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2 - Sistema de Esgotamento Sanitário COLETA TRATAMENTO DISPOSIÇÃO FINAL Sistema Separador Sistema de Esgotamento Sanitário Esgoto sanitário Esgoto doméstico Esgoto industrial Água de infiltração Contribuição Pluvial Parasitária Definições: NBR 9648/Nov1986 Sistema unitário Sistema separador Coletor único Água pluvial Esgoto sanitário 2.2 - Caracterização do Esgoto Qualitativa Quantitativa Vazão de projeto Inicial Final Características Físicas, Químicas e Biológicas O que? Quanto? 2.2.1 - Caracterização Quantitativa do Esgoto região atividades hábitos condições sociais e econômicas disponibilidade de água Vazão de projeto (Q) Vazão de esgoto doméstico (QD) Vazão de infiltração (QI) Vazão de contribuição singular (QS) Inicial Final Qi = QDi + QIi + QSi Qf = QDf + QIf + QSf Inexistindo dados: Q>1,5 L/s 2.2.1 - Caracterização Quantitativa do Esgoto a) Vazão de esgoto doméstico (QD) QDi, med = Pi . qe . Ci QDf, med = Pf . qe . Cf QDf, max = k1 . k2 Pf . qe . Cf QDi, max = k2 . Pi . qe . Ci população Consumo de água per capita coeficiente de retorno esgoto/água coeficiente variação de vazão (máxima horária) coeficiente variação de vazão (máxima diária) Coeficiente de contribuição linear: TL = QD / L por área: TA = QD / A C = volume de esgoto coletado pela rede volume de água abastecida k1= maior vazão diária verificada no ano vazão média diária anual k2= maior vazão observada num dia vazão média horária do mesmo dia Meses do ano C o n s u m o ( L /d /h a b ) Consumo médio Consumo máximo Hora do dia V a z ã o ( L /s ) Vazão média Vazão máxima A NBR 9649 recomenda os valores k1 = 1,2; k2 = 1,5; C = 0,8 Curva de variação horária de Qesgoto Sobrinho & Tsutiya, 1999. Água de infiltração Tinf – Taxa de infiltração Depende das condições locais, como: • NA do lençol freático • Tipo de solo • Material da tubulação • Tipo de junta • Qualidade de assentamento dos tubos http://200.144.189.97/phd/default.aspx?id=28&link_uc=disciplina 2.2.1 - Caracterização Quantitativa do Esgoto b) Vazão de água de infiltração (QI) A NBR 9649 recomenda faixa de 0,05 a 1,0 L/s/km Taxas de infiltração (TI) acima do lençol freático: TI = 0,02 L/s/km abaixo do lençol freático: TI = 0,10 L/s/km QIi = TIi . Li Comprimento da rede QIf = TIf . Lf Início de plano: Final de plano: 2.2.1 - Caracterização Quantitativa do Esgoto c) Resumo: Vazão de projeto Definir capacidade de auto-limpeza das tubulações Início de plano: Final de plano: Qi med = Pi . qe . Ci + TIi . Li + CSi Qi max = k2 Pi . qe . Ci + TIi . Li + CSi Qf, med = Pf . qe . Cf + TIf . Lf + CSf Qf, max = k1 . K2 . Pf . qe . Cf + TIf . Lf + CSf Avaliar a capacidade de auto- depuração dos corpos receptores Definir e dimensionar o sistema de tratamento de esgoto Definir os diâmetros dos trechos da rede coletora 2.2.2 - Caracterização Qualitativa do Esgoto a) Características físicas ÁGUA SÓLIDO 99,92% 0,08% E S G O T O Em suspensão Dissolvidos Temperatura Cor Turbidez Odor Orgânico Minerais Orgânico Minerais Parâmetros: 2.2.2 - Caracterização Qualitativa do Esgoto b) Características Químicas ORGÂNICO INORGÂNICO E S G O T O Areia Minerais dissolvidos Compostos de proteínas (40 a 60%): produzem N e contém C, H, N, O, P, S e Fe. Carboidratos (25 a 50%): contém C, H e O (açúcares, amido, celulose, fibra de madeira). Gordura e óleos (10%). Surfactantes Fenóis Pesticida DBO DQO Nitrogênio Fósforo Parâmetros: pH Alcalinidade Característica química do esgoto doméstico bruto Parâmetro Contribuição per capita (g/hab/d) Concentração (mg N/l) Nitrogênio total Nitrogênio orgânico Amônia Nitrito Nitrato Faixa 6,0 – 112,0 2,5 – 5,0 3,5 – 7,0 ≈0 0,0 – 0,5 Típico 8,0 3,5 4,5 ≈0 ≈0 Faixa 35 – 70 15 – 30 20 – 40 ≈0 0 - 2 Típico 50 20 30 ≈0 ≈0 Fonte: Von Sperling. 1996. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, UFMG. Fósforo Fósforo orgânico Fósforo orgânico 1,0 – 4,5 0,3 – 1,5 0,7 – 3,0 2,5 0,8 1,7 5 – 25 2 – 8 4 – 17 14 4 10 MO DBO5 DBOu DQO 40 – 60 60 – 90 80 – 130 50 75 100 200 – 500 350 – 600 400 – 800 350 500 700 2.2.2 - Caracterização Qualitativa do Esgoto c) Características Biológicas Bactérias Fungos Protozoários Vírus Algas Grupos de plantas e de animais Atuação: Decomposição Outras: indicadores de poluição Atuação: Lagoas de estabilização, via oxidação aeróbia e redução fotossintética Concentração no esgoto bruto Tipo Faixa Média Local Coliformes totais 1,6 – 47,4 70 – 733 21,9 412 200 180 14 cidades dos EUA 2 ETE – 14 dias – México Rio de Janeiro – Brasil Lima - Peru Coliformes fecais 0,3 - 49 8,3 30 120 21 cidades dos EUA 2 ETE – 14 dias – México Lima - Peru Estreptococos fecais 0,064 – 4,5 1,6 1,9 7 cidades dos EUA 2 ETE – 14 dias – México Valores em 106 org/100mL 2.2.2 - Caracterização Qualitativa do Esgoto d) Características Quanti-qualitativas W = Q x C Concentração Vazão Carga de massa (W): Taxa de massa de poluente num determinado período t C = massa volume Concentração: W = massa tempo Variáveis Sólidos dissolvidos totais, salinidade: g/l = Kg/m3 = ppt OD, DBO, nitrogênio mg/l = g/ m3 = ppm Fósforo, clorofila a, tóxicos g/l = mg/ m3 = ppb Tóxicos ng/l = g/ m3 = pptr Densidade da água 1g/cm3 ppm g g cm m cmgm g m g 1 1010)/1( 636 3 333 População equivalente (PE) PE = Carga total Carga per capita População hidráulica equivalente (PHE) PHE = Vazão total Vazão per capita Número de habitantes que produz uma carga igual Número de habitantes que produz uma vazão igual Efluentes – características qualitativas Fontes de despejos Equivalente populacional de carga orgânica Abatedouro bovino 55 hab/boi Abatedouro avícola 200 hab/1.000 aves Fabricação de cerveja 175 hab/m3 cerveja Fabricação de álcool 7 hab/ L álcool sem restilo Fabricação de lacticínios/queijo 2 hab/kg queijo Fabricação de lacticínios/leite 20 hab/1.000 L leite Fabricação de couros 40 hab/pele bovina Fabricação de papel 460 hab/t papel Carga per capita: 54g/d Efluentes – características quantitativas Fontes de despejos Vazão específica Esgoto doméstico 120 a 160 L/hab/dia Abatedouro bovino 1.500 a 2.000 L/boi Abatedouro avícola 17 a 20 L/ave Fabricação de cerveja 8L/L cerveja Fabricação de refrigerante 2 a 4 L/ L refrigerante Fabricação de álcool 15 L restilo/L álcool Fabricação de lacticínios/queijo 20 L/kg queijo Fabricação de lacticínios/leite 1 L/L leite Fabricação de couros 800 a 1.000 L/couro Fabricação de papel 50 a 100 L/kg papel Fonte: Philippi, Jr. et al. (2004) Exercício Sabendo-se que na localidade em projeto cada indivíduo contribui em média com cerca de 300 L/d de efluente e 54 g/d de DBO, para uma cidade com 100.000 habitantes, pergunta-se: • qual a vazão média do esgoto doméstico gerada? • qual a carga de DBO gerada? • Qual a concentração de DBO no esgoto doméstico dessa cidade? Sabendo-se que na localidade em projeto cada indivíduo consome em média com cerca de 300 L/d de água e gera uma carga de 54 g/d de DBO, para uma cidade com 100.000 habitantes, pergunta-se:• qual a vazão média do esgoto doméstico gerada? • qual a carga de DBO gerada? • Qual a concentração de DBO no esgoto doméstico dessa cidade? Solução a) Vazão de descarga Q = 300 L/d/hab x 100.000 hab Q = 30.000.000 L/d Q = 0,35 m3/s b) Carga de DBO W = 54 g/d/hab x 100.000 hab W = 5.400.000 g/d W = 5.400 kg/d c) Concentração de DBO no efluente C = W = 5.400.000.000 mg/d = 180 mg/L 30.000.000 L/d Q W = Q x C Normas técnicas • NBR 9648 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário • NBR 9649 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário • NB 568 – Projeto de interceptores de esgoto sanitário • NB 569 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário • NB 570 – Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário • NBR 9800 - Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário
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