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PSICOLOGIA CRIMINAL
Jaqueline da Cruz Monteiro
Psicóloga Forense 
CRP 08/26943
Especialista em Psicologia Jurídica
Mestranda em Ciências Criminológico-Forenses – UCES Buenos Aires
Contatos: psijaquemonteiro@hotmail.com
Instagram: @jaquepsiforensic
Programação:
PSICOLOGIA CRIMINAL
• Breve Histórico
• Estudos que envolvem a Psicologia Criminal
• Psicologia Jurídica x Psicologia Criminal
• Psicologia do Crime
• Criminologia
ATUAÇÕES E FUNÇÕES DO PSICÓLOGO JURÍDICO
• Perito Judicial e Assistente Técnico
• Elaboração de Laudos
• Participação de Audiências, etc
• Direito x Psicologia Jurídica
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
• Perícia Psicológica Forense
• Características de um Investigador Criminal
• Perícia: Atuação e Problemáticas do Psicólogo Forense.
• Abuso sexual infantil; Adolescentes em Conflito com a Lei e
Alienação Parental.
PERSONALIDADE DE UM CRIMINOSO
• Transtorno de Personalidade Antissocial
• Histórico
• Critérios Diagnósticos
• Características Gerais e Específicas
• Tratamentos e Recuperação
TIPOLOGIA DAS VÍTIMAS
• Pós Vitimização
• Vitimas Propensas e Vitimas Reincidentes
SÍNDROME DE ESTOCOLMO
• Características Centrais
• Causas e sintomas;
• Fatores para o desenvolvimento da Síndrome
História da Psicologia
PSICOLOGIA
A palavra Psicologia renomeada em grego:
Psyché: alma/mente
Logos: estudo
PSICOLOGIA: ESTUDO DA ALMA/MENTE
OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA
SUBJETIVIDADE
COMPORTAMENTO 
INCONSCIENTE
PENSAMENTO/SENTIMENTOS
PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
A Psicologia, como área da Ciência, vem se desenvolvendo na 
história desde 1875, quando Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o 
primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, em 
Leipzig, na Alemanha. 
A Psicologia, no Brasil, é uma profissão reconhecida pela
Lei 4.119, de 1962, reconhece a existência da Psicologia como 
profissão, como ciência. 
E com ela nasceram diversas abordagens psicológicas e áreas de 
atuações.
Psicologia Forense
História da Psicologia Forense
A Psicologia Jurídica é um campo de atuação da Psicologia que se articula
com o Direito;
Em 1868, o médico francês Prosper Despine através de pesquisas com
criminosos lançou seu livro “Psychologie Naturelle” e foi considerado o fundador da
Psicologia Criminal – denominação dada naquela época às práticas psicológicas
voltadas para o estudo dos aspectos psicológicos do criminoso;
Dividiu os criminosos em grupos de acordo com o motivo que
desencadearam os crimes e investigou também as características psicológicas de
cada um. Segundo ele os delinquentes agem por conduta nocivas, ódio, vingança
avareza e aversão ao trabalho, etc. Só se importam com si mesmo e tem apatia a
seus semelhantes, não tem consciência moral e nem sentimento de dever.
História da Psicologia Forense
• Em 1962 Psicologia foi reconhecida no Brasil;
• Em meados de 1979, Psicólogos trabalhavam de forma voluntária e 
informal com famílias em vulnerabilidade no TJSP;
• Em 1984 a Psicologia entrou na área Penitenciária;
• Em 1985 surgiu o primeiro concurso para Psicólogo no TJSP.
História da Psicologia Jurídica
Em 1911, no Tribunal de Flandes, localizado na Bélgica, quando um juiz fez
a convocação de um especialista (que usou de um saber diferente do Universo do
Direito) para gerar um laudo pertinente à validade do testemunho de crianças
sobre um caso de homicídio.
Esse foi o passo inicial da emergente Psicologia do Testemunho, da
Psicologia Forense..
Psicologia Jurídica
• Perícia Psicológica Forense;
• Laudo e Pareceres Judiciais;
• Direitos da Criança e Adolescente;
• Adoção e Guarda;
• Alienação Parental;
• Dano Psíquico.
Psicologia Investigativa
• Investigação Criminal;
• Tipos de Crime;
• Perfilamento criminal;
• Análise da Cena do Crime;
• Sequestro e técnicas de negociação;
• Entrevistas e interrogatório com vítimas, 
testemunhas e suspeitos...
Psicologia Criminal
• Comportamento criminal;
• Vitimologia;
• Violência Sexual;
• Violência Doméstica e contra a mulher;
• Violência contra crianças e adolescentes;
• Adolescente em Conflito com a Lei;
• Toxicomania e Drogadição;
• Personalidade Criminosa.
Psicologia Penitenciária
• Crime, Sociedade e Reintegração Social;
• Encarceramento e Prisão: Penas;
• Prisionização e seus efeitos;
• Exame criminológico;
• Cárcere e tratamento penal;
• Políticas Públicas e Projetos Sociais...
Direito de Família: processos que envolvem separação e divórcio, especialmente os litigiosos; 
disputa de guarda, regulamentação de visitas, alienação parental (Varas da família)
Direito da Criança e do Adolescente: processos que abranjam adoção, acolhimento, 
destituição do Poder Familiar; violência contra crianças e adolescentes, desenvolvimento de 
medidas socioeducativas a adolescentes que cometeram atos infracionais (Vara da Infância e 
Juventude)
Direito Civil: processos que envolvam indenizações decorrentes de danos psíquicos, assim 
como os casos de interdição judicial (Ex. indivíduo incapaz de tomar decisões).
Direito Penal: perito na verificação de periculosidade, para revisão de penas; de condições de 
discernimento ou sanidade mental das partes em litígio ou em julgamento.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO:
Direito do Trabalho: perito em processos trabalhistas que envolvam acidentes no trabalho; 
nexo causal entre condições de trabalho e saúde mental; investigação acerca de 
afastamentos oriundos do sofrimento psicológico no trabalho.
Vitimologia: avaliação do comportamento e da personalidade da vítima e de suas reações 
diante da infração penal sofrida.
Psicologia do Testemunho: avaliar a veracidade dos testemunhos, incluindo o estudo e 
análise das falsas memórias
Psicologia Penitenciária: penas alternativas, intervenção junto ao recluso, egressos, 
trabalho com agentes de segurança; 
Psicologia Policial e das Forças Armadas: seleção e formação da polícia civil e militar, 
atendimento psicológico; 
Mediação: mediador nas questões de Direito de Família e Penal; 
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO:
Psicologia Jurídica e Direitos Humanos: defesa e promoção dos Direitos 
Humanos; 
Formação e Atendimento aos Juízes e Promotores: avaliação psicológica na 
seleção, consultoria e atendimento psicológico aos juízes e promotores; 
Autópsia Psicológica: avaliação de características psicológicas mediante 
informações de terceiros. Ex: casos se suicídio.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO:
História da Criminologia
IDADE MÉDIA:
No período da Idade Média vigorava na Europa, o sistema 
feudal e o Cristianismo era a ideologia religiosa dominante da 
época.
