Buscar

Teorias de RI X Instituições e Tópicos Internacionais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Página1
	Teorias	Instituições de Segurança Coletiva		Instituições de Cooperação Funcional
		ONU	OTAN	OMS	OIT	ACNUR	AIEA	FAO
	Realismo	Os Estados vivem em estado de medo, em busca da própria sobrevivência e da maximização de poder. Logo, a cooperação objetivada pela ONU é inibida pela possibilidade de ganhos-relativos e trapaças. As instituições servem aos interesses dos Estados; do ponto de vista ofensivo, os interesses divergentes limitam a possibilidade de redução de conflitos. A partir de 1980-90, a anarquia é tida como fundamental e existe uma relação mútua entre Estados e Instituições. Questionamentos acerca da autoridade da ONU, o que reforça a ideia realista de que os interesses dos Estados prevalecem	As instituições refletem a distribuição de poder no mundo e a OTAN foi criada com o intuito de conter o expansionismo soviético e os governos autoritários na Europa. Além disso, na reformulação de suas estratégias ainda se defendia os valores (liberalismo e democracia) dos EUA. > Uso da força para alterar o status quo	O dicurso de Alma Ata de 1978 destaca o caráter de responsabilidade internacional dos Estados, o que remete a este como uma instituição político-social que serve ao bem-estar de seus próprios cidadãos. No entanto, a partir de 2000 e o discurso de Okinawa, os Estados perderam sua predominância neste tema. Hoje, uma possibilidade para reverter essa situação é a atuação mais individual de cada Estado.		Necessidade de consolidar o ACNUR como uma organização independente livre da influência dos interesses dos Estados. Não só os Estados tinham impacto na orientação das medidas do ACNUR, por exemplo a preferência pela repatriação nos anos 1980, mas a atuação deles também é necessária para incorporação dos aparatos jurídicos recomendados pelo ACNUR. Porém a exarcebação da soberania dos Estados e de seus nacionalismos podem tornar o problema uma questão de segurança, o que difunde discursos baseados em uma concepção negativa do outro. On the one hand, ignoring the interests of states runs the risk of UNHCR becoming sidelined or irrelevant. On the other hand, adapting its mandate in accordance with the short-term interests of states has risked undermining its moral authority and the humanitarian principles upon which this moral authority is based.
	A renúncia à agressão ou ao armamento nuclear incompreende os interesses dos Estados. Estes buscam maximizar seu poder e o desenvolvimento nuclear está ligado a capacidades internas e de projeção de poder. Os países no topo da ordem internacional são desenvolvedores de tecnologias e armamentos nucleares. Os demais projetos hegemônicos que partem de tais exemplos não contestam a lógica nuclear e defendem a necessidade de alcançarem as potências nesses termos.	Dependência do voluntarismo dos Estados para que a organização seja eficiente em seu escopo.
	Neoliberalismo Institucional	A capacidade da ONU em sistematizar de forma eficiente as normas e os princípios dos tratados internacionais mitiga os efeitos anárquicos de modo a possibilitar ganhos mútuos e evitar danos compartilhados. A possibilidade de desenvolver relações amistosas para evitar conflitos internacionais	As instituições funcionam definindo os sentido e a ação dos Estados, por meio de mecanismos de monitoramento e de alinhamento de expectativas. Diante disso, a OTAN engloba Estados com interesses em comum e deveres compartilhados, como o de defesa mútua. A OTAN pode ser vista como uma aliança para conflitos em segurança, na qual os Estados não impactam sobre as instituições da mesma forma que estas impactam sobre aqueles.	Como não existem tipos puros de instituições, pode-se pensar a OMS como um instrumento de padronização, de inovação e de transformadora de preferências, uma vez que possui a função de criar consensos em torno da governança global para a saúde, de mobilizar a solidariedade global e de gerar relatórios e classificações que, de certa forma, constrangem os países (instituição que prescreve comportamento, constrage ações e modela expectativas). Defesa de Lee por uma atuação mais ativa reflete sobre o desafio das insituições em serem mais autonômas e independentes dos Estados.		A reticência dos Estados na relação com o ACNUR a partir dos anos 80 abarca desafios para a organização, em termos da crise que se instala no século XXI. O aparato jurídico da organização vem se atualizando, mas o impacto que seus ordenamentos têm sobre os Estados não é equivalente à influência destes sobre a organização anteriormente. Atualmente, a atuação individual dos Estados, sobretudo os europeus afetados pela crise de refugiados, e em coalizões podem causar mudanças institucionais na governança global para refugiados.	A possibilidade de usar a organização como um instrumento para alterar as preferências dos Estados e suas escolhas em prol da cooperação, criam uma alternativa ao conflito. Como o desenvolvimento nuclear vai além dos fins militares, a cooperação mostra-se como um processo de negociação, uma vez que os países menos desenvolvidos buscam se inserir nessa esteira por meio de iniciativas como as de energia nuclear.	Desafio à autonomia da organização.
