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Resumo OEA, IPEI

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Resumo Ipei 1 – Bloco 2
Organização dos Estados Americanos (Oea)
Antecedentes: criada no fim dos anos 50; muito parecida com a ONU (mesma lógica).
Valores/princípios que regem a OI: Pan-americanismo-> interação entre esses Estados para reforçar as unidades territoriais; Doutrina Monroe-> ideia de afastar a interferência estrangeira no continente (para tanto, é preciso criar um laço regional que garanta o desenvolvimento conjunto desses Estados fora da interferência europeia, mas com uma liderança especifica, EUA). Há, portanto, uma igualdade jurídica e representatividade de todos, mas com uma sobreposição dos valores norte-americanos.
1936-> oficialização do compromisso; declaração de Lima. Solidariedade continental é vista como essencial para o fortalecimento regional (está atrelada a ideia do princípio da segurança coletiva).
1948-> criação da OEA; reproduz muito da lógica, estrutura e valores da ONU. Tratado constitutivo: Carta de Bogotá; definiu deveres, direitos e responsabilidades. Artigo 1-> traz os elementos principais da OI:
· Segurança coletiva (elemento securitário para garantir a estabilidade regional)
· Proteção da democracia representativa (é um valor norte-americano; não existe um conceito único de democracia, apenas interpretações. Também aparece no Mercosul e na CELAC)
· Controle de armas (criada durante a GF; não precisavam de um continente militarizado; era preciso mantar uma única figura de liderança militar, que seriam os EUA.)
Declaração dos Direitos do Homem-> reforça as liberdades individuais e direitos humanos.
Pacto-> define os detalhes do processo decisório
Evolução-> 2 fases->. Até os anos 90 (GF), responde muito a criação de polos, buscava garantir essas alianças regionais em prol da figura Estadunidense (temas como desenvolvimento, pobreza, educação, drogas, não eram privilegiados). Depois dos anos 90, sistema unipolar; a OEA vai buscar ampliar e diversificar a agenda.
Estrutura: 1970-> Protocolo de Buenos Aires (reforma). Mostra o caráter flexível da OEA.
Assembleia Geral: órgão máximo, toma as decisões estratégicas. Ideia de universalidade (assim como todos os outros órgãos dela) e igualde jurídica dos Estados. Aqui que ocorrem as reuniões de cúpulas.
Reunião de Ministros de Relações Exteriores: caráter emergencial; declaração do país que representa na OI.
Conselho Permanente: solução pacifica de controvérsias (oferece bons ofícios e mediação de conflitos)
Conselho Interamericano econômico e social (CIES): com a cara dos EUA; privilegia as questões norte-americanas e não latinas. 
Conselho Interamericano de Educação, Ciência e Cultura (CIES): Visa reforçar a ideia de uma identidade cultural regional
Comissão Jurídica Interamericana (CIJ): elabora pareceres sobre normas do direito internacional (não julga, não é corte; é a partir desses pareceres que sabemos as opiniões da OEA acerca dos assuntos).
Comissão Interamericana dos direitos humanos (CIDH)-> ABERTA AOS Estados e a sociedade civil; recebe e analisa casos de violação dos direitos humanos (não julga, não é corte)
Corte interamericana de direitos humanos: julga casos; é aberta aos Estados e a CIDH.
Secretariado: estrutura de funcionários
Membros: em teoria, 35, na pratica, 34 (Cuba, suspensa em 68-comunismo no quintal dos EUA; “não cumpre os pilares da OEA” - 2009 é revogada a suspensão, mas depende da vontade individual, e Cuba não quis).
TIAR-> Tratado interamericano de assistência reciproca. 1947: aliança militar entre os países; concretiza o princípio de segurança coletiva. 19 opções para solução de controvérsias. Primeira: mecanismo regional-> se a OEA for incapaz, a questão é levada para a ONU. Evita que as questões no quintal dos EUA caiam nas mãos do CS (china e Rússia).
“Paz por todos os meios possíveis” -> apesar disso, TIAR condena o uso da força.
A questão democrática (artigo 2 da Carta). 1980-> protocolo de Cartagena (traz novos objetivos para a OEA; novas demandas, como a defesa da democracia). 1991-> Compromisso de Santiago; Res 1080: rupturas democráticas levam a suspensão dos países (já existia essa ideia- ex: Cuba-, mas aqui é formalizado).