Nesta fase, a Doutrina cita São Tomás de Aquino (1226-1274), 
precursor da Justiça Distributiva, isto é, de se dar a cada um o 
que é seu, segundo a igualdade.
Pobreza (etiologia/causa) desencadeava o roubo (necessidade)
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Guilhotina
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Fogueira
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Cadeira da Inquisição
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Roda do Despedaçamento
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Berço de Judas
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Potro
Castigos utilizados na Idade Média (1200 – 1860) - Inquisição:
Descascador de Peles
Outro pensador medieval importante foi:
Santo Agostinho (354 a 430 d.C.) via a pena de Talião
como injustiça.
Para ele a pena deveria assumir um papel de defesa 
social e promover a ressocialização do delinquente, 
evitando a prática de novos crimes.
Séc. XVIII Escola Clássica: procurou construir os limites 
do poder punitivo do Estado em face da liberdade 
individual.
Baseada no Iluminismo: ser humano podia tornar o 
mundo um lugar melhor;
Se contrapõe às torturas e desrespeito aos Direitos 
Fundamentais praticados pelo antigo regimeabsolutista 
(reis);
Direito penal = tutela;
Pena = proteção
Pena proporcional ao delito, deve ser justa.
Séc. XVIII Escola Clássica:
O fundamento da responsabilidade penal encontra-se 
no livre arbítrio e na imputabilidade moral;
Homem livre para escolher entre o bem e o mal;
A pena é uma resposta objetiva a prática do delito 
revelando seu cunho retribucionista;
Séc. XVIII Escola Clássica
Principal nome dessa Escola: Beccaria:
Fez surgir o movimento humanitário em relação ao 
Direito de punir estatal – contra as penas de caráter 
cruel e principalmente a desigualdade das penas 
determinada pela classe social do delinquente.
Mais pobre = pior a pena.
Séc. XVIII Escola Clássica
O livro de Marquês de Beccaria “Dei delitti e dele pene” (1764) 
nova forma de pensar o sistema punitivo. Pretende humanizar a 
resposta do Estado à infração penal.
- Pena não deve ser uma violência;
- Pena deve ser convencida = pública;
- Pena mínima.
- Contra pena de morte.
- Não deveria se ter uma pena para cada criminoso e sim uma 
pena para cada tipo de crime;
- Leis na mão do povo.
- Imparcialidade do julgador
História da Criminologia
• Início Séc. XIX Escola Positiva: CESARE LOMBROSO,
fundador da Criminologia Moderna;
• Em 1876 publicou um livro chamado
“ O homem delinquente”;
• Considerado o pai da “Antropologia
Criminal”, Lombroso retirou algumas
ideias dos fisionomistas para traçar um
perfil dos criminosos.
• Acreditava no delinquente nato.
História da Criminologia
• Cesare Lombroso estava fixado nas premissas básicas de sua
teoria: degeneração epilética e delinquente nato, cujas
características seriam: crânio assimétrico, cara larga e chata,
grandes maçãs no rosto, lábios finos, canhotismo (na maioria dos
casos), barba rala, olhar errante ou duro etc..
400 autópsias de criminosos;
6 mil análises de delinquentes vivos.
Museu de Lombroso
História da Criminologia
• Enrico Ferri (1856-1929), genro e discípulo de Lombroso, foi o
criador da chamada “sociologia criminal”. Classificou os
criminosos em natos, loucos, habituais, de ocasião e por paixão.
• Rafael Garófalo (1851-1934), jurista de seu
tempo, afirmou que o crime estava no homem
e que se revelava como degeneração deste;
criou o conceito de periculosidade, que seria
o propulsor do delinquente e a porção de maldade
que deve se temer em face deste.
Séc. XIX Escola Positiva
- A criminalidade é considerada um fenômeno natural de causa 
determinada;
- A criminologia deve explicar as causas do delito utilizando de 
métodos científicos capaz de prever meios de combater o crime;
- Criminologia assume o papel de corpo social;
- Criminologia combatendo a criminalidade – defesa social;
- A pena não deve ser aplicada como forma de retribuição e sim da 
periculosidade do delinquente
- Pena preventiva: prisão perpétua e pena de morte.
Séc. XIX Escola Sociológica
Escola de Chicago: desenvolvimento econômico nos EUA;
Robert E. Park – como as pessoas reagiam na área urbana;
Sérgio Salomão Shecaira: comportamento criminoso é aprendido 
devido a comunicação e proximidade entre as pessoas. Ex: políticos.
Teoria da Anomia: insucesso em atingir metas culturais – gera 
comportamento desviante, Ex: terrorismo;
Desigualdade social.
História da Criminologia
• Séc. XIX Escola Sociológica: comportamento criminoso é aprendido devido a
comunicação e proximidade entre as pessoas: Sérgio Salomão Shecaira.
• Teoria da Anomia: insucesso em atingir metas culturais – gera comportamento
desviante.
• Desigualdade social.
Émile Durkheim – Teoria da Anomia: 
membros das classes menos favorecidas 
cometem a maioria das infrações penais e 
crimes de motivação política (terrorismos, 
saques, ocupações) que decorrem de uma 
conduta rebelde, bem como 
comportamentos de evasão como o 
alcoolismo e a toxicodependência.
Psicologia e Criminologia
OBJETO DE ESTUDO DA 
PSICOLOGIA
COMPORTAMENTO, COGNIÇÃO, 
MEMÓRIA, PROCESSOS 
PSÍQUICOS DO INDIVÍDUO..
OBJETO DE ESTUDO DA 
CRIMINOLOGIA
DELITO
DELINQUENTE
VÍTIMA
CONTROLE SOCIAL
Psicologia Criminal
• Dedica-se ao estudo do comportamento criminal, fazendo uma
ligação entre a Psicologia e o Direito;
• Tenta encontrar as causas que levam ao comportamento
desviante e o que desencadeia esse comportamento e os
efeitos sociais;
• O objetivo da Psicologia Criminal é encontrar medidas de
prevenção, reconstruindo o percurso de vida do indivíduo
delinquente e compreender os processos mentais que o
levaram à criminalidade.
Comportamento Criminal
Comportamento Criminal
1.O que é um criminoso? É uma pessoa que executa
comportamentos que vão contra as normas sociais, realiza um
ato que é proibido por lei ou que tem uma pena determinada.
2. Como o comportamento é adquirido, evocado, mantido e
controlado.
