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DUNNINGAN (2003)_How to Make War_Part Two_ Air Operations

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Instituto de Economia e Relações Internacionais
Curso de Relações Internacionais
Geopolítica, Segurança e Diplomacia
HOW TO MAKE WAR: A COMPREHENSIVE GUIDE TO MODERN WARFARE IN THE 21st CENTURY, DUNNINGAN (2003)
PART 2: AIR OPERATIONS
Grupo: Anna Clara Sampaio de Almeida Santos (11711RIT007)
Beatriz Guilherme Carvalho (11711RIT006)
Fernando Higor Alves (11521RIT032)
Marcelo Terra Bento Martinelli (11711RIT023)
Vitor Hugo de Almeida Prado (11711RIT016)
Capítulo 7: The Air Force: Fighters, Bombers and Snoopers
	Inicialmente, a função que a Aeronáutica tinha em uma guerra era conseguir informações para serem repassadas e interpretadas pelo Exército e pela Marinha. A verdade é que, mesmo que até o momento, essa tarefa ainda esteja presente, a força aérea preferiria enfrentar o seu equivalente inimigo num embate próprio. Isso ocorre até mesmo por uma questão de sobrevivência, já que aeronaves inimigas podem destruir suas bases e cortar sua participação na guerra. Em diversas ocasiões as aeronaves ficam subordinadas ao Exército, o que impede os pilotos de buscar seu próprio objetivo principal: eliminar a força aérea inimiga.
	Por responderem a alguém que está em terra, e terem que retornar até ela para reabastecimento, as aeronaves não são tão livres quanto parecem, pois são controladas tanto por comandantes quanto sistemas aéreos. O uso de radares cresceu muito desde o início de sua estreia na década de 1930, permitindo observar a presença de aeronaves aliadas e inimigas, entre outras informações. No entanto, as habilidades dos pilotos seguem sendo a parte mais importante nessas movimentações, já que imprevistos sempre acontecem.
	As missões de reconhecimento são a função principal da força aérea. Elas se dividem em três tipos: tática, operacional e estratégica. Em poucas palavras, a primeira se caracteriza por monitorar as forças inimigas imediatamente ao redor da sua força-tarefa em terra, envolvendo aeronaves mais simples ou de performance mais baixa. Observam-se o posicionamento, a movimentação e a presença de armamentos. O reconhecimento operacional, apesar de ter o mesmo objetivo, é feito de forma um pouco contrastante. Ele adentra profundamente a área ocupada pelo inimigo, se afastando das próprias tropas. Por essa razão, são necessárias aeronaves mais rápidas e pilotos mais experientes e frios, capazes de contornar a situação e sair dali com destreza caso seja descoberto e a situação se complique. Já o reconhecimento estratégico engloba as funções dos dois anteriores, mas mais é utilizado em períodos de paz e tréguas.
	As missões de intercepção são os combates pelo controle do ar, o que significa uma visão holística da situação enquanto o inimigo fica sem perspectiva. Nesse caso, o elemento principal é a surpresa, atacar primeiro e rápido. A ideia é identificar as forças aéreas inimigas logo cedo durante a guerra e eliminá-las antes de ser percebido. Além disso, essa é uma missão de equipe e de tecnologia. As habilidades dos pilotos são primordiais, pois pilotos medianos ou fracos em aeronaves superiores costumam significar derrota. Isso não significa apenas técnicas de voo e bom desempenho em adversidades, mas também conhecimento da aeronave e como lidar com ela, principalmente o consumo de combustível.
	Existem alguns fatores que multiplicam a efetividade das forças aéreas, ainda mais se combinados, como ter mais eletrônicos à disposição, montar a melhor estratégia, ter superioridade no início da guerra, dispor de mais pilotos de excelência, entre outros.
	As missões de ataque são de ar para terra. São perigosas por fatores de proximidade com o solo e interceptadores inimigos. Com uma prioridade de ataque já previamente estabelecida, uma estratégia é atacar em grupos pequenos e à altura das copas das árvores, de modo que os eletrônicos indiquem onde está cada alvo, a munições sejam liberadas e a saída realizada com rapidez. Vale notar que as aeronaves preferivelmente devem ser furtivas, com uma proteção contra detecção tão alta quanto a capacidade de penetrar o território inimigo. Quanto mais detectáveis os aviões, menores os estragos feitos. Além disso, quanto mais aviões, mais previsível o ataque e maiores as chances da situação crescer até um combate aéreo.
