda em graus, de acordo com os achados inflamatórios. Fonte: https:// doi.org/10.1590/S0100-69912006000500006 Outras classificações muito usadas são as que definem apendicite como edematosa, supurativa, gangrenosa ou perfurativa, dependendo do esta- do do apêndice no início da cirurgia. 7. TRATAMENTO A maioria dos pacientes com apen- dicite aguda é tratada por remoção cirúrgica imediata do apêndice. Um breve período de reposição com solu- ção cristaloide geralmente é suficien- te para assegurar a indução segura da anestesia geral. Antibióticos pré-ope- ratórios cobrem a flora colônica aeró- bica e anaeróbica. Para pacientes com apendicite não perfurada, uma dose única pré-operatória de antibióticos reduz as infecções pós-operatórias da ferida e a formação de abscesso intra-abdominal. Os antibióticos orais pós-operatórios não reduzem adicio- nalmente a incidência de complica- ções infecciosas nesses pacientes. Para portadores de apendicites per- furadas ou gangrenosas, continua- mos com antibióticos intravenosos no período pós-operatório até o paciente estar afebril. Para pacientes nos quais o diagnóstico continua duvidoso após a avaliação pré-operatória, a laparos- copia diagnóstica é útil porque permi- te que o cirurgião examine o restante do abdome, inclusive a pelve, à pro- cura de anormalidades. 23APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) SE LIGA! VIDEOLAPAROSCOPIA vs CIRURGIA ABERTA Vários estudos randomizados prospec- tivos têm comparado a apendicectomia laparoscópica e a aberta, e as diferen- ças globais nos resultados ainda são pequenas. A porcentagem de apendi- cectomias realizadas por laparoscopia continua a crescer. Pacientes obesos têm menos dor e hospitalizações mais curtas após apendicectomia laparos- cópica versus aberta. Pacientes com apendicite perfurada têm taxas menores de infecções da ferida após a remoção laparoscópica do apêndice. Pacientes tratados por laparoscopia têm resulta- dos de melhor qualidade de vida duas semanas após a cirurgia e taxas mais baixas de readmissão. Em comparação com a apendicectomia aberta, a aborda- gem laparoscópica envolve custos mais elevados de sala de cirurgia, mas estes têm sido contrabalançados em algumas séries pela menor duração da estadia hospitalar. Contudo, ação potencialmen- te mais limitada e maior dificuldade por perda de sensação tátil na cirurgia são pontos negativos da laparoscopia. Nas cirurgias abertas, é empregada a incisão transversa do quadrante in- ferior direito (no ponto de McBurney), chamada de Davis-Rockey, ou incisão oblíqua, chamada de McArthur-Ro- ckey. Após a abertura do peritônio, o apêndice inflamado é identificado por sua consistência firme e procedesse a sua liberação. Atenção particular é dada à manipulação cuidadosa dos tecidos inflamados para minimizar o risco de ruptura durante o procedi- mento. Nos casos difíceis, o aumen- to da incisão e o desbridamento das aderências seguindo a trajetória da tênia colônica em direção ao ceco facilitará a localização e liberação do apêndice em geral. O mesoapêndice é ligado e seccionado entre pinças. A base do apêndice é esqueletizada em sua junção com o ceco. Um fio absor- vível é colocado em torno da base do apêndice, e o mesmo é clampeado, seccionado e ressecado. Faz-se, en- tão, uma sutura em bolsa de tabaco com fio absorvível ou uma sutura em Z em torno da parede cecal e o coto apendicular é sepultado no fundo do ceco. A ligadura simples e o sepulta- mento provavelmente têm resultados equivalentes. Se a base do apêndi- ce e o ceco adjacente estiverem ex- tensamente solidificados, realiza-se uma ressecção ileocecal. A incisão cirúrgica é fechada primariamente na maioria dos casos porque a taxa de infecção da ferida operatória é inferior a 5%. 24APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 18. Descrição – A: localização das possíveis incisões para uma apendicectomia aber- ta. B: abertura por planos. C, D e E: ligação da base e divisão do apêndice. F: colocação de sutu- ra em bolsa ou ponto Z. G: Inversão do coto apendicular. Fonte: https://www.uptodate.com/contents/ image?imageKey=SURG%2F53185&topicKey=SURG%2F1383&search=apendicite&source=outline_link&sp=0 25APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) A apendicectomia laparoscópica ofe- rece a vantagem da laparoscopia diagnóstica combinada com o po- tencial de recuperação mais rápida e incisões que são menos agressi- vas. Caso uma TC seja realizada no período pré-operatório, ela deve ser avaliada pelo cirurgião para colher informações que podem ajudar na identificação da posição do apêndice em relação ao ceco. Após a injeção do anestésico local, colocamos uma porta de 10 mm no umbigo, seguida de uma porta de 5 mm na região su- prapúbica na linha média e uma porta de 5 mm a meio caminho do trajeto entre as duas primeiras portas e à esquerda do músculo reto do abdo- me. O laparoscópio de 5 mm e óptica de 30 graus é orientado para a porta central com o cirurgião e o assistente à esquerda do paciente. Com o pa- ciente na posição de Trendelenburg e inclinado para o lado esquerdo, inves- tigando delicadamente o íleo termi- nal medialmente e seguindo a tênia do ceco caudalmente para localizar o apêndice, que é, então, pinçado. O mesoapêndice