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Imaginação e Rotação Mental
ACADÊMICA: Isis Moreira de Mattos
IMAGINAÇÃO
“ Num filme o que importa não é a realidade,mas o que dela possa extrair a imaginação.” Charles Chaplin
 
Conceitos de Imaginação
É o processo que invoca e usa os sentidos: visão, audição, paladar,sentidos do movimento, posição e tato.
Imaginação é a representação mental de estímulos que não estão fisicamente presentes.
No Popular, a imaginação é encarada como mera fantasia. 
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Tipos de Imaginação
Efetiva;
Construtiva ou Intelectual;
Fantasiosa;
Empatica;
Estratégica;
Emocional;
Sonhos e;
Reconstrução de Memória.
Platão e outros filósofos refletiram sobre a natureza da imaginação visual há mais de 2000 anos.
Os primeiros psicólogos consideravam a imaginação uma parte importante da disciplina, Wundt e seus seguidores analisaram auto-relatos provenientes de introspecção que seus observadores fizeram sobre imaginação.
O behaviorista John Watson opunha-se á pesquisa sobre imaginação mental porque as imagens mentais não poderiam estar ligadas diretamente ao comportamento observável.
Frederick Bartlett manteve o interesse pela imaginação na Grã Bretanha, e Jean Piaget explorou aspectos do desenvolvimentos da imaginação na Europa Continental.
Como era de se esperar as pesquisas sobre imaginação mental são difíceis de serem realizadas, tendo em vista que as imagens mentais não são diretamente observáveis e que se apagam muito depressa.
Muitos teóricos argumentam que as informações sobre imagem mental estão armazenadas em um código analógico chamado representação imagética ou pictórica (que lembra estreitamente objeto físico). De acordo com esses teóricos a imaginação é parente próximo da percepção.
Outros teóricos argumentam que armazenamos imagens em termos de um código proposicional, uma representação abstrata do tipo linguística, o armazenamento não é visual nem espacial, e não lembra o estímulo original. Sendo então um parente próxima da linguagem e não da percepção.
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 A imaginação mental pode representar coisas que jamais haviam sido observadas pelos seus sentidos em algum momento.
 Pense em sua aparência se você tivesse um terceiro olho no centro de sua testa.
 
Função da Imaginação
 A imaginação tem um valor considerável em todas as formas de atividade humana.Sua influencia se faz sentir, imperiosamente, em todas as ações do homem, mesmo naquelas, na aparência, desprovidas de contribuição imaginativa, como o trabalho manual ou as ocupações comerciais e industriais.
Condições Orgânicas e Psíquicas
da Imaginação
O exercício perfeito da imaginação, exige, como condição fisiológica, o equilíbrio orgânico e a integridade funcional do sistema nervoso. Os distúrbios fisiológicos refletem-se na atividade imaginativa, deprimindo-a ou exaltando-a. 
 Condições psicológicas da imaginação 
 Condições intelectuais
 Condições afetivas
 
Estrutura da Imaginação
Os psicólogos costumam distinguir duas formas fundamentais de imaginação: a imaginação reprodutora e a imaginação criadora. 
Patologia da Imaginação
As alterações patológicas da imaginação se traduzem por uma exaltação ou depressão da produção das imagens. A hipertrofia da imaginação se acompanha, às vezes, da mitomania que é a necessidade mórbida de inventar e de mentir. A atividade imaginativa se exalta nos estados histéricos, paranoicos, parafrênicos, toxicomaníacos etc. A imaginação se deprime nos estados de demência, confusão, oligofrênia, etc.
Semiologia da Imaginação
 No curso de palestras à pacientes, muito se pode observar sobre o comportamento da imaginação.
 
 É possível, entretanto, explorá-la utilizando várias provas.
PROVA DE MASSELON
 MATERIAL – Utilizam-se vários grupos de palavras, tais como:
 
Árvore
Campo
Soldado
Pássaro
Água
Pátria
Ninho
Montanha
Farol
Caçador
Vale
Mar
Lebre
Rei
Piloto
 APLICAÇÃO – Cita-se para o paciente um grupo de palavras, pedindo que as combine em uma ou mais orações, narrando, então, uma história sem limite de extensão.
 APURAÇÃO – Os indivíduos de imaginação normal compõe frases simples e concretas; os de imaginação exaltada, frases extensas com várias proposições.
 PROVA DE TOULESSE
 MATERIAL – Consta de três desenhos representando cenas simples, ausentes de conteúdo afetivo, tais como:
1º) um gato próximo a um cão que parece persegui-lo;
 
 
 
 
2º) um recanto deserto de uma estrada;
 
3º) pessoas viajando num barco e próximo uma canoa vazia;
 
 APLICAÇÃO – Pede-se ao paciente que olhe os desenhos e passado um minuto, invente uma história.
 APURAÇÃO – Tem-se em conta o número e a classe de idéias produzidas e seu encadeamento.
 PROVA DE ROSSOLINO
   
