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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO 
ADUANEIRA
Controle Aduaneiro
Livro Eletrônico
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Controle Aduaneiro
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Diego Degrazia e Gabriel Britto
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Controle Aduaneiro ......................................................................................................................... 4
1. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação ...................................................... 4
1. Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros ............................................................. 4
1.2. Despacho Aduaneiro de Importação .................................................................................... 5
1.3. Despacho Aduaneiro de Exportação ..................................................................................20
1.4. Casos Especiais de Importação e de Exportação Previstos na Legislação ............... 29
1.5. Lançamento dos Impostos Incidentes sobre a Importação .......................................... 36
2. Siscoserv e Siscomex ............................................................................................................... 36
2.1. Siscomex .................................................................................................................................. 36
2.2. Siscoserv ................................................................................................................................. 36
Mapas Mentais ..............................................................................................................................38
Questões de Concurso ................................................................................................................. 45
Gabarito ............................................................................................................................................71
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Controle Aduaneiro
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Diego Degrazia e Gabriel Britto
ApresentAção
Olá, querido(a) aluno(a)! Nesta aula que se inicia hoje, vamos aprender sobre o CONTROLE 
ADUANEIRO DE MERCADORIAS. O Regulamento Aduaneiro trata do assunto no Livro V, dividi-
do em dois Títulos:
• TÍTULO I – DO DESPACHO ADUANEIRO (arts. 542 a 638); e
• TÍTULO II – DAS NORMAS ESPECIAIS (arts. 639 a 672).
Com base em nosso último edital para a Receita Federal do Brasil, de 2014, vamos conse-
guir vencer os seguintes pontos:
11. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 11.1. Atividades Relacionadas aos Ser-
viços Aduaneiros. 11.2. Despacho Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportação. 
11.2.1. Disposições Gerais. 11.2.2. Modalidades. 11.2.3. Documentos que os instruem. 11.2.4. 
Casos Especiais de Importação e de Exportação Previstos na Legislação. 11.3. Espécies de De-
claração de Importação e de Declaração de Exportação. 11.4. Declaração de Importação. 11.5. 
Conferência e Desembaraço na Importação e na Exportação. 11.6. Cancelamento da Declaração 
de Importação e da Declaração de Exportação. 11.7. Lançamento dos Impostos Incidentes sobre a 
Importação. 31. Siscoserv e Siscomex.
Como pode perceber somente pelos tópicos, vamos ter que abordar alguns procedimentos 
bem burocráticos, comuns (e necessários) no comércio exterior, tanto na importação quanto 
na exportação. Durante a aula, trataremos também do Siscoserv e Siscomex, sistemas infor-
matizados fundamentais aos trâmites que veremos durante a aula. Sem tempo a perder, va-
mos trabalhar!
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Controle Aduaneiro
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Diego Degrazia e Gabriel Britto
CONTROLE ADUANEIRO
1. procedimentos GerAis de importAção e de exportAção
1. AtividAdes relAcionAdAs Aos serviços AduAneiros
O Regulamento Aduaneiro – RA prevê diversas atividades relacionadas ao controle adua-
neiro de mercadorias, vamos conhecê-las:
• Despacho aduaneiro de importação;
• Despacho aduaneiro de exportação;
• Casos especiais de importação e exportação (envolvendo entorpecentes, fumo, falsifi-
cações, armas, medicamentos, animais etc.);
• Revisão aduaneira.
O art. 808 do RA detalha algumas atividades relacionadas ao despacho aduaneiro de mer-
cadorias, inclusive bagagem de viajante, na importação, na exportação ou na sua internação. 
Vale a leitura de seus incisos:
I – preparação, entrada e acompanhamento da tramitação e apresentação de documentos relativos 
ao despacho aduaneiro;
II – subscrição de documentos relativos ao despacho aduaneiro, inclusive termos de responsabili-
dade;
III – ciência e recebimento de intimações, de notificações, de autos de infração, de despachos, de 
decisões e de outros atos e termos processuais relacionados com o procedimento de despacho 
aduaneiro;
IV – acompanhamento da verificação da mercadoria na conferência aduaneira, inclusive da retirada 
de amostras para assistência técnica e perícia;
V – recebimento de mercadorias desembaraçadas;
Certamente, o controle sobre importações é bem mais severo que o controle sobre as ex-
portações brasileiras. A qualidade do controle exercido depende diretamente da capacidade 
do órgão competente, a Receita Federal do Brasil, daí a importância de um quadro de servi-
dores com alto nível de qualificação que possa exercer essa atividade fundamental ao país 
como um todo.
Seguindo a sequência do Regulamento Aduaneiro, iniciaremos pelo Despacho Aduaneiro 
de Importação.
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Controle Aduaneiro
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
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1.2. despAcho AduAneiro de importAção
1.2.1. Disposições Preliminares
O RA, art. 542, define que o despacho de importação é o “procedimento mediante o qual é 
verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, 
aos documentos apresentados e à legislação específica”. Sua regulamentação se dá por meio 
da Instrução Normativa SRF N. 680, de 02 de outubro de 2006.
Assim, o despacho aduaneiro, de maneira geral, nada mais é que o procedimento fiscal de 
conferência da mercadoria importada ou exportada, mediante conferência da documentação 
correspondente, obedecendo a legislação específica que regula o assunto.
Mas quem se submete ao Despacho Aduaneiro de Importação? Toda mercadoria proce-
dente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do II, 
inclusive mercadorias reimportadas e as referidas nos incisos I a V do art. 70 (aquelas merca-
dorias que retornam ao país de maneira alheia à vontade do exportador, não se submetendo à 
incidência do II – se precisar revisar, retorne à aula 02).
Apesar de o texto legal colocar sob controle aduaneiro toda a mercadoria importada, obvia-
mente não é possível fiscalizar a totalidade das mercadorias que entram em território aduanei-
ro, por isso que na prática a fiscalização funciona por amostragem.
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Essa é a regra, mas será que temos exceções? Em outras palavras, há algum bem que não 
se submete ao Despacho Aduaneiro de Importação? Com certeza! Veja a redação do art. 547 
do RA: está dispensada do despacho de importação a entrada, no País, de malas diplomáticas 
e consulares, devidamente identificadas, assim consideradas as que contenhas tão-somente 
documentos diplomáticos e objetos destinados a uso oficial.
Também é prudente saber que o despacho de importação de urna funerária será realizado 
em caráter prioritário e mediante rito sumário, logo após a sua descarga, com base no res-
pectivo conhecimento de carga ou em documento de efeito equivalente, e seu desembaraço 
aduaneiro somente será efetivado após a manifestação da autoridade sanitária competente.
Além disso, o despacho será realizado com base em Declaração de Importação – DI apre-
sentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. Mas cuidado, essa é a regra 
geral, pois além da DI o despacho também pode ser realizado com base na Declaração Única de 
Importação (DUIMP) registrada no Portal Único de Comércio Exterior (IN SRF N. 680, art. 1º, 2º, II). 
Como informação adicional, saiba que a DUIMP do Portal Siscomex futuramente substituirá a DI 
(Declaração de Importação) e a DSI (Declaração Simplificada de Importação) no Siscomex Web.
O despacho de importação inicia-se na data do registro da declaração de importação, 
e encerra-se com o desembaraço aduaneiro e liberação da mercadoria, que veremos mais 
adiante. Mas existem prazos para que o importador faça o registro da DI para que se inicie o 
despacho de importação (RA, art. 546):
• Em até 90 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona 
primária (portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados);
• Em até 45 dias após esgotar-se o prazo de permanência da mercadoria em recinto alfan-
degado de zona secundária (portos secos); e
• Em até 90 dias, contados do recebimento do aviso de chegada da remessa postal.