1994-> primeira cúpula das Américas-> reforço da ideia democrática; cria uma relação entre democracia e estabilidade (pautadas nos valores norte-americanos). Defesa da democracia exige compromisso coletivo (não ser democrático permite o uso de sanções).
2001-> Carta democrática: reafirma o compromisso de defesa coletiva da democracia. “Exercício efetivo” -> democracia não é só eleição, é preciso colocá-lo de fato em prática. Artigos 3 e 4: definiu os parâmetros para um regime democrático (nem sempre o povo sabe fazer as escolhas certa; até então era apenas uma valorização da democracia)
Unasul (União das Nações da América do Sul)
Anos 2000-> surgimento de novas organizações regionais, mas com perfis renovados e propostas diferentes: eles não buscam reproduzir na periferia os modelos do centro.
Antecedentes: 
Pan-americanismo: ideia de que é preciso haver uma cooperação entre os Estados, mas com uma estrutura diferente da OEA. Vai privilegiar assuntos/elementos específicos da região (Simon Bolivar; visam uma autonomia nacional, mas primeiro é necessária uma integração regional)
2001-> 11/9; nova prioridade do governo EUA: terrorismo. Até então, os EUA davam prioridade a questão da bipolaridade da GF. Agora, não. Vai atrelar os demais assuntos a esse (Ex: combate ao tráfico de droga como se estivesse ligado ao terrorismo). Entretanto, vai gerar um vácuo de poder na questão securitária em relação aos EUA (não vai focar tanto na américa latina) = maior protagonismo dos países latino americanos.
Anos 90-> surgimento das ideias da UNASUL; mas eram pautadas no liberalismo; vai ser reformada na próxima década
Anos 2000-> ascensão governos de esquerda na América do Sul (+ afastamento dos EUA) = surgimento de novas OIs com ideias e valores diferentes
Novas Ameaças-> são conflitos intragovernamentais e que ocorrem por causa da falta de desenvolvimento econômico, pobreza-> “Paz ampliada”: vai além das questões securitárias (desenvolvimento socioeconômico)
2004->Comunidade das Nações Sul-Americanas (CASA)
2007-> UNASUL
2008-> assembleia do tratado constitutivo (2011); Sede: Quito, Equador; Membros> 12 estados sul-americanos
Missão: construir um espaço de integração cultural, econômica, social e política (a OI enxerga que há uma identidade comum que precisa ser destacados; somos, antes de tudo, sul-americanos; integração respeitando, sempre, a realidade de cada Estado; há, portanto, um reforço da ideia de individualidade nacional) -> contraposição com os valores norte-americanos da OEA, pois há um respeito a soberania
Ênfase na questão do desenvolvimento (não so econômico, mas também político, cultural e social)
Ponto de partida: integração de infra-estrutura. A Unasul tem que ser capaz de representar esses Estados no SI; ele deve projetar a região na comunidade internacional.
Fundamentos: respeito a soberania (os membros são igualmente importantes; critica a OEA); democracia (igual a OEA, mas em resposta aos regimes militares que era algo em comum a esses Estados; é a defesa de uma democracia que valorizaria a integração e não a democracia representativa nos moldes da OEA; superação da assimetria.
Estrutura: Conselho de Chefes de Estado e de Governo: é uma cúpula com o objetivo de fazer o planejamento estratégico (reunião anual); Conselho dos MRE: reunião semestral; Conselho de Delegados: diplomatas que estão dedicados à negociação; Secretariado com SG; Presidência pro temporal (passa de um membro para outro); Parlamento: ideia de se discutir os problemas regionais em um órgão legislativo; Bando do Sul: 2014, objetivo é financiar projetos de infraestrutura; 12 conselhos setoriais: estruturas temáticas, 2 merecem destaque:
a. Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS): cria políticas comuns de defesa para a região. Na OEA, os EUA lideravam isso, concentrava nele a capacidade de defesa da região. 3 objetivos: elaborar uma política comum de defesa em comum, exercícios militaresem conjunto (ideia de promover a transferência de tecnologia e conhecimento entre os países) e criação de um pensamento em comum em defesa a partir da ótica de pensadores regionais. Era a forma de colocar em pratica a política em comum.
b. Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN): UNASUL, a autonomia vem da integração regional; é preciso interligar os Estados fisicamente, além da questão econômica, financeira. Objetivo: máxima integração em infraestrutura.
