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Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 50 AULA 05 SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação da Aula 1 2. Contribuição da União 1 3. Competência do INSS e da RFB 2 4. Obrigações Fiscais 5 4.1 Obrigações Assessorias 6 4.2 Obrigação Principal 14 5. Decadência e Prescrição das Contribuições 16 6. Retenção dos 11% na Prestação de Serviços 18 7. Responsabilidade Solidária 21 8. Crimes Contra a Seguridade Social 23 9. Recurso das Decisões Administrativas 26 9.1 Processo Administrativo Fiscal 26 10. Exercícios Fundamentados 29 Anexo I – Textos Legais 35 1. APRESENTAÇÃO DA AULA Meus guerreiros, chegamos à nossa última aula. Parabéns aos que chegaram ilesos até aqui, mas vocês precisarão de muita força para continuar nesta guerra. Nunca larguem as armas, pois se fizerem isso a derrota será inevitável! Na aula de hoje, falarei de temas acessórios de custeio das empresas, tais como obrigações acessórias e multa pelo inadimplemento das obrigações principais, competência da RFB, retenção e responsabilidade solidária e prescrição e decadência. Vamos, meus guerreiros, e não se esqueçam que a luta continuará até a batalha final! 2. CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 50 A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social, na forma da Lei Orçamentária anual. 3. COMPETÊNCIA DO INSS E DA SRFB No passado, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS acumulava as competências de administração e concessão dos benefícios previdenciários com as de arrecadação, fiscalização e normatização do recolhimento das contribuições previdenciárias. Após algumas alterações legislativas, atualmente, à Autarquia Previdenciária somente cabe a gestão de assuntos relacionados aos benefícios previdenciárias, estando a competência relacionada à arrecadação, fiscalização e cobrança de tributos previdenciários com a Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB. O art. 125-A, da Lei 8.213/91, incluído pela MP 449/08, dispõe que “compete ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS realizar, por meio dos seus próprios agentes, quando designados, todos os atos e procedimentos necessários à verificação do atendimento das obrigações não-tributárias impostas pela legislação previdenciária e à imposição da multa por seu eventual descumprimento”. Assim, os servidores do INSS podem efetuar diligências em empresas para verificação de assuntos de interesses dos segurados da previdência social. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 50 A empresa deve disponibilizar a servidor designado por dirigente do INSS os documentos necessários à comprovação de vínculo empregatício, de prestação de serviços e de remuneração relativos a trabalhador previamente identificado, não podendo a diligência abranger atividades de competência dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil. A RFB não possui competência para instituir tributos, mas, apenas, para arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais dos segurados e das empresas, incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores, bem como as contribuições incidentes a título de substituição. Somente o poder legislativo tem competência para instituição de tributos, devido ao princípio da legalidade. É prerrogativa da RFB o exame da contabilidade da empresa, ficando os contribuintes obrigados a prestar todas as informações e esclarecimentos solicitados, assim como a exibir todos os documentos e livros relacionados às contribuições sociais. A empresa, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o síndico ou seu representante, o comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial são obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuições sociais (art. 33, §2°, da Lei 8.212/91). Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação ou sua apresentação deficiente, a SRFB pode, sem prejuízo da penalidade Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 50 cabível, inscrever, de ofício, importância devida. Esta é a técnica do arbitramento de tributos que deve ser utilizada pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil sempre que a falta ou inadequação da documentação impeça seu trabalho de auditoria. O arbitramento, conhecido também como aferição indireta, é muito utilizado para regularização de obra de construção civil, quando o construtor não possui a documentação demonstrativa da mão-de-obra empregada. Neste caso, o fisco afere o valor devido a partir de um cálculo efetuado com base na área construída e no padrão da construção. Observe-se que, em relação aos créditos tributários, os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações previdenciárias devem ficar arquivados na empresa, até que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes das operações a que se refiram (art. 32, §11, da Lei 8.212/91). A SRFB pode promover a apreensão de comprovantes de arrecadação e de pagamento de benefícios, bem como de quaisquer documentos pertinentes, inclusive contábeis, mediante lavratura do competente termo, com a finalidade de apurar administrativamente a ocorrência dos crimes previstos em lei. Os Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil têm livre acesso a todas as dependências ou estabelecimentos da empresa, podendo efetuar a verificação física dos segurados em serviço, para confronto com os registros e documentos da empresa, podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas e demais documentos necessários ao perfeito desempenho de suas funções, caracterizando-se como embaraço à fiscalização qualquer dificuldade oposta à consecução do objetivo. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 50 Se o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil constatar que o segurado contratado como contribuinte individual, trabalhador avulso, ou sob qualquer outra denominação, preenche as condições de empregado, pode efetuar seu enquadramento nesta categoria, cobrando todas as contribuições pertinentes. A fiscalização das entidades fechadas de previdência privada e dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos e dos militares da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é de competência dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil. A autoridade policial prestará à fiscalização, mediante solicitação, o auxílio necessário ao regular desempenho dessa atividade. 4. OBRIGAÇÕES FISCAIS Meus amigos, a relação entre o Fisco e as empresas é regida por uma série de obrigaçõesimpostas pela legislação. Todas as imposições devem ser atendidas pelos contribuintes para que se evite a aplicação de penalidades pelo ente fiscalizador. As obrigações fiscais dividem-se em principais e acessórias. As principais são as de recolher os valores das multas e tributos devidos, enquanto as obrigações acessórias são imposições a que as empresas se submetem por exigência do tributante. Trata-se de obrigações de fazer (positivas) ou deixar de fazer (negativas) que objetivam viabilizar a fiscalização ou garantir a liquidez dos créditos tributários. No que tange à Previdência Social, as empresas têm como obrigação principal o recolhimento das contribuições sociais e de outras importâncias devidas (multa, juros, etc.) e, ainda, grande número de obrigações acessórias. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 50 As obrigações principais previdenciárias não cumpridas (inadimplência) devem ser cobradas pelo órgão responsável pela administração do sistema (SRFB), acrescidas de juros de mora e multa. As obrigações acessórias descumpridas serão penalizadas pelo auditor- fiscal da Receita Federal do Brasil com a lavratura de auto de infração por descumprimento de obrigação acessória. 4.1 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Arts. 225 e 283 a 289, Decreto 3.048/99 A título exemplificativo, as principais obrigações acessórias da empresa são: a) preparar folha de pagamento mensal da remuneração de todos os segurados a seu serviço, mantendo, em cada estabelecimento, uma via desta e recibos de pagamento. A folha de pagamento deve ser elaborada por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e deverá: I - discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviço prestado; II - agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, trabalhador avulso, empresário, trabalhador autônomo ou a este equiparado, e demais pessoas físicas; Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 50 III - agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) IV - destacar o nome das seguradas em gozo de salário- maternidade; V - destacar as parcelas integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos legais; e VI - indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso. A empresa que deixar de preparar a folha de pagamento nos padrões exigidos pela legislação previdenciária fica sujeita a Auto de Infração, no valor de R$ 1.617,12, atualizado anualmente (Portaria Interministerial MPS/MF 2, de 06/01/2012). Caso a empresa deixe de elaborar folha de pagamento ou não a apresente à Auditoria Fiscal da Receita Federal do Brasil, ficará sujeita a AI, no valor de R$ 16.170,98. Neste caso, a fiscalização poderá, ainda, efetuar o arbitramento do valor da folha de pagamento para calcular o valor das contribuições previdenciárias devidas. b) elaborar a GFIP (documento de declaração mensal de valores devidos à Previdência Social) e entregá-la à Caixa Econômica Federal, em meio digital ou pela internet, até o dia 7 do mês subsequente aos fatos geradores; nesse mesmo documento, é efetuado o recolhimento do FGTS dos empre- gados; Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 50 A GFIP é o documento de declaração mensal de valores devidos à Previdência Social e deve ser entregue, em meio digital, na Caixa Econômica Federal ou, pela Internet, até o dia 07 do mês subsequente aos fatos geradores. Caso não haja expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente anterior. Neste mesmo documento, é efetuado o recolhimento do FGTS dos empregados, no mesmo prazo em que a GFIP deve ser entregue. Na GFIP, devem estar declarados todos os fatos geradores de contribuição previdenciária, como, por exemplo, a remuneração dos empregados, avulsos e contribuintes individuais que prestaram serviço à empresa durante o mês, a contratação de cooperativas de trabalho, as compras de produtos rurais diretamente de pessoas físicas, os valores retidos dos segurados etc. Assim como a folha de pagamento, a GFIP deve ser elaborada por estabelecimento, por obra de construção civil ou por tomador de serviço. Além da notificação de débito, do auto de infração e da confissão de débito, a GFIP também constitui o crédito da seguridade social. Assim, a declaração em GFIP constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários (art. 32, §2°, da Lei 8.212/91, com redação dada pela MP 449, de 03/12/2008). A penalidade relativa à falta de apresentação de GFIP ou de sua apresentação com incorreções ou omissões foi recentemente alterada pela MP 449, convertida na lei 11.941, de 27/05/09. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 50 Após a profunda alteração, que introduziu o art. 32-A, na Lei 8.212/91, o contribuinte que deixar de apresentar a GFIP no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentá-la ou a prestar esclarecimentos, e sujeitar-se-á às seguintes multas: I - de dois por cento ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a vinte por cento; II - de R$ 20,00 para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas. A multa mínima a ser aplicada no caso de não apresentação ou entrega em atraso será de: I - R$ 200,00, tratando-se de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária; II - R$ 500,00, nos demais casos. As multas serão reduzidas, desde que não sejam inferiores ao valor mínimo mencionado: I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; II - a setenta e cinco por cento, se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 50 c) lançar, mensalmente, em títulos próprios de sua conta- bilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; Lançar em títulos próprios significa segregar na contabilidade todas as operações que constituam fato gerador de contribuição previdenciária. Esta é uma exigência para viabilizar a fiscalização da empresa. As empresas que não separam os fatos geradores em sua contabilidadedificultam o trabalho de auditoria. A empresa deve, então, contabilizar, em contas específicas os valores da remuneração dos empregados, avulsos e contribuintes individuais, o valor das notas fiscais de cooperativas de trabalho, as compras de produtos rurais etc. A empresa que deixar de lançar em títulos próprios, na contabilidade, os fatos geradores de contribuição previdenciária fica sujeita a AI de R$ 16.170,98. d) emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) à Previdência Social relacionando os acidentes de trabalho com seus empregados e avulsos até o primeiro dia útil poste- rior à ocorrência e, em caso de morte, de imediato; A sonegação de CAT sujeita o responsável à multa variável entre os limites mínimos (R$ 622,00) e máximo (R$ 3.916,20) do salário-de- contribuição, por cada acidente que tenha deixado de comunicar no prazo legal. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 50 A multa parte do valor mínimo e, a cada reincidência, é elevada em duas vezes, podendo atingir o limite do maior salário-de-contribuição. e) descontar da remuneração paga aos segurados a seu serviço importância devida à Seguridade Social. f) As pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito não garantido para com a União e suas autarquias de Previdência e Assistência Social, por falta de recolhimento de imposto, taxa ou contribuição, no prazo legal, não poderão (art. 52, da Lei 8.212/91): I) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas; II) dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bem como a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos; Se a empresa estiver devendo ao Fisco Previdenciário, não pode distribuir os resultados para os acionistas, sócios e diretores. Esta é uma obrigação acessória negativa (obrigação de deixar de fazer) que objetiva garantir a liquidez dos créditos previdenciários. Consideram-se débitos, desde que não estejam com a exigibilidade suspensa, os Autos de Infração, os parcelamentos em atraso inscritos em dívida ativa, os Autos de Infrações transitados em julgado na fase administrativa, os valores declarados em GFIP e a provisão contábil de contribuições sociais não recolhidas. A inobservância à vedação da distribuição de lucros ou bonificação a sócios ou acionistas importa em multa que será imposta: Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 50 I - às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou remunerações, em montante igual a 50% das quantias distribuídas ou pagas indevidamente; II - aos diretores e demais membros da administração superior que receberem as importâncias indevidas, em montante igual a 50% dessas importâncias. Além das obrigações acessórias anteriormente mencionadas, existem diversas outras que acarretam penalidades, quando descumpridas. Serão penalizados com AI de R$ 1.617,12 os responsáveis que descumprirem as seguintes obrigações acessórias: Deixar a empresa de se matricular na SRFB, dentro de 30 dias contados da data de início de sua atividade, quando não sujeita à inscrição no CNPJ. Caso efetue a inscrição no CNPJ, a matrícula no INSS/SRFB é efetuada automaticamente; Deixar de descontar da remuneração paga aos segurados a seu serviço importância devida à Seguridade Social. A partir de abril de 2003, esta obrigação foi estendida aos contribuintes individuais; Deixar o Titular de Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de comunicar ao INSS, até o dia 10 de cada mês, a ocorrência dos óbitos do mês anterior ou prestar informações inexatas. Esta obrigação é fundamental para que o INSS interrompa o pagamento dos benefícios de pessoas já falecidas; Deixar a empresa de elaborar o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador, e Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 50 fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento. Serão penalizados, ainda, com AI de R$ 16.170,98, os responsáveis que descumprirem as seguintes obrigações acessórias: Deixar de apresentar à SRFB, os documentos que contenham as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse, na forma estabelecida ou os esclarecimentos necessários à fiscalização; Deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir CND, quando da contratação com o Poder Público ou no recebimento de benefício fiscal ou creditício ou, ainda, na alienação de bem imóvel ou móvel incorporado ao ativo permanente da empresa de valor superior a R$ 40.427,12; Deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir CND no registro, no órgão público, de ato relativo à baixa, redução de capital, cisão, transformação ou extinção e transferência do controle de cotas de sociedade ltda; Deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir CND de proprietário ou incorporador de obra de construção civil, no ato da averbação da obra; Deixar a empresa, o servidor, o segurado, o serventuário da Justiça, o síndico, o comissário ou liquidante de exibir Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 50 documentos e livros relacionados às contribuições sociais ou apresentá-los sem atender às formalidades exigidas; Deixar a entidade promotora de espetáculo desportivo de efetuar o desconto dos 5% relativos aos espetáculos promovidos; Deixar a empresa de manter laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho ou emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o laudo. 4.2 OBRIGAÇÃO PRINCIPAL Arts. 238 a 245, Decreto 3.048/99 A obrigação principal previdenciária consiste em recolher as contribuições sociais devidas no prazo fixado pela legislação. Em caso de atraso no cumprimento dessa obrigação, o contribuinte fica sujeito ao pagamento de juros de mora e à pena de multa. Juros de mora Sobre os débitos previdenciários e os referentes a contribuições para outras entidades e fundos (“terceiros”), incidirão juros de mora calculados à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo, até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês de pagamento. Esta sistemática está prevista no art. 35, da Lei 8.212/91 (alterado pela Lei 11.941/2009), combinado com o art. 61, da Lei 9.430/96. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 50 Meus amigos, notem que a sistemática prevista no art. 239 do RPS, que impõe juros de 1% na data de vencimento, foi revogada tacitamente pela Lei 11.941/2009. Exemplo: Contribuição a ser recolhida dia 20/01/11, foi paga nodia 10/05/11. No cálculo dos juros, deve incluir a Selic de 02/11 a 04/11, somado com 1% reverente ao mês de pagamento (abril). Multa moratória Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de 0,33%, por dia de atraso (art. 61, da Lei 9.420/96). Esta multa deve ser calculada, a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição, até o dia em que ocorrer o seu pagamento. O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20%. Multa de Ofício A Lei 11.941/2009 incluiu previsão para aplicação de multas de ofício no art. 35-A, na Lei 8.212/91, dispondo que, nos casos de lançamento de ofício, aplica-se o disposto no art. 44, da Lei 9.430, de 1996. O inciso I, do art. 44, da Lei 9.430/96 prevê multa de 75% sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição, nos casos de falta de pagamento ou de declaração, e, ainda, nos casos de declaração inexata. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 50 O percentual de multa de 75% será duplicado, na hipótese de ocorrência de sonegação, fraude ou conluio, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis. ` Os percentuais de multa de 75% ou 150% serão aumentados na metade, na hipótese de o sujeito passivo não atender o quanto determinado, no prazo constante da intimação para: I - prestar esclarecimentos; II - apresentar os arquivos ou sistemas, quando a empresa utilizar sistema de processamento eletrônico de dados; III - apresentar a documentação técnica completa e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria, no caso do sujeito passivo ser usuário de sistema de processamento de dados. Assim, a multa de ofício pode totalizar 112,5% ou 225%, no caso de agravamento em 50% das multas de 75% e 150%, respectivamente. 5. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES Meus amigos, grosso modo, quando se fala em direito do fisco de cobrar as contribuições previdenciárias devidas pelos contribuintes, temos os seguintes conceitos: Decadência: prazo que o Fisco tem para lavrar o auto de infração contra o contribuinte que deixou de pagar o tributo. Prescrição: prazo que a fazenda pública tem para ajuizar ação de execução fiscal para exigir judicialmente o pagamento dos valores lançados pelo Fisco. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 50 Os prazos de prescrição e decadência de 10 anos previstos nos art. 45 e 46, da Lei 8.212/91 foram julgados inconstitucionais pelo STF, que editou a Súmula Vinculante 8. Assim, o STF entendeu, com base no artigo 146, III, b, da Constituição Federal, que os prazos prescricionais e decadenciais devem ser regulamentados por Lei Complementar, adotando o prazo de decadência de cinco anos para cobrança de ofício das contribuições previdenciárias, previsto no Código Tributário Nacional, contados: a) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito pode- ria ter sido constituído; b) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. O prazo prescricional para ajuizamento de ação de execução fiscal previsto no CTN é também de 5 anos, contados da data de constituição do crédito tributário. Na hipótese de ocorrência de dolo, fraude ou simulação, a Seguridade Social pode, a qualquer tempo, apurar e constituir seus créditos. O direito de pleitear restituição ou reembolso ou de realizar com- pensação de contribuições ou de outras importâncias extingue-se em cinco anos, contados do dia: a) do recolhimento ou do pagamento indevido; b) em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória; Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 50 c) do vencimento da competência em que deixou de ser efetua- do o reembolso, mediante dedução; d) do vencimento para recolhimento da retenção efetuada com base na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços. O direito de pleitear judicialmente a desconstituição de exigência fiscal fixada pela SRFB, no julgamento de litígio em processo administrativo fis- cal, extingue-se com o decurso do prazo de 180 dias, contado da intima- ção da referida decisão. 6. RETENÇÃO DE 11% SOBRE A NOTA FISCAL DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS Arts. 31, Lei 8.212/91, e 221 a 224, Decreto 3.048/99 A partir de fevereiro de 1999 (Lei 9.711/98), a empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra passou a ter a obrigação de reter 11% do valor da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolhê-los, em nome da prestadora, até o dia 20 do mês subsequente ao da emissão da nota. Note-se que o mês de recolhimento deve ser o seguinte à data que conste da emissão da nota fiscal, inde- pendentemente de quando o serviço contratado foi pago. A empresa prestadora de serviço, por sua vez, tem de destacar, na nota fiscal, o valor da retenção a ser efetuada pela contratante. Independentemente do destaque, entretanto, a empresa que utilizar serviço envolvendo cessão de mão-de-obra deve, de toda maneira, efe- tuar a retenção. O erro cometido pela prestadora de não efetuar destaque Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 50 na nota fiscal não exime a responsabilidade da tomadora de reter e reco- lher as contribuições. Essa retenção é uma antecipação da contribuição previdenciária da prestadora de serviço, não gerando qualquer custo adicional para a contratante ou contratada. A empresa cedente de mão-de-obra deve compensar-se dos valores retidos, após apuração do valor da contribuição previdenciária a pagar, calculada no fechamento da folha de pagamento. Exemplo: a empresa MK Artigos Esportivos contratou a Limpelogo, pres- tadora de serviços de limpeza, por um período de dois anos, ajustando-se o pagamento de R$ 10.000,00. Em fevereiro, efetuou o destaque de R$ 700,00; em março, não efetuou o destaque; e, em abril, destacou R$ 1.100,00. A contribuição a pagar da prestadora, apurada no fim de cada mês, com base na folha de pagamento, foi de R$ 2.000,00 mensais. Que valor deve ser retido pela empresa MK e recolhido pela Limpelogo? Resposta: independentemente do correto destaque na nota fiscal, a empresa MK deve reter da Limpelogo o valor de R$ 1.100,00 (11% x R$ 10.000,00) em cada mês e recolhê-lo em nome da prestadora e pagar à Limpelogo a diferença entre o valor da nota e o retido, que totaliza R$ 8.900,00 (R$ 10.000,00 – R$ 1.100,00). A Limpelogo deve pagar em cada mês o valor da diferença entre as contribuições apuradas e as ante- cipadas mediante retenção, que totaliza R$ 900,00 (R$ 2.000,00 – R$ 1.100,00). Nem todos os serviços prestadospor pessoas jurídicas sujeitam-se à obrigatoriedade da retenção. Alguns somente estão sujeitos à retenção quando contratados por cessão de mão-de-obra ou por empreitada. Entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 50 realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza ou a forma de contratação (art. 31, § 3.º, Lei 8.212/91). Já a empreitada é a execução contratualmente estabelecida de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem o fornecimento de materiais ou uso de equipamentos, realizados em suas dependências, nas da contratada ou nas de terceiros, tendo como objetivo um fim específico ou resultado pretendido (art. 116, IN 971/09, da SRFB). Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-- obra ou empreitada, os serviços de limpeza, conservação ou zeladoria, de vigilância ou segurança, de construção civil, de natureza rural (desmata- mento, lenhamento, aração ou gradeamento, capina, etc.), de digitação e preparação de dados para processamento (art. 117, IN 971/09, da SRFB). Existem, ainda, os serviços que devem sujeitar-se somente à retenção nos casos de contratação por cessão de mão-de-obra, que são: acaba- mento, embalagem, acondicionamento, cobrança, coleta ou reciclagem de lixo, copa, hotelaria, corte ou ligação de serviços públicos, distribuição, treinamento e ensino, entrega de contas e de documentos, ligação e leitu- ra de medidores, manutenção de instalações, de máquinas ou de equipa- mentos, montagem, operação de máquinas, operação de pedágio ou de terminal de transporte, operação de transporte de passageiros, portaria, recepção ou ascensorista, promoção de vendas ou de eventos, secretaria e expediente, saúde e telefonia ou telemarketing (art. 117, IN 971/09, da SRFB). A lista de serviços sujeitos à retenção é exaustiva, ou seja, nenhu- ma espécie de serviço não listada se sujeitará à incidência de retenção. Caso a empresa terceirize seu departamento jurídico, mantendo advoga- dos de um escritório contratado em suas instalações, não será necessário Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 50 efetuar a retenção dos 11% sobre o valor da nota fiscal da prestadora, já que a modalidade “serviços advocatícios” não foi relacionada na listagem. Se a empresa optante pelo Simples prestar um dos serviços listados sofrerá, como qualquer outra, a retenção dos 11% previstos na legisla- ção. Quando a prestação de serviço estiver acompanhada do fornecimento de materiais ou utilização de equipamentos, o percentual de 11% será apli- cado apenas sobre o valor relativo ao serviço, que deve estar discrimina- do em contrato. Nos serviços contratados em que houver exposição a agentes nocivos, é necessária uma complementação da alíquota de 11% de 2%, 3% ou 4% para atividades sujeitas a aposentadoria especial de 25, 20 ou 15 anos, respectivamente. A alíquota total de retenção perfaz, então, 13%, 14% ou 15% (Lei 10.666/03). 