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Seminário Neoliberalismo - Reginaldo Moraes

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Neoliberalismo: de onde vem, para onde vai?
Por Reginaldo C. Moraes
Anna Clara Sampaio, Beatriz Carvalho, Carina Mamede, Jessica Goulart, Lucca Vancim, Maria Paula Ribeiro, Victória Cruvinel
Introdução
O que é o neoliberalismo?
De onde surge? 
O que pretende? 
Quem o defende?
Quem o critica?
Significado da palavra “liberal” nos EUA ≠ significado europeu: se aplica principalmente a políticos e intelectuais alinhados com o Partido Democrata e que apóiam a intervenção reguladora do Estado e a adoção de políticas de bem-estar social, programas que os neoliberais recusam. 
Vários significados para a palavra “neoliberalismo”:
1. uma corrente de pensamento e uma ideologia, isto é, uma forma de ver e julgar o mundo social;
2. um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e congressos, edita publicações, cria think-tanks, isto é, centros de geração de idéias e programas, de difusão e promoção de eventos; 
3. um conjunto de políticas adotadas pelos governos neoconservadores, sobretudo a partir da segunda metade dos anos 70, e propagadas pelo mundo a partir das organizações multilaterais criadas pelo acordo de Bretton Woods (1945), isto é, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Todos esses significados têm uma coisa em comum: sugerem o retorno a um modelo ideal. 
O Liberalismo Clássico
Liberalismo
Adam Smith - A riqueza das nações (1776)
Livre iniciativa = mundo melhor
Funções do governo: manutenção da segurança interna e externa, garantia da propriedade e dos contratos e responsabilidade por serviços essenciais de utilidade pública
Lucro e interesse próprio
Bentham: livre concorrência = melhores mercadorias + preços mais baixos
Distribuição de capital de acordo com o interesse da sociedade → “mão invisível do mercado”
Doutrina das “vantagens recíprocas”: vantagem individual associada ao bem universal (David Ricardo)
Mercado: eficiência, justiça e riqueza
Liberdade econômica → paz e harmonia internacional
Inimigos do progresso: regulamentos estatais e corporações
Crítica à Inglaterra e França
Corporações intervinham na justiça de mercado
Defesa da propriedade privada
Correntes conservadoras no século XIX: contra o sufrágio universal e outras manifestações políticas das massas populares
Liberalismo x democracia
Neoliberalismo: o que é e de onde vem
Neoliberalismo
Ideologia, uma forma de ver o mundo social;
Tem por principal referência o livro O Caminho da Servidão, de Friedrich von Hayek - forte crítica ao socialismo e a qualquer movimento pautado na fundação de uma “terceira via” entre capitalismo e comunismo;
Aplicação dos preceitos liberalistas à realidade da globalização;
Novos inimigos: conjunto institucional do Estado de bem-estar social, corporações modernas e sindicatos;
“crescimento parasitário” do Estado;
Necessidade de uma forte ação governamental de liberalização da atividade econômica - fim dos sindicatos, política monetária antiinflacionária (Curva de Phillips);
A crise das regulações
século XIX - Inglaterra e a imposição do livre mercado;
EUA e Japão - protecionismo para o desenvolvimento;
Abertura ao Kaynesianismo - regulação da dinâmica social-econômica como responsabilidade estatal;
Inovação na dinâmica política - possibilidade de negociação entre corporações empresariais e proletárias através do intermédio do Estado;
Fim do cenário - capitalismo se reconstruira do pós-guerra;
Forte crescimento do mercado financeiro - desafio à capacidade de regulamentação nacional;
Urgência da subtração das decisões administrativas ao controle político.
Modelos teóricos e orientações políticas
Diretrizes Estratégicas da Política Neoliberal e Suas Formas de Manifestação Tópicas
Privatizar empresas estatais e serviços públicos e diminuir a influência de poderes públicos em empreendimentos privados.