*2000: iniciativa para a integração de infraestrutura regional sul-americana (IIRSA; contexto de ascensão da esquerda e o objetivo era de garantir a integração regional; vai ser icluída no Conselho. Objetivo> integração em infraestrutura).
*Questão democrática: tema comum nas Organizações da AL; a forma que é interpretada é diferente. Tratado Constitutivo: menção à questão democrática, mas o respeito a soberania nacional também. OEA-> valoriza as práticas democráticas e as democracias representativas.  Na UNASUL acredita-se que apresar de ser democrático ser importante, não existe uma base democrática que seja certa e igual para todos. A soberania é indispensável.
*2014-> protocolo adicional sobre o compromisso com a democracia. Rupturas democráticas levam a sanções = suspenção do membro. UNASUL pode mediar casos internos e externos. 
*Episódios: 2008 crise Bolívia-> Evo Morales faz uma proposta as indústrias de energia seriam nacionalizadas para garantir a soberania nacional; forças internas se levantaram contra o Estado e o caso é levado para a UNASUL-> chama as duas partes e consegue resolver a questão. É um exemplo de conflito interno resolvido pacificamente. 2015 crise fronteiriça Colombia e Venezuela. Venezuela fecha as fronteiras e deportas vários colombianos. A UNASUL consegue estabilizar o conflito. Exemplo de conflito interno resolvido pacificamente. 
Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)-> arranjo regional
Antecedentes: muito em comum com a UNASUL; Grupo do Rio (1986)-> objetivo de ser um fórum de consulta entre os líderes; contexto de crise da dívida; seria um fórum mais voltada para as questões econômicas e com 23 membros.
Anos 90-> blocos regionais em prol da liberalização. Anos 2000-> ascensão dos governos de esquerda; era preciso ver aonde eles poderiam agir em conjunto para se tornarem eficazes.
2008-> cúpula da América Latina e Caribe (CALC)-> reunião entre líderes para identificar questões comuns. 2011-> criação CELAC. 2 países tem um protagonismo importante: Brasil e México (vai consolidar a liderança regional desses países).
Membros> 33 paises (falta EUA e Canadá, mas não são atores regionais). Cuba participa ativamente.
Estrutura (não tem secretariado, personalidade juridica, tratado, etc). É um acordo informal.
1. Reunião de chefes de Estado;
2. Reunião de ministros de RE (como colocar em pratica e como agir em conjunto a partir das estratégias discutidas);
3. Presidência (similar a um secretariado);
4. Conjuntos Nacionais
Características:
Princípios fundamentais: respeito à soberania (antes de tudo fala-se nessa soberania, estamos juntas, mas não infringimos a unidade de cada Estado); respeito aos direitos humanos; respeito a autodeterminação dos povos; valorização da democracia; não uso da força; valorização da solução pacifica de controvérsias.
A CELAC é um fórum de consulta (informal); não tem prédio, secretariado, tratato. Há uma ênfase na questão política e em estabelecer mecanismos de aproximação. O Objetivo é fortalecer uma identidade em comum (diálogo). Desse modo, a CELAC, nos fóruns internacionais, consegue desempenhar o papel de representação coletiva desses países. Maior obstáculo é criar uma agenda em comum (colocar os interesses coletivos em cima dos interesses nacionais). É necessário superar a desintegração latino-americana. É um novo paradigma de “desenvolvimento”.
Negociação com atores externos: Fórum EU-Cuba-> 1999(início da aproximação, mas CELAC não existia ainda). É um arranjo entre regiões (algo novo) do POV coletivo. Ênfase na cooperação comercial e econômica. Outras questões: gênero, direitos humanos, terrorismo. Na visão da EU a Al e o Caribe trazem muitos benefícios à Europa (energia). A CELAC, por sua vez, ganhar investimento e há uma diversidade de parceiros. Fórum China-CELAC-> 2015; parte de uma aproximação bilateral entre os dois; ideia de facilitar o IDE chinês. É um exemplo de tentativa de aproximação entre a CELAC com um importante player com vistas a diminuir a tradicional dependência com as nações da região.
