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DEFINIÇÃO
Responsabilidade Social. Organizações. Responsabilidade Social Corporativa.
Desenvolvimento sustentável.
PROPÓSITO
Apresentar o crescente debate sobre a Responsabilidade Social nas organizações,
bem como sua relação com o desenvolvimento sustentável.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a evolução da Responsabilidade Social Empresarial no contexto do
desenvolvimento sustentável
MÓDULO 2
Reconhecer a importância da Responsabilidade Social Corporativa no futuro das
organizações
INTRODUÇÃO
A Responsabilidade Social Empresarial é uma pauta que vem sendo cada vez mais
debatida. Diferentes visões e transformações sociais, como a maior preocupação com
questões ambientais e sociais, fizeram com que a pauta se expandisse, abrigasse
novos tópicos e se consolidasse.
Junto à Responsabilidade Social Empresarial, há todo o debate sobre o
desenvolvimento sustentável. Dessa forma, apresentaremos a estreita relação entre
esses conceitos ao longo do primeiro módulo.
Em um segundo momento, traremos para o centro de nosso debate a Responsabilidade
Social Corporativa, tendo em vista o futuro das organizações. Ressaltaremos os
diferentes aspectos desse conceito e de que maneira ele pode afetar as práticas das
organizações, de modo a garantir um desenvolvimento sustentável e responsável.
MÓDULO 1
 Descrever a evolução da Responsabilidade Social Empresarial junto ao 
debate sobre o desenvolvimento sustentável
EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE
SOCIAL EMPRESARIAL
Nas últimas décadas, o desenvolvimento sustentável vem sendo bastante debatido.
Entre as pautas em evidência nesta temática, destacamos a importância de uma
atuação responsável por parte das empresas, que exercem um papel de influência na
sociedade e são decisivas para que tenhamos comunidades mais sustentáveis.
A fim de discutir sobre a relevância da Responsabilidade Social nas organizações,
precisamos entender esse conceito. Para isso, começaremos o estudo a partir da
evolução deste debate ao longo das décadas.
 
Fonte: Pixabay
A discussão sobre Responsabilidade Social das empresas – também chamada de
Responsabilidade Social Corporativa – vem ganhando relevância junto à discussão
sobre desenvolvimento sustentável, o qual também será abordado neste módulo.
DIFERENTES VISÕES SOBRE
RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMPRESARIAL
Do início até meados do século XX, a Responsabilidade Social Empresarial (RSE)
estava associada apenas à obrigação de produzir bens e serviços, gerar lucros, criar
empregos e fornecer segurança no ambiente de trabalho. Neste período, a literatura
relatava certa preocupação com a ética pessoal na condução dos negócios, focando
nos dilemas morais dos executivos.
Desse modo, tratava-se de promover a aplicação dos princípios éticos tradicionais nas
empresas, tais como confiança, honestidade, integridade e senso de justiça.
Percebemos, então, que a responsabilidade ética tinha como foco o indivíduo – neste
caso, os gestores das empresas –, e não a empresa como um todo (KREITLON, 2004).
BOWEN (1953) FOI O PRIMEIRO A TENTAR
TEORIZAR A RELAÇÃO ENTRE
CORPORAÇÕES E SOCIEDADE. O
PESQUISADOR NORTE-AMERICANO
CONSIDERAVA AS EMPRESAS COMO
IMPORTANTES CENTROS DE PODER E DE
INFLUÊNCIA SOBRE O MEIO EM QUE
ESTIVESSEM INSERIDAS. CABERIA AOS
DENOMINADOS “HOMENS DE NEGÓCIO”
ASSUMIR POSTURAS ÉTICAS
CONDIZENTES COM OS VALORES MORAIS
E AS EXPECTATIVAS DA SOCIEDADE.
Embora Bowen (1953) tenha tratado o tema de forma singular, ele faz referências ao
“homem de negócios”, assim como a literatura dos anos 1950 sobre Responsabilidade
Social Corporativa de modo geral. Nas décadas seguintes, a RSC passa a ser
conferida às empresas, a partir da transição da racionalidade do indivíduo para a
racionalidade da organização (CARMO, 2015).
A partir da década de 1970, surgiram novos estudos relativos à Responsabilidade
Social Empresarial.
A discussão da época se dividia em duas principais correntes que serão explicadas ao
longo do conteúdo:
Defendia a primazia dos interesses dos acionistas como objetivo final das
organizações. 
 
Considerava que as empresas deveriam identificar e incorporar as expectativas e
necessidades de todos os grupos de interesse das organizações.
Assista ao vídeo e entenda a visão geral e histórica sobre a evolução do pensamento de
stockholders e stakeholders.
Vejamos, a seguir, os esquemas de representação da Responsabilidade Social
Empresarial, de acordo com as duas visões apresentadas:
 
A autora
Visão dos stockholders
Neste esquema, a empresa está vinculada aos stockholders (sócios e acionistas), e
deve priorizá-los, mantendo a busca por maximização dos retornos financeiros.
javascript:void(0)
 
Fonte: FREEMAN, 2000.
Visão dos stakeholders
á neste esquema, apresenta-se a RSE pela visão dos stakeholders. Assim, a empresa
está ligada aos stockholders, mas também a outros atores da sociedade em que está
inserida, como gestores, credores, fornecedores, funcionários, clientes, comunidade
local e governo. Nessa visão, a ideia básica da RSC é que empresas e sociedade são
entidades interligadas, e não distintas.
Podemos ilustrar algumas das relações apresentadas:
 
Fonte: Tumisu/pixabay
javascript:void(0)
FUNCIONÁRIOS
Têm seus empregos e esperam salários e benefícios em troca de seu trabalho. Os
fornecedores ofertam o suprimento de matérias-primas, contribuindo para a
determinação da qualidade e do preço final dos produtos.
 
