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Slides TGD Norma III

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28/10/2013
1
NORMA JURÍDICA 
CRITÉRIOS DE VALORAÇÃO 
(BOBBIO)
Segundo *Norberto Bobbio, frente a qualquer 
norma jurídica existe uma tríplice ordem de 
problemas: 
� 1) se é JUSTA ou INJUSTA;
� 2) se é VÁLIDA ou INVÁLIDA e
� 3) se é EFICAZ ou INEFICAZ. 
Trata de três problemas distintos: 
*Teoria da norma jurídica. 2 ed. S.P.: Edipro, 2003. P. 44 e seg.
JUSTIÇA VALIDADE EFICÁCIA 
JUSTIÇA:
O problema diz respeito a 
correspondência ou não da norma 
aos valores últimos (ou finais) que 
inspiram um determinado 
ordenamento jurídico. 
Todo ordenamento jurídico 
persegue certos FINS e estes fins 
representam os VALORES.
JUSTIÇA
Perguntar se a norma jurídica é 
justa ou injusta equivale a perguntar 
se é apta ou não a realizar esses 
valores. 
Ex: lei dos crimes hediondos; penas dos crimes 
de homicídio e estupro...
*contraste entre mundo ideal e mundo real (ser e deve ser)
O problema é o da existência da regra 
enquanto tal, independentemente do 
juízo de valor (se é justa ou não).
*Problema da justiça = juízo de valor;
*Problema da validade = juízo 
procedimental (constatar se uma regra jurídica 
existe ou não).
VALIDADE 
Para decidir se uma norma é válida é 
necessário, com frequência, realizar três 
operações: 
1)averiguar se a autoridade de quem ela 
emanou tinha o poder legítimo/competente; 
2)averiguar se não foi revogada;
3)averiguar se não é incompatível com outras 
normas do sistema (norma ilegal ou 
inconstitucional).
VALIDADE 
28/10/2013
2
O problema é ser ou não 
seguida pelas pessoas a quem é 
dirigida, produzindo os efeitos 
sociais planejados (destinatários da 
norma jurídica). 
No caso de violação – deve ser 
garantida pelos meios coercitivos 
emanados do poder competente.
EFICÁCIA
VIGÊNCIA, 
EFETIVIDADE,
EFICÁCIA e 
LEGITIMIDADE 
(NORMA JURÍDICA)
VIGÊNCIA: 
Para que a norma ingresse no 
mundo jurídico, e produza efeitos, é 
indispensável a validade formal, ou 
seja, deve ser emitida pelo Poder 
competente e seguir os 
procedimentos previstos (iniciativa, 
discussão, deliberação (votação –
quorum) – sanção, promulgação e 
publicação...)
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA: 
“A EXECUTORIEDADE 
COMPULSÓRIA DE UMA NORMA 
JURÍDICA, POR HAVER 
PREENCHICO OS REQUISITOS 
ESSENCIAIS À SUA FEITURA OU 
ELABORAÇÃO” (Miguel Reale). 
Assim, a norma jurídica tem 
vigência (é obrigatória), quando 
elaborada segundo três requisitos: 
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA: 
I. Emanada de órgão competente;
II. Com obediência aos trâmites 
legais; e 
III. Cuja matéria seja da 
competência do órgão elaborador.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA:
I. Emanada de órgão competente
1. Quanto a União: 
a) Ao Congresso Nacional (Deputados e 
Senadores Federais), dispõem sobre 
toda matéria de Competência da 
União; e 
b) Presidente: Decretos e Regulamentos 
para execução das leis federais (art. 
84, IV da CF.) e MPs (art. 62 da CF). 
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
28/10/2013
3
VIGÊNCIA:
I. Emanada de órgão competente
2. Quanto aos Estados-membros e os 
Municípios: 
- Assembleias legislativas (e o Governo 
do Estado) e
- As Câmaras Municipais (e o Prefeito do 
municipal), respectivamente. 
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA:
I. Emanada de órgão competente
3. Quanto ao Distrito Federal: 
- Câmaras Legislativa que elabora suas 
leis distritais por seus próprios 
deputados distritais ( e o Governo do 
Distrito Federal). 
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA:
II. Com obediência aos tramites legais:
(Slides – Fontes n. 24)
1. INICIATIVA
2. DISCUSSÃO
3. DELIBERAÇÃO
4. SANÇÃO OU VETO
5. PROMULGAÇÃO
6. PUBLICAÇÃO
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA:
III. Cuja matéria seja da competência do 
órgão elaborador: 
Não basta, que a lei emane de um “órgão” 
competente, é necessário também que a 
“matéria” sobre o que versa a norma seja da 
sua competência.
