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CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA

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CINESIOLOGIA E 
CINESIOTERAPIA
 PROF. ME. GUSTAVO HENRIQUE MARQUES MORENO
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS: HISTÓRICO, DEFINIÇÕES E CAMPO DE ATUAÇÃO ...............................................6
1.1 CINESIOLOGIA X BIOMECÂNICA ...........................................................................................................................6
1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CINESIOLOGIA ......................................................................................................... 7
1.2.1 ANTIGUIDADE .......................................................................................................................................................8
1.2.2 IDADE MÉDIA (200-1450 D.C.) ..........................................................................................................................9
1.2.3 RENASCIMENTO ................................................................................................................................................9
1.2.4 REVOLUÇÃO CIENTÍFICA .................................................................................................................................. 10
1.2.5 SÉCULOS XIX E XX ............................................................................................................................................ 11
1.3 CAMPOS DA ATUAÇÃO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA .......................................................................... 11
2. PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO ............................................................................................................... 11
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS À CINESIOLOGIA 
E BIOMECÂNICA, FISIOLOGIA DO MOVIMENTO
 PROF. ME. GUSTAVO HENRIQUE MARQUES MORENO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
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2.1 PLANO FRONTAL OU CORONAL ........................................................................................................................... 11
2.2 PLANO SAGITAL OU MEDIANO ............................................................................................................................ 11
2.3 PLANO TRANSVERSAL OU HORIZONTAL .......................................................................................................... 12
3. ALAVANCAS, TORQUE E LEIS DE NEWTON ......................................................................................................... 13
3.1 ALAVANCAS ........................................................................................................................................................... 13
3.1.1 TIPOS DE ALAVANCAS ........................................................................................................................................ 14
3.2. TORQUE ................................................................................................................................................................ 16
3.3. LEIS DE NEWTON ................................................................................................................................................ 16
3.3.1 PRIMEIRA LEI DE NEWTON: LEI DA INÉRCIA ................................................................................................. 17
3.3.2 SEGUNDA LEI DE NEWTON: LEI DA FORÇA ................................................................................................... 17
3.3.3 TERCEIRA LEI DE NEWTON: AÇÃO E REAÇÃO .............................................................................................. 18
4. INTRODUÇÃO À MIOLOGIA, TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR ..................................................................... 18
5. MOVIMENTO ESQUELÉTICO, ELEMENTOS ATIVOS E PASSIVOS ..................................................................... 21
6. ALTERAÇÕES DO CONTROLE MOTOR E LESÕES MUSCULARES ..................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................24
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, é com grande satisfação que apresentamos a você o conteúdo que fará 
parte da disciplina de Cinesiologia e Cinesioterapia. Trata-se de uma abordagem didática que 
contempla conteúdos essenciais para o processo de formação do curso de Fisioterapia.
É de suma importância a especificidade tratada neste material, que busca, através de 
contextualizações, conceitos e abordagens teórico-práticas para demonstrar a fundamentação e 
construção da história do movimento humano, tratada como ciência básica nas diversas áreas de 
atuação da fisioterapia. 
Trata-se de uma correlação anatômica, alinhada com a produção dos movimentos 
funcionais desenvolvidos pelo sistema musculoesquelético; sendo assim, busca avaliar o sistema 
motor, responsável pelas características de avaliação de ângulos de movimentos, bem como 
as funções musculares responsáveis por construir atividades funcionais, que permitem um 
desempenho satisfatório por parte dos pacientes que buscam pela fisioterapia.
Além disso, técnicas de tratamento posturais, treino de força, resistência à fadiga, 
equipamentos utilizados para a prática clínica, mobilizações e alongamentos são assuntos que 
serão abordados ao longo de nossa jornada.
Esta primeira unidade apresenta conceitos introdutórios, definições, análise física 
de movimento, realização de contrações musculares e controle motor de movimento. São 
fundamentações essenciais para proporcionar ao acadêmico uma visão ampla de técnicas 
de avaliação, a fim de torná-los aptos a desempenhar papéis práticos que culminem em uma 
melhora cinético-funcional apresentada por um paciente potencial que busque pelo atendimento 
fisioterápico.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS: HISTÓRICO, DEFINIÇÕES E CAMPO DE 
ATUAÇÃO
1.1 CinesiologiaX Biomecânica
A palavra cinesiologia é originária do grego Kinesis, que significa movimento, e logos, que 
significa estudo, sendo definida como a ciência que estuda o movimento humano e animal. Já o 
termo biomecânico refere-se às forças e seus efeitos aplicados a todo o corpo ou a um segmento 
corporal, ou seja, a biomecânica procura medir, modelar, explicar, categorizar e catalogar os 
padrões de movimento, baseando-se na física do movimento humano. 
Neste contexto, insere-se também a cinemática, que é o ramo da mecânica que estuda 
o movimento de corpos ou partículas, sem referência a massas ou a forças. Esta é subdividida 
em dois subtópicos, de acordo com o foco específico do movimento: a osteocinemática e a 
artrocinemática. 
• Osteocinemática: Preocupa-se com os movimentos das partes ósseas ou segmentos que 
compõem uma articulação (Figura 1). 
Figura 1 – Movimentos da Osteocinemática. Fonte: Cinesiologia em Fisioterapia (2011).
• Artrocinemática: Foca especificamente nos movimentos mínimos dentro de uma 
articulação entre as superfícies articulares (Figura 2). 
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Figura 2 – Movimentos da Artrocinemática. Fonte: Sabino (2018). 
1.2 Evolução Histórica da Cinesiologia 
A palavra cinesiologia foi usada pela primeira vez no final do século XIX e se tornou 
popular no século XX, enquanto a palavra biomecânica somente se popularizou no fim dos anos 
60. 
Figura 3 – Cinesiologia X Biomecânica. Fonte: Liberali (2016).
Agora, conforme proposto neste tópico, apresentaremos os períodos importantes da 
história da cinesiologia e da biomecânica.
Se considerarmos movimentos osteocinemáticos e artrocinemáticos, com qual 
deles devemos iniciar a movimentação articular específica? Quando pensamos 
em um bloqueio articular ou até mesmo em uma redução de movimentos, deve-se 
promover um desbloqueio articular através dos pequenos movimentos para que, 
posteriormente, os grandes movimentos articulares aconteçam sem restrições. 
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1.2.1 Antiguidade
Arquimedes e Aristóteles foram dois cientistas que tiveram influência nessa época. 
Arquimedes (200 a. C) descreveu a respeito das leis das alavancas e do centro de gravidade e iniciou 
com conceitos matemáticos, geométricos e princípios hidrostáticos que explicam a maneira pelo 
qual os corpos flutuam. Aristóteles (384 - 322 a.C.) é considerado o pai da cinesiologia, pois foi 
responsável por descrever a função e ação dos músculos e ossos, o processo de deambulação, bem 
como as alavancas anatômicas que atuam no movimento humano. 
Figura 4 – Arquimedes. Fonte: Filosofia & Poesia (2012).
Figura 5 – Aristóteles. Fonte: Andina (2016).
 
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1.2.2 Idade média (200-1450 d.C.)
Este período da idade média ou idade das trevas ocorreu aproximadamente nos mil anos 
subsequentes e foram relativamente poucos os avanços científicos. 
Um outro nome importante na história da cinesiologia durante este período é o de Galeno 
(131-201 d.C.), e dentre várias descobertas deste médico, podemos destacar seus estudos sobre 
a contração muscular. Galeno destaca-se pelo detalhamento da anatomia do corpo humano, do 
esqueleto, dos músculos e suas funções, no qual é considerado como uma descoberta para a 
evolução da cinesiologia, e ainda, foi o primeiro médico dedicado ao esporte. 
Figura 6 – Galeano. Fonte: Bombilla Tapada (2015).
1.2.3 Renascimento 
Após o período histórico da idade média, que estabilizou o processo de desenvolvimento 
da cinesiologia, Leonardo da Vinci (1452-1519) acabou com essa estagnação ao realizar novos 
estudos a respeito do corpo humano. Descreveu o movimento humano em diversas situações 
locomotoras, notadamente sobre a marcha humana, além de estudos que relacionavam o centro de 
gravidade com a capacidade de equilíbrio das pessoas. Este período se caracteriza pela liberdade 
de pensamento, literatura, arte e filosofia.
Figura 7 – Leonardo da Vinci. Fonte: Aventuras na História (2020).
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1.2.4 Revolução Científica 
Neste período (1600-1730), na cinesiologia e especialmente na biomecânica, houve o 
surgimento do envolvimento da teoria e prática, por meio das experimentações e o desenvolvimento 
das três leis de Newton, que serão explicadas individualmente mais à frente, a fim de desenvolver 
o entendimento delas no movimento humano. 
 
Figura 8 – Leis da física de Newton usadas pela biomecânica. Fonte: Liberali (2016).
E ainda neste período, Giovanni Alfonso Borelli (1608-1679), fisiologista e matemático 
napolitano, considerado o pai da biomecânica por seus estudos sobre a mecânica do movimento 
humano, foi o primeiro a esclarecer que as alavancas do sistema musculoesquelético aumentam 
o movimento muito mais do que a força e demonstrou que a inspiração resulta da atividade 
muscular e a expiração depende da elasticidade dos tecidos.
