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PROPOSTA DE ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM ESCRITÓRIO DE USO COLETIVO NA CIDADE DE RIO BRANCO, ACRE FINAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINORTE 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
GUSTAVO DE HOLANDA SOUZA 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM ESCRITÓRIO DE USO 
COLETIVO NA CIDADE DE RIO BRANCO, ACRE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio Branco - Acre 
2020 
GUSTAVO DE HOLANDA SOUZA 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM ESCRITÓRIO DE USO 
COLETIVO NA CIDADE DE RIO BRANCO, ACRE. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de 
Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário UNINORTE, 
como requisito para a Obtenção do grau de Bacharel em 
Arquitetura e Urbanismo. 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Francisco Willian Villar de Carvalho 
 
 
 
 
 
 
 
Rio Branco - Acre 
2020 
GUSTAVO DE HOLANDA SOUZA 
 
 
PROPOSTA DE ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM ESCRITÓRIO DE USO 
COLETIVO NA CIDADE DE RIO BRANCO, ACRE. 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e 
Urbanismo, do Centro Universitário UNINORTE, como requisito para a conclusão da 
disciplina de Trabalho Final de Graduação II - TFG. 
 
 
 
 
Banca examinadora: 
 
 
 
........................................................................................................................................... 
Orientador: Francisco William Villar de Carvalho 
 
 
 
........................................................................................................................................... 
Membro 01 
 
 
 
 
........................................................................................................................................... 
Membro 02 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito: 
 
........................................................................................................................................... 
 
 
 
 
Rio Branco/AC, ...... de ................................ de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
A minha mãe, Letícia, minha tia Maria 
Holanda (in memoriam), e a todos que 
passaram por esse caminho e me 
fortaleceram para chegar até aqui. 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem por objetivo, propor um anteprojeto de arquitetura de um 
escritório de uso coletivo na cidade de Rio Branco, capital do estado do Acre. Partindo 
de análises e pesquisas em estudos de casos e correlatos. Foram traçadas diretrizes 
e buscou-se trazer para um contexto desta cidade em crescimento, uma arquitetura 
que some e não compita com esta urbe amazônida. 
 
Palavras-chave: Escritório; coworking; uso coletivo. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work aims to propose an architectural project for an office for collective use in the 
city of Rio Branco, capital of the state of Acre. Starting from analysis and research in 
case studies and correlates. Guidelines were plotted and an attempt was made to bring 
to the context of this growing city, an architecture that add to the city and does not 
compete with this Amazonian city. 
 
Keywords: Office; coworking; collective use. 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Coworking no mundo.................................................................................10 
Figura 2 - Coworking no Brasil...................................................................................10 
Figura 3 - Espaços coworking no Brasil.....................................................................11 
Figura 4 - Frank Lloyd Wright. Hierarquia organizacional. Edifício Larking Builing, F.L. 
Wright, 1904...............................................................................................................15 
Figura 5 - Casa Urbana Coworking Rio Branco.........................................................17 
Figura 6 - Espaços de trabalho ativos no Brasil.........................................................18 
Figura 7 - Censo Coworking Brasil 2018....................................................................19 
Figura 8 - Fachada do Edifício Corujas......................................................................22 
Figura 9 - Estudo de insolação...................................................................................23 
Figura 10 - Nível térreo...............................................................................................24 
Figura 11 - Vista panorâmica do edifício....................................................................25 
Figura 12 - Estrutura metálica dá sensação de leveza..............................................26 
Figura 13 - Setorização por função............................................................................27 
Figura 14 - Planta do pavimento subsolo...................................................................28 
Figura 15 - Cortes esquemáticos...............................................................................29 
Figura 16 - Fachada frontal........................................................................................30 
Figura 17 - Corte esquemático...................................................................................31 
Figura 18 - Iluminação natural nos ambientes internos..............................................32 
Figura 19 - Espaços variados e bem iluminados........................................................33 
Figura 20 - Plantas baixas..........................................................................................34 
Figura 21 - Corte e fachada........................................................................................35 
Figura 22 - Interior......................................................................................................36 
Figura 23 - Preocupação com a identidade visual da empresa.................................37 
Figura 24 - Iluminação natural nos ambientes internos..............................................38 
Figura 25 - Nuvens acústicas ajudam na propagação do som..................................39 
Figura 26 - Planta baixa pavimento térreo e intermediário.........................................40 
Figura 27 - Planta baixa pavimento mezanino e 1° pavimento..................................41 
Figura 28 - Planta baixa mezanino do 1° pavimento e 2° pavimento.........................42 
Figura 29 - Planta baixa mezanino 2º pavimento e 3° pavimento..............................43 
Figura 30 - Planta baixa mezanino 3º pavimento e Planta baixa do quarto 
pavimento...................................................................................................................44 
Figura 31 - Localização do terreno.............................................................................45 
Figura 32 - Localização e pontos de referência.........................................................46 
Figura 33 - Forma e dimensão do terreno..................................................................47 
Figura 34 - Orientação solar e ventos dominantes.....................................................48 
Figura 35 - Levantamento topográfico........................................................................49 
Figura 36 - Uso do solo..............................................................................................50Figura 37 - Mobiliário urbano......................................................................................51 
Figura 38 - Gabarito...................................................................................................52 
Figura 39 -Tipologia....................................................................................................53 
Figura 41 - Funcionograma........................................................................................55 
Figura 42 - Matriz de relações espaciais....................................................................56 
Figura 43 - Fluxograma..............................................................................................57 
Figura 44 - Zoneamento no terreno............................................................................58 
Figura 45 - Croqui volumétrico 01..............................................................................59 
Figura 46 - Croqui volumétrico 02............................................................................. 59 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Programa de necessidades ..................................................................... 54 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8 
1. REFERENCIAL TEORICO ...................................................................... 12 
1. HISTÓRICO DO TEMA ........................................................................... 12 
2. PRIMEIROS ESCRITÓRIOS ................................................................... 13 
3. ESCRITÓRIO TAYLORISTA ................................................................... 13 
4. COWORKING NO MUNDO ..................................................................... 15 
6. PERFIL DO COWORKER ....................................................................... 18 
7. ROTINA NO COWORKING & COMUNIDADE ........................................ 18 
8. INFLUÊNCIA NA VIDA PESSOAL .......................................................... 19 
2. ESTUDO DE CASO ................................................................................ 19 
2.1 EDIFÍCIO CORUJAS - SÃO 
PAULO/SP...................................................212 
2.2 PUBLIK OFFICE - HO CHI MINH - VIETNÃ.............................................28 
3. ESTUDO CORRELATO .......................................................................... 33 
3.1 DENTSU AEGIS NETWORK - SÃO PAULO/SP ..................................... 33 
4. ASPECTOS FÍSICOS DO TERRENO ..................................................... 42 
4.1 ESCOLHA E JUSTIFICATIVA DO TERRENO ........................................ 42 
4.2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO............................................................... 42 
4.3 LOCALIZAÇÃO E PONTOS DE REFERÊNCIA ...................................... 43 
4.4 FORMA E DIMENSÃO DO TERRENO ................................................... 44 
4.5 ORIENTAÇÃO SOLAR E VENTOS DOMINANTES ................................ 45 
4.6 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ........................................................ 46 
4.7 LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA PERTINENTE ......................................... 46 
4.8 USO DO SOLO ....................................................................................... 47 
4.9 MOBILIÁRIO URBANO ........................................................................... 48 
4.10 GABARITO .............................................................................................. 49 
4.11 TIPOLOGIAS ........................................................................................... 50 
5. ASPECTOS CONCEITUAIS DO TEMA .................................................. 52 
5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES, SETORIZAÇÃO E PRÉ 
DIMENSIONAMENTO .............................................................................................. 52 
5.2 FUNCIONOGRAMA ................................................................................ 53 
5.3 MATRIZ DE RELAÇÕES ESPACIAIS ..................................................... 53 
5.4 FLUXOGRAMA ....................................................................................... 54 
5.5 ZONEAMENTO DOS SETORES NO TERRENO .................................... 55 
5.6 ADOÇÃO DO PARTIDO ARQUITETÔNICO E CROQUIS ...................... 56 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 58 
 
 
8 
 
 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um anteprojeto 
arquitetônico como tema um espaço de trabalho coletivo. Também conhecido 
como coworking. 
 
