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1. O Poder Judiciário no ordenamento constitucional brasileiro não é ocupado pela via eleitoral, 
como os representantes do Poder Executivo e Judiciário, razão pela qual a nossa carta 
magna traz uma série de garantias específicas para o exercício da magistratura.
Nesse sentido, das previsões constitucionais abaixo, quais as que representam garantias 
próprias do Poder Judiciário entabuladas no art. 95 da CF/88?
Foro privilegiado e irredutibilidade de subsídios.
Imunidade processual e penal.
X Irredutibilidade de subsídio e vitaliciedade.
Vitaliciedade e imunidade material.
Inamovibilidade e estabilidade após 3 anos no cargo.
1,25 pts.
2. Em decorrência de notícias sobre a possibilidade de se instaurar "Estado de Sítio", o 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil emitiu parecer sobre o tema, 
dispondo:
"O estado de sítio compõe, ao lado do estado de defesa e da intervenção federal, o 
nosso chamado "sistema constitucional de crises". São instrumentos excepcionais 
previstos e regulados pela Constituição com o escopo de defender a ordem jurídica em 
momentos de anormalidade. Sob a égide do Estado de Direito, não se admite o uso de 
mecanismos de exceção com fundamento em "razões de Estad", invocadas segundo o 
arbítrio de governantes autoritários, mas estritamente com o objetivo de manter ou de 
restabelecer a própria ordem constitucional, com o mínimo de sacrifício de direitos e de 
garantias constitucionais. Por isso há a previsão de limites e de controles rigorosos 
sobre as hipóteses de cabimento e sobre os poderes da crise. A medida do estado de 
sítio, especificamente, está prevista em nosso sistema jurídico desde a Constituição de 
1891. Durante os anos da Primeira República, houve um uso frequente e abusivo do 
estado de sítio pelos sucessivos Presidentes, que empregavam a medida como 
verdadeiro instrumento de governo. Assim, o chamado "constitucionalismo de 
sítio" autorizava a suspensão de garantias constitucionais para reprimir contestações 
sociais à ordem vigente, como greves de trabalhadores" (OAB Federal. Felipe Santa 
Cruz Oliveira Scaletsky & Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Parecer PCO/OAB. Assunto: 
Emergência do novo coronavírus (COVID-19). Inconstitucionalidade de eventual 
tentativa de decretação de estado de sítio. Publicado no dia 20 de março de 2021. 
Disponível em: Acesso em: 20 de março de 2021.)
Tento em vista que a Constituição de 1988 não mais aceita a decretação de Estado de 
Sítio como forma da resolução de questões meramente de Estado, instabilidades 
governamentais etc., quais dos itens abaixo indicam os pressupostos para que referida 
decretação de Estado de Sítio pudesse vir a ocorrer sob a égide da CF/88:
1
Necessidade de ouvir o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, e depois de ouvidos, caso aprovem a proposta, o 
estado de sítio poderá ser decretado.
Existência de grave e eminente instabilidade institucional que não 
possa ser resolvida em comum acordo entre os governantes.
Ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, e 
solicitar autorização ao Congresso Nacional, que após aprovação, 
permitirá que o Estado de Sítio seja decretado em virtude de 
greves incontroláveis e divergências entre líderes dos entes da 
federação.
X Que dentre os motivos determinantes do pedido de autorização 
de Decreto do Estado de Sítio, reste configurada comoção grave 
de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a 
ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa, ou 
declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada 
estrangeira.
O Estado de Sítio, por tratar-se de instrumento excepcional de 
garantia da ordem e estabilidade do País, independe de 
autorização do Congresso Nacional, tendo em vista a necessidade 
de celeridade na execução de suas medidas, atendendo à 
excepcionalidade, necessidade e temporariedade como 
pressupostos.
1,25 pts.
2
3. Sobre o ativismo judicial, temos posições antagônicas de Luís Roberto Barroso, mais 
favorável à prática ativista, e de Carlos Blanco de Morais, um crítico do ativismo judicial 
brasileiro, cabendo assim a leitura de ambos:
"A idéia de ativismo judicial está associada a uma participação mais ampla e intensa do 
Judiciário na concretização dos valores e fins constitucionais, com maior interferência no 
espaço de atuação dos outros dois Poderes. [....] O fenômeno tem uma face positiva: o 
Judiciário está atendendo a demandas da sociedade que não puderam ser satisfeitas pelo 
parlamento, em temas como greve no serviço público, eliminação do nepotismo ou regras 
eleitorais. O aspecto negativo é que ele exibe as dificuldades enfrentadas pelo Poder 
Legislativo - e isso não se passa apenas no Brasil - na atual quadra histórica. A adiada 
reforma política é uma necessidade dramática do país, para fomentar autenticidade 
partidária, estimular vocações e reaproximar a classe política da sociedade civil. Decisões 
ativistas devem ser eventuais, em momentos históricos determinados." (BARROSO, Luís 
Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. v. 11, n. 2 (2018): (SYN)
THESIS . UERJ. Disponível em: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/synthesis/article/view/7433/5388 . Acesso em 20 de março de 
2021.)
"Aceitar que o STF brasileiro possa actuar como legislador supletivo, preenchendo uma 
omissão absoluta através de uma norma criada inovatoriamente mediante acórdão proferido 
em controlo abstracto e com força erga omnes, operando juízos livres de conformação 
política sobre políticas públicas, sob o pretexto realizar direitos sociais abalaria 
irremediavelmente o Princípio da Separação de Poderes. Um órgão de controlo jurisdicional 
perderia a imparcialidade inerente ao exercício desta função para passar a exercer 
materialmente o exercício da actividade legislativa, operando uma concentração de poderes 
própria de um (Governo de Juízes) carente de mandato popular directo, o que configuraria 
um sistema institucional dificilmente compatível com a essência do Estado de Direito 
Democrático." (MORAIS, Carlos Blanco de. O controlo de inconstitucionalidade por omissão 
no ordenamento brasileiro e a tutela dos direitos sociais: um mero ciclo activista ou uma 
evolução para o paradigma neoconstitucionalista?. Revista de Direito Constitucional e 
Internacional | vol. 78 | p. 153 | Jan / 2012DTR\2012\2480.)
