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Aula 05 - Direito Previdenciário.Text.Marked

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Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF 
Curso Teórico + Exercícios 
Prof Ivan Kertzman – Aula 05 
 
Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 50 
AULA 05 
 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação da Aula 1 
2. Contribuição da União 1 
3. Competência do INSS e da RFB 2 
4. Obrigações Fiscais 5 
4.1 Obrigações Assessorias 6 
4.2 Obrigação Principal 14 
5. Decadência e Prescrição das Contribuições 16 
6. Retenção dos 11% na Prestação de Serviços 18 
7. Responsabilidade Solidária 21 
8. Crimes Contra a Seguridade Social 23 
9. Recurso das Decisões Administrativas 26 
9.1 Processo Administrativo Fiscal 26 
10. Exercícios Fundamentados 29 
Anexo I – Textos Legais 35 
 
 
1. APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Meus guerreiros, chegamos à nossa última aula. Parabéns aos que 
chegaram ilesos até aqui, mas vocês precisarão de muita força para 
continuar nesta guerra. Nunca larguem as armas, pois se fizerem isso a 
derrota será inevitável! 
 
Na aula de hoje, falarei de temas acessórios de custeio das empresas, tais 
como obrigações acessórias e multa pelo inadimplemento das obrigações 
principais, competência da RFB, retenção e responsabilidade solidária e 
prescrição e decadência. 
 
Vamos, meus guerreiros, e não se esqueçam que a luta continuará até a 
batalha final! 
 
 
2. CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO 
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Curso Teórico + Exercícios 
Prof Ivan Kertzman – Aula 05 
 
Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 50 
 
A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do 
Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual. 
 
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências 
financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de 
benefícios de prestação continuada da previdência social, na forma da Lei 
Orçamentária anual. 
 
 
3. COMPETÊNCIA DO INSS E DA SRFB 
 
No passado, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS acumulava as 
competências de administração e concessão dos benefícios 
previdenciários com as de arrecadação, fiscalização e normatização do 
recolhimento das contribuições previdenciárias. 
 
Após algumas alterações legislativas, atualmente, à Autarquia 
Previdenciária somente cabe a gestão de assuntos relacionados aos 
benefícios previdenciárias, estando a competência relacionada à 
arrecadação, fiscalização e cobrança de tributos previdenciários com a 
Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB. 
 
O art. 125-A, da Lei 8.213/91, incluído pela MP 449/08, dispõe que 
“compete ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS realizar, por meio 
dos seus próprios agentes, quando designados, todos os atos e 
procedimentos necessários à verificação do atendimento das obrigações 
não-tributárias impostas pela legislação previdenciária e à imposição da 
multa por seu eventual descumprimento”. Assim, os servidores do INSS 
podem efetuar diligências em empresas para verificação de assuntos de 
interesses dos segurados da previdência social. 
 
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Curso Teórico + Exercícios 
Prof Ivan Kertzman – Aula 05 
 
Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 50 
A empresa deve disponibilizar a servidor designado por dirigente do INSS 
os documentos necessários à comprovação de vínculo empregatício, de 
prestação de serviços e de remuneração relativos a trabalhador 
previamente identificado, não podendo a diligência abranger atividades de 
competência dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil. 
 
 
 
A RFB não possui competência para instituir tributos, mas, apenas, para 
arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições 
sociais dos segurados e das empresas, incidentes sobre a remuneração 
dos trabalhadores, bem como as contribuições incidentes a título de 
substituição. Somente o poder legislativo tem competência para 
instituição de tributos, devido ao princípio da legalidade. 
 
É prerrogativa da RFB o exame da contabilidade da empresa, ficando os 
contribuintes obrigados a prestar todas as informações e esclarecimentos 
solicitados, assim como a exibir todos os documentos e livros 
relacionados às contribuições sociais. 
 
A empresa, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o 
síndico ou seu representante, o comissário e o liquidante de empresa em 
liquidação judicial ou extrajudicial são obrigados a exibir todos os 
documentos e livros relacionados com as contribuições sociais (art. 33, 
§2°, da Lei 8.212/91). 
 
Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação ou 
sua apresentação deficiente, a SRFB pode, sem prejuízo da penalidade 
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Curso Teórico + Exercícios 
Prof Ivan Kertzman – Aula 05 
 
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cabível, inscrever, de ofício, importância devida. Esta é a técnica do 
arbitramento de tributos que deve ser utilizada pelo Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil sempre que a falta ou inadequação da 
documentação impeça seu trabalho de auditoria. 
 
O arbitramento, conhecido também como aferição indireta, é muito 
utilizado para regularização de obra de construção civil, quando o 
construtor não possui a documentação demonstrativa da mão-de-obra 
empregada. Neste caso, o fisco afere o valor devido a partir de um cálculo 
efetuado com base na área construída e no padrão da construção. 
 
Observe-se que, em relação aos créditos tributários, os documentos 
comprobatórios do cumprimento das obrigações previdenciárias devem 
ficar arquivados na empresa, até que ocorra a prescrição relativa aos 
créditos decorrentes das operações a que se refiram (art. 32, §11, da Lei 
8.212/91). 
 
A SRFB pode promover a apreensão de comprovantes de arrecadação e 
de pagamento de benefícios, bem como de quaisquer documentos 
pertinentes, inclusive contábeis, mediante lavratura do competente 
termo, com a finalidade de apurar administrativamente a ocorrência dos 
crimes previstos em lei. 
 
Os Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil têm livre acesso a todas 
as dependências ou estabelecimentos da empresa, podendo efetuar a 
verificação física dos segurados em serviço, para confronto com os 
registros e documentos da empresa, podendo requisitar e apreender 
livros, notas técnicas e demais documentos necessários ao perfeito 
desempenho de suas funções, caracterizando-se como embaraço à 
fiscalização qualquer dificuldade oposta à consecução do objetivo. 
 
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Curso Teórico + Exercícios 
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Se o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil constatar que o segurado 
contratado como contribuinte individual, trabalhador avulso, ou sob 
qualquer outra denominação, preenche as condições de empregado, pode 
efetuar seu enquadramento nesta categoria, cobrando todas as 
contribuições pertinentes. 
 
A fiscalização das entidades fechadas de previdência privada e dos 
regimes próprios de previdência social dos servidores públicos e dos 
militares da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é de 
competência dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil. 
 
A autoridade policial prestará à fiscalização, mediante solicitação, o auxílio 
necessário ao regular desempenho dessa atividade. 
 
4. OBRIGAÇÕES FISCAIS 
 
Meus amigos, a relação entre o Fisco e as empresas é regida por uma 
série de obrigaçõesimpostas pela legislação. Todas as imposições devem 
ser atendidas pelos contribuintes para que se evite a aplicação de 
penalidades pelo ente fiscalizador. 
 
As obrigações fiscais dividem-se em principais e acessórias. As principais 
são as de recolher os valores das multas e tributos devidos, enquanto as 
obrigações acessórias são imposições a que as empresas se submetem 
por exigência do tributante. Trata-se de obrigações de fazer (positivas) ou 
deixar de fazer (negativas) que objetivam viabilizar a fiscalização ou 
garantir a liquidez dos créditos tributários. 
 