Segundo Quaresma e Gonçalves (2013) os escritórios compartilhados são 
resultados de uma combinação entre os escritórios virtuais e o home office, pois estes 
são limitadores de gastos com estruturas físicas. Ter um local de trabalho 
compartilhado, equivale a possuir vários espaços que sirvam aos propósitos 
profissionais, em um ambiente físico estruturado, capaz de reduzir custos 
operacionais, suprindo a necessidades de aparelhos e equipamentos necessários, e 
que a ao mesmo tempo possibilita a interação entre profissionais de outras áreas. 
Além da divisão de custos, estes locais proporcionam a discussões de experiências, 
trocas de ideias que expandem seu networking. 
Além das discussões e projeto de um ambiente que atenda às necessidades 
básicas de profissionais, esta pesquisa visa explicitar a importância do assunto no 
período atual e como a arquitetura pode contribuir na economia, juntamente com a 
sociedade e políticas públicas. 
 O compartilhamento de espaços corporativos já é comum em todo o mundo. 
Estima-se que atualmente cerca de 3% de todo o mercado global de 
escritórios já seja ocupado por espaços de coworking – número que deve 
chegar a impressionantes 30% até 2030. Por aqui, muito mais do que 
racionalizar os custos dos empreendedores, o modelo também tem atraído 
um grande número de pequenas e médias empresas e até algumas 
multinacionais que já veem nos escritórios compartilhados uma excelente 
opção para a alocação de equipes em projetos de curta duração. 
 Mas não é somente a questão financeira que tem atraído cada vez mais 
profissionais autônomos e empresas para os coworkings. A liberdade para 
trabalhar em um local descontraído e propício para o networking também é 
apontada como diferencial dos escritórios compartilhados. “É uma opção 
melhor do que o home office, já que permite que as pessoas se relacionem, 
troquem ideias e experiências ao longo do dia. Esse é um formato que já vem 
sendo adotado até mesmo dentro de algumas empresas, com o objetivo de 
melhorar a fluidez da comunicação”, afirma Hamilton dos Santos, diretor-geral 
da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial - 
ABERJE (CONTENT, 2018) 
 
 
O projeto de um espaço coworking é de fundamental importância para garantir 
a permanência de pessoas capacitadas no mercado de trabalho. Propõe em si um 
9 
 
ambiente pronto, onde só precisar ir e executar tarefas, pois lhe oferecem todas as 
condições necessárias, o profissional paga um valor para utilizar toda a estrutura, 
incluindo todos os serviços como o aluguel, energia, água internet, e todo o mobiliário 
do ambiente. Possui sua estruturação áreas de trabalho, lounges, copa café 
recepcionista, salas de reuniões, treinamentos e eventos por um custo menor, onde 
terias que alugar uma sala comercial com custos individuais. 
A metodologia de pesquisa utilizada no presente trabalho é descrita por 
referências bibliográficas, artigos, pesquisas na internet para a coleta de dados gerais, 
estudos referentes a cidade de Rio Branco e o levantamento de dados sobre a questão 
de ambientes de trabalho compartilhado no país. 
Com a proposta, o resultado esperado é uma infraestrutura necessária para 
profissionais e empresas, buscando o bem-estar comum e a qualidade no espaço de 
trabalho. 
A maneira como as pessoas escolhemviver e trabalhar em um mundo 
conectado pela internet e onde fronteiras são cada vez menos visíveis estão mudando 
em uma velocidade que o mercado imobiliário tem de se adaptar para manter e 
ampliar suas margens. 
Coworking é uma nova forma de pensar o ambiente de trabalho. Seguindo as 
tendências do freelancing e das start-ups, os reúnem diariamente milhares de 
pessoas a fim de trabalhar em um ambiente inspirador. 
Essa união de pessoas permite que mais e mais escritórios se espalhem pelo 
país. No Brasil, contam-se mais de 100 espaços. No mundo todo, estima-se que já 
existam mais de 4.000 espaços em funcionamento demostrada na Figura 1. 
Figura 1 – Distribuição de Coworking no mundo 
 
Fonte: CoworkingBrasil.org (2019) 
10 
 
O mercado de escritórios compartilhados está acelerado no Brasil — cresceu 
500% nos últimos três anos ante a média de 200% no mundo durante o mesmo 
período. Em 2018, os 1194 coworkings localizados nos 26 estados, mais o Distrito 
Federal, faturaram juntos cerca de 130 milhões de reais. (SCHERER, 2019). 
Pode-se observar o crescimento citado de acordo com a Figura 2 abaixo. 
 Figura 2 – Distribuição de Coworking no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CoworkingBrasil.org (2019) 
De acordo com o estudo Censo Coworking Brasil, realizado pelo site 
Coworking, um em cada quatro espaços do tipo são temáticos, concentrando no 
mesmo endereço profissionais, serviços e recursos de um único segmento. O Lab 
Fashion, em São Paulo, para profissionais de moda, conta com manequins, araras e 
máquinas de costura. O Canatech, em Piracicaba (SP), reúne profissionais do 
agronegócio e da indústria da cana-de-açúcar. 
Em um coworking, diversos empreendedores trabalham em um mesmo espaço 
dividindo os custos do local. Além disso, ampliam suas possibilidades de fazer 
negócios, pois estão lado a lado de outros negócios que podem ser parceiros. 
A economia fica por conta da divisão de algumas despesas fixas, como serviços 
de limpeza, recepcionista e telefonia. Estações e salas de trabalho nessa modalidade 
são vendidas por empresas especializadas. Embora menos comum, algumas têm até 
planos virtuais, a partir de R$ 110. As coberturas variam, incluindo do direito de usar 
o endereço do espaço físico para receber correspondências até a realização de 
reuniões no local, por exemplo. (VELOSO, 2016) 
11 
 
No Brasil, com uma simples busca na internet é possível encontrar escritórios 
de coworking em diversas cidades, apesar da concentração ser maior nas capitais, 
Figura 3. Com preços que variam de R$ 200 a R$ 800 por posição ocupada, os 
serviços também variam: alguns oferecem somente internet, enquanto outros contam 
com pacotes completos de telefone, secretária compartilhada, sala de reunião, 
serviços e impressão. 
Figura 3 - Espaços coworking no Brasil 
 
