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Seminários sobre PEB e Meio Ambiente

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Universidade Federal de Uberlândia
Instituto de Economia e Relações Internacionais
Curso de Graduação em Relações Internacionais
Disciplina Política Externa Brasileira II
Prof. Augusto Veloso
Aluna: Beatriz Guilherme Carvalho
Nº Matrícula: 11711RIT006
Resenha Crítica:
Seminários sobre PEB e Meio Ambiente
Em ambas as apresentações sobre a Política Externa Brasileira em relação à agenda ambiental trouxe para a frente da discussão as ações do governo Bolsonaro. Apesar de haver uma continuidade com a política do governo Temer, fica claro que atualmente existe um maior descaso com a pauta ambiental em oposição ao interesse da burguesia ligada ao agronegócio. Anteriormente, havia uma postura de apaziguamento entre o interesse econômico e a preservação ambiental. Contudo, o governo Bolsonaro enfatiza o papel do “super-Ministério” da Economia, de maneira que a agenda ambiental é deixada de lado.
Em dois anos de governo, dois eventos evidenciaram a postura brasileira em relação à pauta de preservação do meio ambiente. O tratamento do governo Bolsonaro às queimadas na Amazônia e no Pantanal, em 2019 e 2020, foram insuficientes aos olhos da comunidade internacional. Isso, aliado ao nível progressivo de desmatamento desde o início de seu mandato, coloca Bolsonaro como um dos principais rivais dos movimentos ambientais no mundo todo. Ao lado dele, estaria Donald Trump, de quem o líder brasileiro compartilha uma visão negacionista acerca das ameaças à natureza e ao clima.
Por outro lado, contra Bolsonaro não estão somente os grupos e movimentos ligados à causa ambiental, mas também alguns países europeus, dentre os quais merecem destaque França e Noruega. Este é historicamente o principal doador do Fundo Amazônia, criado em 2008, com o intuito de promover ações de combate ao desmatamento na região. No entanto, como a arrecadação dos fundos se dá mediante a evidência de redução nos níveis de desmatamento, o aumento nos últimos anos resultou num posicionamento rígido por parte da Noruega com relação à política ambiental brasileira.
A França, por sua vez, foi crítica acerca dos acontecimentos de 2019, ameaçando não concluir o acordo entre União Europeia e Mercosul, caso a política brasileira não mudasse. Para piorar, a postura de Bolsonaro acabou por gerar uma crise diplomática com os franceses, a qual o Itamaraty tentou resolver alegando ser uma questão de manutenção da soberania brasileira. Isso nos traz à discussão acerca do princípio de não-intervenção e não-ingerência em assuntos domésticos por atores externos, sobretudo aqueles parte do núcleo decisório da política internacional. Bolsonaro não estaria errado ao afirmar que existe um interesse estrangeiro sobre os recursos naturais brasileiros, de modo que cabe a justificativa de não-ingerência em uma crise doméstica. Contudo, a política nacional é claramente insuficiente e contrária a incentivos de preservação ambiental, além de representar o interesse econômico e predatório de parcela do setor privado brasileiro.
Enfim, a flexibilização da política ambiental característica do governo Bolsonaro reflete internacionalmente, justamente em razão da magnitude e da relevância dos recursos naturais brasileiros para o mundo. Em termos práticos, a postura brasileira não resulta apenas em crises diplomáticas, mas também tem impactos na quota de exportação de produtos nacionais, em razão de boicotes. Além disso, é interessante notar que a prática agropecuária no Brasil é insustentável; os desmatamentos e as queimadas (sejam por atos criminosos, acidentais ou mesmo técnicas de cultivo) prejudicam a agricultura no longo prazo.
Anotações:
Grupo 1
Temer/Serra
· predisposição à cooperação ambiental vs. bancada ruralista
· compromisso com a agenda de desenvolvimento sustentável
· ratificação do Acordo de Paris
· problemas
· extinção de reservas; regularização de ocupações legais; redução em área de unidades de conservação; cortes em conservação e preservação ambiental
· aumento de 29% em desmatamento
· postura internacional X políticas implementadas
· noruega reduziu o repasse ao Fundo de Proteção para a Amazônia
· descredibilidade diplomática
· aumento nos índices de desmatamento: retrocesso nas políticas ligadas à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável
Bolsonaro/Araújo
· apoio à bancada ruralista e ao desmonte de órgãos ambientais
· falta de recursos e redução da fiscalização
· pouco uso da verba disponível (desinteresse)
· flexibilização e desregulamentação
· ameaça aos direitos dos povos indígenas
· não demarcação de terras e nem redução das terras já demarcadas
· para o presidente: “perda de terra rica”
· taxa de desmatamento 3x maior do que a meta estabelecida em Copenhagen
· crescimento de 9.5% em um ano
· aumento nítido do desmatamento em terras indígenas
· retirada para sediar COP-25 (falta de recursos) 
· retirada do Acordo de Paris
· abalo das relações diplomáticas (destaque para França - Macron se nega a assinar o acordo UE-Mercosul devido ao descaso brasileiro com o desmatamento)
· Itamaraty tentou justificar o posicionamento do presidente (protecionismo)
· ministro Ricardo Salles
· negacionismo trumpista
· como será com a eleição de Biden
· incêndios na amazônia e responsabilização de indígenas e quilombolas (discurso da AGNU)
· estratégia de perseguição (sociedade internacional sobre o brasil)
Temer X Bolsonaro
· ruptura dos discursos de responsabilidade
· mesma linha de interesse no agronegócio
· continuidade do desmonte de fiscalização e regulamentação
· exploração de reservas para fins econômicos
· desrespeito às demarcações de terras indígenas
· Questão da não interferência (teoria pós-hegemônica)
· 
Grupo 2
· PEB ambiental do governo bolsonaro: desmonte
· flexibilização das leis ambientais
· terras indígenas: fim de demarcações e permissão para mineração
· flexibilização de licenciamentos ambientais
· alteração no código florestal
· sucateamento dos órgãos de defesa ambiental
· repercussão internacional: boicotes, descredibilidade e acordo UE-Mercosul
· impacto sobre as exportações de produtos brasileiros por adeptos dos movimentos ambientais
· Fundo Amazônia (2008)
· gestão pelo BNDES
· promover ações de combate ao desmatamento na Amazônia
· fundo com recursos internacionais e nacionais (privados)
· doação mediante a redução do nível de desmatamento

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