3. Validação cultural
Imputabilidade, Inimputabilidade 
e Semi-imputabilidade
Imputabilidade
Imputar:
• Significa atribuir a um sujeito como causa, uma ação, um
fenômeno, como efeito.
Imputabilidade:
• É uma qualidade que tem em si uma ação ou um
fenômeno qualquer que o torna atribuível àquela causa
A imputação, ou imputabilidade, estabelece
uma relação causal entre um sujeito e uma
ação, no caso, uma ação delituosa.
Inimputabilidade
Inimputabilidade:
Quando a capacidade de imputação for nula, isto quer
dizer que o agente era, à época do delito, totalmente
incapaz de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Inimputabilidade
Quem pode ser inimputável?
• Código Penal: Artigo 26.
• É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era,
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento
Aquele que por anomalia psíquica, retardo mental não
pode responder por si judicialmente.
São também o também considerados inimputáveis nos termos da lei
os menores do 18 anos.
Avaliação de Periculosidade:
Hospitais de Custódia
(Manicômio Judicial)
ou 
Tratamento Ambulatorial
Semi-imputável
Semi-Imputabilidade:
• São aqueles que, sem ter o discernimento ou autocontrole
abolidos, têm-nos reduzidos ou prejudicados por doença
ou transtorno mental.
• Quer dizer que o agente era, à época do delito,
parcialmente capaz de entender o caráter criminoso do
fato e/ou parcialmente capaz de determinar-se de acordo
com esse entendimento.
Vitimologia
Vitimologia
Década de 50:
• Atenção ao delito e delinquentes;
• Pouca atenção às vitimas;
• Foco no castigo do delinquente;
• Direito processual penal: ênfase no direito das 
vítimas no processo penal;
Vitimologia
• No livro “The Criminal and His Victim” (1948) Hans Von Hentig apontou a contribuição da 
vítima no ato delitivo, para ele existia diversos tipos de vítima;
• Benjamin Mendelsohn realizou uma classificação sobre a culpabilidade da vítima na 
produção do delito.
• Wolfgang acusou um conceito de “precipitação” para descobrir aqueles supostos em que a 
vítima havia sido a primeira a utilizar a violência, conceito que tentou aplicar a delitos de 
roubo e violação.
• A primeira vitimologia convencional: culpar a vítima; análise individualista das relações entre 
delinquente e vítima; uma tendência em concentrar-se em um delito comum.
Vitimologia
• Década 80 
• Nova Criminologia há uma preocupação pelas necessidades e direitos da vítima 
e sua sensibilidade em contrapor os direitos da vítima e do delinquente;
• As razões da nova criminologia pode se resumir em: justificativa de uma 
política de lei e ordem; movimento feminista; vulnerabilidade das vítimas;
• Conceito de Vitimologia se definiu no I Congresso Internacional de Jerusalém 
em 1973, como estudo científico das vítimas;
• Guglielmo Gulotta, três anos depois definiu como uma disciplina que tem 
como objeto de estudo a vítima de um delito, sua personalidade, 
características psicológicas e biológicas, morais, sociais e culturais relacionado 
com o delinquente e opapel que desempenhou para que ocorresse o delito.
Vitimologia
• Em um Congresso sobre prevenção de delito e tratamento do 
delinquente da ONU em 1980 determinaram que vítima é toda 
pessoa que sofreu uma perda, dano ou lesão em sua pessoa, 
propriedade ou seus direitos humanos com a consequência de 
uma violação da legislação penal internacional.
• Em 1985 a ONU declarou que vítimas são pessoas que 
individualmente ou coletivamente sofreram danos, inclusive 
lesões físicas ou mentais, sofrimento emocional, perda 
financeira.
Vitimologia
VITIMOGÊNESIS:
• É o estudo dos fatores que predispõem certos indivíduos a ter mais 
riscos que outros de ser objetos de delito;
• Analisa como a conduta de uma pessoa pode levar um incremento 
de risco de converter-se em vítima.
• Existem dois tipos de fatores: de risco (vingança, situação em que 
se encontra, socioeconômico) e de vulnerabilidade (idade, sexo, 
local).
VITIMODOGMÁTICA:
• Conhecimento que a vítima tem do ato delitivo.
Ex: Negligência por parte da vítima (incêndio em seu comércio)
Vitimologia
FORMAS DE VITIMIZAÇÃO:
• Conhecida/Desconhecida: a vitimização transcenda a sociedade, 
aos meios de comunicação, à polícia;
• Direta/Indireta: A primeira se refere a agressão sofrida de 
imediato pela vítima. A segunda se refere a pessoas que tem uma 
estreita relação com o agredido;
Vitimologia
• Primária/ Secundária e Terciária: 
A primária é dirigida a uma pessoa em particular. 
A secundária a grupos específicos de população (quando a 
primária não é bem atendida pelo Estado – polícia, operadores do 
direito..)
A terciária a comunidade em geral. Ex: a própria sociedade a 
incentiva a vítima a não denunciar o agressor.
Cifra negra: crimes que não chegam a sociedade 
Vitimologia
O estudo da vítima constitui um dos aspectos mais 
importantes de uma investigação, a seguir aos vestígios 
físicos. Pode ser determinante na perspectiva que o 
investigadores têm do agressor, conhecerem a vítima, os 
seus hábitos, vulnerabilidade, pontos fortes, etc.
Violência
Violência
É o uso intencional de poder ou força física, de fato 
ou como uma ameaça, contra si mesmo, outra 
pessoa, um grupo ou comunidade, que causa ou é 
passível de causar danos, distúrbios psicológicos ou 
de desenvolvimento, privação ou morte.
Violência
Crimes que mais ocorrem no Brasil:
• Tráfico de Drogas: 28% da população carcerária;
• Roubos e Furtos: 5%
• Homicídios: 11%
• Latrocínio
• Crimes Sexuais: menor volume, maior repercussão;
• Violência Doméstica;
• Crimes de Colarinho Branco;
Violência
Vários fatores contribuem para que a violência no Brasil:
• A grande desigualdade social provocada pela má distribuição da renda;
• Aumento das taxas de desemprego;
• Leis e sistema judiciário com falhas que podem favorecer a impunidade e incentivar 
indiretamente a violência;
• Problemas na assistência ao mais pobres e às vítimas da violência, que, em alguns 
casos, ingressam no mundo do crime ou acabam reproduzindo a violência sofrida;
• Alto índice de corrupção de órgãos públicos e políticos brasileiros, o que pode 
contribuir com o sentimento de revolta e desobediência;
• Aumento do uso de drogas, haja vista que inúmeros crimes estão relacionados com 
essa prática no país;
• Deficiências no controle do porte de armas, o que pode ampliar as consequências da 
violência.