Caso não sejam respeitados os prazos, a mercadoria fica sujeita à pena de perdimento por 
abandono. Em síntese:
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Vamos resumir tudo e seguir em frente:
1.2.2. Do Licenciamento de Importação
O licenciamento de importação, de maneira geral, é um conjunto de procedimentos ante-
riores ao envio de mercadorias do exterior para o território aduaneiro brasileiro, consistindo 
na análise da documentação envolvida na operação. O licenciamento pode ser automático ou 
não automático. O documento eletrônico gerado pelo Siscomex é conhecido como LI – Li-
cença de Importação, que será autorizado previamente por algum (ou alguns) órgão anuente, 
também via Siscomex.
Pode-se considerar que o licenciamento é uma fase anterior inclusive ao controle aduanei-
ro, uma vez que o licenciamento se dá em território estrangeiro.
A REGRA GERAL é que as importações brasileiras estão dispensadas do licenciamento, 
sendo necessário apenas o registro da DI. Assim, a LI aplica-se apenas a casos especiais.
Mais uma informação que julgo importante: o § 4º do art. 550 do RA concede tratamento 
prioritário e, quando aplicável, simplificado a duas situações, quando sujeitas ao licenciamento 
de importação:
• Importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e 
pesquisadores; e
• Importação de bens importados por empresas, na execução de projetos de pesquisa, 
desenvolvimento e inovação (hipótese de isenção do II).
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Avançando, vamos analisar alguns dispositivos da Portaria SECEX N. 23, de 14 de julho de 
2011. Em seu art. 12, conhecemos as modalidades do sistema administrativo de importação 
brasileiro:
• Importações dispensadas de Licenciamento: REGRA GERAL, devendo os importadores 
somente providenciar o registro da DI no Siscomex, dando início aos procedimentos de 
Despacho Aduaneiro junto à RFB. São as seguintes situações:
− sob os regimes de entrepostos aduaneiro e industrial, inclusive sob controle aduanei-
ro informatizado;
− sob o regime de admissão temporária, inclusive de bens amparados pelo Regime 
Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados às Atividades de 
Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (REPETRO);
− com redução da alíquota de imposto de importação decorrente da aplicação de “ex-
-tarifário”;
− mercadorias industrializadas, destinadas a consumo no recinto de congressos, feiras 
e exposições internacionais e eventos assemelhados, observado o contido no art. 70 
da Lei n. 8.383, de 30 de dezembro de 1991;
− peças e acessórios abrangidos por contrato de garantia;
− doações, exceto de bens usados;
− retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou pesquisas, 
com finalidade industrial ou científica;
− arrendamento mercantil financeiro (leasing), arrendamento mercantil operacional, ar-
rendamento simples, aluguel ou afretamento;
− sob o regime de admissão temporária ou reimportação, quando usados, reutilizáveis 
e não destinados à comercialização, de recipientes, embalagens, envoltórios, carre-
téis, separadores, racks, clip locks, termógrafos e outros bens retornáveis com finali-
dade semelhante destes, destinados ao transporte, acondicionamento, preservação, 
manuseio ou registro de variações de temperatura de mercadoria importada, exporta-
da, a importar ou a exportar;
− nacionalização de máquinas e equipamentos que tenham ingressado no País ao am-
paro do regime aduaneiro especial de admissão temporária para utilização econômi-
ca, aprovado pela RFB, na condição de novas;
− sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca, depósito afian-
çado, depósito franco e depósito especial; e
− importações de empresa autorizada a operar em ZPE (Zona de Processamento de 
Exportação), com exceção de exigência de licenciamento em virtude de controles de 
ordem sanitária, de interesse da segurança nacional e de proteção do meio ambiente;
 ◦ OBS.: se houver previsão de licenciamento (automático ou não automático) para 
qualquer uma das situações acima, esse tratamento irá prevalecer, exceto nas duas 
últimas situações em vermelho (onde o licenciamento sempre será dispensado);
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• Importações sujeitas a Licenciamento Automático: conforme hipóteses elencadas no 
art. 14:
− de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do Siscomex,também dispo-
níveis no endereço eletrônico do MDIC para simples consulta, prevalecendo o cons-
tante do aludido Tratamento Administrativo; e
− as efetuadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback;
 ◦ OBS.: O licenciamento será efetivado em no máximo 10 dias úteis (se o pedido 
tiver sido feito de forma adequada e completa, claro). A validade da licença é de 90 
dias a partir do deferimento do pedido, para fins de embarque da mercadoria no 
exterior. O Licenciamento Automático pode ser feito após o embarque da mercado-
ria no exterior, mas anteriormente ao despacho aduaneiro de importação;
• Importações sujeitas a Licenciamento Não Automático: conforme hipóteses elencadas 
no art. 15:
− Importação de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do Siscomex e 
disponíveis no endereço eletrônico do MDIC para simples consulta, prevalecendo o 
constante do aludido Tratamento Administrativo, onde estão indicados os órgãos res-
ponsáveis pelo exame prévio do licenciamento não automático, por produto;
− Importações efetuadas nas situações abaixo relacionadas:
 ◦ a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária;
 ◦ b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Co-
mércio;
 ◦ c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico (CNPq);
 ◦ d) sujeitas ao exame de similaridade;
 ◦ e) de material usado, salvo as exceções expressas na Portaria;
 ◦ f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da Organização 
das Nações Unidas (ONU);
 ◦ g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria do Ministério da Fazenda n. 
150, de 26 de julho de 1982;
 ◦ h) operações que contenham indícios de fraude; e
 ◦ i) sujeitas a medidas de defesa comercial;
 ◦ OBS.: O licenciamento não automático terá tramitação de no máximo 60 dias a 
partir da data de registro no Siscomex. Assim como ocorre no licenciamento auto-
mático, a validade da licença é de 90 dias a partir do deferimento do pedido, para 
fins de embarque da mercadoria no exterior. O Licenciamento Não Automático, em 
regra, deverá ser efetuado previamente ao embarque da mercadoria no exterior. 
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
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Dizemos em regra porque o licenciamento não automático poderá ser efetuado 
após o embarque da mercadoria no exterior, mas anteriormente ao despacho adu-
aneiro nas seguintes situações:
I – importações ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comér-
cio, exceto quando o produto estiver sujeito a Tratamento Administrativo no Siscomex que exija o 
cumprimento da condição prevista no caput;
II – mercadoria ingressada em entreposto aduaneiro ou industrial na importação;
III – importações sujeitas à anuência do CNPq;
IV – importações de brinquedos;
V – importações de mercadorias sujeitas à anuência da ANP, do MAPA e da ANVISA, quando previs-
to na legislação específica; e
VI – importações de contêineres rígidos.
Para finalizar, uma última informação: o prazo que vimos de 90 dias de validade das licen-
ças pode ser prorrogado por igual período, mediante pedido fundamentado.
Vamos resumir o que há de mais importante sobre o assunto em um mapa mental para 
seguir adiante.
