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!∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!1!()!112 ! AULA 03: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA SUMÁRIO PÁGINA 1-Palavras Iniciais 1 2- Controle Aduaneiro 2 - 3 3- Procedimentos Gerais de Importação 3 – 37 4- Procedimentos Gerais de Exportação 37 – 51 5- Casos Especiais de Importação e Exportação Previstos na Legislação 51 - 57 6- Revisão Aduaneira 57 - 58 7- Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros 58 – 65 8- Questões Comentadas 66 – 95 9- Lista de Questões e Gabarito 96 - 118 Olá, amigos (as), tudo bem? Nas duas aulas anteriores, nós estudamos tudo sobre a tributação no comércio exterior. Hoje, estudaremos acerca dos trâmites aduaneiros nas operações de importação e exportação. Os tópicos do edital são os seguintes: “9. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 9.1. Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros. 9.2. Despacho Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportação. 9.2.1. Disposições Gerais. 9.2.2. Modalidades. 9.2.3. Documentos que os Instruem. 9.2.4. Casos Especiais de Importação e de Exportação Previstos na Legislação. 9.3. Espécies de Declaração de Importação e de Declaração de Exportação. 9.4. Declaração de Importação. 9.5. Conferência e Desembaraço na Importação e na Exportação. 9.6. Cancelamento da Declaração de Importação e da Declaração de Exportação. 9.7. Lançamento dos Impostos Incidentes sobre a Importação.” Grande abraço a todos, Ricardo Vale ricardovale@estrategiaconcursos.com.br http://www.facebook.com/rvale01 !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!3!()!112 1-CONTROLE ADUANEIRO: O controle aduaneiro, conforme já estudamos anteriormente, é competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil. No exercício dessa atividade, a RFB tem por objetivo realizar o controle de tudo o que entra e sai do território aduaneiro, tutelando bens jurídicos importantes para o Estado, como a segurança nacional e a saúde de pessoas e animais. Além disso, visa impedir delitos transfronteiriços, como o tráfico ilícito de entorpecentes, o contrabando, o descaminho e a importação de produtos com violação aos direitos de propriedade intelectual. O controle aduaneiro não tem finalidade arrecadatória, mas sim extrafiscal. Seu objeto central é a segurança da sociedade como um todo. É claro que, ao fiscalizar o cumprimento das normas de importação e exportação, a RFB também verifica se o recolhimento tributário foi regularmente efetuado. Destaque-se, todavia, que a arrecadação tributária é apenas finalidade subsidiária do controle aduaneiro. A RFB desempenha suas atividades de controle aduaneiro, essencialmente, na circulação transfronteiriça de mercadorias e veículos. No entanto, o controle aduaneiro também poderá ser exercido a posteriori.1 Mesmo quando o controle aduaneiro é exercido a posteriori, seu foco serão os desdobramentos da operação de circulação transfronteiriça. Isso quer dizer que uma fiscalização aduaneira poderá acontecer depois que a mercadoria ingressar no país, mas seu objeto será justamente analisar se houve qualquer irregularidade naquela entrada. Os principais documentos do controle aduaneiro são a Declaração de Importação (DI) e a Declaração de Exportação (DE), utilizados, respectivamente, no despacho aduaneiro de importação e despacho aduaneiro de exportação. Ressalte-se que as atividades de despacho podem ser consideradas elementos-chave para o controle aduaneiro de mercadorias. Como já se sabe, o comércio exterior é atividade estratégica para os Estados. Nesse sentido, o grau de abertura comercial está diretamente ligado à estratégia de desenvolvimento adotada pelo país. A exposição à concorrência internacional pode estimular a competitividade da indústria doméstica ou, em certos casos, causar desemprego e fechamento de empresas. Nesse ambiente competitivo, fraudes no comércio exterior podem trazer vantagens indevidas a algumas empresas. Vários são os exemplos que podem ser apresentados: classificação fiscal incorreta (com o objetivo de que incida uma alíquota reduzida de imposto de importação), subfaturamento 1 O controle aduaneiro a posteriori são as atividades de fiscalização aduaneira depois que a mercadoria entrou no país. São as chamadas operações de “zona secundária”. Mais à frente entenderemos o que significa o termo “zona secundária”. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!4!()!112 (com o objetivo de reduzir a base de cálculo dos direitos aduaneiros), falsa declaração de origem (para burlar a incidência de direitos antidumping), dentre outras. É aí que é possível afirmar que o controle aduaneiro exercido pela RFB também visa impedir a concorrência desleal e, por conseguinte, oferecer proteção à indústria doméstica. Dito tudo isso, vamos, agora, entender como é feito o controle aduaneiro de mercadorias pela RFB. Para isso, estudaremos sobre o despacho de importação e o despacho de exportação. 2- PROCEDIMENTOS GERAIS DE IMPORTAÇÃO: 2.1-Despacho Aduaneiro de Importação: O despacho de importação é regulamentado pela IN SRF nº 680/2006 e, ainda, por dispositivos do Regulamento Aduaneiro. Trata-se de procedimento que viabiliza a realização, pela Receita Federal do Brasil, do controle aduaneiro das importações. Mas qual seria o conceito de despacho de importação? Entende-se por despacho de importação o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica. Trata-se de procedimento mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de uma mercadoria importada. Por meio do despacho de importação, a autoridade aduaneira verificará se os dados declarados pelo importador batem com a realidade, isto é, se o que foi declarado está em conformidade com a mercadoria importada, os documentos apresentados e a legislação específica. Segundo o art. 543 do R/A, toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que será realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. Trata-se de manifestação do princípio da universalidade do controle aduaneiro, que impede que as mercadorias que entrem no país escapem ao controle pela Aduana. Como é possível verificar a partir do exame do art. 543, do R/A, se submetem ao despacho de importação as mercadorias que ingressem no país em caráter definitivo (mercadorias que tenham sido compradas por uma !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!5!()!112 empresa brasileiro) ou em caráter temporário (como, por exemplo, automóveis que ingressem no Brasil para participarem de uma exposição, regressando, posteriormente, ao exterior). O art. 1º, da IN SRF nº 680/2006, é enfático nesse sentido: Art. 1o A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não, sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que será processado com base em declaração formulada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), salvo exceções previstas nesta Instrução Normativa ou em normas específicas. Conforme já se sabe, o controle aduaneiro tem natureza eminentemente extrafiscal, não tendo comoobjetivo direto a arrecadação tributária. Em razão disso é que o art. 543, do R/A, já mencionado, determina que as mercadorias que ingressem no país, estejam ou não sujeitas ao pagamento do imposto de importação, se submetem ao despacho de importação. Também se submetem ao despacho aduaneiro de importação: i) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despacho aduaneiro de exportação, retornem ao país. Ex: uma mercadoria é exportada em caráter temporário ou a título definitivo e, posteriormente, volta para o Brasil. No retorno, ela se submeterá ao despacho de importação. ii) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despacho aduaneiro de exportação, permaneçam no País, em caráter definitivo ou temporário, nos termos da legislação específica. Ex: é realizada uma exportação ficta, isto é, a mercadoria se submete a despacho de exportação, mas não sai do território aduaneiro. Caso seja decidido, posteriormente, que ela será nacionalizada, procede-se ao despacho de importação. iii) mercadorias de origem estrangeira que ingressaram no país e que, posteriormente, são transferidas para outro regime aduaneiro especial ou mesmo nacionalizadas (despachadas para consumo). Ex: uma mercadoria estrangeira entra no Brasil ao amparo do regime de admissão temporária. Se o importador decidir nacionalizá-la, isto é, adquiri-la a título definitivo, ela se submeterá a despacho de importação. Mas será que há algum bem que, ao entrar no País, está dispensado do despacho de importação? Ou, em outras palavras, será que algum bem excepciona o princípio da universalidade do controle aduaneiro? Sim, meu amigo! Como aprendemos na escola, para quase toda regra há exceções... !