Fonte: CoworkingBrasil.org (2019) 
O espaço de coworking acolhe os profissionais quem sonha em seguir seu 
próprio negócio, bem como para ajudar empresas que antes estavam instaladas em 
salas comerciais, arcando com recepção, serviços gerais, materiais de escritório, 
aluguel, condomínio, etc., auxiliando na redução de despesas e no aumento da rede 
de networking (rede de contatos profissionais). 
Esses espaços são frutos e transformações dos ambientes de trabalho do 
mundo contemporâneo, ligado diretamente a novas tecnologias, empreendedorismo 
e a inovação. O coworking representa uma solução, preparando os espaços 
fisicamente, socialmente e virtualmente seguindo as novas tendências mundiais. 
Dentro desses espaços estão classificados vários benefícios, podendo-se listar 
dentre eles: 
● Poupar dinheiro 
● Zero burocracia é chegar e começar 
● Receber clientes 
● Troca de ideias 
12 
 
● Maior produtividade 
● Maior organização 
● Profissionalismo 
● Sair da rotina, etc. 
Esses serviços abrangem um grande leque de serviços disponíveis, alguns 
deles são: 
● Serviço de internet 
● Estrutura física 
● Serviços de impressão 
● Ambientes de convivência 
● Salas para reuniões 
● Escritórios virtuais 
● Salas privativas 
● Serviços de conveniência (motoboy, correios, etc.) 
● Recepcionistas, etc. 
 
 
 
 
 
 
1. REFERENCIAL TEÓRICO 
1. HISTÓRICO DO TEMA 
O espaço de trabalho atual é fruto de transformações e mudanças relacionadas 
às novas tecnologias, empreendedorismo e inovação. O programa de projeto 
representa uma solução para essas demandas e alterações dos ambientes de 
trabalho da atualidade, constituindo um espaço preparado fisicamente, visualmente e 
socialmente para essas novas tendências. 
 
Para atender as necessidades de conforto, acústica, ergonomia, além de 
adaptação as inovações tecnológicas e a preservação do meio ambiente, 
levando-se em consideração novos problemas, novas soluções e novos 
conceitos espaciais para serem formuladas a partir das preocupações com 
diversos requisitos atendendo tais necessidades, as cidades com referências 
de polo dominante perante suas cidades vizinhas precisam acompanhar e se 
13 
 
adequarem a tais transformações, no caso em especifico direciona-se os 
ambientes de trabalho, onde produtividade está relacionado diretamente ao 
bem estar das pessoas (FONSECA, 2004, p. 15). 
 
É de extrema importância a compreensão das mudanças na sociedade e seus 
reflexos na organização dos locais de trabalho. As mudanças do cenário politico-
econômico mundial, aliadas à rapidez das inovações tecnológicas, transformaram 
sobremaneira a forma de organização dos espaços físicos das empresas nos últimos 
100 anos. (ANDRADE, 2007). 
Há uma interação entre o ambiente construído e o usuário do espaço que pode 
ser percebida através da influência que o arranjo físico do ambiente pode exercer 
sobre as atitudes do trabalhador (FONSECA, 2004). 
2. PRIMEIROS ESCRITÓRIOS 
Fonseca (2004) diz que, os mercados podem ser considerados os primeiros 
espaços administrativos, pois negociações e acertos dos mercadores entre si e com 
os cidadãos comuns aconteciam no pavimento superior da edificação. Com o advento 
da Revolução Industrial surgiu a necessidade de espaços para realizar as atividades 
administrativas de controle da produção, ou seja, criaram-se os primeiros espaços de 
escritório. 
Com o fim da era industrial, após a Primeira Guerra Mundial, o escritório surge 
como espaço de trabalho, ou seja, permite-se que o homem dispense o trabalho 
mecânico e dedique-se totalmente à atividade criativa. a mão de obra utilizada na 
época, gradativamente deixa de se concentrar nos setores primários e secundários e 
migra para o setor terciário, cuja maioria das atividades ocorre em ambientes de 
escritórios (RODRIGUES, 2005). 
3. ESCRITÓRIO TAYLORISTA 
No início do século XX até a década, uma teoria por Frederik W. Taylor, o 
Taylorismo que se tornou uma influência em diversos sentidos do trabalho na 
transformação, onde estudava a organização dos ambientes de trabalho dentro das 
fabricas, e seu raciocínio, em longo prazo, trazia a ideia de “liberar as pessoas do 
cansaço e lhes permitir um lazer criativo”, entendendo que o trabalho poderia ser algo 
evitado. 
14 
 
Suas ideias concebiam, “organização e a gestão do trabalho, até a 
configuração espacial afim de reafirmar as diferenças hierárquicas, visando o 
incentivo da competição interna e estímulos das performances individuais”. 
(FONSECA, 2004). 
 
Sua organização espacial era resolvida um grande salão central destinado 
aos funcionários dos salões inferiores [...] onde as mesas eram dispostas em 
fileiras paralelas, numa mesma direção, sob as vistas de um supervisor 
instalado defronte. Ao redor desse grande salão central, localizavam-se as 
salas privativas dos gerentes, que eram delimitadas por divisórias semi 
envidraçadas. Os funcionários dos escalões mais altos ocupavam os 
pavimentos superiores e nesses, suas salas confortáveis e 
privativas, revestidas com acabamentosinternos de qualidade, situavam-se 
nos pontos com melhor vista e insolação. (FONSECA, 2004, p. 22). 
 
De acordo com o sociólogo De Masi (2000) a separação rígida entre trabalho e 
diversão era defendida por Taylor e Ford. Método que funciona quando o trabalho é 
de tipo físico, braçal e repetitivo como a linha de montagem. Mas quando se trata de 
produzir ideias, essa separação impede a criatividade e cria estresse. 
"Frank Lloyd Wright foi o primeiro arquiteto a encarar de forma global e integra 
o projeto arquitetônico e o design dos ambientes e instrumentos de trabalho, 
acomodados de maneira pratica e funcional. Como exemplo o projeto de 
edifício Larkin Builing, 1904, em Buffalo. No projeto o átrio central bem 
iluminado era destinado aos funcionários de importância. Wright referiu-se a 
sua realização na época como um templo o trabalho dos colarinhos brancos” 
(FONSECA, 2004). 
O Edifício Larking, projetado em 1904 por Frank Lloyd Wright, ilustra fielmente 
com seu Layout o modelo de gestão desenvolvido naquela época, funcionários do 
baixo escalão localizados no grande átrio interno e diretorias estratégicamente 
posicionadas nos pavimentos superiores para manter o controle da produção, Figura 
4. 
15 
 
Figura 4 - Frank Lloyd Wright. Hierarquia organizacional. Edifício Larking Builing, F.L. Wright, 1904 
 
Fonte: Fonseca (2004, p. 24) 
4. COWORKING NO MUNDO 
A ideia atual de coworking consolidou-se em agosto de 2005, quando Brad 
Neuberg, um engenheiro de software americano, fundou um ambiente destinado a 
compartilhar espaços de trabalho em um centro comunitário voltado à mulher, 
chamado Spiral Muse e localizado em São Francisco, Estados Unidos 
(BOTSMAN; ROGERS, 2011). 
Tratava-se de um espaço com capacidade para cinco a oito mesas destinadas 
a um trabalho a ser executado duas vezes por semana. O ambiente possuía 
características peculiares, tais como atividades relacionadas à meditação, 
alimentação, programação de passeios de bicicleta (LUMLEY, 2013). 
Caracterizava-se igualmente pelo horário rígido de fechamento, fixado em 
17h45. Em entrevista à revista DeskMag4, Neuberg relata que a ideia não foi bem 
16 
 
recebida de imediato (gerando pouca atenção de profissionais para a ocupação do 
lugar), quase levando o espaço a encerrar suas atividades após um ano. Porém, após 
alguma reestruturação, o projeto foi transferido para outro local, chamado Hat Factory, 
onde prosperou e consolidou sob essa forma de trabalho (LUMLEY, 2013). 
“Conceitua os espaços de coworking como comunidades de trabalho onde 
empreendedores, autônomos e profissionais com flexibilidade quanto ao espaço de 
trabalho – aqueles trabalhadores criativos independentes - são capazes de se unir e 
trabalhar lado a lado, de forma independente ou em colaboração, assim como 
desejado” (LUMLEY, 2013). 
 