	Construtivismo	O fim da Liga das Nações não alterou o consenso em torno de segurança coletiva, o que pode ser observado pela defesa dos valores liberais em Bretton Woods e todo o sistema que essa conferência criou. A forma como o Construtivismo enxerga a transformação institucional depende de técnicas e articulações políticas (em última instância a guerra). O fato de que instituições minimizam incertezas, dão previsibilidade, confirmam determinadas crenças e impedem descumprimento de compromissos dificulta a tranformação - elas constrangem os Estados em seus objetivos.	As regras de compromisso criam os Tratados, os quais estabelecem parcerias e cada agente assume uma função. No entanto, partindo do princípio da coconstituição, compreende-se a influência dos agentes sobre a estrutura e vice-versa. Além disso, as redefinições estratégicas da OTAN passam pela insatisfação, pela quebra de consenso sobre uma identidade (a própria ou a do outro). Por exemplo, questionamentos com o fim da Guerra Fria sobre os interesses da Europa e dos EUA, tendo em vista o fim do binômio interestatal e uma exacerbação dos conflitos intra. Além disso, a temática do terrorismo e a dicotomização em relação ao Oriente Médio - a identificação com valores ocidentais e de democracia/solidariedade	Os relatórios e as classificações emitidas pela OMS são fontes do poder desta organização. A socialização dos Estados direciona-os à necessidade de governança global para a ciência - o que não é diferente com a saúde.	Dominação da cultura liberal e dos valores ocidentais, devido à interação com a OMC, uma vez que o viés social desfavorece os países de baixo e médio desenvolvimento relativo. Isto é, o protecionismo que dicotomiza a relação entre Norte e Sul é prejudicial às vantagens comparativas dos países periféricos (mão-de-obra barata). Isso pode ser visto como uma patologia das organização, dada a sua deficiência em considerar as diferentes visões de mundo (discriminação por ocupação e modos de produção).	A securitização do tema de refugiados representa um sistema competitivo (se no Construtivismo "Anarchy is what States make of it", nesse a lógica se baseia na identificação negativa com o outro).		A identificação com uma totalidade de questões humanitárias caracteriza um certo universalismo da organização que pode afetar a sua eficiência na relação com o ambiente pela abordagem econômica.
	Multilateralismo Contestado	Constitucionalização global e os custos para saída	Desafio ao CSNU 	Possibilidade de mudança pela maior participação de organizações bottom-up (ONGs); participação de movimentos sociais, cuja fluidez garantem mais igualdade.			Instituição contratual (?): intergovernamental e limitada pela lei	A revisão das agências de cooperação funcional para se adequarem à assistência em situações de emergência é um fortalecimento do regime em complexidade 
	Teoria Pós-HegemônicaAs operações de paz realizadas após a Guerra Fria tinham um caráter ofensivo e impositivo, permitindo o uso de armas pesadas. Isso foi característico das intervenções norte-americanas na época, o que alimenta a discussão de preservação da autonomia e da soberania. Por outro lado, o congelamento das tensões entre EUA e URSS deram um fôlego aos órgãos de segurança da ONU, permitindo que os temas abordados se expandissem e, de certa forma, desafiaram a normativa ocidental até então imposta (Terceiro Mundo assumindo posicionamentos políticos maiores do que nas décadas anteriores)		Path-dependence : por meio de comitês regionais e capacidade de barganha para manter sua autonomia original (subsidiariedade). Maior vinculação com este conceito em Alma Ata, pela participação de mais Estados no contexto de descolonização.	O conceito de subsidiariedade da norma e a capacidade de mobilização nos âmbitos mais micro da sociedade - a força dos sindicatos em termos de governança global para o trabalho e defesa de direitos humanos.	Although the social construction of migration as a security question is contested it results from a powerful political and societal dynamic reifying migration as a force which endangers the good life in west European societies.
