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AULA 03

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AULA 03: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Palavras Iniciais 1 
2- Controle Aduaneiro 2 - 3 
3- Procedimentos Gerais de Importação 3 – 37 
4- Procedimentos Gerais de Exportação 37 – 51 
5- Casos Especiais de Importação e Exportação 
Previstos na Legislação 
51 - 57 
6- Revisão Aduaneira 57 - 58 
7- Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros 58 – 65 
8- Questões Comentadas 66 – 95 
9- Lista de Questões e Gabarito 96 - 118 
Olá, amigos (as), tudo bem? 
Nas duas aulas anteriores, nós estudamos tudo sobre a tributação 
no comércio exterior. Hoje, estudaremos acerca dos trâmites aduaneiros 
nas operações de importação e exportação. Os tópicos do edital são os 
seguintes: 
“9. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 9.1. 
Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros. 9.2. Despacho 
Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportação. 
9.2.1. Disposições Gerais. 9.2.2. Modalidades. 9.2.3. Documentos 
que os Instruem. 9.2.4. Casos Especiais de Importação e de 
Exportação Previstos na Legislação. 9.3. Espécies de Declaração de 
Importação e de Declaração de Exportação. 9.4. Declaração de 
Importação. 9.5. Conferência e Desembaraço na Importação e na 
Exportação. 9.6. Cancelamento da Declaração de Importação e da 
Declaração de Exportação. 9.7. Lançamento dos Impostos 
Incidentes sobre a Importação.” 
Grande abraço a todos, 
Ricardo Vale 
ricardovale@estrategiaconcursos.com.br 
http://www.facebook.com/rvale01 
 
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1-CONTROLE ADUANEIRO: 
O controle aduaneiro, conforme já estudamos anteriormente, é 
competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil. No exercício dessa 
atividade, a RFB tem por objetivo realizar o controle de tudo o que entra e sai 
do território aduaneiro, tutelando bens jurídicos importantes para o 
Estado, como a segurança nacional e a saúde de pessoas e animais. Além 
disso, visa impedir delitos transfronteiriços, como o tráfico ilícito de 
entorpecentes, o contrabando, o descaminho e a importação de produtos com 
violação aos direitos de propriedade intelectual. 
O controle aduaneiro não tem finalidade arrecadatória, mas sim 
extrafiscal. Seu objeto central é a segurança da sociedade como um todo. É 
claro que, ao fiscalizar o cumprimento das normas de importação e 
exportação, a RFB também verifica se o recolhimento tributário foi 
regularmente efetuado. Destaque-se, todavia, que a arrecadação tributária é 
apenas finalidade subsidiária do controle aduaneiro. 
A RFB desempenha suas atividades de controle aduaneiro, 
essencialmente, na circulação transfronteiriça de mercadorias e veículos. 
No entanto, o controle aduaneiro também poderá ser exercido a posteriori.1 
Mesmo quando o controle aduaneiro é exercido a posteriori, seu foco serão os 
desdobramentos da operação de circulação transfronteiriça. Isso quer dizer 
que uma fiscalização aduaneira poderá acontecer depois que a mercadoria 
ingressar no país, mas seu objeto será justamente analisar se houve qualquer 
irregularidade naquela entrada. Os principais documentos do controle 
aduaneiro são a Declaração de Importação (DI) e a Declaração de 
Exportação (DE), utilizados, respectivamente, no despacho aduaneiro de 
importação e despacho aduaneiro de exportação. Ressalte-se que as 
atividades de despacho podem ser consideradas elementos-chave para o 
controle aduaneiro de mercadorias. 
Como já se sabe, o comércio exterior é atividade estratégica para os 
Estados. Nesse sentido, o grau de abertura comercial está diretamente 
ligado à estratégia de desenvolvimento adotada pelo país. A exposição à 
concorrência internacional pode estimular a competitividade da indústria 
doméstica ou, em certos casos, causar desemprego e fechamento de 
empresas. 
Nesse ambiente competitivo, fraudes no comércio exterior podem 
trazer vantagens indevidas a algumas empresas. Vários são os exemplos 
que podem ser apresentados: classificação fiscal incorreta (com o objetivo de 
que incida uma alíquota reduzida de imposto de importação), subfaturamento 
 
1 O controle aduaneiro a posteriori são as atividades de fiscalização aduaneira depois 
que a mercadoria entrou no país. São as chamadas operações de “zona secundária”. 
Mais à frente entenderemos o que significa o termo “zona secundária”. 
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(com o objetivo de reduzir a base de cálculo dos direitos aduaneiros), falsa 
declaração de origem (para burlar a incidência de direitos antidumping), dentre 
outras. É aí que é possível afirmar que o controle aduaneiro exercido pela RFB 
também visa impedir a concorrência desleal e, por conseguinte, oferecer 
proteção à indústria doméstica. 
Dito tudo isso, vamos, agora, entender como é feito o controle 
aduaneiro de mercadorias pela RFB. Para isso, estudaremos sobre o despacho 
de importação e o despacho de exportação. 
 
2- PROCEDIMENTOS GERAIS DE IMPORTAÇÃO: 
2.1-Despacho Aduaneiro de Importação: 
O despacho de importação é regulamentado pela IN SRF nº 
680/2006 e, ainda, por dispositivos do Regulamento Aduaneiro. Trata-se de 
procedimento que viabiliza a realização, pela Receita Federal do Brasil, do 
controle aduaneiro das importações. 
Mas qual seria o conceito de despacho de importação? 
 
Entende-se por despacho de importação o 
procedimento fiscal mediante o qual é verificada 
a exatidão dos dados declarados pelo importador 
em relação à mercadoria importada, aos 
documentos apresentados e à legislação 
específica. Trata-se de procedimento mediante o qual 
se processa o desembaraço aduaneiro de uma 
mercadoria importada. 
Por meio do despacho de importação, a autoridade aduaneira 
verificará se os dados declarados pelo importador batem com a realidade, 
isto é, se o que foi declarado está em conformidade com a mercadoria 
importada, os documentos apresentados e a legislação específica. 
Segundo o art. 543 do R/A, toda mercadoria procedente do 
exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do 
imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, 
que será realizado com base em declaração apresentada à unidade 
aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. Trata-se de manifestação 
do princípio da universalidade do controle aduaneiro, que impede que as 
mercadorias que entrem no país escapem ao controle pela Aduana. 
Como é possível verificar a partir do exame do art. 543, do R/A, se 
submetem ao despacho de importação as mercadorias que ingressem no 
país em caráter definitivo (mercadorias que tenham sido compradas por uma 
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empresa brasileiro) ou em caráter temporário (como, por exemplo, 
automóveis que ingressem no Brasil para participarem de uma exposição, 
regressando, posteriormente, ao exterior). 
O art. 1º, da IN SRF nº 680/2006, é enfático nesse sentido: 
Art. 1o A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo 
ou não, sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que será 
processado com base em declaração formulada no Sistema Integrado 
de Comércio Exterior (Siscomex), salvo exceções previstas nesta 
Instrução Normativa ou em normas específicas. 
Conforme já se sabe, o controle aduaneiro tem natureza 
eminentemente extrafiscal, não tendo comoobjetivo direto a arrecadação 
tributária. Em razão disso é que o art. 543, do R/A, já mencionado, determina 
que as mercadorias que ingressem no país, estejam ou não sujeitas ao 
pagamento do imposto de importação, se submetem ao despacho de 
importação. 
Também se submetem ao despacho aduaneiro de importação: 
i) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despacho 
aduaneiro de exportação, retornem ao país. Ex: uma mercadoria é 
exportada em caráter temporário ou a título definitivo e, posteriormente, volta 
para o Brasil. No retorno, ela se submeterá ao despacho de importação. 
ii) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despacho 
aduaneiro de exportação, permaneçam no País, em caráter definitivo ou 
temporário, nos termos da legislação específica. Ex: é realizada uma 
exportação ficta, isto é, a mercadoria se submete a despacho de exportação, 
mas não sai do território aduaneiro. Caso seja decidido, posteriormente, que 
ela será nacionalizada, procede-se ao despacho de importação. 
iii) mercadorias de origem estrangeira que ingressaram no país e 
que, posteriormente, são transferidas para outro regime aduaneiro 
especial ou mesmo nacionalizadas (despachadas para consumo). Ex: uma 
mercadoria estrangeira entra no Brasil ao amparo do regime de admissão 
temporária. Se o importador decidir nacionalizá-la, isto é, adquiri-la a título 
definitivo, ela se submeterá a despacho de importação. 
Mas será que há algum bem que, ao entrar no País, está dispensado 
do despacho de importação? Ou, em outras palavras, será que algum bem 
excepciona o princípio da universalidade do controle aduaneiro? 
Sim, meu amigo! Como aprendemos na escola, para quase toda regra 
há exceções... 
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A entrada no País de mala diplomática, assim considerada a que 
contenha tão-somente documentos diplomáticos e objetos destinados a uso 
oficial está dispensada de despacho de importação. Destaque-se que a 
mala diplomática deverá conter sinais exteriores visíveis que indiquem 
seu caráter e ser entregue a pessoa formalmente credenciada pela 
missão diplomática. A mala consular também é dispensada do despacho de 
importação.2 Trata-se do que se chama inviolabilidade absoluta da mala 
diplomática / consular. 
No entanto, essa inviolabilidade absoluta não se estende ao 
restante da bagagem dos agentes diplomáticos e consulares. Nesse 
sentido, a autoridade aduaneira poderá inspecionar essa bagagem na presença 
do agente diplomático ou consular, assim como apreender os bens cuja 
importação é proibida. A pessoa que transporta a mala diplomática é 
denominada correio diplomático, devendo possuir um documento que 
indique essa condição e especifique o número de volumes que integra a mala 
diplomática. 
O despacho de importação é processado com base em Declaração 
e, em regra, é realizado no SISCOMEX. Há, entretanto, despachos de 
importação realizados fora do SISCOMEX, o que depende da natureza do 
importador, da operação e da mercadoria que está sendo importada. 3 
Destaque-se que o despacho de importação pode ser realizado em zona 
primária (portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados) ou em zona 
secundária (portos secos). 
O documento base do despacho de importação é a Declaração de 
Importação (DI), cujo registro no SISCOMEX materializa o início do 
despacho aduaneiro. Ao ser registrada no SISCOMEX, a Declaração de 
Importação recebe um número, ou seja, ocorre a numeração do despacho. 
A Declaração de Importação (DI) consiste na prestação de 
informações de natureza comercial e fiscal pelo importador, sendo um 
documento instrutivo do despacho. Registre-se que, em determinadas 
situações, o despacho aduaneiro é realizado com base em Declaração 
Simplificada de Importação (DSI). 
 