5. COWORKING NO BRASIL 
Em 1999, Brian DeKoven, um designer de games americano, queria criar um 
método de trabalho colaborativo e que integrasse empresários de qualquer ramo de 
atividade para troca de experiências. Na época, ele criou um estúdio com mesas 
flexíveis, onde ele e mais três pessoas trabalhavam e mantinham as portas abertas, 
alguns dias na semana, à outras pessoas que quisessem um lugar para trabalhar, se 
relacionar e trocar ideias, ao mesmo tempo. (MOURA, 2019). A idéia de Moura pode 
ser observada na Figura 5. 
 
 
Figura 5 - Casa Urbana Coworking Rio Branco 
 
Fonte: Casa Urbana Coworking (2019) 
17 
 
Porém só em 2005 que ele deu o nome deste modelo de espaço de trabalho 
de coworking e muitos outros espaços assim foram surgindo, se popularizando entre 
diversos países. Em 2007 o nome coworking ficou tão conhecido no mundo todo, que 
as buscas pelo termo começaram a aumentar, com isso o Google resolveu criar uma 
página de explicação sobre esse tipo de espaço na Wikipedia, fazendo até o jornal 
New York Times escrever um artigo sobre o tema. (MOURA, 2019). 
Com sua popularização, hoje existem mais de 6 mil coworkings espalhados 
pelo mundo e aqui no Brasil não foi muito diferente, no final de 2010 o termo ficou 
mais conhecido, e só em 2011, por exemplo, as buscas por coworking no Brasil 
representou 437% (MOURA, 2019). 
O Coworking tem o intuito de suprir algumas desvantagens que o profissional 
autônomo adquire ao escolher trabalhar em regime home office, e difunde em uma 
arquitetura aliada a dinâmica de integração social. (FERREIRA, 2018). 
O censo coworking Brasil 2018, demostrou os espaços de trabalho ativos no 
Brasil, Figura 6. 
Figura 6 - Espaços de trabalho ativos no Brasil. 
 
Fonte: Censo Coworking Brasil (2018) 
 
Esse conceito funciona como um sistema de interesses mútuos, caracterizado 
pelo atendimento ao público alvo, que são reunidos em um ambiente estruturado para 
agrupar diversos freelancers, home officers e profissionais autônomos das áreas da 
arquitetura, editoração, comunicação, arte visuais, áudio visuais, design, tecnologias 
da informação e pessoas que buscam o turismo de negócios. Todos esses 
profissionais procuram um espaço que facilite a relação profissional cliente, que 
possua a mesma estrutura de um escritório. (FERREIRA, 2018). 
18 
 
Atualmente os espaços coworking têm se difundido pelo mundo, pois, trata-se 
de uma concepção de espaço que promove a produtividade a uma rede de 
profissionais da criação, que envolvem condicionantes como a flexibilidade dos 
ambientes, o conforto e tempo livre. Isto ocorre conforme o conhecimento das 
necessidades e perfil dos usuários, correspondendo os ambientes de trabalho 
adequados às funções e atividades de criação (FERREIRA, 2018, p. 24). 
 
6. PERFIL DO COWORKER 
Os espaços de coworkings cresceram, e nos últimos anos têm ganhado cada 
vez mais usuários. Com rotinas de trabalho cada vez mais colaborativas, esses 
ambientes deixam claro que não são apenas um modismo e a tendência é se tornar 
mais viável a cada ano. 
Segundo o Censo Coworking Brasil (2018), estes grupos de usuários 
costumam ser jovens com idades entre 26 e 35 anos, e especializados em alguma 
área. De acordo com a Figura 7. 
Figura 7 - Censo Coworking Brasil 2018 
 
Fonte: Coworking Brasil (2018) 
Dentre os entrevistados, os resultados mostram que as maiorias dos coworkers 
são autônomos, empreendedores individuais e pequenos empresários que nem 
sempre possuem condições financeiras para arcarem com escritórios próprios. 
7. ROTINA NO COWORKING & COMUNIDADE 
19 
 
Segundo o estudo Censo Coworking Brasil (2018), foi descoberto que 
recomendações de amigos são um grande atrativo para novos membros. Além disso, 
a localização é o principal ponto que eles levam em consideração na hora de escolher 
o espaço. Preço foi citado apenas em quarto lugar. E também que quase metade 
dos coworkers trabalhava em home office antes de migrar para o espaço. Ainda 
assim, 22% deles continuam almoçando em casa. É de 27 minutos o tempo médio de 
deslocamento entre casa e coworking, e 8% dos coworkers conseguiram convencer 
seus empregadores a financiar seu espaço de trabalho, mesmo quando a ideia não 
partiu da empresa. 
 
8. INFLUÊNCIA NA VIDA PESSOAL 
Os profissionais foram questionados sobre como certos aspectos de sua vida 
mudaram desde que passaram a frequentar um coworking. Mais de 60% indicaram 
melhora na saúde, vida social, networking profissional, organização pessoal e 
produtividade no trabalho. (Coworking Brasil, 2018) 
Além disso, praticamente um em cada três coworkers já foi contratado ou 
contratou algum colega que conheceu no espaço para participar de um projeto em 
conjunto. E a imensa maioria garante já ter aprendido um novo conhecimento desde 
que começou a frequentar o espaço de coworking (Coworking Brasil, 2018). 
 
 
2. ESTUDO DE CASO 
 
O estudo de caso é apenas uma das muitas maneiras de se fazer pesquisa em 
ciências sociais. Experimentos, levantamentos, pesquisas históricas e análise de 
informaçõesem arquivos (como em estudos de economia) são alguns exemplos de 
outras maneiras de se realizar pesquisa. Cada estratégia apresenta vantagens e 
desvantagens próprias, dependendo basicamente de três condições: 
● o tipo de questão da pesquisa; 
● o controle que o pesquisador possui sobre os eventos comportamentais 
efetivos; 
20 
 
● o foco em fenômenos históricos, em oposição a fenômenos 
contemporâneos. 
Em geral, os estudos de caso representam a estratégia preferida quando se 
colocam questões do tipo "como" e "por que", quando o pesquisador tem pouco 
controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos 
contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. Pode-se complementar 
esses estudos de casos "explanatórios" com dois outros tipos - estudos "exploratórios" 
e "descritivos". Independentemente do tipo de estudo de caso, os pesquisadores 
devem ter muito cuidado ao projetar e realizar estudos de casos a fim de superar as 
tradicionais críticas que se faz ao método. (YIN, 2001, p. 19-20) 
 