Bandeiras bastante claras quando:
Empresários protestam contra pressões fiscais;
Políticos conservadores denunciam políticas redistributivas, por serem caracterizadas como paternalistas e desastrosas;
Empresas organizam campanhas contra investidas do setor público sobre atividades tidas como naturalmente privadas;
Há resistência contra a regulamentação dos contratos entre particulares (previdência, mensalidades escolares...).
Efeito do “Estado-providência”: atividade sociais também transferidas para a iniciativa privada, algo desejável e acreditável.
Com os produtos financeiros globalizados, emerge um gerente de políticas nacionais.
Processos antigos submetidos aos impulsos das massas.
Poder dos governos nacionais subtraídos e pressão dos financistas sobre o governo revigorado.
O Cenário que se Lamenta e Aquele que se Exalta
Século XX como uma caminho de penitência e redenção.
Erros do Estado intervencionista:
Estado-empresário confunde os sinais emitidos pelo mercado;
Discurso demagógico para firmar seus privilégios;
Aumento de necessidades financeiras graças ao crescimento das despesas públicas;
Crescimento de impostos que gera efeitos negativos.
Liberalização da economia limita o Estado, que transfere competências para coletividades locais (assistência social) e cede outras a organizações (OMC).
Ideologia neoliberal prega a transferência de regulações para organizações multilaterais.
Espaço de voto mundializado, após tanta luta para sua conquista.
Terremotos no Mundo do Trabalho
William Bridges, consultor de administração.
Aponta o fim do assalariamento clássico e do emprego permanente como penitência.
Novas formas organizacionais que geram autonomia e os indivíduos como “patrões de si mesmos”.
Noções de seguridade e previdência cada vez mais afastadas. Quem prevê, terá.
Surgimento de organizações intermediárias não governamentais.
Métodos e pressupostos da public choice
Public choice
Escola de pensamento liberal que se apoia na teoria rent-seeking para explicar os problemas da intervenção estatal. 
Comportamento político a partir dos modelos da microeconomia
A public choice analisa o comportamento político por meio dos pressupostos da microeconomia neoclássica: 
Homem econômico dotado de racionalidade;
Concorrência perfeita: indivíduos atomizados, livre circulação de informações e bens homogêneos
Esses pressupostos podem ser estendidos à explicação e previsão do comportamento político sendo possível:
Compreender como a “escolha coletiva” permite a conciliação ou agregação entre interesses conflitantes e divergentes;
Analisar os diferentes sistemas de decisão política;
Prever as consequências de cada um deles;
Definir dispositivos constitucionais superiores aos existentes;
Expor os defeitos da ordem atual
Tratam o funcionamento do mercado como a perfeição que deve ser alcançada por outras instituições sociais 
Rent-seeking - a sociedade de predadores em que todos perdem
Intervencionismo estatal gera situações em que um agente captura vantagens superiores as que obteria no mercado. 
Vantagens de posição favorecida por artifícios legais
Investimentos maiores na busca de privilégios 
Tomadores de decisão como ofertadores de preços 
A partir dos males do intervencionismo essa teoria afirma que a melhor opção é evitar a criação de instituições com esse caráter e limitar a democracia majoritária
Neoliberalismo e bens públicos
As escolhas no mundo do não-mercado 
Neoliberais sobre o universo dos bens públicos e serviços coletivos 
Introdução e análise econômica, Paul Samuelson 
Três perguntas base: o que produzir, como e pra quem.
Samuelson descreve as sociedades atuais do Ocidente como economias mistas.
Mercado como referendo permanente - Através da procura, os consumidores manifestam sua vontade e direcionam o sistema produtivo: definem quais bens e serviços serão produzidos, quantos e quando. É uma espécie de plebiscito invisível
Princípio de exclusão
	
Fenômenos que categorizam os bens públicos 
Impossibilidade de aplicar o princípio de exclusão;
Monopólios naturais
Economias de escala e "conjunção" de oferta - oferta e custos são fixos ou pelo menos não linearmenteproporcionais ao número de clientes;
Externalidades
Como o consumo dos bens públicos não depende clara e diretamente do pagamento, as preferências dos consumidores e usuários não são reveladas através de gastos efetivos, individualizáveis. Mas sim através de um processo político.