CF� Art.22.CompeteprivativamenteàUniãolegislar
sobre:
I- direitocivil,comercial,penal,processual,eleitoral,agrário,
marítimo,aeronáutico,espacialedotrabalho;
II- desapropriação;
[…]
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA:
III. Cuja matéria seja da competência do 
órgão elaborador: 
CF� Art.24.CompeteàUnião,aosEstadoseaoDistrito
Federallegislarconcorrentementesobre:
I- direitotributário,financeiro,penitenciário,econômicoe
urbanístico;
[…]
Art.25.OsEstadosorganizam-seeregem-sepelas
Constituiçõeseleisqueadotarem,observadososprincípios
destaConstituição.
§ 1º- SãoreservadasaosEstadosascompetênciasque
nãolhessejamvedadasporestaConstituição.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
VIGÊNCIA:
III. Cuja matéria seja da competência do órgão 
elaborador: 
CF� Art.30.CompeteaosMunicípios:
I- legislarsobreassuntosdeinteresselocal;
II- suplementaralegislaçãofederaleaestadualnoque
couber;
[…]
Art.32.ODistritoFederal,vedadasuadivisãoem
Municípios,reger-se-áporleiorgânica,votadaemdois
turnoscominterstíciomínimodedezdias,eaprovadapor
doisterçosdaCâmaraLegislativa,queapromulgará,
atendidososprincípiosestabelecidosnestaConstituição.
§ 1º- AoDistritoFederalsãoatribuídasascompetências
legislativasreservadasaosEstadoseMunicípios.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
28/10/2013
4
Declaração de 
Inconstitucionalidade
TODA MORMA QUE POSSUI VIGÊNCIA 
SIGNIFICA QUE E VÁLIDA? 
Não. 
No Brasil, o controle da 
constitucionalidade é misto, ou seja é 
exercido tanto de forma concentrada
quanto de forma difusa.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
Declaração de Inconstitucionalidade
Controle Difuso: 
Ou por via de exceção, caracteriza-se pela 
permissão a todo e qualquer juiz ou tribunal 
de realizar no caso concreto a analise sobre a 
compatibilidade do ordenamento jurídico 
com a Constituição Federal. 
A declaração de inconstitucionalidade, no 
caso, não acarreta a anulação da lei com 
efeitos erga omnes, aplicando-se somente ao 
caso concreto em que a norma foi julgada 
inconstitucional.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
Declaração de Inconstitucionalidade
Controle Concentrado: 
Ou por via de ação direta, procura-se obter a 
declaração de inconstitucionalidade da lei ou 
do ato normativo, em tese 
independentemente da existência de um caso 
concreto. 
Dentre as espécies de controle concentrado, 
vejamos apenas duas: 
1. Ação direta de Inconstitucionalidade (ADIn). 
2. Ação declaratória de Constitucionalidade.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
Declaração de Inconstitucionalidade
1. Ação direta de Inconstitucionalidade 
(ADIn): 
CF� Art.102.CompeteaoSupremoTribunalFederal,
precipuamente,aguardadaConstituição,cabendo-lhe:
I- processarejulgar,originariamente:
a)aaçãodiretadeinconstitucionalidadedeleiouato
normativofederalouestadual eaaçãodeclaratóriade
constitucionalidadedeleiouatonormativofederal;
A decisão terá efeito retroativo (ex tunc) 
e para todos (erga omnes).
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
Declaração de Inconstitucionalidade
ADIn Contrario a Constituição Estadual: 
Compete ao Tribunal de Justiça local 
processar a julgar a ADIn em relação a 
leis ou atos normativos municipais e 
estaduais. 
Quanto as leis ou atos normativos 
MUNICIPAIS, contrario a CF, somente 
pelo sistema DIFUSO, no julgamento de 
cada caso com eficácia inter partes.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADEDA NORMA JURÍDICA
Declaração de Constitucionalidade
2. Declaratória de Constitucionalidade:
CF� Art.102.CompeteaoSupremoTribunalFederal,
precipuamente,aguardadaConstituição,cabendo-lhe:
I- processarejulgar,originariamente:
a)aaçãodiretadeinconstitucionalidadedeleiouato
normativofederalouestadualeaaçãodeclaratóriade
constitucionalidadedeleiouatonormativofederal;
Objetivo: Transferir ao STF a decisão sobre a 
constitucionalidade atacado pelos juízes e 
tribunais inferiores, afastando o controle 
difuso. O Judiciário e também o Executivo 
ficam vinculados a decisão proferida.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
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EFETIVIDADE:
A norma jurídica é observada por 
seus destinatários e pelos aplicadores
do Direito.