2.1 EDIFÍCIO CORUJAS - São paulo/sp 
 
Arquitetos Responsáveis 
FGMF Arquitetos 
Ano do projeto 
2016 
Área construída 
6880.0 m² 
Um dos projetos escolhidos para estudo de caso é o do Edifício Corujas, 
localizado na Vila Madalena, é um edifício de escritórios de diversos tamanhos e 
formatos, Figura 8. A proposta para essa edificação é a de criar um espaço mais 
humanizado para o trabalho, indo na contramão dos tradicionais cubos de vidro 
espelhado localizados em regiões de São Paulo como Avenida Faria Lima ou Avenida 
Berrini.( ARCHDAILY,2019) 
 
21 
 
Figura 8 - Fachada do Edifício Corujas 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
O gabarito do local, de apenas nove metros, levou a uma solução horizontal, e 
o formato do lote, a desmembrar o prédio em duas edificações, frontal e posterior, 
Figura 9. O ponto de partida do projeto surgiu do desejo de criar uma arquitetura que 
possibilitasse que os escritórios tivessem, além de suas áreas fechadas, espaços 
avarandados generosos para reuniões externas, e jardins próprios, privativos.( 
ARCHDAILY,2019) 
 
22 
 
Figura 9 - Estudo de insolação 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
Para tanto foram utilizados alguns recursos como: tetos jardins, grandes panos 
envidraçados, generosos vãos e varandas pouco convencionais. Os conjuntos 
localizados no nível térreo tratam-se de escritórios com pé direito duplo, aproveitando 
a inclinação natural do terreno, Figura 10. Assim o visitante chega através de um 
mezanino e pode descer para a área principal de trabalho, onde há varanda e seu 
jardim privativo no recuo posterior, local onde já existem árvores frutíferas originais do 
local. A construção no térreo possui um determinado volume que denominamos 
“embasamento”, e este volume chega a encostar-se aos limites dos vizinhos e é mais 
largo do que o restante da construção. Para intensificar essa diferenciação, esse nível 
é todo envelopado em madeira. (ARCHDAILY,2019) 
 
23 
 
Figura 10 - Nível térreo 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
 
Os andares acima do embasamento não chegam às divisas, e são menores 
que o andar inferior. Nestes trechos optamos por deixar a estrutura de concreto pré-
moldada aparente, e no piso intermediário, que é realizado em estrutura metálica, a 
estrutura aparente em branco, Figura 11. Todo esse trecho é totalmente envidraçado, 
contrastando com o fechamento do embasamento, muito mais opaco. Sobre os 
trechos do embasamento que são maiores do que os pavimentos superiores surgem 
tetos jardins que são os jardins privativos dos escritórios do primeiro pavimento. Já as 
grandes varandas, ora com pé direito simples, ora com pé direito duplo surgem entre 
conjuntos, em meio aos pilares pré-moldados. (ARCHDAILY,2019) 
24 
 
Figura 11 - Vista panorâmica do edifício 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
O aspecto construtivo também é outro aspecto interessante dessa edificação. 
Embora se trate de um edifício de escritórios de altíssimo padrão, ele foi concebido 
em uma estrutura de pré-moldados de concreto, que em quase toda construção é 
deixado aparente. É uma forma de afirmar que o material pré-moldado pode ser tão 
interessante quanto qualquer outro, observa-se a Figura 12. Há também grandes 
trechos em estrutura metálica, também aparentes, que deixam o andar intermediário 
surpreendente leve na edificação, quase como se tivesse repousado ali. 
(archdaily,2019) 
Essa estrutura metálica, em conjunto com caixilhos piso teto com grandes 
aberturas e leves brises metálicos formam uma espécie de miolo, de recheio 
transparente da estrutura pré-moldada que poderá ser observado da rua pelo 
visitante, fazendo com que a dinâmica do que ocorre dentro do prédio participe do 
cotidiano do bairro. (ARCHDAILY,2019) 
25 
 
Figura 12 - Estrutura metálica dá sensação de leveza 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
Na Figura 13 abaixo, podemos observar a setorização por função da empresa, 
distribuída em uso corporativo, uso comercial, estacionamento, entrada e circulação. 
 
 
Figura 13 - Setorização por função 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
Na Figura 14 abaixo, pode-se observar as plantas baixa da empresa, que é 
composta por subsolo, térreo, primeiro pavimento e cobertura. 
 Figura 14 - Planta do pavimento subsolo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
Na Figura 15 abaixo, observa-se os cortes esquemáticos da construção. 
Figura 15 – Cortes esquemáticos 
 
 
 
 
27 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmf-arquitetos>. Acesso em: 20 Out. 
2019. ArchDaily Brasil 
 
2.2 Publik Office - Ho Chi Minh - Vietnã 
 
Arquitetos Responsáveis 
 Sanuki Daisuke, Vu Quoc Hao 
 Ano do projeto 
 2018 
 Interior 
 769,8 m² 
 Exterior 
 175,6 m² 
O terreno está localizado no distrito 3 de Ho Chi Minh no Vietnã e abriga um 
projeto de um coworking no centro de Ho Chi Minh. Presume-se que jovens criadores 
que moram na cidade, companhias de risco e empresas iniciantes locais de 
companhias estrangeiras usem este local, com cada pavimento apresentando 
diferentes espaços. Este é um projeto de renovação, em que o edifício original era um 
edifício antigo construído nos anos 1990, e foi repetidamente expandido e 
remodelado, sem manter a sua forma original. Além disso, como o local não fica de 
frente para a rua principal e a visibilidade é ruim, projetar a fachada foi um grande 
desafio. (ARCHDAILY, 2019) 
28 
 
Como o edifício original era antigo e sofreu repetidas adições e renovações, 
todos os espaços interiores e exteriores tiveram que ser completamente renovados, 
deixando apenas a estrutura. Aproveitando o fato de que a profundidade da varanda 
existente na parte central era diferente, estendemos a varanda de cada andar para a 
esquerda e para a direita e instalamos canteiros para vegetação em cada uma delas, 
Figura 16. Além disso, na elevação, fixamos uma chapa de aço inoxidável numa forma 
especular, como um origami ziguezague. (ARCHDAILY,2019) 
Figura 16 - Fachada frontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-em-saigon-sanuki-daisuke-architects>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily Brasil (2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 Pode-se observar um corte esquemático na Figura 17 abaixo. 
Figura 17 - Corte esquemático 
 
Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-em-saigon-sanuki-
daisuke-architects>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily Brasil (2019) 
A superfície de aço inoxidável é feita soldando peças em forma de montanha 
em ângulos diferentes na parte posterior. Alterando a proporção de tipos de peças em 
cada andar, elas são projetadas para refletir diferentes paisagens, figura 18. Além 
disso, o verde nos canteiros instalados controla a luz solar direta do lado oeste, e a 
profundidade diminui nos pavimentos superiores, sendo possível ver as árvores 
coloridas com luz natural de qualquer lugar de dentro. (ARCHDAILY,2019) 
Figura 18 - Iluminação natural nos ambientes internos 
Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-em-saigon-sanuki-
daisuke-architects>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily Brasil (2019) 
30 
 