No que tange à Previdência Social, as empresas têm como obrigação 
principal o recolhimento das contribuições sociais e de outras 
importâncias devidas (multa, juros, etc.) e, ainda, grande número de 
obrigações acessórias. 
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As obrigações principais previdenciárias não cumpridas (inadimplência) 
devem ser cobradas pelo órgão responsável pela administração do 
sistema (SRFB), acrescidas de juros de mora e multa. 
 
As obrigações acessórias descumpridas serão penalizadas pelo auditor-
fiscal da Receita Federal do Brasil com a lavratura de auto de infração por 
descumprimento de obrigação acessória. 
 
4.1 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 
 
Arts. 225 e 283 a 289, Decreto 3.048/99 
 
A título exemplificativo, as principais obrigações acessórias da empresa 
são: 
 
a) preparar folha de pagamento mensal da remuneração 
de todos os segurados a seu serviço, mantendo, em cada 
estabelecimento, uma via desta e recibos de pagamento. A 
folha de pagamento deve ser elaborada por estabelecimento 
da empresa, por obra de construção civil e por tomador de 
serviços, com a correspondente totalização e deverá: 
 
I - discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou 
serviço prestado; 
 
II - agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado 
empregado, trabalhador avulso, empresário, trabalhador autônomo 
ou a este equiparado, e demais pessoas físicas; 
 
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III - agrupar os segurados por categoria, assim entendido: 
segurado empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual; 
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) 
 
IV - destacar o nome das seguradas em gozo de salário-
maternidade; 
 
V - destacar as parcelas integrantes e não integrantes da 
remuneração e os descontos legais; e 
 
VI - indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada 
segurado empregado ou trabalhador avulso. 
 
A empresa que deixar de preparar a folha de pagamento nos padrões 
exigidos pela legislação previdenciária fica sujeita a Auto de Infração, no 
valor de R$ 1.617,12, atualizado anualmente (Portaria Interministerial 
MPS/MF 2, de 06/01/2012). 
 
Caso a empresa deixe de elaborar folha de pagamento ou não a 
apresente à Auditoria Fiscal da Receita Federal do Brasil, ficará sujeita a 
AI, no valor de R$ 16.170,98. Neste caso, a fiscalização poderá, ainda, 
efetuar o arbitramento do valor da folha de pagamento para calcular o 
valor das contribuições previdenciárias devidas. 
 
 
b) elaborar a GFIP (documento de declaração mensal de 
valores devidos à Previdência Social) e entregá-la à Caixa 
Econômica Federal, em meio digital ou pela internet, até o 
dia 7 do mês subsequente aos fatos geradores; nesse mesmo 
documento, é efetuado o recolhimento do FGTS dos empre-
gados; 
 
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A GFIP é o documento de declaração mensal de valores devidos à 
Previdência Social e deve ser entregue, em meio digital, na Caixa 
Econômica Federal ou, pela Internet, até o dia 07 do mês subsequente 
aos fatos geradores. Caso não haja expediente bancário no dia 7, a 
entrega deverá ser antecipada para o dia de expediente bancário 
imediatamente anterior. 
Neste mesmo documento, é efetuado o recolhimento do FGTS dos 
empregados, no mesmo prazo em que a GFIP deve ser entregue. 
 
Na GFIP, devem estar declarados todos os fatos geradores de 
contribuição previdenciária, como, por exemplo, a remuneração dos 
empregados, avulsos e contribuintes individuais que prestaram serviço à 
empresa durante o mês, a contratação de cooperativas de trabalho, as 
compras de produtos rurais diretamente de pessoas físicas, os valores 
retidos dos segurados etc. 
 
Assim como a folha de pagamento, a GFIP deve ser elaborada por 
estabelecimento, por obra de construção civil ou por tomador de serviço. 
 
Além da notificação de débito, do auto de infração e da confissão de 
débito, a GFIP também constitui o crédito da seguridade social. Assim, a 
declaração em GFIP constitui confissão de dívida e instrumento hábil e 
suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações 
comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios 
previdenciários (art. 32, §2°, da Lei 8.212/91, com redação dada pela MP 
449, de 03/12/2008). 
 
A penalidade relativa à falta de apresentação de GFIP ou de sua 
apresentação com incorreções ou omissões foi recentemente alterada 
pela MP 449, convertida na lei 11.941, de 27/05/09. 
 
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Após a profunda alteração, que introduziu o art. 32-A, na Lei 8.212/91, o 
contribuinte que deixar de apresentar a GFIP no prazo fixado ou que a 
apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentá-la ou 
a prestar esclarecimentos, e sujeitar-se-á às seguintes multas: 
 
I - de dois por cento ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o 
montante das contribuições informadas, ainda que integralmente 
pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o 
prazo, limitada a vinte por cento; 
 
II - de R$ 20,00 para cada grupo de dez informações incorretas ou 
omitidas. 
 
A multa mínima a ser aplicada no caso de não apresentação ou entrega 
em atraso será de: 
 
I - R$ 200,00, tratando-se de omissão de declaração sem 
ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária; 
 
II - R$ 500,00, nos demais casos. 
 
As multas serão reduzidas, desde que não sejam inferiores ao valor 
mínimo mencionado: 
 
I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, 
mas antes de qualquer procedimento de ofício; 
 
II - a setenta e cinco por cento, se houver apresentação da 
declaração no prazo fixado em intimação. 
 
 
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c) lançar, mensalmente, em títulos próprios de sua conta-
bilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas 
as contribuições, o montante das quantias descontadas, as 
contribuições da empresa e os totais recolhidos; 
 
Lançar em títulos próprios significa segregar na contabilidade todas as 
operações que constituam fato gerador de contribuição previdenciária. 
Esta é uma exigência para viabilizar a fiscalização da empresa. As 
empresas que não separam os fatos geradores em sua contabilidadedificultam o trabalho de auditoria. 
 
A empresa deve, então, contabilizar, em contas específicas os valores da 
remuneração dos empregados, avulsos e contribuintes individuais, o valor 
das notas fiscais de cooperativas de trabalho, as compras de produtos 
rurais etc. 
 
A empresa que deixar de lançar em títulos próprios, na contabilidade, os 
fatos geradores de contribuição previdenciária fica sujeita a AI de R$ 
16.170,98. 
 
 
d) emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) à 
Previdência Social relacionando os acidentes de trabalho 
com seus empregados e avulsos até o primeiro dia útil poste-
rior à ocorrência e, em caso de morte, de imediato; 
 
A sonegação de CAT sujeita o responsável à multa variável entre os 
limites mínimos (R$ 622,00) e máximo (R$ 3.916,20) do salário-de-
contribuição, por cada acidente que tenha deixado de comunicar no prazo 
legal. 
 
