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Comunicação e Semiótica Semiótica “As linguagens estão no mundo e nós estamos na linguagem, A Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido.” Comunicação e Semiótica Comunicação e Semiótica Comunicação e Semiótica Comunicação e Semiótica Comunicação e Semiótica Comunicação e Semiótica “De um ponto de vista substantivo, o princípio axiomático estaria na consideração dos fatos da vida como fenômenos comunicacionais. Em uma grande diversidade de organismos, a comunicação aparece comprovadamente – de modo que a hipótese de que não existe ser vivo que de algum modo não emita ou receba mensagens nada tem de absurdo. Tão presente na natureza é a comunicação, que poderia ser inclusive considerada uma das propriedades fundamentais da vida..” “Cada espécie habita um universo informacional que lhe é próprio. E este é o que lhe convém.” José Carlos Rodrigues Comunicação e Semiótica Formigas, capazes de assinalar às suas congêneres o local exato onde encontraram alimentos, valendo-se para isto de uma substância química que segregam no percurso de retorno ao formigueiro, cujo odor pode ser seguido pelas outras como se fosse um rastro Aranhas estão habilitadas a perceber a presença de animais e objetos que porventura toquem um fio das teias que arma Morcegos, que podem perceber objetos pelo ouvido, e deles se desviar em vôos velocíssimos Alguns peixes que emitem débeis impulsos elétricos continuamente, criando ao redor de si um campo, do qual a mínima perturbação é imediatamente percebida, como acontece quando é invadido por uma presa, cujo corpo conduz a eletricidade melhor do que a água em que vive José Carlos Rodrigues SINAIS Comunicação e Semiótica O que difere a Comunicação Humana? Comunicação e Semiótica SINAIS Organicamente Programados Geneticamente Transmitido Existe no individuo antes que no grupo É essencialmente intransformável SÍMBOLOS Socialmente Programados Socialmente Transmitido Existe no grupo antes que no indivíduo É essencialmente transformável RODRIGUES Comunicação e Semiótica “É no homem e pelo homem que se opera o processo de alteração dos sinais (qualquer estímulo emitido pelos objetos do mundo) em signos ou linguagens {produtos da consciência).” “Portanto, os dois ingredientes fundamentais da vida são: energia (que torna possíveis os processos dinâmicos) e informação (que comanda, controla, coordena, reproduz e, eventualmente, modifica e adapta o uso da energia). Sem a linguagem seria impossível a vida, pelo menos como a conceituamos agora: algo que se reproduz, que tem um comportamento esperado e certas propensões.” SANTAELLA Comunicação e Semiótica “O método de Sherlock Holmes, o célebre detective dos livros de Sir Arthur Conan Doyle, mostra-nos como tudo pode ser um sinal. As coisas mais díspares, e à vista desarmada mais inverosímeis, podem constituir excelentes pistas para chegar ao criminoso. O que Sherlock Holmes faz é estabelecer relações entre coisas que, à primeira vista, nada têm a ver umas com as outras. Ora no momento em que se estabelece uma relação entre A e B, A deixa de ser um objecto isolado para devir um sinal de B.” Antonio Fidalgo Homens criam símbolos através dos sinais... Comunicação e Semiótica Tanto o termo semiótica quanto o termo semiologia têm as raízes de suas constituintes iniciais e principiais nas palavras gregas semeîon, ‘signo’, e sema, ‘sinal’, ‘signo’. Comunicação e Semiótica A reflexão sobre os signos e o processo de significação são tão antigos quanto a história da humanidade.... Comunicação e Semiótica Cláudio Galeno, médico em Pérgamo, Grécia no ano 129... “Galeno diz que encerra duas vertentes, o diagnóstico dos fenómenos presentes e o prognóstico dos fenómenos futuros; e isto fá-lo a semiótica, arte totalmente empírica, recorrendo à observação e à memória. Signos para o médico são todos os sintomas de doença, que Galeno define como algo contra a natureza.” FIDALGO Comunicação e Semiótica A reflexão sobre os signos e o processo de significação são tão antigos quanto a história da humanidade.... Comunicação e Semiótica NA IDADE MÉDIA... “No diálogo De Magistro começa por estabelecer o estatuto do signo: as palavras são sinais das coisas; nem todos os sinais são palavras; e não podem ser sinais coisas que nada significam. O problema, aqui em disputa, é gnosiológico: podem as realidades ensinar-se por meio de sinais? Agostinho conclui que não.” Diferencia Signos naturais de convencionais “Naturais são os que involuntariamente significam, assim como o fumo é sinal de fogo, a pegada sinal do lobo; convencionais os que foram instituídos pelo homem com o