Buscar

Avaliação Geriátrica Ampla

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

–
 
Avaliação Geriátrica e 
Atendimento ao Idoso
• Doença oculta 
• Coexistência de múltiplas doenças 
• Polifarmácia 
• Incapacidade e perda funcional 
• Síndromes geriátricas 
• Fragilidade 
• Apresentações atípicas 
• Maior probabilidade de morte/final da 
vida/doença sem expectativa de cura 
As Síndromes Geriátricas são mais frequentes em 
adultos mais velhos, especialmente os mais 
fragilizados. 
Por definição, as síndromes são um conjunto de 
sintomas geralmente originados pela conjunção 
de doenças com alta prevalência em idosos e que 
frequentemente supõe a origem da incapacidade 
funcional ou social na população. 
Trata-se da manifestação (sintomas) de muitas 
doenças, mas elas também podem ser a origem de 
muitos outros problemas que se deve levar em 
conta desde sua detecção, a fim de estabelecer 
uma boa prevenção dos mesmos. 
As síndromes geriátricas são conhecidas como os 
7 “Is”: 
1. Incapacidade cognitiva; 
2. Incapacidade comunicativa; 
3. Instabilidade postural; 
4. Incontinência esfincteriana; 
5. Iatrogenia; 
6. Imobilidade; 
7. Insuficiência familiar; 
Incapacidade cognitiva: É quando ocorre o 
comprometimento das funções cognitivas em grau 
variável, sendo reversível ou não. As capacidades 
cognitivas envolvem a memória, percepção, 
linguagem, atenção, a capacidade de julgamento e 
seu comportamento social. 
 
Incapacidade comunicativa: A comunicação é 
fundamental para o ser humano, pois com ela é 
possível se estabelecer um relacionamento 
produtivo com o meio, trocar informações, 
manifestar desejos, ideias e sentimentos. A 
incapacidade comunicativa pode ser considerada 
importante causa de perda ou restrição da 
funcionalidade, levando ao comprometimento da 
capacidade de execução das decisões tomadas, 
afetando diretamente a independência do 
indivíduo. 
Instabilidade postural: A falta de estabilidade 
postural pode levar a quedas, podendo impactar 
diretamente na independência do idoso. Uma 
queda pode provocar graves consequências, como 
lesões, fraturas, dor de difícil controle e até 
mesmo a morte. 
 
–
 
 
Incontinência esfincteriana: É a perda 
involuntária de urina. Geralmente, a incontinência 
urinária ocorre mais em mulheres e tem diversas 
causas, como fraqueza da musculatura pélvica, 
diabetes, doenças neurológicas, dentre outras. 
 
Iatrogenia: São intervenções realizadas por 
profissionais da saúde. Costumam estar 
relacionadas à reação adversa a medicamentos. 
Trata-se de uma resposta nociva e não intencional 
ao uso de um medicamento que ocorre em 
associação a doses normalmente empregadas 
para profilaxia, diagnóstico e tratamento. 
Imobilidade: A imobilidade acontece quando há 
limitação de movimento, com perda funcional 
progressiva. A imobilidade representa causa 
importante de comprometimento da qualidade de 
vida. 
Insuficiência familiar: Envolve as relações sociais 
existentes na vida dos idosos, familiares e 
sociedade em geral. Caracteriza-se como um 
processo de interação psicossocial de estrutura 
complexa, fundado especialmente no baixo apoio 
social da pessoa idosa e no vínculo familiar 
prejudicado. As consequências da insuficiência 
familiar incluem a vulnerabilidade social da pessoa 
idosa, o declínio da saúde psicológica e funcional, 
a menor qualidade de vida e o envelhecimento 
malsucedido. 
• No manejo de idosos deve-se sempre 
tentar desprescrever medicamentos que 
não tem eficácia comprovada. 
• Sempre questionar aspecto da urina, fazer 
ausculta cardíaca e FR/FC independente da 
queixa do paciente. 
• Não atribuir doença ao idoso sem 
constatação prévia. 
• Idoso não é adulto velho e não deve ser 
infantilizado ou “santificado” 
Durante o atendimento, alguns pontos são 
relevantes para ter uma consulta satisfatória 
como: 
• Estabelecer vínculos com o paciente 
• Comunicação adequada – considerar 
déficits sensoriais 
• Acessibilidade – identificar limitações 
• Identificar relação com 
cuidador/acompanhante 
• Escuta qualificada com seus multifatores 
envolvidos 
A capacidade funcional é definida como a aptidão 
do idoso para realizar determinada tarefa que lhe 
permita cuidar de si mesmo e ter uma vida 
independente em seu meio. A funcionalidade do 
idoso é determinada pelo seu grau de autonomia 
e independência, sendo avaliada por instrumentos 
específicos. 
As atividades básicas de vida diária (ABVD) são 
aquelas que se referem ao autocuidado, ou seja, 
–
 