UNASUL X CELAC: sobreposição de funções é um problema? SIM (como acontece com a ONU e as Agências e fundos) e NÃO (na Ásia, a existência de mais de uma instituição não é problema); nesse caso não é um problema pois a CELAC fortalece a aproximação.
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)
Criado em um período especifico. Antecedentes: final da segunda guerra mundial; Europa arrasada (tanto militarmente como securitamente). Solução: plano Marshall (objetivo era reestruturar o continente europeu). Europa era, até então, concorrente direta com os EUA. Agora era a chance dela projetar sua influência no continente (não era mais uma unidade territorial fortalecida). O plano não levava em consideração a questão militar; baseava-se na desmilitarização. A OTAN vai preencher esse vácuo e para dar conta dessa relação de poder entre EUA e Europa.
Guerra fria-> era preciso conter o avanço comunista (tempos de crise permitiam o surgimento de extremosa).
1949-> criação da OTAN: Tratado de Washington; reproduz a ideia de segurança coletiva no âmbito regional. Artigo 5-> justifica uma ação ofensiva coletiva (Aliança militar). Não foi acionada na guerra fria. Mecanismo de cooperação e consultas nas áreas de defesa e segurança. Decisões consensuais. 
Corrida armamentista-> Europa não consegue alcançar o nível dos EUA (há uma estrutura assimétrica).
Braço diplomático (aqui que decide a estratégia) -> Conselho do atlântico norte-> órgão legislativo; delegações dos Estados membros. Elaboram estratégia de ação. Grupo de planejamento nuclear: dedicação exclusiva ao tema nuclear (pós ataque japonês; o objetivo era conseguir uma europa com bombas atômicas). São os diplomatas que fazem parte. Presença de comitês e departamentos.
Braço Militar (aqui decide como colocar em prática as estratégias discutidas)-> ministros de defesa e consultores militares. O objetivo é fazer o planejamento e execução das ações militares (treinamento, tropas, etc). 
Membros: 28. América do Norte + Europa (não todos). Tem a Turquia, entretanto, que é um local estratégico (fronteira entre o oriente médio e a Europa).
Processo de alargamento: principalmente em direção ao leste europeu, até chegar na fronteira russa (agora só falta a ucrânia e a Georgia).
Quem pode participar? Qualquer europeu que respeite os requisitos (liberdade, direitos humanos e democracia). 
Evolução: 1949-> objetivo era se unir contra o inimigo em comum (comunismo). Era preciso contê-lo sem que fosse preciso remilitarizar a Europa.
1950-1990-> período de congelamento. O mecanismo de segurança coletiva não é acionado (era preciso evitar a guerra a todo custo). Mas, ao mesmo tempo, é isso que vai garantir a estabilidade: ideia de que o outro lado não vai querer conflito devido a existência de uma ameaça crível (mera existência da OTAN obriga os inimigos a pensarem 2x).
1989-1991-> fim URSS, mas a OTAN não acaba. Era preciso repensar sua existência e o seu papel. Os EUA não estavam dispostos a abrir mão da Europa.
1991-> Concerto Estratégico (definiu as novas prioridades). Principais: Parceria para a Paz-> era preciso criar mecanismo de diálogo com os novos Estados nacionais, para garantir seu pleno desenvolvimento (canal de diálogo com a Europa Oriental; não é uma associação formal). Segurança ampliada: definição de valores que vão sustentar a nova ordem (não existe mais uma ofensa, mas era preciso continuar com a OTAN para garantir a estabilidade internacional).
Cooperação como base para a estabilidade;uso da força vai ser exclusivo para os casos de auto-defesa (é preciso uma ameaça real).
Anos 90-> ordem é unipolar. Não tem como saber como será a ordem internacional. Mudança na natureza dos conflitos e introdução de atores transnacionais-> não era possível prever isso nesse momento. O conceito vai ser, portanto, um texto extremamente lacunar.
Caso da Bósnia-> Servos x bósnios muçulmanos; não há movimento de um Estado, a OTAN não consegue intervir. 1999-> reestruturação do Concerto estratégico para preencher as lacunas. OTAN passa a oferecer proteção ampla aos membros. Uso da força não é exclusivo para a auto-defesa. Deve ser usado para garantir a estabilidade do continente (tanto conflitos civis como interestatais).