2 A dispensa do despacho de importação de malas diplomáticas e malas consulares é 
regra que decorre da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961) e 
Convenção de Viena sobre Relações Consulares (1963). 
3 Mais à frente, estudaremos as situações que o despacho de importação é feito fora 
do SISCOMEX. 
 
Se a banca disser que o despacho aduaneiro de 
importação sempre irá se processar com base em 
uma DI, ela estará tentando te enganar! ☺ O 
despacho aduaneiro de importação também 
pode ter como base uma DSI! 
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2.2- Modalidades de Despacho Aduaneiro de Importação: 
Há três tipos de despacho aduaneiro: 
a) Despacho para consumo: é aplicável às mercadorias 
nacionalizadas, isto é, importadas a título definitivo. Diz-se que as 
mercadorias importadas em caráter definitivo são incorporadas à economia 
nacional. 
Também se submetem a despacho para consumo: 
i) as mercadorias importadas ao amparo do regime aduaneiro 
especial de drawback. O drawback será objeto de nosso estudo 
em aula futura, consistindo em importante incentivo às 
exportações brasileiras. Por meio do drawback, uma empresa 
consegue importar ou adquirir no mercado interno, com 
desoneração tributária, mercadorias que serão utilizadas no 
processo produtivo de um bem a ser exportado. 
ii) mercadorias que ingressem na ZFM, Amazônia Ocidental e 
Áreas de Livre Comércio sem o benefício de isenção 
tributária. Nem todas as mercadorias que ingressam nessas 
áreas gozam de isenção. Um exemplo são os automóveis, que, 
portanto, se submeterão a despacho para consumo, mesmo 
quando ingressarem na Zona Franca de Manaus. 
iii) mercadorias constantes de remessa postal internacional 
ou de bagagem de viajantes às quais seja aplicado o regime 
de importação comum. 
iv) mercadorias admitidas em regime aduaneiro especial ou 
aplicado em áreas especiais que venham a ser 
nacionalizadas, ou seja, submetidas ao regime comum de 
importação. Isso acontece, por exemplo, quando um bem é 
admitido temporariamente (um guindaste estrangeiro é 
alugado para utilização em obra de construção civil) e, 
posteriormente, decide-se que ele irá ficar em caráter 
definitivo no país. No momento em que é admitido 
temporariamente, o bem sofre despacho para admissão; por 
ocasião da nacionalização, despacho para consumo. 
b) Despacho para admissão: aplicável às mercadorias importadas 
ao amparo de regimes aduaneiros especiais e regimes aduaneiros aplicados em 
áreas especiais, quando, nessa última hipótese, receberem isenção tributária. 
c) Despacho para internação: aplicável às mercadorias que 
saem da Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio com 
destino ao restante do território nacional. O despacho de internação é 
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importante porque, nesse momento, é feito o recolhimento dos tributos que 
receberam benefícios fiscais ao ingressarem nessas áreas. Ex: um computador 
foi importado com isenção por empresa situada na ZFM. Ao vender o 
computador para empresa situada em Minas Gerais, haverá recolhimento 
tributário referente aos tributos que haviam sido objeto de isenção. O 
computador, ao ser vendido para a empresa situada em Minas Gerais, sofrerá 
despacho para internação. 
 
1) Conforme mencionamos acima, existem três 
modalidades de despacho aduaneiro: despacho para 
consumo, despacho para admissão e despacho para 
internação. 
No entanto, pela literalidade da IN SRF nº 680/2006, são 
apenas duas as modalidades do despacho aduaneiro 
de importação: despacho para consumo e despacho para 
admissão. Seguindo essa interpretação, o despacho para 
internação não é modalidade do despachode importação, 
sendo objeto de regulamentação própria (IN SRF nº 
242/2002). 
De qualquer forma, recomendo bastante atenção na 
prova, pois, a partir de considerações doutrinárias, é 
plenamente possível admitir-se que o despacho de 
internação é uma modalidade de despacho de importação. 
2) A ESAF adora cobrar em prova qual o tipo de despacho 
aduaneiro aplicável às mercadorias importadas ao amparo 
do drawback. O drawback é o único regime aduaneiro 
especial em que as mercadorias nele admitidas se 
submeterão a despacho para consumo. Ao ingressarem 
em qualquer outro regime aduaneiro especial, as 
mercadorias se submetem a despacho para admissão. 
 