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A multa parte do valor mínimo e, a cada reincidência, é elevada em duas 
vezes, podendo atingir o limite do maior salário-de-contribuição. 
 
e) descontar da remuneração paga aos segurados a seu 
serviço importância devida à Seguridade Social. 
 
f) As pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito não 
garantido para com a União e suas autarquias de Previdência 
e Assistência Social, por falta de recolhimento de imposto, 
taxa ou contribuição, no prazo legal, não poderão (art. 52, da 
Lei 8.212/91): 
 
I) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas; 
 
II) dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou 
quotistas, bem como a seus diretores e demais membros de 
órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos; 
 
Se a empresa estiver devendo ao Fisco Previdenciário, não pode distribuir 
os resultados para os acionistas, sócios e diretores. Esta é uma obrigação 
acessória negativa (obrigação de deixar de fazer) que objetiva garantir a 
liquidez dos créditos previdenciários. 
 
Consideram-se débitos, desde que não estejam com a exigibilidade 
suspensa, os Autos de Infração, os parcelamentos em atraso inscritos em 
dívida ativa, os Autos de Infrações transitados em julgado na fase 
administrativa, os valores declarados em GFIP e a provisão contábil de 
contribuições sociais não recolhidas. 
 
A inobservância à vedação da distribuição de lucros ou bonificação a 
sócios ou acionistas importa em multa que será imposta: 
 
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I - às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações 
ou remunerações, em montante igual a 50% das quantias 
distribuídas ou pagas indevidamente; 
 
II - aos diretores e demais membros da administração superior que 
receberem as importâncias indevidas, em montante igual a 50% 
dessas importâncias. 
 
Além das obrigações acessórias anteriormente mencionadas, 
existem diversas outras que acarretam penalidades, quando 
descumpridas. 
 
Serão penalizados com AI de R$ 1.617,12 os responsáveis que 
descumprirem as seguintes obrigações acessórias: 
 
 Deixar a empresa de se matricular na SRFB, dentro de 30 dias 
contados da data de início de sua atividade, quando não sujeita à 
inscrição no CNPJ. Caso efetue a inscrição no CNPJ, a matrícula no 
INSS/SRFB é efetuada automaticamente; 
 
 Deixar de descontar da remuneração paga aos segurados a seu 
serviço importância devida à Seguridade Social. A partir de abril de 
2003, esta obrigação foi estendida aos contribuintes individuais; 
 
 Deixar o Titular de Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de 
comunicar ao INSS, até o dia 10 de cada mês, a ocorrência dos 
óbitos do mês anterior ou prestar informações inexatas. Esta 
obrigação é fundamental para que o INSS interrompa o pagamento 
dos benefícios de pessoas já falecidas; 
 
 Deixar a empresa de elaborar o Perfil Profissiográfico Previdenciário 
– PPP, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador, e 
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fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia 
autêntica deste documento. 
 
Serão penalizados, ainda, com AI de R$ 16.170,98, os responsáveis 
que descumprirem as seguintes obrigações acessórias: 
 
 Deixar de apresentar à SRFB, os documentos que contenham as 
informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse, na 
forma estabelecida ou os esclarecimentos necessários à 
fiscalização; 
 
 Deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de 
serventia extrajudicial de exigir CND, quando da contratação com 
o Poder Público ou no recebimento de benefício fiscal ou 
creditício ou, ainda, na alienação de bem imóvel ou móvel 
incorporado ao ativo permanente da empresa de valor superior a 
R$ 40.427,12; 
 
 Deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de 
serventia extrajudicial de exigir CND no registro, no órgão 
público, de ato relativo à baixa, redução de capital, cisão, 
transformação ou extinção e transferência do controle de cotas 
de sociedade ltda; 
 
 Deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de 
serventia extrajudicial de exigir CND de proprietário ou 
incorporador de obra de construção civil, no ato da averbação da 
obra; 
 
 Deixar a empresa, o servidor, o segurado, o serventuário da 
Justiça, o síndico, o comissário ou liquidante de exibir 
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documentos e livros relacionados às contribuições sociais ou 
apresentá-los sem atender às formalidades exigidas; 
 
 Deixar a entidade promotora de espetáculo desportivo de efetuar 
o desconto dos 5% relativos aos espetáculos promovidos; 
 
 Deixar a empresa de manter laudo técnico atualizado com 
referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de 
trabalho ou emitir documento de comprovação de efetiva 
exposição em desacordo com o laudo. 
 
 
4.2 OBRIGAÇÃO PRINCIPAL 
 
Arts. 238 a 245, Decreto 3.048/99 
 
A obrigação principal previdenciária consiste em recolher as contribuições 
sociais devidas no prazo fixado pela legislação. Em caso de atraso no 
cumprimento dessa obrigação, o contribuinte fica sujeito ao pagamento 
de juros de mora e à pena de multa. 
 
Juros de mora 
 
Sobre os débitos previdenciários e os referentes a contribuições para 
outras entidades e fundos (“terceiros”), incidirão juros de mora calculados 
à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, 
a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo, até 
o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês de pagamento. Esta 
sistemática está prevista no art. 35, da Lei 8.212/91 (alterado pela Lei 
11.941/2009), combinado com o art. 61, da Lei 9.430/96. 
 
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Meus amigos, notem que a sistemática prevista no art. 239 do RPS, que 
impõe juros de 1% na data de vencimento, foi revogada tacitamente pela 
Lei 11.941/2009. 
 
Exemplo: Contribuição a ser recolhida dia 20/01/11, foi paga nodia 
10/05/11. No cálculo dos juros, deve incluir a Selic de 02/11 a 04/11, 
somado com 1% reverente ao mês de pagamento (abril). 
 
Multa moratória 
 
Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições 
administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores 
ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, não pagos nos prazos 
previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, 
calculada à taxa de 0,33%, por dia de atraso (art. 61, da Lei 9.420/96). 
 
Esta multa deve ser calculada, a partir do primeiro dia subsequente ao do 
vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da 
contribuição, até o dia em que ocorrer o seu pagamento. O percentual de 
multa a ser aplicado fica limitado a 20%. 
 
Multa de Ofício 
 
A Lei 11.941/2009 incluiu previsão para aplicação de multas de ofício no 
art. 35-A, na Lei 8.212/91, dispondo que, nos casos de lançamento de 
ofício, aplica-se o disposto no art. 44, da Lei 9.430, de 1996. 
 
O inciso I, do art. 44, da Lei 9.430/96 prevê multa de 75% sobre a 
totalidade ou diferença de imposto ou contribuição, nos casos de falta de 
pagamento ou de declaração, e, ainda, nos casos de declaração inexata. 
 
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O percentual de multa de 75% será duplicado, na hipótese de ocorrência 
de sonegação, fraude ou conluio, independentemente de outras 
penalidades administrativas ou criminais cabíveis. ` 
 
Os percentuais de multa de 75% ou 150% serão aumentados na metade, 
na hipótese de o sujeito passivo não atender o quanto determinado, no 
prazo constante da intimação para: 
 
I - prestar esclarecimentos; 
 
II - apresentar os arquivos ou sistemas, quando a empresa utilizar 
sistema de processamento eletrônico de dados; 
 
III - apresentar a documentação técnica completa e atualizada do 
sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria, no caso do 
sujeito passivo ser usuário de sistema de processamento de dados. 
 