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1.2.3. Modalidades
Temos três modalidades do despacho aduaneiro de importação: despacho para consumo, 
para admissão e para internação. A IN SRF N. 680/2006 regula as duas primeiras, enquanto a 
IN SRF N. 242/2002 regula a modalidade de internação. Vamos ver a quem se aplica cada uma 
das modalidades:
• Despacho para consumo: aplicável a mercadorias importadas a título definitivo, inclusi-
ve a mercadoria:
− ingressada no País com o benefício de drawback;
− destinada à ZFM, à Amazônia Ocidental, a Área de Livre Comércio (ALC) ou a Zona de 
Processamento de Exportação (ZPE);
− contida em remessa postal internacional ou expressa ou, ainda, conduzida por viajan-
te, se aplicado o regime de importação comum; e
− admitida em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais (ZFM, Amazô-
nia Ocidental, ALC e ZPE), que venha a ser submetida ao regime comum de importação;
• Despacho para admissão: aplicável a mercadorias em regime aduaneiro especial ou 
aplicado em áreas especiais, de mercadoria que ingresse no País nessa condição;
• Despacho para internação: aplicável a internação de mercadorias da Zona Franca de 
Manaus para o restante do território nacional. Como exemplo, podemos imaginar um 
bem importado com isenção por um importador da ZFM. Se em momento posterior o 
bem for vendido para SP, por exemplo, serão devidos tributos na operação. É disso que 
se trata o despacho para internação, que somente poderá ser realizado mediante prévia 
autorização da Secretaria da Receita Federal (SRF).
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1.2.4. Documentos que Instruem o Despacho Aduaneiro de Importação
Já falamos um pouco durante essa aula sobre a Declaração de Importação – DI, e é jus-
tamente ela que será o documento base para o Despacho Aduaneiro de Importação (RA, art. 
551). Como já comentamos, o registro da DI dá início ao processo de despacho aduaneiro, que 
finaliza com o desembaraço. A DI deve conter a identificação do importador e a identificação, 
a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria, podendo serem exigidas outras 
informações.
No Regulamento Aduaneiro e na IN SRF N. 680/2006 encontramos os documentos que 
instruem a DI:
• Via original do conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente. Vejamos 
algumas informações adicionais:
− O conhecimento de carga (ou conhecimento de transporte) constitui prova de posse 
ou de propriedade da mercadoria;
− A SRFB pode dispensar o uso do conhecimento de carga na instrução da DI para de-
terminadas hipóteses;
− Cada conhecimento de carga deverá corresponder somente a uma única declaração 
de importação, salvo exceções;
• Via original da fatura comercial, assinada pelo exportador. Esse é o documento que 
comprova a transação comercial, representativo do contrato de compra e venda. Vamos 
às informações adicionais:
− A fatura comercial não é a nota fiscal da operação, não confundir;
− A primeira via da fatura comercial será sempre a original, podendo ser emitida, assim 
como as demais vias, por qualquer processo;
− O conhecimento de carga aéreo (AWB) equipara-se à fatura comercial para todos os 
efeitos, desde que nele constem as indicações de quantidade, espécie e valor das 
mercadorias que lhe correspondam;
− A SRFB pode dispor sobre casos de não exigência da fatura comercial, bem como 
dispensa de alguns elementos, formas alternativas de assinatura etc.;
− Não existe um modelo padrão internacional de fatura comercial, cada país pode esta-
belecer requisitos diferentes para esse documento. No Brasil,a fatura comercial deve 
conter o seguinte:
 ◦ nome e endereço, completos, do exportador;
 ◦ nome e endereço, completos, do importador e, se for caso, do adquirente ou do 
encomendante predeterminado;
 ◦ especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial do Acordo Ge-
ral sobre Tarifas e Comércio, ou, se em outro idioma, acompanhada de tradução 
em língua portuguesa, a critério da autoridade aduaneira, contendo as denomina-
ções próprias e comerciais, com a indicação dos elementos indispensáveis a sua 
perfeita identificação;
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Diego Degrazia e Gabriel Britto
 ◦ marca, numeração e, se houver, número de referência dos volumes;
 ◦ quantidade e espécie dos volumes;
 ◦ peso bruto dos volumes, entendendo-se, como tal, o da mercadoria com todos os 
seus recipientes, embalagens e demais envoltórios;
 ◦ peso líquido, assim considerado o da mercadoria livre de todo e qualquer envoltório;
 ◦ país de origem, como tal entendido aquele onde houver sido produzida a mercado-
ria ou onde tiver ocorrido a última transformação substancial;
 ◦ país de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoria foi adquirida 
para ser exportada para o Brasil, independentemente do país de origem da merca-
doria ou de seus insumos;
 ◦ país de procedência, assim considerado aquele onde se encontrava a mercadoria 
no momento de sua aquisição;
 ◦ preço unitário e total de cada espécie de mercadoria e, se houver, o montante e a 
natureza das reduções e dos descontos concedidos;
 ◦ custo de transporte a que se refere o inciso I do art. 77 e demais despesas relativas 
às mercadorias especificadas na fatura;
 ◦ condições e moeda de pagamento; e
 ◦ termo da condição de venda (INCOTERM);
• Romaneio de carga (packing list), quando aplicável: documento que descreve detalha-
damente os volumes das mercadorias transportadas, facilitando sua identificação e fis-
calização;
• Comprovante de pagamento dos tributos, quando exigível, sendo que o recolhimento 
(normalmente) ocorre automaticamente quando do registro da DI, debitando-se da con-
ta-corrente do importador;
• Outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de legis-
lação específica.
Chatinha essa parte da matéria, né? Mas que bom que acabou, vamos avançar!
1.2.5. Da Conferência Aduaneira
A conferência aduaneira na importação consiste em uma etapa do despacho aduaneiro, e 
sua finalidade é identificar o importador, verificar a mercadoria e a correção das informações 
relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e valor, e confirmar o cumprimento 
de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da importação (RA, art. 564).
A conferência aduaneira pode ser realizada na zona primária (portos, aeroportos e pontos 
de fronteira alfandegados) ou secundária (recintos alfandegados, no estabelecimento do im-
portador em ato de fiscalização ou como complementação da iniciada na zona primária, ou 
ainda em outros locais, mediante prévia anuência da autoridade aduaneira).
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Mais uma informação importante: a competência para exercer a atividade de conferência 
é do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, ou sob supervisão do primeiro, do Analista 
Tributário, na presença do viajante, do importador ou de seus representantes. O RA acrescenta 
que a bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartições consulares de ca-
ráter permanente não está sujeita a verificação, salvo se existirem fundadas razões para se 
supor que contenha bens destinados a uso diverso do previsto nas respectivas Convenções de 
Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares ou de importação proibida.
O Regulamento acrescenta que, a fim de determinar o tipo e a amplitude do controle a ser 
efetuado na conferência aduaneira, serão adotados canais de seleção. Também é estabeleci-
do que podem ser adotados critérios de seleção e amostragem na verificação de mercadorias, 
pois obviamente não é possível fiscalizar toda e qualquer mercadoria que entre em território 
aduaneiro. Essas definições nos levam diretamente ao art. 21 da IN SRF N. 680/06, onde estão 
dispostos os canais de conferência aduaneira.
Funciona da seguinte forma: após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e selecio-
nada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira, baseado em critérios parametri-
zados dentro do Siscomex:
I – verdeverde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o 
exame documental e a verificação da mercadoria;
II – amareloamarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, 
efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
III – vermelhovermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame 
documental e da verificação da mercadoria; e
IV – cinzacinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplica-
ção de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, 
inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma 
específica.
Veja que o canal verde é o mais brando, enquanto o cinza é o mais rigoroso, quando há 
suspeita de fraude. Mas o que é levado em consideração para enquadrar a DI em algum dos 
canais? Temos os seguintes elementos que perfazem essa análise de risco:
I – regularidade fiscal do importador;
II – habitualidade do importador;
III – natureza, volume ou valor da importação;
IV – valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação;
V – origem, procedência e destinação da mercadoria;
VI – tratamento tributário;
VII – características da mercadoria;
VIII – capacidade organizacional, operacional e econômico-financeira do importador; e
IX – ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo importador.