Este projeto é um espaço de coworking, diferente de escritórios e cafés. 
Quando os usuários estão lá trabalhando, eles podem mudar de lugar sentindo e 
encontrando o seu espaço, Figura 19. Portanto, projetamos para incentivar a 
criatividade do usuário, sendo cada um dos quatro andares ocupados do edifício 
diferentes uns dos outros. (ARCHDAILY,2019) 
Figura 19 - Espaços variados e bem iluminados 
 
Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-em-saigon-sanuki-
daisuke-architects>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily Brasil (2019) 
O térreo é um espaço de trabalho lounge com um café, o primeiro andar é um 
espaço de trabalho tipo open space com luminárias tubulares impressionantes, o 
segundo andar é um espaço de trabalho mais individual, separado por divisórias 
móveis e o terceiro andar é um espaço de trabalho livre no qual é possível mover as 
mesas livremente, integrado ao terraço externo que também serve como sala de 
apresentações, Figura 20.(ARCHDAILY,2019) 
 
31 
 
Figura 20- Plantas baixas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-em-saigon-sanuki-
daisuke-architects>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily Brasil (2019) 
Os usuários podem descobrir espontaneamente seu próprio espaço de 
concentração e escolher seus próprios lugares confortáveis, Figura 21. O projeto foi 
cuidadosamente pensado para eliminar o excesso de decoração tanto quanto possível 
e usar materiais locais vietnamitas, como terrazzo de cores diferentes, madeira, 
cimento, etc.(ARCHDAILY,2019) 
32 
 
Figura 21 - Corte e fachada 
 
Fonte: Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-em-saigon-sanuki-
daisuke-architects>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily Brasil (2019) 
 
33 
 
3. ESTUDO CORRELATO 
3.1 DENTSU AEGIS NETWORK - SÃO PAULO/SP 
Arquitetos Responsáveis 
DMDV arquitetos 
Ano do projeto 
2015 
Área construída 
6768.0 m² 
Local 
São Paulo - Brasil 
 
O desafio recebido de desenvolver um projeto corporativo para o grupo Dentsu 
Aegis Network, uma empresa global de comunicação, que se instalou no edifício Box 
298 na Vila Madalena. Com uma atuação em diversos segmentos distintos, o grupo 
conta com cinco agências: Isobar, mcgarrybowen, iProspect, Copernicus e Amnet. 
(ARCHDAILY,2019) 
Seu interior conta com um acabamento em estilo industrial aparente com uso 
de cores sóbrias em tons pastéis, podendo ser observado na Figura 22. 
Figura 22 - Interior 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
34 
 
Alguns conceitos gerais foram aplicados a todo o grupo, a fim de estabelecer 
uma linguagem única e otimizar custos de implantação. Entretanto, cada empresa 
específica procurou adotar variações pessoais que se adequam ao perfil de atuação 
de cada uma delas, na Figura 23 abaixo, podemos observar a preocupação com a 
identidade visual que é mantida na empresa. (ARCHDAILY,2019) 
Figura 23 - Preocupação com a identidade visual da empresa 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
Optou-se também pela utilização da iluminação natural nos ambientes internos 
da empresa, na Figura 24 observa-se a entrada da luz natural. (ARCHDAILY,2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Figura 24 - Iluminação natural nos ambientes internos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
Para garantir uma melhor qualidade acústica no ambiente de trabalho foi 
necessária a instalação de nuvens acústicas junto a laje, Figura 25. Nesses elementos 
de formato hexagonal foram aplicados tecidos coloridos que remetem à identidade 
visual de cada empresa. O piso do mezanino metálico também recebeu a aplicação 
de placas de carpete, que colaboram para a absorção sonora. Já os pisos de acesso 
de cada agência receberam placas de piso vinílico distintos, e placas de concreto nas 
recepções, de forma a prolongar e diluir as áreas comuns. (ARCHDAILY,2019) 
36 
 
Figura 25 - Nuvens acústicas ajudam na propagação do som. 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
No térreo do edifício encontram-se o refeitório, de uso coletivo, um pequeno 
café e a recepção geral, já no pavimento intermediário encontra-se as salas de 
trabalho do local, Figura 26. (ARCHDAILY,2019) 
 
37 
 
Figura 26 - Planta baixa pavimento térreo e intermediário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
38 
 
 O edifício possui algumas características que precisaram de tratamentos 
distintos. Com uma planta irregular e espaços de alturas variáveis, estabeleceu-se 
como critério a utilização das áreas de mezanino, Figura 27, para as salas fechadas 
e os trechos de pé-direito duplo para as áreas de trabalho do tipo “open space”. 
(ARCHDAILY,2019) 
Figura 27- Planta baixa pavimento mezanino e 1° pavimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
39 
 
Na Figura 28 abaixo, temos as plantas do mezanino do 1° pavimento e do 2° 
pavimento, da edificação. 
Figura 28 - Planta baixa mezanino do 1° pavimento e 2° pavimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
40 
 
Na figura 29 abaixo, pode-se observar as distribuições das plantas do 
mezanino do 2° pavimento e do 3° pavimento. 
Figura 29 - Planta baixa mezanino 2º pavimento e 3° pavimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>. Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
 
A figura 30, demostra a planta baixa do mezanino do 3° pavimento e a planta 
do 4° pavimento. 
 
 
 
 
41 
 
Figura 30 - Planta baixa mezanino 3º pavimento e Planta baixa do quarto pavimento 
 
 
 
Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/777633/dentsu-aegis-network-aum-
arquitetos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>.Acesso em: 20 Out. 2019. ArchDaily 
Brasil (2015) 
 
 
42 
 
4. ASPECTOS FÍSICOS DO TERRENO 
4.1 ESCOLHA E JUSTIFICATIVA DO TERRENO 
O local a ser escolhido é de extrema importância para o sucesso do 
empreendimento, seja ele que qual natureza for. Condicionantes como insolação, 
topografia, uso do solo, gabarito, bem como outros fatores como legislação urbanística 
são de suma importância para a viabilidade da implantação da edificação seja ela para 
qual uso a que se destine. 
O entorno também é um fator determinante para a escolha do terreno, bem 
como os tipos de estabelecimentos próximos, público alvo e as vias de acesso. E se 
na área possui infraestrutura, como pavimentação, rede de água, esgoto e drenagem. 
Um dos elementos mais importantes é saber em qual zona do PDDU, o terreno está 
inserido, visto que, como dito anteriormente, o mesmo determina o que pode ser 
construído, e ainda a quantidade de pavimentos e o quanto pode ocupar do espaço 
físico do lote. 
4.2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO 
O terreno escolhido se encontra na Zona consolidada na cidade de Rio Branco, 
conforme o Plano Diretor - Lei nº 2.222 de 2016. Situado na Rua Quintino Bocaiuva 
no bairro Centro, de acordo com a Figura 31 a seguir. 
Figura 31 - Localização do terreno 
 
Fonte: Google Earth. 
 
43 
 
4.3 LOCALIZAÇÃO E PONTOS DE REFERÊNCIA 
 
As imediações do terreno proposto são bem servidas de comércios e serviços 
públicos, por fazer parte de uma zona consolidada e estar no centro da cidade. 
Podemos identificar todas as características de um centro urbano na Figura 32. 
Figura 32 - Localização e pontos de referência 
 
Fonte: Captura de Imagem do Google Earth Pro. Adaptado pelo autor, (2019) 
A escolha do terreno deu-se em função dos critérios importantes, como a sua 
localização, infraestrutura, acessos e visibilidade, fatores que foram compatibilizados 
com os projetos utilizados como referência. 
Foi de fundamental importância para a escolha desse terreno proposto para 
implantação do anteprojeto o fato do mesmo apresentar-se em uma área já 
estabelecida e adensada com características predominantes de estabelecimentos 
comerciais e de serviço, além de conter no recorte estudado os sistemas de 
infraestrutura urbana estabelecidos com qualidade. 
 