Violência
Tipos de violência:
• Violência auto infligida;
• Violência interpessoal;
• Violência coletiva.
Violência
Violência auto infligida
Violência dirigida contra si mesmo: pensamentos e 
comportamento suicida, autolesões e 
automutilação
Violência
Violência Comunitária
Isso acontece entre indivíduos não relacionados, sejam eles
conhecidos ou não, geralmente ocorre fora de casa e inclui violência
entre jovens, agressão sexual por estranhos e violência em ambientes
institucionais.
Violência
Violência interpessoal: Violência doméstica
Ocorre entre membros da família ou parceiros sentimentais, geralmente ocorre em
casa, inclui violência contra mulheres, crianças e idosos.
Violência Contra a Mulher
Violência Contra a Mulher
Conceito:
Qualquer ato de violência baseado no gênero, que resulte em dano psicológico,
físico ou sexual possível ou real, incluindo ameaças, coerção ou privação arbitrária
de liberdade, seja na vida pública ou privada.
Ligado à desigual distribuição de poder e relações assimétricas entre homens e
mulheres. Desvalorização do feminino e subordinação ao masculino.
A forma mais persistente, excessiva e infundada
de violação dos direitos humanos no mundo.
Feminicídio
Morte de MULHER por razão da condição de sexo FEMININO;
Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
FEMINICÍDIO: 
morte de 
mulher por ser 
mulher
FEMICÍDIO: 
Morte de mulher
Violência Contra a Mulher
Tipos de violência contra a mulher:
1- Física.
2- Psicológica 
3- Sexual
4- Econômica e patrimonial.
Violência Contra a Mulher
1- Física
Ocorre quando uma pessoa causa dano não 
acidental a outra, usando força física ou 
algum tipo de arma que pode ou não causar 
dano (interno ou externo).
Violência Contra a Mulher
2- Psicológica.
Qualquer comportamento que cause dano emocional, diminua a
autoestima, prejudique ou perturbe o desenvolvimento saudável da
mulher ou de outro membro da família (comportamentos
realizados em desonra, descrédito ou depreciação do valor pessoal,
tratamento humilhante, isolamento, ameaças, privação de meios
econômico indispensável).
Violência Contra a Mulher
3- Sexual
Qualquer ato ou tentativa sexual indesejada e insinuações ou
ações para comercializar ou usar a sexualidade de outra
pessoa através da coerção (ocorre em qualquer ambiente,
incluindo casa, local de trabalho, estupro por estranhos,
durante conflitos armados casamento forçado, negação da
contracepção, aborto forçado, entre outros)
Violência Contra a Mulher
4- Econômica
Inclui as medidas tomadas pelo agressor ou omissões 
que afetam a sobrevivência dos membros da família. O 
homem não deixa a mulher ter seu próprio sustento e 
quando tem não deixa ficar com o dinheiro.
CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA 
INTRAFAMILIAR EM MULHERES
Consequências para a saúde física:
• Doenças sexualmente transmissíveis / HIV
• Lesões
• Doenças inflamatórias pélvicas
• Gravidez indesejada e aborto espontâneo
• Dores de cabeça
• Abuso de álcool e substâncias tóxicas
• Comportamentos prejudiciais à saúde
Violência Doméstica
Impacto da violência intrafamiliar no lar
• Transmissão intergeracional da violência.
• Imparidade da qualidade de vida.
• Baixa participação de membros do domicílio na tomada de
decisões.
• Repetição e baixo desempenho escolar das crianças.
• Abandono de crianças e adolescentes.
• Comportamentos negativos para a saúde.
Fatores que interferem na violência (Modelo Ecológico)
SOCIEDADE COMUNIDADE RELAÇÕES AGRESSOR INDIVIDUAL
- Regras que dão aos homens controle 
sobre o comportamento das 
mulheres;
- Aceitação da violência como forma de 
resolver conflitos;
- Ideia de masculinidade vinculada com 
a dominação; a honra ou a agressão;
- Papéis rígidos para cada sexo.
- normas que validam o uso abusivo da 
força pela polícia contra os cidadãos;
- normas que apoiam os conflitos 
políticos
O que leva o perpetrador à 
violência:
- Pobreza, posição 
socioeconômica baixa, 
desemprego;
- Associação com companheiros 
delinquentes;
- Isolamento das mulheres e da 
família.
- Conflitos conjugais;
- O homem controla o 
patrimônio e toma 
decisões na família.
- Ser homem;
- Presenciar violência 
doméstica na infância;
- Pai ausente que o rejeita;
- Sofrer abuso durante a 
infância;
- Baixo rendimento escolar;
- Uso de álcool ou drogas.
A Vítima de Violência
• Uma mulher vítima de violência conjugal demora, em média, 13 anos para
terminar a relação;• Religião: Quantas mais forem as crenças, maior é o tempo que uma mulher
ficará na relação, pois essas crenças "facilitam" e "banalizam" a violência.
• "As mulheres banalizam a violência, aceitando o seu papel na relação
agressora, atribuindo a culpa dessa violência a elas próprias“;
• A importância da crença diminui mais. quanto maior for o nível de
escolaridade.
Mauro Paulino
Atuação do Perito e Assistente Técnico
Resolução 008/2010 que dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e 
assistente técnico no Poder Judiciário.
Atuação do Perito e Assistente Técnico
O Perito, deverá: analisar, avaliar, pesquisar, 
investigar pontos controversos e os demais 
quesitos apresentados pelas partes para 
posteriormente elaborar o laudo técnico pericial 
com o fim de fornecer ao magistrado o 
conhecimento técnico específico para elucidar 
as questões apresentadas.
A prova pericial não pode se confundir com a 
mera opinião do Perito, mas consiste na 
resposta aos quesitos expressamente 
formulados.
O Juiz não fica adstrito às conclusões ofertadas 
pelo Expert no Laudo Pericial, portanto a prova 
pericial não vincula a decisão do juízo.
Resolução 008/2010 que dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e 
assistente técnico no Poder Judiciário.
Atuação do Perito e Assistente Técnico
A Avaliação Pericial é realizada por profissional, 
nomeado pelos magistrados. O Perito, 
renomado profissional em sua especialidade 
deve primar pelo domínio da complexidade das 
questões que serão avaliadas. 
O psicólogo perito é profissional designado para 
assessorar a Justiça no limite de suas atribuições 
e, portanto, deve exercer tal função com isenção 
em relação às partes envolvidas e 
comprometimento ético para emitir 
posicionamento de sua competência teórico-
técnica, a qual subsidiará a decisão judicial
Resolução 008/2010 que dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e 
assistente técnico no Poder Judiciário.
Atuação do Perito e Assistente Técnico
Os assistentes técnicos são de confiança da 
parte para assessorá-la e garantir o direito ao 
contraditório, não sujeitos a impedimento ou 
suspeição legais.