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Uma última informação bem importante: caso a DI vá para o canal verde, pode ser redi-
recionado para outro canal mais gravoso durante a análise fiscal, se verificados indícios de 
irregularidade. MAS O CONTRÁRIO NÃO É POSSÍVEL! Se cair no canal amarelo, pode ser redi-
recionada para o vermelho ou cinza, mas jamais para o verde.
Veja que interessante o fluxograma do Despacho de Importação – DI disponibilizado pela 
RFB em seu site. Vamos reproduzi-lo!
<http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-importa-
cao/topicos-1/despacho-de-importacao/etapas-do-despacho-aduaneiro-de-importacao/des-
pacho-de-importacao-di>
Se for constatada, durante a conferência aduaneira, ocorrência que impeça o prossegui-
mento do despacho, este terá seu curso interrompido após o registro da exigência correspon-
dente no Siscomex, pelo Auditor-Fiscal da Receita Federaldo Brasil responsável. Vamos listar 
as situações passíveis de provocar a interrupção do curso do despacho (RA, art. 570):
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• não apresentação de documentos exigidos pela autoridade aduaneira, desde que indis-
pensáveis ao prosseguimento do despacho;
• não comparecimento do importador para assistir à verificação da mercadoria, quando 
sua presença for obrigatória;
• quando exigível o depósito ou o pagamento de quaisquer ônus financeiros ou cambiais 
ou o cumprimento de obrigações semelhantes, o despacho será interrompido até a sa-
tisfação da exigência.
1.2.6. Do Desembaraço Aduaneiro
Chegamos à última etapa do despacho aduaneiro de importação! Como já comentamos, 
o processo se encerra com o desembaraço aduaneiro, sendo emitido eletronicamente o docu-
mento comprobatório da importação e concluída a transferência aduaneira.
O Regulamento lista situações que impedem o desembaraço:
• Quando exista crédito tributário no curso da conferência aduaneira esteja pendente de 
atendimento, salvo em hipóteses autorizadas pelo Ministro de Estado da Fazenda, me-
diante prestação de garantia;
• Quando não apresentada a documentação devida (conhecimento de carga, fatura co-
mercial e comprovante de pagamento dos tributos);
• Quando tratar-se de mercadoria objeto de apreensão anulada por decisão judicial não 
transitada em julgado, possibilitando o desembaraço mediante prestação prévia de ga-
rantia, na forma de depósito ou fiança idônea, do valor das multas e das despesas de 
regularização cambial emitidas pela autoridade aduaneira, além do pagamento dos tri-
butos devidos;
• Mercadoria consideradas, pelos órgãos competentes, nocivas à saúde, ao meio ambien-
te ou à segurança pública, ou que descumpram controles sanitários, fitossanitários ou 
zoossanitários, ainda que em decorrência de avaria, devendo tais mercadorias ser obri-
gatoriamente devolvidas ao exterior ou, caso a legislação permita, destruídas, sob con-
trole aduaneiro, às expensas do obrigado;
• Prestação da informação do pagamento do Adicional ao Frete para Renovação da Mari-
nha Mercante – AFRMM, ou de sua isenção, pelo Ministério dos Transportes.
Por fim, após o desembaraço aduaneiro, será autorizada a entrega da mercadoria ao im-
portador mediante a comprovação do pagamento do ICMS, salvo disposição em contrário (RA, 
art. 576).
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Em síntese:
1.2.7. Do Cancelamento da Declaração de Importação
O cancelamento da DI pode ser feito de ofício ou a pedido do importador, observando con-
dições estabelecidas em ato normativo da SRFB. Relevante saber também que o cancelamen-
to da DI não exime o importador da responsabilidade por eventuais infrações.
Sobre o assunto, o Regulamento Aduaneiro não traz maiores informações, diferente da IN 
SRF N. 680/06 que detalha algumas situações que acarretam o cancelamento da DI. Vamos 
conhecê-las:
• Quando ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou no País, ou tenha 
sido descarregada em recinto alfandegado diverso daquele indicado na DI;
• Quando for determinada a devolução da mercadoria ao exterior ou sua destruição, por 
não atender à legislação de proteção ao meio ambiente, saúde ou segurança pública e 
controles sanitários, fitossanitários e zoossanitários;
• Quando a importação não atender aos requisitos para a utilização do tipo de declaração 
registrada e não for possível a sua retificação;
• Quando ficar comprovado erro de expedição;
• Quando a declaração for registrada com erro relevante, como por exemplo o número de 
inscrição do importador no CPF ou no CNPJ, unidade da SRF responsável pelo despacho 
aduaneiro;
• Registro em duplicidade de uma DI para a mesma carga;
• Quando for indeferido o requerimento de concessão de regime aduaneiro especial; e
• Em hipótese diferente das elencadas, o cancelamento poderá ser autorizado somente 
pelo chefe da unidade da RFB, vedada a delegação, com base em proposta justificada 
que evidencie a necessidade e a conveniência do cancelamento.
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Além disso, a IN SRF N. 680/06 ainda cita duas situações em que NÃO será autoriza-
do o cancelamento de declaração, quando houver indícios de infração aduaneira, enquanto 
não for concluída a respectiva apuração e quando se tratar de mercadoria objeto de pena de 
perdimento.
1.2.8. Da Simplificação e da Priorização do Despacho
Temos basicamente dois tipos de declaração que embasa o despacho aduaneiro na im-
portação: a DI – Declaração de Importação e a DSI – Declaração Simplificada de Importação, 
ambas registradas no Siscomex.
A previsão para a DSI está no art. 578 do RA, que informa que a SRFB poderá estabelecer 
procedimentos para simplificação do despacho de importação, podendo ser suspensos ou 
extintos, por conveniência administrativa. Mas que tipo de simplificação pode ser feita, profes-
sor? Eu te respondo!
Pode ser autorizado o início do despacho aduaneiro antes da chegada da mercadoria, ou a 
entrega da mercadoria antes de iniciado o despacho, ou ainda podem ser adotadas faixas di-
ferenciadas de procedimentos, em que a mercadoria possa ser entregue antes da conferência 
aduaneira, ou mediante conferência aduaneira feita parcialmente ou ainda somente depois de 
concluída a conferência aduaneira de toda a carga.
Uma última informação relevante, incluída pelo Decreto 9.283 de 2018, ou seja, relativamen-
te recente, é que os processos de importação e de desembaraço aduaneiro de bens, insumos, 
reagentes, peças e componentes utilizados em pesquisa científica e tecnológica ou em pro-
jetos de inovação terão tratamento prioritário e procedimentos simplificados (RA, art. 579-A).
Vejamos agora alguns detalhes da IN SRF N. 611/2006, que regulamenta a DSI. O art. 3º 
da Instrução Normativa detalha situações em que pode ser utilizada a DSI-Eletrônica, ou seja, 
registrada no Siscomex. Vamos transcrever aqui a literalidade dos incisos do dispositivo para 
facilitar suas futuras consultas. São os seguintes bens:
I – importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e frequência que 
não caracterize destinação comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos 
Estados Unidos da América) ou o equivalenteem outra moeda;
II – importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 
3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;
III – recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por:
a) órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ou
b) instituição de assistência social;
IV – submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas em legislação es-
pecífica;
V – reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cum-
primento do regime de exportação temporária; e
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VI – que retornem ao País em virtude de:
a) não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação;
b) defeito técnico, para reparo ou substituição;
c) alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; ou
d) guerra ou calamidade pública;
VII – contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil 
dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;
VIII – contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três 
mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, transportada por 
empresa de transporte internacional expresso porta a porta, nas seguintes situações:
a) a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses de que trata o inciso IV 
deste artigo;
b) reimportados, nas hipóteses de que trata o inciso V deste artigo;
c) a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos; ou
d) destinados a revenda;
IX – integrantes de bagagem desacompanhada;
X – importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefícios do Decreto-Lei 
no 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o 
restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da 
América) ou o equivalente em outra moeda;
XI – industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei no 288, de 1967, quando submeti-
dos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 
3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;
XII – importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, com os bene-
fícios do Decreto-Lei no 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação por 
pessoa física, sem finalidade comercial; ou
XIII – importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desen-
volvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem 
fins lucrativos, devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou frequência 
que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados 
Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.