Fonte: RonaldCandonga/pixabay
ORGANIZAÇÃO
É cliente de seu fornecedor e também seu stakeholder. 
 
 
 
Fonte: Preis_King/pixabay
CONSUMIDORES
Trocam recursos com a organização, recebendo produtos ou serviços e fornecendo
recurso monetário. 
 
 
 
Fonte: 889520/pixabay
COMUNIDADE LOCAL
Garante à organização o direito de construir instalações em troca de taxas e
contribuições, e a organização deve atentar-se para atenuar ou não gerar
externalidades negativas (MACHADO FILHO, 2006). 
 
EXTERNALIDADES
Conceito econômico que trata de custos ou benefícios que a atividade de um
agente econômico (como consumidor ou firma) imputa a um terceiro
involuntariamente. O exemplo comum é o custo que um fumante imputa a um não
javascript:void(0)
fumante quando estão em um mesmo ambiente (comunidade), como poluição
sonora e do ar.
Conclui-se, então, que a corrente da visão dos stakeholders se baseia na ideia de que
o saldo final da atividade de determinada organização empresarial deve levar em
consideração os retornos que otimizam os resultados de todos os stakeholders
envolvidos, e não apenas os resultados dos acionistas.
Jensen (2000) propôs um novo foco baseado na convergência das visões de
stockholders e stakeholders, sendo denominado enlightened stakeholder theory.
Neste, as empresas devem ter objetivos claros de criação de valor – parâmetro básico
que deve guiar as ações dos gestores. Dessa maneira, o objetivo clássico final da
empresa de obter lucros continua vigente.
Contudo, para atender a esse propósito, a empresa leva cada vez mais em
consideração a preocupação com o conjunto de stakeholders. Assim, essa contribuição
teórica traz pontos de convergência das correntes anteriormente expostas (MACHADO
FILHO, 2006).
RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMPRESARIAL E BUSCA PELO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Junto ao avanço do debate sobre a Responsabilidade Social Empresarial, a
problemática ambiental também ganhava força e foi tema de conferências
internacionais.
Entre estas, destacamos a Conferência de Estocolmo de 1972, que estabeleceu uma
declaração, assegurando que o desenvolvimento fosse compatível com a necessidade
de proteger e melhorando o meio ambiente para benefício da população. Assim, uma
de suas principais contribuições foi reconhecer a dimensão ambiental como uma das
condicionantes do crescimento econômico.
 COMENTÁRIO
Eventos como a Conferência de Estocolmo aproximaram o conteúdo da
Responsabilidade Social Empresarial das questões ambientais, razão pela qual as
abordagens atuais sobre RSE trazem aquestão ambiental como um dos temas tratados
na gestão organizacional. Afinal, foram evidenciados aspectos prejudiciais da atividade
empresarial sobre a qualidade do ambiente, tanto no contexto interno quanto externo à
organização.
Desse modo, intensificou-se a pressão social para que as empresas não
permanecessem mais inertes aos problemas socioambientais provocados por suas
atividades e respondessem aos que se sentissem prejudicados (CARMO, 2015).
 