	Com a Guerra do Afeganistão em 2001, os Estados Unidos conseguiram formar uma nova forma de bombardear o inimigo em terra. Ao passo que em momentos anteriores, como a Segunda Guerra Mundial, muitas bombas eram necessárias para causar um grande estrago, já que não iam precisas rumo ao alvo, novas tecnologias que envolviam lasers e GPS surgiram para resolver o problema. As bombas podiam ser lançadas com maior distância e em menor quantidade, já que não eram mais imprecisas. Além disso, os aliados em terra passaram a poder se posicionar muito mais perto do alvo para finalizar o ataque caso restassem sobreviventes.
The Future
 Su-37 e F-22 são projetos ainda impulsionados pela corrida armamentista do fim da Guerra Fria, respectivamente da Rússia e dos EUA. Essas novas gerações enfatizam o desempenho do combate, mas, sobretudo,maior ênfase passou a ser dada às áreas de manutenção, confiabilidade e facilidade de uso. Esses novos aviões apesar de superiores, possuem um custo quase duas vezes maior que os modelos anteriores, daí a tendência que haja menos unidades deles. A implantação dos F-22 traria uma diminuição do tempo entre-vôos, do tempo de manutenção e redução do número de aeronaves indisponíveis por causa de manutenção. Conjuntamente, a tendência de progresso indica uma maior associação de tecnologia nas aeronaves pilotadas, bem como implementação de sistemas com mensagens, comandos de voz e melhoria dos painéis e cockpits para melhorar a velocidade de resposta e possibilitar pilotar somente com uma pessoa.
 A incorporação da experiência de pilotos veteranos à inteligência artificial também foi um fator utilizado nas inovações dos sistemas - oferece opções de ação e chances de sucesso de cada para o piloto, resultando em uma tomada de decisão mais rápida e eficiente. Além disso, co-pilotos robôs reduzem drasticamente os custos de se treinar um piloto a mais ($5 a 10 milhões de dólares) e também de que haja espaço para duas pessoas na aeronave (economia de 1 a 5 milhões de dólares). As vantagens de não ter um piloto humano também incluem poder realizar manobras como rodopios e viradas mais violentas, o que restringe os movimentos de uma aeronave com piloto, considerando o risco de perda de consciência. Na linha de redução do custo de operação e risco das operações, há uma tendência crescente do uso de drones e UAVs para vôos de reconhecimento e missões de ataque. Os sistemas abaixo também foram importantes na tentativa de conferir celeridade e objetividade no despacho de aeronaves:
· Sistema de ordens de tarefas aéreas - automatiza as decisões rotineiras como quais aeronaves e em que altitude, elenca os armamentos a serem utilizados na missão, os alvos, pontos de abastecimento, quantidade de combustível.
· Sistema de planos de missão - permite ao piloto ter todas as informações da missão, minimizando o espaço para ter que adivinhar e calcular; ainda permite que o piloto simule na tela o plano de vôo e o combate. A introdução dos MSSs (“Mission Support Systems”) também possibilita fazer todos os ajustes da aeronave de forma pré-programada, basta depois inserir o dispositivo na aeronave, o que agiliza a decolagem.
· Sistema tático de dados integrados conjunto - Unifica os dados das Forças Armadas.
	A Força Aérea trabalhou para desenvolver formas mais certeiras e menos dependentes do piloto para sua eficácia, de modo a permitir que uma aeronave pilotada possa realizar o trabalho que antes necessitava de mais. Como parte disso podemos citar os mecanismos de direcionamento dos mísseis de médio alcance de forma autônoma, seja por radares passivos ou a combinação de radares e computadores de bordo nos próprios armamentos (possibilidade conferida pelo avanço da informática em desenvolver menores componentes e microcomputadores maispotentes). O desejo da maioria das Forças Aéreas é ter a capacidade de engajamentos além do contato visual, apoiando-se nos sensores para direcionar os mísseis ar-para-ar ou terra-para-ar. Isso permitiria um engajamento em posição de vantagem tanto mais crescente quanto melhor desenvolvidas forem as tecnologias empregadas. 