Figura 9 – Giovanni Alfonso Borelli. Fonte: The Renaissance Mathematicus (2020). 
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1.2.5 Séculos XIX e XX 
Neste período, foram desenvolvidos métodos e instrumentos do tipo experimental 
que permitiram o avanço de alguns aspectos para a biomecânica, como métodos de medição 
da cinemática, da cinética e corrente elétrica; além disso, conseguiu quantificar as ações 
musculares por meio da eletromiografia, bem como desenvolveu a técnica da fotografia usada 
pela biomecânica. 
Por fim, a partir do século XX, com os significativos avanços tecnológicos e metodológicos, 
principalmente das técnicas de avaliação do movimento, a cinesiologia se consolidou como 
ciência, sendo uma das principais disciplinas de formação em áreas que trabalham com o 
movimento humano. 
E assim, finalizamos a sucinta história da Cinesiologia e Biomecânica.
1.3 Campos da Atuação da Cinesiologia e Biomecânica
A cinesiologia é uma área que se dedica ao estudo do movimento humano e à melhora 
da saúde, portanto, seu campo de atuação vai desde o esporte, terapia, até a atuação no ambiente 
educacional. Na fisioterapia, podemos utilizá-la em áreas da ortopedia, geriatria, pediatria, 
reumatologia e neurologia.
Por sua vez, a biomecânica é indispensável à análise do movimento e da técnica esportiva, 
uma vez que permite avaliar a evolução ou piora do atleta na modalidade e proporciona, ao 
mesmo tempo, a compreensão para realizar determinada ação, gerando conhecimentos voltados 
ao melhor rendimento técnico e em como realizar aquela técnica esportiva de forma mais eficiente 
e com menor gasto energético.
2. PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO
Planos de ação são linhas fixas de referência ao longo das quais o corpo se divide. Há três 
planos anatômicos: plano frontal ou coronal, plano sagital ou mediano e plano transversal ou 
horizontal. 
2.1 Plano Frontal ou Coronal
Paralelo ao osso frontal ao longo da sutura coronal do crânio, divide o corpo em duas 
metades: anterior e posterior. Os movimentos realizados neste plano são as abduções e aduções 
e, ainda, as flexões laterais de pescoço e tronco. Todo e qualquer movimento que for realizado em 
direção a favor ou em direção oposta ao mediano acontece no plano frontal.
2.2 Plano Sagital ou Mediano
É paralelo à sutura sagital do crânio, divide o corpo em duas partes iguais: direita e 
esquerda. São os planos verticais tendo como referência a sutura sagital da calota craniana. Os 
movimentos realizados são flexão e extensão (pescoço, tronco, cotovelo e outros), flexão plantar 
e flexão dorsal. 
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2.3 Plano Transversal ou Horizontal 
Éparalelo ao solo, divide o corpo em metade superior e inferior. Os movimentos 
realizados neste plano são as rotações mediana ou interna, lateral ou externa (quadril e ombro), 
os movimentos de supinação e pronação do antebraço, bem como eversão e inversão do pé. 
Figura 10 – Planos e Eixos do corpo humano. Fonte: Mabret (2008). 
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3. ALAVANCAS, TORQUE E LEIS DE NEWTON
3.1 Alavancas 
Podemos conceituar a alavanca como uma peça ou barra rígida, a qual gira em torno de 
um ponto de apoio. No caso do corpo humano, a citada peça ou barra rígida é representada pelos 
ossos. De uma maneira geral, todo movimento do corpo humano é consequência da geração 
de força dos músculos que estão inseridos em ossos e são movimentados por articulações, 
constituindo as alavancas anatômicas ou bioalavancas. 
Um movimento de alavanca ocorre quando os músculos geram tensão e tracionam os 
ossos para sustentar ou mover resistências, deste modo acontece a ação da alavanca. É justamente 
o que verificamos na movimentação do corpo, os ossos atuam como hastes rígidas, as articulações 
são eixos, as cargas resistentes e os músculos aplicam as forças. 
Figura 11 – Sistema de alavancas. Fonte: Liberali (2016). 
O sistema de alavancas é constituído por elementos que atuam na execução de 
um movimento ou mesmo na manutenção de um estado de equilíbrio. Tais elementos são 
denominados por: ponto (A), intitulado de ponto de apoio ou fulcro: no corpo humano este 
elemento corresponde às articulações, ao redor das quais giram os segmentos corporais. A 
resistência, chamada (R), é o peso a ser vencido ou mantido, ou seja, é representada pela carga a 
ser movimentada pela alavanca. E ainda existe o (P), que é a potência ou força motriz, ponto no 
qual o músculo se insere para executar a contração e manter o equilíbrio da alavanca. A distância 
da potência ou força motriz até o ponto de apoio é denominado por braço da potência.
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Figura 12 – Demonstração de Alavancas. Fonte: Liberali (2016).
3.1.1 Tipos de alavancas 
Dependendo da sua função ou movimento executado, as alavancas são divididas em 
três tipos e cada classe tem suas características próprias e vantagens em relação ao equilíbrio, 
velocidade e força.
 
I. Alavancas de primeira classe ou interfixas (alavanca de equilíbrio) 
São caracterizadas pelo fato de o apoio estar instalado entre a resistência e a potência. 
No corpo humano, tais alavancas podem ser exemplificadas pela movimentação dos músculos 
agonistas e antagonistas nas direções opostas em relação a uma articulação. 
Figura 13 – Alavanca Interfixa. Fonte: Liberali (2016).
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II. Alavancas de segunda classe ou Inter-Resistentes (alavanca de força)
Neste tipo de alavanca a resistência está localizada entre o fulcro (ponto de apoio) e a 
potência, que formam alavancas de força porque o braço de potência é maior que o braço de 
resistência; seu benefício é que grandes pesos podem ser movidos por uma pequena força. No 
corpo humano são bastante raros os movimentos contemplados por essa alavanca, um desses 
poucos ocorre no tornozelo com o músculo flexor plantar e também nos movimentos de flexão 
e extensão cervical. 
Figura 14 – Demonstração da Alavanca Inter-Resistente. Fonte: Liberali (2016).
III. Alavancas de terceira classe ou interpotente (alavanca de velocidade)
São caracterizadas pelo fato de a potência estar localizada entre a força resistente e o ponto 
fixo de apoio. As alavancas de terceira classe são as mais comuns encontradas no corpo humano, 
atuando na realização de muitos movimentos. Tendo como exemplo a flexão do antebraço sobre 
o braço, flexão da perna sobre a coxa, bem como a flexão da coxa sobre a pelve. As alavancas 
interpotentes foram projetadas para possibilitar um aumento da velocidade ao membro distal do 
corpo e mover um pequeno peso a longa distância. 
 
Figura 15 – Demonstração de alavanca interpotente no corpo. Fonte: Liberali (2016).
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3.2. Torque
Também estipulado como momento de força, ocorre quando acontece uma mudança na 
velocidade de rotação do corpo. É uma grandeza de força responsável pela mudança de velocidade 
de rotação. Sempre que um corpo precisa ser rotacionado é aplicado sobre ele um momento de 
força, ou seja, um torque. 
Torque é o produto de uma força vezes a distância perpendicular de sua linha de ação 
até o eixo do movimento. Tem como característica agir na intensidade da força aplicada que 
possibilita o movimento.
 
TORQUE = FORÇA X DISTÂNCIA T = F x d
 
Figura 16 – Demonstração de torque na articulação do cotovelo. Fonte: Liberali (2016).
3.3. Leis de Newton
As leis de Newton foram criadas por um cientista com inúmeras especialidades nas áreas 
da química, física, matemática e mecânica, chamado Isaac Newton. Ele foi capaz de esclarecer o 
que ocorre no movimento humano, quais as forças envolvidas e a forma como elas se comportam. 
As leis de Newton, as quais levam o seu nome, são as mesmas leis que regem o movimento, sendo: 
a Inércia, a Força e a Ação e Reação. 
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3.3.1 Primeira lei de Newton: lei da inércia
Esta lei está pautada no estado de repouso ou movimento do corpo. Todo corpo em 
repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a permanecer em 
movimento. Podemos identificar a inércia, mantenedora dos movimentos cinéticos, juntamente 
com a massa, peso (centro de gravidade), pressão, volume (largura, altura e profundidade), 
densidade (peso=massa/volume), peso específico (% de gordura), torque (mantendo a força) e 
impulso (força x tempo).
Figura 17 – Demonstração da Lei da Inércia: Primeira lei de Newton. Fonte: Liberali (2016).
3.3.2 Segunda lei de Newton: lei da força 
Esta lei ocorre quando uma aceleração de um corpo está diretamente equilibrada com 
a força resultante que atua sobre ele. A teoria desta lei nos permite compreender que, se a força 
sobre um corpo for maior que zero, isso acarretará uma alteração no estado de movimento 
do corpo, efetuando um deslocamento gerado pela força. Ela é expressa por: Força = massa x 
comprimento/tempo2.