2.3- Documentos Instrutivos do Despacho de Importação: 
A Declaração de Importação (DI) é o documento base do despacho 
de importação, devendo conter a identificação do importador e a 
identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria. 
A RFB poderá, ainda, exigir, na declaração de importação, outras 
informações, inclusive as destinadas a estatísticas de comércio exterior. A 
RFB também possui competência para estabelecer diferentes tipos de 
apresentação da declaração de importação, apropriados à natureza dos 
despachos, ou a situações específicas em relação à mercadoria ou a seu 
tratamento tributário. 
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O art. 18 da IN SRF nº 680/2006 relaciona os documentos 
instrutivos da Declaração de Importação (DI). 
Art. 18. A DI será instruída com os seguintes documentos: 
I - via original do conhecimento de carga ou documento equivalente; 
II - via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; 
III - romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e 
IV - outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos 
Internacionais ou de legislação específica. 
O inciso I menciona o conhecimento de carga, também chamado 
conhecimento de transporte, é um documento que materializa o contrato de 
frete internacional. Ele é emitido pelo transportador assim que é celebrado o 
contrato de frete e constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. 
A cada conhecimento de carga corresponde uma única declaração de 
importação, salvo algumas exceções estabelecidas pela RFB. A Receita Federal 
poderá dispor sobre hipóteses de não-exigência do conhecimento de carga. 
O inciso II trata da fatura comercial, que é o documento 
comprobatório da transação comercial, sintetizando o contrato de compra 
e venda celebrado entre o exportador e o importador. Não se pode confundir 
fatura comercial com nota fiscal. A nota fiscal é documento tributário 
brasileiro; a fatura comercial é documento que, nesse caso, materializa a 
compra e venda internacional. Em uma operação de importação, não há que se 
falar em nota fiscal, já que a empresa estrangeira não pode emitir tal 
documento. 
O art. 557 do R/A define as informações que deverão estar 
presentes na fatura comercial: 
Art. 557. A fatura comercial deverá conter as seguintes indicações: 
I - nome e endereço, completos, do exportador; 
II - nome e endereço, completos, do importador e, se for caso, do 
adquirente ou do encomendante predeterminado; 
III - especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial 
do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, ou, se em outro idioma, 
acompanhada de tradução em língua portuguesa, a critério da 
autoridade aduaneira, contendo as denominações próprias e 
comerciais, com a indicação dos elementos indispensáveis a sua 
perfeita identificação; 
IV - marca, numeração e, se houver, número de referência dos 
volumes; 
V - quantidade e espécie dos volumes; 
VI - peso bruto dos volumes, entendendo-se, como tal, o da 
mercadoria com todos os seus recipientes, embalagens e demais 
envoltórios; 
VII - peso líquido, assim considerado o da mercadoria livre de todo e 
qualquer envoltório; 
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VIII - país de origem, como tal entendido aquele onde houver sido 
produzida a mercadoria ou onde tiver ocorrido a última transformação 
substancial; 
IX - país de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoria 
foi adquirida para ser exportada para o Brasil, independentemente do 
país de origem da mercadoria ou de seus insumos; 
X - país de procedência, assim considerado aquele onde se encontrava 
a mercadoria no momento de sua aquisição; 
XI - preço unitário e total de cada espécie de mercadoria e, se houver, 
o montante e a natureza das reduções e dos descontos concedidos; 
XII - custo de transporte a que se refere o inciso I do art. 77 e demais 
despesas relativas às mercadorias especificadas na fatura; 
XIII - condições e moeda de pagamento; e 
XIV - termo da condição de venda (INCOTERM). 
Parágrafo único. As emendas, ressalvas ou entrelinhas feitas na 
fatura deverão ser autenticadas pelo exportador. 
O conhecimento de carga aéreo equipara-se à fatura 
comercial, desde que nele constem as indicações de quantidade, espécie e 
valor das mercadorias que lhe correspondam (características essenciais de 
uma fatura comercial) 
 
A fatura comercial poderá ter validade mesmo 
com emendas, ressalvas ou entrelinhas. No 
entanto, para isso, será necessária a autenticação 
pelo exportador. 
O inciso III menciona o romaneio de carga, também conhecido 
como packing list, documento que descreve o conteúdo e as características 
específicas de cada volume (peso, dimensões, tipo). Vale destacar que o 
art. 553 do R/A, ao relacionar os documentos instrutivos da DI, não mencionou 
o romaneio de carga. Isso foi feito apenas pela IN SRF nº 680/2006. O 
romaneio de carga não é aplicável às cargas que não são compostas por 
vários volumes (ex: granéis) e às cargas que se auto-identificam (ex: 
automóveis). 
O inciso IV, por último, menciona outros documentos, exigidos 
exclusivamente em decorrência de acordos internacionais ou de legislação 
específica. Aqui podemos citar os certificados de origem, que deverão ser 
apresentados com o objetivo de que determinadas mercadorias possam 
usufruir de tratamento tributário diferenciado em razão da origem. 
Exemplo: a importação de produtos argentinos deve vir instruída com o 
Certificado de Origem do MERCOSUL, o que fará com que ela entre no Brasil 
livre de direitos aduaneiros. 
 
 
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O art. 553, do R/A, que trata dos documentos que 
instruem a Declaração de Importação, tem uma redação 
um pouco diferente da IN SRF nº 680/2006. 
Explico. O Regulamento Aduaneiro não faz menção à 
necessidade de apresentação do romaneio de carga, 
mas impõe a necessidade de apresentação de 
comprovante de pagamento de tributos, se exigível. 
Atualmente, na maior parte dos casos, o recolhimento dos 
tributos será feito automaticamente, no momento do 
registro da DI. 
Por fim, é importante comentar que os documentos instrutivos de 
declaração aduaneira ou necessários ao controle aduaneiro podem ser 
emitidos, transmitidos e recepcionados eletronicamente. A IN RFB nº 
1.532/2014 estabelece que os documentos instrutivos do despacho serão 
disponibilizados à Receita Federal, em meio digital, por meio da 
funcionalidade “Anexação de Documentos Digitalizados”, disponível no Portal 
Único de Comércio Exterior. Criou-se, então, a figura do “dossiê eletrônico”, 
que deverá ser vinculado pelo importador à DI. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
1. ( – 2014) Segundo o Regulamento Aduaneiro, são dois os 
documentos que devem obrigatoriamente instruir a declaração de importação: 
a via originaldo conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente e 
a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador. Não poderão ser 
exigidos outros documentos instrutivos em razão de que tal exigência 
ofenderia o princípio da legalidade estrita. 
Comentários: 
O conhecimento de carga e a fatura comercial deverão instruir a Declaração de 
Importação (DI). Além deles, é documento instrutivo da DI o comprovante de 
pagamento de tributos, se exigível. Ademais, podem ser exigidos outros 
documentos instrutivos da declaração aduaneira em decorrência de acordos 
internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo. 
Questão incorreta. 
2. (Analista Tributário RFB – 2012) A declaração de importação é o 
documento base do despacho de importação e será instruída com a via original 
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do conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente; a via original 
da fatura comercial, assinada pelo exportador; o comprovante de pagamento 
dos tributos, se exigível; e outros documentos exigidos em decorrência de 
acordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro ato 
normativo. 
Comentários: 
Isso é exatamente o que dispõe o art. 553, do R/A: 
Art. 553. A declaração de importação será instruída com: 
I - a via original do conhecimento de carga ou documento de efeito 
equivalente; 
II - a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador e; 
III - o comprovante de pagamento dos tributos, se exigível. 
Parágrafo único. Poderão ser exigidos outros documentos instrutivos 
da declaração aduaneira em decorrência de acordos internacionais ou 
por força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo. 
 
Questão correta. 
 
3. (Analista Tributário RFB – 2012) O despacho aduaneiro de 
importação poderá ser efetuado apenas em zona primária. 
Comentários: 
O despacho aduaneiro de importação poderá ser efetuado em zona 
primária ou em zona secundária. Questão errada. 
4. (Questão Inédita) Toda mercadoria procedente do exterior, importada 
a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de 
importação, deverá ser submetida a despacho de importação. 
Comentários: 
Segundo o art. 543, do R/A, “toda mercadoria procedente do 
exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do 
imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que 
será realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob 
cujo controle estiver a mercadoria.” Questão correta. 
5. (Questão Inédita) A Declaração de Importação (DI) será instruída com 
a via original do manifesto internacional de carga. 
Comentários: 
Cuidado para não confundir. Não é o manifesto de carga, mas sim o 
conhecimento de carga que deverá instruir a DI. Questão errada. 
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6. (Questão Inédita) As mercadorias que não sejam importadas a título 
definitivo estão dispensadas do despacho de importação. Entretanto, as 
mercadorias exportadas temporariamente que retornem ao Brasil se 
submetem ao referido despacho. 
Comentários: 
As mercadorias importadas a título temporário também se submetem 
ao despacho de importação. Questão errada. 
7. (Questão Inédita) A declaração de importação deverá conter a 
identificação do importador e a identificação, a classificação, o valor aduaneiro 
e a origem da mercadoria. Instrui a declaração de importação o manifesto 
internacional de carga. 
Comentários: 
O manifesto internacional de carga não instrui a DI. Questão errada. 
 