	O avanço dos sistemas e estratégias tem sido motivado, em grande parte, pela velocidade na qual os aviões passaram a voar, que deixava o tempo de reação para o piloto muito comprimido. Da mesma maneira, a adição de asas de tamanho reduzido, aletas e outros mecanismos para permitir manobras em alta velocidade sem grande ruído, o controle eletrônico dos flaps e superfícies de controle em conjunto são usados para realizar essas manobras em um tempo menor do que qualquer piloto poderia ajustar sozinho.
	A modernização dos helicópteros e adotando armamentos mais modernos e com maior poder de fogo tornaram seu engajamento devastador em situações de combate ar-terra contra insurgentes sem armamentos antiaéreos. A possibilidade conferida por mísseis ar-ar e dispositivos eletrônicos permitiu que esse tipo de aeronave desempenhasse quase todas as funções de aeronaves de asa fixa, assim eles se tornam mais eficientes no apoio de operações comando. Essas modificações tornam o uso de helicópteros não só pela Força Aérea, como também de maneira autônoma pelo Exército, mais adequado e efetivo para oferecer suporte aéreo ao combate terrestre - salvo o uso de aeronaves e drones para coleta de informações ou bombardeio.
 De um modo geral, o desenvolvimento da aviação tem produzido um custo cada vez mais elevado por aeronave, o que gera uma situação de declínio no número de unidades de combate disponíveis, embora estas sejam de alta performance. Por outro lado, o avanço das tecnologias permitiu simuladores extremamente eficientes para o treinamento e prática de estratégias de combate a um custo de operação bem mais baixo do que uma aeronave real. A modernização dos armamentos permitiu uma modificação do uso da força nas situações de conflito. Como mostrado pela Guerra do Afeganistão, passou-se a utilizar menos bombas, maiores e mais certeiras, em contraposição ao bombardeamento estilo carpete da Guerra do Vietnã. O avanço da autonomia de vôo e tonelagem dos aviões permitiu que a totalidade das bombas fossem jogadas por menos aeronaves e que elas podiam circular as áreas de combate por longas horas (ficou mais fácil manter uma aeronave no ar a todo momento, de prontidão para efetuar um ataque). 
	Nesse momento, observa-se o desmembramento de uma tabela relativa à força aérea e a diferentes tipos de aeronaves; ela demonstra as capacidades de mais de 25.000 aeronaves de combate, o que inclui cerca de 90% da força aérea do mundo em 2002. São, também, incluídos helicópteros, que vem sendo cada vez mais utilizados para o combate e não apenas para o transporte, de modo a participar do combate de baixa altitude e do aéreo contra aeronaves de asa-fixa e outros helicópteros. Os helicópteros utilizados pelos EUA e Rússia representavam, em 2002, mais do que 75% dos que estavam em uso. Muitos dos helicópteros apresentados no gráfico são de transporte, porém por sua zona de operação ser muito próxima à de combate eles geralmente estão armados, haja vista que possuem diversas oportunidades de combate. Nesse sentido, são apresentadas aeronaves assim como capacidades respectivas não apenas à elas, mas também ao piloto. No que tange a designação, refere-se à uma aeronave com sua designação oficial seguida por seu nome mais comum, se tiver, entre parênteses, como o estadunidense F-15 (Eagle). Os países que projetam e muitas vezes fabricaram as aeronaves estão expostas, sendo alguns Estados Unidos, Rússia, China e países da OTAN. Não obstante, tratando das capacidades no combate ar-ar, ou seja, contra outras aeronaves, há uma classificação numérica recebida por cada uma que demonstra sua capacidade de luta, dá-se o nome a isso de superioridade aérea e inclui outras características assim como equipamentos.