A lei da força determina que quanto maior for a força, maior será a aceleração do corpo, 
e quanto maior for a massa desse corpo, menor será a aceleração. 
Figura 18 – Demonstração da Lei da Força: Segunda Lei de Newton. Fonte: Liberali (2016).
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3.3.3 Terceira lei de Newton: ação e reação 
Esta lei diz que para toda ação há sempre uma reação com igual módulo e direção, porém, 
de sentidos contrários. As forças de ação e reação de um corpo sobre o outro têm o mesmo 
padrão, a mesma direção e sentidos diferentes. Esta última lei de Newton analisa o sistema de 
trocas de forças entre os corpos: um corpo recebe uma força e vai devolvê-la da mesma forma que 
recebeu, porém, em um sentido contrário. 
Figura 19 – Demonstração da Lei de ação e reação: Terceira Lei de Newton. Fonte: Liberali (2016).
4. INTRODUÇÃO À MIOLOGIA, TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
A miologia é a parte da anatomia que estuda os músculos e seus anexos e seu nome 
tem origem do grego Mios, que significa contração, e logus, significando estudo. Os músculos 
são definidos como uma estrutura anatômica constituída por células (fibras musculares) com 
capacidade de contração e relaxamento. Apresentam formas alongadas, curtas e largas, suas fibras 
podem ser retas, transversais, ou ainda oblíquas. Possuem funções de suma importância,como a 
geração de todos os movimentos, aquecimento corporal, gerando calor, que faz a manutenção da 
temperatura corporal e a estabilização das articulações, mantendo a postura ereta em ação com 
a estrutura óssea. 
Os músculos são preenchimentos para a arquitetura óssea, constituindo uma complexa 
rede de fibras, feixes, fáscias, bainhas, bolsas sinoviais e tendões que formam um emaranhado de 
estruturas que se entrelaçam entre si e fixam-se nas articulações e ossos, dando origem ao tecido 
muscular e ao sistema muscular. 
Com relação a classificação dos músculos quanto ao controle do sistema nervoso, eles são 
divididos em voluntários e involuntários. Nos músculos voluntários o seu potencial de ação de 
contração resulta de um ato de vontade própria, já nos músculos involuntários o seu impulso de 
contração não resulta de um ato de vontade própria (sem controle consciente). Quanto aos seus 
três tipos de tecido muscular, temos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco. 
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O tecido muscular liso que está presente em diversos órgãos internos e movimenta a 
parede das vísceras e as paredes dos vasos sanguíneos, apresenta contração involuntária e lenta. 
A musculatura estriada cardíaca, que compõe a camada média da parede do miocárdio, tem 
forma estriada, estrias transversais ou paralelas, formando as fibras filiformes, apresentando 
contrações involuntárias e vigorosas. E a musculatura estriada esquelética, que movimenta os 
ossos, articulações e pele, possui contração voluntária, ou seja, sua movimentação é consciente.
 
Figura 20 – Demonstração dos tecidos musculares. Fonte: Só Biologia (2008).
Quadro 1 – Características dos três tipos de tecidos musculares. Fonte: Só Biologia (2008).
O tecido muscular é composto basicamente por dois tipos principais de fibras musculares, 
estou me referindo às fibras vermelhas, de tipo I ou de contração lenta, e às fibras brancas, de tipo 
II ou de contração rápida. 
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Ademais, os músculos, durante a ação cinesiológica do movimento, são divididos em 
grupos com funções diferentes e agem como em uma força tarefa em que cada grupo realiza sua 
função. Diante disso, foram estabelecidos nomes a essas classes musculares, que são os músculos: 
agonistas, antagonistas, estabilizadores, neutralizadores e sinergistas.
 
Figura 21 – Funções musculares: Agonistas, Antagonistas e Estabilizadores. Fonte: Liberali (2016).
Figura 22 – Funções musculares: Neutralizadores e Sinergistas. Fonte: Liberali (2016).
A ação dos músculos gera forças musculares, as quais são classificadas em alguns tipos de 
contrações musculares, que são: 
I. Contração Isométrica: promove tensão dentro do músculo, sem interferir no ângulo 
e no comprimento articular. 
II. Contração Isotônica: promove tensão no músculo na ação de encurtamento e 
alongamento. Contração dinâmica. 
III. Contração Concêntrica: promove uma tensão no músculo do encurtamento e o 
músculo gera força para resistir a ação. 
IV. Contração Excêntrica: ocorre quando a tensão muscular é reduzida para controlar a 
diminuição da resistência. Trata-se da contração mais sugestiva de lesões, pois há um 
momento de desaceleração em que ocorre um afastamento entre origens e inserções 
musculares.
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V. Contração Isocinética: promove uma sobrecarga muscular com velocidade. É menos 
comum e necessita de aparelho específico. 
5. MOVIMENTO ESQUELÉTICO, ELEMENTOS ATIVOS E PASSIVOS
A flexão é um movimento de inclinação em que um segmento ósseo se move em direção 
a outro e ocorre uma diminuição no ângulo da articulação no plano sagital em torno de um eixo 
medial-lateral. A extensão é o movimento de um segmento ósseo que se distancia do outro osso, 
realizando um aumento no ângulo articular. Se a extensão for além da posição anatômica de 
referência é então chamada de hiperextensão. 
A abdução é o movimento ou posição de um segmento que se afasta da linha média. 
Por sua vez, a adução é o movimento ou posição em direção a linha medial do corpo. Ambos 
os movimentos ocorrem no plano frontal em torno do eixo anterior-posterior. A articulação 
do punho possui termos para alguns movimentos de abdução e adução, na qual a abdução é 
chamada de desvio radial por ser um movimento lateral que move o polegar em direção ao 
rádio e a adução é chamada de desvio ulnar por ser um movimento lateral que move o quinto 
metacarpo em direção à ulna. O movimento lateral do tronco ou pescoço dentro do plano frontal 
é chamado de flexão lateral e não de abdução e adução. 
As rotações são movimentos de um segmento ósseo em torno de um eixo longitudinal ou 
vertical no plano transverso. A rotação medial ou interna é um giro interno ou em direção à linha 
média do corpo; já a rotação lateral ou externa é o giro em direção que se afasta da linha medial 
do corpo. A supinação é descrita pela rotação do antebraço para uma posição com as palmas das 
mãos para cima, enquanto a pronação é descrita pela rotação do antebraço com as palmas das 
mãos para baixo. A eversão e inversão são tipos específicos de movimentos rotacionais no pé. 
No movimento, os músculos e articulações são elementos ativos, pois são eles que recebem 
estímulos e agem em relação a esse estímulo se contraindo, como também as articulações. Os 
elementos passivos são os ossos, pois eles servem de suporte para que o músculo realize a ação 
que gera movimento, bem como os tendões, ligamentos e cápsula articular, que agem como 
estabilizadores estáticos.
6. ALTERAÇÕES DO CONTROLE MOTOR E LESÕES MUSCULARES 
O controle motor de movimento refere-se à regulação dinâmica da postura e do 
movimento. A sinergia muscular é um termo utilizado para descrever ativação muscular 
coordenada funcional, como a que ocorre durante o movimento funcional quando os músculos 
normalmente funcionam em grupo. Geralmente, as respostas ao movimento surgem através 
da interação do ambiente externo e atividade executada por um indivíduo, produzindo um 
movimento coordenado.
Condições patológicas frequentes podem ocorrer devido a sinergia não atuante, 
produzindo movimentos desordenados e trazendo consequências funcionais para o movimento. 
Sendo assim, há uma dificuldade de coordenação, equilíbrio, surgem movimentos involuntários, 
lesões de nervos, doenças cerebrovasculares (acidente vascular encefálico – AVE) e até mesmo 
alterações do tônus muscular.
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Os músculos estão entre as estruturas ortopédicas mais lesionadas do corpo, com início 
gradativo ou agudo. Estima-se que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao esporte são causadas 
por lesões de tecidos moles, que geralmente ocorrem durante atividades excêntricas ou de 
desaceleração. 
As lesões musculares podem ser causadas por contusões, estiramentos e rupturas. Mais 
de 90% de todas as lesões relacionadas ao esporte são contusões ou estiramento. Por sua vez, 
as rupturas musculares são as lesões menos frequentes no esporte. A força de tensão exercida 
sobre o músculo leva a um excessivo estiramento das miofibrilas e, consequentemente, a uma 
laceração próxima à junção tendinosa. Os estiramentos musculares são tipicamente observados 
nos músculos superficiais que trabalham cruzando duas articulações, tendo como exemplo os 
músculos reto femoral, semitendinoso e gastrocnêmio. 
As lesões podem ser classificadas em três modalidades: diretas e indiretas, traumáticas e 
não traumáticas e parciais ou totais. As lesões diretas são decorrentes das situações de impacto, 
geradas durante as quedas ou traumatismos de contato, e as lesões indiretas ocorrem na ausência 
de contato e são observadas em modalidades esportivasque exigem grande potência na realização 
dos movimentos. As lesões traumáticas são representadas pelas contusões que ocorrem em 
esportes de contato, as rupturas caracterizadas por um estiramento severo e pelo estiramento 
muscular, representado pelo alongamento excessivo das fibras musculares. Logo, as lesões não 
traumáticas são as cãibras (contrações musculares involuntárias) e dores musculares tardias 
após as atividades físicas. As lesões parciais acometem parte do músculo e as totais abrangem 
a totalidade do músculo e acarretam deformidade aparente, causando assimetria e perda da 
movimentação ativa. 