2.4- Fases do Despacho Aduaneiro de Importação: 
2.4.1- Registro da DI: 
A Declaração de Importação (DI) consiste em documento por meio do 
qual o importador presta informações à autoridade aduaneira, dando 
início ao despacho aduaneiro de importação. Trata-se do documento 
base do despacho aduaneiro, devendo conter a identificação do importador, 
a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria. 
O registro da DI é um momento importante por diversos motivos. 
Conforme já estudamos, o registro da DI é o momento em que se considera 
ocorrido o fato gerador do imposto de importação. É, inclusive, no exato 
momento do registro da DI, que os tributos incidentes sobre a importação são 
debitados da conta-corrente do importador. 
Ademais, o registro da DI tem o condão de excluir a 
espontaneidade do sujeito passivo. Recorde-se que a denúncia 
espontânea é instituto jurídico tributário que permite que o sujeito passivo, 
por ato próprio e antes de qualquer procedimento ou medida de fiscalização, 
recolha os tributos e os juros devidos, deixando de ser responsável por 
infrações cometidas. Assim, depois de registrada a DI, não há que se falar 
mais em denúncia espontânea. Caso o importador tenha apresentado 
informações erradas, ele irá arcar com a responsabilidade pela infração. 
A IN SRF nº 680/2006 prevê alguns limites para o registro de uma 
Declaração de Importação. O art. 4º, § 1º, dispõe que não será admitido 
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agrupar, em uma mesma DI, mercadoria que proceda do exterior e 
mercadoria que já esteja no País submetida a algum regime aduaneiro 
especial. Imaginemos, por exemplo, que a empresa Alpha Bética possui 3 
(três) guindastes no Brasil em admissão temporária e está comprando mais 2 
(dois) guindastes do exterior. Nesse caso, se ela desejar nacionalizar os 3 
(três) guindastes, deverá fazê-lo por meio de DI diversa àquela que se referir 
à compra (nacionalização) dos outros dois guindastes. 
Ainda sobre os limites ao registro de DI, é possível que seja 
formulada uma única DI para o despacho de mercadorias que, 
procedendo diretamente do exterior, tenham uma parte destinada a 
consumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de 
admissão temporária ou a ser reimportada. Suponha, por exemplo, que a 
empresa Strategus Ltda esteja comprando 200 geladeiras e admitindo 
temporariamente outras 100 geladeiras. Essa operação como um todo poderá 
ser objeto de uma única declaração. 
O registro da DI no SISCOMEX somente será efetivado após o 
cumprimento dos requisitos elencados no art. 15 da IN SRF nº 680/2006, 
quais sejam: 
a) Verificação da regularidade cadastral do importador. O 
SISCOMEX irá verificar qual a situação do CNPJ do importador; se houver 
alguma irregularidade cadastral, ele não permite o registro da DI. 
b) Após o licenciamento de importação (quando exigível) e a 
verificação do atendimento às normas cambiais: o licenciamento de 
importação, quando for necessário, será sempre prévio ao despacho 
aduaneiro. 
c) Após a chegada da carga: em regra, o registro da DI somente é 
efetivado após a confirmação, no SISCOMEX, da disponibilidade da carga. O 
depositário de mercadoria sob controle aduaneiro, na importação, deverá 
informar à RFB, de forma imediata, sobre a disponibilidade da carga recolhida 
sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primária ou 
secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador da 
Carga (NIC). O NIC deverá ser informado pelo importador ao preencher a DI. 
Destaque-se que, em algumas situações, não é necessário que 
seja confirmada a presença de carga, isto é, que a mercadoria seja 
descarregada na unidade da SRF de despacho. Isso é o que ocorre nas 
hipóteses em que a IN SRF nº 680/2006 autoriza o registro antecipado da 
DI. É o que conhecemos por despacho antecipado, em que o despacho é 
iniciado (pelo registro daDI) antes da chegada da carga no país. Trata-se de 
situações especiais, em que se exige maior celeridade nos procedimentos de 
importação. 
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Art. 17. A DI relativa a mercadoria que proceda diretamente do 
exterior poderá ser registrada antes da sua descarga na unidade 
da SRF de despacho, quando se tratar de: 
I - mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar 
diretamente para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, 
ou veículos apropriados; 
II - mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente 
características de periculosidade; 
III - plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos 
facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes 
exteriores; 
IV - papel para impressão de livros, jornais e periódicos; 
V - órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, 
estadual ou municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações públicas; e 
VI - mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre. 
d) Confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos 
tributos, contribuições e direitos devidos, inclusive da Taxa de 
Utilização do Siscomex: no ato do registro da DI, os tributos são 
automaticamente debitados da conta bancária do importador. Também é no 
momento do registro da DI que são recolhidos, quando for o caso, direitos 
antidumping, direitos compensatórios e medidas de salvaguarda. 
e) Não ter sido constatada qualquer irregularidade impeditiva 
do registro. Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da 
declaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o seu 
fornecimento com erro, bem assim a que decorra de impossibilidade legal 
absoluta. 
Agora eu te pergunto: o importador pode verificar a mercadoria antes 
do registro da DI? 
Sim, pode. O importador poderá requerer, previamente ao registro 
da DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do 
exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, 
inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação 
fiscal e à descrição detalhada. 
 
A verificação por parte do importador, antes do registro 
da DI, não dispensa a verificação física pela 
autoridade aduaneira, por ocasião do despacho de 
importação. Com efeito, a verificação prévia é realizada 
com o acompanhamento de qualquer servidor, que 
não necessariamente é uma autoridade aduaneira 
(Auditor da RFB). 
 
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Art. 10. O importador poderá requerer, previamente ao registro da 
DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior, 
para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, 
inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à 
classificação fiscal e à descrição detalhada. 
§ 1º O requerimento deverá ser instruído com o conhecimento de 
carga correspondente e dirigido ao chefe do setor responsável pelo 
despacho aduaneiro, o qual deverá indicar um servidor para 
acompanhar o ato. 
§ 2º A verificação da mercadoria pelo importador, nos termos deste 
artigo, não dispensa a verificação física pela autoridade 
aduaneira, por ocasião do despacho de importação, se for o caso. 
Qual o prazo limite para o registro da DI? Ou, em outras 
palavras, até quando pode ser iniciado o despacho aduaneiro de 
importação? 
O despacho de importação deverá ser iniciado em: 
i) até noventa dias da descarga, se a mercadoria estiver em 
recinto alfandegado de zona primária; 
ii) até quarenta e cinco dias após esgotar-se o prazo de 
permanência da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária; e 
iii) até noventa dias, contados do recebimento do aviso de 
chegada da remessa postal. 
Se o importador não fizer o registro da DI dentro dos prazos acima 
mencionados, as mercadorias serão consideradas abandonadas e terá início 
o processo para aplicação da pena de perdimento. Dessa forma, se uma 
mercadoria for descarregada no Porto de Santos (zona primária) para que lá 
sofra despacho aduaneiro, o importador terá 90 dias para registrar a DI, sob 
pena de a mercadoria ser considerada abandonada. 
 
2.4.2- Seleção para Conferência Aduaneira: 
Após o registro da DI, esta é submetida a uma análise fiscal e, com 
base em critérios parametrizados no SISCOMEX, é direcionada para 1 (um) 
entre 4 (quatro) canais disponíveis. Os canais para os quais a DI poderá 
ser direcionada são os seguintes: 
a) Canal Verde: a mercadoria é desembaraçada automaticamente, 
isto é, a mercadoria é liberada sem qualquer exame documental ou físico. Ter 
a DI direcionada para o canal verde é o que todo importador quer! ☺ 
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b) Canal Amarelo: a autoridade aduaneira realizará apenas o exame 
documental da importação. 
c) Canal Vermelho: a autoridade aduaneira realizará, além do 
exame documental, a verificação física da mercadoria. 
d) Canal Cinza: a autoridade aduaneira irá submeter a mercadoria a 
procedimento de valoração aduaneira, além, é claro, de realizar o exame 
documental e a verificação física. 
A seleção de uma DI será realizada por intermédio do SISCOMEX, 
com base em uma série de critérios, os quais estão relacionados no art.21, § 
1º, da IN SRF nº 680/2006. 
Art. 21. Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e 
selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira: 
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da 
mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da 
mercadoria; 
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não 
sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, 
dispensada a verificação da mercadoria; 
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada 
após a realização do exame documental e da verificação da 
mercadoria; e 
IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação 
da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle 
aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no 
que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme 
estabelecido em norma específica. 
§ 1o A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio do 
Siscomex, com base em análise fiscal que levará em 
consideração, entre outros, os seguintes elementos: 
I - regularidade fiscal do importador; 
II - habitualidade do importador; 
III - natureza, volume ou valor da importação; 
IV - valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação; 
V - origem, procedência e destinação da mercadoria; 
VI - tratamento tributário; 
VII - características da mercadoria; 
VIII - capacidade operacional e econômico-financeira do importador; e 
IX - ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo 
importador. 
Mesmo que uma DI seja direcionada para o canal verde 
(desembaraço automático), é possível que ela seja objeto de 
conferência física ou documental. Isso irá acontecer quando o Auditor 
Fiscal da RFB responsável por essa atividade identificar elementos que 
evidenciem irregularidade na importação. Assim, é possível que, à sua 
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discricionariedade, o Auditor Fiscal da RFB agrave o nível do exame a ser 
realizado no despacho de importação. 
AsDI’s direcionadas para o canal verde, conforme vimos, são 
automaticamente desembaraçadas. Já as DI’s direcionadas para os outros 
canais (amarelo, vermelho e cinza) serão objeto da conferência 
aduaneira. As DI’s selecionadas para conferência aduaneira serão 
distribuídas entre os Auditores-Fiscais da RFB, por meio de função 
própria do SISCOMEX. 
 