2001-> novo desafio: terrorismo (questiona todas as bases da ordem. Quem são os terroristas? Forças transnacionais) 11 de setembro cria a oportunidade que a OTAN queria para legitimar sua presença e ampliar sua atuação. Ativa o artigo quinto-> Segurança coletiva (primeira vez). Terrorismo é a nova razão da OTAN (substitui o comunismo). Oriente Médio vai ser o novo foco; criação de uma série de missões na região.
2010-> ascensão de países emergentes (China e Rússia, principalmente). Falha na contenção do terrorismo.
Novo Concerto Estratégico: “engajamento ativo, defesa moderna” -> preciso de armas e treinamento; a estabilidade depende disso agora. OTAN vai passar a atuar antes e depois do conflito (administração da crise e reconstrução pós-conflito). Ampliação do escopo de atuação.
Reforço da parceria da OTAN com outras OIs, como a ONU e a União Africana. Assim a OTAN pode se mobilizar em outros países fora da Europa.
Otan e Rússia
Relação bilateral: anos 1990-2000 (marcado por uma aproximação). Nesse período, a Rússia estava se reestruturando do fim da URSS.
1994-> parceria para a Paz: Rússia adere a proposta de diálogo; esperava um tratamento diferenciado, o que não acontece.
1997-> OTAN e Rússia estabelecem compromisso de cooperação. Eles precisavam uma da outra para conter os conflitos da região, formalizando a aproximação.
2002-> Conselho OTAN-Rússia; formaliza o diálogo.
2008-> suspensão do Conselho; Rússia acusa a OTAN de fomentar o conflito da Georgia; ponto de instabilidade. 2014-> retomada das reuniões. 
Alargamento pós guerra fria: associação dos países ex-URSS com a OTAN (Rússia olha para isso com desconfiança; vai passar a se isolar, o que contribuirá para a aproximação China e Rússia).
Parceria com a Rússia é positiva? EUA: pró-> temem a aproximação com a China; contra-> é possível enfraquecer ele por meio do afastamento (entretanto, os pró também são a favor do enfraquecimento russo).
Alemanha: pró-> dependem do gás russo; não dá para virar as costas para isso. Contra/pró-europeu-> é preciso fortalecer os laços com a Europa e se afastar da Rússia para acabar com a dependência.
EU: admitem a importância do gás russo; precisamos tolerar a Rússia. Querem diminuir a dependência por meio do investimento em energias alternativas e busca de novos parceiros, como a Ásia central, por exe.
Rússia: não gostam da OTAN, mas são pragmáticos. Ainda assim, precisamos discutir/dialogar com eles.
*2000-2016-> 2005-2005: Rússia acusa a OTAN de provocar instabilidades na ucrânia e na Geórgia. Política de gasodutos: 2009-> EUA (OBAMA), precisamos voltar a dar atenção a Ásia. 2011-> questão da Líbia. 2015-> questão da síria; Rússia e china: precisamos fortalecer o Estado; EUA: precisamos enfraquecer o Estado.
2016-> novo item na agenda da OTAN; ataque cibernético da Rússia? Cibercrime. Escudo anti-missel (já existia na Turquia e na Europa; agora declaram um ativo na Romênia).
Atualmente: nenhum dos dois se gostam, mas sabem que precisam se tolerar.
Caso da Ucrânia
Evolução da crise: 2013-> presidente Yanukovych (pró-Rússia), vai tentar estreitar as relações com a Rússia = acordos de cooperação, mas isso vai desagradar a parte ucraniana pró-europeia, estimulando a formação de levantes contra o presidente.
Jan/2014-> parlamento ucraniano passa leis para restringir o movimento opositor; fev/2014-> oposição ocupa o parlamento e tomar o poder
Crimeia-> referendo decide pela reanexarão da Crimeia. Abril/2014-> luikanks e donets (2 cidades mais industrializadas da Ucrânia) aderem ao movimento pró-Rússia e organizam levantes.
Maio/2014-> MH17 é derrubado em território uraniano e a Rússia é acusada. Set/2014-> MINSKI; cessar fogo entre as partes, mas vai ser desobedecido = retorno do conflito.