		Os efeitos da política "Fome Zero" que partiu do governo Lula, no Brasil, é um exemplo de subsidiariedade da norma, no sentido de que foi criada uma ideia normativa em torno da abordagem ao problema da fome, a qual foi espalhada no âmbito regional.
	Pós-Estruturalismo	A linguagem das RIs permite uma mobilidade entre assuntos, no entanto o que se verifica na realidade é um discurso engessado por um centro de decisão soberano que remete a um posicionamento específico: o neoliberalismo. Nesse sentido, o aspecto meta-disciplinar da teoria que envolve as relações políticas internacionais, muitas vezes, não considera localidades e historicidades. Podemos pensar acerca da imposição de princípios e valores sobre algumas comunidades tribais e tradicionais; ainda que os Direitos Humanos sejam tenham caráter jus cogens, em algumas localidades há obstáculos culturais para sua plena aplicação. Além disso, a soberania dos países pode ser tida como contestada diante da responsabilidade de proteger e prerrogativa de intervenção de alguns países sobre outros, com base na noção teleológica de evolução neoliberal 	Difusão e defesa de valores e interesses ocidentais	A oposição ao capitalismo e a distribuição desigual de recursos (desafio de soberania). O desafio de financiamento foi abordado com a vinculação com a OMC, o que, no entanto, reduz a equidade no debate - as condicionalidade do FMI destaca as diferenças entre países em situação de atraso e países desenvolvidos. (Okinawa, 2000) A possibilidade de atuação dos Estados de maneira mais individualizada pode beneficiá-los no que tange o reconhecimento e o entendimento das especificidades locais. O discurso de Okinawa de 2000 envolve o debate de saúde global em um contexto neoliberal (OMC), o qual reduz a equidade das dicussões, devido a redução de sua abrangência. Esse envolvimento econômico nas questões de saúde traz luz ao debate em termos das desigualdades sociais: os avanços em desenvolvimento econômico e social não necessariamente representa melhoras nas questões de saúde. No entanto, sabemos que a hegemonia neoliberal exclui os diferentes e os contestadores, logo o aumento das desigualdades sociais gera pioras nas questões de saúde		A globalização neoliberal impõe valores culturais, sobretudo ocidentais (europeus e norte-americanos), de modo que não reconhece e corrompe os valores culturais dos outros. Na questão dos refugiados, há uma concepção negativa do outro (risco, perigo).		A fome é um problema que deve ser tratado longe das dicotomias entre rico e pobre, uma vez que assume diferentes faces e afeta todos os países do mundo, independente do nível de desenvolvimento.
	Feminismo	Podemos enxergar as instituições internacionais como mantenedoras da ordem mundial vigente. No entanto, isso significa que há a sustentação e, certamente, a reprodução da desigualdade entre gêneros. Ao mesmo tempo que essa relação participa da estruturação das instituições, as instituições reforçam-nas. 			Omissão de temas como gênero da pauta social da organização - não há uma discussão tão ampla e tão objetiva acerca da igualdade de gênero nas relações e nos direitos trabalhistas. Além disso, existe o tabu da prostituição ser considerada como uma ocupação (princípio de não discriminação por ocupação).
	Pós-Colonialismo	Apesar do princípio de" evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado", pode-se dizer que a ONU prega normativas liberais que dicotomiza os países ricos e os países pobres.			As relações de trabalho em cadeias globais de valor podem ser perversas, uma vez que países do centro costumam explorar a mão-de-obra barata dos países periféricos e, dessa forma, corroborar com o trabalho compulsório e infantil.		A dificuldade de desenvolvimento de tecnologias e armamentos nucleares por parte dos países em desenvolvimento se deve ao fato de que os países desenvolvidos detém o conhecimento. O próprio TNP, devido ao seu tripé constitutivo, é reflexo de uma realidade perversa aos países em desenvolvimento, pois inibe a possibilidade de desenvolverem capacidade nuclear.	A identificação territorial da fome no mundo reforça as ideias normativas dos Estados imperialistas. Existe um preconceito moral que dificulta o diagnóstico e consequentemente a terapêutica deste problema mundial.

Continue navegando