 MATERIAL – Consta de oito desenhos esboçados e duas frases incompletas, conforme a figura a seguir:
 APLICAÇÃO – Pede-se ao paciente que diga o que representam os oito desenhos e que palavra ou frase se pode formar enxertando as letras ou palavras que faltam.
         APURAÇÃO – As respostas exatas são: uma parte de um casaco com a manga; uma casa; um rosto; uma cruz; um touro; uma árvore; uma igreja; um homem puxando um carrinho de mão; um rouxinol; as árvores verdejantes ainda estão banhadas do orvalho quando o sol da manhã começa a iluminar as Campinas.
TIPOS DE PROCESSOS 
Exploração da Imagem;
Atributos Espacias;
Estruturas Hierarquicas das Imagens e;
Rotação Mental.
 Rotação Mental
ROTAÇÃO MENTAL
A rotação mental é uma forma específica de processamento de representação visual e pode ser definida como uma operação cognitiva feita com imagens mentais que, a partir de transformações contínuas, possibilita imaginar metalmente como está imagem se apresenta a ser girada em torno de um eixo específico (Sternberg , 2000).
Os estudos realizados sobre a habilidade de rotação mental fornecem uma relação direta entre pesquisas em pesquisas em psicologia cognitiva e em inteligência (Strnberg, 2000).
Os problemas normalmente estudados na rotação mental são semelhantes aos encontrados nos testes psicométricos.Muitos testes cognitivos requerem a capacidade de analisar , avaliar e manipular as propriedades das representações mentais para respondê-los corretamente (Paivio, 1990)
 As pessoas fazem rotação de figuras familiares com maior rapidez do que com figuras não familiares, assim como fazem com figuras nítidas mais rapidamente do que com figuras borradas.
 Os idosos executam a tarefa de rotação mental com mais lentidão do que os mais jovens. A idade porém não influi em outras capacidades da imaginação mental, como construir ou escanear imagens mentais.
Algumas pesquisas revelam que os portadores de surdez que são fluentes na (ASL), apresentam uma habilidade especial em olhar para um arranjo de objetos em cena e fazer rotação dessa em 180º.
 Indivíduos que usam a língua dos sinais têm ampla experiência em observar um narrador fazer um sinal e fazer sua rotação em 180º.
 Essa rotação é necessária para corresponder á perspectiva que empregariam se estivessem produzindo esse sinal.
Estudos neurológicos encontraram uma ligação entre a rotação mental de imagens e o córtex motor. 
Ambas as imagens, as percepcionadas e as imaginadas, podem conter propriedades espaciais e visuais.
Portanto, ao serem examinadas, demoraremos mais tempo a avaliar grande distâncias do que pequenas e, também, teremos mais dificuldades em observar detalhes em imagens pequenas do que grandes, sejam elas de que tipo forem.
Kossylyn(1975) queria descobrir se as pessoas fariam julgamentos mais rápidos sobre imagens grandes do que sobre imagens pequenas.
Kossylyn raciocinou que a imagem mental de um elefante junto de um coelho forçaria as pessoas a imaginarem um coelho pequeno. Em contrapartida, a imagem mental de uma mosca perto de um coelho produziria uma imagem de coelho relativamente grande.
Exemplo de Rotação Mental
IMAGINAÇÃO E FORMA
 Formas simples: Paivio (1978)
trabalhou com um tipo muito básico de forma, o ângulo formado pelos dois ponteiros do relógio.
Os resultados de Paivio mostraram que o tempo de decisão estava relacionado ao tamanho da diferença entre os ângulos.
Se os ponteiros formassem ângulos semelhantes, a decisão a respeito de qual ângulo menor exigia mais tempo.
Se os ponteiros formassem ângulos bem diferentes, a decisão era mais rápida.
IMAGEM E INTERFERÊNCIA
 As imagens mentais e físicas podem interferir umas nas
 outras.
 Imagem visual interfere na percepção visual e movimento motor interfere na imaginação motora.
IMAGENS VISUAIS E PERCEPÇÃO VISUAL
 Segal e Fusella (1970) realizaram uma pesquisa onde os participantes eram solicitados a criar uma imagem visual ou auditiva. Após, os pesquisadores apresentavam um estímulo físico real: o som de uma gaita-de-boca ou uma seta azul.
RESULTADO:
As pessoas detectavam melhor o estímulo físico quando a
imagem e o sinal estavam em modos sensoriais diferentes.
Carver-Lemley e Reeves (1992) realizaram pesquisas que sugerem que as imagens visuais bloqueiam a percepção porque a imaginação reduz a sensibilidade do observador para o estímulo físico.
Em algum lugar ao longo do caminho visual as pessoas parecem ser menos sensíveis a um estímulo visual real se estiverem mantendo simultaneamente uma imagem mental.
Outras pesquisas sugerem que imaginação e percepção empregam processos similares, mas não são equivalentes.
MOVIMENTO MOTOR E IMAGENS MOTORAS
Em nossa vida cotidiana também criamos imagens de movimentos motores.
Se você estiver executando simultaneamente um movimento motor real poderá ter mais dificuldade em criar uma imagem motora apropriada.
Uma das pesquisas de Wexler, Kosslyn e Berthoz (1998) exigia que os participantes fizessem a rotação de um joystick que ficava posicionado de forma que o participante não podia ver suas mãos.
Os participantes eram instruídos, ao mesmo tempo, a olhar para uma figura geométrica. Em seguida viam uma seta que indicava em qual sentido deveriam girar mentalmente a figura. Após, deveriam responder se a nova figura que era mostrada correspondia à primeira.
Quando as pessoas estavam girando o joystick para o mesmo sentido de rotação que a seta indicava, elas respondiam mais rapidamente se as figuras correspondiam.
As pesquisas de Chambers e Reisberg (1985) sobre figuras ambíguas sugerem que um código proposicional lingüístico pode predominar sobre o analógico. 
Nesse estudo, parece que as pessoas elaboravam uma interpretação verbal da figura.
No código analógico geralmente são usadas figuras mais simples.
As tarefas que empregam formas mais complexas podem estimular um código proposicional que exige rótulos verbais
Algumas vezes usamos códigos proposicionais para fornecer rótulos verbais para descrever as imagens mentais. Mas quando os estímulos são ideais podemos usar um código analógico.
IMAGINAÇÃO E EVIDÊNCIAS NEUROPSICOLÓGICAS
Alguns pesquisadores descobriram que ao criar uma imagem visual era ativada a mesma região do cérebro que era ativada quando percebemos a forma de estímulos visuais concretos.
De forma semelhante, algumas áreas do córtex auditivo são ativadas quando as pessoas são instruídas a imaginar que estão ouvindo canções populares.
 MAPAS COGNITIVOS
São representações mentais do ambiente que nos cerca.
 Arranjo Espacial
É o modo como aquilo que desejamos lembrar está organizado no espaço. Por exemplo: é mais fácil lembrar a configuração de uma sala quando os móveis estão em seus lugares típicos. 
Usando Descrições Verbais para Criar Modelos Mentais
- Acontece quando criamos mapas cognitivos a partir do relato que alguém nos conta. Esses mapas nos permitem simular aspectos espaciais de nosso ambiente externo. Essas representações que ilustram situações, representações que derivamos de descrições verbais, são chamadas modelos mentais (Millis e Cohen, 1994).
- Quando ouvimos uma descrição, não armazenamos simplesmente as afirmações isoladas de forma passiva. Em vez disso, criamos ativamente um modelo mental que representa os detalhes importantes de uma cena.
- De fato, os mapas mentais que as pessoas criam a partir de uma descrição são semelhantes aos mapas mentais por elas criados a partir de uma cena vista (Bryant, 1998; Bryant et al., no prelo; Carr & Roskos-Ewoldsen, 1999).
Diferenças entre:
Imaginação, Fantasia, Pensamento, Percepção, Ilusão e Alucinação
Imaginação: Visualização de nossos desejos ou medos.O individuo cria, idealiza, projeta…
Fantasia: Pode-se definir convencionalmente como Imaginação Criadora, ficção, coisa que não tem existencia real, mas apenas ideal.
Pensamento: é aquilo que é trazido à existência através da atividade intelectual. Pode-se dizer que o pensamento é um produto da mente, que pode surgir mediante atividades racionais do intelecto ou por abstrações da imaginação.
Percepção: É a maneira como nós vemos, julgamos, conceituamos, qualificamos as coisas no mundo e em nós mesmos.
 