2.4.3- Conferência Aduaneira: 
Segundo o art. 564 do R/A, a conferência aduaneira na importação 
tem por finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria e a correção 
das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e 
valor, e confirmar o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, 
exigíveis em razão da importação. 
 
Cuidado para não confundir com o conceito de despacho 
aduaneiro! ☺ A conferência aduaneira é apenas uma 
etapa do despacho aduaneiro. 
 
Despacho aduaneiro de importação é o procedimento 
fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dados 
declarados pelo importador em relação à mercadoria 
importada, aos documentos apresentados e à legislação 
específica. Trata-se de procedimento mediante o qual se 
processa o desembaraço aduaneiro de uma mercadoria 
importada. 
 
A conferência aduaneira pode ser realizada em zona primária ou 
zona secundária. A conferência aduaneira em zona secundária poderá 
ocorrer em recintos alfandegados (portos secos), no estabelecimento do 
importador ou, excepcionalmente, em outros locais, mediante prévia anuência 
da autoridade aduaneira. 
Na conferência aduaneira, poderá ser realizada inspeção documental, 
verificação física ou procedimento especial de controle aduaneiro. 
A inspeção documental é procedimento fiscal tendente a 
verificar: i) a integridade dos documentos; ii) a exatidão e correspondência 
das informações prestadas na declaração em relação àquelas constante dos 
documentos que a instruem, inclusive origem e valor aduaneiro; iii) o 
cumprimento dos requisitos de ordem legal ou regulamentar correspondentes 
aos regimes aduaneiros e de tributação solicitados; iv) o mérito de benefício 
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fiscal pleiteado; e v) a descrição da mercadoria na declaração, com vistas a 
verificar se estão presentes os elementos necessários à confirmação de sua 
correta classificação fiscal. 
Um bom exemplo de situação em que a inspeção documental é 
importante é a importação de bens sujeitos a medidas de defesa comercial. 
Imagine que estejam sendo importados ferros de passar roupa! Atualmente, 
existe uma medida antidumping aplicada contra esse tipo de produto, quando 
originários da China. Aí, o Auditor da RFB olha a DI e aparece pra ele a 
informação de que os ferros importados são originários do Japão. Como bom 
Fiscal, ex-aluno do Prof. Ricardo Vale, ele desconfia... ☺ Ao pedir o certificado 
de origem na inspeção documental, ele vê que os ferros de passar roupa são, 
na verdade, originários da China! Ih, o importador se deu mal! Só pode ser um 
“brincante” mesmo pra tentar enganar um Auditor da RFB! ☺ 
A verificação física, por sua vez, é, segundo o art. 29 da IN SRF nº 
680/2006, o procedimento fiscal destinado a identificar e quantificar a 
mercadoria submetida a despacho aduaneiro, a obter elementos para 
confirmar sua classificação fiscal, origem e seu estado de novo ou usado, 
assim como verificar sua adequação às normas técnicas aplicáveis. A 
autoridade competente para proceder à verificação física é o Auditor Fiscal 
da RFB. Entretanto, também é possível que esta seja realizada, sob a 
supervisão de um Auditor Fiscal da RFB, por um servidor integrante da Carreira 
Auditoria da Receita Federal do Brasil, na presença do viajante, do 
importador ou de seus representantes. Na hipótese de mercadoria 
depositada em recinto alfandegado, a verificação poderá ser realizada na 
presença do depositário ou de seus prepostos, dispensada a exigência da 
presença do importador. 
A verificação da mercadoria, no despacho de importação, será 
realizada mediante agendamento, que será realizado de conformidade com 
as regras gerais estabelecidas pelo chefe do setor responsável pelo despacho 
aduaneiro. O depositário das mercadorias será informado sobre o 
agendamento das verificações, devendo providenciar, com até uma 
hora de antecedência, o posicionamento das correspondentes 
mercadorias para a realização da verificação física. É isso mesmo! A 
verificação física tem que ser agendada! O Auditor Fiscal vai inspecionar a 
mercadoria na hora marcada. O depositário deverá deixar a carga “no jeito”, 
preparada para ser inspecionada. 
A verificação da mercadoria deve ocorrer na presença do 
importador ou de seu representante, na data e horário previstos (art.31 da 
IN SRF nº 680/2006). Caso não compareça o importador ou seu 
representante, a verificação poderá ser realizada na presença do depositário 
ou de seu preposto, que, nessa situação, representará o importador. 
A verificação física pode ser realizada das seguintes formas (art. 
29 da IN/SRF nº 680/2006): 
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- Por amostragem de volumes e embalagens. Essa regra decorre 
diretamente do Regulamento Aduaneiro, que determina que poderão ser 
adotados critérios de seleção e amostragem para a verificação da mercadoria. 
-Com auxílio de assistência técnica, para identificação e 
quantificação da mercadoria. É muito difícil que o Auditor Fiscal RFB conheça 
exatamente todos os produtos existentes e saiba analisar a compatibilidade 
entre a descrição da mercadoria nos documentos e o produto que está sendo 
verificado. 
- Utilizando-se relatório e termos de verificação lavrados pela 
autoridade aduaneira do país exportador. Fica configurada, nessa 
hipótese, a cooperação internacional entre Aduanas, destinada a promover a 
facilitação de comércio. 
- Utilizando-se relatórios e termos de verificação lavrados por outras 
autoridades, na fase de licenciamento das importações. 
- Utilizando-se registros de imagens das mercadorias, obtidos 
por câmeras ou por meio de equipamentos de inspeção não-invasiva. 
Na hipótese de constatação de indícios de fraude na importação, 
independentemente do início ou término do despacho aduaneiro ou, ainda, do 
canal de conferência atribuído à DI, o servidor deverá encaminhar os 
elementos verificados ao setor competente, para avaliação da 
pertinência de aplicação de procedimento especial de controle 
aduaneiro. 
No curso do despacho aduaneiro, a fiscalização aduaneira poderá 
impor exigências ao importador, as quais serão formalizadas diretamente 
pelo SISCOMEX. O despacho é, então, interrompido para o atendimento da 
exigência pelo importador. Esse é o entendimento que se deve ter a partir da 
leitura do art. 570 do R/A, que dispõe que, constatada, durante a conferência 
aduaneira, ocorrência que impeça o prosseguimento do despacho, este terá 
seu curso interrompido após o registro da exigência correspondente, 
pelo do Brasil responsável. 
Nos termos do art. 570, § 1º, do R/A, caracterizam a interrupção 
do curso do despacho, entre outras ocorrências: 
 - a não-apresentação de documentos exigidos pela autoridade 
aduaneira, desde que indispensáveis ao prosseguimento do despacho; e 
- o não-comparecimento do importador para assistir à verificação 
da mercadoria, quando sua presença for obrigatória. Recorde-se que, 
quando a mercadoria estiver armazenada em recinto alfandegado, a presença 
do importador pode ser dispensada. 
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Uma vez interrompido odespacho, inicia-se a contagem do prazo 
de 60 dias para caracterização do abandono da mercadoria. O abandono 
da mercadoria dará ensejo ao início do processo para a aplicação da pena de 
perdimento. 
As exigências impostas pela fiscalização aduaneira podem ser de 
diversos tipos. A descrição detalhada da mercadoria pode ter sido considerada 
insuficiente, a classificação fiscal pode ter sido feita incorretamente, 
documentos importantes podem não ter sido apresentados, etc. Feita a 
exigência pela autoridade aduaneira, caberá ao importador cumpri-las para 
que seja dado prosseguimento ao despacho aduaneiro. Em certos casos, será 
necessário que o importador proceda à retificação da Declaração de 
Importação. Destaque-se que a retificação de DI poderá ocorrer até 
mesmo após o desembaraço aduaneiro de importação (de ofício ou por 
iniciativa do próprio importador). 
 