Fonte: umutavci/pixabay
Para que possamos compreender o papel da Responsabilidade Social Corporativa na
busca pelo desenvolvimento sustentável, vejamos como este último pode ser definido.
Entre muitas definições, é comumente utilizado o conceito de desenvolvimento
sustentável apresentado no Relatório Brundtland.
Em 1983, em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), foi
estabelecida uma comissão especial que disponibilizaria um relatório sobre o meio
ambiente e a problemática global para o ano 2000 e anos posteriores, incluindo
estratégias propostas para o desenvolvimento sustentável.
Essa comissão foi nomeada como Comissão Mundial para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CMMAD) e dela resultou o documento intitulado Nosso Futuro
Comum (1987), conhecido como Relatório Brundtland – visto que a CMMAD era
presidida por Gro Harlem Brundtland.
GRO HARLEM BRUNDTLAND
Primeira-ministra da Noruega na época, junto a Mansour Khalid, então ministro
das Relações Exteriores do Sudão.
Esse relatório apresentou uma das definições mais difundidas sobre desenvolvimento
sustentável:
“[...] O DESENVOLVIMENTO QUE SATISFAZ AS
NECESSIDADES PRESENTES, SEM
COMPROMETER A CAPACIDADE DAS
GERAÇÕES FUTURAS DE SUPRIR SUAS
PRÓPRIAS NECESSIDADES.”
(BRUNDTLAND, 1987)
javascript:void(0)
São destacados ainda três componentes fundamentais para o desenvolvimento
sustentável:
Proteção ambiental;
Crescimento econômico;
Equidade social.
Esses três componentes podem ser apresentados como as dimensões da
sustentabilidade: econômica, social e ambiental.
Entre as várias definições de Responsabilidade Social Empresarial que hoje buscam se
estabelecer como gerais e consensuais, podemos citar a formulada pelo Banco
Mundial, ao aconselhar governos de países em desenvolvimento sobre o papel das
políticas públicas no estímulo à RSE:
“RSE É O COMPROMISSO EMPRESARIAL DE
CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO SUSTENTÁVEL, TRABALHANDO
EM CONJUNTO COM OS EMPREGADOS, SUAS
FAMÍLIAS, A COMUNIDADE LOCAL E A
SOCIEDADE EM GERAL PARA MELHORAR SUA
QUALIDADE DE VIDA, DE MANEIRA QUE SEJAM
BOAS TANTO PARA AS EMPRESAS QUANTO
PARA O DESENVOLVIMENTO.”
(BANCO MUNDIAL, 2002)
A fim de entendermos o papel das empresas na contribuição para o desenvolvimento
sustentável hoje, vejamos os objetivos estabelecidos recentemente.
Em 2015, os 193 Estados-membros das Nações Unidas concordaram em um plano de
ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem
a paz e a prosperidade. O plano ficou conhecido como a Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável, a qual contém o conjunto de 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas como desdobramentos desses
objetivos.
Os ODS reconhecem que os países ao redor do mundo enfrentam desafios universais
que exigem investimento e colaboração de governos, cidadãos e empresas. Nenhum
indivíduo, nenhuma organização e nenhum país é capaz de atingir os ODS agindo
isoladamente. Por isso, é preciso uma forte colaboração nesse sentido.
Assim, a conduta social das empresas deve levar em consideração tais objetivos. São
eles:
 
Fonte: itamaraty.gov.br
Governos, empresas privadas e sociedade civil devem contribuir conjuntamente para
que se possa caminhar em direção ao desenvolvimento sustentável. Dessa forma, com
as diferentes esferas da sociedade agindo de maneira integrada, os resultados podem
ser mais significativos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS A EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMPRESARIAL E SUAS DIFERENTES CORRENTES. SOBRE A
VISÃO DOS STAKEHOLDERS, PODEMOS AFIRMAR QUE:
A) Os gestores têm a atribuição ética de respeitar os direitos de todos os agentes
afetados pela empresa e promover seu bem-estar.
B) Os gestores devem preocupar-se exclusivamente com o interesse dos acionistas.
C) Os gestores devem priorizar as questões ambientais na tomada de decisão.
D) Os gestores devem preocupar-se, especialmente, com os funcionários da empresa,
visto que eles têm um papel fundamental para seu bom funcionamento.
2. FRIEDMAN (1970) AFIRMAVA QUE A RESPONSABILIDADE
SOCIAL EMPRESARIAL:
A) Deve levar em consideração o interesse de todos os agentes envolvidos e afetados
pela empresa.
B) Consiste em aumentar os próprios lucros da empresa.
C) Não deveria ser promovida.
D) Ressalta a necessidade de acompanhamento, por parte das empresas, das metas
para o desenvolvimento sustentável.
GABARITO
1. Estudamos a evolução da Responsabilidade Social Empresarial e suas
diferentes correntes. Sobre a visão dos stakeholders, podemos afirmar que:
A alternativa "A " está correta.
 
A corrente baseada na visão dos stakeholders defende que as atividades empresariais
estão inseridas nas sociedades. Portanto, os gestores têm o dever de respeitar e
promover todos os afetados pela empresa, como funcionários, fornecedores, clientes,
consumidores, investidores, comunidades, governos etc.
2. Friedman (1970) afirmava que a Responsabilidade Social Empresarial:
A alternativa "B " está correta.
 
Para Friedman (1970), os gestores deveriam atuar somente com o objetivo de aumentar
os lucros dos acionistas e cotistas da empresa, não se responsabilizando por outros
agentes afetados por ela.
MÓDULO 2
 Reconhecer a importância da Responsabilidade Social Corporativa 
no futuro das organizações
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA E FUTURO DAS
ORGANIZAÇÕES
No módulo anterior, vimos a evolução do conceito de Responsabilidade Social
Empresarial, o qual ganhou importância e entrou nas organizações como forma de
conduzir os negócios.
Hoje, a Responsabilidade Social Corporativa deve ser vista como prática para
gerenciar a empresa como um todo, de maneira integrada a seu processo produtivo e à
gestão, e não como atitude tomada de modo desarticulado. Assim, a empresa passou a
levar em consideração a questão social na sua organização.
 
Fonte: thommas68/pixabay
DIFERENTES ASPECTOS DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA
A estratégia da empresa deve levar em consideração os impactos do negócio em toda
sua rede de relacionamentos, como sócios e acionistas, funcionários, fornecedores,
consumidores, comunidade e governo.
 
