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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) Sebastião e Marcelo constituíram uma sociedade sem que o documento de constituição tivesse sido levado a registro. Marcelo assumiu uma dívida em seu nome pessoal, mas no interesse da sociedade. Barros é credor de Marcelo pela referida obrigação. Barros poderá provar a existência da sociedade a) de qualquer modo, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo. b) somente por escrito, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo. c) de qualquer modo, e somente os bens particulares de Marcelo respondem pelos atos de gestão por ele praticados. d) somente por escrito, e os bens particulares de Marcelo e Sebastião respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo. Ano: 2019 Banca: Método Soluções Educacionais Órgão: Prefeitura de Arenápolis - MT Prova: Método Soluções Educacionais - 2019 - Prefeitura de Arenápolis - MT - Procurador Jurídico - Advogado Assinale a alternativa incorreta, acerca das Disposições Gerais da Sociedade. a) Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. b) A sociedade adquire personalidade jurídica com a sua composição de fato, e assinatura dos seus atos constitutivos pelos respectivos sócios. c) A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. d) Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. SUBTÍTULO I Da Sociedade Não Personificada CAPÍTULO II Da Sociedade em Conta de Participação - Personagens: a) Sócio ostensivo – efetivamente exerce a atividade b) Sócio participante – apenas participa dos resultados (bons ou ruins) Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. - Responsabilidade: a) Sócio ostensivo – único responsável perante terceiros b) Sócio participante/oculto – só responde perante o sócio ostensivo Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. SUBTÍTULO I Da Sociedade Não Personificada CAPÍTULO II Da Sociedade em Conta de Participação - Constituição da Sociedade Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. - Contrato ainda que registrado NÃO gera personalidade jurídica Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro NÃO confere personalidade jurídica à sociedade. - Caso sócio participante tome parte nas relações com terceiros Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier. - Patrimônio Especial e produção de efeitos Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais. § 1º A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios. - Falência do Sócio Ostensivo = dissolução sociedade § 2º A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário. - Falência do Sócio Participante = consequência prevista em contrato § 3º Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido. - Admissão de novo sócio só com autorização EXPRESSA dos demais. Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais. - Aplicação subsidiária das normas de sociedade simples Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual. Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo. Ano: 2022 Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: FAURGS - 2022 - TJ-RS - Juiz Substituto Em relação às sociedades não personificadas, é correto afirmar que a) são hipóteses de sociedades não personificadas a sociedade em comum, a sociedade em comandita simples e a sociedade em conta de participação. b) a existência da sociedade em comum somente pode ser provada por terceiros por meio de documento escrito. c) os bens e dívidas sociais não constituem patrimônio especial na sociedade em comum. d) o contrato social de uma sociedade em conta de participação pode ser devidamente registrado. O registro, caso realizado, confere personalidade jurídica à sociedade. e) a sociedade em conta de participação é regida, subsidiariamente, pelas regras aplicáveis à sociedade simples. Panorama das Sociedades Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/sitedocente/admin/arquivosUpload/13407/material/Apostila%20Di reito%20Societ%C3%A1rio%20Atualizada.pdf TÍTULO III Do Estabelecimento CAPÍTULO ÚNICO DISPOSIÇÕES GERAIS - Conceito de Estabelecimento Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. - Estabelecimento x Ponto § 1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá ser físico ou virtual. § 2º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for virtual, o endereço informado para fins de registro poderá ser, conforme o caso, o endereço do empresário individual ou de um dos sócios da sociedade empresária. - Horário de Funcionamento Municipalidade § 3º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for físico, a fixação do horário de funcionamento competirá ao Município, observada a regra geral prevista no inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019. Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. Translativos – são aqueles em que há transferência da propriedade como por exemplo: doação, dação em pagamento, alienação do estabelecimento. Constitutivos – são aqueles que não importam na transferência da propriedade, como por exemplo: arrendamento mercantil, contrato de locação, etc... TRESPASSE Temos a alienação do estabelecimento empresarial com a transferência de sua titularidade e todos os seus bens CESSÃO DE COTAS Na cessão de cotas há transferência das cotas (não há mudança de titularidade do estabelecimento, continua a mesma sociedade, porém com novos sócios) - Efeitos dos contratos em relação a terceiros Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. - Efeitos em relação aos credores Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. • O trespasse depende: a) Havendo bens suficientes para saldar seu passivo – apenas a publicação nos órgãos competentes;b) Quando não há bens suficientes – publicação nos órgãos competentes ACRESCIDO do consentimento de todos os credores (em 30 dias da notificação c) Se houver impugnação dos credores – o pagamento de TODOS os credores que impugnaram. • Importância da notificação dos credores A notificação dos credores no caso elencado é fundamental, uma vez que constitui ato de falência a transferência do estabelecimento empresarial sem consentimento dos credores ou sem deixar bens suficientes para solver o seu passivo. Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; - Efeitos do trespasse com relação às obrigações anteriormente assumidas Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. Adquirente/Comprador do Estabelecimento: responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados; Alienante/Vendedor do Estabelecimento – continua solidariamente obrigado pelo prazo de 1 ano, CONTADO: - da publicação: quanto aos créditos vencidos - da data de vencimento: quanto aos vincendos Obs: - repercussão tributária – art. 133, II, CTN c/c Súm 554, STJ - repercussão trabalhista – art. 448 c/c 10 CLT - Cláusula de Não-Concorrência Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. A ratio legis é a preservação da clientela (tutelada por meio da vedação da concorrência desleal). Essa cláusula é implícita e pode ser afastada ou suprimida desde que haja disposição expressa no contrato. - Subrogação do Adquirente nos contratos Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. - Cessão de créditos referentes ao Estabelecimento Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.
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