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1. Leitura 7 1.1 Como examinar um ambiente de negócios amplo e definir o contexto no qual planejar? Por meio de um claro e quantitativo entendimento dos principais participantes do mercado, das forças que atuam nele, dos potenciais riscos e recompensas financeiras a serem derivados da nova estratégia, os gerentes e também os executivos põem em perigo o sucesso do negócio. E para ter uma boa visão de mercado e seus principais participantes externos usa-se a estrutura das Cinco Forças de Porter. 1.2 Em que consiste o modelo das Cinco Forças de Porter? - Ameaça de novos participantes: As empresas ganham acesso por superarem certas barreiras à entrada, como diferenciação do produto, requisitos básicos de capital, lealdade dos clientes às marcas estabelecidas e economias de escala, que consiste na a redução nos custos de produção unitários conforme o volume de produção aumenta. A entrada de novas empresas, com mais capacidade de produção e buscando ganhar fatia de mercado, normalmente, é acompanhada de muito investimento, já que a concorrência é muito acirrada. - Poder de barganha dos fornecedores da empresa: Cada fornecedor quer cobrar os preços mais altos possíveis por seus produtos, então, inicia uma luta de poder entre as empresas e seus fornecedores. Quando a empresa não tem opções, fica refém de preços abusivos, prazos insatisfatórios e qualidade suspeita. Então, a vantagem é de quem tem um leque maior de opções, assim perderá menos com o término da relação, se vier a acontecer. - Poder de barganha dos clientes da empresa: Os clientes estão interessados em duas coisas, os preços baixarem ou a qualidade subir. A capacidade para atender essas duas expectativas depende do quanto compram, de até que ponto estão bem informados, da sua disposição para experimentar alternativas e assim por diante. Ou seja, depende da escolha do melhor fornecedor, pois isso afeta diretamente na qualidade percebida e no custo do produto. Quando a indústria não consegue repassar todo o aumento de custos aos seus próprios preços, é obrigada a operar com margem reduzida de lucro. - Ameaça de produtos substitutos: A concorrência depende de até onde os produtos em uma indústria são substituíveis por produtos de outra, ou seja, são aqueles que resolvem um mesmo problema para o cliente. Quando uma indústria inova, outra pode sofrer. A locadora de filmes foi substituída pelos canais de streaming, assim como os eles podem ser substituídos por bares, não necessariamente precisam ser do mesmo ramo para serem substitutos. - Intensidade da rivalidade entre empresas concorrentes: As empresas competem para conquistar posições. Quando um mercado possui muitos competidores a rivalidade entre eles é maior. Elas podem atacar umas às outras ou concordar implicitamente em coexistir, podendo até formar alianças. É possível que a ameaça de substitutos leve as empresas a se unirem, por exemplo. A intensidade da rivalidade entre os concorrentes é caracterizada pelas disputas de preços, publicidade, lançamentos e aumento dos serviços e garantias aos clientes. - Figura 1. As cinco forças Fonte: Livro Estratégia, Série Fundamentos, (2012) 2. Leitura 8 2.1 Como avaliar, internamente, uma organização em termos da análise SWOT? A avaliação é separada entre o estudo do produto ou projeto lançado pela empresa e pelo comportamento do mercado no ramo em que este planejamento será inserido, reunindo informações relevantes. A análise do ambiente interno se refere a tudo que ocorre na empresa 1 ou está relacionada à ela, a definição das forças e fraquezas, por exemplo, fazem parte do estudo dos fatores internos. Além disso, os fatores internos são aqueles que podem ser controlados e influenciados pela empresa. A identificação das forças e fraquezas internas permite que a empresa se conheça melhor e esteja em constante evolução, já que está ciente dos pontos negativos que precisa fortalecer e dos pontos positivos que deve valorizar. O resultado de sua análise precisa ser encarado dentro do contexto de tempo e está em constante revisão. No ambiente interno é possível ter o controle de tudo que o envolve, como a capacidade intelectual, tecnologia utilizada, ações de comunicação e marketing, cultura organizacional, gestão de projetos, entre outros. Dentro do ambiente