2.4.3.1-Caso especial–Bagagem dos integrantes de missões 
diplomáticas e de repartições consulares: 
Anteriormente, havíamos comentado que a “mala diplomática” e a 
“mala consular” não se submetem ao controle aduaneiro. É importante, 
todavia, não confundir a “mala diplomática” e “mala consular” com a 
“bagagem do diplomata” e a “bagagem do cônsul”. A mala diplomática e a 
mala consular gozam de inviolabilidade absoluta; elas não se submetem ao 
despacho de importação. 
O tratamento aplicável à bagagem dos integrantes de missões 
diplomáticas e repartições consulares é diferente. Não há aqui inviolabilidade 
absoluta, mas tão somente inviolabilidade relativa. A bagagem dos 
integrantes das missões diplomáticas e consulares está, sim, sujeita a 
despacho de importação. No entanto, em regra, não se submeterá à 
verificação física por ocasião do despacho. 
Digo em regra porque há exceções previstas no art. 567, do R/A: 
Art. 567. A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e 
de repartições consulares de caráter permanente não está 
sujeita a verificação, salvo se existirem fundadas razões para se 
supor que contenha bens: 
I - destinados a uso diverso do previsto nas respectivas 
Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares; 
ou 
II - de importação proibida. 
Parágrafo único. A verificação da bagagem, havendo as 
fundadas razões a que se refere o caput, deverá ser realizada na 
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presença do interessado ou de seu representante formalmente 
autorizado. 
Assim, havendo fundadas razões para supor que a bagagem desses 
agentes contenha bens de importação proibida ou destinados a usos 
diversos aos previstos em normas internacionais, a autoridade aduaneira 
poderá proceder à verificação física. Tal verificação ocorrerá na presença do 
interessado ou de seu representante formalmente autorizado. 
 
2.4.4- Desembaraço Aduaneiro: 
Ao final da conferência aduaneira, a importação poderá ser liberada. 
Diz-se que a importação foi liberada quando a DI é desembaraçada. O 
desembaraço aduaneiro é, portanto, o ato final do despacho aduaneiro 
de importação, por meio do qual é registrada a conclusão da 
conferência aduaneira. Após o desembaraço aduaneiro, poderá ser emitido 
pelo importador o comprovante de importação, mediante transação específica 
do SISCOMEX. 
Cabe destacar que, segundo o art. 571, § 1º, do R/A, não será 
desembaraçada a mercadoria cuja exigência de crédito tributário no curso 
da conferência aduaneira esteja pendente de atendimento, salvo nas 
hipóteses autorizadas pelo Ministro de Estado da Fazenda, mediante a 
prestação de garantia. 
A entrega da mercadoria ao importador, após o desembaraço 
aduaneiro, fica condicionada à comprovação do pagamento do AFRMM 
(Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) e do ICMS, 
conforme preveem o art. 575 e 576 do R/A. A verificação da regularidade do 
pagamento ou exoneração do AFRMM é realizada mediante consulta 
eletrônica do SISCOMEX ao Mercante (sistema de controle da arrecadação do 
AFRMM). No caso do ICMS, o importador deverá apresentar declaração por 
meio de transação própria do SISCOMEX. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
8. ( – 2014) A fim de determinar o tipo e a amplitude do controle a 
ser efetuado na conferência aduaneira, a legislação determina que serão 
adotados canais de seleção. Pelo canal de conferência cinza, será realizado o 
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exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento 
especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude. 
Comentários: 
Há vários canais de seleção para os quais uma DI pode ser direcionada: canal 
verde, canal amarelo, canal vermelho e canal cinza. No canal cinza, haverá 
exame documental, verificação física e aplicação de procedimento especial de 
controle aduaneiro. Questão correta. 
9. (Analista Tributário RFB – 2012) A conferência aduaneira na 
importação poderá ser realizada na zona primária ou na zona secundária. 
Comentários: 
De fato, a conferência aduaneira poderá ser realizada na zona 
primária ou na zona secundária. Questão correta. 
10. (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser iniciado em 
até 45 (quarenta e cinco) dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto 
alfandegado de zona primária. 
Comentários: 
O despacho de importação deverá ser iniciado dentro de 90 dias da 
descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária. 
Questão errada. 
11. (Analista Tributário RFB – 2012) A verificação de mercadoria, na 
conferência aduaneira ou em outra ocasião, será realizada por 
 do Brasil ou, sob a sua supervisão, por Analista-Tributário, 
na presença do viajante, do importador, do exportador ou de seus 
representantes, podendo ser adotados critérios de seleção e amostragem, de 
conformidade com o estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificação 
deverá ser realizada na presença do importador ou do exportador. 
Comentários: 
Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, é 
dispensada a presença do importador na verificação, podendo esta ser 
realizada na presença do depositário ou de seus prepostos. Questão errada. 
12. (Questão Inédita) A não apresentação de documentos indispensáveis 
ao prosseguimento do despacho, exigidos pela autoridade aduaneira, 
caracteriza a interrupção do despacho. 
Comentários: 
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Essa é uma das hipóteses em que fica configurada a interrupção do 
despacho. A outra situação ocorrerá quando o importador não comparecer 
para assistir à verificação da mercadoria, quando sua presença for obrigatória. 
Questão correta. 
13. (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser realizada em 
até 60 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de 
zona primária. 
Comentários: 
Se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária, o 
prazo para início do despacho é de 90 dias da descarga. Questão errada. 
14. (Questão Inédita) Quando realizada em zona secundária, a conferência 
aduaneira poderá ser realizada em recintos alfandegados, no estabelecimento 
do importador ou, excepcionalmente, em outros locais, independentemente de 
anuência da autoridade aduaneira. 
Comentários: 
Se a conferência aduaneira em zona secundária ocorrer em local que 
não seja um recinto alfandegado ou o estabelecimento do importador, deverá 
haver anuência da autoridade aduaneira. Questão errada.15. (Questão Inédita) A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas 
e de repartições consulares de caráter permanente não poderá se submeter, 
em qualquer situação, à verificação física. 
Comentários: 
A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartições 
consulares de caráter permanente poderá se submeter à verificação física nas 
exceções do art. 567, do R/A. Questão errada. 
16. (Questão Inédita) Após o desembaraço aduaneiro, será autorizada a 
entrega da mercadoria ao importador, mediante a comprovação do pagamento 
do ICMS, salvo disposição em contrário. 
Comentários: 
De fato, a entrega da mercadoria ao importador será feita após o 
desembaraço aduaneiro e mediante comprovação do pagamento do ICMS. 
Questão correta. 
17. (Questão Inédita) Poderá ser desembaraçada mercadoria cuja 
exigência de crédito tributário no curso da conferência aduaneira esteja 
pendente de atendimento, desde que seja prestada garantia. 
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Comentários: 
Se houver prestação de garantia, a mercadoria cuja exigência de 
crédito tributário esteja pendente poderá ser desembaraçada. Questão correta. 
18. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A verificação física poderá 
ser realizada por meio de câmeras ou equipamentos de inspeção não-invasiva. 
Comentários: 
De fato, a verificação física poderá ser feita por meio de registros de 
imagens das mercadorias, obtidos por câmeras ou por meio de equipamentos 
de inspeção não-invasiva. Questão correta. 
19. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Na ausência do importador 
ou de seu representante na data e horário previstos para a conferência, a 
mercadoria depositada em recinto alfandegado poderá ser submetida à 
verificação física na presença do depositário ou de seu preposto. 
Comentários: 
A mercadoria depositada em recinto alfandegada poderá ser objeto 
de verificação física na presença do depositário ou de seu preposto, sendo 
dispensada a presença do importador. Questão correta. 
20. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Permite-se, numa mesma 
Declaração de Importação (DI), o registro de adições de mercadorias vindas do 
exterior juntamente com adições de mercadorias que se encontrem no país 
submetidas a regime aduaneiro especial. 
Comentários: 
Segundo o art. 4º, § 1º, da IN SRF nº 680/2006, não será admitido 
agrupar, em uma mesma DI, mercadoria que proceda do exterior e mercadoria 
que já esteja no País submetida a algum regime aduaneiro especial. Questão 
errada. 
21. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A Declaração de Importação 
(DI), cujo débito automático dos tributos não for aceito pelo banco cadastrado, 
será direcionada para o canal vermelho de conferência aduaneira. 
Comentários: 
O registro da DI somente será efetivado após a confirmação pelo 
banco da aceitação do débito relativo aos tributos, contribuições e direitos 
devidos. Se o débito não for aceito, a DI nem mesmo será registrada. Questão 
errada. 
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22. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A regularidade cadastral do 
importador e o deferimento da Licença de Importação (LI), quando exigível, 
são requisitos para a efetivação do registro da Declaração de Importação (DI). 
Comentários: 
De fato, esses são dois requisitos para a efetivação do registro da DI. 
Questão correta. 
 