Abordando o que cria a capacidade de combate entre aeronaves, alguns fatores são: a habilidade do piloto, item elencado como de grande importância, uma vez que o veículo está armado e no ar. O principal meio de aumentar esse fator é deixando os pilotos voarem muitas horas, isso foi demonstrado empiricamente na Segunda Guerra Mundial nas disputas aéreas entre Japão e EUA, de modo que o Japão tinha, a princípio, mais horas de vôo que os americanos. Com o desenrolar da guerra isso se altera e os EUA passam a ter mais horas de vôo que o Japão, o que tornou as vitórias unilaterais do lado americano conforme as horas de vôo japonesas diminuíam; referente ao equipamento eletrônico afirma-se que mesmas aeronaves podem apresentar eletrônicos de qualidades diferentes, isso evidencia-se principalmente quando são exportados para outros países, de modo a não possuirem as ultimas tecnologias do exportador. Os eletrônicos são radares, que servem para detectar inimigos e usar mísseis de longo alcance, equipamentos de controle de fogo, o que permite ao piloto controlar armas e mísseis, contramedidas, as quais detectam se o radar inimigo está sendo utilizado e se há mísseis se aproximando e, além disso, servem para enganar os radares e mísseis inimigos. Por fim, uma questão não totalmente eletrônica trata-se do sigilo, que é a capacidade de se esconder dos radares inimigos por meio do design das aeronaves e do uso de materiais que absorvem sinais de radar; tratando das armas nota-se que os mísseis são a principal arma de combate ar-ar, podendo variar muito de uma aeronava para outra, principalmente os de longo alcance que exigem que o radar da aeronave encontre o inimigo antes do lançamento. Outro ponto é que duas aeronaves idênticas com pilotos tendo a mesma habilidade podem ter uma capacidade desproporcional por conta da qualidade dos mísseis; a manobrabilidade não é tão mais importante quanto já foi, haja vista os radares e mísseis, já que com mísseis de longo alcance pouca capacidade de manobra é requerida, mas ao se evitar mísseis e se colocar em posição para responder o fogo, isso é um problema. Atualmente a velocidade não é tão importante, pois raramente uma aeronave terá suficiente para escapar de um míssel inimigo; em relação a durabilidade e facilidade de manutenção, tem-se quantas vezes um avião consegue decolar e realizar suas operações por dia (surtidas), assim como qual a dificuldade da sua manutenção. Nota-se que é importante que os aviões consigam várias surtidas por dia para serem melhor aproveitados, além disso é de extrema importância que a manutenção seja feita regularmente para evitar perda de capacidades.
Ademais, avaliando as capacidades na terra tem-se que o que é importante para a batalha no ar também é importante para os bombardeiros, mas com diferenças como a capacidade eletrônica e a quantidade de bombas que um avião consegue carregar. Nesse sentido, a tecnologia mais precisa para atingir alvos terrestres, a bomba guiada a laser, apresenta-se com um valor muito alto, mas isso se mostra benéfico por conta da precisão das mesmas. O peso máximo de decolagem de uma aeronave (em toneladas) pode ser um bom indicador do tamanho da mesma. Este é duas vezes o peso vazio da aeronave para aviões ocidentais e 1,5 vezes para aviões russos, devido a diferentes tipos de materiais, mais leves, utilizados nas ocidentais, o que possibilita um maior alcance, assim como carregar mais bombas que as aeronaves russas (que compõem a força aérea de muitos países menos afluentes). O raio de combate normal se refere à distância medida em quilômetros que uma aeronave pode viajar de sua base e concluir a missão, tanto superioridade aérea quanto ataque ao inimigo em terra. Existem aviões-tanque que aumentam o raio de combate normal, além disso nota-se que quanto mais rápido uma aeronave se desloca mais combustível ela gasta. O ano de introdução é o ano que um modelo da aeronave foi entregue pela primeira vez a uma unidade de combate,por fim a quantidade em uso em 2002 é apenas uma aproximação devido a acidentes, aposentadoria de aeronaves e outros fatores.
Armamentos Aéreos (Aircraft Weapons)
Existem dois tipos de mísseis ar-ar: orientação por infravermelho (IR) e orientação por radar (RH). Naqueles, os mísseis rastreiam e perseguem um alvo pela sua emissão de raios infravermelhos; e nestes, o mesmo se dá através de transmissões de radar. Os mais usados são o Sidewinder (IR) e AMRAAM (RH), a partir dos quais os demais se derivam. Uma nova geração de mísseis possui um sistema de ativação automática quando o alvo se aproxima a uma certa distância. No entanto, esses novos equipamentos costumam ser mais caros. O mais barato (Sidewinder) é o que apresenta o maior histórico de fatalidades. Mas, atualmente, há uma preferência pelos mísseis de longo-alcance.