A classificação das lesões musculares ainda separa as lesões entre leve, moderada e grave 
e isso é feito a partir dos aspectos clínicos revelados. Estiramento e contusões leves ou de grau 
I representam uma lesão com apenas algumas fibras musculares com pequeno desconforto e 
edema, acompanhadas de nenhuma ou mínima redução de força e restrição da amplitude de 
movimento. Os estiramentos e contusões moderadas ou de grau II provocam um dano maior ao 
músculo, como uma evidente redução de função muscular, e a evolução para a cicatrização dura 
em torno de 2 a 3 semanas e, por volta de 1 mês, o paciente pode retornar à atividade física de 
forma gradativa e cuidadosa. Por sua vez, uma lesão por toda a sessão transversa do músculo, 
com completa perda de função muscular e dor intensa, é definida como estiramento ou contusão 
grave, ou lesão de grau III. O seu tempo de cicatrização varia de 4 a 6 semanas e este tipo de lesão 
necessita de reabilitação intensa e por períodos longos, de até 3 a 4 meses.
Figura 23 – Classificação das lesões musculares. Fonte: Hollman e Hettinger (2005).
A dor é o sintoma mais comum da maioria das doenças musculoesqueléticas, variando de leve a grave, bem como de 
aguda ou de curta duração à crônica ou de longa duração, podendo ser localizada ou generalizada (difusa). 
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Ao tentar estabelecer a causa da dor, determina-se quantas e quais articulações 
estão envolvidas, se a parte central do esqueleto (como a coluna vertebral e 
a pelve) estão envolvidas, se a dor articular é grave ou crônica e quais fatores 
diminuem ou pioram a dor. Ela sempre acomete músculos, tendões, ligamentos, 
ossos e articulações, lembrando que o quadro doloroso pode ser traumático ou 
não traumático.
Para mais informações a respeito da cinesiologia, biomecânica, cinética e 
cinemática de movimento, associadas ao aspecto físico envolvido no movimento, 
fazer a leitura do livro: 
SMITH, L. K.; WEISS, E. L.; LEHMKUHL, L. D. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 
São Paulo: Manole, 1997.
Que tal ir além e compreender aspectos cinesiológicos da marcha? 
Para isso, assista ao vídeo: Marcha Normal – Ciclos e Fases da 
Marcha, disponível no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=Qjj84musSpk. 
A importância desse vídeo compreende transitar por assuntos 
complementares de movimento e mostrar ao aluno a importância 
de uma marcha funcional, após compreender os conceitos básicos da unidade.
https://www.youtube.com/watch?v=Qjj84musSpk
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
É imprescindível tomar conhecimento da construção do movimento a partir do seu 
surgimento e de conceitos introdutórios sobre cinesiologia, biomecânica, alavancas, torque, 
braço de força e resistência, leis de Newton e composição muscular baseada em tipos de fibras e 
lesões construídas por uma sinergia não atuante. Com isso, a primeira unidade contempla uma 
visualização teórica aplicada, com o intuito de providenciar visualizações básicas sobre o sistema 
musculoesquelético.
Além disso, outro objetivo foi contribuir para estratégias futuras em relação a nossa 
disciplina, de modo que a influência do conhecimento proposto caracteriza a compreensão do 
movimento humano a partir de agora. 
Vamos estudar ossos, articulações, músculos e todos os componentes necessários para 
entender o corpo humano em sua totalidade, por meio dos principais movimentos e ações 
musculares desenvolvidos, visualizando aspectos funcionais e restritivos, de modo que, como 
profissional fisioterapeuta que será no futuro, o acadêmico seja capaz de construir pensamentos 
críticos no tratamento de várias patologias ortopédicas, neurológicas, reumatológicas, geriátricas, 
pediátricas e outras.
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................28
1. GONIOMETRIA E SUAS GENERALIDADES ............................................................................................................29
1.1 AMPLITUDE DE MOVIMENTO .............................................................................................................................. 31
1.2 PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DA GONIOMETRIA ................................................................................................ 31
2. PROVAS E FUNÇÕES MUSCULARES ....................................................................................................................32
3. MEMBROS SUPERIORES .......................................................................................................................................33
3.1 ÂNGULOS ARTICULARES FUNCIONAIS DO MEMBRO SUPERIOR ...................................................................34
3.2 COMPLEXO DO OMBRO .......................................................................................................................................34
3.2.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DO OMBRO (0 - 180°) ............................................................................................35
3.2.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DO OMBRO (0 - 45°) ........................................................................................35
COMPREENSÃO DO MOVIMENTO HUMANO
 PROF. ME. GUSTAVO HENRIQUE MARQUES MORENO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CINESIOLOGIA E CINESIOTERAPIA
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3.2.3 MOVIMENTO DE ABDUÇÃO DO OMBRO (0 - 180°) .......................................................................................35
3.2.4 MOVIMENTO DE ADUÇÃO DO OMBRO (0 - 40°) ...........................................................................................35
3.2.5 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO MEDIAL DO BRAÇO (0 – 90°) ...........................................................................36
3.2.6 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO LATERAL DO BRAÇO (0 – 90°) .........................................................................36
3.3 COMPLEXO DO COTOVELO E ANTEBRAÇO .......................................................................................................36
3.3.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO E EXTENSÃO DE COTOVELO (0 - 145°) ...............................................................37
3.3.2 MOVIMENTO DE PRONAÇÃO DO ANTEBRAÇO (0 - 90°) .............................................................................37
3.3.3 MOVIMENTO DE SUPINAÇÃO DO ANTEBRAÇO (0 - 90°) ............................................................................37
3.4 ARTICULAÇÃO DO PUNHO E MÃO .....................................................................................................................37
3.4.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DA MÃO (0 - 90°) ...................................................................................................38
3.4.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA MÃO (0 - 70°) ..............................................................................................38
3.4.3 MOVIMENTO DE ABDUÇÃO DA MÃO OU DESVIO RADIAL (0 - 20°) ............................................................38
3.4.4 MOVIMENTO DE ADUÇÃO DA MÃO OU DESVIO ULNAR (0 - 45°) ...............................................................38
4. MEMBROS INFERIORES ........................................................................................................................................394.1 ÂNGULOS ARTICULARES FUNCIONAIS DOS MEMBROS INFERIORES ...........................................................39
4.2 QUADRIL ................................................................................................................................................................39
4.2.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DE COXA (0 - 125°) ................................................................................................40
4.2.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA COXA (0 - 10°) ...........................................................................................40
4.2.3 MOVIMENTO DE ABDUÇÃO DA COXA (0 - 45°)..............................................................................................40
4.2.4 MOVIMENTO DE ADUÇÃO DA COXA (0 - 15°) ................................................................................................40
4.2.5 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO MEDIAL DA COXA (0 - 45°) .............................................................................. 41
4.2.6 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO LATERAL DA COXA (0 - 45°) ............................................................................ 41
4.3 JOELHO .................................................................................................................................................................. 41
4.3.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DE JOELHO (0 - 140°) E DE EXTENSÃO DE JOELHO (0 - 10°) .......................... 41
4.4 TORNOZELO E PÉ .................................................................................................................................................42
4.4.1 MOVIMENTO DE DORSIFLEXÃO OU FLEXÃO DORSAL DO PÉ (0 - 20°) .......................................................42
4.4.2 MOVIMENTO DE PLANTIFLEXÃO OU FLEXÃO PLANTAR DO PÉ (0 - 45°) ..................................................42
4.4.3 MOVIMENTO DE INVERSÃO DO PÉ (0 - 40°) ................................................................................................42
4.4.4 MOVIMENTO DE EVERSÃO DO PÉ (0 - 20°) ..................................................................................................43
5. ESQUELETO AXIAL ..................................................................................................................................................43
5.1 ÂNGULOS ARTICULARES FUNCIONAIS DA COLUNA VERTEBRAL ..................................................................43
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5.2 COLUNA VERTEBRAL CERVICAL .........................................................................................................................43
5.2.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DA REGIÃO CERVICAL (0 - 65°) ...........................................................................43
5.2.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA REGIÃO CERVICAL (0 - 50°) ....................................................................44
5.2.3 MOVIMENTO DE INCLINAÇÃO LATERAL DA REGIÃO CERVICAL (0 - 65°) .................................................44
5.2.4 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO DA REGIÃO CERVICAL (0 - 65°) .......................................................................44
5.3 COLUNA VERTEBRAL LOMBAR ...........................................................................................................................44
5.3.1 MOVIMENTO DE FLEXÃO DA REGIÃO LOMBAR (0 - 95°) .............................................................................44
5.3.2 MOVIMENTO DE EXTENSÃO DA REGIÃO LOMBAR (0 - 35°) .......................................................................45
5.3.3 MOVIMENTO DE FLEXÃO LATERAL DA REGIÃO LOMBAR (0 - 40°) ...........................................................45
5.3.4 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO DA REGIÃO LOMBAR (0 - 35°) .........................................................................45
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................46
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, iremos abordar os aspectos gerais do movimento humano. Grande parte 
do estudo cinesiológico busca compreender a composição óssea, muscular e articular que fazem 
parte dos elementos estáticos e dinâmicos, visando estabilizar e movimentar os componentes 
necessários para produção de movimento. Sendo assim, destaca-se a viabilidade de uma análise 
específica do esqueleto axial e apendicular que contextualiza abordagens fisioterapêuticas a fim 
de estabelecer uma avaliação básica da concepção de movimentos, identificando a complexidade 
em proporcionar tratamento adequado aos portadores de patologias associadas ao sistema 
musculoesquelético.