Fonte: nattanan23/pixabay
O conceito de Responsabilidade Social seria, então, uma forma de gestão da empresa,
que vai além dos compromissos legais e compulsórios relacionados à legislação
trabalhista, tributária, ambiental ou social, e da postura de fazer caridade ou filantropia.
Esse conceito estaria dentro de sua estratégia de sustentabilidade de longo prazo, que
permitiria obter lucros.
Além disso, a empresa deveria dar devido tratamento às consequências de sua
atividade, destinando parte da riqueza adicional produzida ao desenvolvimento de
comunidades vinculadas, direta ou indiretamente, a seus objetivos de negócio (QUILICI,
2006). Ainda que demande recursos, a prática da Responsabilidade Social Corporativa
não deve ser vista como um custo adicional, pois também é uma forma de obter
ganhos concretos.
GANHOS CONCRETOS
Como exemplos desses ganhos, podemos citar:
Criação de um bom clima organizacional;
Estímulos internos para inovações nos processos produtivos;
javascript:void(0)
Melhoria da visão por parte da comunidade em que a empresa está
inserida.
Muitas vezes, confundimos Responsabilidade Social com “ações sociais” de cunho
filantrópico. Isso distorce a essência do que se espera de uma conduta socialmente
responsável das empresas. 
 
Embora não exista uma definição unânime aceita para o termo ResponsabilidadeSocial Corporativa, de acordo com o Business for Social Responsibility (BSR), a
expressão se refere às decisões de negócios tomadas com base em valores éticos que
incorporem as dimensões legais, o respeito pelas pessoas, pelas comunidades e pelo
meio ambiente.
BUSINESS FOR SOCIAL
RESPONSIBILITY (BSR)
Entidade sem fins lucrativos na área de Responsabilidade Social e
sustentabilidade.
O BSR sustenta que o conceito de empresa socialmente responsável se aplicará
àquelas que atuem no ambiente de negócios, de forma que atinjam ou excedam as
expectativas éticas, leais e comerciais do ambiente social no qual estão inseridas
(MACHADO FILHO, 2006).
Carroll (1979) propõe uma abordagem na qual a Responsabilidade Social seria
subdividida em quatro dimensões. São elas:
javascript:void(0)
 
Fonte: geralt/pixabay
RESPONSABILIDADE ECONÔMICA
Envolve as obrigações da empresa em ser produtiva e rentável. Antes de tudo, a
organização é a unidade econômica básica de nossa sociedade. Assim, a
Responsabilidade Social da empresa é econômica por natureza.
 
Fonte: 7515461/pixabay
RESPONSABILIDADE LEGAL
Corresponde às expectativas, por parte da sociedade, de que as empresas cumpram
suas obrigações de acordo com o arcabouço legal existente naquela localidade. 
 
 
Fonte: geralt/pixabay
RESPONSABILIDADE ÉTICA
Refere-se às empresas que, dentro do contexto em que se inserem, tenham um
comportamento apropriado de acordo com as expectativas existentes entre os agentes
da sociedade. 
 
 
Fonte: geralt/pixabay
RESPONSABILIDADE DISCRICIONÁRIA OU
FILANTRÓPICA
Reflete o desejo comum de que as empresas estejam ativamente envolvidas na
melhoria do ambiente social. Esta dimensão da Responsabilidade Social atua, portanto,
além das funções básicas tradicionalmente esperadas da atividade empresarial e pode
ser considerada uma extensão da dimensão ética.
Vejamos a pirâmide que apresenta as subdivisões da Responsabilidade Social:
 Dimensões da Responsabilidade Social 
Fonte: CARROLL, 1979.
Apesar de podermos apresentar a responsabilidade em quatro subdivisões, essas
dimensões revelam linhas tênues de segmentação que estão, muitas vezes,
sobrepostas (MACHADO FILHO, 2006).
Quando tratamos da Responsabilidade Social, devemos abordar a Norma ISO 26000,
que determina diretrizes nessa área. Criada em 1º de novembro de 2010, em Genebra,
esta foi a primeira norma internacional de Responsabilidade Social Organizacional.
ISO
javascript:void(0)
Organização Internacional de Normalização, cujo objetivo é criar normas que
promovam boas práticas de gestão nas empresas.
A ISO 26000 É UMA NORMA DE DIRETRIZES
QUE FUNCIONA COMO UM GUIA DE
PROMOÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE
GESTÃO NAS EMPRESAS, SEM O
PROPÓSITO DE CERTIFICAÇÃO. PODE SER
APLICADA A TODOS OS TIPOS E PORTES
DE ORGANIZAÇÕES (PEQUENAS, MÉDIAS E
GRANDES) E DE TODOS OS SETORES
(GOVERNO, ORGANIZAÇÕES NÃO
GOVERNAMENTAIS E EMPRESAS
PRIVADAS).
De acordo com a Norma ISO 26000, a Responsabilidade Social é a responsabilidade
de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no
meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente.
Esse comportamento ético e transparente deve (BRASIL, 2020):
Contribuir para o desenvolvimento sustentável, incluindo a saúde e o bem-estar da
sociedade;
Levar em consideração as expectativas das partes interessadas;
Estar em conformidade com a legislação aplicável;
Ser consistente com as normas internacionais de comportamento;
Estar integrado a toda a organização;
Ser praticado nas relações organizacionais.
A ISO 26000 destaca, ainda, sete princípios da Responsabilidade Social Empresarial
(BRASIL, 2020) que correspondem a conceitos gerais que as empresas devem levar
em conta. São eles:
 
Fonte: Free-Photos/pixabay
ACCOUNTABILITY
Ato de responsabilizar-se pelas consequências de suas ações e decisões,
respondendo por seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente,
prestando contas aos órgãos de governança e às demais partes interessadas, bem
como declarando seus erros e as medidas cabíveis para remediá-los.
 