Por sua vez, existem quatro tipos de mísseis ar-superfície: mísseis com orientação, mísseis anti-radar (ARM), mísseis guiados e bombas guiadas. Os primeiros são lançados na direção do alvo e depois os sensores próprios assumem o controle - também costumam ser os mais caros. Os ARMs possuem um sistema eletrônico que permite o rastreamento dos alvos (radares). Os mísseis guiados são os mais populares e com o melhor custo-benefício, uma vez que são controlados de dentro da aeronave por um sistema computadorizado. Já as bombas guiadas datam de 1943 e foram revolucionadas em 1990 com o advento do GPS. No entanto, comparadas com os mísseis guiados, as bombas guiadas se diferenciam por não ter potência.
Quanto à classificação dos armamentos, são comparadas suas efetividades, com base em oito fatores: canhão, origem de fabricação, identificação de alvo, aspecto, alcance, peso, velocidade e orientação. 
	As bombas de ferro são explosivos tradicionais lançados por aeronaves há mais de 85 anos. Em linhas gerais, elas não foram transformadas nos últimos 60 anos, mas têm se tornado mais letais. Dentre elas, as CBUs (do inglês, Cluster Bomb Units), usadas desde 1960, constituem-se de um contêiner que, quando lançado, se abre e espalha pequenas bombas - estas podem ser equipadas com temporizadores ou sensores. As últimas atualizações melhoraram sua precisão, reduzindo a taxa de fracasso para 1% ou menos. Em suma, o fracasso dessas bombas deve-se à possibilidade de gerar vítimas dentro do próprio esquadrão. Diante dessa observação, pesquisas foram feitas para reduzir a taxa de insucesso, mas apontaram que levaria a um aumento do custo. No entanto, ainda assim, as atualizações foram feitas (por Israel e pela Alemanha), tornando as bombas autodestrutivas.
	Já, os FAEs (do inglês, Fuel Air Explosives) se assemelham às bombas nucleares. Mais especificamente, os FAEs contêm um líquido inflamável e um explosivo. Elas possuem um alcance maior do que as CBUs, mas não são tão confiáveis, uma vez que estão suscetíveis às condições climáticas. São mais usadas para desobstruir áreas com minas e tropas em trincheiras.
	Ainda mais semelhante às explosões nucleares, a Daisy Cutter é uma bomba única da Força Aérea dos EUA, desenvolvida durante a Guerra no Vietnã. Ela gera uma onda de choque e remove o oxigênio do local, criando uma nuvem de cogumelo. Seu alcance é o dobro dos FAEs.
	Ademais, podem ser citadas: as bombas incendiárias, bombas de fim especial - dentre as quais, armas químicas e nucleares -, mísseis não guiados ou foguetes de voo-livre (FFR) - estes com amplo alcance e variedade de cargas.
	Por fim, os veículos aéreos não-tripulados (UAVs), dentre os quais os drones são aeronaves auto-orientadas, e os RPVs são controlados remotamente por pilotos no ar ou na terra. Israel foi a primeira nação a desenvolvê-los de maneira efetiva, de modo que os EUA aplicaram tecnologia isralense em seus UAVs. No entanto, aponta-se que ainda existem problemas inevitáveis nos equipamentos desenvolvidos pelos estadunidenses. No início do século XXI, os EUA possuíam os seguintes veículos aéreos não-tripulados: GNAT-750 Lofty View, Prowler II, Hunter UAV, RQ-l Predator, RQ-2 Pioneer, Shadow 600, RQ-4A Global Hawk. 
Capítulo 8: Air Defense
No decorrer do texto o autor afirma que as décadas que antecederam, houve um sensível aumento de desenvolvimento bélico no que se refere à armas de defesa aérea e os Estados Unidos obtiveram o maior destaque neste quesito. Eles desenvolveram também métodos de combate aéreo, tendo assim maior sucesso nesse âmbito. Apesar da insegurança inicial em relação a utilização de aeronaves para fins militares, o que vem sendo provado ao longo dos anos é que este uso é sim muito efetivo. A superioridade aérea é sim um diferencial e, por isso, as unidades de defesa contra aeronaves vêm se desenvolvendo cada vez mais, criando táticas para danificar e destruir as aeronaves inimigas. Assim, o que pode ser visto de forma geral é que os resultados dependem nesse tipo de combate da quantidade e da qualidade das armas utilizadas na defesa aérea, além também da aeronave que está sendo combatida.