Ilusão: Engano dos sentidos.
Alucinação: Percepção real de algo inexistente.
"A imaginação e a inteligência, se unem e se auxiliam ou se embaraçam mutuamente. O bom uso da imaginação consiste em tornar o espírito atento, em sustentar e fixar o pensamento. O mau uso consiste em deixá-la decidir".
Bossuet
Bibliografia
 http://www.autores.com.br/2011091250067/opiniao/diversas/ignorancia-ilusaoimaginacaointuicao-e-escolha.html
 http://www.arazao.net/ilusao.html
 http://dc306.4shared.com/doc/n-fwceI5/preview.htf 
 http://resumododia.com/alucinacao-o-que-e-causas.html
http://www.psiquiatriageral.com.br/psicopatologia/05imaginacao.htm
http://claudioarantespompeu.blogspot.com.br/2009/01/primeiro-bimestre-segundo-ano-aula-3.html
www.di.ubi.pt/~ia/Cognitive_Science.pdf
Verena Kast, A imaginação como espaço de liberdade: Dialogos entre o ego e o inconsciente, Editora Loyola, São Paulo, Brasil, 1997.
Acheterberg, Jeanne, 1942- A imaginação na cura: xamantismo e medicina moderna/Jeanne Acheterberg[ tradução Carlos Eugênio Marcondesde Moura]-São Paulo, Summus,1996.
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