Todas as hipóteses acima, como comentamos, são submetidas à DSI-Eletrônica, sendo re-
gistrada no Siscomex. A mesma Instrução Normativa, na sequência, cita situações em que se 
pode fazer uso da DSI-Formulário, ou seja, fora do Siscomex. São várias situações dispostas 
no art. 4º da IN SRF n. 611/2006 e nos incisos I a IX do art. 4º da IN RFB n. 1.600/2015.
Destacamos algumas situações para você:
• Amostras sem valor comercial;
• Bens importados por pessoa física, sem finalidade comercial, de valor não superior a 
US$ 500.00;
• órgãos e tecidos humanos para transplante;
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• importações previstas no art. 3º (transcrito acima), quando não for possível o acesso 
ao Siscomex, em virtude de problemas de ordem técnica, por mais de quatro horas 
consecutivas;
• bens submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas em legis-
lação específica;
• bens destinados a eventos ou operações militares;
• bens integrantes de bagagem desacompanhada de estrangeiro que ingressar no País 
com visto temporário.
Assim, finalizamos as disposições sobre o despacho aduaneiro de importação! Faça uma 
pausa, tome um café e vamos agora cair pra dentro do despacho aduaneiro de exportação. 
Ao trabalho!
1.3. despAcho AduAneiro de exportAção
1.3.1. Disposições Preliminares
O art. 580 do Regulamento Aduaneiro informa que o despacho de exportação é o “procedi-
mento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação 
à mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas a seu desem-
baraço aduaneiro e a sua saída para o exterior”.
E o que estará sujeito ao despacho de exportação? Toda mercadoria nacional ou naciona-
lizada destinada ao exterior, inclusive a reexportada, com as seguintes exceções:
• Mercadoria a ser devolvida ao exterior antes de submetida a despacho de importação 
poderá ser dispensada do despacho de exportação;
• Será dispensada de despacho de exportação a saída do País de mala diplomática ou 
consular, devidamente identificadas, que estiverem de acordo com o disposto na Con-
venção de Viena sobre Relações Diplomáticas e na Convenção de Viena sobre Relações 
Consulares.
Além disso, o art. 583 do Regulamento Aduaneiro estabelece que o despacho de exporta-
ção de urna funerária será realizado em caráter prioritário e mediante rito sumário, antes de 
sua saída para o exterior, com base no respectivo conhecimento de carga ou em documento de 
efeito equivalente, sendo que o desembaraço aduaneiro da urna somente será efetuado após 
a manifestação da autoridade sanitária competente (da mesma forma que ocorre na importa-
ção de urna funerária).
1.3.2. Registro de Exportação
Sem delongas, o Regulamento Aduaneiro define que o Registro de Exportação compreen-
de o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza 
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a operação de exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo ser 
efetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior, sendo requisito 
essencial para o despacho de exportação de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, ou de 
reexportação.
Da mesma forma que na importação, equivalente à figura da DI (Declaração de Importa-
ção), o Despacho Aduaneiro de Exportação tem início com o registro da Declaração de Expor-
tação – DE, servindo como o documento base do despacho. Aqui também temos a figura do 
desembaraço aduaneiro, quando é registrada a conclusão da conferência aduaneira e autori-
zado o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria.
Essa é a regra geral, pois ainda existea Declaração Simplificada de Exportação – DSE, por 
exemplo, que também tem registro no Siscomex (DSE-Informatizada). E da mesma forma que 
na importação, na exportação teremos casos de operações sem registro no Siscomex, como 
veremos mais adiante.
O despacho de exportação pode ser realizado:
• em recinto alfandegado de Zona Primária: portos, aeroportos, pontos de fronteira alfan-
degados e portos secos de zona primária;
• em recinto alfandegado de Zona Secundária: portos secos e armazéns de encomendas 
postais internacionais; e
• em qualquer outro local não alfandegado de Zona Secundária, inclusive no estabeleci-
mento do exportador.
Nas duas últimas opções (ambas referindo-se a zona secundária), a mercadoria desemba-
raçada seguirá até um recinto da zona primária, onde efetivamente sairá do país. É uma forma 
de antecipação do Despacho de Exportação, pois o procedimento começa em uma unidade da 
RFB diversa da que efetivamente vai se dar a saída do país. Assim, se o despacho de exporta-
ção for realizado em recinto da zona secundária, a mercadoria seguirá em regime de trânsito 
aduaneiro sob procedimento especial até chegar em recinto de zona primária.
1.3.3. Documentos que Instruem a Declaração de Exportação
A DE deve ser instruída com a seguinte documentação:
• a primeira via da nota fiscal;
• a via original do conhecimento e do manifesto internacional de carga, nas exportações 
por via terrestre, fluvial ou lacustre; e
• outros documentos exigidos na legislação específica.
Quanto ao manifesto internacional de carga, se a exportação tiver como destino um país-
-membro do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL, o documento será substituído pelo Conhe-
cimento – Carta de Porte Internacional/Declaração de Trânsito Aduaneiro – TIF/DTA, quando 
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se tratar de transporte ferroviário, ou pelo Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Decla-
ração de Trânsito Aduaneiro MIC/DTA, quando se tratar de transporte rodoviário.
Aqui, uma informação importante: uma DE poderá conter um ou mais Registros de Expor-
tação – RE, desde que estes se refiram, cumulativamente ao mesmo exportador, a mercadorias 
negociadas na mesma moeda e na mesma condição de venda, e às mesmas unidades da SRF 
de despacho (aquela que jurisdiciona o local de conferência e desembaraço da mercadoria a 
ser exportada) e de embarque (última unidade que exerce o controle aduaneiro antes da saída 
da mercadoria do território nacional) (IN SRF N. 28/94, art. 4º).
Além disso, cada Registro de Exportação – RE somente poderá ser utilizado em uma única 
DE (IN SRF N. 28/94, art. 6º).
Tranquilo? Vamos reforçar: cada RE só pode ser utilizado em uma única DE, ou seja, não 
pode ter seu conteúdo dividido. De outro lado, uma única DE pode conter diversos RE’s.
1.3.4. Da Conferência Aduaneira
As disposições da conferência na exportação são bastante similares às da importação. 
Veja a literalidade do art. 589 do RA: “A conferência aduaneira na exportação tem por finalidade 
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identificar o exportador, verificar a mercadoria e a correção das informações relativas a sua 
natureza, classificação fiscal, quantificação e preço, e confirmar o cumprimento de todas as 
obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da exportação”.
E assim como na importação, aqui teremos também canais de seleção, com diferentes 
níveis de conferência, do mais brando ao mais gravoso, conforme segue:
• I – Verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dis-
pensados o exame documental e a verificação da mercadoria;
• II – Laranja, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada 
irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mer-
cadoria;
• III – Vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização 
do exame documental e da verificação da mercadoria.
A lógica anterior continua existindo: a declaração selecionada para o canal verde, no Sisco-
mex, poderá ser redirecionada para o canal vermelho de conferência quando forem identifica-
dos indícios de irregularidade pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável por 
essa atividade.