Trata-se de um estudo fundamental para as especificidades terapêuticas, inspirando 
um olhar crítico voltado para as características gerais da produção de cinesias. Sendo assim, o 
objetivo principal para o aluno é fazê-lo estruturar avaliações do sistema motor, a fim de torná-
lo apto a verificar amplitudes de movimento (ADM) e força muscular através dos movimentos 
osteocinemáticos produzidos por grupos musculares específicos, capazes de desempenhar 
funções fundamentais e fisiológicas dentro do sistema motor.
Neste contexto, a unidade irá fazer um apanhado geral sobre goniometria e força 
muscular, a partir das generalidades, princípios goniométricos e de função muscular, através 
do conhecimento prévio de membros superiores, inferiores e coluna vertebral. Os principais 
componentes ósseos, musculares e articulares que fazem parte de ombro, cotovelo, punho, mãos, 
quadril, joelho, tornozelo, pés e coluna vertebral serão explorados além da visão anatômica, 
preteridos pela biomecânica e cinemática de movimento.
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1. GONIOMETRIA E SUAS GENERALIDADES
A goniometria é vinda de duas palavras gregas, são elas: gonia, que tem como significado 
ângulo, e metron, que significa medida. Portanto, a goniometria nada mais é que a medida 
dos ângulos do corpo humano em toda sua extensão, desde os membros superiores, membros 
inferiores e a coluna. Para se fazer a goniometria, utilizamos como instrumento o goniômetro 
universal, como destacado na Figura 1. 
Figura 1 – Goniômetro universal. Fonte: Marques (2003).
Os goniômetros, com o decorrer do tempo, foram passando por diversas mudanças, hoje 
são encontrados em acrílico, plástico mais leve ou metal (Figura 2), podendo ser digital ou mais 
simples, como descrito na Figura 1. Porém, todos seguindo um mesmo princípio, segundo o 
qual devem conter braço fixo e braço móvel. O corpo do goniômetro contém as escalas, ou seja, 
podem formar um círculo completo nos valores de 0 a 360° ou semicírculo de 0 a 180°. 
Figura 2 – Goniômetro metálico. Fonte: Marques (2003).
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Os valores encontrados na avaliação goniométrica nos fornecem informações como: 
• Se há ou não a presença de disfunção de movimento;
• Direcionar para um possível diagnóstico fisioterapêutico apresentado (restrições ou 
excesso de movimentos); 
• Definir objetivos de tratamento baseados na amplitude restrita ou hipermóvel; 
• Acompanhar a evolução do paciente nos aspectos de melhora e recuperação funcional; 
• Adaptar o tratamento;
• Orientar a fabricação de órteses;
• Efetuar e direcionar pesquisas que abordem a recuperação das limitações funcionais;
O goniômetro, no dia a dia dos fisioterapeutas, só tem a agregar no melhor 
direcionamento para as condutas a serem tomadas com base na disfunção 
apresentada pelo paciente e servir de parâmetro para se fazer a comparação 
do primeiro dia de tratamento para o último dia de atendimento. O goniômetro é 
um instrumento de fácil manuseio e compreensão, tendo um custo baixo. Além 
disso, auxilia na avaliação das articulações em seus planos e eixos de modo a 
verificarse há algo limitando ou bloqueando o movimento. O tipo de goniômetro 
influencia muito nesse aspecto, pois, para ossos longos e grandes articulações, 
o goniômetro com o braço longo garante mais precisão das medidas ao ver o 
movimento, e goniômetros pequenos garantem mais precisão para as falanges e 
pequenas articulações, como na Figura 3. 
Figura 3 – Goniômetro pequeno para pequenas articulações. Fonte: Marques (2003).
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1.1 Amplitude de Movimento 
A amplitude de movimento (ADM) é o modo quantitativo dos movimentos das 
articulações. Para que seja feito a medida da ADM, precisa-se que as articulações estejam em 
posição anatômica, com exceção apenas dos movimentos de rotações. 
A ADM ativa é a quantidade de movimento que a articulação do paciente realiza sem 
qualquer ajuda externa. Através dela é possível avaliar a articulação, coordenação motora e a 
força muscular da ADM do indivíduo. Se o paciente realizá-la sem dor e sem esforço, é possível 
se ter real noção da condição que o paciente apresenta, e o contrário se torna verdadeiro, se ao 
realizar a ADM ativa e o paciente não realizar a amplitude toda ou sentir dor, temos um alerta de 
que algo ali está diferente ou anormal, servindo, assim, de parâmetro para a avaliação. 
Por sua vez, a ADM passiva é realizada pelo terapeuta sem auxílio do paciente e serve para 
que se avalie a integridade da cápsula articular, tendões, músculos e das superfícies articulares de 
modo mais preciso e exato. 
1.2 Princípios da Aplicação da Goniometria
Para que seja realizada com mais precisão a goniometria, aconselha-se que o aplicador, 
ao localizar a estrutura anatômica testada, faça um ponto com o lápis dermatográfico, sendo 
necessário localizar e realizar as medidas das angulações. 
Ao realizar a goniometria, é de extrema importância passar as orientações corretas para o 
paciente, o modo como tem que ser realizado o movimento e, caso o indivíduo não compreenda 
corretamente, faça o movimento de modo que ele observe e reproduza-o. 
Quando for feita a palpação do local a ser avaliado e a vestimenta do paciente estiver 
cobrindo a região, oriente o paciente a retirar, mas, antes, explique o porquê e o como será a 
avaliação. O ideal é que a região a ser avaliada seja descoberta. 
Na goniometria, o movimento que a literatura traz como movimento ideal é o movimento 
passivo, de modo que o paciente o realize e, nos movimentos finais, o terapeuta o auxilie. Mas, 
o movimento ativo também pode ser utilizado, isso variará de acordo com o tipo de avaliação e 
limitação observada. Porém, deve ser escolhida apenas a execução passiva ou ativa, seja no início 
ou ao final do tratamento imposto.
O que se diz quando há uma diminuição da amplitude de movimento? E quando 
há um aumento dos movimentos angulares reproduzidos em uma articulação? 
Quando se diz que as angulações de movimento estão funcionais, significa que as 
articulações estão íntegras. Por outro lado, quando os movimentos são restritos 
ou aumentados, considera-se que esta amplitude e movimento encontram-se 
disfuncionais, ou seja, necessitam de intervenção fisioterapêutica. Diante disso, 
pense comigo, como nomeamos a diminuição ou aumento da ADM? Deve-se 
pensar em termos como hipomobilidade, caracterizado pela diminuição da ADM, 
e hipermobilidade, considerada uma ADM excessiva.
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É de grande importância que o alinhamento corporal do paciente esteja próximo do 
posicionamento anatômico, evitando compensações, para evitar falsos resultados ou medidas 
inapropriadas. Após fazer o alinhamento corporal do paciente, oriente-o como deve ser realizado 
o movimento até a sua amplitude total. Se precisar, auxilie o paciente. 
Quando o indivíduo tem um lado sadio e um lado comprometido, devemos utilizar o bom 
como parâmetro e avaliar os dois lados. Quando os dois estão comprometidos, devemos seguir a 
tabela de valores funcionais da região avaliada. Ao realizarmos a avaliação devemos sempre ser 
precisos e coerentes no posicionamento do paciente, iniciar pelos membros superiores e depois 
membros inferiores (se necessário, pois a goniometria deve ser específica das regiões acometidas). 
De modo que não haja tanta manipulação do paciente, evitando mudanças de decúbito. 
2. PROVAS E FUNÇÕES MUSCULARES
Como descrito acima, uma boa avaliação fisioterapêutica, com todos os seus parâmetros, 
sendo fidedignos e precisos, propicia um melhor atendimento e avaliação para o paciente. Além da 
goniometria, as provas e funções musculares têm grande importância nas respostas relacionadas 
à fraqueza ou funcionalidade muscular.
Grau de Força Classificação dos graus de força muscular
0 O músculo não esboça contração, ou seja, sem atividade. 
1 O músculo esboça contração, porém não produz movimento.
2 Contração com movimento sem ação da gravidade ou com ADM incom-pleta contra a gravidade.
3 O músculo faz a contração com movimento contra a gravidade sem resis-tência e ADM completa.
4 Contração com movimento vencendo resistência leve e ADM completa.
5 O músculo tem máxima capacidade contrátil, vence maiores resistências em ADM completa.
Quadro 1 – Escala de Força muscular. Fonte: O autor.