Fonte: PhotoMIX-Company/pixabay
TRANSPARÊNCIA
Fornecer às partes interessadas, de forma acessível, clara, compreensível e em prazos
adequados, todas as informações sobre os fatos que possam afetá-las.
 
Fonte: geralt/pixabay
COMPORTAMENTO ÉTICO
Agir de modo aceito como correto pela sociedade (com base nos valores da
honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza) e de forma
consistente com as normas internacionais de comportamento.
 
Fonte: succo/pixabay
RESPEITO PELOS INTERESSES DOS
STAKEHOLDERS
Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou dos grupos que são
partícipes nas atividades da organização ou que por ela possam ser afetados.
 
Fonte: qimono/pixabay
RESPEITO PELO ESTADO DE DIREITO
O ponto de partida da Responsabilidade Social é cumprir integralmente as leis do local
onde está operando.
 
Fonte: qimono/pixabay
RESPEITO PELAS NORMAS INTERNACIONAIS
DE COMPORTAMENTO
Adotar prescrições de tratados e acordos internacionais favoráveis à Responsabilidade
Social, mesmo que não haja obrigação legal.
 
Fonte: vait_mcright/pixabay
DIREITOS HUMANOS
Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que
as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente.
A ISO 26000 também determina sete temas centrais para a Responsabilidade Social
nas organizações, que representam aspectos práticos que as empresas devem
buscar implementar ativamente. São eles:
GOVERNANÇA ORGANIZACIONAL
Trata de processos e estruturas de tomada de decisão, delegação de poder e controle.
O tema é algo sobre o qual a organização deve agir e uma forma de incorporar os
princípios e as práticas da Responsabilidade social a sua forma de atuação cotidiana.
DIREITOS HUMANOS
Referem-se à resolução de queixas, combate à discriminação e proteção de grupos
vulneráveis, direito civis e políticos, direitos econômicos, sociais e culturais, princípios e
direitos fundamentais do trabalho.
PRÁTICAS TRABALHISTAS
Referem-se tanto ao emprego direto quanto ao terceirizado e ao trabalho autônomo.
Incluem emprego e relações de trabalho, condições laborais e proteção social, diálogo
social, saúde e segurança no trabalho, desenvolvimento humano e treinamento no local
de trabalho.
MEIO AMBIENTE
Inclui prevenção da poluição, uso sustentável de recursos, mitigação e adaptação às
mudanças climáticas, proteção do meio ambiente e da biodiversidade, e restauração
de habitats naturais.
PRÁTICAS LEAIS DE OPERAÇÃO
Compreendem práticas anticorrupção, envolvimento político responsável, concorrência
leal, promoção da Responsabilidade Social na cadeia de valor e respeito aos direitos
de propriedade.
DIREITOS DOS CONSUMIDORES
Incluem marketing leal, informações não tendenciosas e práticas contratuais justas,
proteção à saúde e à segurança do consumidor, consumo sustentável, atendimento e
suporte ao consumidor, bem como solução de reclamações e controvérsias, proteção e
privacidade dos dados do consumidor, acesso a serviços essenciais e educação, e
conscientização.
ENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA
COMUNIDADE
Refere-se ao envolvimento da comunidade, à educação e à cultura, à geração de
emprego e à capacitação, ao desenvolvimento tecnológico e ao acesso a tecnologias, à
geração de riqueza e renda, à saúde e investimento social.
 ATENÇÃO
As organizações devem tratar de todos os temas centrais apresentados, porém não
necessariamente de todas as questões a eles relacionadas. Cada empresa deve
analisar, junto com seus stakeholders, a relevância das questões e dos subtemas para
sua organização e priorizar suas ações (BRASIL, 2020).
Desse modo, a ISO 26000 é um instrumento importante para promover a RSE em
empresas de todos os portes e segmentos. A fim de gerar incentivos à
Responsabilidade Social Empresarial, a norma trata de diversos temas fundamentais
para a gestão éticae transparente.
REPUTAÇÃO CORPORATIVA E FUTURO
DAS ORGANIZAÇÕES
Ao longo deste estudo, tratamos muito da importância da Responsabilidade Social. Em
um cenário de crescente preocupação com o desenvolvimento sustentável, a reputação
corporativa ganha destaque.
Em síntese, a reputação é o produto de um processo competitivo, no qual a empresa
sinaliza suas características distintas para o público (interno e externo), o que resulta em
javascript:void(0)
seu status moral e socioeconômico.
Com a forte concorrência, em muitas situações, o fator determinante para a
sobrevivência das empresas pode depender do desenvolvimento e da sustentação de
uma reputação favorável.
REPUTAÇÃO CORPORATIVA
Reação afetiva ou emocional (positiva ou negativa) de clientes, investidores,
fornecedores, empregados e do público em geral diante do nome da empresa.
 