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!6!()!112 A entrada no País de mala diplomática, assim considerada a que contenha tão-somente documentos diplomáticos e objetos destinados a uso oficial está dispensada de despacho de importação. Destaque-se que a mala diplomática deverá conter sinais exteriores visíveis que indiquem seu caráter e ser entregue a pessoa formalmente credenciada pela missão diplomática. A mala consular também é dispensada do despacho de importação.2 Trata-se do que se chama inviolabilidade absoluta da mala diplomática / consular. No entanto, essa inviolabilidade absoluta não se estende ao restante da bagagem dos agentes diplomáticos e consulares. Nesse sentido, a autoridade aduaneira poderá inspecionar essa bagagem na presença do agente diplomático ou consular, assim como apreender os bens cuja importação é proibida. A pessoa que transporta a mala diplomática é denominada correio diplomático, devendo possuir um documento que indique essa condição e especifique o número de volumes que integra a mala diplomática. O despacho de importação é processado com base em Declaração e, em regra, é realizado no SISCOMEX. Há, entretanto, despachos de importação realizados fora do SISCOMEX, o que depende da natureza do importador, da operação e da mercadoria que está sendo importada. 3 Destaque-se que o despacho de importação pode ser realizado em zona primária (portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados) ou em zona secundária (portos secos). O documento base do despacho de importação é a Declaração de Importação (DI), cujo registro no SISCOMEX materializa o início do despacho aduaneiro. Ao ser registrada no SISCOMEX, a Declaração de Importação recebe um número, ou seja, ocorre a numeração do despacho. A Declaração de Importação (DI) consiste na prestação de informações de natureza comercial e fiscal pelo importador, sendo um documento instrutivo do despacho. Registre-se que, em determinadas situações, o despacho aduaneiro é realizado com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI). 2 A dispensa do despacho de importação de malas diplomáticas e malas consulares é regra que decorre da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961) e Convenção de Viena sobre Relações Consulares (1963). 3 Mais à frente, estudaremos as situações que o despacho de importação é feito fora do SISCOMEX. Se a banca disser que o despacho aduaneiro de importação sempre irá se processar com base em uma DI, ela estará tentando te enganar! ☺ O despacho aduaneiro de importação também pode ter como base uma DSI! !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!7!()!112 2.2- Modalidades de Despacho Aduaneiro de Importação: Há três tipos de despacho aduaneiro: a) Despacho para consumo: é aplicável às mercadorias nacionalizadas, isto é, importadas a título definitivo. Diz-se que as mercadorias importadas em caráter definitivo são incorporadas à economia nacional. Também se submetem a despacho para consumo: i) as mercadorias importadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback. O drawback será objeto de nosso estudo em aula futura, consistindo em importante incentivo às exportações brasileiras. Por meio do drawback, uma empresa consegue importar ou adquirir no mercado interno, com desoneração tributária, mercadorias que serão utilizadas no processo produtivo de um bem a ser exportado. ii) mercadorias que ingressem na ZFM, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio sem o benefício de isenção tributária. Nem todas as mercadorias que ingressam nessas áreas gozam de isenção. Um exemplo são os automóveis, que, portanto, se submeterão a despacho para consumo, mesmo quando ingressarem na Zona Franca de Manaus. iii) mercadorias constantes de remessa postal internacional ou de bagagem de viajantes às quais seja aplicado o regime de importação comum. iv) mercadorias admitidas em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais que venham a ser nacionalizadas, ou seja, submetidas ao regime comum de importação. Isso acontece, por exemplo, quando um bem é admitido temporariamente (um guindaste estrangeiro é alugado para utilização em obra de construção civil) e, posteriormente, decide-se que ele irá ficar em caráter definitivo no país. No momento em que é admitido temporariamente, o bem sofre despacho para admissão; por ocasião da nacionalização, despacho para consumo. b) Despacho para admissão: aplicável às mercadorias importadas ao amparo de regimes aduaneiros especiais e regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais, quando, nessa última hipótese, receberem isenção tributária. c) Despacho para internação: aplicável às mercadorias que saem da Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio com destino ao restante do território nacional. O despacho de internação é !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!8!()!112 importante porque, nesse momento, é feito o recolhimento dos tributos que receberam benefícios fiscais ao ingressarem nessas áreas. Ex: um computador foi importado com isenção por empresa situada na ZFM. Ao vender o computador para empresa situada em Minas Gerais, haverá recolhimento tributário referente aos tributos que haviam sido objeto de isenção. O computador, ao ser vendido para a empresa situada em Minas Gerais, sofrerá despacho para internação. 1) Conforme mencionamos acima, existem três modalidades de despacho aduaneiro: despacho para consumo, despacho para admissão e despacho para internação. No entanto, pela literalidade da IN SRF nº 680/2006, são apenas duas as modalidades do despacho aduaneiro de importação: despacho para consumo e despacho para admissão. Seguindo essa interpretação, o despacho para internação não é modalidade do despachode importação, sendo objeto de regulamentação própria (IN SRF nº 242/2002). De qualquer forma, recomendo bastante atenção na prova, pois, a partir de considerações doutrinárias, é plenamente possível admitir-se que o despacho de internação é uma modalidade de despacho de importação. 2) A ESAF adora cobrar em prova qual o tipo de despacho aduaneiro aplicável às mercadorias importadas ao amparo do drawback. O drawback é o único regime aduaneiro especial em que as mercadorias nele admitidas se submeterão a despacho para consumo. Ao ingressarem em qualquer outro regime aduaneiro especial, as mercadorias se submetem a despacho para admissão. 2.3- Documentos Instrutivos do Despacho de Importação: A Declaração de Importação (DI) é o documento base do despacho de importação, devendo conter a identificação do importador e a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria. A RFB poderá, ainda, exigir, na declaração de importação, outras informações, inclusive as destinadas a estatísticas de comércio exterior. A RFB também possui competência para estabelecer diferentes tipos de apresentação da declaração de importação, apropriados à natureza dos despachos, ou a situações específicas em relação à mercadoria ou a seu tratamento tributário. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!2!()!112 O art. 18 da IN SRF nº 680/2006 relaciona os documentos instrutivos da Declaração de Importação (DI). Art. 18. A DI será instruída com os seguintes documentos: I - via original do conhecimento de carga ou documento equivalente; II - via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; III - romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e IV - outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica. O inciso I menciona o conhecimento de carga, também chamado conhecimento de transporte, é um documento que materializa o contrato de frete internacional. Ele é emitido pelo transportador assim que é celebrado o contrato de frete e constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. A cada conhecimento de carga corresponde uma única declaração de importação, salvo algumas exceções estabelecidas pela RFB. A Receita Federal poderá dispor sobre hipóteses de não-exigência do conhecimento de carga. O inciso II trata da fatura comercial, que é o documento comprobatório da transação comercial, sintetizando o contrato de compra e venda celebrado entre o exportador e o importador. Não se pode confundir fatura comercial com nota fiscal. A nota fiscal é documento tributário brasileiro; a fatura comercial é documento que, nesse caso, materializa a compra e venda internacional. Em uma operação de importação, não há que se falar em nota fiscal, já que a empresa estrangeira não pode emitir tal documento. O art. 557 do R/A define as informações que deverão estar presentes na fatura comercial: Art. 557. A fatura comercial deverá conter as seguintes indicações: I - nome e endereço, completos, do exportador; II - nome e endereço, completos, do importador e, se for caso, do adquirente ou do encomendante predeterminado; III - especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, ou, se em outro idioma, acompanhada de tradução em língua portuguesa, a critério da autoridade aduaneira, contendo as denominações próprias e comerciais, com a indicação dos elementos indispensáveis a sua perfeita identificação; IV - marca, numeração e, se houver, número de referência dos volumes; V - quantidade e espécie dos volumes; VI - peso bruto dos volumes, entendendo-se, como tal, o da mercadoria com todos os seus recipientes, embalagens e demais envoltórios; VII - peso líquido, assim considerado o da mercadoria livre de todo e qualquer envoltório; !