fim preciso de representar, e destes, os mais importantes são as palavras” FIDALGO Santo Agostinho (354-430) Comunicação e Semiótica NA IDADE MÉDIA... “A Roger Bacon (1214-1293) atribui-se o primeiro tratado especificamente dedicado aos signos, De Signis, onde elabora uma classificação de todos os tipos de signo, e aparece pela primeira vez a significação considerada no seu carácter extensional, dirigida a res extra animam” FIDALGO Roger Bacon (1214-1293) Comunicação e Semiótica NA IDADE MÉDIA... “Pedro Hispano (1220-1277, Papa João XXI) lógico e médico de renome, ficou famoso com as Summulae Logicales, onde considera as diferentes classes de signos, a significação e a suppositio.” “Signo verbal é aí definido como “vox significativa ad placitum”, a qual “ad voluntatem instituentis aliquid representat”, distinguindo-se assim da “vox non- significativa que auditui nihil representat, ut buba”, e ainda dos signos naturais, como os gemidos ou o ladrar de um cão. As unidades significativas podem depois ser simples (nomes e verbos) ou compostas (oração e proposição). O significado é a representação de uma coisa por meio de um som vocal convencional; de forma que o signo verbal resulta formado por um som vocal significante, e uma representação ou significado.” FIDALGO Pedro Hispano (1220-1277, Papa João XXI) Comunicação e Semiótica NA IDADE MÉDIA... Em Tratado dos Signos, João de São Tomás classifica os signos do ponto de vista em que estes se relacionam ao referente. Desta perspectiva, dividem-se os signos em naturais, convencionais e consuetudinários. O signo natural é o que pela sua própria natureza significa alguma coisa distinta de si, e isto independentemente de qualquer imposição humana, razão pela qual significa o mesmo junto de todos os homens. O signo convencional é o que significa por imposição e convenção humana, e assim não representa o mesmo junto de todos os homens, mas só significa para os que estão cientes da convenção. O signo consuetudinário é o que representa em virtude de um costume muitasvezes repetido, mas que não foi objecto de uma imposição pública explícita. João de São Tomás, nascido em Lisboa em 1589 Comunicação e Semiótica NA SÉC XVII e XVIII – Racionalismo, Empirismo e Iluminismo Comunicação e Semiótica NA SÉC XVII e XVIII – Racionalismo, Empirismo e Iluminismo Empirismo Americano – Jonh Locke “O tema da Semiótica, para Locke, serão os sinais de que o homem faz uso para compreender as coisas ou comunicá-lo. É manifesto que o intelecto não conhece nem opera com as coisas elas próprias, mas somente com a sua representação que ocorre por meio de sinais” Separa ideias e palavras Jonh Locke 1632-1704 Comunicação e Semiótica NA SÉC XVII e XVIII – Racionalismo, Empirismo e Iluminismo Comunicação e Semiótica NA SÉC XVII e XVIII – Racionalismo, Empirismo e Iluminismo Iluminismo Alemão “Distingue Condillac três tipos de signos: acidentais, isto é, objectos que circunstâncias aleatórias ligaram às ideias do homem, passando a servir como signos daquelas; naturais, caso das expressõesonomatopaicas de alegria ou dor; e de instituição, ou convencionais, signos escolhidos pelo homem que têm uma ligação arbitrária às ideias que representam.” FIDALGO Étienne de Condillac (1715-1780), Comunicação e Semiótica NA SÉC XVII e XVIII – Racionalismo, Empirismo e Iluminismo Iluminismo Alemão .O signo convencional, que permite evocar a ideia de coisas não presentes, é responsável pela existência de memória no homem; este utiliza-os na atividade de pensar, e sem eles seria “como os animais” pois se nos fosse dado ver um homem que não fizesse uso de qualquer tipo de signo “vous aurez en lui un imbécile” FIDALGO Étienne de Condillac (1715-1780), Comunicação e Semiótica NA SÉC XVII e XVIII – Racionalismo, Empirismo e Iluminismo Iluminismo Alemão ... “assim que um homem começa a associar as ideias a signos que ele próprio escolheu, vemos formar-se nele a memória. Adquirida esta, começa a dispor por ele mesmo da sua imaginação e a dar-lhe novas ocupações. Pois com o concurso dos signos pode recordar-se a seu bel-prazer, despertando as ideias que lhe estão ligadas (...) Eassim começa a esboçar-se a superioridade das nossas almas sobre as dos animais” CONDILLAC APUD FIDALGO Étienne de Condillac (1715-1780), Comunicação e Semiótica NA SÉC XVII e XVIII – Racionalismo, Empirismo e Iluminismo SEMIÓTICA X SEMIOLOGIA Desde o Renascimento até o século XIX, a linguagem escrita reinou absoluta.... Inclusive categorizando as pessoas... SEMIÓTICA X SEMIOLOGIA Linguagem Língua SEMIÓTICA X SEMIOLOGIA Seminários Comunicação e Cultura...
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