Assim, a multa de ofício pode totalizar 112,5% ou 225%, no caso de 
agravamento em 50% das multas de 75% e 150%, respectivamente. 
 
5. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES 
 
Meus amigos, grosso modo, quando se fala em direito do fisco de cobrar 
as contribuições previdenciárias devidas pelos contribuintes, temos os 
seguintes conceitos: 
 
Decadência: prazo que o Fisco tem para lavrar o auto de infração contra 
o contribuinte que deixou de pagar o tributo. 
 
Prescrição: prazo que a fazenda pública tem para ajuizar ação de 
execução fiscal para exigir judicialmente o pagamento dos valores 
lançados pelo Fisco. 
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Os prazos de prescrição e decadência de 10 anos previstos nos art. 45 e 
46, da Lei 8.212/91 foram julgados inconstitucionais pelo STF, que editou 
a Súmula Vinculante 8. Assim, o STF entendeu, com base no artigo 146, 
III, b, da Constituição Federal, que os prazos prescricionais e 
decadenciais devem ser regulamentados por Lei Complementar, adotando 
o prazo de decadência de cinco anos para cobrança de ofício das 
contribuições previdenciárias, previsto no Código Tributário Nacional, 
contados: 
 
a) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito pode-
ria ter sido constituído; 
b) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, 
por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. 
 
O prazo prescricional para ajuizamento de ação de execução fiscal 
previsto no CTN é também de 5 anos, contados da data de constituição 
do crédito tributário. 
 
Na hipótese de ocorrência de dolo, fraude ou simulação, a Seguridade 
Social pode, a qualquer tempo, apurar e constituir seus créditos. 
 
O direito de pleitear restituição ou reembolso ou de realizar com-
pensação de contribuições ou de outras importâncias extingue-se em 
cinco anos, contados do dia: 
 
a) do recolhimento ou do pagamento indevido; 
 
b) em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar 
em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado ou 
revogado a decisão condenatória; 
 
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c) do vencimento da competência em que deixou de ser efetua-
do o reembolso, mediante dedução; 
 
d) do vencimento para recolhimento da retenção efetuada com 
base na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços. 
 
O direito de pleitear judicialmente a desconstituição de exigência fiscal 
fixada pela SRFB, no julgamento de litígio em processo administrativo fis-
cal, extingue-se com o decurso do prazo de 180 dias, contado da intima-
ção da referida decisão. 
 
 
 
6. RETENÇÃO DE 11% SOBRE A NOTA FISCAL DOS 
PRESTADORES DE SERVIÇOS 
 
Arts. 31, Lei 8.212/91, e 221 a 224, Decreto 3.048/99 
 
A partir de fevereiro de 1999 (Lei 9.711/98), a empresa contratante de 
serviços executados mediante cessão de mão-de-obra passou a ter a 
obrigação de reter 11% do valor da nota fiscal ou fatura de prestação de 
serviços e recolhê-los, em nome da prestadora, até o dia 20 do mês 
subsequente ao da emissão da nota. Note-se que o mês de recolhimento 
deve ser o seguinte à data que conste da emissão da nota fiscal, inde-
pendentemente de quando o serviço contratado foi pago. 
 
A empresa prestadora de serviço, por sua vez, tem de destacar, na nota 
fiscal, o valor da retenção a ser efetuada pela contratante. 
Independentemente do destaque, entretanto, a empresa que utilizar 
serviço envolvendo cessão de mão-de-obra deve, de toda maneira, efe-
tuar a retenção. O erro cometido pela prestadora de não efetuar destaque 
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na nota fiscal não exime a responsabilidade da tomadora de reter e reco-
lher as contribuições. 
 
Essa retenção é uma antecipação da contribuição previdenciária da 
prestadora de serviço, não gerando qualquer custo adicional para a 
contratante ou contratada. A empresa cedente de mão-de-obra deve 
compensar-se dos valores retidos, após apuração do valor da contribuição 
previdenciária a pagar, calculada no fechamento da folha de pagamento. 
 
Exemplo: a empresa MK Artigos Esportivos contratou a Limpelogo, pres-
tadora de serviços de limpeza, por um período de dois anos, ajustando-se 
o pagamento de R$ 10.000,00. Em fevereiro, efetuou o destaque de R$ 
700,00; em março, não efetuou o destaque; e, em abril, destacou R$ 
1.100,00. A contribuição a pagar da prestadora, apurada no fim de cada 
mês, com base na folha de pagamento, foi de R$ 2.000,00 mensais. Que 
valor deve ser retido pela empresa MK e recolhido pela Limpelogo? 
 
Resposta: independentemente do correto destaque na nota fiscal, a 
empresa MK deve reter da Limpelogo o valor de R$ 1.100,00 (11% x R$ 
10.000,00) em cada mês e recolhê-lo em nome da prestadora e pagar à 
Limpelogo a diferença entre o valor da nota e o retido, que totaliza R$ 
8.900,00 (R$ 10.000,00 – R$ 1.100,00). A Limpelogo deve pagar em 
cada mês o valor da diferença entre as contribuições apuradas e as ante-
cipadas mediante retenção, que totaliza R$ 900,00 (R$ 2.000,00 – R$ 
1.100,00). 
 
Nem todos os serviços prestadospor pessoas jurídicas sujeitam-se à 
obrigatoriedade da retenção. Alguns somente estão sujeitos à retenção 
quando contratados por cessão de mão-de-obra ou por empreitada. 
 
Entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à disposição do 
contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que 
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realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da 
empresa, quaisquer que sejam a natureza ou a forma de contratação (art. 
31, § 3.º, Lei 8.212/91). 
 
Já a empreitada é a execução contratualmente estabelecida de tarefa, 
de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem o fornecimento de 
materiais ou uso de equipamentos, realizados em suas dependências, nas 
da contratada ou nas de terceiros, tendo como objetivo um fim específico 
ou resultado pretendido (art. 116, IN 971/09, da SRFB). 
 
Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de--
obra ou empreitada, os serviços de limpeza, conservação ou zeladoria, de 
vigilância ou segurança, de construção civil, de natureza rural (desmata-
mento, lenhamento, aração ou gradeamento, capina, etc.), de digitação e 
preparação de dados para processamento (art. 117, IN 971/09, da SRFB). 
 
Existem, ainda, os serviços que devem sujeitar-se somente à retenção 
nos casos de contratação por cessão de mão-de-obra, que são: acaba-
mento, embalagem, acondicionamento, cobrança, coleta ou reciclagem de 
lixo, copa, hotelaria, corte ou ligação de serviços públicos, distribuição, 
treinamento e ensino, entrega de contas e de documentos, ligação e leitu-
ra de medidores, manutenção de instalações, de máquinas ou de equipa-
mentos, montagem, operação de máquinas, operação de pedágio ou de 
terminal de transporte, operação de transporte de passageiros, portaria, 
recepção ou ascensorista, promoção de vendas ou de eventos, secretaria 
e expediente, saúde e telefonia ou telemarketing (art. 117, IN 971/09, da 
SRFB). 
 