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!9!()!112 VIII - país de origem, como tal entendido aquele onde houver sido produzida a mercadoria ou onde tiver ocorrido a última transformação substancial; IX - país de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoria foi adquirida para ser exportada para o Brasil, independentemente do país de origem da mercadoria ou de seus insumos; X - país de procedência, assim considerado aquele onde se encontrava a mercadoria no momento de sua aquisição; XI - preço unitário e total de cada espécie de mercadoria e, se houver, o montante e a natureza das reduções e dos descontos concedidos; XII - custo de transporte a que se refere o inciso I do art. 77 e demais despesas relativas às mercadorias especificadas na fatura; XIII - condições e moeda de pagamento; e XIV - termo da condição de venda (INCOTERM). Parágrafo único. As emendas, ressalvas ou entrelinhas feitas na fatura deverão ser autenticadas pelo exportador. O conhecimento de carga aéreo equipara-se à fatura comercial, desde que nele constem as indicações de quantidade, espécie e valor das mercadorias que lhe correspondam (características essenciais de uma fatura comercial) A fatura comercial poderá ter validade mesmo com emendas, ressalvas ou entrelinhas. No entanto, para isso, será necessária a autenticação pelo exportador. O inciso III menciona o romaneio de carga, também conhecido como packing list, documento que descreve o conteúdo e as características específicas de cada volume (peso, dimensões, tipo). Vale destacar que o art. 553 do R/A, ao relacionar os documentos instrutivos da DI, não mencionou o romaneio de carga. Isso foi feito apenas pela IN SRF nº 680/2006. O romaneio de carga não é aplicável às cargas que não são compostas por vários volumes (ex: granéis) e às cargas que se auto-identificam (ex: automóveis). O inciso IV, por último, menciona outros documentos, exigidos exclusivamente em decorrência de acordos internacionais ou de legislação específica. Aqui podemos citar os certificados de origem, que deverão ser apresentados com o objetivo de que determinadas mercadorias possam usufruir de tratamento tributário diferenciado em razão da origem. Exemplo: a importação de produtos argentinos deve vir instruída com o Certificado de Origem do MERCOSUL, o que fará com que ela entre no Brasil livre de direitos aduaneiros. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!1:!()!112 O art. 553, do R/A, que trata dos documentos que instruem a Declaração de Importação, tem uma redação um pouco diferente da IN SRF nº 680/2006. Explico. O Regulamento Aduaneiro não faz menção à necessidade de apresentação do romaneio de carga, mas impõe a necessidade de apresentação de comprovante de pagamento de tributos, se exigível. Atualmente, na maior parte dos casos, o recolhimento dos tributos será feito automaticamente, no momento do registro da DI. Por fim, é importante comentar que os documentos instrutivos de declaração aduaneira ou necessários ao controle aduaneiro podem ser emitidos, transmitidos e recepcionados eletronicamente. A IN RFB nº 1.532/2014 estabelece que os documentos instrutivos do despacho serão disponibilizados à Receita Federal, em meio digital, por meio da funcionalidade “Anexação de Documentos Digitalizados”, disponível no Portal Único de Comércio Exterior. Criou-se, então, a figura do “dossiê eletrônico”, que deverá ser vinculado pelo importador à DI. Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 1. ( – 2014) Segundo o Regulamento Aduaneiro, são dois os documentos que devem obrigatoriamente instruir a declaração de importação: a via originaldo conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente e a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador. Não poderão ser exigidos outros documentos instrutivos em razão de que tal exigência ofenderia o princípio da legalidade estrita. Comentários: O conhecimento de carga e a fatura comercial deverão instruir a Declaração de Importação (DI). Além deles, é documento instrutivo da DI o comprovante de pagamento de tributos, se exigível. Ademais, podem ser exigidos outros documentos instrutivos da declaração aduaneira em decorrência de acordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo. Questão incorreta. 2. (Analista Tributário RFB – 2012) A declaração de importação é o documento base do despacho de importação e será instruída com a via original !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!11!()!112 do conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente; a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; o comprovante de pagamento dos tributos, se exigível; e outros documentos exigidos em decorrência de acordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo. Comentários: Isso é exatamente o que dispõe o art. 553, do R/A: Art. 553. A declaração de importação será instruída com: I - a via original do conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente; II - a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador e; III - o comprovante de pagamento dos tributos, se exigível. Parágrafo único. Poderão ser exigidos outros documentos instrutivos da declaração aduaneira em decorrência de acordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo. Questão correta. 3. (Analista Tributário RFB – 2012) O despacho aduaneiro de importação poderá ser efetuado apenas em zona primária. Comentários: O despacho aduaneiro de importação poderá ser efetuado em zona primária ou em zona secundária. Questão errada. 4. (Questão Inédita) Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação. Comentários: Segundo o art. 543, do R/A, “toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que será realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria.” Questão correta. 5. (Questão Inédita) A Declaração de Importação (DI) será instruída com a via original do manifesto internacional de carga. Comentários: Cuidado para não confundir. Não é o manifesto de carga, mas sim o conhecimento de carga que deverá instruir a DI. Questão errada. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!13!()!112 6. (Questão Inédita) As mercadorias que não sejam importadas a título definitivo estão dispensadas do despacho de importação. Entretanto, as mercadorias exportadas temporariamente que retornem ao Brasil se submetem ao referido despacho. Comentários: As mercadorias importadas a título temporário também se submetem ao despacho de importação. Questão errada. 7. (Questão Inédita) A declaração de importação deverá conter a identificação do importador e a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria. Instrui a declaração de importação o manifesto internacional de carga. Comentários: O manifesto internacional de carga não instrui a DI. Questão errada. 2.4- Fases do Despacho Aduaneiro de Importação: 2.4.1- Registro da DI: A Declaração de Importação (DI) consiste em documento por meio do qual o importador presta informações à autoridade aduaneira, dando início ao despacho aduaneiro de importação. Trata-se do documento base do despacho aduaneiro, devendo conter a identificação do importador, a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria. O registro da DI é um momento importante por diversos motivos. Conforme já estudamos, o registro da DI é o momento em que se considera ocorrido o fato gerador do imposto de importação. É, inclusive, no exato momento do registro da DI, que os tributos incidentes sobre a importação são debitados da conta-corrente do importador. Ademais, o registro da DI tem o condão de excluir a espontaneidade do sujeito passivo. Recorde-se que a denúncia espontânea é instituto jurídico tributário que permite que o sujeito passivo, por ato próprio e antes de qualquer procedimento ou medida de fiscalização, recolha os tributos e os juros devidos, deixando de ser responsável por infrações cometidas. Assim, depois de registrada a DI, não há que se falar mais em denúncia espontânea. Caso o importador tenha apresentado informações erradas, ele irá arcar com a responsabilidade pela infração. A IN SRF nº 680/2006 prevê alguns limites para o registro de uma Declaração de Importação. O art. 4º, § 1º, dispõe que não será admitido !