 
 
 
 
44 
 
4.4 FORMA E DIMENSÃO DO TERRENO 
O terreno proposto, localizado na área urbanizada da cidade de Rio Branco. 
Apresenta 4.745 m² de área, o terreno possui localização centralizada, Figura 33. 
As dimensões do terreno são de grande importância, pelo fato de ter grande 
influência no planejamento de um projeto arquitetônico. De acordo com Neves (1989, 
p. 98), a forma e dimensão do terreno proposto são dois aspectos importantes a serem 
levados em consideração na elaboração do partido arquitetônico. No qual, a forma de 
ocupação do terreno, pelo o edifício, está determinada pela forma do terreno. E a 
dimensão implica diretamente no pré-dimensionamento do projeto, que será posto 
como influência na sua elaboração. 
 
Figura 33 - Forma e dimensão do terreno 
 
 
 
45 
 
4.5 ORIENTAÇÃO SOLAR E VENTOS DOMINANTES 
A orientação solar e os ventos dominantes no entorno, são de extrema 
importância para a setorização do projeto no terreno, pois é a partir destas 
informações onde podemos observar o melhor local a implantar a nova edificação, de 
forma a promover uma melhor ambiência para o projeto. 
Após análise local, foi identificado que o Sol nasce à direita do terreno e se põe 
à esquerda. Os ventos dominantes frios vêm da parte de trás do terreno, já o vento 
quente vem da parte frontal do terreno. Considerando os dados pertinentes para o 
projeto, será considerada a utilização de artifícios naturais para sua elaboração, 
conforme a Figura 34. 
Figura 34 - Orientação solar e ventos dominantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
4.6 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
A partir do levantamento topográfico do terreno proposto, será possível 
determinar o local de implantação do projeto, se integrando aos desníveis encontrados 
no terreno. E observando as cotas de níveis de metro em metro, Figura 35, foi possível 
a partir da análise ao terreno proposto, chegar a conclusão que o terreno é 
virtualmente plano. 
Figura 35 - Levantamento topográfico 
 
 
4.7 LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA PERTINENTE 
Conforme os artigos 39º e 40º do Estatuto da Cidade, o plano diretor é “o 
instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana”. É ele quem 
47 
 
deve promover o diálogo entre os aspectos físicos/territoriais e os objetivos sociais, 
econômicos e ambientais que temos para a cidade. 
Segundo o Plano Diretor de Rio Branco, Lei nº 2.222 de 16 de dezembro de 
2016, o bairro está qualificado na Zona Consolidada – ZC e esta dispõe do seguinte 
artigo: 
 
Art. 122. A Zona Consolidada corresponde à porção de território urbanizado, 
com principal concentração de comércios, equipamentos, serviços e moradia, 
com alta densidade populacional, e melhores condições de infraestrutura. 
Parágrafo único. São objetivos para esta zona: I – Incentivar a ocupação dos 
lotes vazios e o parcelamento das áreas remanescentes; II – Estimular o 
adensamento por meio da verticalização das edificações, como forma de 
promoção do uso eficiente dos investimentos existentes em infraestrutura; III 
– compatibilizar o adensamento com o respeito às características ambientais 
e os bens e áreas de valor histórico e cultural; IV – Promover a melhoria da 
acessibilidade e mobilidade urbana; V – Aplicar instrumentos do 
Parcelamento e Edificação ou Utilização Compulsória e Operações Urbanas 
Consorciadas; e VI – Fortalecer as atividades de cultura, esporte e lazer, 
comércio e serviço (RIO BRANCO/ACRE, 2016, p. 65). 
 
 
Para esta zona, os usos admitidos são – R1, R2, R3, R4, R5 e CSI 2, CSI 1 - 
vias locais principais, PGT1, GRD e GRN (BR 364), PGT2 e PGT 3, GRD- vias 
Arteriais e Coletoras, AGF - com exceção do uso piscicultura e aquicultura. 
Sua Taxa de Ocupação – TO é 70%, Coeficiente de Aproveitamento – CA 6, 
Taxa de Permeabilidade – TP de 20%, com Gabarito máximo de 20 (RIO 
BRANCO/ACRE, 2016, p. 66). E por se tratar de uma Zona Consolidada, disponibiliza 
de melhores condições de infraestrutura e ainda, a maior concentração de comércios, 
equipamentos, serviços e moradia. 
 
4.8 USO DO SOLO 
uso do solo, de acordo com o Plano Diretor de Rio Branco – Lei nº 2.222 de 
2016, é o “aproveitamento de uma área, de acordo com a atividade pré-fixada para 
sua utilização”. 
48 
 
Figura 36 - Uso do solo 
COMÉRCIO
SERVIÇOS
INSTITUCIONAL
ÁREA VERDE
VAZIO
TERRENO PROPOSTO
LEGENDA:
RESIDÊNCIA
AVE
NIDA
 BRA
SIL
AVENIDA CEARÁ
RUA QUÍNTINO
 BOCAIÚVA 
RUA SERGIPE 
RUA M
ARECHAL DEODORO 
CAL
ÇAD
ÃO B
ENJ
AMI
N CO
NST
ANT
CALÇADÃO
ESCALA GRÁFICA
0 25 50 100 200
 
 
Com base na Figura 36 a cima, é possível verificar, a predominância do uso 
comercial. 
Tendo em maior predominância no uso e ocupação do solo, o uso comercial, 
pode-se perceber em menor quantidade o uso residencial. Mas, é possível observar 
que próximo ao terreno proposto, existe grande quantidade de órgãos públicos. 
Nesse sentido, o coworking proporcionará com seu entorno, serviços, 
comércios e instituições como a OCA – Organização de Centro de Atendimentos de 
Rio Branco, em sua proximidade. Dessa forma, serviços que o poder público oferece, 
e que por ventura coworkers e clientes necessitem, estarão em local de rápido acesso. 
4.9 MOBILIÁRIO URBANO 
O termo “mobiliário urbano” se refere aos objetos instalados, de forma geral, 
em áreas públicas, para o uso do cidadão e como suporte nas redes urbanas, como 
as lixeiras, telefones públicos, postes de energia e de eletricidade. 
Durante a visita na área do terreno proposto, foi feito um levantamento do 
mobiliário urbano existente no local. É possível verificar que a área é contemplada de 
49iluminação pública, transporte público, serviço de coleta de lixo, e vias pavimentadas 
que servem para passeios públicos. O mobiliário pode ser observado na Figura 37. 
Figura 37 - Mobiliário urbano 
CAL
ÇAD
ÃO B
EJA
MIN 
CON
STA
NT
AVENIDA CEARÁ
RUA M
ARECHAL DEO
DORO 
AVE
NIDA
 BRA
SIL
RUA QUÍNTINO BO
CAIÚVA 
RUA SERG
IPE 
ÁREA VERDE
TERRENO PROPOSTO
LEGENDA:
PONTO DE MOTO-TÁXI
POSTE DE ILUMINAÇÃO
CALÇADÃO
SEMÁFORO
LIXEIRA
LIXEIRA SELETIVA 
TELEFONE PÚBLICO
PARADA DE ÔNIBUS
ESCALA GRÁFICA
0 25 50 100 200
 