2.5- Cancelamento de Declaração de Importação: 
Segundo o art. 577 do R/A, a autoridade aduaneira poderá 
cancelar declaração de importação já registrada, de ofício ou a pedido do 
importador, observadas as condições estabelecidas em ato normativo da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
A IN SRF nº 680/2006 detalha mais as hipóteses em que poderá ser 
autorizado o cancelamento de DI, o qual depende de requerimento 
fundamentado do importador e de autorização do chefe do setor 
responsável pelo despacho aduaneiro. Destaque-se que o cancelamento da 
DI fica condicionado à apresentação da mercadoria para despacho ou 
devolução para o exterior, à exceção dos casos previstos nos incisos I, II e VII 
do art. 63 da IN SRF nº 680/2006 (que são situações em que a mercadoria 
não ingressou no País ou houve duplicação de DI!) 
Art. 63. O cancelamento de DI poderá ser autorizado pelo chefe do 
setor responsável pelo despacho aduaneiro com base em requerimento 
fundamentado do importador, por meio de função própria, no 
Siscomex, quando: 
I - ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou no 
País; 
II - no caso de despacho antecipado, a mercadoria não ingressou no 
País ou tenha sido descarregada em recinto alfandegado diverso 
daquele indicado na DI; 
III - for determinada a devolução da mercadoria ao exterior ou a sua 
destruição, por não atender à legislação de proteção ao meio 
ambiente, saúde ou segurança pública e controles sanitários, 
fitossanitários e zoossanitários; 
IV - a importação não atender aos requisitos para a utilização do tipo 
de declaração registrada e não for possível a sua retificação; 
V - ficar comprovado erro de expedição; 
VI - a declaração for registrada com erro relativamente: 
a) ao número de inscrição do importador no CPF ou no CNPJ, exceto 
quando se tratar de erro de identificação de estabelecimentos da 
mesma empresa, passível de retificação no sistema; ou 
b) à unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro. 
VII - for registrada, equivocadamente, mais de uma DI, para a mesma 
carga; ou 
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VII – for indeferido o requerimento de concessão do regime de 
admissão temporária. 
Nessas mesmas hipóteses acima relacionadas, o chefe do setor 
responsável pelo despacho aduaneiro ou o que presidir o procedimento 
fiscal poderão também cancelar, de ofício, a Declaração de Importação. 
O cancelamento de Declaração de Importação não será 
autorizado quando: i) houver indícios de infração aduaneira, enquanto não 
for concluída a respectiva apuração; ii) se tratar de mercadoria objeto de pena 
de perdimento. 
Por fim, há que se destacar que o cancelamento de Declaração de 
Importação não exime o importador da responsabilidade por eventuais 
infrações. Assim, mesmo havendo o cancelamento de DI, o importador irá 
responder por eventuais infrações por ele cometidas. 
 
2.6- Espécies de Declaração de Importação: 
Segundo o art. 578, do Regulamento Aduaneiro, a Receita Federal do 
Brasil poderá estabelecer procedimentos para simplificação do despacho de 
importação, os quais poderão ser suspensos ou extintos por conveniência 
administrativa. 
Com base nesse comando é que foram criadas outras espécies de 
Declarações de Importação. Com efeito, o despacho de importação poderá ser 
realizado com base em Declaração formulada pelo importador diretamente 
no SISCOMEX ou, então, por meio de Declaração fora do SISCOMEX. Assim, 
por mais estranho que possa parecer, nem sempre o despacho é realizado com 
base em registro no SISCOMEX. 
No SISCOMEX, podem ser registrados dois tipos de Declaração: i) 
a Declaração de Importação (DI) e; ii) a Declaração Simplificada de 
Importação (DSI). 
Há diversos tipos de Declaração de Importação, que serão 
utilizadas conforme a operação que está sendo realizada. Se a 
mercadoria estiver sendo importada a título definitivo, será registrada uma DI 
para consumo. Se a mercadoria estiver ingressando no regime de admissão 
temporária, será registrada uma DI para admissão. 
A Declaração Simplificada de Importação (DSI) Eletrônica 
poderá ser utilizada nos casos previstos no art. 3º da IN SRF nº 611/06. 
Não precisadecorar, afinal é uma lista imensa! É bom que você tenha apenas 
uma noção das situações em que a RFB buscou promover a simplificação do 
despacho. 
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Art. 3o A DSI apresentada de conformidade com o estabelecido no 
caput do art. 2o poderá ser utilizada no despacho aduaneiro de bens: 
I - importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em 
quantidade e freqüência que não caracterize destinação comercial, cujo 
valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados 
Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; 
II - importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, 
cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados 
Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; 
III - recebidos, a título de doação, de governo ou organismo 
estrangeiro por: 
a) órgão ou entidade integrante da administração pública direta, 
autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ou 
b) instituição de assistência social; 
IV - submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses 
previstas na legislação específica; 
V - reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou 
restauração no exterior, em cumprimento do regime de exportação 
temporária; e 
VI - que retornem ao País em virtude de: 
a) não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao 
exterior em consignação; 
b) defeito técnico, para reparo ou substituição; 
c) alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; 
ou 
d) guerra ou calamidade pública; 
VII - contidos em remessa postal internacional cujo valor não 
ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da 
América) ou o equivalente em outra moeda; 
VIII - contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não 
ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da 
América) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa 
de transporte internacional expresso porta a porta, nas seguintes 
situações: 
a) a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas 
hipóteses de que trata o inciso IV deste artigo; 
b) reimportados, nas hipóteses de que trata o inciso V deste artigo; 
c) a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência 
de impostos; ou 
d) destinados a revenda; 
IX - integrantes de bagagem desacompanhada; 
X - importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) com 
os benefícios do Decreto-Lei no 288, de 28 de fevereiro de 1967, 
quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o 
restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil 
dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra 
moeda; 
XI - industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei no 288, 
de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para 
o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mil 
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dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra 
moeda; 
XII - importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área 
incentivada, com os benefícios do Decreto-Lei no 288, de 1967, quando 
submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem 
finalidade comercial; ou 
XIII - importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) 
ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, 
devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou 
freqüência que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 
10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o 
equivalente em outra moeda. 
Perceba, caro amigo, que nas hipóteses relacionadas acima, a DSI é 
registrada diretamente no SISCOMEX. Trata-se, conforme já disse, da DSI-
Eletrônica. Há casos, todavia, em que o despacho de importação é feito sem 
registro no SISCOMEX. São as seguintes situações: 
a) DSI-Formulário: As hipóteses de utilização da DSI-Formulário 
estão relacionadas no art. 4º da IN SRF nº 611/2006. Destaco as importações 
de amostras sem valor comercial e os bens importados por pessoa física, sem 
finalidade comercial, de valor não superior a US$ 500,00. 
b) DIRE (Declaração de Importação de Remessas Expressas): O 
despacho de importação de remessa expressa não é feito no SISCOMEX, mas 
por meio do Sistema REMESSA, por solicitação da empresa de transporte aéreo 
internacional. Entende-se por remessa expressa o documento ou encomenda 
internacional transportada por empresa de transporte expresso internacional, 
por via área, porta a porta. 
c) NTS (Nota de Tributação Simplificada): Aplica-se ao despacho 
aduaneiro de remessa postais internacionais destinadas a pessoas físicas ou 
jurídicas, até US$ 500,00. 
d) Urna Funerária: Segundo o art. 548, do R/A, o despacho de 
importação de urna funerária será realizado em caráter prioritário e 
mediante rito sumário, logo após a sua descarga, com base no respectivo 
conhecimento de carga ou em documento de efeito equivalente. 
 