são as atividades fundamentais necessárias para 
realizá-lo: tomar banho, vestir-se, promover 
higiene, transferir-se da cama para a cadeira e 
vice-versa, ter continência, capacidade de 
alimentar-se e deambular. A incapacidade de 
executar estas atividades identifica alto grau de 
dependência e exige uma complexidade 
terapêutica e um custo social e financeiro maior. 
As escalas utilizadas baseiam-se em informações 
dos pacientes e dos cuidadores e devem ser 
simples e de rápida avaliação, podendo ser 
utilizadas por todos os membros da equipe 
interdisciplinar. 
A Escala de Katz está incluída na maioria das 
avaliações multidimensionais. Sua elaboração é 
baseada na conclusão de que a perda funcional 
segue um padrão igual de declínio, isto é, primeiro 
se perde a capacidade de banhar-se, seguida pela 
incapacidade de vestir-se, transferir-se e 
alimentar-se e, quando há recuperação, ela ocorre 
em ordem inversa. 
–
 
 
Para uma vida independente e ativa na 
comunidade, executando as atividades rotineiras 
do dia a dia, o idoso deve usar os recursos 
disponíveis no meio ambiente. O conjunto dessas 
atividades foi denominado atividades 
instrumentais da vida diária (AIVD). Estão 
relacionadas com a realização de tarefas mais 
complexas, como arrumar a casa, telefonar, viajar, 
fazer compras, preparar os alimentos, controlar e 
tomar os remédios e administrar as finanças. De 
acordo com a capacidade de realizar essas 
atividades, é possível determinar se o indivíduo 
pode ou não viver sozinho sem supervisão. 
A pontuação máxima é de 27 pontos, 
correspondendo à maior independência, 
enquanto a pontuação mínima de 9 pontos 
relaciona-se à maior dependência. Em algumas 
circunstâncias, deve ser relevada a incapacidade 
de uma pessoa realizar tarefas para as quais não 
tenha habilidade, como cozinhar, por exemplo, 
prejudicando a análise de sua independência. 
 