A competência para exercer a atividade de conferência segue sendo do Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil, ou sob supervisão do primeiro, do Analista Tributário, na presença 
do viajante, do exportador ou de seus representantes.
Vamos dar uma olhada no fluxograma disponibilizado pela RFB em seu site, que resume 
bem tudo o que estamos estudando:
<http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-exportacao/arqui-
vos-e-imagens/fluxo_de.png>
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DESPACHO DE EXPORTAÇÃO
VALIDAÇÃO
- AUTOMÁTICA
- SECEX
- ÓRGÃOS ANUENTES
REGISTRO DE EXPORTAÇÃO – RE REGISTRO DE CRÉDITO – RC EXPORTADOR
DECLARAÇÃO DE EXPORTAÇÃO SOLICITAÇÃO DE DESPACHO NO ESTABELECIMENTO EXPORTADOR
EXPORTADOR
CONFIRMAÇÃO DA PRESENÇA DA CARGA DEPOSITÁRIO/ADMIN.
EXPORTADOR
TRANSPORTADOR
EXPORTADOR
REGISTROS DOS DADOS DE EMBARQUE VIAS RODOVIÁRIA, FLUVIAL E LACUSTRE
ENVIAR DECLARAÇÃO PARA DESPACHO
SELEÇÃO PARAMETRIZADA
EXPORTADOR
AFRFB/ATRFB
SISTEMA
CANAL LARANJA
REDIR
CANAL VERMELHO
REDIR
CANAL VERDE AFRFB SUPERVISOR
AFRFB 
SUPERVISOR
ATRFB/AFRFB
AFRFB/SISTEMA
AFRFB
AFRFB
AFRFB/SISTEMA
TRANSPORTADOR
AFRFB
SISTEMA/AFRFB
RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS
ATRFB/AFRFB
EXPORTADOR
DISTRIBUIÇÃO DO DESPACHO
CONFERÊNCIA ADUANEIRA
CAN
CELAM
EN
TO
 DE
RETIFICAÇÃO
 DE
DESEMBARAÇO DESEMBARAÇO AUTOMÁTICO
EX
IG
ÊN
CI
A/
DI
VE
RG
ÊN
CI
A
INÍCIO DE TRÂNSITO
CONCLUSÃO DE TRÂNSITO
REGISTRO DOS DADOS DE EMBARQUE VIA AÉREA, MARÍTIMA E FERROVIÁRIA
AVERBAÇÃO DE EMBARQUE E DE TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRA
EMISSÃO DE COMPROVANTE DE EXPORTAÇÃO
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Controle Aduaneiro
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1.3.5. Do Desembaraço Aduaneiro e da Averbação do Embarque
O desembaraço aduaneiro, como sabemos, marca a conclusão do processo de conferên-
cia aduaneira e a autorização do embarque ou transposição de fronteira da mercadoria. A 
partir desse momento, a mercadoria está liberada para exportação.
Mas se for constatada qualquer divergência ou infração quenão impeça a saída da merca-
doria do País? Nesse caso o desembaraço será realizado desde que assegurados os meios de 
prova necessários para comprovação e responsabilização do fato.
E a Averbação do Embarque, por sua vez, consiste na confirmação da saída da mercadoria 
do País. Conforme o esquema acima, após a averbação é emitido o comprovante de exporta-
ção, finalizando o processo de Despacho Aduaneiro de Exportação. Em resumo, o desembara-
ço aduaneiro autoriza o embarque da mercadoria para fora das fronteiras do Brasil, enquanto 
a averbação confirma a saída do país. Entendido?
1.3.6. Do Cancelamento da Declaração de Exportação
Em relação ao cancelamento da DE, o Regulamento Aduaneiro informa que a autoridade 
aduaneira poderá cancelar declaração de exportação já registrada, de ofício ou a pedido do 
exportador. Obviamente que o cancelamento não exime o exportador da responsabilidade por 
eventuais infrações (art. 594).
O cancelamento pode se dar de forma automática, de ofício pela fiscalização aduaneira ou 
a pedido do exportador. Vamos ver as hipóteses (IN SRF N. 28/94, art. 31):
• Cancelamento automático:
− Quando decorrido o prazo de 15 dias sem que tenha sido confirmada a presença da 
carga via Siscomex;
• Cancelamento de ofício pela fiscalização aduaneira:
− quando constatada, em qualquer etapa da conferência aduaneira, descumprimento 
das normas estabelecidas na IN que regula a matéria;
− quando decorrido o prazo de 15 dias para instrução das declarações para despacho 
selecionadas para os canais laranja e vermelho de conferência aduaneira;
− na hipótese de deferimento de solicitação de embarque antecipado de despachos de 
exportação por meio de DE-Web quando não constatado o embarque da mercadoria;
− quando constatado erro nos dados da DE ou do RE não passíveis de correção no Sis-
comex no curso do despacho aduaneiro, sendo necessário novo registro de DE com 
a correção desses dados;
• Cancelamento a pedido do exportador: quando constatado erro involuntário, em registro 
efetuado, no Sistema, não passível de correção, ou ainda, quando ocorrer desistência do 
embarque, acompanhado da pertinente comprovação documental.
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1.3.7. Da Revisão Aduaneira
A revisão aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraço aduaneiro, a regula-
ridade do pagamento dos impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda Nacional, da 
aplicação de benefício fiscal e da exatidão das informações prestadas pelo importador na DI, 
ou pelo exportador na DE. Assim, a fiscalização tributária pode constituir créditos tributários 
não verificados anteriormente mesmo após o desembaraço e liberação da mercadoria.
O prazo para sua conclusão é de até 5 anos a partir do registro da DI ou da DE. A revisão 
será considerada como concluída na data da ciência, ao interessado, da exigência do crédito 
tributário apurado.
1.3.8. Da Simplificação e da Priorização do Despacho
A regra geral é que o registro da declaração para despacho aduaneiro de exportação ocorra 
antes do embarque da mercadoria ou de sua saída do território nacional. Essa é a situação 
mais comum de acontecer, no entanto temos várias exceções que visam simplificar e dar mais 
celeridade ao processo de exportação.
É permitido que o registro da DE ocorra após o embarque das mercadorias para o exterior 
nas seguintes situações (IN SRF N. 28/94, art. 52):
I – fornecimento de combustíveis e lubrificantes, alimentos e outros produtos, para uso e consumo 
de bordo em aeronave ou embarcação de bandeira estrangeira ou brasileira, em tráfego internacio-
nal;
II – venda no mercado interno, a não residente no País, em moeda estrangeira, de pedras preciosas 
e semipreciosas, suas obras e artefatos de joalharia, relacionados pela Secretaria de Comércio 
Exterior (Secex);
III – venda em loja franca, a passageiros com destino ao exterior, em moeda estrangeira, cheque de 
viagem ou cartão de crédito, de pedras preciosas e semipreciosas nacionais, suas obras e artefatos 
de joalharia, relacionados pela Secex;
IV – reexportação de mercadorias admitidas no regime aduaneiro especial de depósito afiançado 
(DAF), na forma prevista na Instrução Normativa SRF n. 409, de 19 de março de 2004;
V – venda de energia elétrica para o exterior, na forma prevista na Instrução Normativa SRF n. 649, 
de 28 de abril de 2006;
VI – permanência no exterior de mercadoria saída do País com base em Autorização de Movimen-
tação de Bens Submetidos ao Recof (AMBRA), na forma prevista na Instrução Normativa RFB n. 
1.291, de 19 de setembro de 2012; e
VII – exportação realizada por microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime 
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Em-
presas de Pequeno Porte (Simples Nacional), obedecido o disposto na Instrução Normativa RFB n. 
1.676, de 2 de dezembro de 2016.