A utilização de quaisquer meios de registro e 
observação da prática psicológica obedecerá às 
normas do Código de Ética do psicólogo e à 
legislação profissional vigente, devendo o 
periciando ou beneficiário, desde o início, ser 
informado.
Resolução 008/2010 que dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e 
assistente técnico no Poder Judiciário.
Atuação do Perito e Assistente Técnico
Os psicólogos peritos e assistentes técnicos 
deverão fundamentar sua intervenção em 
referencial teórico, técnico e metodológico 
respaldados na ciência Psicológica, na ética e na 
legislação profissional, garantindo como 
princípio fundamental o bem-estar de todos os 
sujeitos envolvidos.
É vedado ao psicólogo estabelecer com a pessoa 
atendida, familiar ou terceiro que tenha vínculo 
com o atendido, relação que possa interferir 
negativamente nos objetivos do serviço 
prestado.
Resolução 008/2010 que dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e 
assistente técnico no Poder Judiciário.
Atuação do Perito e Assistente Técnico
É vedado ao psicólogo ser perito, avaliador ou 
parecerista em situações nas quais seus vínculos 
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, 
possam afetar a qualidade do trabalho a ser 
realizado ou a fidelidade aos resultados da 
avaliação
Capítulo I – Da realização da Perícia
Atuação do Perito e Assistente Técnico
Art. 1º – O Psicólogo Perito e o psicólogo 
assistente técnico devem evitar qualquer tipo 
de interferência durante a avaliação que possa 
prejudicar o princípio da autonomia teórico-
técnica e ético-profissional, e que possa 
constranger o periciando durante o 
atendimento.
Art. 2º – O psicólogo assistente técnico não 
deve estar presente durante a realização dos 
procedimentos metodológicos que norteiam o 
atendimento do psicólogo perito e vice-versa, 
para que não haja interferência na dinâmica e 
qualidade do serviço realizado.
Capítulo I – Da realização da Perícia
Atuação do Perito e Assistente Técnico
Parágrafo Único – A relação entre os 
profissionais deve se pautar no respeito e 
colaboração, cada qual exercendo suas 
competências, podendo o assistente técnico 
formular quesitos ao psicólogo perito.
Art. 3º – Conforme a especificidade de cada 
situação, o trabalho pericial poderá contemplar 
observações, entrevistas, visitas domiciliares e 
institucionais, aplicação de testes psicológicos, 
utilização de recursos lúdicos e outros 
instrumentos, métodos e técnicas reconhecidas 
pelo Conselho Federal de Psicologia.
Da produção e análise de documentos
Atuação do Perito e Assistente Técnico
Art. 8º – O assistente técnico, profissional 
capacitado para questionar tecnicamente a 
análise e as conclusões realizadas pelo psicólogo 
perito, restringirá sua análise ao estudo 
psicológico resultante da perícia, elaborando 
quesitos que venham a esclarecer pontos não 
contemplados ou contraditórios, identificados a 
partir de criteriosa análise.
Parágrafo Único – Para desenvolver sua função, 
o assistente técnico poderá ouvir pessoas 
envolvidas, solicitar documentos em poder das 
partes, entre outros meios (Art. 429, Código de 
Processo Civil). 
O Psicólogo que atua como Psicoterapeuta das partes:
Atuação do Perito e Assistente Técnico
Art. 10 – Com intuito de preservar o direito à 
intimidade e equidade de condições, é vedado ao 
psicólogo que esteja atuando como psicoterapeuta 
das partes envolvidas em um litígio:
I – Atuar como perito ou assistente técnico de 
pessoas atendidas por ele e/ou de terceiros 
envolvidos na mesma situação litigiosa;
II – Produzir documentos advindos do processo 
psicoterápico com a finalidade de fornecer 
informações à instância judicial acerca das pessoas 
atendidas, sem o consentimento formal destas 
últimas, à exceção de Declarações, conforme a 
Resolução CFP Nº 07/2003.
Parágrafo único – Quando a pessoa atendida for 
criança, adolescente ou interdito, o 
consentimento formal referido no caput deve 
ser dado por pelo menos um dos responsáveis 
legais.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 11 – A não observância da presente norma 
constitui falta ético-disciplinar, passível de 
capitulação nos dispositivos referentes ao exercício 
profissional do Código de Ética Profissional do 
Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam ser 
arguidos.
Documentos e instrumentos utilizados 
pelo Psicólogo Jurídico
Observação;
Entrevistas;
Escuta;
Dinâmicas;
Estudo de campo;
Uso de testes psicológicos (favoráveis no CFP - Satepsi);
Intervenções verbais;
Crianças até 6 anos deve-se observar o comportamento. São difíceis de 
serem entrevistadas.
Protocolo NICHD (Entrevista com crianças vítimas de violência)
Tipos de instrumentos utilizados pelo psicólogo:
Resolução 09/2018:
Art.1: Avaliação Psicológica é definida como um processo estruturado de 
investigação de fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e 
instrumentos, com o objetivo de prover informações à tomada de decisão, no 
âmbito individual, grupal ou institucional, com base em demandas, 
condições e finalidades específicas.
Avaliação Psicológica:
Resolução 06/2019 : Elaboração de documentos
1. Declaração 
2. Atestado psicológico 
3. Relatório: a) Psicológico; b)Multiprofissional
4. Laudo Psicológico 
5. Parecer Psicológico.
Quais documentos utilizados pelo psicólogo?
1. Declaração: Declaração consiste em um documento escrito que tem por 
finalidade registrar, de forma objetiva e sucinta, informações sobre a 
prestação de serviço realizado ou em realização, abrangendo as 
seguintes informações:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante; 
b) Acompanhamento psicológico realizado ou em realização;
c) Informações sobre tempo de acompanhamento, dias e horários. 
Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou 
estados psicológicos. 
2. Atestado psicológico:Consiste em um documento que certifica, com fundamento em um 
diagnóstico psicológico, uma determinada situação, estado ou 
funcionamento psicológico, com a finalidade de afirmar as condições 
psicológicas de quem, por requerimento, o solicita.
• Os Conselhos Regionais podem, no prazo de até cinco anos, solicitar à(ao) 
psicóloga(o) a apresentação da fundamentação técnico-científica do 
atestado.
