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Odontologia Legal e Deontologia

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Odontologia Legal e Deontologia
É um comportamento que atinge a criança, está fora das normas de conduta e acarreta um risco substancial de danos físicos e emocionais. Quatro tipos de maus-tratos são genericamente reconhecidos: abuso físico, abuso sexual, abuso emocional (abuso psicológico) e negligência.
Em um atendimento rotineiro na Unidade Básica de Saúde (UBS), o cirurgião-dentista realiza o exame de uma criança e constata diversas lesões e feridas no corpo, o profissional  suspeitou estar diante de um caso da Síndrome da Criança Maltratada. Como ele deveria agir para alcançar tal diagnóstico?
Resposta:
O cirurgião-dentista deve seguir os protocolos de identificação, onde se avalia algumas evidências clínicas que são:
· Anamnese insatisfatória: história incompatível com as lesões e relatos discordantes;
· Procura de atendimento médico após muito tempo desde o suposto acidente;
· Lesões incompatíveis com o estágio de desenvolvimento da criança;
· Evidências de múltiplas lesões em estágios evolutivos distintos.
Também, deve se manter atento aos outros sinais de violência e perfil das vítimas. No caso dos sinais psicológicos, a criança pode apresentar medos, distúrbios psicológicos, hiperatividade e comportamento regressivo. De acordo com o relatório do Disque Direitos Humanos de 2019 o perfil das vítimas de Síndrome da Criança Maltratada são meninas de 4 a 11 anos geralmente brancas e pardas com problemas familiares e relacionados ao alcoolismo e uso de drogas ilícitas. 
Durante a consulta, O CD deve prestar o atendimento necessário (clínico ou cirúrgico), saber ouvir, observar e dar crédito ao que é dito pela crianças e, respeitar o que for contado e não induzir o diagnóstico, evitar que a criança tenha que repetir o relato várias vezes, para evitar aumento do sofrimento, não prometer aos envolvidos o sigilo que não poderá cumprir, documentar detalhadamente o processo de avaliação, transcrevendo os detalhes sem interpretações pessoais ou pré-julgamentos, não confrontar os pais diretamente a respeito das informações fornecidas pela criança, não expressar sentimentos de raiva ou de indignação, solicitar auxílio interdisciplinar, não deixar de se informar a respeito das outras crianças da casa, não expor os envolvidos aos veículos midiáticos e realizar a notificação.
A denúncia pode ser feita em algum desses três órgãos:
· Conselho tutelar municipal;
· Delegacia de polícia;
· Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude.

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