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TILLY - Coerção, Capital e Estados Europeus

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1
As Cidades e os Estados na História do Mundo
· Charles Tilly foi um sociólogo e cientista político do século XX;
· No primeiro capítulo dessa obra, ele busca entender a natureza, as características e o sentido dos Estados europeus;
· Ele inicia fazendo uma análise de Hamurabi - o rei da Mesopotâmia, título o qual conquistou unindo territórios, mas justificava pela divindade; sua visão particular de justiça prevalecia;
· O Estado é uma organização que aplica coerção, distinta dos grupos organizados por parentesco;
· Caráter historicista, o autor remonta aos séculos anteriores a Cristo para explicar o surgimento das cidades e dos Estados;
· A partir do fim da Segunda Guerra Mundial é que o Estado passa a se preocupar com as necessidades dos cidadãos e da sociedade;
· Estados surgem pela luta por controle territorial e populacional;
· Comparação entre Europa e resto do mundo - uma separação pela urbanização;
· A Europa de certa forma se desconecta do mundo devido ao seu desenvolvimento civilizatório, em cidades e Estados.
· Ainda hoje a Europa pode ser vista como isolada do resto do mundo.
· Foco do livro é a análise entre Coerção e Capital;
· Coerção é responsabilidade do Estado e o Capital das cidades, mas isso não impede a sua interligação.
· Além do Estado institucional, tem-se também distintas ideias de organização de grupos em busca de autoridade em meio à sociedade (ao caos) - mas todos se identificam como Estado;
· Como se deu a formação dos Estados europeus e por que se assemelham?
· Análises estatistas, geopolíticas e do modo de produção;
Análises Estatistas
· Hummington: 3 modelos de organização das instituições governamentais
· Visão estatista: protecionista e estado de bem estar social (inclusivo)
1. Racionalização da autoridade
2. Centralização do poder
3. Fragmentação de soberania
· Efeito positivo da guerra pois proporciona efeito de mudança estrutural;
· Atribui pouco peso aos determinantes econômicos;
· Kennedy:
· Investimento militar/marinha não é vantajoso - pois no meio tempo, outros estão poupando seus recursos capitais;
· McNeill: entre as análises estatistas e geopolíticas
· Centralidade absoluta da guerra determinante aos sistemas 
· Falha das análises estatistas, porque é particularista e não inclui uma visão acerca do estados que apareceram e depois deixaram de existir.
Análises Geopolíticas
· Tem como base que as relações dentro dos Estados justifica a sua formação;
· Rosenau: 4 padrões de adaptação nacional à política internacional - adaptação da política externa:
1. Intransigente: tenta unir seu ambiente com as estruturas vigentes
2. Aquiescente:calmaria como ideia central/diplomacia
3. Fomentador: molda as exigências das estruturas vigentes
4. Preservador: manutenção da sua existência
Análise pelo modo de produção
· Modo de produção é caracterizado pela lógica do feudalismo ou capitalismo ou qualquer uma outra - nas quais o autor não se centraliza em nenhuma
· Estado origina dos imperativos econômicos e políticos da produção;
· Estado busca gerar mais riqueza, estando envolvida nesse processo;
· Dependendo do modo de produção, tem-se diferentes formas de estruturas sociais.
· Link economia/Estado
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CAPITAL como um domínio de exploração;
COERÇÃO como um campo de dominação;
Ambos os soldados e os grandes proprietários rurais foram meios de exercer coerção presentes na sociedade europeia.
Os meios coercivos a exemplo do capital tanto podem acumular-se quanto concentrar-se:
→ Ordens monásticas: poucos meios e concentrados;
→ Fronteiriços armados: muitos meios e dispersos;
Essa ideia de concentração ou acumulação de meios coercitivos delineiam a organização estatal;
Em momentos de disputa territorial, influencia-se o comportamento coercitivo dos Estados vizinhos.
Influência da guerra nos Estados europeus:
· vencedores/aplicadores de coerção: intitulam-se como obrigados a controlar e administrar (distribuir) os bens e as pessoas pertencentes àquela terra;
· os deveres administrativos desviam os interesses da guerra em si, levando-os até mesmo por um caminho contrário.
A partir de 990dC, três tipos de Estados vigoram no cenário europeu:
1. Impérios extorquidores de tributos: amplo aparelho militar e extrativo/poder administrativo com os detentores do poder regional
2. Sistemas de soberania fragmentada: cidades-estados, por meio de coalizões temporárias e instituições consultivas de papéis significativos na guerra e na extração (aparelho de estado pouco duradouro)
3. Estados-nacionais: uniram numa estrutura central relativamente coordenada, importantes organizações militares, extrativas, administrativas e às vezes até distributivas e produtivas.
Para Tilly, os impérios extorquidores dominam a história mundial dos estados. Estes se desintegravam quando alguém que não o imperador aculumava meios importantes de coerção, ou quando este os perdia.
Entre os impérios e as cidades-estados estão os estados-nacionais, os quais se constituem em torno da guerra/investimento na proteção

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