A lista de serviços sujeitos à retenção é exaustiva, ou seja, nenhu-
ma espécie de serviço não listada se sujeitará à incidência de retenção. 
Caso a empresa terceirize seu departamento jurídico, mantendo advoga-
dos de um escritório contratado em suas instalações, não será necessário 
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efetuar a retenção dos 11% sobre o valor da nota fiscal da prestadora, já 
que a modalidade “serviços advocatícios” não foi relacionada na listagem. 
Se a empresa optante pelo Simples prestar um dos serviços listados 
sofrerá, como qualquer outra, a retenção dos 11% previstos na legisla-
ção. 
 
Quando a prestação de serviço estiver acompanhada do fornecimento de 
materiais ou utilização de equipamentos, o percentual de 11% será apli-
cado apenas sobre o valor relativo ao serviço, que deve estar discrimina-
do em contrato. 
 
Nos serviços contratados em que houver exposição a agentes nocivos, 
é necessária uma complementação da alíquota de 11% de 2%, 3% ou 
4% para atividades sujeitas a aposentadoria especial de 25, 20 ou 15 
anos, respectivamente. A alíquota total de retenção perfaz, então, 13%, 
14% ou 15% (Lei 10.666/03). 
 
7. RESPONSABILIDADE SOLIDARIA 
 
A responsabilidade solidária persiste para as obras de construção 
civil contratadas por empreitada total, ou seja, quando toda a obra é 
executada por apenas um prestador. Neste caso, o contratante pode 
optar pela retenção, elidindo-se da responsabilidade, ou escolher o 
instituto da solidariedade. 
 
Quando a contratante de obra de construção civil por empreitada total 
optar pela solidariedade, deve manter cópias da folha de pagamento, 
GFIP (documento declaratório) e GPS (documento de arrecadação). 
 
O proprietário, o incorporador ou condômino da unidade imobiliária, 
qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou 
acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, 
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pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, 
ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da 
obra. Admite-se, no entanto, a retenção de importância a este devida 
para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em 
qualquer hipótese, o benefício de ordem. 
 
Exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o 
adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com 
empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes 
solidariamente responsáveis com o construtor. 
 
Os administradores de autarquias e fundações públicas, empresas 
públicas e de sociedades de economia mista, que se encontrarem em 
mora, por mais de 30 dias, no recolhimento das contribuições sociais, 
tornam-se solidariamente responsáveis pelo respectivo pagamento. 
 
Outra situação de responsabilidade solidária ocorre entre as empresas 
que integram grupo econômico de qualquer natureza e os produtores 
rurais que integram consorcio simplificado de pessoas físicas, os 
quais respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações 
previdenciárias. 
 
O operador portuário (administrador do porto) e o órgão gestor 
de mão-de-obra também são solidariamente responsáveis pelo 
pagamento das contribuições previdenciárias devidas à Previdência 
Social, relativamente à requisição de mão-de-obra de trabalhador avulso. 
 
As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente 
pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são responsáveis pelo 
recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem como das contribuições 
ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, no limite do uso 
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que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato (Lei 12.023, 
de 27/08/09). 
Por fim, ressalte-se que o STF editou a Súmula 430, exarando 
entendimento acerca da responsabilidade solidária do sócio-gerente, com 
a seguinte redação: ”O inadimplemento da obrigação tributária pela 
sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-
gerente” (Rel. Min. Luiz Fux, em 24/3/2010). 
 
8. CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL 
 
Caros soldados, para que vocês não percam tempo estudando assuntos 
que certamente não serão cobrados na prova, estudaremos apenas 2 
crimes contra a seguridade social (sonegação fiscal e apropriação indébita 
previdenciária) e ficaremos restritos ao texto do código penal. Apesar 
destes assuntos não estarem previstos no programa do último edital, 
acho importante que vocês tenham noções básicas sobre este tema, que 
poderá ser cobrado no próximo concurso. Isso certamente será suficiente 
para responder uma improvável questão sobre este tema na prova. 
Podem confiar no Capitão! 
 
Apropriação Indébita Previdenciária – Art. 168-A, do Código Penal 
 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições 
recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
 
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I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância 
destinada à previdência social que tenha sido descontada de 
pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do 
público; 
 
II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham 
integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de 
produtos ou à prestação de serviços; 
 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas 
cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela 
previdência social. 
 
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, 
confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores 
e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida 
em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de 
multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: 
 
I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de 
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios; ou 
 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja 
igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de 
suas execuções fiscais. 
 
Sonegação Fiscal Previdenciária – Art. 337-A, do Código Penal 
 
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Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e 
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
 
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de 
informações previsto pela legislação previdenciária segurados 
empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador 
autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; 
 
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da 
contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados 
ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; 
 
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, 
remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de 
contribuições sociais previdenciárias: 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e 
confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as 
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou 
regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de 
multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: 
 
I - (VETADO) 
 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja 
igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de 
suas execuções fiscais. 
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§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento 
mensal não ultrapassa R$ 3.457,37 (valor atualizado), o juiz poderá 
reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. 
 
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas 
mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da 
previdência social. 
 
9. RECURSOS DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS 
 
Caros amigos, todas as decisões administrativas do INSS ou da Receita 
Federal do Brasil contrárias aos segurados, aos dependentes ou aos 
contribuintes são passíveis de recurso. 
 
No âmbito do custeio, existe o Processo Administrativo Fiscal - PAF, que 
garante a ampla defesa do contribuinte que foi autuado pelo Fisco. Já em 
relação aos benefícios, os segurados e dependentes podem recorrer das 
decisões indeferitórias de benefícios, instaurando um Processo 
Administrativo de Benefícios – PAB. 
 
Vamos ver agora, meus caros, em linhas gerais, como funciona o 
processo administrativo fiscal. Apesar deste assunto não ter sido exigido 
no último edital do concurso, nada custa falar dos seus pontos principais, 
pois se aparecer no próximo edital vocês já terão uma boa noção. 
 
9.1 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
 
Quando o Fisco constata o não-recolhimento total ou parcial das 
contribuições previdenciárias, a falta de pagamento de benefício 
reembolsado (salário-família ou salário-maternidade) ou o 
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descumprimento de obrigação acessória lavra um auto de infração ou 
notificação de lançamento (art. 37, da Lei 8.212/91). 
 
O Auto de Infração – AI por descumprimento de obrigação acessória deve 
ser lavrado com discriminação clara e precisa da infração e das 
circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido, a 
penalidade aplicada e os critérios de sua gradação, indicando local, dia e 
hora de sua lavratura. 
 