Rumo ao mercado e ao quase-mercado
A escolha pública (o voto) nasce da tentativa de tornar as "decisões não mercado" mais próximas das "decisões do tipo mercado", como diz Buchanan. Os conceitos se diferem pela distinção entre os dois mecanismos de manifestação e agregação das preferências
1) Mercado - o mundo das escolhas individuais, das iniciativas descentralizadas. Nele, a preferência revela-se pela adesão (ou abandono) do cliente a um fornecedor, pela substituição de um bem/serviço por outro, etc. 
2) Política - o terreno das escolhas e decisões coletivas, das iniciativas centralizadas, dos espaços, bens e serviços compartilhados ou consumidos em comum. Aqui, a preferência revela-se pelo apoio ou veto a programas políticos. 
Na área das escolhas sobre bens públicos e ações coletivas, será possível criar instituições e mecanismos que emulam o mercado?
Alguns bens tidos usualmente como públicos não são necessariamente públicos, ou não precisam ser obrigatoriamente públicos nem inteiramente públicos
Viabiliza-se a existência de estruturas, regras e processos que emulam procedimentos de mercado (ou análogos ao mercado) na esfera antes pública, ou política.
O procedimento de `votar andando' - Os indivíduos (e as empresas) tenderiam a agrupar-se em unidades políticas dotadas de gostos homogêneos
"Teoria Econômica dos Clubes”
Políticas sociais, políticas públicas - qual o lugar dessas coisas?
Inimigos do Neoliberalismo
Hemisfério Norte
Estado intervencionista e de bem-estar
Keynesianismo
Hemisfério Sul
Políticas sociais e trabalhistas + Estado protecionista e industrializante
Desenvolvimentismo, nacionalismo populista e socialismo terceiro-mundista
Integração das massas ao Estado
Sufrágio, sindicalismo, movimentos populares, clientelismo e grupos de interesse
Pensamento liberal e conservador 
Diagnóstico
Cidadania às massas pobres
Exercício por meio de taxações progressivas (prejudicial aos ricos)
Prognóstico
Políticas redistributivas (políticas sociais voltadas para os pobres)
Democracia sem limites = gastos e taxações
Crise crônica: pressão tributária, crise fiscal, sobrecarga do governo, inflação…
Burocracia estatal torna-se uma casta que opera de acordo com seus interesses próprios
Quadro de tirania estatal, arbitrariedade, incerteza, “ditadura das maiorias”, estagnação econômica
Terapêutica
1. Redução do universo político (privatizações)
2. Redução do aparelho estatal (razão da sabedoria dos mercados financeiros internacionais)	
Do lado debaixo do equador… também existe o pecado
América do Sul entre a década de 70 e 80:
Ditaduras e endividamentos
Crises do Petróleo
Taxa de juros triplicada pelo banco central norte-americano
Governos Thatcher e Reagan: desregulamentação e liberalização comercial e financeira (globalização)
“Redemocratização controlada”
Pressões para ampliação da participação popular
Expectativas de estatização e retorno dos direitos de cidadania
Década Perdida no Brasil
Espaços conquistados
“Ajuste estrutural”
Políticas sociais de combate à pobreza como forma de contornar os conflitos para implementação das reformas
Vantagens para a elite conservadora: baixos custos, clientelismo, condições à concessão
3 lemas das políticas públicas
Focalizar: acesso universal → acesso seletivo (políticas compensatórias)
Descentralizar
Privatizar: transferência da propriedade ou da operação/gestão (simulação das relações de mercado na esfera pública)

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