interno deve-se analisar as forças e fraquezas, avaliando critérios como: A localização; O tempo de mercado; A reputação; Os recursos financeiros; Os recursos humanos, as competências específicas da equipe; O marketing/a mídia; A gestão; O acesso à matéria-prima; A capacidade de operação; Os ativos, como imóveis, os materiais e os equipamentos (a qualidade da tecnologia); O atendimento; A produção; A criação; O relacionamento estratégico com grandes empresas; O tráfego, o portfólio dos clientes. - Forças: são analisados fatores como: o que faz com que os clientes optem por determinado negócio; qual disponibilidade de recursos imprescindíveis para a manutenção dos serviços ou produtos; o que diferencia o negócio dos demais, entre outros. - Fraquezas: se pensa em questões internas que podem ser ruins para o negócio, tais como: altos custos com transporte; maiores gastos com a manutenção de equipamentos, colaboradores com valor/hora mais caro e etc. 2.2 Em que consiste a proposição de valor? A Proposição de Valor (Value Proposition) é o processo de definição de um produto e o resultado encontrado ao final desse processo. Mas definir a proposição de valor é também um processo de afunilamento. Depois de discutir com todos do time sobre o que o produto não é e chegar a uma conclusão sobre o que o produto é, o time precisa se policiar e voltar a olhar para a proposição de valor a cada nova decisão de design, tecnologia ou marketing que precisa ser tomada. Ter um objetivo bem definido para o produto ajuda a evitar que o produto se transforme em outra coisa no decorrer do caminho. A impressão que as empresas têm é que quanto mais funcionalidades, mais o produto será útil para as pessoas, que quanto mais abrangente for o público-alvo, mais gente irá utilizá-lo. Quanto mais cenários de uso forem 2 mapeados, mais ele estará presente na vida das pessoas. O que não é necessariamente verdade. Figura 2. Canvas da proposta de valor. Fonte: O Analista de Modelos de Negócios, (2020) 2.3 Quais alternativas específicas podem surgir a partir da análise SWOT? - Posição Estratégica: A análise dos ambientes e o levantamento das características da empresa facilitam para que os gestores identifiquem a posição estratégica do negócio. Saber como a empresa está posicionada no mercado, assim como comparar a sua atuação com as demais opções disponíveis, são vantagens que podem ser analisadas com a matriz SWOT. - Melhora dos serviços e produtos: Outra vantagem percebida é a possibilidade de identificar melhorias no portfólio do cliente. Ajustes nos serviços oferecidos, por muitas vezes, estão de fácil acesso para pôr em prática, mais não são identificados por falta de visão mais analítica da empresa, nesses casos, a ferramenta auxilia para apontá-los a fim de desenvolvê-los. - Insigths para solucionar problemas: É muito comum que problemas apareçam e se configuram na matriz SWOT, principalmente quando os pontos fracos são apontados. Seja no fluxo de processos internos, na distribuição de tarefas e, até mesmo, na abordagem da empresa, as dificuldades detectadas durante a utilização da ferramenta podem ser tratadas com ações específicas para serem solucionadas. - Oportunidade para novos produtos: A inovação é uma vantagem competitiva que dá destaque para empresas que investem nesse fatos. Com a matriz SWOT, tendências para criar produtos também podem ser mapeadas. Para inovar não é preciso, 3 necessariamente, provir de grandes tecnologias e investimentos altos. Desenvolver novas ou melhores soluções já é um passo para a inovação. - Tomada de decisão estratégica: Dilemas de gestão precisam de decisões efetivas parasair do papel - ou para entrar de vez na gaveta - e também podem contar com a ferramenta para dar embasamento. A análise da matriz SWOT ajuda na decisão, pois a ferramenta mostra um panorama da empresa. - Priorização de ações: Com a construção da matriz SWOT, pode-se desenvolver planos e priorizar as atividades que precisam ter foco para atingir os objetivos do cliente. As ações necessárias para atender às expectativas da empresa podem ser organizadas para que as demandas mais importantes tenham prioridade. - Promoção de parcerias: A ferramenta da matriz SWOT é a possibilidade de identificar fraquezas em seu portfólio e promover parcerias para suprir tal lacuna. Empresas que mapeiam a necessidade de oferecer serviços complementares aos seus clientes ou de aumentar a abrangência de atuação, podem recorrer a parceiros comerciais para isso. - Análise das estratégias realizadas: Além de apontar para soluções futuras, a matriz SWOT permite que gestores avaliem as estratégias em andamento. Com isso, é possível verificar quais delas devem ser replicadas, ajustadas e, até mesmo, desconsideradas do planejamento da empresa. 