Para compreender melhor a forma de se realizar a goniometria, 
segue um vídeo gravado pelo professor e seus estagiários na 
compreensão da execução correta da técnica em membros 
superiores, inferiores e coluna. Trata-se de uma visualização prática 
da técnica estudada na unidade. Para assistir ao vídeo, acesse o 
Aula Prática de Goniometria, que está disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=PWr3RWWT6rU. 
https://www.youtube.com/watch?v=PWr3RWWT6rU
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Sabendo destes valores, dos movimentos que os músculos realizam em cada articulação 
do nosso corpo e os valores normais da ADM, podemos objetivar o tratamento e descrever as 
condutas a serem aplicadas de acordo com a necessidade que o paciente apresentou na goniometria 
e na prova de função muscular. 
3. MEMBROS SUPERIORES
São importantes no desempenho de inúmeras atividades da vida diária e proporcionam 
uma variabilidade de funções que tornam o ser humano independente em suas atividades da vida 
diária (AVDs). A produção de movimentos funcionais caracteriza um menor gasto energético e 
possibilita uma maior harmonia entre os movimentos produzidos pelos músculos e articulações. 
Porém, algumas alterações podem ser evidenciadas e prejudicar a qualidade de vida de um 
paciente, sendo assim, há características físicas relacionadas aos movimentos funcionais ou 
deficitários. 
Existem movimentos osteocinemáticos reproduzidos por todo o trajeto proximal 
(ombro), intermediário (cotovelo) ou distal (mãos) do membro superior, considerados essenciais 
no desempenho de funções, por isso, faz-se necessário o conhecimento de estruturas, movimentos 
funcionais, músculos estabilizadores e motores de todo complexo de membros superiores, para 
que assim, o profissional possa tomar conhecimento de todas as disfunções apresentadas e traçar 
um protocolo de tratamento adequado para seus pacientes.
Para compreender melhor a forma de se realizar as provas de função 
muscular, segue vídeo gravado pelo professor e seus estagiários 
na compreensão da execução correta da técnica em membros 
superiores, inferiores e coluna. Trata-se de uma visualização prática 
da técnica estudada na unidade. O vídeo se intitula Aula Prática de 
Provas de Função Muscular e está disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=A_gddyB7MNM. 
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3.1 Ângulos Articulares Funcionais do Membro Superior
 
Articulação Movimento Graus de movimento
Ombro
Flexão
Extensão
AduçãoAbdução
Rotação medial
Rotação lateral
0 - 180°
0 - 45°
0 – 40°
0 – 180°
0- 90°
0- 90°
Cotovelo FlexãoExtensão
0 - 145°
145°- 0
Radioulnar PronaçãoSupinação
0 - 90°
0 - 90°
Punho
Flexão
Extensão
Desvio Radial
Desvio Ulnar
0 - 90°
0 - 70°
0 - 20°
0 - 45°
Quadro 2 – Angulações fisiológicas para movimentos de membros superiores. Fonte: Marques (2003). 
3.2 Complexo do Ombro
É um conjunto das principais articulações de membro superior e a que possui maior 
mobilidade no corpo. É composta por ossos, ligamentos e músculos. Os ossos que fazem parte 
deste complexo são: úmero, clavícula, escápula e o esterno. Já as articulações são: glenoumeral, 
esternoclavicular, acromioclavicular e a escapulo torácica. 
Os músculos presentes na estabilização e nos movimentos da escápula são: serrátil 
anterior, trapézio, romboide maior e menor, peitoral menor e o levantador da escápula. Já os que 
participam do manguito rotador (estabilizadores de ombro) são: supraespinhal, infraespinhal, 
redondo menor, subescapular e bíceps braquial, que são os mais importantes. E, por fim, mas 
não menos importantes, contribuindo para que sejam feitos os movimentos de flexão, extensão, 
rotação interna e externa, abdução e adução, temos os músculos que são famosos por serem os 
grandes motores do ombro, que são: deltoide, latíssimo do dorso, redondo maior, peitoral maior 
e coracobraquial. 
Os músculos citados acima possuem grande importância para o bom funcionamento da 
articulação pelos seguintes fatores: 
• Permite que aconteça os movimentos globais de membros superiores (flexão, extensão, 
rotação interna e externa, abdução e adução);
• Se o fisioterapeuta tem o conhecimento dos movimentos que aquele músculo faz, ele 
auxiliará na avaliação e vai traçar a conduta específica; 
• Saberá quando estimular ou inibir os músculos agonistas, antagonistas e os sinergistas;
• Através dos músculos fazer corretamente a estabilização passiva e dinâmica do ombro;
• Saber quais dos músculos fará o posicionamento ou que terá que ser fortalecido, 
melhorando o desempenho nas práticas de esportes, AVDs, marcha, atividades laborais 
e outras. 
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3.2.1 Movimento de flexão do ombro (0 - 180°)
A posição do paciente deve ser preferencialmente em sedestação, podendo ser em 
decúbito dorsal ou em ortostatismo, mantendo sempre um bom alinhamento corporal. O braço 
fixo do goniômetro deve estar ao longo da linha axilar média do tronco, apontando para o 
trocanter maior do fêmur. Já o braço móvel deve estar posicionado na superfície lateral do corpo 
do úmero voltada para a o epicôndilo lateral. O eixo deve estar posicionado no acrômio, seguido 
da colocação correta dos braços do goniômetro. Os músculos importantes para a flexão são: 
deltoide anterior, coracobraquial, cabeça longa do bíceps braquial e peitoral maior. 
3.2.2 Movimento de extensão do ombro (0 - 45°)
A posição do paciente deve ser preferencialmente em sedestação, podendo ser em 
decúbito ventral ou em ortostatismo, mantendo sempre um bom alinhamento corporal. Os 
braços do goniômetro movem-se como na atividade da flexão descrita anteriormente. O eixo 
deve estar posicionado no eixo látero-lateral da articulação glenoumeral, na região próxima ao 
acrômio, seguido da colocação correta dos braços do goniômetro. Os músculos importantes para 
o movimento de extensão são: grande dorsal, redondo maior, deltoide posterior, cabeça longa do 
tríceps braquial e peitoral maior (quando o ombro está fletido a 90°).
3.2.3 Movimento de abdução do ombro (0 - 180°) 
O movimento de abdução do ombro deve ser realizado fazendo-se a elevação lateral do 
braço em relação ao tronco. Neste momento, temos a presença do movimento da escápula a partir 
do ângulo de 90°. A posição do paciente pode ser em sedestação ou ortostatismo, mantendo 
sempre um bom alinhamento. Caso seja em ortostatismo, o braço fixo do goniômetro deve estar 
ao longo da linha axilar posterior do tronco; por sua vez, o braço móvel deve estar posicionado na 
superfície posterior do braço, voltado para a região dorsal da mão. O eixo deve estar posicionado 
na região próxima ao acrômio, mas não sendo mudado para se posicionar sobre a superfície 
anatômica do acrômio, apenas próximo, seguido da colocação correta dos braços do goniômetro. 
Os músculos importantes para o movimento de abdução são: deltoide anterior associado com 
deltoide posterior, deltoide médio, supraespinhal e bíceps braquial.
3.2.4 Movimento de adução do ombro (0 - 40°) 
Muitas literaturas trazem esse movimento como o retorno do movimento de abdução, 
porém, segundo alguns autores, ele traz a adução na horizontal na frente do corpo, com a palma 
da mão voltada para o chão e com o ombro fazendo um ângulo de 90°. A posição ideal seria 
em sedestação e o braço fixo do goniômetro fica paralelo à linha mediana anterior. Já o braço 
móvel fica sobre a superfície lateral do úmero. E, por fim, o eixo do goniômetro fica sobre o 
eixo anteroposterior da articulação da glenoumeral. É necessário, antes de começar a avaliação, 
observar se o ombro está fazendo 90° de flexão. Os músculos importantes na adução são: grande 
dorsal, redondo maior, peitoral maior, coracobraquial e cabeça longa do tríceps. 
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3.2.5 Movimento de rotação medial do braço (0 – 90°) 
No movimento de rotação medial do braço, a posição ideal da avaliação seria o paciente 
em decúbito dorsal, com 90° de flexão de ombro, cotovelo também a 90° de flexão, associado a 
supinação de antebraço. A palma da mão será paralela ao plano sagital (palma da mão voltada 
para o corpo), o úmero será apoiado sobre a maca ou local onde o paciente se encontra deitado 
e o cotovelo deve estar para fora desta superfície mantendo-se sem apoio. O braço fixo fica 
paralelo ao solo e o braço móvel, após o término do movimento, fica sobre a região posterior do 
antebraço, dirigindo-se para o terceiro dedo da mão. E, por fim, o eixo fica localizado na região 
anatômica do olécrano. Um aspecto importante é deixar o goniômetro a 90° para, assim, iniciar o 
movimento. Os músculos importantes para a rotação medial são: grande dorsal, redondo maior, 
peitoral maior, deltoide anterior e subescapular. 