Atualmente, o julgamento administrativo compete: 
 
I - Às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento 
(DRJ), órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); 
 
a) em instância única, quanto aos processos relativos a 
penalidade por descumprimento de obrigação acessória e a 
restituição, a ressarcimento, a compensação, a redução, a 
isenção, e a imunidade de tributos e contribuições, bem 
como ao Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e 
Contribuições das Microempresas e das Empresas de 
Pequeno Porte – Simples; e aos processos de exigência de 
crédito tributário de valor inferior a R$ 50.000,00, assim 
considerado principal e multa de ofício; 
 
b) em primeira instância, quanto aos de mais processos 
 
II em segunda instância, ao Conselho Administrativo de 
Recursos Fiscais - CARF, órgão colegiado, paritário, integrante da 
estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar 
recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, 
bem como recursos de natureza especial. 
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Recebido o Auto de Infração, o contribuinte tem o prazo de 30 dias 
para efetuar o pagamento ou apresentar a defesa. Decorrido esse 
prazo, será automaticamente declarada a revelia, considerando-se 
procedente o lançamento. O processo deverá, neste caso, permanecer no 
órgão jurisdicionante, pelo prazo de trinta dias, para cobrança 
amigável, após o qual o débito será inscrito em Dívida Ativa da União. 
 
No caso de impugnação parcial, a parte não impugnada deve seguir 
para cobrança, enquanto a parte impugnada deve seguir para o 
julgamento da Delegacia da Receita de Julgamento. 
 
O Presidente de Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do 
Brasil (DRJ) recorrerá de ofício ao Segundo Conselho de 
Contribuintes do Ministério da Fazenda sempre que a decisão (art. 366, 
RPS): 
 
I - declarar indevida contribuição ou outra importância apurada pela 
fiscalização; e 
 
II - relevar ou atenuar multa aplicada por infraçãoa dispositivos 
deste Regulamento. 
 
Das decisões das DRJ, nos processos de interesse dos contribuintes, 
caberá recurso voluntário com efeito suspensivo dirigido ao Conselho de 
Recursos Administrativos Fiscais (CARF), situado em Brasília. Mantida a 
decisão, depois da análise da defesa apresentada, os contribuintes têm o 
prazo de 30 dias para interposição de recursos, contados da ciência da 
decisão. 
 
Decorrido o prazo sem que o recurso tenha sido interposto, será o sujeito 
passivo cientificado do trânsito em julgado administrativo e intimado a 
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regularizar sua situação no prazo 30 dias, contados da ciência da 
intimação. Esgotados os meios de cobrança amigável, o processo será 
encaminhado ao órgão competente para inscrição em Dívida Ativa da 
União. 
 
Em caso de manutenção da decisão contrária ao contribuinte pelo CARF, a 
SRFB insistirá por 30 dias na cobrança amigável, sendo, depois, o débito 
inscrito em Dívida Ativa. A Procuradoria tentará, então, executar o 
crédito previdenciário. 
 
 
 
 
 
10. EXERCÍCIOS PARA A FIXAÇÃO DO APRENDIZADO 
 
1) Técnico da Receita Federal Área Tributária e Aduaneira 2006 
- ESAF 
 
 
Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme 
seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a 
exata seqüência. 
 
( ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída 
de recursos adicionais do Orçamento Fiscal. 
( ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade 
Social serão fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. 
( ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências 
financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do 
pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência 
Social. 
 
a) V V V 
b) F F F 
c) F V V 
d) V V F 
e) F F V 
 
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2) Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF 
 
A arrecadação e o recolhimento das contribuições destinadas à 
seguridade social constituem uma das principais tarefas de gestão 
tributária. Sobre elas o tempo decorrido mostra-se importante, 
considerando a jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre a 
legislação previdenciária de custeio. Entre as assertivas a seguir 
indicadas, assinale a correta. 
a) Prazos de prescrição e decadência podem ser definidos em lei ordinária. 
b) O prazo decadencial das contribuições da seguridade social é de 5 anos. 
c) A arrecadação e o recolhimento das contribuições podem ser feitos em 
qualquer momento. 
d) Valores recolhidos pelo fisco antes do julgamento de recursos 
extraordinários que discutiam o prazo de prescrição deverão ser 
devolvidos se forem superiores ao prazo de 5 anos do lançamento. 
e) A ação de cobrança do crédito tributário oriundo de contribuição social 
pode ser impetrada em qualquer momento. 
 
 
3) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF 
 
A empresa contratante de serviços executados mediante cessão ou 
empreitada de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho 
temporário, deverá reter determinado valor e recolher a importância 
retida. Assinale a assertiva correta com relação a qual o valor a ser 
retido e em nome de quem será recolhido. 
a) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de 
serviço; em nome da empresa cedente da mão-de-obra. 
b) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou 
fatura de prestação de serviço; em nome do INSS. 
c) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de 
serviço; em nome da empresa contratada. 
d) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou 
fatura de prestação de serviço; em nome da empresa contratante. 
e) Onze por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de 
serviço; em nome da empresa cedente da mão-de-obra. 
 
4) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF 
 
Além do pagamento das contribuições sociais, as empresas tem outras 
obrigações para com o fisco. Antônio José, empresário contribuinte 
individual, desejando cumprir com todas as suas obrigações fiscais, 
pede ao contador que seja elaborada a folha de pagamento das 
remunerações pagas ou creditadas por sua empresa. De acordo com a 
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situação-problema apresentada acima e das obrigações acessórias da 
empresa, é correto afirmar que: 
a) a referida folha de pagamento deve incluir todas as remunerações 
pagas ou creditadas a todos os segurados a serviço da empresa. 
b) a referida folha de pagamento deve incluir só os empregados da 
empresa. 
c) a referida folha de pagamento pode ser feita com qualquer padrão. 
d) a referida folha de pagamento deve incluir só os sócios da empresa. 
e) não há necessidade de elaboração de folha de pagamento, sendo 
necessário somente os depósitos bancários realizados no Livro de Caixa 
da empresa. 
 
 
5) Assistente-Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda 
2009 – ESAF 
 
Assinale a assertiva que não contém uma obrigação acessória das 
contribuições destinadas à Seguridade Social. 
a) Elaboração da folha de pagamento. 
b) Dever de prestar informações. 
c) Lançamento dos fatos geradores das contribuições. 
d) Pagamento da contribuição social. 
e) Dever do Cartório de comunicar óbitos. 
 
 
6) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF 
 
Na busca da efetiva arrecadação da contribuição social, a legislação 
previdenciária de custeio dispõe sobre a responsabilidade solidária. 
Sabendo que a solidariedade nunca é presumida, resultando da lei ou 
da vontade das partes, assinale a assertiva incorreta com relação às 
pessoas solidárias pelo cumprimento das obrigações para com a 
Seguridade Social decorrentes de obra. 
a) O proprietário. 
b) O incorporador. 
c) O fiscal de obras da prefeitura. 
d) A empresa de comercialização de imóveis. 
e) O construtor. 
 
7) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF 
 
Obra de construção civil realizada em grande shopping da cidade não 
contém prova regular e formalizada do montante dos salários pagos 
durante a sua execução. 
Assim, pode-se concluir que: 
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a) não poderá haver cobrança de contribuição social pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil. 
b) o montante dos salários pagos pela execução de obra de construção 
civil pode ser obtido mediante cálculo da mão-de-obra empregada, 
proporcional à área construída. 
c) poderá haver cobrança sobre o valor total de empréstimos bancários 
usados na obra. 
d) poderá haver cobrança de contribuição social só sobre os salários pagos 
aos dirigentes da construtora. 
e) poderá haver a cobrança de uma sobretaxa de imposto de renda sobre 
o lucro da construtora. 
 
8) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 2009 – ESAF 
 
Nos termos da legislação de custeio, quem não é obrigado a exibir todos 
os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas na Lei 
n. 8.212/91: 
a) o síndico. 
b) o liquidante de empresa em liquidação extrajudicial. 
c) o segurado da Previdência Social.d) o liquidante de empresa em liquidação judicial. 
e) o dependente da Previdência Social 
 
9) Auditor-Fiscal da Receita Federal Área da Tecnologia da 
Informação 2005/2006 - ESAF 
 
Ficará sujeito à seguinte conseqüência, aquele que pagar benefício devido 
a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido 
reembolsados à empresa pela previdência social: 
 
a) a responsabilidade da empresa ou pessoa física perante a Previdência 
Social e a responsabilidade administrativa do servidor que tiver efetuado 
o pagamento, se for o caso. 
b) a responsabilidade criminal por sonegação de contribuição 
previdenciária, além da responsabilidade civil e administrativa, se for o 
caso. 
c) ser imputado de crime cuja punibilidade se extingue se o agente, 
espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, antes do início da ação fiscal. 
d) ser imputado de crime cuja punibilidade se extingue se o agente 
houver promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a 
denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive 
acessórios. 
e) ser imputado de crime de menor potencial ofensivo se o valor das 
contribuições devidas, inclusive acessórios, for igual ou inferior àquele 
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estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o 
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
10) Técnico da Receita Federal Área Tributária e Aduaneira 
2006 – ESAF 
 
Assinale abaixo o item que contenha uma informação errônea, sobre a 
obrigação acessória da empresa relativamente à Previdência Social. É 
obrigação da empresa 
 
a) inscrever, no Regime Geral de Previdência Social, os segurados 
empregados, mas não os trabalhadores avulsos a seu serviço. 
b) inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes individuais no 
Regime Geral de Previdência Social, as pessoas físicas contratadas sem 
vínculo empregatício. 
c) elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou 
creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por 
estabelecimento, mas deverá fazê-lo por obra de construção civil e por 
tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo geral. 
d) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma 
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a cargo 
da empresa. 
e) fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, 
comprovante do pagamento de remuneração. 
 
Gabarito Fundamentado 
 
 
1) A – todas estão verdadeiras, conforme art. 16, parágrafo 
único da Lei 8.212/91. 
 
2) B – A questão faz referência à Súmula Vinculante 8, do STF. 
 
3) E, conforme art. 31, da Lei 8.212/91. 
 
4) A – Conforme art. 225, I, do RPS. 
 
5) D 
a) Elaboração da folha de pagamento – art. 32, I, da Lei 8.212/91; 
b) Dever de prestar informações - art. 32, III, da Lei 8.212/91; 
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c) Lançamento dos fatos geradores das contribuições - art. 32, II, 
da Lei 8.212/91; 
d) Pagamento da contribuição social – esta é uma obrigação 
principal e não acessória, pois se trata de obrigação de pagar; 
e) Dever do Cartório de comunicar óbitos - art. 68, da Lei 8.212/91. 
 
6) C – é a única alternativa que não está arrolada no art. 30, VI 
e VII, da Lei 8.212/91 
 
7) B – conforme art. 33, § 4°, da Lei 8.212/91 
 
8) E – conforme art. 33, § 2°, da Lei 8.212/91 
 
9) C – conforme art. 168-A, III, do Código Penal 
 
10) A – art. 18, §1°, do RPS – deve inscrever também os 
trabalhadores avulsos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO I – TEXTOS LEGAIS 
 