3. Relatórios
a)Relatório Psicológico:
O relatório psicológico consiste em um documento que, por meio de uma exposição
escrita, descritiva e circunstanciada, considera os condicionantes históricos e sociais da
pessoa, grupo ou instituição atendida, podendo também ter caráter informativo. Visa a
comunicar a atuação profissional da(o) psicóloga(o) em diferentes processos de trabalho
já desenvolvidos ou em desenvolvimento, podendo gerar orientações, recomendações,
encaminhamentos e intervenções pertinentes à situação descrita no documento, não
tendo como finalidade produzir diagnóstico psicológico.
b)Relatório Multiprofissional:
O relatório multiprofissional é resultante da atuação da(o) psicóloga(o) em
contexto multiprofissional, podendo ser produzido em conjunto com profissionais de
outras áreas, preservando-se a autonomia e a ética profissional dos envolvido
Laudo Parecer
4. Laudo Psicológico: 
O laudo psicológico é o resultado de um processo de avaliação psicológica, com 
finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda. 
Apresenta informações técnicas e científicas dos fenômenos psicológicos, 
considerando os condicionantes históricos e sociais da pessoa, grupo ou instituição 
atendida.
Resumindo, o Laudo psicológico: 
• É emitido por técnico especializado no assunto;
• Descreve os fatos;
• Tem caráter objetivo;
• Resultado do trabalho do Perito.
5. Parecer:
O parecer psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem como
finalidade apresentar uma análise técnica, respondendo a uma questão-
problema do campo psicológico ou a documentos psicológicos questionados.
I - O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma questão-problema ou
documento psicológico que estão interferindo na decisão do solicitante, sendo,
portanto, uma resposta a uma consulta.
II - A elaboração de parecer psicológico exige, da(o) psicóloga(o), conhecimento
específico e competência no assunto.
III - O resultado do parecer psicológico pode ser indicativo ou conclusivo.
IV - O parecer psicológico não é um documento resultante do processo de
avaliação psicológica ou de intervenção psicológica.
Resumindo, o Parecer psicológico: 
• É emitido por técnico especializado no assunto;
• Analisa o laudo e documentos complementares;
• Tem caráter consultivo;
• Resultado do trabalho do Assistente Técnico.
• Os documentos psicológicos serão apresentados em Processos judiciais 
ou à pedido de alguém;
• Antes de emitir um laudo o Psicólogo deve analisar se existe um conflito 
psicológico;
• Os documentos psicológicos são um meio de prova de um fato;
• Código Processo Civil (CPP): perícia, como se deve apresentar;
• Art. 466 (CPP) deveres do perito;
• O laudo e parecer devem ser fundamentados;
• Conclusão: Não dar conclusão exata e sim argumentos para o juiz chegar 
a uma conclusão.
• Evitar termos técnicos;
• Responder somente o que foi perguntado.
Documentos psicológicos:
ERROS:
• Laudo incompreensível ao juiz e às 
partes, não comunicam saberes, nem 
fornecem elementos que, submetidos ao 
Direito, permitem aplicar a Lei;
• Falta de fundamentação;
• Afirmações com base em Senso Comum;
• Falta de cuidado com o português;
• Excesso de jargões técnicos.
Abuso Sexual Infantil
Abuso Sexual Infantil
A Organização Mundial de Saúde define os maus-tratos 
sexuais como:
[…] as atividades de caráter sexual exercida por uma pessoa
mais velha, contra a criança, com fins de prazer sexual. São
classificados como abusos sensoriais (pornografia,
exibicionismo, linguagem sexualizada); estimulação sexual
(carícias inapropriadas em partes consideradas íntimas,
masturbação) e ato sexual propriamente dito (realização ou
tentativa de violação ou penetração oral, anal ou genital).
Abuso Sexual Infantil – Perfil dos Agressores
• Sedutor (impressiona como uma pessoa boa e com boas intenções);
• Bom tratamento com a vítima de preferência;
• As vezes agressivo com o resto da familia;
• Boa conduta na sociedade e comunidade.
• Boas relações profissionais e trabalhistas, além do excelente desempenho 
no local de trabalho.
• Boa conduta se detido;
• Negação sistemática do fato com justificação;
• Manifestação de perversidade.
• É comum encontrar um antecedente de abusadores que foram vítimas de 
abuso sexual em sua infância;
• Geralmente são reincidentes a pesar de cumprir penas;
• Ação progressiva em seu crime (exibicionismo, masturbação, jogos 
eróticos e exibição de pornografia, penetração).
• Simpatia e poder de convicção com os examinadores e magistrados
Pedofilia
Apenas 20% dos abusadores sexuais são pedófilos;
Imagem social positiva;
Disponibilidade;
Ambiente propício;
Estratégicos;
Desqualificação da vítima (mentiras);
Ameaças;
Interesse exacerbado em crianças.
Pedofilia
O QUE É CRIME QUE PODE TER RELAÇÃO COM A PEDOFILIA?
ESTUPRO DE VULNERÁVEL 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.
Pena – reclusão de 8 a 15 anos.
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.”
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Pedofilia
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito
ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo
ou qualquer outra forma de representação visual:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de
comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo
explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos
genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
Características das Vítimas
• Vulnerabilidade;
• Respeito devido ao medo do agressor;
• Pânico, retraimento e excessivo temor;
• Proteção se manifesta para seus irmãos menores;
• Formas de se relacionar as vezes agressiva (maneira de pedir ajuda);
• Masturbações compulsivas;
• Sentimento de culpa;
• Baixa autoestima
• Presença de jogos eróticos;
• Dificuldade de concentração e de aprendizado;
• Alterações na fala e comportamento de evasão;
• Rebeldia, enurese tardia;
• Insônia, terror noturno;
• Anorexia, bulimia e outros transtornos alimentares;
• Dores abdominais;
• Perda da visão positiva o mundo.
ENTREVISTAS COM CRIANÇAS VÍTIMAS DE 
ABUSO SEXUAL
Realizadas por Psicólogos Jurídicos e em clínicas de Psicoterapia.
• Entrevista e observação;
• Protocolo NICHD;
• Hora do Jogo Diagnóstico (casa com bonecos, desenhos)
• Desenho de uma pessoa do mesmo sexo e sexo oposto.
• Testes projetivos: HTP..
Adolescenteem Conflito com a Lei
Adolescente em Conflito com a 
Lei
• De acordo com o ECA, considera-se adolescente aquela pessoa entre 12 e 18 anos 
de idade;
• A adolescência é um período de crescimento e desenvolvimento da personalidade;
• Crise normal da adolescência: desequilíbrios e instabilidade;
• Independência dos pais;
• Aproximação e dependência do grupo de amigos.
• Busca de autonomia;
• Necessidade de ter seu próprio sustento;
Adolescente em Conflito com a 
Lei
• Impulsividade;
• Buscam por novas sensações;
• Maior resposta à recompensa;
• Focalizam benefícios a curto prazo e consequências negativas à longo 
prazo;
• Expõem a situações e condutas de risco: gravidez, DST’s, acidentes de 
trânsito, suicídio, consumo de álcool e drogas, violência interpessoal.