3.2.6 Movimento de rotação lateral do braço (0 – 90°) 
No movimento de rotação lateral do braço, a posição ideal para avaliação seria o paciente 
em decúbito dorsal, com 90° de flexão de ombro, cotovelo também a 90° de flexão, associado a 
supinação de antebraço. A palma da mão será paralela ao plano sagital (palma da mão voltada 
para o corpo), o úmero será apoiado sobre a maca ou local onde o paciente se encontra deitado 
e o cotovelo deve estar para fora desta superfície, mantendo-se sem apoio. O braço fixo fica 
paralelo ao solo e o braço móvel, após o término do movimento, fica sobre a região posterior do 
antebraço, dirigindo-se para o terceiro dedo da mão. E, por fim, o eixo fica localizado na região 
anatômica do olécrano. Um aspecto importante é deixar o goniômetro a 90° para, assim, iniciar o 
movimento. Os músculos importantes na rotação lateral são: deltoide posterior, redondo menor, 
infra espinhal.
3.3 Complexo do Cotovelo e Antebraço 
A articulação do cotovelo participa do complexo de articulações do membro superior, 
que possui uma extrema importância, seja para realizar as atividades de vida diária, atividade 
física, laboral, dentre outros. Como no ombro, o cotovelo possui suas particularidades, contendo 
ossos, músculos e articulações principais. 
Os ossos que compõem o cotovelo são: o úmero, o rádio e a ulna. E as articulações presentes 
são: umeroulnar e umerorradial (pertencem ao plano sagital) – responsáveis pelo movimento de 
flexão e extensão, formam o cotovelo, que é um tipo de articulação gínglimo/dobradiça, como o 
termo mais utilizado. Já a articulação radioulnar proximal pertenceao plano transverso, faz os 
movimentos de pronação e supinação e o tipo de articulação é a pivô trocoide. 
Os músculos flexores de cotovelo são: braquial, bíceps braquial, braquiorradial e pronador 
redondo (sinergista). Já os extensores de cotovelo são: ancôneo e tríceps braquial. E os supinadores 
do antebraço são: supinador, bíceps braquial (sinergista) e o braquiorradial (sinergista). E, por 
fim, os pronadores do antebraço são: pronador redondo e pronador quadrado. Todos os músculos 
atuam de acordo com sua função para que assim ocorra o movimento. 
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3.3.1 Movimento de flexão e extensão de cotovelo (0 - 145°) 
Sabendo-se que o movimento de flexão vai de 0 - 145° e que a extensão nada mais é 
que o retorno do movimento de flexão, o valor do movimento de extensão é 145° - 0°. Nestes 
movimentos, a mão ficará na posição anatômica. A posição ideal para a avaliação é em sedestação, 
mas podendo ser em ortostatismo e em decúbito dorsal, respeitando sempre a posição e 
alinhamento anatômicos. O braço fixo do goniômetro ficará localizado na superfície lateral do 
úmero, voltado para o acrômio e o braço móvel ficará na região lateral do rádio, apontado para 
o seu processo estiloide. O eixo, por sua vez, ficará aproximadamente na região anatômica do 
epicôndilo lateral do úmero. 
3.3.2 Movimento de pronação do antebraço (0 - 90°) 
No movimento de pronação do antebraço, a posição ideal para a avaliação é em 
sedestação, mas podendo ser em ortostatismo e em decúbito dorsal, respeitando sempre a 
posição e alinhamento anatômicos. O cotovelo deve estar em 90° fletido, os braços junto ao corpo 
e o antebraço em posição neutra entre os movimentos de pronação e supinação. O braço fixo 
do goniômetro ficará localizado na superfície dorsal das regiões metacarpais, paralelo ao eixo 
longitudinal do úmero, e o braço móvel ficará paralelo ao polegar, acompanhando o movimento. 
O eixo, por sua vez, ficará na região anatômica metacarpofalangeana do dedo médio. 
3.3.3 Movimento de supinação do antebraço (0 - 90°) 
No movimento de supinação do antebraço, a posição ideal para a avaliação é em 
sedestação, mas pode ser em ortostatismo e em decúbito dorsal, lembrando sempre de respeitar 
a posição e alinhamento anatômico. O cotovelo deve estar em 90° fletido, os braços junto ao 
corpo e o antebraço em posição neutra entre os movimentos de pronação e supinação. O braço 
fixo do goniômetro ficará localizado na superfície dorsal das regiões metacarpais, paralelo ao 
eixo longitudinal do úmero, e o braço móvel ficará paralelo ao polegar (também é utilizado um 
lápis, solicitando ao paciente que segure para melhor precisão na medida), acompanhando o 
movimento de supinação. O eixo ficará na região anatômica metacarpofalangeana do dedo médio. 
3.4 Articulação do Punho e Mão 
Tanto o punho quanto a mão possuem grande importância, semelhante ao cotovelo e ao 
ombro, possuindo seus músculos, ossos e articulações, permitindo que o movimento e as funções 
se mantenham íntegras. Contudo, é considerada uma parte do corpo mais versátil, fazendo 
movimentos de pinça fina (polegar associado ao indicador) e manipulações amplas e fortes (dedo 
médio associado ao anelar e dedo mínimo), considerado órgão preênsil, tendo grande impacto 
no desempenho tátil, verbal e funcional.
Os ossos presentes no punho são: rádio (porção distal), ulna (porção distal) e os ossos do 
carpo. Os ossos que constituem a mão são os metacarpos e as falanges. As articulações do punho 
são: articulação radiocarpal e mediocarpal. A articulação da mão é a articulação carpometacarpal 
e, por fim, a articulação dos dedos são as articulações metacarpofalângicas e a interfalângicas. 
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A musculatura que compõe o punho e a mão são: o flexor radial do carpo, flexor ulnar 
e o palmar longo fazem a flexão de punho e mão; e o extensor radial longo e curto do carpo e 
o extensor ulnar do carpo fazem a extensão de punho e mão; além do flexor radial do carpo, o 
abdutor e o extensor longo polegar, o extensor radial longo do carpo, o extensor radial curto do 
carpo e o extensor curto do polegar, que fazem os movimentos de abdução do punho e da mão, e 
flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo, que fazem a adução do punho e da mão. 
3.4.1 Movimento de flexão da mão (0 - 90°) 
No movimento de flexão da mão, o paciente poderá ficar em ortostatismo ou em 
sedestação, mantendo a pronação do antebraço e cotovelo fletido a 90°. Neste movimento, os 
dedos ficarão estendidos. O braço fixo do goniômetro ficará sobre a face medial da ulna e o braço 
móvel do goniômetro ficará sobre a superfície medial do quinto metacarpo. E, por fim, o eixo 
ficará sobre a região da superfície medial do punho. 
3.4.2 Movimento de Extensão da mão (0 - 70°)
No movimento de extensão da mão, o paciente poderá ficar em ortostatismo ou em 
sedestação, mantendo a pronação do antebraço e cotovelo fletido a 90°. Neste movimento, os 
dedos ficarão estendidos. O braço fixo do goniômetro ficará sobre a face medial da ulna e o braço 
móvel do goniômetro ficará sobre a superfície medial do quinto metacarpo. E, por fim, o eixo 
ficará sobre a região da superfície medial do punho. 
3.4.3 Movimento de abdução da mão ou desvio radial (0 - 20°)
No movimento de abdução da mão, o paciente poderá ficar em ortostatismo ou em 
sedestação, mantendo a posição anatômica da mão e o goniômetro ficará sobre o dorso da mão. 
O braço pode ficar em pronação ou em posição neutra. O braço fixo do goniômetro ficará sobre 
a região posterior do antebraço, com seu direcionamento para o epicôndilo lateral do úmero, e o 
braço móvel do goniômetro ficará sobre a superfície dorsal do terceiro metacarpo. E, por fim, o 
eixo ficará sobre a região da articulação radiocarpal. 
3.4.4 Movimento de adução da mão ou desvio ulnar (0 - 45°) 
No movimento de adução da mão, o paciente poderá ficar em ortostatismo ou em 
sedestação, mantendo a posição anatômica da mão e o goniômetro ficará sobre o dorso da mão. 
O braço pode ficar em pronação ou em posição neutra. O braço fixo do goniômetro ficará sobre 
a região posterior do antebraço, com seu direcionamento para o epicôndilo lateral do úmero, e o 
braço móvel do goniômetro ficará sobre a superfície dorsal do terceiro metacarpo. E, por fim, o 
eixo ficará sobre a região da articulação radiocarpal. 
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4. MEMBROS INFERIORES
Assim como a região do ombro, a região da pelve e quadril tem sua estrutura e função 
completamente interligadas e formam a parte proximal dos membros inferiores. Além disso, 
oferece uma grande produção de energia em cadeia cinética fechada através dos ossos pélvicos 
interligados que formam a sínfise púbica anteriormente. Posteriormente, o sacro e a última vértebra 
lombar formam a articulação sacrococcígea. Diante disso, é oferecida ao corpo uma estabilidade 
associada à uma mobilidade efetiva para desempenhar grandes funções de deambulação. 