3. Leitura 9 3.1 O que são estratégias genéricas? Estratégias genéricas são um composto de estratégias de maneira ampla e geral, nas quais podem ser agrupadas operacionalmente e customizadas por empresas e organizações de qualquer ramo (CHAVES et al., 2009). Para Porter (1980), citado por Chaves (2009), existem três tipos de estratégias genéricas: liderança de custo, diferenciação e foco. 3.2 Em que consiste cada uma delas? Consiste em: - Liderança de custo: -Operações que funcionem em condições de baixo custo inatingíveis pelos concorrentes; -Criação de facilitadores eficientes para redução de custos baseados na experiência; -Minimização de custos em todas as áreas e a abdicação de clientes com pouca contribuição; -Solicitação de compromisso permanente com controle de custos. 4 -Diferenciação: -Diferenciar a oferta de produtos e serviços, para a criação de algo que fosse percebido como único, permitindo que se praticassem preços-prêmio ou sobre-preços, que compensam os custos mais elevados decorrentes da diferenciação; -Seria obtida a partir de uma combinação de ações focadas em design, imagem, atributos de produtos, tecnologia, atendimento a clientes e rede de distribuição; -Atuar com diferenciação, em geral, implicaria em obter menor participação no mercado, pois os preços-prêmio exigidos reduziram a gama de consumidores dispostos a pagar por eles. -Foco: -Consistiria em concentrar a atenção em um particular grupo de clientes, linha de produtos ou mercado geográfico; -Diferentemente das outras estratégias, focadas numa indústria como um todo, esta estaria baseada na fixação de um alvo específico nessa indústria; -Apesar de não visar liderança em custo ou diferenciação dentro da indústria como um todo, possibilitaria alcançar um desses objetivos, ou ambos, relativamente ao alvo escolhido. 3.3 Em que consiste a estratégia de meio-termo? Consiste na ideia de que se uma empresa ou organização que está diretamente engajada em cada estratégia genérica (liderança de custo, diferenciação e foco), e mesmo assim não alcança sucesso em nenhuma delas, denomina-se que essa empresa está no meio-termo, pois não possui qualquer vantagem competitiva e está nessa posição é considerado um desempenho abaixo da média. 3.4 O que é a matriz de crescimento/participação? A matriz BCG é uma ferramenta estratégica que permite a análise do portfólio de produtos que uma empresa oferece, a fim de estudá-los e posicioná-los para indicar à empresa quais as características aquele produto apresenta no mercado. Segundo Kotler (2000), a matriz BCG foi idealizada por uma empresa líder em consultoria de gestão em administração, a Boston Consulting Group, que desenvolveu a matriz de crescimento/participação de mercado, sendo esta uma ferramenta utilizada para analisar o portfólio de negócios das empresas. Analisando o conceito da matriz, é percebido a sua importância para uma empresa. Através dela é possível ter um auxílio sobre quais produtos devem ser fabricados e qual a importância de cada um deles para a empresa. 5 3.5 Descreva cada uma das classificações possíveis na matriz BCG. A Matriz BCG é classificada por uma matriz de quatro quadrantes, que assinalam a fatia do mercado, o percentual do mercado controlado pela empresa e o crescimento potencial do mercado, cada um indicando um tipo diferente de negócio (BOONE; KURTZ, 1998). A matriz consiste em quatro segmentos mostrados com figuras ilustrativas, sendo eles: a estrela, que apresenta alta taxa de crescimento no mercado e grande participação de mercado relativa; à vaca que também detém grande participação de mercado relativa, porém possuem baixa taxa de crescimento no mercado; o ponto de interrogação que é uma incógnita, possui alta taxa de crescimento no mercado e pequena participação de mercado relativa, sua definição dependerá do investimento que a empresa fizer nele e aceitação no mercado; e, por último, o