 
–
 
Indivíduos com multimorbidade tendem a 
apresentar grande complexidade e 
vulnerabilidade, pois sofrem de mais problemas 
cognitivos, funcionais e psicossociais; têm maiores 
riscos de que as suas doenças, especialmente as 
complicações agudas, manifestem-se de forma 
obscura ou atípica, retardando o diagnóstico e o 
início do tratamento; e são muito mais propensos 
a iatrogenia, fragilização, síndromes geriátricas, 
admissões e readmissões hospitalares e 
institucionalização. Portanto, requerem 
acompanhamento constante no sistema de saúde. 
A avaliação geriátrica ampla (AGA) é a resposta a 
essa complexidade e geralmente inclui a avaliação 
do paciente em vários domínios, sendo mais 
comumente incluídos o físico (médico), o mental, 
o social, o funcional e o ambiental. A condição 
funcional do paciente com idade avançada é um 
dos parâmetros mais importantes da avaliação 
geriátrica. O termo funcional é usado em seu 
sentido estrito, cujo significado é a habilidade do 
idoso de funcionar na arena da vida diária. 
Os seus objetivos principais são realizar um 
diagnóstico global e desenvolver um plano de 
tratamento e reabilitação, gerenciando os 
recursos necessários para as intervenções 
terapêuticas e reabilitatórias. 
Ela é capaz de identificar diminuições da 
capacidade, limitações das atividades e mesmo 
restrições à participação (desvantagens) do 
paciente idoso, mas se utilizada isoladamente da 
avaliação clínica tradicional não identifica as 
condições de saúde (distúrbios ou doenças) 
responsáveis por elas. Por outro lado, se uma 
avaliação médica padrão obtém bons resultados 
em uma população de não idosos, os resultadostendem a falhar na detecção dos problemas 
prevalentes na população idosa. Esses desafios 
referem-se, principalmente, às síndromes 
geriátricas e às doenças inaparentes com 
manifestações atípicas, cuja identificação é 
fundamental para a adequação terapêutica e para 
a prevenção da incapacidade nessa população. 
Ela faz parte do exame clínico do idoso, sendo 
fundamental nos pacientes portadores de 
multimorbidades e em uso de vários 
medicamentos. A avaliação clínica detalhada faz 
parte desse processo, devendo ser fundamentada 
em uma anamnese criteriosa e com peculiaridades 
que são indispensáveis à boa comunicação entre o 
médico e o paciente. 
Existem evidências suficientes que justificam a 
aplicação da AGA em pacientes idosos e dentre 
elas destaca-se: 
• Complementa a avaliação clínica 
tradicional e melhora a precisão 
diagnóstica 
• Define se há diminuições da capacidade e 
limitações das atividades, sejam elas de 
causa motora mental ou psíquica 
• Detecta problemas médicos inaparentes 
• Identifica o risco de declínio funcional 
• Avalia os riscos nutricionais 
• Identifica riscos de iatrogenia 
• Prediz desfechos desfavoráveis, como 
mortalidade, perda funcional e fragilização 
• Orienta para as medidas de preservação e 
restauração da saúde 
• Define os parâmetros de 
acompanhamento do paciente 
• Direciona para as modificações e 
adaptações ambientais 
• Define critérios para hospitalização e 
institucionalização. 
Os parâmetros avaliados pela AGA são: 
• Equilíbrio, mobilidade e risco de quedas 
• Função cognitiva 
• Condições emocionais 
• Deficiências sensoriais 
• Capacidade funcional 
• Estado e risco nutricional 
• Condições socioambientais 
• Polifarmácia e medicações inapropriadas 
• Comorbidades e multimorbidade 
• Outros 
Os domínios cognitivos avaliados são as 
habilidades visuoespaciais, construtiva e a função 
executiva. 
Para a realização do teste, ofereça ao idoso um 
impresso com o desenho de um círculo de 11 cm 
de diâmetro, dando-lhe a seguinte instrução: 
“Aqui, temos o mostrador de um relógio. Gostaria 
–
 