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!14!()!112 agrupar, em uma mesma DI, mercadoria que proceda do exterior e mercadoria que já esteja no País submetida a algum regime aduaneiro especial. Imaginemos, por exemplo, que a empresa Alpha Bética possui 3 (três) guindastes no Brasil em admissão temporária e está comprando mais 2 (dois) guindastes do exterior. Nesse caso, se ela desejar nacionalizar os 3 (três) guindastes, deverá fazê-lo por meio de DI diversa àquela que se referir à compra (nacionalização) dos outros dois guindastes. Ainda sobre os limites ao registro de DI, é possível que seja formulada uma única DI para o despacho de mercadorias que, procedendo diretamente do exterior, tenham uma parte destinada a consumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária ou a ser reimportada. Suponha, por exemplo, que a empresa Strategus Ltda esteja comprando 200 geladeiras e admitindo temporariamente outras 100 geladeiras. Essa operação como um todo poderá ser objeto de uma única declaração. O registro da DI no SISCOMEX somente será efetivado após o cumprimento dos requisitos elencados no art. 15 da IN SRF nº 680/2006, quais sejam: a) Verificação da regularidade cadastral do importador. O SISCOMEX irá verificar qual a situação do CNPJ do importador; se houver alguma irregularidade cadastral, ele não permite o registro da DI. b) Após o licenciamento de importação (quando exigível) e a verificação do atendimento às normas cambiais: o licenciamento de importação, quando for necessário, será sempre prévio ao despacho aduaneiro. c) Após a chegada da carga: em regra, o registro da DI somente é efetivado após a confirmação, no SISCOMEX, da disponibilidade da carga. O depositário de mercadoria sob controle aduaneiro, na importação, deverá informar à RFB, de forma imediata, sobre a disponibilidade da carga recolhida sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primária ou secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador da Carga (NIC). O NIC deverá ser informado pelo importador ao preencher a DI. Destaque-se que, em algumas situações, não é necessário que seja confirmada a presença de carga, isto é, que a mercadoria seja descarregada na unidade da SRF de despacho. Isso é o que ocorre nas hipóteses em que a IN SRF nº 680/2006 autoriza o registro antecipado da DI. É o que conhecemos por despacho antecipado, em que o despacho é iniciado (pelo registro daDI) antes da chegada da carga no país. Trata-se de situações especiais, em que se exige maior celeridade nos procedimentos de importação. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!15!()!112 Art. 17. A DI relativa a mercadoria que proceda diretamente do exterior poderá ser registrada antes da sua descarga na unidade da SRF de despacho, quando se tratar de: I - mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar diretamente para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos apropriados; II - mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características de periculosidade; III - plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes exteriores; IV - papel para impressão de livros, jornais e periódicos; V - órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas; e VI - mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre. d) Confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos tributos, contribuições e direitos devidos, inclusive da Taxa de Utilização do Siscomex: no ato do registro da DI, os tributos são automaticamente debitados da conta bancária do importador. Também é no momento do registro da DI que são recolhidos, quando for o caso, direitos antidumping, direitos compensatórios e medidas de salvaguarda. e) Não ter sido constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro. Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da declaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o seu fornecimento com erro, bem assim a que decorra de impossibilidade legal absoluta. Agora eu te pergunto: o importador pode verificar a mercadoria antes do registro da DI? Sim, pode. O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada. A verificação por parte do importador, antes do registro da DI, não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, por ocasião do despacho de importação. Com efeito, a verificação prévia é realizada com o acompanhamento de qualquer servidor, que não necessariamente é uma autoridade aduaneira (Auditor da RFB). !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!16!()!112 Art. 10. O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada. § 1º O requerimento deverá ser instruído com o conhecimento de carga correspondente e dirigido ao chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro, o qual deverá indicar um servidor para acompanhar o ato. § 2º A verificação da mercadoria pelo importador, nos termos deste artigo, não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, por ocasião do despacho de importação, se for o caso. Qual o prazo limite para o registro da DI? Ou, em outras palavras, até quando pode ser iniciado o despacho aduaneiro de importação? O despacho de importação deverá ser iniciado em: i) até noventa dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária; ii) até quarenta e cinco dias após esgotar-se o prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária; e iii) até noventa dias, contados do recebimento do aviso de chegada da remessa postal. Se o importador não fizer o registro da DI dentro dos prazos acima mencionados, as mercadorias serão consideradas abandonadas e terá início o processo para aplicação da pena de perdimento. Dessa forma, se uma mercadoria for descarregada no Porto de Santos (zona primária) para que lá sofra despacho aduaneiro, o importador terá 90 dias para registrar a DI, sob pena de a mercadoria ser considerada abandonada. 2.4.2- Seleção para Conferência Aduaneira: Após o registro da DI, esta é submetida a uma análise fiscal e, com base em critérios parametrizados no SISCOMEX, é direcionada para 1 (um) entre 4 (quatro) canais disponíveis. Os canais para os quais a DI poderá ser direcionada são os seguintes: a) Canal Verde: a mercadoria é desembaraçada automaticamente, isto é, a mercadoria é liberada sem qualquer exame documental ou físico. Ter a DI direcionada para o canal verde é o que todo importador quer! ☺ !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!17!()!112 b) Canal Amarelo: a autoridade aduaneira realizará apenas o exame documental da importação. c) Canal Vermelho: a autoridade aduaneira realizará, além do exame documental, a verificação física da mercadoria. d) Canal Cinza: a autoridade aduaneira irá submeter a mercadoria a procedimento de valoração aduaneira, além, é claro, de realizar o exame documental e a verificação física. A seleção de uma DI será realizada por intermédio do SISCOMEX, com base em uma série de critérios, os quais estão relacionados no art.21, § 1º, da IN SRF nº 680/2006. Art. 21. Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira: I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria; II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria; III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria; e IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica. § 1o A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio do Siscomex, com base em análise fiscal que levará em consideração, entre outros, os seguintes elementos: I - regularidade fiscal do importador; II - habitualidade do importador; III - natureza, volume ou valor da importação; IV - valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação; V - origem, procedência e destinação da mercadoria; VI - tratamento tributário; VII - características da mercadoria; VIII - capacidade operacional e econômico-financeira do importador; e IX - ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo importador. Mesmo que uma DI seja direcionada para o canal verde (desembaraço automático), é possível que ela seja objeto de conferência física ou documental. Isso irá acontecer quando o Auditor Fiscal da RFB responsável por essa atividade identificar elementos que evidenciem irregularidade na importação. Assim, é possível que, à sua !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!18!