Adolescente em Conflito com a 
Lei
• A evolução dos comportamentos desviantes surge desde a infância e é na adolescência onde 
emergem comportamentos antissociais transitórios que exigem intervenções clínicas e por 
muitas vezes, legais. 
• O adolescente recusa-se a seguir a sociedade e compartilha suas próprias regras, monta seu 
próprio grupo e finalmente há a produção de atos delinquentes.
• Esses comportamentos antissociais diminuem se o adolescente não adquirir vantagens 
secundárias, quando o ambiente lhe adaptar ao novo contexto e lhe reestabelecer as suas 
relações com o mundo.
• A família é a primeira responsável por oferecer à criança o suprimento afetivo, pois acredita-
se que se ela não obtiver esse auxílio que precisa, buscará com outros recursos extremos na 
prática de atos infracionais.
• Atos Infracionais: Cumprimento de Medidas Socioeducativas.
Adolescente em Conflito com a 
Lei
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS (Educandário São Francisco):
ADVERTÊNCIA (ART. 115 DO ECA)
O que é: uma repreensão judicial, com o objetivo de sensibilizar e esclarecer o adolescente sobre 
as consequências de uma reincidência infracional. 
OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO (ART. 116 DO ECA)
O que é: ressarcimento por parte do adolescente do dano ou prejuízo econômico causado à 
vítima. 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE (ART. 117 DO ECA)
O que é: realização de tarefas gratuitas e de interesse comunitário por parte do adolescente em 
conflito com a lei, durante período máximo de seis meses e oito horas semanais. 
Adolescente em Conflito com a 
Lei
LIBERDADE ASSISTIDA (ARTS. 118 E 119 DO ECA)
O que é: acompanhamento, auxílio e orientação do adolescente em conflito com a lei por equipes 
multidisciplinares, por período mínimo de seis meses, objetivando oferecer atendimento nas diversas áreas 
de políticas públicas, como saúde, educação, cultura, esporte, lazer e profissionalização, com vistas à sua 
promoção social e de sua família, bem como inserção no mercado de trabalho. 
SEMILIBERDADE (ART. 120 DO ECA)
O que é: vinculação do adolescente a unidades especializadas, com restrição da sua liberdade, possibilitada 
a realização de atividades externas, sendo obrigatórias a escolarização e a profissionalização. O jovem 
poderá permanecer com a família aos finais de semana, desde que autorizado pela coordenação da Unidade 
de Semiliberdade. 
INTERNAÇÃO (ARTS. 121 A 125 DO ECA)
O que é: medida socioeducativa privativa da liberdade, adotada pela autoridade judiciária. A internação está 
sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em 
desenvolvimento. A internação pode ocorrer em caráter provisório ou estrito.
Maturidade Psicossocial e 
Capacidade Cognitiva
Maturidade Psicossocial
• Controle dos impulsos;
• Orientação sobre o futuro;
• Sensibilidade à recompensa.
Capacidade Cognitiva
• Raciocínio lógico;
• Memória de trabalho;
• Fluência verbal
Maturidade:
Entre 16 à 18 anos, 
dependendo de cada 
indivíduo
Alienação Parental
ALIENAÇÃO PARENTAL
Casos de alienação parental acontecem em separações conflituosas e sofridas, 
gerando, em uma das partes envolvidas, um sentimento de vingança em relação à 
outra. Uma das maneiras que essas pessoas encontram para se vingar é colocar o 
filho contra o outro genitor, causando o afastamento entre os dois. Há diversas 
maneiras de suscitar esse distanciamento, como a implantação de falsas memórias 
e a obstrução da comunicação, entre outras.
O psiquiatra norte-americano Richard A. Gardner chamou de Síndrome da 
Alienação Parental (SAP) as consequências psicológicas
para as crianças e adolescentes vítimas desse 
fenômeno.
ALIENAÇÃO PARENTAL
A SAP se trata de um abuso emocional e de um jogo psicológico 
que os deixa desprotegidos, podendo-lhes causar graves transtornos 
psíquicos quando adultos.
Foi criada a Lei 12.318 de 26 de agosto de 2010. Essa Lei, além de 
basear-se nos princípios constitucionais citados, também observou o 
Código Civil vigente e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Identificação da Alienação Parental:
A Alienação Parental sempre ocorreu, porém, com o aumento do número de divórcios e 
separações nas últimas décadas, ela tornou-se cada vez mais comum, sendo identificada, 
analisada e estudada por profissionais da área da saúde mental e posteriormente por 
profissionais da área jurídica;
A Alienação Parental é a campanha de desmoralização feita por um genitor em relação ao 
outro, geralmente a mulher (uma vez que esta normalmente detém a guarda do filho) ou por 
alguém que possua a guarda da criança. É utilizada uma verdadeira técnica de tortura 
psicológica no filho, para que esse passe a odiar e desprezar o pai e, dessa maneira, afaste-se 
do mesmo;
SAP: consiste nos problemas comportamentais, emocionais e em toda desordem 
psicológica que surge na criança após o afastamento e a desmoralização do genitor alienado;
• Desconfiança do Juiz: requisitar uma perícia;
• O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, 
conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, 
exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da 
separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e 
exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual 
acusação contra genitor.
• O examinador deve investigar a verdade do contexto exposto a ele, pois cada caso é 
único e deve ser analisado de maneira criteriosa.
• O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de 
alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, 
prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa 
circunstanciada;
• Sentimentos destrutivos de ódio, ciúmes, superproteção em relação aos filhos, entre 
outros, são comuns às pessoas que alienam. Muitas vezes essas pessoas são 
capazes de implantar falsas memórias negativas nos filhos em relação ao outro 
genitor.
Falsas Memórias na Alienação Parental
• A implantação das falsas memórias é feita rotineiramente, tratando-se de
um processo sistemático, em que o genitor alienante conta à criança fatos, sugere
acontecimentos, induzindo a vítima a acreditar que algo realmente aconteceu;
• Falsa denúncia de abuso;
• Esse tipo de tática utilizada pelo alienador é muito eficaz para o
afastamento dos filhos em relação ao alienado, diante de uma denúncia de
incesto, mesmo que não confirmado que o mesmo ocorreu, não resta
alternativa ao juiz a não ser a suspensão das visitas ao genitor acusado
(alienado).
• É bastante complicado analisar esses casos, pois se sabe que casos de
incesto realmente acontecem. Para tentar facilitar a distinção entre os casos
verídicos e os que se tratam de memórias falsas implantadas, Jorge Manuel
Aguilar, psicólogo espanhol, elaborou um quadro:
ABUSO SEXUAL SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL
O filho lembra do que ocorreu sem nenhuma ajuda
externa
O filho programado não viveu o que seu progenitor
denunciou. Precisa se recordar
As informações que transmite têm credibilidade, com
maior quantidade e qualidadede detalhes.