que o(a) Sr(a). colocasse os números dentro dele. 
Por favor, agora indique o horário 08 h 20 min 
(oito horas e vinte minutos). 
Será dado um ponto para o posicionamento 
correto dos seguintes números: 1, 2, 4, 5, 7, 8, 10 
e 11 (será pontuado o número que estiver até a 
sua metade incluída no oitavo correspondente). 
Um ponto será dado para o ponteiro pequeno 
indicando o 11 e um ponto será dado para o 
ponteiro grande indicando o 10. O total máximo 
de pontos é 10. 
É o teste mais utilizado para avaliar a função 
cognitiva por ser rápido (em torno de 10 minutos), 
de fácil aplicação, não requerendo material 
específico. Deve ser utilizado como instrumento 
de rastreamento não substituindo uma avaliação 
mais detalhada, pois, apesar de avaliar vários 
domínios (orientação espacial, temporal, memória 
imediata e de evocação, cálculo, linguagem-
nomeação, repetição, compreensão, escrita e 
cópia de desenho), não serve como teste 
diagnóstico, mas sim pra indicar funções que 
precisam ser investigadas. É um dos poucos testes 
validados e adaptados para a população brasileira. 
O teste avalia oito domínios cognitivos: memória 
de curto prazo; habilidade visuoespacial; função 
executiva; atenção, concentração e memória de 
trabalho; linguagem; orientação (temporal e 
espacial). 
Teste de rastreamento cognitivo que avalia os 
domínios: linguagem, funções executivas e 
memória semântica. Sofre influência da 
escolaridade e tem pontos de corte diferenciados 
para minimizar essa influência. 
Pontos de corte: 13 
Para iniciar o teste, pede-se ao idoso que fale 
nomes de animais durante um minuto; controla-se 
o tempo e registra-se em impresso apropriado 
todos os nomes fornecidos pelo indivíduo. 
Na pontuação final serão contados todos os 
nomes de animais produzidos, exceto as 
repetições, as oposições regulares de gênero e 
sexo (p. ex., gato/gata conta-se 1 ponto; boi/vaca 
contam-se 2 pontos). Quando o sujeito recorda 
uma categoria e depois espécies da mesma (p. ex., 
pássaro – gaivota, sabiá, pardal etc.), contam-se os 
pontos correspondente ao número de espécies, 
excluindo o ponto da categoria “pássaro”. 
É uma escala desenvolvida especialmente para o 
rastreamento de sintomas depressivos em idosos. 
Suas vantagens incluem ser composta de 
perguntas de fácil entendimento, poucas opções 
de resposta, pode ser autoaplicada ou aplicada 
por um entrevistador treinado de qualquer área 
da saúde. Sua principal limitação é ser de difícil 
entendimento para os idosos com declínio 
cognitivo significativo. 
Sempre informar no inicio que são perguntas 
objetivas para serem respondidas com sim ou não. 
A MAN é um questionário breve, composto por 18 
questões, que foi desenvolvido para aferir o 
estado nutricional de idosos frágeis com o intuito 
de facilitar a intervenção. 
É dividido em dois módulos; o primeiro se 
concentra nas questões de A a F, podendo ser 
considerado como uma triagem. Ao final deste 
primeiro módulo, se o escore for igual ou maior 
que 12 pontos, não será necessário prosseguir. 
Caso a pontuação seja menor ou igual a 11 pontos, 
faz-se necessário dar continuidade. 
O segundo módulo – denominado avaliação global 
– é composto por 12 questões (G a R), sendo 16 a 
pontuação máxima. O escore final da avaliação 
será o somatório do escore da triagem e da 
avaliação global, podendo totalizar o máximo de 
30 pontos. O resultado permite estratificar o 
indivíduo na seguinte condição: ≥ 24 pontos = 
normal; de 17 a 23,5 pontos = risco de 
desnutrição; e < 17 pontos = desnutrido. 
A entrevista é uma estratégia de avaliação que 
pode revelar as influências físicas e sociais do 
ambiente no desempenho funcional da pessoa 
idosa. Esta e seus familiares e/ou cuidadores 
–
 
devem ser ouvidos no momento inicial da 
avaliação, uma vez que a casa tem significados 
pessoais, e a complexidade desse ambiente muitas 
vezes impacta, posteriormente, no processo de 
adaptação ambiental. As modificações propostas 
pelo terapeuta ocupacional podem parecer uma 
solução simples para aumentar a segurança e 
melhorar o desempenho funcional do idoso, 
entretanto, muitas vezes, elas são rejeitadas ou 
geram insatisfação para o idoso e/ou familiares. 
Cabe ressaltar que a entrevista com o familiar 
possibilita investigar a existência ou não de 
suporte social, e conhecer as possíveis demandas 
de assistência e/ou orientação dos cuidadores em 
relação à utilização do contexto domiciliar. 
Avaliar: 
• Rede social 
• Suporte social: formal ou informal 
• Com quem a pessoa pode contar quando 
necessita de ajuda? Com qual 
periodicidade o paciente mantém contato 
com seus parentes mais próximos? 
• Como é a convivência com os amigos? Qual 
condição socioeconômica?

Continue navegando