()!112 discricionariedade, o Auditor Fiscal da RFB agrave o nível do exame a ser realizado no despacho de importação. AsDI’s direcionadas para o canal verde, conforme vimos, são automaticamente desembaraçadas. Já as DI’s direcionadas para os outros canais (amarelo, vermelho e cinza) serão objeto da conferência aduaneira. As DI’s selecionadas para conferência aduaneira serão distribuídas entre os Auditores-Fiscais da RFB, por meio de função própria do SISCOMEX. 2.4.3- Conferência Aduaneira: Segundo o art. 564 do R/A, a conferência aduaneira na importação tem por finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria e a correção das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e valor, e confirmar o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da importação. Cuidado para não confundir com o conceito de despacho aduaneiro! ☺ A conferência aduaneira é apenas uma etapa do despacho aduaneiro. Despacho aduaneiro de importação é o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica. Trata-se de procedimento mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de uma mercadoria importada. A conferência aduaneira pode ser realizada em zona primária ou zona secundária. A conferência aduaneira em zona secundária poderá ocorrer em recintos alfandegados (portos secos), no estabelecimento do importador ou, excepcionalmente, em outros locais, mediante prévia anuência da autoridade aduaneira. Na conferência aduaneira, poderá ser realizada inspeção documental, verificação física ou procedimento especial de controle aduaneiro. A inspeção documental é procedimento fiscal tendente a verificar: i) a integridade dos documentos; ii) a exatidão e correspondência das informações prestadas na declaração em relação àquelas constante dos documentos que a instruem, inclusive origem e valor aduaneiro; iii) o cumprimento dos requisitos de ordem legal ou regulamentar correspondentes aos regimes aduaneiros e de tributação solicitados; iv) o mérito de benefício !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!12!()!112 fiscal pleiteado; e v) a descrição da mercadoria na declaração, com vistas a verificar se estão presentes os elementos necessários à confirmação de sua correta classificação fiscal. Um bom exemplo de situação em que a inspeção documental é importante é a importação de bens sujeitos a medidas de defesa comercial. Imagine que estejam sendo importados ferros de passar roupa! Atualmente, existe uma medida antidumping aplicada contra esse tipo de produto, quando originários da China. Aí, o Auditor da RFB olha a DI e aparece pra ele a informação de que os ferros importados são originários do Japão. Como bom Fiscal, ex-aluno do Prof. Ricardo Vale, ele desconfia... ☺ Ao pedir o certificado de origem na inspeção documental, ele vê que os ferros de passar roupa são, na verdade, originários da China! Ih, o importador se deu mal! Só pode ser um “brincante” mesmo pra tentar enganar um Auditor da RFB! ☺ A verificação física, por sua vez, é, segundo o art. 29 da IN SRF nº 680/2006, o procedimento fiscal destinado a identificar e quantificar a mercadoria submetida a despacho aduaneiro, a obter elementos para confirmar sua classificação fiscal, origem e seu estado de novo ou usado, assim como verificar sua adequação às normas técnicas aplicáveis. A autoridade competente para proceder à verificação física é o Auditor Fiscal da RFB. Entretanto, também é possível que esta seja realizada, sob a supervisão de um Auditor Fiscal da RFB, por um servidor integrante da Carreira Auditoria da Receita Federal do Brasil, na presença do viajante, do importador ou de seus representantes. Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificação poderá ser realizada na presença do depositário ou de seus prepostos, dispensada a exigência da presença do importador. A verificação da mercadoria, no despacho de importação, será realizada mediante agendamento, que será realizado de conformidade com as regras gerais estabelecidas pelo chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro. O depositário das mercadorias será informado sobre o agendamento das verificações, devendo providenciar, com até uma hora de antecedência, o posicionamento das correspondentes mercadorias para a realização da verificação física. É isso mesmo! A verificação física tem que ser agendada! O Auditor Fiscal vai inspecionar a mercadoria na hora marcada. O depositário deverá deixar a carga “no jeito”, preparada para ser inspecionada. A verificação da mercadoria deve ocorrer na presença do importador ou de seu representante, na data e horário previstos (art.31 da IN SRF nº 680/2006). Caso não compareça o importador ou seu representante, a verificação poderá ser realizada na presença do depositário ou de seu preposto, que, nessa situação, representará o importador. A verificação física pode ser realizada das seguintes formas (art. 29 da IN/SRF nº 680/2006): !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!19!()!112 - Por amostragem de volumes e embalagens. Essa regra decorre diretamente do Regulamento Aduaneiro, que determina que poderão ser adotados critérios de seleção e amostragem para a verificação da mercadoria. -Com auxílio de assistência técnica, para identificação e quantificação da mercadoria. É muito difícil que o Auditor Fiscal RFB conheça exatamente todos os produtos existentes e saiba analisar a compatibilidade entre a descrição da mercadoria nos documentos e o produto que está sendo verificado. - Utilizando-se relatório e termos de verificação lavrados pela autoridade aduaneira do país exportador. Fica configurada, nessa hipótese, a cooperação internacional entre Aduanas, destinada a promover a facilitação de comércio. - Utilizando-se relatórios e termos de verificação lavrados por outras autoridades, na fase de licenciamento das importações. - Utilizando-se registros de imagens das mercadorias, obtidos por câmeras ou por meio de equipamentos de inspeção não-invasiva. Na hipótese de constatação de indícios de fraude na importação, independentemente do início ou término do despacho aduaneiro ou, ainda, do canal de conferência atribuído à DI, o servidor deverá encaminhar os elementos verificados ao setor competente, para avaliação da pertinência de aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro. No curso do despacho aduaneiro, a fiscalização aduaneira poderá impor exigências ao importador, as quais serão formalizadas diretamente pelo SISCOMEX. O despacho é, então, interrompido para o atendimento da exigência pelo importador. Esse é o entendimento que se deve ter a partir da leitura do art. 570 do R/A, que dispõe que, constatada, durante a conferência aduaneira, ocorrência que impeça o prosseguimento do despacho, este terá seu curso interrompido após o registro da exigência correspondente, pelo do Brasil responsável. Nos termos do art. 570, § 1º, do R/A, caracterizam a interrupção do curso do despacho, entre outras ocorrências: - a não-apresentação de documentos exigidos pela autoridade aduaneira, desde que indispensáveis ao prosseguimento do despacho; e - o não-comparecimento do importador para assistir à verificação da mercadoria, quando sua presença for obrigatória. Recorde-se que, quando a mercadoria estiver armazenada em recinto alfandegado, a presença do importador pode ser dispensada. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!3:!()!112 Uma vez interrompido odespacho, inicia-se a contagem do prazo de 60 dias para caracterização do abandono da mercadoria. O abandono da mercadoria dará ensejo ao início do processo para a aplicação da pena de perdimento. As exigências impostas pela fiscalização aduaneira podem ser de diversos tipos. A descrição detalhada da mercadoria pode ter sido considerada insuficiente, a classificação fiscal pode ter sido feita incorretamente, documentos importantes podem não ter sido apresentados, etc. Feita a exigência pela autoridade aduaneira, caberá ao importador cumpri-las para que seja dado prosseguimento ao despacho aduaneiro. Em certos casos, será necessário que o importador proceda à retificação da Declaração de Importação. Destaque-se que a retificação de DI poderá ocorrer até mesmo após o desembaraço aduaneiro de importação (de ofício ou por iniciativa do próprio importador). 