abacaxi, que refere aqueles produtos que possuem baixa taxa de crescimento no mercado e pequena participação de mercado relativa, ou seja, produtos que podem ser candidatos a serem retirados do portfólio. Mera ilustração a seguir da matriz BCG (figura 1): Figura 3. Matriz BCG Fonte: Autoria própria, (2020) 6 3.6 O que é BSC? O Balanced Scorecard é uma metodologia de medição de desempenho através de indicadores desenvolvida pelos professores Robert Kaplan e David Norton em 1992 na Harvard Business Review. De acordo com Kaplan e Norton o Balanced Scorecard é uma ferramenta ou uma metodologia “que traduz a missão e a visão das empresas num conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica”. E que também possibilita aos empresários e executivos identificar em quais atividades críticas a empresa está gerando valor, seja para os acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores e para comunidade. 3.7 Quais dimensões formam um BSC? Métricas do consumidor: esse indicador fornece a oportunidade de ver como os consumidores enxergam, reagem e se identificam com a estratégia utilizada pela empresa. Métricas financeiras: essa medição permite avaliar a posição financeira e as realizações das ações de devida coperação. A contabilidade padrão e medidas específicas das indústrias muitas vezes são usadas por essa métrica. Métricas do processo interno de negócios: essa métrica, que muitas vezes são confundidas com indicadores financeiros, avaliam a efetividade e a eficiência dos processos de negócios no dia a dia. Métricas de aprendizado e crescimento: essa dimensão permite ver como a organização, os funcionários, o processo, e como as tecnologias aprendem e crescem em virtude da estratégia. Referências bibliográficas CASAROTTO, Camila. Aprenda o que é análise SWOT, ou análise FOFA, e saiba como fazer uma análise estratégica do seu negócio. [S.I.]: N/a, 2019. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/como-fazer-uma-analise-swot/. Acesso em: 01 dez. 2020. CHAVES, Sidney; BENEDETE, Thiago; POLO, Edison. Estratégias genéricas: um estudo evolutivo e comparativo de três visões. Internext – Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 101-118, jul./dez. 2009. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5575/557557871006.pdf. Acesso em 26 de nov. 2020. ESPERIDIÃO, L. C. I. A APLICAÇÃO DA MATRIZ BCG EM UMA EMPRESA PRODUTORA DE MEL. Disponível em: https://www.monografias.ufop.br/bitstream/35400000/2012/6/MONOGRAFIA_Aplica%c3%a7%c3%a3oMatriz BCG.pdf. Acesso em:28 de nov. 2020. FERENCE, Thomas P.; THURMAN, Paul W. Estratégia: Série Fundamentos. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 3-166. 7 https://www.redalyc.org/pdf/5575/557557871006.pdf https://www.monografias.ufop.br/bitstream/35400000/2012/6/MONOGRAFIA_Aplica%c3%a7%c3%a3oMatrizBCG.pdf https://www.monografias.ufop.br/bitstream/35400000/2012/6/MONOGRAFIA_Aplica%c3%a7%c3%a3oMatrizBCG.pdfFILHO, Emílio Herrero. BALANCED SCORECARD E A GESTÃO ESTRATÉGICA : Uma abordagem prática. 1. ed. Rio de Janeiro: ALTA BOOKS, 2017. p. 1-241. MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de Estratégia: Um roteiro pela selva do planejamento estratégico. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. PAGANO, Robin. Ambiente de competição: fatores internos. N/a: N/a, 2013. Disponível em: http://blog.intelligentia.com.br/ambiente-de-competicao-fatores-internos/#:~:text=Os%20fatores%20internos%2 0podem%20ser,mudan%C3%A7as%20no%20ambiente%20de%20competi%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 30 nov. 2020. PEREIRA, Daniel. Canvas da Proposta de Valor. [S.I.]: N/a, 2019. Disponível em: https://analistamodelosdenegocios.com.br/canvas-da-proposta-de-valor/. Acesso em: 30 nov. 2020. SCHULTZ, Felix. Tudo sobre Análise SWOT: O que é e como fazer em sua empresa. São Paulo: Não Consta, 2018. Disponível em: https://bomcontrole.com.br/analise-swot/#:~:text=Na%20gest%C3%A3o%20empresarial%2C%20a%20an%C3 %A1lise,da%20empresa%20e%20do%20mercado. Acesso em: 30 nov. 2020. TEIXEIRA, Fabricio. A importância em definir a Proposição de Valor de um produto. [S.I.]: N/a, 2013. Disponível em: https://brasil.uxdesign.cc/a-import%C3%A2ncia-em-definir-a-proposi%C3%A7%C3%A3o-de-valor-de-um-pro duto-e8c5c70a46d6. Acesso em: 30 nov. 2020. 8
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