Fev/2015-> MINKSII: não acordo de cessar fogo; propõe novas eleições
Eleição de um novo presidente pró-europeu (leste europeu é deixado em segundo plano). Rússia não aceita; quer novas eleições que tenham participação do leste europeu.
Outubro de 2015-> Ucrânia é eleita membro rotativo do CS (muito importante pois é a visão ucraniana dentro do CS)
União Africana (Ua)
Organização que se assemelha muito com a ONU, principalmente nas questões do desenvolvimento e do uso da força. Na questão da democracia se assemelha as outras organizações regionais.
Foi criada em 1963; fortemente marcada pelo viés anticolonialista (foi a década de independências das colônias africanas). Há também o pan-africanismo (fortalecimento da identidade cultural e social, pois entendia-se que os países africanos só conseguiriam se inserir no SI tardiamente se juntos). Entretanto era preciso superar as diferenças entre os países.
1991-> seguindo as tendências de regionalismo da década e o modelo de estruturação dos blocos de então (aproximação econômica), surge o Tratado de Albuja-> criação de uma Comunidade Econômica Africana. Entretanto, haviam outros desafios para além da questão econômica. 1999-> cúpula da unidade africana, enfrentando a presença da ONU (representa uma unidade estrangeira, contra o caráter anticolonialista). 2000-> assina-se o Tratado Constitutivo da UA. 2002-> criação oficial da OI.
Objetivos: manter os antigos objetivos e ampliá-los para a área de segurança, entretanto, mantendo a ênfase no desenvolvimentismo econômico (há também a questão da integridade territorial e soberania regionais).
Membros-> 54.
Estrutura: assembleia-> revisão da cúpula, é aqui que se define o direcionamento e estratégias da organização; parlamento pan-africano-> responsável por votar e criar legislações, cria-se politicas publicas comuns. Caráter atual consultivo, mas o objetivo é que ele evolua para pleno funcionamento (politicas publicas continentais); Conselho de paz e segurança-> responsável pela prevenção, gestão e reconstrução de situações de conflito; painel de sábios-> 5 figuras de destaque no continente que vão aconselhar as demais estruturas, mas principalmente o conselho de paz e segurança; comissão da UA-> secretariado, composto em sua maioria por pessoas indicadas pelos Estados (manutenção da ideia de representação nacional).
Uso da força-> previsto no artigo 4; prevenção e contenção de conflitos. Pode intervir em dois casos sem consentimento das partes:
1. Crimes de guerra, genocídios, crimes contra a humanidade;
2. Solicitação do estado.
Intervenção está ligada a ideia de defesa continental: estabilidade de cada Estado e preocupação regional.
Outro conceito importante do Conselho da UA é a Segurança Humana, que defende a ideia de paz ampliada (envolve o desenvolvimento econômico e proteção dos direitos humanos). É o conselho, portanto, que planejas as ações, enquanto a assembleia decide se a força será usada ou não. Possui 15 membros, sem veto e há a busca pelo consenso. O seu objetivo é prevenir crises, desdobrar missões, planejar reconstruções pôs-conflitos. Tem parcerias com outras OI’s, como a OTAN e ONU.
Dentro do conselho estão, também, outras duas estruturas:
1. Sistema continental de alerta antecipado (unidades regionais de monitoramento e prevenção de conflitos)
2. Força de reserva africana (contingente militar de desdobramento rápido com contribuição dos membros).
Questão democrática-> 2000: declaração de Lomé, buscou promover a democracia e defende-la, a partir da prevenção de conflitos: estabelece sanções aos membrosque passam por rupturas democráticas.
Desafios: orçamento-> manter a contribuição dos membros (economias fracas); consolidar o projeto de integração econômica; consolidação das fronteiras; consolidação democrática (rupturas levam ao uso da força); desenvolvimento regional (garantir igualdade); representatividade internacional (representação coletiva e individual).
Organização da cooperação de Xangai (Ocx)
Antecedentes: durante a guerra fria era uma região extremamente militarizada (do POV capitalista, era o cordão de barragem do comunismo; região estratégica). Pós guerra fria vai ter uma preocupação em desmilitarizar a região; só assim seria possível permitir o desenvolvimento econômico (era preciso reconstruir as instituições políticas).