Lei 8.212/91 
DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES 
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à 
Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5.1.93) 
I - a empresa é obrigada a: 
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu 
serviço, descontando-as da respectiva remuneração; 
b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se 
refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as 
remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, 
trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês 
subsequente ao da competência; (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de 
efeitos). 
c) recolher as contribuições de que tratam os incisos I e II do art. 23, na forma e prazos 
definidos pela legislação tributária federal vigente; 
II - os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição 
por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência; (Redação dada pela Lei 
nº 9.876, de 1999). 
III - a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa são obrigadas a 
recolher a contribuição de que trata o art. 25 até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da operação 
de venda ou consignação da produção, independentemente de essas operações terem sido 
realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física, na forma estabelecida em 
regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). 
IV - a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa ficam sub-rogadas 
nas obrigações da pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12 e do segurado 
especial pelo cumprimento das obrigações do art. 25 desta Lei, independentemente de as operações 
de venda ou consignação terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário 
pessoa física, exceto no caso do inciso X deste artigo, na forma estabelecida em regulamento; 
(Redação dada pela Lei 9.528, de 10.12.97) 
V - o empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empregado a 
seu serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, no prazo referido no inciso II deste 
artigo; (Redação dada pela Lei n° 8.444, de 20.7.92) 
VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono 
da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da 
construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, 
pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo 
contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para 
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garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de 
ordem; (Redação dada pela Lei 9.528, de 10.12.97) 
VII - exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio 
ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporadorde 
imóveis, ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor; 
VIII - nenhuma contribuição à Seguridade Social é devida se a construção residencial 
unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo econômico, for executada sem mão-de-obra 
assalariada, observadas as exigências do regulamento; 
IX - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, 
solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei; 
X - a pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12 e o segurado especial são 
obrigados a recolher a contribuição de que trata o art. 25 desta Lei no prazo estabelecido no inciso III 
deste artigo, caso comercializem a sua produção: (Inciso alterado e alíneas acrescentadas pela 
Lei 9.528, de 10.12.97) 
a) no exterior; 
b) diretamente, no varejo, ao consumidor pessoa física; 
c) à pessoa física de que trata a alínea "a" do inciso V do art. 12; 
d) ao segurado especial; 
XI - aplica-se o disposto nos incisos III e IV deste artigo à pessoa física não produtor rural que 
adquire produção para venda no varejo a consumidor pessoa física. (Inciso acrescentado pela Lei 
nº 9.528, de 10.12.97) 
XII – sem prejuízo do disposto no inciso X do caput deste artigo, o produtor rural pessoa física e 
o segurado especial são obrigados a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita 
bruta proveniente: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo 
respectivo grupo familiar; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
b) de comercialização de artesanato ou do exercício de atividade artística, observado o disposto 
nos incisos VII e VIII do § 10 do art. 12 desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel 
rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, 
inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa 
de visitação e serviços especiais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
XIII – o segurado especial é obrigado a arrecadar a contribuição de trabalhadores a seu serviço 
e a recolhê-la no prazo referido na alínea b do inciso I do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
11.718, de 2008). 
§ 1º Revogado pela Lei nº 9.032, de 28.4.95. 
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 2
o
 Se não houver expediente bancário nas datas indicadas: (Redação dada pela Lei nº 
11.933, de 2009). (Produção de efeitos). 
I - nos incisos II e V do caput deste artigo, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil 
imediatamente posterior; e (Incluído pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). 
II - na alínea b do inciso I e nos incisos III, X e XIII do caput deste artigo, até o dia útil 
imediatamente anterior. (Incluído pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). 
§ 3º Aplica-se à entidade sindical e à empresa de origem o disposto nas alíneas "a" e "b" do 
inciso I, relativamente à remuneração do segurado referido no § 5º do art. 12. (Parágrafo 
acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). 
§ 4
o
 Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá 
deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, 
efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou 
creditado, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição. (Incluído pela 
Lei nº 9.876, de 1999). 
§ 5
o
 Aplica-se o disposto no § 4
o
 ao cooperado que prestar serviço a empresa por intermédio de 
cooperativa de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
§ 6
o
 O empregador doméstico poderá recolher a contribuição do segurado empregado a seu 
serviço e a parcela a seu cargo relativas à competência novembro até o dia 20 de dezembro, 
juntamente com a contribuição referente ao 13
o
 (décimo terceiro) salário, utilizando-se de um único 
documento de arrecadação. (Incluído pela Lei nº 11.324, de 2006). 
§ 7
o
 A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica 
obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da mercadoria, para 
fins de comprovação da operação e da respectiva contribuição previdenciária. (Incluído pela Lei nº 
11.718, de 2008). 
§ 8
o
 Quando o grupo familiar a que o segurado especial estiver vinculado não tiver obtido, no 
ano, por qualquer motivo, receita proveniente de comercialização de produção deverá comunicar a 
ocorrência à Previdência Social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
§ 9
o
 Quando o segurado especial tiver comercializado sua produção do ano anterior 
exclusivamente com empresa adquirente, consignatária ou cooperativa, tal fato deverá ser 
comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo familiar. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 
2008). 
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, 
inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota 
fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, 
a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal 
ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, 
observado o disposto no § 5
o
 do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). 
(Produção de efeitos). 
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§ 1
o
 O valor retido de que trata o caput deste artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal ou 
fatura de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa 
cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade 
Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
§ 2
o
 Na impossibilidade de haver compensação integral na forma do parágrafo anterior, o saldo 
remanescente será objeto de restituição. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 
§ 3
o
 Para os fins desta Lei, entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à disposição 
do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços 
contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a 
forma de contratação. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 
§ 4
o
 Enquadram-se na situação prevista no parágrafo anterior, além de outros estabelecidos 
em regulamento, os seguintes serviços: (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 
I - limpeza, conservação e zeladoria; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). 
II - vigilância e segurança; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). 
III - empreitada de mão-de-obra; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). 
IV - contratação de trabalho temporário na forma da Lei n
o
 6.019, de 3 de janeiro de 1974. 
(Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). 
§ 5
o
 O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas de pagamento distintas para cada 
contratante. (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). 
§ 6
o
 Em se tratando de retenção e recolhimento realizados na forma do caput deste artigo, em 
nome de consórcio, de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei n
o
 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 
aplica-se o disposto em todo este artigo, observadaa participação de cada uma das empresas 
consorciadas, na forma do respectivo ato constitutivo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Art. 32. A empresa é também obrigada a: 
I - preparar folhas-de-pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados 
a seu serviço, de acordo com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da 
Seguridade Social; 
II - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos 
geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da 
empresa e os totais recolhidos; 
 III – prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações cadastrais, financeiras 
e contábeis de seu interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos 
necessários à fiscalização; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 IV – declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses 
órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição 
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previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS; 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.403, de 2002). 
§ 1
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 2
o
 A declaração de que trata o inciso IV do caput deste artigo constitui instrumento hábil e 
suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados 
para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários. (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
§ 3
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 4
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 5
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 6
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 7
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 8
o
 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 9
o
 A empresa deverá apresentar o documento a que se refere o inciso IV do caput deste 
artigo ainda que não ocorram fatos geradores de contribuição previdenciária, aplicando-se, 
quando couber, a penalidade prevista no art. 32-A desta Lei. 
§ 10. O descumprimento do disposto no inciso IV do caput deste artigo impede a expedição 
da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional. (Redação dada pela Lei 
nº 11.941, de 2009) 
§ 11. Em relação aos créditos tributários, os documentos comprobatórios do cumprimento das 
obrigações de que trata este artigo devem ficar arquivados na empresa até que ocorra a 
prescrição relativa aos créditos decorrentes das operações a que se refiram. (Redação dada pela 
Lei nº 11.941, de 2009) 
 Art. 32-A. O contribuinte que deixar de apresentar a declaração de que trata o inciso IV do 
caput do art. 32 desta Lei no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será 
intimado a apresentá-la ou a prestar esclarecimentos e sujeitar-se-á às seguintes multas: (Incluído 
pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas; 
e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 II – de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante das 
contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração 
ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3
o
 deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
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 § 1
o
 Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso II do caput deste artigo, será 
considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para entrega da declaração 
e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não-apresentação, a data da lavratura do 
auto de infração ou da notificação de lançamento. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 § 2
o
 Observado o disposto no § 3
o
 deste artigo, as multas serão reduzidas: (Incluído pela Lei 
nº 11.941, de 2009). 
 I – à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer 
procedimento de ofício; ou (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 II – a 75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da declaração no prazo fixado 
em intimação. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 § 3
o
 A multa mínima a ser aplicada será de: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratando-se de omissão de declaração sem ocorrência de fatos 
geradores de contribuição previdenciária; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e 
avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao 
recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das 
contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e 
fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 § 1
o
 É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por intermédio dos Auditores-
Fiscais da Receita Federal do Brasil, o exame da contabilidade das empresas, ficando obrigados a 
prestar todos os esclarecimentos e informações solicitados o segurado e os terceiros responsáveis 
pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades e 
fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 § 2
o
 A empresa, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o síndico ou seu 
representante, o comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial são 
obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas nesta 
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 § 3
o
 Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua 
apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo da penalidade 
cabível, lançar de ofício a importância devida. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 § 4
o
 Na falta de prova regular e formalizada pelo sujeito passivo, o montante dos salários pagos 
pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão de obra 
empregada, proporcional à área construída, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, dono da obra, condômino da unidade imobiliária 
ou empresa corresponsável o ônus da prova em contrário. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 
2009). 
Acesse www.baixarveloz.net
Direito Previdenciário para o Concurso para ATA-MF 
Curso Teórico + Exercícios 
Prof Ivan Kertzman – Aula 05 
 
Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 50 
§ 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume 
feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para 
se eximir do recolhimento, ficando diretamente

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