Para fins de concessão de caráter prioritário e 
rito sumário ao despacho, “urna funerária” 
deve ser entendida como aquela que contém os 
restos mortais do “de cujus”. 
Caso a urna funerária seja uma simples 
mercadoria (não contenha restos mortais!), o 
despacho de importação seguirá os trâmites 
normais. 
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Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
23. ( – 2014) O cancelamento da declaração de importação exime o 
importador da responsabilidade por eventuais infrações. 
Comentários: 
Segundo o art. 577, parágrafo único, do R/A, o cancelamento da DI não 
exime o importador da responsabilidade por eventuais infrações. Questão 
errada. 
24. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) As opções abaixo 
correspondem a despachos de importação, exceto: 
a) Declaração Simplificada de Importação (DSI) em formulário. 
b) Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA). 
c) Nota de Tributação Simplificada (NTS). 
d) Rito Sumário. 
e) Declaração de Importação (DI). 
Comentários: 
Dentre as opções acima relacionadas, somente a DTA não é 
documento relativo ao despacho de importação. A DTA é documento utilizado 
na admissão de bens no regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro, 
sobre o qual estudaremos em aula futura. Logo, a resposta é a letra B. 
25. (Questão Inédita) A autoridade aduaneira poderá cancelar declaração 
de importação já registrada, de ofício ou a pedido do importador, observadas 
as condições estabelecidas em ato normativo da Secretaria da Receita Federal 
do Brasil. O cancelamento da declaração exime o importador da 
responsabilidade por eventuais infrações. 
Comentários: 
O cancelamento da DI não exime o importador da responsabilidade 
por eventuais infrações. Questão errada. 
 
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2.7- Operador Econômico Autorizado: 
Esse tema tem tudo a ver com a facilitação de comércio e a 
desburocratização das operações de comércio exterior. Em resumo, os 
“Operadores Econômicos Autorizados” irão usufruir de diversos benefícios, 
todos eles relacionados à simplificação de procedimentos aduaneiros. Por 
exemplo, uma empresa habilitada como OEA não precisará apresentar garantia 
no regime de trânsito aduaneiro eum pequeno percentual de suas cargas será 
selecionada para conferência aduaneira na exportação. 
Mas o que é, exatamente, um OEA? 
Segundo a IN RFB nº 1598/2015, “entende-se por Operador 
Econômico Autorizado (OEA) o interveniente em operação de comércio exterior 
envolvido na movimentação internacional de mercadorias a qualquer título 
que, mediante o cumprimento voluntário dos critérios de segurança 
aplicados à cadeia logística ou das obrigações tributárias e aduaneiras, 
conforme a modalidade de certificação, demonstre atendimento aos níveis 
de conformidade e confiabilidade exigidos pelo Programa OEA e seja 
certificado nos termos desta Instrução Normativa.” 
E quem pode ser certificado como OEA? 
São passíveis de certificação: i) o importador; ii) exportador; iii) o 
transportador; iv) o agente de carga; v) o depositário de mercadoria sob 
controle aduaneiro; vi) o operador portuário ou aeroportuário; e vii) o 
despachante aduaneiro. 
O Programa OEA tem caráter facultativo, ou seja, os intervenientes 
não são obrigados a ele aderir. Nesse mesmo sentido, a não adesão por parte 
dos intervenientes não implica impedimento ou limitação na atuação do 
interveniente em operações regulares de comércio exterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.8- Fluxograma do Despacho de Importação (Fonte: Site RFB) 
 
!
1) Tudo começa com a fase do controle administrativo, que é prévia ao 
controle aduaneiro. O controle administrativo compete aos órgãos anuentes e 
é realizado por meio do documento denominado “licenciamento de 
importação”. Em regra, as importações brasileiras estão dispensadas de 
licenciamento. O licenciamento de importação deve ser obtido, em regra, 
antes do embarque da mercadoria no exterior. 
2) Uma vez tendo sido licenciada a importação, o transportador embarca a 
mercadoria no exterior, trazendo-a para o Brasil. Ao chegar no Brasil, o 
transportador deverá prestar as informações à RFB. Essas informações 
são prestadas via sistema. No caso de cargas aéreas, é utilizado o módulo do 
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SISCOMEX chamado MANTRA. No caso de cargas marítimas, utiliza-se o 
SISCOMEX Carga. 
3) O depositário deve informar à RFB acerca da disponibilidade da carga 
recolhida sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primária 
ou secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador da 
Carga (NIC). 
4) O importador registra a Declaração de Importação, o que dá início ao 
despacho aduaneiro de importação. No ato do registro da DI, são 
automaticamente debitados os tributos da conta-corrente do importador. O 
registro da DI tem, ainda, o condão de excluir a espontaneidade do sujeito 
passivo. 
5) A Declaração de Importação é parametrizada pelo SISCOMEX, sendo 
direcionada a um de quatro canais possíveis: verde (desembaraço 
automático), amarelo (conferência documental), vermelho (conferência 
documental e verificação física) ou cinza (procedimento de valoração 
aduaneira). 
6) Caso a DI seja encaminhada para os canais amarelo, vermelho ou cinza, 
será feita a conferência aduaneira, a cargo de um Auditor Fiscal RFB ou de 
um Analista Tributário RFB, sob a supervisão de um Auditor Fiscal RFB. 
7) Após concluída a conferência aduaneira, é feito o desembaraço aduaneiro 
e a mercadoria é entregue ao importador mediante comprovação do 
recolhimento do AFRMM e do ICMS. 
 
2.8- Lançamento dos Impostos incidentes sobre a importação: 
Na definição do art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN), 
lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a 
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria 
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo 
e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Trata-se de atividade 
administrativa de natureza vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. No que tange aos tributos federais, compete 
privativamente ao Auditor Fiscal RFB a constituição, mediante lançamento, 
do crédito tributário. 
Conforme estudamos em Direito Tributário, há três modalidades de 
lançamento: i) lançamento por homologação; ii) lançamento por declaração 
e; iii) lançamento de ofício. Nesse momento, nos interessa saber como 
funciona o lançamento dos impostos incidentes sobre a importação. 
Nesse mister, a primeira pergunta que devemos nos fazer é a seguinte: quais 
são os impostos incidentes sobre a importação? 
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Sobre a importação, incide o Imposto de Importação (II), o 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o ICMS. Os dois 
primeiros são impostos de competência da União; o terceiro é de competência 
dos Estados e do Distrito Federal. 
Na importação, os I.I, o IPI e o ICMS, são, em regra, objeto de 
lançamento por homologação. É registrada uma Declaração de 
Importação (DI) pelo importador, por meio da qual este antecipa o 
recolhimento tributário antes de qualquer ação do sujeito ativo. 
 
Pessoal, muito cuidado! 
 
Apesar de termos uma Declaração de Importação (DI), 
o lançamento dos impostos incidentes sobre a 
importação é, em regra, efetuado por homologação 
(e não por declaração!) 
 
Amigos, percebam que eu usei a expressão “em regra” para me 
referir ao fato de que os impostos incidentes sobre a importação são objeto de 
lançamento por homologação. Fiz isso porque há situações em que os 
impostos incidentes sobre a importação são objeto de lançamento de ofício. 
“Como assim, Ricardo? Quando isso ocorre?” 
O lançamento de ofício será efetuado pela autoridade aduaneira 
em diversas situações. Um bom exemplo é o caso da apuração de 
avaria/extravio de mercadoria importada. Se for constatado que uma 
mercadoria for avariada ou extraviada, a autoridade aduaneira procederá ao 
lançamento de ofício, formalizado por meio de auto de infração, com vistas 
a cobrar o crédito tributário do depositário ou do transportador. 4 
O art. 744 do R/A nos revela, ainda, outras possibilidades de 
aplicação do lançamento de ofício. Segundo o referido dispositivo, sempre 
que for apurada infração às normas aduaneiras que implique exigência de 
tributo ou aplicação de penalidade pecuniária, o Auditor-Fiscal da RFB deverá 
efetuar o correspondente lançamento para fins de constituição do crédito 
tributário. Perceba que, como a iniciativa do lançamento é da autoridade 
aduaneira, diz-se que o lançamento é efetuado de ofício. 
 
 
 
 
4
! Nas aulas sobre tributação no comércio exterior, eu comentei que o transportador e o 
depositário são responsáveis pelo imposto de importação. 
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2.9- Importação por conta e ordem e importação por encomenda: 
Esses dois tipos de importação são muito importantes e, embora não 
estejam explícitos no edital, tangenciam vários pontos da nossa disciplina. Daí 
a importância de estudá-los, ok? 
Afinal, o que é uma importação por conta e ordem? E o que é uma 
importação por encomenda? 
De início, é importante destacar que essas duas operações de 
importação estão relacionadas à evolução das práticas do comércio 
internacional, em que as empresas buscam concentrar seus esforços na sua 
atividade principal, terceirizando as atividades de despacho aduaneiro. 
Essa é

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