Fonte: jorono e Mediamodifier /pixabay
Atualmente, diante da maior facilidade tecnológica e mercadológica de replicação de
práticas e condutas, o fator de diferenciação para obtenção de vantagens competitivas
passa a ser, em grande medida, a percepção do público sobre a reputação da
empresa.
A preocupação dos empresários decorre da crescente exposição das empresas à
opinião pública, pela mídia em geral e pelos veículos de comunicação, que transmitem
informações aos locais mais remotos em tempo real, ajudando tanto a disseminar uma
boa reputação quanto a destruí-la em um curto período. O empresário que
desconsiderar o papel da reputação em um mercado exigente poderá cometer erros
irreparáveis com consequências graves para sua empresa (MACHADO FILHO, 2006).
Diversos autores têm sugerido que o capital social reputacional da firma pode ter
efeito nas vendas, revelando a premissa de que este capital afeta seu valor de mercado
em razão da publicidade. Os consumidores, funcionários e fornecedores tendem a punir
firmas que adotam práticas socialmente irresponsáveis.
CAPITAL SOCIAL REPUTACIONAL
Derivado do conceito de reputação corporativa, é aquela porção do valor de
mercado da empresa que pode ser atribuída à percepção da firma como uma
corporação de boa conduta no mercado.
Em contrapartida, os investidores são mais propensos a confiar seus recursos em
empresas que desfrutem de boa reputação, em função dos menores riscos percebidos
e das maiores oportunidades potenciais de negócios.
O efeito positivo da boa reputação social também pode ser obtido por meio da
confiança dos investidores de que consumidores preferirão comprar bens e serviços de
bons empregadores, refletindo a estimativa do efeito que a reputação da empresa no
mercado de trabalho é capaz de ter nas vendas.
Em outras palavras, é possível que as ações que aprimorem a imagem pública de uma
corporação tragam mudanças positivas e aumentem a demanda por produtos dessa
corporação.
UMA REPUTAÇÃO FAVORÁVEL PODE
REVELAR, AOS CONSUMIDORES, A
javascript:void(0)
QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOS
DA EMPRESA, PERMITINDO QUE TENHAM
PREÇOS DIFERENCIADOS. ALÉM DISSO, A
BOA REPUTAÇÃO ELEVA A AUTOESTIMA
DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA, O QUE
SE PODE TRADUZIR EM MAIOR
PRODUTIVIDADE.
Tais ações sociais então inseridas na visão teórica dos stakeholders de que as
empresas têm responsabilidades sociais com um amplo conjunto de agentes, que
podem se beneficiar de ações sociais promovidas por organizações (MACHADO
FILHO, 2006).
A tabela a seguir mostra um resumo de algumas oportunidades de ganhos e
minimização de riscos de acordo com o stakeholder envolvido, a partir de ações de
Responsabilidade Social:
Stakeholder
envolvido
Oportunidades Minimização de 
riscos
Comunidade Criação de legitimidade Má aceitação e conflitos
Mídia Cobertura favorável Cobertura desfavorável
Ativistas Colaboração/imagem favorável Boicote
Investidores Geração de valor Fuga de investidores
Funcionários Aumento do comprometimento Má conduta
Consumidores Fidelização Má aceitação e boicotes
Agentes reguladores Ação legal favorável Ação legal desfavorável
Stakeholder
envolvido
Oportunidades Minimização de 
riscos
Parceiros comerciais Colaboração Defecção
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Efeitos de ações de Responsabilidade Social na reputação da empresa 
Adaptado de: MACHADO FILHO, 2006.
Assim, observamos que a construção de uma reputação, a partir de uma conduta
socialmente responsável, tem efeitos positivos com diferentes stakeholders, trazendo
benefícios às empresas que adotam esse comportamento.
Como já mencionamos, de acordo com o Relatório Brundtland (1987), o
desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades da sociedade no
presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras em atender a suas
próprias necessidades.
No módulo anterior, apresentamos três componentes fundamentais para o
desenvolvimento sustentável: proteção ambiental, equidade social e crescimento
econômico.
Aqui, também dividiremos a conduta socialmente responsável das empresas em
três faces, de acordo com os três componentes do desenvolvimento sustentável. Essas
faces trazem diferentes benefícios para a empresa, como veremos a seguir.
A primeira face da conduta socialmente responsável trata da gestão corporativa
preocupada com o meio ambiente, na qual é realizado um esforço pelas empresas
para reduzir seus impactos ambientais. Esta preocupação deve estar inserida no
cotidiano da empresa, seja ao evitar desperdícios, economizar energia e recursos
naturais, ou preocupar-se com a poluição gerada.
Do ponto de vista ambiental, legal e até ético, a empresa deve ter consciência e reduzir
sua pegada ecológica no planeta.
 