é seccionado usan- do-se um bisturi harmônico de 5 mm ou Liga-Sure, ou entre clipes, depen- dendo da espessura desse tecido. Em geral envolvemos o apêndice com um ou dois Endoloops absorvíveis colo- cados na base do apêndice, e, então, colocamos um terceiro Endoloop (≈ 1 cm distalmente) e seccionamos o apêndice. Nos casos em que a base está endurada e friável, usamos um grampeador endoscópico de 30 mm para seccionar o apêndice. Na maio- ria dos casos, entretanto, o custo adi- cional considerável do grampeador é injustificado. Qualquer líquido extra- vasado é prontamente aspirado e, da mesma forma, qualquer apendicolito identificado é removido para evitar formação de abscesso pósoperatório. O apêndice é colocado em uma bolsa e removido pela porta da cicatriz um- bilical. A fáscia a 10 mm do local do trocarte é suturada, e todas as feridas são fechadas primariamente. Aos pa- cientes, prescreve-se uma dieta sem restrições e medicamento oral após a intervençãocirúrgica. A maioria dos pacientes com apendicite não per- furada recebe alta 24 horas após o procedimento. 26APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Figura 19. Descrição A, Superior esquerda, localização das portas locais para apendicectomia laparoscópi- ca. B, dissecção do mesoapêndice, que circunda o apêndice. C, Colocação de um Endoloop absorvível que cir- cunda a base do apêndice. D, Divisão do apêndice por Endoloops. E, Colocação do apêndice em uma bolsa de amostra antes da remoção do apêndice pela porta umbilical. Fonte: https://www.uptodate.com/contents/ image?imageKey=SURG%2F78264&topicKey=SURG%2F1383&search=apendicite&source=outline_link&sp=0 27APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) Em casos de perfuração livre associa- do a peritonite difusa, a incisão reco- mendada é a laparotomia. Durante a cirurgia a conduta é a lavagem inten- sa da cavidade somada à antibiotico- terapia sistêmica. Pacientes que se apresentam à sala de emergência de forma tardia provavelmente já pos- suirão perfuração e abscesso. Nesse caso, a conduta é internação hospi- talar e realização de US ou TC para confirmação da suspeita. Após o início da antiobioticoterapia sistêmica, caso os abscessos forem menores que 4cm a conduta é apenas antibioticoterapia, com reavaliações. Se forem maiores do que 4 a 6cm ou o paciente esteja com febre, utiliza-se de método de imagem para drenar o abscesso. O tratamento com antimi- crobianos deve ser mantido por uma a duas semanas. Pelo fato da recorrên- cia de apendicite aguda ser de 15% a 25% nesses casos, é recomendado realizar videolaparoscopia eletiva seis a oito semanas após o quadro inicial. Assim, em caso de abscessos o trata- mento segue a sigla CADE: C onduta não operatória A ntibioticoterapia D renagem percutanea E stabilização 28APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) ABCESSO APENDICULAR Exame físico + TC ou ultrassom Abcesso > 4-6cm Fleimão -+ abscesso pequeno Febre/ sepse AfebrilAntibióticos + drenagem Criança Adultos Melhora Nenhuma melhora Melhora Dieta regular + ATB orais + alta Operar Dieta regular + ATB orais + alta Apendicectomia após intervalo Colonoscopia 2-4 semanas Nenhuma neoplasia Neoplasia Considerar apendi- cectomia com intervalo Estadiamento/ colectomia TRATAMENTO DE ABCESSO NA APENDICITE AGUDA 29APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) APENDICITE AGUDA Clínica Inicialmente dor periumbilical Migração da dor para quadrante inferior direito Náuseas Vômitos Anorexia Febre Sinal de Blumberg Sinal de Rovsing Sinal do Psoas Sinal do obturador Causa Exame de imagemHemograma Exame de urina Tratamento Anamnese + exame físico Obstrução da luz apendicular Clínico CirúrgicoHematúria RM para grávidasLíquido livre Apêndice ≥7mm de diâmetro TC de abdomeUSG de abdomeLeucocitoseFecalito Cálculo Hiperplasia linfoide Tumores Processos infecciosos Desvio para esquerda Sinal da ponta de seta Ausência de bacteriúria Hidratação Apendicectomia Antibiótico Aberta Correção de distúrbio hidroeletrolítico Via laparoscópica Diagnóstico Diagnóstico MAPA MENTAL APENDICITE AGUDA 30APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SABISTON JR, DAVID C., and R. DANIEL BEAUCHAMP. Sabiston-Tratado de Cirurgia, 2v. Elsevier Brasil, 2005. Gomes, Carlos Augusto, and Tarcizo Afonso Nunes. “Classificação laparoscópica da apen- dicite aguda: correlação entre graus da doença e as variáveis perioperatórias.” Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões 33.5 (2006): 289-293. Borges, Paulo Sérgio Gomes Nogueira, Marilia de Carvalho Lima, and Gilliatt Hanois Falbo Neto. “Validação do escore de Alvarado no diagnóstico de apendicite aguda em crianças e adolescentes no Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP.” Revista Brasileira de Saú- de Materno Infantil 3.4 (2003): 439-445. Montandon Júnior, Marcelo Eustáquio, et al. «Apendicite aguda: achados na tomografia com- putadorizada-ensaio iconográfico.» Radiologia Brasileira 40.3 (2007): 193-199. Zorzetto, Arquimedes Artur, et al. “O uso da ultra-sonografia no diagnóstico e evolução da apendicite aguda.” Radiologia Brasileira 36.2 (2003): 71-75. 31APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL)
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