1995-> (medo da volta da guerra fria) 5 de Xangai; China, Cazaquistão, Rússia, Quirquistão e Tadjiquistão. Objetivo: desmilitarização e estabilizar a região; mas não envolvia grandes atores; não tinha tanta relevância apesar de ser uma parceria importante (a década de 90, a china ainda não era um grande player global; ela estava dando início ao seu crescimento)
2001-> criação da OCX. Entrada do Uzbequistão; deixa de ser uma mera aliança e se institucionaliza.
2002-> carta da OCX (2004). Objetivos: estreitar os laços de amizade (faltava a ideia de aliança entre eles, apesar da proximidade), estabelecer canais de comunicação reais, estabilização regional (que era necessário para garantir o desenvolvimento econômico; além disso havia o medo em relação ao terrorismo).
Valores: confiança mutua (para favorecer o ambiente de cooperação), respeito à soberania (diferente da defesa a democracia que prevalece nas org. do ocidente; antes de tudo somos unidades soberanas), respeito a diversidade, não-alinhamento (a OCX é criada na fronteira com OTAN; é como se fosse uma bandeira branca para o mundo. “Não somos uma ameaça ao mundo/não temos um discurso anti-ocidental)
Membros: 5 de Xangai + Uzbequistão. Observadores: Afeganistão, irã, índia, Mongólia e Paquistão (assim fecham a Ásia sem a presença de nenhuma potência ocidental). É uma associação restrita aos membros regionais (EUA fica de fora)
Estrutura: conselhos hierárquicos; secretariado
Características: a partir de 2004 (invasão Iraque), há uma ampliação do mandato (destaque as questões terroristas)
Cooperação militar (não é uma aliança militar, mas tratam de temas securitários e ampliação da influência da OTAN até a fronteira russa); é uma cooperação para debate, não para ação. Convenção 2209-> diretrizes de combate ao terrorismo; heranças não-convencionais (crime organizado e tráfico).
3 males-> terrorismo, extremismo e separatismo-> são definidos como ameaças a estabilidade da região; são os pilares para ação.
Questão energética-> 20% dos recursos mundiais de petróleo e 50% das reservas mundiais de gás.
2007-> clube da energia; (investimentos e trocas comerciais) Rússia, china, Cazaquistão, Uzbequistão (são produtores) e Índia (consumidora). Objetivo é a criação de uma nova política energética comum.
Cooperação internacional-> ONU e ASEAN (grande bloco asiático sem a presença do ocidente; é uma representatividade regional estratégica muito importante)
Economia (não estava previsto, mas vão ser criados vários acordos bilaterais); proposta de um banco de desenvolvimento (importante na questão de desenvolvimento de infraestrutura), nova roda da seda (ligação entre china, Ásia central, Rússia e a parte ocidental da Europa= EUA fica de fora).
Principal dificuldade: equilibrar relação China e Rússia; não são parceiras naturais; desde a guerra fria tem problemas na relação. Nenhum dos dois quer ver o outro fortalecido.
Interesses comuns: estabilidade regional e evitar o avanço ocidental
Interesses particulares: china-> Ásia central é fornecedora de recursos energéticos (China quer essa garantia), reserva de mercado, evitar instabilidade em Xinyang. Rússia-> retomar projeção sobre ex-URSS, política energética comum (Ásia central é competição para a Rússia) e evitar o separatismo na Chechênia.
DIFERENÇA OTAN E OCX: OTAN é um mecanismo de segurança coletiva e a OCX não é. Valores ocidentais x valores orientais. A OCX trata de questões econômicas e sociais, enquanto a OTAN não. O elemento igual é a questão do terrorismo (mesmo inimigo).
Asean
Antecedentes: guerra fria, o sudeste asiático temia ser ocupado por m dos blocos; preocupação em garantir a integração regional, principalmente diante do que aconteceu com o Vietnã. 
1955-> conferencia de Bandung; nenhum dos estados da região seria influenciado pelos blocos; é uma região que já foi historicamente ocupada. A questão da autonomia é muito importante.