Fonte: geralt/pixabay
Contudo, devemos atentar, também, aos benefícios que a integridade ambiental da
empresa pode gerar para além da melhoria de sua reputação. Por meio da avaliação
contínua de sua conduta diária, a empresa consegue identificar ineficiências e melhorar
seus processos. Com uma empresa mais eficiente, pode-se gerar economias, seja
gastando menos matéria-prima na produção, seja gerando menos lixo e desperdício.
Logo, uma melhor gestão corporativa do meio ambiente permite que a organização
reduza seus custos, de processos, produtos ou custos fixos organizacionais, que, no
final, representam um aumento na margem de lucro e na erformance organizacional,
garantindo melhor desenvolvimento sustentável corporativo (ZUQUETTO, 2019).
A segunda face da conduta socialmente responsável trata da igualdade social
por meio da Responsabilidade Social Corporativa, que leva em consideração todas
as partes interessadas (stakeholders) nas atividades da organização.
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Fonte: Free-Photos/pixabay
A Responsabilidade Social Corporativa demanda que a empresa abrace a expectativa
das partes interessadas nos níveis econômico, legal, ético e discricionário,
apresentados por Carroll (1979), e envolve três processos (ZUQUETTO, 2019):
AVALIAÇÃO DO AMBIENTE
Permite que a organização identifique questões sociais, econômicas e ambientais e
que responda a elas. Por meio da gestão das partes interessadas, a empresa responde
aos indivíduos dentro e fora da organização.
GESTÃO DAS PARTES INTERESSADAS
Permite que a empresa desenvolva bons relacionamentos, os quais devem contribuir
com o bom desempenho das atividades. Empresas que não compreendem as
demandas dos stakeholders podem perder a oportunidade de desenvolver bons
relacionamentos e prejudicar sua própria imagem por não estarem abertas a dialogar.
GESTÃO DAS QUESTÕES SOCIAIS
Envolve as decisões de, por exemplo, não empregar crianças, não usar trabalho
escravo, não fabricar produtos ilícitos e não se envolver com parceiros sem ética.
A terceira face da conduta socialmente responsável trata da prosperidade
econômica por meio da criação de valor. Empresas criam valor com base nos bens
e serviços que produzem. Uma organização pode aumentar seu valor por meio de
melhorias de eficiência e de qualidade de seus bens e serviços, impactando sua
imagemcom seus clientes e ampliando seus lucros.
 
Fonte: viganhajdari/pixabay
De forma resumida, na gestão corporativa preocupada com o meio ambiente, a
empresa está preocupada com sua pegada ambiental e, com isso, melhora sua
eficiência, obtendo como resultado menores custos, menos gasto e desperdício, e,
consequentemente, maior margem de lucro.
Já na face da equidade social, uma empresa que se preocupa com as demais partes
envolvidas age com ética e compromete as partes interessadas, sejam clientes,
fornecedores, sejam governo, sociedade e funcionários. Além disso, pode promover a
melhoria de seus processos, produtos e serviços, bem como beneficiar sua imagem
com clientes e com a comunidade na qual está inserida.
Por fim, quanto à prosperidade econômica que envolve a criação de valor, uma
empresa deve criar valor para ela e para os outros. Aquela que busca apenas criar valor
para si mesma, e não melhorar, não inovar, não criar valor para o cliente, corre o risco
de se tornar irrelevante no mercado. A empresa deve buscar um equilíbrio e criar valor
para todas as partes interessadas que podem impactar em suas operações atuais e
futuras (ZUQUETTO, 2019)
Neste vídeo, você verá um exemplo de empresa ética em relação à sustentabilidade
social.
PARTES INTERESSADAS
É necessário compreender quem são as partes interessadas, que são
representadas por:
Acionistas – que ganham com o crescimento da empresa
Funcionários – que recebem salários e benefícios
Clientes – que compram e usam os produtos e serviços da empresa
Sociedade – que sofre os impactos positivos e negativos das atividades da
empresa
Governo – que ganha com os impostos gerados pelas atividades diretas e
indiretas da organização
Fornecedores – que são pagos por produtos e serviços oferecidos à
empresa
Outros stakeholders – que podem ser influenciados pelas atividades da
organização
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL É A FINALIDADE DA NORMA ISO 26000 PARA A
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES?
A) Gerar diretrizes sobre o comportamento social das empresas.
B) Obrigar empresas a seguirem suas diretrizes, de modo a garantir a
Responsabilidade Social Empresarial.
C) Gerar incentivos e diretrizes à Responsabilidade Social Empresarial, tratando de
diversos temas fundamentais para a gestão ética e transparente.
D) Gerar incentivos à Responsabilidade Social Empresarial, tratando apenas de temas
ambientais.
2. A CONDUTA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL É DIVIDIDA EM
TRÊS FACES QUE ESTÃO RELACIONADAS AOS COMPONENTES
FUNDAMENTAIS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. SÃO
ELAS: 
 
I. GESTÃO CORPORATIVA PREOCUPADA COM O MEIO
AMBIENTE; 
II. EQUIDADE SOCIAL; 
III. PROSPERIDADE ECONÔMICA POR MEIO DA CRIAÇÃO DE
VALOR. 
 