O quadril proximal é responsável por transmitir forças entre o tronco e o solo, funcionando 
como um dos principais agentes do sistema locomotor, contrabalanceando 85% do peso corporal 
a cada passo. O joelho é a articulação intermediária do membro inferior, capaz de suportar o 
peso corporal na posição totalmente ereta sem contração e gasto energético da musculatura 
circundante, proporcionando grandes amplitudes de movimento e estabilidade. Por sua vez, o 
tornozelo e pé são estruturas distais do membro inferior, capazes de absorver impactos contra o 
solo e propiciar energia propulsora para caminhada, oferecendo suporte, equilíbrio e desempenho 
de funções capazes de estimular grande independência funcional ao indivíduo.
4.1 Ângulos Articulares Funcionais dos Membros Inferiores
ArticulaçãoMovimento Graus
Quadril
Flexão
Extensão
Adução
Abdução
Rotação Medial (Interna)
Rotação Lateral (Externa)
0 – 125 °
0 – 10°
0 – 15°
0 – 45°
0 – 45°
0 – 45°
Joelho Flexão 0 – 140°
Tornozelo
Flexão dorsal
Flexão plantar
Abdução
Adução
0 – 20°
0 – 45°
0 – 20°
0 – 40°
Quadro 3 – Angulações fisiológicas dos movimentos de membros superiores. Fonte: O autor. 
4.2 Quadril
Também considerada uma articulação importante em nosso corpo, é responsável por 
interligar o tronco ao membro inferior. O quadril é constituído pelos ossos acetábulo e fêmur, e 
a articulação presente é a articulação acetábulo femoral. Todas elas possuem funções conjuntas 
para atuar no movimento do fêmur sobre a pelve, estabilizar o membro inferior, permitir a 
deambulação e a movimentação, a prática de esportes, AVDs, além de manter o equilíbrio e atuar 
na nossa propriocepção. 
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4.2.1 Movimento de flexão de coxa (0 - 125°) 
Executada na porção lateral da coxa, sobreposta na articulação do quadril com o joelho 
fletido. O posicionamento do indivíduo deve ser em decúbito dorsal. O braço fixo do goniômetro 
será sobreposto na linha média axilar do tronco e o braço móvel paralelo e sobreposto a face 
lateral da coxa em direção ao côndilo lateral do fêmur. O eixo irá se localizar no nível do trocanter 
maior do fêmur. É possível ter dificuldade para realização, dependendo diretamente do volume 
dos músculos da coxa e quadril. O músculo responsável pela flexão de quadril é o quadríceps e 
o iliopsoas.
4.2.2 Movimento de extensão da coxa (0 - 10°) 
O indivíduo deve ficar em decúbito ventral ou, de forma variável, em decúbito lateral. 
O braço fixo do goniômetro fica sobreposto na linha axilar média do tronco e o braço móvel 
sobreposto a face lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral do fêmur. O eixo fica fixo à nível 
de trocanter maior do fêmur. É necessário observar se o indivíduo mantém as espinhas ilíacas 
ântero-superiores apoiadas no leito, garantindo o não movimento da coluna lombar. O músculo 
responsável pela extensão de quadril é o glúteo máximo. 
4.2.3 Movimento de abdução da coxa (0 - 45°)
O indivíduo deve estar em decúbito dorsal, com observação referente ao alinhamento 
corporal e a medição, que deve ser feita na região anterior da coxa (articulação da coxa). O 
braço fixo do goniômetro fica sobreposto sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas ântero-
superiores ou nivelado com as espinhas ilíacas ântero-superiores, e o braço móvel fica sobreposto 
na face anterior da coxa, ao longo da diáfise do fêmur. O eixo fixo anteroposterior à articulação do 
quadril deve estar em nível do trocanter maior. Deve-se evitar que os membros inferiores adotem 
posicionamento em rotação medial e/ou lateral, sendo fundamental manter a simetria do braço 
fixo, mesmo havendo necessidades de deslocamento (pouco abaixo das espinhas ilíacas), para 
que o braço móvel conformize com o eixo da diáfise do fêmur. Os músculos responsáveis são o 
tensor da fáscia lata, glúteo médio e sartório. 
4.2.4 Movimento de adução da coxa (0 - 15°) 
O indivíduo deve estar em decúbito dorsal, a medida é feita na porção anterior da coxa, 
sobreposta a articulação do quadril. O membro contralateral a ser medido afasta-se em abdução 
para permitir a adução do membro que será medido. O braço fixo do goniômetro é sobreposto 
sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas ântero-superiores ou nivelado às espinhas ilíacas 
ântero-superiores e o braço móvel sobreposto na face anterior da coxa, ao longo da diáfise do 
fêmur. O eixo fixo anteroposterior da articulação do quadril deve estar em nível de trocanter 
maior do fêmur. É necessário salientar que a pelve terá um deslocamento, impedindo a colocação 
correta do goniômetro e, ainda, que o corpo pode dar a direção correta do movimento e o quadril 
tenderá a rotação lateral na abdução e rotação medial na adução, sendo orientado evitar ambas. 
Os músculos responsáveis são o glúteo máximo, fibras inferiores, pectíneo, adutor magno, adutor 
longo, adutor curto e grácil. 
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4.2.5 Movimento de rotação medial da coxa (0 - 45°) 
O indivíduo deve estar em sedestação, com joelho e quadril fletidos a 90°, em posição 
neutra, tendo uma variação em decúbito dorsal, com joelho e quadril fletidos a 90°. O braço fixo 
do goniômetro é sobreposto paralelo e sobre a linha média anterior da tíbia, o eixo fixo sobreposto 
ao centro do joelho (face anterior da patela). O braço fixo deve se manter perpendicular ao 
chão e o braço móvel sobreposto ao longo da tuberosidade da tíbia anteriormente. Os músculos 
responsáveis são o tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo. 
4.2.6 Movimento de rotação lateral da coxa (0 - 45°) 
O indivíduo deve estar em sedestação, com joelho e quadril fletidos a 90°, em posição 
neutra, tendo uma variação em decúbito dorsal, com joelho e quadril fletidos a 90°. O braço fixo 
do goniômetro é sobreposto perpendicular à margem anterior da tíbia e o braço móvel é colocado 
sobre a margem anterior da tíbia. O eixo fixo fica sobre a linha articular do joelho (face anterior 
da patela). Os músculos responsáveis são o piriforme, quadrado femoral, obturador interno, 
obturador externo e gêmero. 
4.3 Joelho
O joelho é uma articulação intermediária, fica entre o quadril e o pé e apresenta apenas 1 
grau de liberdade que seria a flexão e a extensão, porém, de forma mais acessória, apresenta um 2º 
grau que seria as rotações, mas isso acontece apenas se o joelho estiver fletido. Ele é constituído pelo 
fêmur, patela, tíbia e fíbula. Suas articulações presentes são: articulação femorotibial e articulação 
femoro patelar. As funções do joelho são relacionadas a capacidade de suportar o peso corporal 
na posição ereta sem contração muscular (atuando, assim, como bloqueio ósseo mecânico), atuar 
em movimentos importantes, como abaixar e levantar o peso corporal, bem como acocorar ou 
subir, além de possuir a capacidade de suportar grandes forças (de 4-6 vezes o peso corporal) e 
trazer um aspecto importante para o corpo, como grandes amplitudes e estabilidades. 
4.3.1 Movimento de flexão de joelho (0 - 140°) e de extensão de joelho (0 - 10°) 
O indivíduo deve estar em decúbito dorsal, com joelho e quadril fletidos (tendo variação 
em sedestação, em uma maca, com a coxa apoiada e o joelho fletido). O braço fixo do goniômetro 
é sobreposto na face lateral do fêmur, em direção ao trocanter maior e o braço móvel paralelo 
à face lateral da fíbula, em direção ao maléolo lateral. O eixo deve estar fixo sobre a linha 
articular da articulação do joelho. Os músculos atuantes na flexão de joelho seriam: isquiotibiais, 
semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral. 
O movimento de extensão seria o retorno do movimento, os músculos que atuam seriam: 
quadríceps femoral (formados pelos músculos vasto medial, vasto lateral, vasto intermédio e reto 
femoral). 
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4.4 Tornozelo e Pé 
Os ossos que fazem parte do tornozelo são a tíbia, a fíbula e o tálus. Já os do pé são 
o tálus, o calcâneo, o cuboide, o cuneiforme intermédio e lateral, os metatarsos e os falanges. 
As articulações presentes são: articulação talofibular, talotibial e tibiofibular. As funções do 
pé e do tornozelo têm grande importância e impacto em nosso corpo, pois eles permitem que 
deambulamos, absorvem os impactos com o solo, liberam energia propulsora na caminhada e na 
corrida e servem como base de suporte. 
Seu complexo articular compreende o eixo látero lateral (abdução e adução), o eixo 
longitudinal (inversão e eversão) e o eixo anteroposterior (dorsiflexão e flexão plantar). São 
divididos em retropé (tálus, calcâneo e articulação subtalar), mediopé (ossos do tarso, articulação 
tarso transversa

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