*Há normas que são observadas e outras, por motivos 
diversos, não o são. 
Ex.: proibição do porte de arma.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
EFICÁCIA:
Significa que a norma jurídica 
produziu, realmente, os efeitos 
sociais planejados. 
Eficácia pressupõe efetividade. 
Resultado jurídico pretendido. 
Ex.: proibição do porte de arma para diminuir 
a violência.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA
LEGITIMIDADE: 
No sentido de haver apoio da 
sociedade quanto à existência da 
norma (VOTO). 
Ex.: Estojo primeiros socorros nos 
veículos.
VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA A NORMA JURÍDICA
Uma norma jurídica válida 
estabelece a permissão de:
� Fazer ou não fazer alguma coisa;
� Ter ou não ter alguma coisa;
� Autorização para exigir, via 
processos legais ou órgãos do Poder 
Público, em caso de prejuízo causado 
pela violação da norma, a reparação
do mal sofrido ou, ainda, a 
penalização do agente pelo 
descumprimento da norma infringida.
A norma é um produto 
da formação social. 
A autoridade apenas 
declara a norma 
jurídica. 
O legislador apenas 
traduz o pensar e o 
sentir da coletividade.
A NORMA JURÍDICA
NORMA JURÍDICA 
TRIDIMENSIONALIDADE
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6
A norma jurídica assinala 
o momento de integração de 
uma classe de FATOS
segundo uma ordem de 
VALORES:
FATO+ VALOR= NORMA
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
F A T O:
Acontecimento social que 
envolve interesses humanos e, 
por isso, resta enquadrado nos 
assuntos regulados pela ordem 
jurídica.
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
VALOR:
Elemento MORAL do Direito. 
Se toda obra humana é 
impregnada de SENTIDO ou VALOR, 
igualmente o Direito. 
Protege e procura realizar valores 
ou bens fundamentais da vida social, 
notadamente a ordem, a segurança e a 
justiça (Estado Liberal).
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
NORMA 
Padrão de comportamento 
ou de organização social 
imposto aos indivíduos, que 
devem observá-lo em 
determinados momentos.
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
Onde quer que haja um fenômeno
jurídico há, sempre e necessariamente, um 
FATO e um VALOR.
Este confere determinada significação
àquele, inclinando ou determinando a ação 
dos homens no sentido de atingir ou 
preservar certa finalidade ou objetivo;
A soma do fato e do valor (agregado) da 
azo a uma regra (NORMA) que representa a 
relação ou medida que integra um elemento 
ao outro (fato ao valor). Pode-se dizer que a 
norma os une.
FATO+ VALOR= NORMA
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
O eterno objetivo humano 
é HARMONIZAR O QUE É, COM 
O QUE DEVE SER.
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
FATO , VALOR e NORMA
coexistem numa unidade 
concreta.
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Ex. 1: há uma nota promissória, com vencimento em
15/10/2012. Caso não paga, poderá o credor protestá-la e
promover a execução do crédito.
FATO: débito cambiário.
VALOR: crédito.
NORMA: deve ser pago.
Ex. 2: crime de homicídio (art. 121, CP).
FATO: matar alguém.
VALOR: respeito à vida.
NORMA: respeite-se à vida, sob pena de prisão de 6 a 20 anos.
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
Ex. 3: crime de furto (art. 155, CP).
FATO: subtração de coisa alheia móvel.
VALOR: patrimônio.
NORMA: respeite-se o patrimônio, sob pena de prisão de 1 a 
4 anos e multa.
Ex. 4: Deputado ou Senador Federal condenado 
criminalmente/perda do mandato (art. 55, VI, CF).
FATO: condenação criminal de Deputado Federal.
VALOR: honestidade, decoro parlamentar.
NORMA: perda de mandato.
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE
Ex. 6: O artigo 1.696, do CC, prevê que são devidos alimentos
àquele que não tem condições de se prover sozinho.
FATO: alguém não consegue viver sem a ajuda dos outros.
VALOR: a dignidade da pessoa humana, sua própria vida.
NORMA: o parente mais próximo deve auxiliar.
Ex. 5: O art. 548, do CC, dispõe que “é nula a doação de todos 
os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a 
subsistência do doador”.
FATO: alguém deseja doar todo seu patrimônio, sem reservar 
o suficiente para o custeio de suas despesas.
VALOR: dignidade de vida.
NORMA: não fazer a doação, sob pena de nulidade.
A NORMA JURÍDICA - TRIDIMENSIONALIDADE

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