COM QUAIS ASPECTOS DESSES COMPONENTES ESTÃO
ASSOCIADAS À PRIMEIRA, À SEGUNDA E À TERCEIRA FACES,
RESPECTIVAMENTE?
A) I - Redução da poluição, II - Respeito, III - Criação de valor para a empresa.
B) I - Reflorestamento, II - Ética, III - Criação de valor para todas as partes.
C) I - Pegada ambiental, II - Ética, III - Criação de valor para os outros
D) I - Pegada ambiental, II - Ética, III - Criação de valor para todas as partes.
GABARITO
1. Qual é a finalidade da Norma ISO 26000 para a Responsabilidade Social nas
organizações?
A alternativa "C " está correta.
 
A Norma ISO 26000 visa à criação de incentivos para que as empresas tenham como
base ações que respeitem a Responsabilidade Social. A criação da norma permite
avaliar diretrizes que norteiam esse processo e criam indicadores para que as
empresas possam progredir para uma maior responsabilidade.
2. A conduta socialmente responsável é dividida em três faces que estão
relacionadas aos componentes fundamentais do desenvolvimento sustentável.
São elas: 
 
I. Gestão corporativa preocupada com o meio ambiente; 
II. Equidade social; 
III. Prosperidade econômica por meio da criação de valor. 
 
Com quais aspectos desses componentes estão associadas à primeira, à
segunda e à terceira faces, respectivamente?
A alternativa "D " está correta.
 
Os três pilares fundamentais da conduta socialmente responsável associada ao
desenvolvimento sustentável são: pegada ambiental, ética e criação de valor para todas
as partes. Isso significa que a conduta empresarial esperada deve se preocupar com a
redução de sua pegada ambiental a partir da diminuição de desperdícios e da
implementação de práticas sustentáveis. Além disso, requer um operar ético, de modo a
respeitar todas as partes. Por fim, exige a criação de valores para todos, não apenas
visando ao interesse próprio da empresa.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do conteúdo, abordamos a Responsabilidade Social nas organizações.
No primeiro módulo, apresentamos a evolução desse conceito, assim como as
diferentes visões que contribuíram para formá-lo. Também estabelecemos a estreita
relação entre a Responsabilidade Social Empresarial e a busca pelo desenvolvimento
sustentável.
No segundo módulo, observamos o papel da Responsabilidade Social Corporativa e
como a adoção desta conduta pode beneficiar as próprias empresas. A postura
exercida pelas organizações hoje afetará diretamente seu futuro, uma vez que terá
impactos em seu funcionamento, seus produtos, seus funcionários e sua imagem com
clientes, fornecedores e a comunidade na qual estão inseridas, além de outros
stakeholders que possam ser impactados por elas.
Assim, empresas que exercem a Responsabilidade Social Corporativa estão
contribuindo para a sociedade como um todo, mas também estão trazendo benefícios
para elas mesmas. Dessa maneira, agindo junto aos governos e à sociedade civil, as
empresas podem trazer resultados concretos na busca pelo desenvolvimento
sustentável.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BANCO MUNDIAL. Public sector roles in strengthening Corporate Social
Responsibility: a baseline study. Washington, 2002.
BOWEN, H. Social Responsibilities of the businessman. Nova Iorque: Harper, 1953.
BRASIL. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia ISO 26000 –
Diretrizes em Responsabilidade Social. Brasília: INMETRO, 2020.
BRASIL. Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável. Tradução de Centro de Informação das Nações Unidas
para o Brasil. ONU no Brasil, 2015.
BRUNDTLAND, G. H. Our Common Future. United Nations, 1987.
CARMO, L. Evolução da Responsabilidade Social Empresarial e a introdução ao
caso brasileiro. In: Revista de Administração Geral, v. 1, n. 2, p. 118-137, 2015.
CARROLL, A. B. A three-dimensional conceptual model of corporate social
performance. In: Academy of Management Review, v. 4, p. 497-505, 1979.
FREEMAN, R. E. A stakeholder theory of the modern corporation. In: DIENHART, J.
W. Business, institutions and ethics. Nova Iorque: Oxford University Press, 2000.
FREEMAN, E. The politics of stakeholder theory: some future directions. In:
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FRIEDMAN, M. The Social Responsibility of business is to increase its profits. In:
New York Times Magazine, 1970.
JENSEN, M. Value maximization, stakeholder theory and the corporate objective
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KREITLON, M. P. A ética nas relações entre empresas e sociedade: fundamentos
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM
ADMINISTRAÇÃO, XXVIII., 2004, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: EnANPAD,
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MACHADO FILHO, C. P. Responsabilidade Social e governança: o debate e as
implicações – Responsabilidade Social, instituições, governança e reputação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
QUILICI, R. O papel das empresas no desenvolvimento sustentável: a gestão da
Responsabilidade Social Corporativa por meio de parcerias sociais. 2006. Dissertação
(Mestrado em Administração) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, 2006.
ZUQUETTO, R. Desenvolvimento sustentável corporativoe o futuro das
organizações. Ambra Education, 2019.
EXPLORE+
Ao longo deste estudo, vimos a importância da Responsabilidade Social das empresas
e como esta vem ganhando relevância ao longo dos anos.
Para além da temática, sugerimos que você pesquise na internet e acesse o site do
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social: uma Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público, cuja missão é “mobilizar, sensibilizar e ajudar as
empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as
parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável”.
CONTEUDISTA
Ana Carolina Ramos Cordeiro
 CURRÍCULO LATTES
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