Art. 53, § 2º – Fornecimento de combustíveis ou lubrificantes a navios de guerra estrangeiros em 
decorrência de operação militar conjunta.
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Além dessas, as seguintes situações também podem ter o registro da DE efetuado após o 
embarque, mediante autorização do chefe da unidade local da RFB (as anteriores não neces-
sitam dessa autorização):
I – de granéis, inclusive petróleo bruto e seus derivados;
II – de produtos da indústria metalúrgica e de mineração;
III – de produtos agroindustriais acondicionados em fardos ou sacaria;
IV – de pastas químicas de madeira, cruas, semibranqueadas ou branqueadas, embaladas em far-
dos ou briquetes;
V – de veículos novos;
VI – realizada por via rodoviária, fluvial ou lacustre, por estabelecimento localizado em município de 
fronteira sede de unidade da RFB;
VII – de mercadorias cujas características intrínsecas ou extrínsecas ou de seus processos de pro-
dução, transporte, manuseio ou comércio impliquem variação de peso decorrente de alteração na 
umidade relativa do ar;
VIII – de mercadorias cujas características intrínsecas ou extrínsecas ou de seus processos de produ-
ção, transporte, manuseio ou comércio exijam operações de embarque parcelado e de longa duração;
IX – de produtos perecíveis; ou
X – de papel em bobinas.
Saiba diferenciar as situações em que o registro da DE ocorre após o embarque da merca-
doria SEM ou COM autorização do chefe da unidade local da RFB, é muito fácil para o exami-
nador criar uma questão explorando esse detalhe.
Há, ainda, casos em que é dispensado o registro no Siscomex:
• Despacho de exportação de mercadorias adquiridas no mercado interno, inclusive no 
comércio de subsistência das populações fronteiriças, residentes no exterior, sendo 
processado com base na respectiva Nota Fiscal. As condições são as seguintes (IN SRF 
N. 118/92):
− que se comportem no limite de valor equivalente a US$ 2.000,00 (dois mil dólares dos 
Estados Unidos) e, se em valor superior, não revelem destinação comercial;
− que não estejam sujeitas a controles específicos de outros órgãos da Administração 
Pública;
− cuja exportação não se subordine ao regime de cota ou contingenciamento;
• Despacho de exportação com uso do DSE-Formulário, cujas situações estão elencadas 
nos incisos I a X do art. 31 daIN SRF N. 611/06. Chamo atenção para as seguintes:
− amostras sem valor comercial;
− exportações realizadas por PF ou PJ, sem cobertura cambial e sem finalidade comer-
cial, cujo valor não ultrapasse US$ 1,000.00;
− exportações sujeitas ao uso da Declaração Simplificada de Exportação COM registro 
no Siscomex, quando não for possível o acesso ao sistema, em virtude de problemas 
de ordem técnica, por mais de quatro horas consecutivas.
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Para deixar a aula bem completa, vamos listar também as situações sujeitas ao uso da 
Declaração Simplificada de Exportação com registro no Siscomex, dispostas no art. 30 da IN 
SRF N. 611/06. Cuidado para não confundir com a situação acima do art. 31, onde também se 
utiliza a Declaração Simplificada, mas sem registro no sistema.
Assim, a DSE COM registro no Siscomex poderá ser utilizada no despacho aduanei-
ro de bens:
• exportados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, até o limite de US$ 
50,000.00 ou o equivalente em outra moeda;
• exportados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, até o limite de US$ 
50,000.00 ou o equivalente em outra moeda;
• sob o regime de exportação temporária, nas hipóteses previstas em legislação específica;
• reexportados para fins de extinção do regime de admissão temporária;
• que devam ser devolvidos ao exterior por:
− erro manifesto ou comprovado de expedição, reconhecido pela autoridade aduaneira;
− indeferimento de pedido para concessão de regime aduaneiro especial;
− não atendimento a exigência de controle sanitário, ambiental ou de segurança exerci-
do pelo órgão competente; ou
− qualquer outro motivo, observado o disposto na Portaria MF no 306, de 21 de dezem-
bro de 1995;
• contidos em remessa postal internacional, até o limite de US$ 50,000.00 ou o equiva-
lente em outra moeda;
• contidos em encomenda aérea internacional, até o limite de US$ 50,000.00 ou o equiva-
lente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso 
porta a porta;
• integrantes de bagagem desacompanhada; e
• No despacho aduaneiro de veículo para uso do viajante no exterior, exceto quando sair 
do País por seus próprios meios.
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Em resumo, temos:
1.4. cAsos especiAis de importAção e de exportAção previstos nA 
leGislAção
O Capítulo III do Título I do Livro V do Regulamento Aduaneiro dedica 16 seções para tratar 
de casos especiais, que merecem critérios específicos a serem adotados nas operações de 
importação e exportação.
Os itens, que comentaremos um a um a partir de agora, são os seguintes:
• Dos Entorpecentes;
• Do Fumo e de seus Sucedâneos;
• Dos Produtos com Marca Falsificada;
• Dos Fonogramas, dos Livros e das Obras Audiovisuais;
• Dos Brinquedos, das Réplicas e dos Simulacros de Armas de Fogo;
• Dos Bens Sensíveis;
• Dos Medicamentos, das Drogas, dos Insumos Farmacêuticos e Correlatos;
• Dos Produtos Contendo Organismos Geneticamente Modificados;
• Do Biodiesel e do Gás Natural;
• Dos Agrotóxicos e dos seus Componentes e Afins;
• Dos Animais e dos seus Produtos;
• Dos Objetos de Interesse Arqueológico ou Pré-histórico, Numismático ou Artístico;
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• Das Obras de Arte e Ofícios Produzidos no País, até o fim do Período Monárquico;
• Dos Livros Antigos e Conjuntos Bibliográficos Brasileiros
• Dos Diamantes Brutos;
• Dos Resíduos Sólidos e Rejeitos.
É bastante coisa, eu sei, mas vamos com calma que conseguimos ver tudo e perceber a 
lógica por trás do tratamento de cada um deles. Ao trabalho!
1.4.1. Dos Entorpecentes
As disposições desta Seção são aplicáveis a substâncias entorpecentes, psicotrópicas 
ou que determinem dependência física ou psíquica, e que não estejam sob controle do órgão 
competente do Ministério da Saúde.
Para importar, exportar ou reexportar os produtos químicos sujeitos a controle e fiscaliza-
ção especial, é necessária autorização prévia do Departamento de Polícia Federal, nos casos 
previstos em portaria do Ministro da Justiça, sendo que as partes envolvidas nas operações 
devem possuir licença de funcionamento, exceto em relação a quantidades de produtos quími-
cos inferiores aos limites estabelecidos pelo Ministro da Justiça.
Por fim, para importar, exportar ou reexportar drogas, ou matéria-prima destinada à sua 
preparação que estejam sob controle do Ministério da Saúde, é também necessário licença da 
autoridade competente.
1.4.2. Do Fumo e de seus Sucedâneos
A importação desse tipo de produto pode ser efetuada exclusivamente por empresas que 
mantiverem registro especial na SRFB. Importante também saber que é vedada a importação 
de cigarro de marca que não seja comercializada no país de origem. Mais algumas informa-
ções relevantes:
• Os maços no Brasil são comercializados em vintenas (20 cigarros), devendo essa con-
dição ser observada no desembaraço aduaneiro;
• Medidas especiais de controle fiscal para o desembaraço aduaneiro, a circulação, a pos-
se e o consumo de fumo, charuto, cigarrilha e cigarro de procedência estrangeira são 
estabelecidas pelo Ministro da Fazenda;
• Cigarros destinados à exportação não podem ser vendidos ou expostos à venda no 
País, devendo o fabricante imprimir em cada embalagem o n. de seu CNPJ;
• Embalagens destinadas a países da América do Sul e da América Central, inclusive Cari-
be, deverão conter a expressão “Somente para exportação – proibida a venda no Brasil”.