 
4.10 GABARITO 
A análise das imediações, e o respeito ao gabarito que se apresenta no 
entorno, é essencial para uma integração do projeto com o ambiente urbano. 
Diante da análise ao mapa, Figura 38, verificou-se a predominância de 
edificações do tipo Térreo, e em menor quantidade edificações de 3 ou mais 
pavimentos. O gabarito da proposta estará em concordância com conforme o entorno. 
50 
 
Figura 38 - Gabarito 
2 PAVIMENTO
3 PAVIMENTO
TERRENO PROPOSTO
LEGENDA:
1 PAVIMENTO
ESCALA GRÁFICA
25 50 100 200
CAL
ÇAD
ÃO B
ENJ
AMIN
 CON
STA
NT
AVE
NIDA
 BRA
SIL
AVENIDA CEARÁ
RUA QUÍNTINO BOCAIÚVA 
RUA SERGIPE 
RU
A M
ARECHAL DEO
DO
RO
 
3 
2 
3
3
4
3
3 PA
V
3
2
3 
3
3
2
3
2
2 2
2
2
CALÇADÃO
0
2
1
1
1
1
11
11
1
1
1
1 1
1
1
1
11
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
11
1
1
1
111
1
1
11111
1
1
1
1 1
11
1111
2
 
4.11 TIPOLOGIAS 
A tipologia das edificações está relacionada com a modalidade de 
parcelamento e das formas de apropriação do solo. Mas observa-se na Figura 39, 
abaixo a presença de poucas construções que utilizem madeira como principal 
sistema construtivo. 
Figura 39 - Tipologia 
CAL
ÇAD
ÃO B
EJA
MIN
 CON
STA
NT
AVE
NIDA
 BRA
SIL
AVENIDA CEARÁ
RUA QUÍNTINO
 BO
CAIÚVA 
RUA SERG
IPE 
R
UA M
ARE CH
AL D
EO
D
O
RO
 
MADEIRA
MISTO
ÁREA VERDE
VAZIO
TERRENO PROPOSTO
LEGENDA:
ALVENARIA
3 PA
V
2 PA
V
3 PA
V
3 PA
V
4 PA
V
3 PA
V
3 PA
V
3 PA
V
2 PA
V
3 PA
V
3 PA
V
3 PA
V
2 PA
V
3 PA
V
2 PA
V
2 PAV
2 PAV 2 P
AV
2 PAV
CALÇADÃO
ESCALA GRÁFICA
25 50 100 2000
 
 
51 
 
4.12 HIERARQUIA VIÁRIA 
O entorno do terreno é constituído por apenas uma rua principal, a Quintino 
Bocaiuva. Uma via com hierarquia especial, conforme a Figura 40. 
Figura 40 - Hierarquia das vias 
 
Desse modo, a implantação do coworking proposto em frente a uma via com 
hierarquia especial, foi escolhida para tornar visível e atrativa a entrada e saída dos 
usuários coworkers e clientes. 
52 
 
5. ASPECTOS CONCEITUAIS DO TEMA 
5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES, SETORIZAÇÃO E PRÉ 
DIMENSIONAMENTO 
O programa de necessidades, descrito na Tabela 1, é resultado de pesquisa 
direta a estudos de caso e outros Trabalhos Finais de Graduação consultados via 
internet e por meio de conversa direta com um egresso do Centro Universitário 
Uninorte de semestres anteriores. 
Foram eles: "Edificio Corujas do escritório FGMF Arquitetos", "Publik Office do 
escritório Saniki Daisuke architects", E os TFGs, "QG Espaço de coworking do Arq. 
Philipe de Sousa Pinheiro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte", e o 
projeto "Espaço coworking: Escritório compartilhado do Arq. Marcelo da Silva 
Monteiro, egresso do Centro Universitário Uninorte". 
Tabela 1 - Programa de necessidades 
 
A proposta de programa de necessidades aqui apresentada tem por objetivo 
atender a 30 coworkers simultâneos, espaços como Armários, Salas de reunião, 
Atendimento e Auditório serão utilizados por demanda e o uso deverá ser feito 
53 
 
mediante agendamento prévio e poderá ser aberto para terceiros. Coworkers terão 
preferência no uso desses locais, mas não exclusividade. 
Os setores foram distribuídos conforme as funções e características de uso de 
cada ambiente, bem como as necessidades estabelecidas nesta proposta de ante-
projeto. 
5.2 FUNCIONOGRAMA 
Os ambientes dessa proposta de anteprojeto arquitetônico foram inseridos 
dentro de cada setor, levando em consideração a hierarquia que os mesmos exercem 
nas funções da edificação, demostrado na Figura 52. 
 
Figura 41 - Funcionograma 
 
5.3 MATRIZ DE RELAÇÕES ESPACIAIS 
A matriz na Figura 42 abaixo, demonstra as ligações entre ambientes em 3 
níveis. Direta, indireta ou remota. 
 
54 
 
Figura 42 - Matriz de relações espaciais 
 
5.4 FLUXOGRAMA 
O Fluxograma representado na Figura 43 a seguir, foi pensado de tal maneira 
a evitar fluxos de forma natural e fluida, pois há apenas alguns ambientes em que é 
desejável que os clientes dos coworkers transitem. Não que seja proibido o acesso 
deles, mas que funciona para uma circulação mais lógica. As linhas verdes são a 
55 
 
circulação do coworkers, as linhas vermelhas são a circulação dos clientes e as linhas 
amarelas são a circulação de serviço. 
 
Figura 43 - Fluxograma 
 
5.5 ZONEAMENTO DOS SETORES NO TERRENO 
Nos estudos conceituais de zoneamento fica definido pela relação dos estudos 
preliminares que os conceitos estabelecidos pelo tema proposto, influenciados 
diretamente pelos aspectos constituintes formulados ambientais e climáticos de forma 
que o zoneamento apresente sua forma e função, conforme mostra a Figura 44. 
56 
 
Figura 44 - Zoneamento no terreno 
 
5.6 ADOÇÃO DO PARTIDO ARQUITETÔNICO E CROQUIS 
Segundo Neves (1989, p. 17) o partido se constitui na representação gráfica da 
ideia preliminar do edifício, expressa na linguagem própria, do desenho arquitetônico. 
São vários os objetivos da elaboração do partido arquitetônico. O primeiro 
deles, e o mais importante, é justamente o de ser o registro gráfico da Ideia preliminar 
do edifício, conforme o croqui da Figura 45. Além desse, porém, outros se identificam 
como o de ser o instrumento indispensável para que o processo criativo de síntese 
arquitetônica possa efetivar-se numa expressão perceptível. 
57 
 
Figura 45 - Croqui volumétrico 01 
 
A proposta tem como objetivo fazer a interposição de blocos de sólidos 
primários trazendo uma volumetria simples, direta, e de fácil leitura e compreensão, 
de acordo com o croqui na Figura 46 abaixo. É de interesse que seja visualmente 
agradável e que gere o interesse de entrar, conhecer, e trabalhar no edifício proposto. 
Figura 46 - Croqui volumétrico 02 
 
58 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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