1987-> criação da ASEAN. Fórum de cooperação e não uma OI efetiva. Inicialmente contava com 5 países e o objetivo era aproximar os países da região e afastar a influência externa; é um mecanismo informal ainda.
Declaração de Bangkok (ainda não era um tratado constitutivo; apenas lista princípios para cooperação entre os membros)
Membros: hoje 10 (5 originários + indonésia, Malásia, Cingapura, Tailândia e Filipinas) +5 associados (membros posteriores)
Criação de mecanismos formais de parcerias para aproximar a ASEAN dos Estados importantes: ASEAN + China-> tratam de temas securitários e políticas de cooperação (principalmente). Final da década de 90 o sudeste asiático já se destacava economicamente (novos tigres asiáticos), é uma forma de facilitar o diálogo com a China;
ASEAN +3-> China, Japão e Coreia do Sul. Tratam, principalmente, de questões econômicas. Essas parcerias não têm objetivos fixos; há uma diversidade de temas e falta de modelos comuns. 
Evolução da OI: até os anos 90 era pouco institucionalizada e atribuía ênfase ao conceito de confiança mutua. 1997-> ponto de inflexão: situação econômica (crise asiática-instabilidade da moeda que contamina os demais países de maneira rápida até mesmo o ocidente). OS países asiáticos esperavam recorrer ao FMI, mas a ajuda recebida não foi a esperada, e os EUA e Europa também não ajudam. Porque? Nessa época a potência regional e que podia representar uma ameaça era o Japão. A ASEAN percebe que não pode depender do Ocidente. Percebem que precisam fortalecer os mecanismos regionais.
A partir daqui a China vai iniciar o processo de substituição do Japão; vai se tornar o novo player da região. 
Anos 2000-> esforço para institucionalizar
2003-> comunidade ASEAN (identidade comum). 3 pilares: economia, social-cultural e segurança-> iniciativa para consolidar a estrutura e transformá-la em uma OI
2007-> Carta da ASEAN; tratado constitutivo (criação da relação de direitos e deveres).
A ASEAN promoveu a cooperação por 40 anos sem ter toda a estrutura de OI -> característica comum das OI orientais
Estrutura: ASEAN Summit: cúpula de chefes de estado e governo (elabora estratégias para a OI)
Conselho de Coordenação: ministros de relações exteriores
Conselho da comunidade: reuniões que vão tratar dos pilares
Órgãos ministrais: temáticas e tratam de temas específicos
Secretariado
ASEN Way-> mecanismos adaptados. Tomada de decisão-> precisamos de consultar frequentes antes de decidir, mecanismo de solução de controvérsias não garante a confiança (estabelece ganhadores e perdedores). Sem votação, decidem por consenso. Baseiam-se em princípios e valores típicos do regionalismo asiático.
Influências: 1976-> tratado de amizade e cooperação: define um compromisso entre os signatários para estimular a cooperação regional (ideia de que antes de tudo, nós concordamos em cooperar).
Cinco princípios de coexistência pacifica
1. Respeito a soberania e integridade nacional (diferente das OI ocidentais) não tem uma clausula democrática que levante o uso da força; isso não é levado em consideração.
2. Não-agressão; buscam a negociação antes de tudo
3. Ideia de igualdade e benéfico mutuo-> sem votação ou peso de voto diferente; tudo por consenso; não existem decisões que vão prejudicar outros Estados. Não há decisões certas e erradas. As decisões demoram muito mais para serem feitas, mas são muito mais consolidadase dificilmente são contestadas.
4. Não-interferência em questões internas; não discutem as questões internas dos membros.
5. Coexistência pacifica-> valorização da diversidade (outro ponto diferente do ocidente).
ASEAN Regional Fórum (ARF)
Foi criado em 1994 (não é um mecanismo de segurança coletiva), com o objetivo de engajar fatos aos interessados na segurança asiática em mecanismo de cooperação. É baseado na confiança mútua e na solução pacífica de controvérsias.
Ademais, a ARF funciona a partir dos princípios do ASEAN way: consenso, consultas, benefícios mútuos... Tudo para tentar aproximar as diferenças entre as visões de defesa
Membros: ASEAN, EUA, CAN, Coréia do Sul, CHN, AUS, Paquistão, IND, Nova Zelândia, Bangladesh, Siri Lanka, UE, Mongólia.

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