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1.4.3. Dos Produtos com Marca Falsificada
Produtos assinalados com marcas falsificadas, alteradas ou imitadas, ou que apresentem 
falsa indicação de procedência podem ser retidos, de ofício ou a requerimento do interessado 
(titular dos direitos da marca), pela autoridade aduaneira, durante a conferência aduaneira.
Após a retenção, o titular dos direitos é notificado para que promova a queixa e solicite 
a apreensão judicial das mercadorias, no prazo de 10 dias úteis (em casos justificados, esse 
prazo pode ser prorrogado uma única vez por igual período, mediante solicitação do interes-
sado). Não havendo manifestação do titular dos direitos da marca, o despacho aduaneiro terá 
prosseguimento.
Por fim, em relação a falsificação, alteração ou imitação de armas, brasões ou distintivos 
oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, a autoridade aduaneira deve fazer a repre-
sentação fiscal parafins penais sem a necessidade de autorização do interessado.
1.4.4. Dos Fonogramas, dos Livros e das Obras Audiovisuais
Tanto na importação quando na exportação, os produtos devem conter selos ou sinais de 
identificação para atestar o cumprimento das normas legais referentes ao direito autoral.
1.4.5. Dos Brinquedos, das Réplicas e dos Simulacros de Armas de Fogo
Fica expressamente vedada a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas 
de fogo que possam ser confundidas com uma arma original. Excetuam-se da proibição as 
réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário 
autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
Veja que o Regulamento proíbe apenas a importação, mas nada fala sobre a exportação 
desses produtos.
1.4.6. Dos Bens Sensíveis
Bens sensíveis são os de uso duplo e os bens de uso na área nuclear, química e biológica. 
Vamos esclarecer os conceitos de cada um.
Bens de uso duplo são considerados aqueles de aplicação generalizada, desde que rele-
vantes para aplicação bélica, ou seja, que tem aplicação civil e militar. Já os bens de uso na 
área nuclear são os materiais que contém elementos de interesse para o desenvolvimento da 
energia nuclear. Por sua vez, bens químicos ou biológicos são aqueles relevantes para qual-
quer aplicação bélica e seus precursores.
As operações de importação e exportação de bens sensíveis devem ser autorizadas pelo 
Ministério da Ciência e Tecnologia ou pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, conforme o 
bem objeto da operação.
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1.4.7. Dos Medicamentos, das Drogas, dos Insumos Farmacêuticos e Correlatos
A importação e a exportação de medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e cor-
relatos, bem como produtos de higiene, cosméticos, perfumes, saneantes domissanitários, 
produtos destinados à correção estética e outros de natureza e finalidade semelhantes, será 
permitida apenas às empresas e estabelecimentos autorizados pelo Ministério da Saúde e 
licenciados pelo órgão sanitário competente.
1.4.8. Dos Produtos Contendo Organismos Geneticamente Modificados
Os organismos geneticamente modificados, ou OGM (os famosos transgênicos), assim 
como seus derivados, só podem ser importados ou exportados após autorização ou em ob-
servância às normas estabelecidas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança ou 
pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização.
1.4.9. Do Biodiesel e do Gás Natural
A importação de biodiesel, de acordo com nosso Regulamento Aduaneiro, deve ser efetu-
ada exclusivamente por PJ constituídas na forma de sociedade sob as leis brasileiras, com 
sede e administração no País, beneficiárias de autorização da Agência Nacional do Petróleo, 
Gás Natural e Biocombustíveis, e que mantenham Registro Especial na SRFB.
O gás natural também recebe tratamento especial, sendo que qualquer empresa ou con-
sórcio de empresas, desde que constituídos sob as leis brasileiras, com sede e administração 
no País, podem receber autorização do Ministério de Minas e Energia para exercer as ativi-
dades de importação e exportação do produto, observando as diretrizes estabelecidas pelo 
Conselho Nacional de Política Energética.
1.4.10. Dos Agrotóxicos e dos seus Componentes e Afins
Seguindo a lógica dos produtos anteriores, os agrotóxicos, seus componentes e afins só 
poderão ser importados ou exportados se previamente registrados em órgão federal, de acor-
do com as diretrizes e as exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, 
do meio ambiente e da agricultura.
Além disso, é expressamente vedada a importação, exportação e o armazenamento de 
diclorodifeniltricloretano (DDT).
1.4.11. Dos Animais e dos seus Produtos
A importação de qualquer espécie de animal da fauna silvestre deve ser submetida a pa-
recer técnico e licença expedida pelo Ministério do Meio Ambiente. O transporte para o exte-
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rior também depende de guia de trânsito, fornecida pelo Ministério do Meio Ambiente (exceto 
quando se tratar de material consignado a instituições científicas oficiais).
Outra informação que está expressa no RA é que são proibidas as exportações de peles e 
couros de anfíbios e répteis, em bruto. Sobre espécies aquáticas, o RA condiciona a importa-
ção à permissão do órgão competente. Já em relação aos equídeos, o RA veda a exportação 
de cavalos importados para fins de reprodução, salvo quando tiverem permanecido no País, 
como reprodutores, pelo prazo mínimo de 3 anos consecutivos. Também há um detalhe so-
bre equídeos importados, em caráter temporário: quando vierem ao país para participação 
em competições turfísticas, de hipismo e polo, exposições e feiras, e espetáculos circenses, 
devem deixar o país em até 60 dias do término do evento, sendo facultada sua permanência 
definitiva, mediante processo regular de importação.
1.4.12. Dos Objetos de Interesse Arqueológico ou Pré-histórico, Numismáti-
co ou Artístico
Objetos que apresentem interesse arqueológico ou pré-histórico, numismático ou artístico 
somente poderão ser exportados com licença expressa do Instituto do Patrimônio Histórico 
e Artístico Nacional, sem a qual o objeto poderá ser submetido a pena de apreensão sumária 
do objeto a ser transferido.
1.4.13. Das Obras de Arte e Ofícios Produzidos no País, até o Fim do Período 
Monárquico
A saída do Brasil das obras referidas no título é proibida, salvo quando houver autorização 
excepcional pelo Ministério da Cultura. A tentativa de exportação desses bens será punida 
com a apreensão pela autoridade aduaneira, em nome da União, sendo destinados em provei-
to de museus no país.
1.4.14. Dos Livros Antigos e Conjuntos Bibliográficos Brasileiros
Mais um item relacionado ao patrimônio cultural brasileiro. O RA veda a saída, ressalvados 
os casos autorizados pelo Ministério da Cultura, de (art. 631):
I – bibliotecas e acervos documentais constituídos de obras brasileiras ou sobre o Brasil, editadas 
nos séculos XVI a XIX;
II – obras e documentos compreendidos no inciso I, que, por desmembramento dos conjuntos bi-
bliográficos, ou isoladamente, hajam sido vendidos; e
III – coleções de periódicos que já tenham sido publicados há mais de dez anos, bem como quais-
quer originais e cópias antigas de partituras musicais.
A tentativa de exportação desses bens será punida com a apreensão dos bens, cuja desti-
nação será em proveito do patrimônio público, após a manifestação do Ministério da Cultura.
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1.4.15. Dos Diamantes Brutos
O RA informa que a importação e a exportação de diamantes brutos dependem de apre-
sentação do Certificado do Processo de Kimberley (cuja emissão compete ao Departamento 
Nacional de Produção Mineral), em conformidade com

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