2.4.3.1-Caso especial–Bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartições consulares: Anteriormente, havíamos comentado que a “mala diplomática” e a “mala consular” não se submetem ao controle aduaneiro. É importante, todavia, não confundir a “mala diplomática” e “mala consular” com a “bagagem do diplomata” e a “bagagem do cônsul”. A mala diplomática e a mala consular gozam de inviolabilidade absoluta; elas não se submetem ao despacho de importação. O tratamento aplicável à bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e repartições consulares é diferente. Não há aqui inviolabilidade absoluta, mas tão somente inviolabilidade relativa. A bagagem dos integrantes das missões diplomáticas e consulares está, sim, sujeita a despacho de importação. No entanto, em regra, não se submeterá à verificação física por ocasião do despacho. Digo em regra porque há exceções previstas no art. 567, do R/A: Art. 567. A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartições consulares de caráter permanente não está sujeita a verificação, salvo se existirem fundadas razões para se supor que contenha bens: I - destinados a uso diverso do previsto nas respectivas Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares; ou II - de importação proibida. Parágrafo único. A verificação da bagagem, havendo as fundadas razões a que se refere o caput, deverá ser realizada na !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!31!()!112 presença do interessado ou de seu representante formalmente autorizado. Assim, havendo fundadas razões para supor que a bagagem desses agentes contenha bens de importação proibida ou destinados a usos diversos aos previstos em normas internacionais, a autoridade aduaneira poderá proceder à verificação física. Tal verificação ocorrerá na presença do interessado ou de seu representante formalmente autorizado. 2.4.4- Desembaraço Aduaneiro: Ao final da conferência aduaneira, a importação poderá ser liberada. Diz-se que a importação foi liberada quando a DI é desembaraçada. O desembaraço aduaneiro é, portanto, o ato final do despacho aduaneiro de importação, por meio do qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira. Após o desembaraço aduaneiro, poderá ser emitido pelo importador o comprovante de importação, mediante transação específica do SISCOMEX. Cabe destacar que, segundo o art. 571, § 1º, do R/A, não será desembaraçada a mercadoria cuja exigência de crédito tributário no curso da conferência aduaneira esteja pendente de atendimento, salvo nas hipóteses autorizadas pelo Ministro de Estado da Fazenda, mediante a prestação de garantia. A entrega da mercadoria ao importador, após o desembaraço aduaneiro, fica condicionada à comprovação do pagamento do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) e do ICMS, conforme preveem o art. 575 e 576 do R/A. A verificação da regularidade do pagamento ou exoneração do AFRMM é realizada mediante consulta eletrônica do SISCOMEX ao Mercante (sistema de controle da arrecadação do AFRMM). No caso do ICMS, o importador deverá apresentar declaração por meio de transação própria do SISCOMEX. Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 8. ( – 2014) A fim de determinar o tipo e a amplitude do controle a ser efetuado na conferência aduaneira, a legislação determina que serão adotados canais de seleção. Pelo canal de conferência cinza, será realizado o !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!33!()!112 exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude. Comentários: Há vários canais de seleção para os quais uma DI pode ser direcionada: canal verde, canal amarelo, canal vermelho e canal cinza. No canal cinza, haverá exame documental, verificação física e aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro. Questão correta. 9. (Analista Tributário RFB – 2012) A conferência aduaneira na importação poderá ser realizada na zona primária ou na zona secundária. Comentários: De fato, a conferência aduaneira poderá ser realizada na zona primária ou na zona secundária. Questão correta. 10. (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser iniciado em até 45 (quarenta e cinco) dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária. Comentários: O despacho de importação deverá ser iniciado dentro de 90 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária. Questão errada. 11. (Analista Tributário RFB – 2012) A verificação de mercadoria, na conferência aduaneira ou em outra ocasião, será realizada por do Brasil ou, sob a sua supervisão, por Analista-Tributário, na presença do viajante, do importador, do exportador ou de seus representantes, podendo ser adotados critérios de seleção e amostragem, de conformidade com o estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificação deverá ser realizada na presença do importador ou do exportador. Comentários: Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, é dispensada a presença do importador na verificação, podendo esta ser realizada na presença do depositário ou de seus prepostos. Questão errada. 12. (Questão Inédita) A não apresentação de documentos indispensáveis ao prosseguimento do despacho, exigidos pela autoridade aduaneira, caracteriza a interrupção do despacho. Comentários: !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!34!()!112 Essa é uma das hipóteses em que fica configurada a interrupção do despacho. A outra situação ocorrerá quando o importador não comparecer para assistir à verificação da mercadoria, quando sua presença for obrigatória. Questão correta. 13. (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser realizada em até 60 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária. Comentários: Se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária, o prazo para início do despacho é de 90 dias da descarga. Questão errada. 14. (Questão Inédita) Quando realizada em zona secundária, a conferência aduaneira poderá ser realizada em recintos alfandegados, no estabelecimento do importador ou, excepcionalmente, em outros locais, independentemente de anuência da autoridade aduaneira. Comentários: Se a conferência aduaneira em zona secundária ocorrer em local que não seja um recinto alfandegado ou o estabelecimento do importador, deverá haver anuência da autoridade aduaneira. Questão errada.15. (Questão Inédita) A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartições consulares de caráter permanente não poderá se submeter, em qualquer situação, à verificação física. Comentários: A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartições consulares de caráter permanente poderá se submeter à verificação física nas exceções do art. 567, do R/A. Questão errada. 16. (Questão Inédita) Após o desembaraço aduaneiro, será autorizada a entrega da mercadoria ao importador, mediante a comprovação do pagamento do ICMS, salvo disposição em contrário. Comentários: De fato, a entrega da mercadoria ao importador será feita após o desembaraço aduaneiro e mediante comprovação do pagamento do ICMS. Questão correta. 17. (Questão Inédita) Poderá ser desembaraçada mercadoria cuja exigência de crédito tributário no curso da conferência aduaneira esteja pendente de atendimento, desde que seja prestada garantia. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!35!()!112 Comentários: Se houver prestação de garantia, a mercadoria cuja exigência de crédito tributário esteja pendente poderá ser desembaraçada. Questão correta. 18. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A verificação física poderá ser realizada por meio de câmeras ou equipamentos de inspeção não-invasiva. Comentários: De fato, a verificação física poderá ser feita por meio de registros de imagens das mercadorias, obtidos por câmeras ou por meio de equipamentos de inspeção não-invasiva. Questão correta. 19. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Na ausência do importador ou de seu representante na data e horário previstos para a conferência, a mercadoria depositada em recinto alfandegado poderá ser submetida à verificação física na presença do depositário ou de seu preposto. Comentários: A mercadoria depositada em recinto alfandegada poderá ser objeto de verificação física na presença do depositário ou de seu preposto, sendo dispensada a presença do importador. Questão correta. 20. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Permite-se, numa mesma Declaração de Importação (DI), o registro de adições de mercadorias vindas do exterior juntamente com adições de mercadorias que se encontrem no país submetidas a regime aduaneiro especial. Comentários: Segundo o art. 4º, § 1º, da IN SRF nº 680/2006, não será admitido agrupar, em uma mesma DI, mercadoria que proceda do exterior e mercadoria que já esteja no País submetida a algum regime aduaneiro especial. Questão errada. 21. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A Declaração de Importação (DI), cujo débito automático dos tributos não for aceito pelo banco cadastrado, será direcionada para o canal vermelho de conferência aduaneira. Comentários: O registro da DI somente será efetivado após a confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos tributos, contribuições e direitos devidos. Se o débito não for aceito, a DI nem mesmo será registrada. Questão errada. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!36!()!112 22. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A regularidade cadastral do importador e o deferimento da Licença de Importação (LI), quando exigível, são requisitos para a efetivação do registro da Declaração de Importação (DI). Comentários: De fato, esses são dois requisitos para a efetivação do registro da DI. Questão correta. 2.5- Cancelamento de Declaração de Importação: Segundo o art. 577 do R/A, a autoridade aduaneira poderá cancelar declaração de importação já registrada, de ofício ou a pedido do importador, observadas as condições estabelecidas em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. A IN SRF nº 680/2006 detalha mais as hipóteses em que poderá ser autorizado o cancelamento de DI, o qual depende de requerimento fundamentado do importador e de autorização do chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro. Destaque-se que o cancelamento da DI fica condicionado à apresentação da mercadoria para despacho ou devolução para o exterior, à exceção dos casos previstos nos incisos I, II e VII do art. 63 da IN SRF nº 680/2006 (que são situações em que a mercadoria não ingressou no País ou houve duplicação de DI!) Art. 63. O cancelamento de DI poderá ser autorizado pelo chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro com base em requerimento fundamentado do importador, por meio de função própria, no Siscomex, quando: I - ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou no País; II - no caso de despacho antecipado, a mercadoria não ingressou no País ou tenha sido descarregada em recinto alfandegado diverso daquele indicado na DI; III - for determinada a devolução da mercadoria ao exterior ou a sua destruição, por não atender à legislação de proteção ao meio ambiente, saúde ou segurança pública e controles sanitários, fitossanitários e zoossanitários; IV - a importação não atender aos requisitos para a utilização do tipo de declaração registrada e não for possível a sua retificação; V - ficar comprovado erro de expedição; VI - a declaração for registrada com erro relativamente: a) ao número de inscrição do importador no CPF ou no CNPJ, exceto quando se tratar de erro de identificação de estabelecimentos da mesma empresa, passível de retificação no sistema; ou b) à unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro. VII - for registrada, equivocadamente, mais de uma DI, para a mesma carga; ou !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!37!()!112 VII – for indeferido o requerimento de concessão do regime de admissão temporária. Nessas mesmas hipóteses acima relacionadas, o chefe do setor responsável pelo despacho aduaneiro ou o que presidir o procedimento fiscal poderão também cancelar, de ofício, a Declaração de Importação. O cancelamento de Declaração de Importação não será autorizado quando: i) houver indícios de infração aduaneira, enquanto não for concluída a respectiva apuração; ii) se tratar de mercadoria objeto de pena de perdimento. Por fim, há que se destacar que o cancelamento de Declaração de Importação não exime o importador da responsabilidade por eventuais infrações. Assim, mesmo havendo o cancelamento de DI, o importador irá responder por eventuais infrações por ele cometidas. 2.6- Espécies de Declaração de Importação: Segundo o art. 578, do Regulamento Aduaneiro, a Receita Federal do Brasil poderá estabelecer procedimentos para simplificação do despacho de importação, os quais poderão ser suspensos ou extintos por conveniência administrativa. Com base nesse comando é que foram criadas outras espécies de Declarações de Importação. Com efeito, o despacho de importação poderá ser realizado com base em Declaração formulada pelo importador diretamente no SISCOMEX ou, então, por meio de Declaração fora do SISCOMEX. Assim, por mais estranho que possa parecer, nem sempre o despacho é realizado com base em registro no SISCOMEX. No SISCOMEX, podem ser registrados dois tipos de Declaração: i) a Declaração de Importação (DI) e; ii) a Declaração Simplificada de Importação (DSI). Há diversos tipos de Declaração de Importação, que serão utilizadas conforme a operação que está sendo realizada. Se a mercadoria estiver sendo importada a título definitivo, será registrada uma DI para consumo. Se a mercadoria estiver ingressando no regime de admissão temporária, será registrada uma DI para admissão. A Declaração Simplificada de Importação (DSI) Eletrônica poderá ser utilizada nos casos previstos no art. 3º da IN SRF nº 611/06. Não precisadecorar, afinal é uma lista imensa! É bom que você tenha apenas uma noção das situações em que a RFB buscou promover a simplificação do despacho. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!38!()!112 Art. 3o A DSI apresentada de conformidade com o estabelecido no caput do art. 2o poderá ser utilizada no despacho aduaneiro de bens: I - importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e freqüência que não caracterize destinação comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; II - importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; III - recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por: a) órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ou b) instituição de assistência social; IV - submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas na legislação específica; V - reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cumprimento do regime de exportação temporária; e VI - que retornem ao País em virtude de: a) não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação; b) defeito técnico, para reparo ou substituição; c) alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; ou d) guerra ou calamidade pública; VII - contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; VIII - contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso porta a porta, nas seguintes situações: a) a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses de que trata o inciso IV deste artigo; b) reimportados, nas hipóteses de que trata o inciso V deste artigo; c) a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos; ou d) destinados a revenda; IX - integrantes de bagagem desacompanhada; X - importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefícios do Decreto-Lei no 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; XI - industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei no 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!32!()!112 dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; XII - importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, com os benefícios do Decreto-Lei no 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem finalidade comercial; ou XIII - importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou freqüência que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda. Perceba, caro amigo, que nas hipóteses relacionadas acima, a DSI é registrada diretamente no SISCOMEX. Trata-se, conforme já disse, da DSI- Eletrônica. Há casos, todavia, em que o despacho de importação é feito sem registro no SISCOMEX. São as seguintes situações: a) DSI-Formulário: As hipóteses de utilização da DSI-Formulário estão relacionadas no art. 4º da IN SRF nº 611/2006. Destaco as importações de amostras sem valor comercial e os bens importados por pessoa física, sem finalidade comercial, de valor não superior a US$ 500,00. b) DIRE (Declaração de Importação de Remessas Expressas): O despacho de importação de remessa expressa não é feito no SISCOMEX, mas por meio do Sistema REMESSA, por solicitação da empresa de transporte aéreo internacional. Entende-se por remessa expressa o documento ou encomenda internacional transportada por empresa de transporte expresso internacional, por via área, porta a porta. c) NTS (Nota de Tributação Simplificada): Aplica-se ao despacho aduaneiro de remessa postais internacionais destinadas a pessoas físicas ou jurídicas, até US$ 500,00. d) Urna Funerária: Segundo o art. 548, do R/A, o despacho de importação de urna funerária será realizado em caráter prioritário e mediante rito sumário, logo após a sua descarga, com base no respectivo conhecimento de carga ou em documento de efeito equivalente. Para fins de concessão de caráter prioritário e rito sumário ao despacho, “urna funerária” deve ser entendida como aquela que contém os restos mortais do “de cujus”. Caso a urna funerária seja uma simples mercadoria (não contenha restos mortais!), o despacho de importação seguirá os trâmites normais. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!39!()!112 Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 23. ( – 2014) O cancelamento da declaração de importação exime o importador da responsabilidade por eventuais infrações. Comentários: Segundo o art. 577, parágrafo único, do R/A, o cancelamento da DI não exime o importador da responsabilidade por eventuais infrações. Questão errada. 24. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) As opções abaixo correspondem a despachos de importação, exceto: a) Declaração Simplificada de Importação (DSI) em formulário. b) Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA). c) Nota de Tributação Simplificada (NTS). d) Rito Sumário. e) Declaração de Importação (DI). Comentários: Dentre as opções acima relacionadas, somente a DTA não é documento relativo ao despacho de importação. A DTA é documento utilizado na admissão de bens no regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro, sobre o qual estudaremos em aula futura. Logo, a resposta é a letra B. 25. (Questão Inédita) A autoridade aduaneira poderá cancelar declaração de importação já registrada, de ofício ou a pedido do importador, observadas as condições estabelecidas em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. O cancelamento da declaração exime o importador da responsabilidade por eventuais infrações. Comentários: O cancelamento da DI não exime o importador da responsabilidade por eventuais infrações. Questão errada. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!4:!()!112 2.7- Operador Econômico Autorizado: Esse tema tem tudo a ver com a facilitação de comércio e a desburocratização das operações de comércio exterior. Em resumo, os “Operadores Econômicos Autorizados” irão usufruir de diversos benefícios, todos eles relacionados à simplificação de procedimentos aduaneiros. Por exemplo, uma empresa habilitada como OEA não precisará apresentar garantia no regime de trânsito aduaneiro eum pequeno percentual de suas cargas será selecionada para conferência aduaneira na exportação. Mas o que é, exatamente, um OEA? Segundo a IN RFB nº 1598/2015, “entende-se por Operador Econômico Autorizado (OEA) o interveniente em operação de comércio exterior envolvido na movimentação internacional de mercadorias a qualquer título que, mediante o cumprimento voluntário dos critérios de segurança aplicados à cadeia logística ou das obrigações tributárias e aduaneiras, conforme a modalidade de certificação, demonstre atendimento aos níveis de conformidade e confiabilidade exigidos pelo Programa OEA e seja certificado nos termos desta Instrução Normativa.” E quem pode ser certificado como OEA? São passíveis de certificação: i) o importador; ii) exportador; iii) o transportador; iv) o agente de carga; v) o depositário de mercadoria sob controle aduaneiro; vi) o operador portuário ou aeroportuário; e vii) o despachante aduaneiro. O Programa OEA tem caráter facultativo, ou seja, os intervenientes não são obrigados a ele aderir. Nesse mesmo sentido, a não adesão por parte dos intervenientes não implica impedimento ou limitação na atuação do interveniente em operações regulares de comércio exterior. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!41!()!112 2.8- Fluxograma do Despacho de Importação (Fonte: Site RFB) ! 1) Tudo começa com a fase do controle administrativo, que é prévia ao controle aduaneiro. O controle administrativo compete aos órgãos anuentes e é realizado por meio do documento denominado “licenciamento de importação”. Em regra, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento. O licenciamento de importação deve ser obtido, em regra, antes do embarque da mercadoria no exterior. 2) Uma vez tendo sido licenciada a importação, o transportador embarca a mercadoria no exterior, trazendo-a para o Brasil. Ao chegar no Brasil, o transportador deverá prestar as informações à RFB. Essas informações são prestadas via sistema. No caso de cargas aéreas, é utilizado o módulo do !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!43!()!112 SISCOMEX chamado MANTRA. No caso de cargas marítimas, utiliza-se o SISCOMEX Carga. 3) O depositário deve informar à RFB acerca da disponibilidade da carga recolhida sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primária ou secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador da Carga (NIC). 4) O importador registra a Declaração de Importação, o que dá início ao despacho aduaneiro de importação. No ato do registro da DI, são automaticamente debitados os tributos da conta-corrente do importador. O registro da DI tem, ainda, o condão de excluir a espontaneidade do sujeito passivo. 5) A Declaração de Importação é parametrizada pelo SISCOMEX, sendo direcionada a um de quatro canais possíveis: verde (desembaraço automático), amarelo (conferência documental), vermelho (conferência documental e verificação física) ou cinza (procedimento de valoração aduaneira). 6) Caso a DI seja encaminhada para os canais amarelo, vermelho ou cinza, será feita a conferência aduaneira, a cargo de um Auditor Fiscal RFB ou de um Analista Tributário RFB, sob a supervisão de um Auditor Fiscal RFB. 7) Após concluída a conferência aduaneira, é feito o desembaraço aduaneiro e a mercadoria é entregue ao importador mediante comprovação do recolhimento do AFRMM e do ICMS. 2.8- Lançamento dos Impostos incidentes sobre a importação: Na definição do art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN), lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Trata-se de atividade administrativa de natureza vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. No que tange aos tributos federais, compete privativamente ao Auditor Fiscal RFB a constituição, mediante lançamento, do crédito tributário. Conforme estudamos em Direito Tributário, há três modalidades de lançamento: i) lançamento por homologação; ii) lançamento por declaração e; iii) lançamento de ofício. Nesse momento, nos interessa saber como funciona o lançamento dos impostos incidentes sobre a importação. Nesse mister, a primeira pergunta que devemos nos fazer é a seguinte: quais são os impostos incidentes sobre a importação? !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!44!()!112 Sobre a importação, incide o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o ICMS. Os dois primeiros são impostos de competência da União; o terceiro é de competência dos Estados e do Distrito Federal. Na importação, os I.I, o IPI e o ICMS, são, em regra, objeto de lançamento por homologação. É registrada uma Declaração de Importação (DI) pelo importador, por meio da qual este antecipa o recolhimento tributário antes de qualquer ação do sujeito ativo. Pessoal, muito cuidado! Apesar de termos uma Declaração de Importação (DI), o lançamento dos impostos incidentes sobre a importação é, em regra, efetuado por homologação (e não por declaração!) Amigos, percebam que eu usei a expressão “em regra” para me referir ao fato de que os impostos incidentes sobre a importação são objeto de lançamento por homologação. Fiz isso porque há situações em que os impostos incidentes sobre a importação são objeto de lançamento de ofício. “Como assim, Ricardo? Quando isso ocorre?” O lançamento de ofício será efetuado pela autoridade aduaneira em diversas situações. Um bom exemplo é o caso da apuração de avaria/extravio de mercadoria importada. Se for constatado que uma mercadoria for avariada ou extraviada, a autoridade aduaneira procederá ao lançamento de ofício, formalizado por meio de auto de infração, com vistas a cobrar o crédito tributário do depositário ou do transportador. 4 O art. 744 do R/A nos revela, ainda, outras possibilidades de aplicação do lançamento de ofício. Segundo o referido dispositivo, sempre que for apurada infração às normas aduaneiras que implique exigência de tributo ou aplicação de penalidade pecuniária, o Auditor-Fiscal da RFB deverá efetuar o correspondente lançamento para fins de constituição do crédito tributário. Perceba que, como a iniciativa do lançamento é da autoridade aduaneira, diz-se que o lançamento é efetuado de ofício. 4 ! Nas aulas sobre tributação no comércio exterior, eu comentei que o transportador e o depositário são responsáveis pelo imposto de importação. !∀#∃%&∋()∗+,−.∋/∀∃0∋+12+3456789: ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+8∆ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!45!()!112 2.9- Importação por conta e ordem e importação por encomenda: Esses dois tipos de importação são muito importantes e, embora não estejam explícitos no edital, tangenciam vários pontos da nossa disciplina. Daí a importância de estudá-los, ok? Afinal, o que é uma importação por conta e ordem? E o que é uma importação por encomenda? De início, é importante destacar que essas duas operações de importação estão relacionadas à evolução das práticas do comércio internacional, em que as empresas buscam concentrar seus esforços na sua atividade principal, terceirizando as atividades de despacho aduaneiro. Essa é
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