Ademais, a Defesa Aérea se adaptou para que pudesse destruir uma aeronave e pautou-se em quatro passos para atingir tal objetivo. O primeiro passo consiste em “detectar” a aeronave inimiga na imensidão do céu – com o tempo, foi visto que o melhor método para detectar aeronaves era examinar a situação do ponto de vista do piloto inimigo, focando assim em direções mais específicas e aumentando suas chances de sucesso. O segundo passo consiste em confirmar se esta é mesmo uma aeronave inimiga e assim “obter” sua localização exata e para onde ela está indo. É importante ressaltar que essas duas primeiras fases duram, na maioria das vezes, menos de um minuto. A terceira parte consiste em fazer um “acompanhamento” dessa aeronave e deixar ela na mira exata, tempo suficiente para que suas armas possam atingi-la. E a quarta fase é a “destruição” de fato da aeronave, que mesmo sendo atingida, pode não ocorrer, por isso a necessidade de conferir. É importante ressaltar que todos esses quatro passos, mesmo que bem articulados, ainda têm altas chances de falha.
A utilização tática também é de extrema importância para o sucesso da defesa aérea. As armas devem ser utilizadas de acordo com seu alcance e capacidade de mobilidade. Os principais tipos de armas vistas são as de pequenas ogivas, utilizadas para aeronaves que voam mais baixo; as de grandes ogivas, que causam danos muito maiores e destroem mais facilmente aeronaves; as armas de alto calibre, que foram desenvolvidas para realizar a mesma função de alguns tipos de mísseis, mas têm custos muito altos e, por isso, pouco utilizadas (utilizadas mais em navios para atingir as aeronaves); e armas de pequeno calibre, que não são decisivas, mas causam danos que podem ser fatais à aeronave inimiga. Além disso, as unidades de defesa aérea devem ser localizadas em terrenos mais altos para dar maior cobertura para os radares e ter maior controle de visão contra mísseis. O sucesso para o sistema de defesa aérea é fazer “camadas” de defesa em diferentes locais e altitudes.
A única proteção do ataque aéreo inimigo, segundo o autor, é a destruição ou supressão da força aérea inimiga por meio da superioridade tática e aérea. Mas vários problemas potenciais podem existir na prática. No entanto, mesmo quando a superioridade aérea é alcançada, o inimigo pode ser capaz de reunir aeronaves suficientes para obter a superioridade aérea temporária em uma área ou outra.
As defesas aéreas nunca foram tão onipresentes quanto são no momento. No passado, as defesas aéreas tinham alcances mais curtos e altitudes mais baixas. Hoje, os sistemas SAM podem cobrir áreas a mais de cem quilômetros dos mísseis e a mais de 10.000 metros de altura. 
	Um dos aspectos mais difíceis da defesa aérea está em evitar que seus mísseis derrubem o próprio avião. Segundo Dunnigan, a chave para evitar essa auto - destruição consiste em um planejamento cuidadoso para manter o controle de todas as unidades de defesa aérea, o que é uma tarefa difícil durante o ataque, pois nem sempre o planejamento é levado à risca. 
	Adefesa aérea naval, no entanto, conta com navios distribuídos por várias centenas de quilômetros quadrados no qual cada um é capaz de defender seu espaço aéreo. Essa distribuição de setores é entendida como coordenação passiva que, por meio de computadores em cada navio, consegue estabelecer estratégias de ação.
	Embora a investigação militar não receba muitos investimentos diretos, a investigação civil em computadores e outros componentes eletrônicos mantêm o suprimento tecnológico militar atualizado o que para o autor é um grande problema, uma vez que as armas tornam-se mais baratas e mais fáceis de se espalharem e de serem comercializadas por diferentes nações.
Referências
DUNNINGAN, James F. 2003. How to make war: a comprehensive guide to modern warfare in the 21th. century. 4a. Edição. New York: Harper. Part 2.

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