De ambas as compreensões acima expostas, podemos extrais como pontos negativos do 
ativismo judicial:
X Exposição das dificuldades do poder Legislativo, risco à separação 
dos poderes, invasão de competências legislativas e tomada de 
posição parcial no ato de julgar.
Concretização de direitos sociais.
Muita rapidez nos julgamentos pelo judiciário, prejudicando direito das 
partes.
Não julgamento de temas de maior complexidade, considerados casos 
difíceis.
Autorização para que o Poder Legislativo, dito omisso, também invada 
o espaço de competência do Poder Judiciário nas questões do 
exercício judicante finalístico.
1,25 pts.
4. Dentro de uma situação hipotética, considerando o aumento substancial da 
criminalidade decorrente do tráfego de drogas por meio aéreo, o governador de um dos 
Estados-membros edita a Medida Provisória que trata a respeito de regulação 
diferenciada para o tráfego de helicópteros no estado. Com tal medida visa dar 
controle próprio ao tráfego aéreo, para impedir a circulação de entorpecentes. Com 
relação à medida e diante da Constituição Federal, assinale a alternativa que contém a 
assertiva correta:
3
Agiu corretamente, atuando no controle de drogas da região em 
que exerce suas atribuições, desde que esteja autorizado pela 
Constituição Estadual.
Agiu incorretamente, pois não pode regulamentar esse assunto 
para o Estado-membro, do qual ele é governador.
Agiu corretamente, na medida em que se trata de competência 
concorrente entre estados e União (art. 24, da CF).
Agiu corretamente o governador, pois a medida provisória foi 
projetada exatamente para casos urgentes e relevantes(art. 62, 
da CF), podendo também o governador, pelo princípio da simetria, 
expedir medidas provisórias.
Agiu incorretamente, pois, nesse caso, não se trata de 
competência legislativa, mas comum, reservada à União (art. 21, 
da CF).
1,25 pts.
5. Prefeito Municipal nomeou sua filha para o exercício de cargo em 
comissão de Assessor de seu gabinete, violando o verbete de Súmula 
Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal. Como se sabe, a 
Administração não pode atuar com vistas a beneficiar (ou prejudicar) 
pessoas determinadas, tendo em vista que é sempre o interesse 
público que tem que nortear o seu comportamento, motivo pelo qual 
o comportamento do Prefeito violou diretamente o princípio 
constitucional expresso do art. 37, caput, da Constituição da 
República da: 
competitividade
X princípio da moralidade
presunção de veracidade
autotutela
publicidade
1,25 pts.
6. "Nele se traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos 
os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. 
Nem favoritismo nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou 
animosidades pessoais, políticas ou ideologias não podem interferir na 
atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de facções 
ou grupos de qualquer espécie." O trecho de Celso Antônio Bandeira 
de Mello, está relacionado a qual princípio da Administração Pública?
4
Princípio da Moralidade
X Princípio da Impessoalidade
Princípio da Publicidade
Princípio da transparência
Princípio da Legalidade
1,25 pts.
7. João é cidadão do município X, onde está localizado o distrito de A. 
Após consultas informais, João observa o desejo da população distrital 
de obter a emancipação do distrito em relação ao município de 
origem.
De acordo com as normas constitucionais federais, dentre outros 
requisitos para legitimar a criação de um novo Município, são 
indispensáveis:
Lei estadual e referendo.
Lei municipal e referendo.
X Lei estadual e plebiscito.
Lei municipal e plebiscito.
Lei Federal e plebiscito.
1,25 pts.
8. A população do Estado Z, insatisfeita com os rumos da política 
nacional e os sucessivos escândalos de corrupção que assolam todas 
as esferas do governo, inicia uma intensa campanha pleiteando sua 
separação do restante da Federação brasileira. Um plebiscito é então 
organizado e 90% dos votantes opinaram favoravelmente à 
independência do Estado. Sobre a hipótese, com base no texto 
constitucional, assinale a afirmativa correta.
5
X A forma federativa de Estado é uma das cláusulas 
pétreas que norteiam a ordem constitucional 
brasileira, o que conduz à conclusão de que se revela 
inviável o exercício do direito de secessão por parte 
de qualquer dos entes federados, o que pode motivar 
a intervenção federal.
Face à autonomia dos entes federados, admite-se a 
dissolução do vínculo existente entre eles, de modo 
que o Estado X poderia formar um novo país, mas, 
além da aprovação da população local por meio de 
plebiscito ou referendo, seria necessária a edição de 
Lei Complementar federal autorizando a separação.
Face ao expressivo quórum favorável à separação do 
Estado X, a Assembleia Legislativa do referido ente 
deverá encaminhar ao Congresso Nacional proposta 
de Emenda Constitucional que, se aprovada, 
viabilizará a secessão do Estado X.
O direito de secessão é possível, após a aprovação de 
emenda constitucional no congresso nacional.
Para o exercício do direito de secessão, exige-se lei 
estadual do ente separatista, dentro do período 
determinado por Lei Complementar federal, 
dependendo ainda de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos demais Estados, após 
divulgação dos estudos de viabilidade, apresentados 
e publicados na forma da lei.
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