7. RESPONSABILIDADE SOLIDARIA A responsabilidade solidária persiste para as obras de construção civil contratadas por empreitada total, ou seja, quando toda a obra é executada por apenas um prestador. Neste caso, o contratante pode optar pela retenção, elidindo-se da responsabilidade, ou escolher o instituto da solidariedade. Quando a contratante de obra de construção civil por empreitada total optar pela solidariedade, deve manter cópias da folha de pagamento, GFIP (documento declaratório) e GPS (documento de arrecadação). O proprietário, o incorporador ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 50 pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra. Admite-se, no entanto, a retenção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem. Exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor. Os administradores de autarquias e fundações públicas, empresas públicas e de sociedades de economia mista, que se encontrarem em mora, por mais de 30 dias, no recolhimento das contribuições sociais, tornam-se solidariamente responsáveis pelo respectivo pagamento. Outra situação de responsabilidade solidária ocorre entre as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza e os produtores rurais que integram consorcio simplificado de pessoas físicas, os quais respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações previdenciárias. O operador portuário (administrador do porto) e o órgão gestor de mão-de-obra também são solidariamente responsáveis pelo pagamento das contribuições previdenciárias devidas à Previdência Social, relativamente à requisição de mão-de-obra de trabalhador avulso. As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem como das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, no limite do uso Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 50 que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato (Lei 12.023, de 27/08/09). Por fim, ressalte-se que o STF editou a Súmula 430, exarando entendimento acerca da responsabilidade solidária do sócio-gerente, com a seguinte redação: ”O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio- gerente” (Rel. Min. Luiz Fux, em 24/3/2010). 8. CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL Caros soldados, para que vocês não percam tempo estudando assuntos que certamente não serão cobrados na prova, estudaremos apenas 2 crimes contra a seguridade social (sonegação fiscal e apropriação indébita previdenciária) e ficaremos restritos ao texto do código penal. Apesar destes assuntos não estarem previstos no programa do último edital, acho importante que vocês tenham noções básicas sobre este tema, que poderá ser cobrado no próximo concurso. Isso certamente será suficiente para responder uma improvável questão sobre este tema na prova. Podem confiar no Capitão! Apropriação Indébita Previdenciária – Art. 168-A, do Código Penal Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciáriopara o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 50 I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Sonegação Fiscal Previdenciária – Art. 337-A, do Código Penal Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 50 Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I - (VETADO) II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 50 § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 3.457,37 (valor atualizado), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. § 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. 9. RECURSOS DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS Caros amigos, todas as decisões administrativas do INSS ou da Receita Federal do Brasil contrárias aos segurados, aos dependentes ou aos contribuintes são passíveis de recurso. No âmbito do custeio, existe o Processo Administrativo Fiscal - PAF, que garante a ampla defesa do contribuinte que foi autuado pelo Fisco. Já em relação aos benefícios, os segurados e dependentes podem recorrer das decisões indeferitórias de benefícios, instaurando um Processo Administrativo de Benefícios – PAB. Vamos ver agora, meus caros, em linhas gerais, como funciona o processo administrativo fiscal. Apesar deste assunto não ter sido exigido no último edital do concurso, nada custa falar dos seus pontos principais, pois se aparecer no próximo edital vocês já terão uma boa noção. 9.1 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Quando o Fisco constata o não-recolhimento total ou parcial das contribuições previdenciárias, a falta de pagamento de benefício reembolsado (salário-família ou salário-maternidade) ou o Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 50 descumprimento de obrigação acessória lavra um auto de infração ou notificação de lançamento (art. 37, da Lei 8.212/91). O Auto de Infração – AI por descumprimento de obrigação acessória deve ser lavrado com discriminação clara e precisa da infração e das circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido, a penalidade aplicada e os critérios de sua gradação, indicando local, dia e hora de sua lavratura. Atualmente, o julgamento administrativo compete: I - Às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ), órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); a) em instância única, quanto aos processos relativos a penalidade por descumprimento de obrigação acessória e a restituição, a ressarcimento, a compensação, a redução, a isenção, e a imunidade de tributos e contribuições, bem como ao Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – Simples; e aos processos de exigência de crédito tributário de valor inferior a R$ 50.000,00, assim considerado principal e multa de ofício; b) em primeira instância, quanto aos de mais processos II em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF, órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos de natureza especial. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 50 Recebido o Auto de Infração, o contribuinte tem o prazo de 30 dias para efetuar o pagamento ou apresentar a defesa. Decorrido esse prazo, será automaticamente declarada a revelia, considerando-se procedente o lançamento. O processo deverá, neste caso, permanecer no órgão jurisdicionante, pelo prazo de trinta dias, para cobrança amigável, após o qual o débito será inscrito em Dívida Ativa da União. No caso de impugnação parcial, a parte não impugnada deve seguir para cobrança, enquanto a parte impugnada deve seguir para o julgamento da Delegacia da Receita de Julgamento. O Presidente de Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRJ) recorrerá de ofício ao Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda sempre que a decisão (art. 366, RPS): I - declarar indevida contribuição ou outra importância apurada pela fiscalização; e II - relevar ou atenuar multa aplicada por infraçãoa dispositivos deste Regulamento. Das decisões das DRJ, nos processos de interesse dos contribuintes, caberá recurso voluntário com efeito suspensivo dirigido ao Conselho de Recursos Administrativos Fiscais (CARF), situado em Brasília. Mantida a decisão, depois da análise da defesa apresentada, os contribuintes têm o prazo de 30 dias para interposição de recursos, contados da ciência da decisão. Decorrido o prazo sem que o recurso tenha sido interposto, será o sujeito passivo cientificado do trânsito em julgado administrativo e intimado a Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 50 regularizar sua situação no prazo 30 dias, contados da ciência da intimação. Esgotados os meios de cobrança amigável, o processo será encaminhado ao órgão competente para inscrição em Dívida Ativa da União. Em caso de manutenção da decisão contrária ao contribuinte pelo CARF, a SRFB insistirá por 30 dias na cobrança amigável, sendo, depois, o débito inscrito em Dívida Ativa. A Procuradoria tentará, então, executar o crédito previdenciário. 10. EXERCÍCIOS PARA A FIXAÇÃO DO APRENDIZADO 1) Técnico da Receita Federal Área Tributária e Aduaneira 2006 - ESAF Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. ( ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal. ( ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. ( ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social. a) V V V b) F F F c) F V V d) V V F e) F F V Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 50 2) Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF A arrecadação e o recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social constituem uma das principais tarefas de gestão tributária. Sobre elas o tempo decorrido mostra-se importante, considerando a jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre a legislação previdenciária de custeio. Entre as assertivas a seguir indicadas, assinale a correta. a) Prazos de prescrição e decadência podem ser definidos em lei ordinária. b) O prazo decadencial das contribuições da seguridade social é de 5 anos. c) A arrecadação e o recolhimento das contribuições podem ser feitos em qualquer momento. d) Valores recolhidos pelo fisco antes do julgamento de recursos extraordinários que discutiam o prazo de prescrição deverão ser devolvidos se forem superiores ao prazo de 5 anos do lançamento. e) A ação de cobrança do crédito tributário oriundo de contribuição social pode ser impetrada em qualquer momento. 3) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF A empresa contratante de serviços executados mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter determinado valor e recolher a importância retida. Assinale a assertiva correta com relação a qual o valor a ser retido e em nome de quem será recolhido. a) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço; em nome da empresa cedente da mão-de-obra. b) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou fatura de prestação de serviço; em nome do INSS. c) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço; em nome da empresa contratada. d) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou fatura de prestação de serviço; em nome da empresa contratante. e) Onze por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço; em nome da empresa cedente da mão-de-obra. 4) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF Além do pagamento das contribuições sociais, as empresas tem outras obrigações para com o fisco. Antônio José, empresário contribuinte individual, desejando cumprir com todas as suas obrigações fiscais, pede ao contador que seja elaborada a folha de pagamento das remunerações pagas ou creditadas por sua empresa. De acordo com a Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 50 situação-problema apresentada acima e das obrigações acessórias da empresa, é correto afirmar que: a) a referida folha de pagamento deve incluir todas as remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a serviço da empresa. b) a referida folha de pagamento deve incluir só os empregados da empresa. c) a referida folha de pagamento pode ser feita com qualquer padrão. d) a referida folha de pagamento deve incluir só os sócios da empresa. e) não há necessidade de elaboração de folha de pagamento, sendo necessário somente os depósitos bancários realizados no Livro de Caixa da empresa. 5) Assistente-Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda 2009 – ESAF Assinale a assertiva que não contém uma obrigação acessória das contribuições destinadas à Seguridade Social. a) Elaboração da folha de pagamento. b) Dever de prestar informações. c) Lançamento dos fatos geradores das contribuições. d) Pagamento da contribuição social. e) Dever do Cartório de comunicar óbitos. 6) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF Na busca da efetiva arrecadação da contribuição social, a legislação previdenciária de custeio dispõe sobre a responsabilidade solidária. Sabendo que a solidariedade nunca é presumida, resultando da lei ou da vontade das partes, assinale a assertiva incorreta com relação às pessoas solidárias pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social decorrentes de obra. a) O proprietário. b) O incorporador. c) O fiscal de obras da prefeitura. d) A empresa de comercialização de imóveis. e) O construtor. 7) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF Obra de construção civil realizada em grande shopping da cidade não contém prova regular e formalizada do montante dos salários pagos durante a sua execução. Assim, pode-se concluir que: Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 50 a) não poderá haver cobrança de contribuição social pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. b) o montante dos salários pagos pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão-de-obra empregada, proporcional à área construída. c) poderá haver cobrança sobre o valor total de empréstimos bancários usados na obra. d) poderá haver cobrança de contribuição social só sobre os salários pagos aos dirigentes da construtora. e) poderá haver a cobrança de uma sobretaxa de imposto de renda sobre o lucro da construtora. 8) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF Nos termos da legislação de custeio, quem não é obrigado a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas na Lei n. 8.212/91: a) o síndico. b) o liquidante de empresa em liquidação extrajudicial. c) o segurado da Previdência Social.d) o liquidante de empresa em liquidação judicial. e) o dependente da Previdência Social 9) Auditor-Fiscal da Receita Federal Área da Tecnologia da Informação 2005/2006 - ESAF Ficará sujeito à seguinte conseqüência, aquele que pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social: a) a responsabilidade da empresa ou pessoa física perante a Previdência Social e a responsabilidade administrativa do servidor que tiver efetuado o pagamento, se for o caso. b) a responsabilidade criminal por sonegação de contribuição previdenciária, além da responsabilidade civil e administrativa, se for o caso. c) ser imputado de crime cuja punibilidade se extingue se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, antes do início da ação fiscal. d) ser imputado de crime cuja punibilidade se extingue se o agente houver promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios. e) ser imputado de crime de menor potencial ofensivo se o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, for igual ou inferior àquele Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 50 estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 10) Técnico da Receita Federal Área Tributária e Aduaneira 2006 – ESAF Assinale abaixo o item que contenha uma informação errônea, sobre a obrigação acessória da empresa relativamente à Previdência Social. É obrigação da empresa a) inscrever, no Regime Geral de Previdência Social, os segurados empregados, mas não os trabalhadores avulsos a seu serviço. b) inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes individuais no Regime Geral de Previdência Social, as pessoas físicas contratadas sem vínculo empregatício. c) elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por estabelecimento, mas deverá fazê-lo por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo geral. d) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a cargo da empresa. e) fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, comprovante do pagamento de remuneração. Gabarito Fundamentado 1) A – todas estão verdadeiras, conforme art. 16, parágrafo único da Lei 8.212/91. 2) B – A questão faz referência à Súmula Vinculante 8, do STF. 3) E, conforme art. 31, da Lei 8.212/91. 4) A – Conforme art. 225, I, do RPS. 5) D a) Elaboração da folha de pagamento – art. 32, I, da Lei 8.212/91; b) Dever de prestar informações - art. 32, III, da Lei 8.212/91; Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 50 c) Lançamento dos fatos geradores das contribuições - art. 32, II, da Lei 8.212/91; d) Pagamento da contribuição social – esta é uma obrigação principal e não acessória, pois se trata de obrigação de pagar; e) Dever do Cartório de comunicar óbitos - art. 68, da Lei 8.212/91. 6) C – é a única alternativa que não está arrolada no art. 30, VI e VII, da Lei 8.212/91 7) B – conforme art. 33, § 4°, da Lei 8.212/91 8) E – conforme art. 33, § 2°, da Lei 8.212/91 9) C – conforme art. 168-A, III, do Código Penal 10) A – art. 18, §1°, do RPS – deve inscrever também os trabalhadores avulsos. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 50 ANEXO I – TEXTOS LEGAIS Lei 8.212/91 DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5.1.93) I - a empresa é obrigada a: a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração; b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência; (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). c) recolher as contribuições de que tratam os incisos I e II do art. 23, na forma e prazos definidos pela legislação tributária federal vigente; II - os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). III - a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa são obrigadas a recolher a contribuição de que trata o art. 25 até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da operação de venda ou consignação da produção, independentemente de essas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física, na forma estabelecida em regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). IV - a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa ficam sub-rogadas nas obrigações da pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12 e do segurado especial pelo cumprimento das obrigações do art. 25 desta Lei, independentemente de as operações de venda ou consignação terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física, exceto no caso do inciso X deste artigo, na forma estabelecida em regulamento; (Redação dada pela Lei 9.528, de 10.12.97) V - o empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, no prazo referido no inciso II deste artigo; (Redação dada pela Lei n° 8.444, de 20.7.92) VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 50 garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem; (Redação dada pela Lei 9.528, de 10.12.97) VII - exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporadorde imóveis, ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor; VIII - nenhuma contribuição à Seguridade Social é devida se a construção residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo econômico, for executada sem mão-de-obra assalariada, observadas as exigências do regulamento; IX - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei; X - a pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12 e o segurado especial são obrigados a recolher a contribuição de que trata o art. 25 desta Lei no prazo estabelecido no inciso III deste artigo, caso comercializem a sua produção: (Inciso alterado e alíneas acrescentadas pela Lei 9.528, de 10.12.97) a) no exterior; b) diretamente, no varejo, ao consumidor pessoa física; c) à pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12; d) ao segurado especial; XI - aplica-se o disposto nos incisos III e IV deste artigo à pessoa física não produtor rural que adquire produção para venda no varejo a consumidor pessoa física. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97) XII – sem prejuízo do disposto no inciso X do caput deste artigo, o produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). b) de comercialização de artesanato ou do exercício de atividade artística, observado o disposto nos incisos VII e VIII do § 10 do art. 12 desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). XIII – o segurado especial é obrigado a arrecadar a contribuição de trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la no prazo referido na alínea b do inciso I do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). § 1º Revogado pela Lei nº 9.032, de 28.4.95. Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 50 2 o Se não houver expediente bancário nas datas indicadas: (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). I - nos incisos II e V do caput deste artigo, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior; e (Incluído pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). II - na alínea b do inciso I e nos incisos III, X e XIII do caput deste artigo, até o dia útil imediatamente anterior. (Incluído pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). § 3º Aplica-se à entidade sindical e à empresa de origem o disposto nas alíneas "a" e "b" do inciso I, relativamente à remuneração do segurado referido no § 5º do art. 12. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 4 o Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). § 5 o Aplica-se o disposto no § 4 o ao cooperado que prestar serviço a empresa por intermédio de cooperativa de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). § 6 o O empregador doméstico poderá recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a parcela a seu cargo relativas à competência novembro até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13 o (décimo terceiro) salário, utilizando-se de um único documento de arrecadação. (Incluído pela Lei nº 11.324, de 2006). § 7 o A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da mercadoria, para fins de comprovação da operação e da respectiva contribuição previdenciária. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). § 8 o Quando o grupo familiar a que o segurado especial estiver vinculado não tiver obtido, no ano, por qualquer motivo, receita proveniente de comercialização de produção deverá comunicar a ocorrência à Previdência Social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). § 9 o Quando o segurado especial tiver comercializado sua produção do ano anterior exclusivamente com empresa adquirente, consignatária ou cooperativa, tal fato deverá ser comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo familiar. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5 o do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 50 § 1 o O valor retido de que trata o caput deste artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2 o Na impossibilidade de haver compensação integral na forma do parágrafo anterior, o saldo remanescente será objeto de restituição. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). § 3 o Para os fins desta Lei, entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). § 4 o Enquadram-se na situação prevista no parágrafo anterior, além de outros estabelecidos em regulamento, os seguintes serviços: (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). I - limpeza, conservação e zeladoria; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). II - vigilância e segurança; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). III - empreitada de mão-de-obra; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). IV - contratação de trabalho temporário na forma da Lei n o 6.019, de 3 de janeiro de 1974. (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). § 5 o O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas de pagamento distintas para cada contratante. (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). § 6 o Em se tratando de retenção e recolhimento realizados na forma do caput deste artigo, em nome de consórcio, de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei n o 6.404, de 15 de dezembro de 1976, aplica-se o disposto em todo este artigo, observadaa participação de cada uma das empresas consorciadas, na forma do respectivo ato constitutivo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) Art. 32. A empresa é também obrigada a: I - preparar folhas-de-pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social; II - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; III – prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) IV – declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 50 previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.403, de 2002). § 1 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2 o A declaração de que trata o inciso IV do caput deste artigo constitui instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 3 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 4 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 5 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 6 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 7 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 8 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 9 o A empresa deverá apresentar o documento a que se refere o inciso IV do caput deste artigo ainda que não ocorram fatos geradores de contribuição previdenciária, aplicando-se, quando couber, a penalidade prevista no art. 32-A desta Lei. § 10. O descumprimento do disposto no inciso IV do caput deste artigo impede a expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 11. Em relação aos créditos tributários, os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações de que trata este artigo devem ficar arquivados na empresa até que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes das operações a que se refiram. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) Art. 32-A. O contribuinte que deixar de apresentar a declaração de que trata o inciso IV do caput do art. 32 desta Lei no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentá-la ou a prestar esclarecimentos e sujeitar-se-á às seguintes multas: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). II – de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3 o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 50 § 1 o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso II do caput deste artigo, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não-apresentação, a data da lavratura do auto de infração ou da notificação de lançamento. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). § 2 o Observado o disposto no § 3 o deste artigo, as multas serão reduzidas: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). I – à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). II – a 75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). § 3 o A multa mínima a ser aplicada será de: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratando-se de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). § 1 o É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por intermédio dos Auditores- Fiscais da Receita Federal do Brasil, o exame da contabilidade das empresas, ficando obrigados a prestar todos os esclarecimentos e informações solicitados o segurado e os terceiros responsáveis pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). § 2 o A empresa, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o síndico ou seu representante, o comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial são obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). § 3 o Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). § 4 o Na falta de prova regular e formalizada pelo sujeito passivo, o montante dos salários pagos pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão de obra empregada, proporcional à área construída, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, dono da obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa corresponsável o ônus da prova em contrário. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). Acesse www.baixarveloz.net Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF Curso Teórico + Exercícios Prof Ivan Kertzman – Aula 05 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 50 § 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente
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