As informações que transmite têm menor credibilidade,
carecem de detalhes e inclusive são contraditórios entre
os irmãos
Os conhecimentos sexuais são impróprios para sua
idade: ereção, ejaculação, excitação, sabor do sêmen
Não tem conhecimentos sexuais de caráter físico –
sabor, dureza, textura, etc.
Costumam aparecer indicadores sexuais – condutas
voltadas ao sexo, conduta sedutora com adultos, jogos
sexuais precoces e impróprios com semelhantes (sexo
oral), agressões sexuais a outros menores de idade
inferior, masturbação excessiva, etc.
Não aparecem indicadores sexuais.
Costumam existir indicadores físicos do abuso
(infecções, lesões).
Não existem indicadores físicos.
Costumam aparecer transtornos funcionais – sono
alterado, enurese, encoprese, transtornos de
alimentação
Não costumam apresentar transtornos funcionais que o
acompanhem.
Costumam apresentar atrasos educativos – dificuldade
de concentração, atenção, falta de motivação, fracasso
escolar.
Não costumam apresentar atraso educativo em
consequência da denúncia.
Costumam apresentar alterações no padrão de
interação do sujeito abusado – mudanças de conduta
bruscas, isolamento social, consumo de álcool ou
drogas, agressividade física e/ou verbal injustificada,
roubos, etc.
O padrão de conduta do sujeito não se altera em seu
meio social.
Costumam apresentar desordens emocionais –
sentimentos de culpa, estigmatização, sintomas
depressivos, baixa autoestima, choro sem motivo,
tentativas de suicídio....
Não aparecem sentimentos de culpa ou estigmatização
ou condutas de autodestruição.
O menor sente culpa ou vergonha do que declara. Os sentimentos de culpa ou vergonha são escassos ou
inexistentes
As denúncias de abuso são prévias à separação. As denúncias por abuso são posteriores à separação.
O progenitor percebe a dor e a destruição de vínculos
que a denúncia provocará na relação familiar.
O progenitor não leva em conta, nem parece lhe
importar a destruição dos vínculos familiares.
Seria esperado que um progenitor que abusa de seus
filhos pudesse apresentar outros transtornos em
diferentes esferas de sua vida
Um progenitor alienado aparenta estar são nas
diferentes áreas de sua vida
Um progenitor que acusa o outro de abuso a seus filhos
costuma acusá-lo também de abusos a si mesmo.
Um progenitor programador só denuncia o dano
exercido aos filhos.
ABUSO SEXUAL SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL
Comportamento das vítimas:
A criança passa a apresentar comportamentos, preocupantes, 
resultantes da SAP, tais como: mentir compulsivamente; manipular pessoas, 
situações, informações; exprimir emoções falsas, mudar seus sentimentos em 
relação ao alienado (de amor-ódio à aversão total); exprimir reações 
psicossomáticas semelhantes às de uma criança verdadeiramente abusada, 
entre outros.
Sugestionabilidade
SUGESTIONABILIDADE
É uma qualidade psicológica que define a disposição de alguém 
para receber uma ideia e ser por ela influenciado, de forma a 
agir e/ou pensar conforme a ideia recebida.
SUGESTIONABILIDADE
Evitar perguntas que induzam a uma resposta.
PERGUNTA: Julia você mora com seus 
pais?
RESPOSTA: Sim
PERGUNTA: Julia com quem você 
mora?
RESPOSTA: Moro com meus avós.
Diversas investigações empíricas tentam estabelecer uma série de
indicadores essenciais tipicamente presentes nos relatos verdadeiros:
1) descrição detalhada do contexto;
2) informação específica sobre os atos sexuais;
3) respostas emocionais consistentes com as declarações.
Reconhecendo que a sugestionabilidade da maioria das crianças não é tão fácil nem
frequente como o senso comum acredita, cabe ao perito analisar aquilo que é
relatado pela criança e tirar as suas conclusões relativamente à validade e
veracidade do relato. Ao nível da validade, devem ser considerados cinco critérios:
1) a consistência interna (se o discurso da criança não se contradiz numa mesma
declaração);
2) a consistência externa (se o que a criança relata é compatível com outras
provas);
3) a consistência entre relatos;
4) a persistência das declarações ao longo do tempo e em diversos contextos;
5) a consistência do que é relatado com as leis científicas ou da natureza (idade).
A avaliação da veracidade das alegações é bastante complexa e, de certa forma,
encerra alguma subjetividade. No entanto, esta deve ser feita com atenção a alguns
indicadores específicos:
1) compatibilidade do relato com a sintomatologia apresentada;
2) compatibilidade do relato com o nível de desenvolvimento da criança;
3) compatibilidade do relato com os indicadores de veracidade sugeridos pela
investigação;
4) génese e avaliação de hipóteses alternativas. Para analisar a compatibilidade do
relato com os indicadores de veracidade sugeridos pela investigação, assume-se que
um relato verdadeiro inclui uma estrutura lógica, embora espontânea; um
enquadramento contextual dos factos, incluindo referências ao quando e onde dos
mesmos (dentro das capacidades da criança); detalhes peculiares e/ou
compreendidos de uma perspectiva infantil; resposta emocional significativa e
apropriada por parte da criança; e detalhes típicos da ofensa ou específicos de uma
situação, autocorreções ou admissões de falhas na recordação.
A entrevista aos cuidadores pode servir, não só para um confronto da informação ou
dos factos revelados pela criança, mas também para ajudar a perceber o nível de
desenvolvimento da criança e o seu ajustamento, a sintomatologia que esta tem vindo a
apresentar, o próprio ajustamento familiar e ajudar a ter uma melhor noção do risco de
abuso.
Esta entrevista deverá ser feita com o principal cuidador da criança, sem a presença
dela e como forma de preparar a futura avaliação do menor. Deve incluir aspectos como
a história do desenvolvimento da criança, a sua situação atual, a história da denúncia
de abuso, o comportamento e ajustamento da criança e, se necessário, o preenchimento
de testes objetivos.
Caso a denúncia não tenha sido apresentada pelos cuidadores, pode ser relevante
entrevistar a pessoa que fez a queixa, de modo a compreender melhor quais os sinais
detectados na criança ou mesmo, caso haja dificuldade em estabelecer empatia,
“utilizar” essa pessoa como ponte entre o perito e a criança, dada a confiança que esta
última deposita na primeira.
Entrevistas com os cuidadores:
Depoimento Especial 
(Depoimento Sem Dano)
O depoimento especial – nomeado anteriormente “depoimento sem dano“,
consiste na aplicação de uma metodologia diferenciada de escuta de crianças e
adolescentes na Justiça, em um ambiente reservado e que seja mais adequado ao seu
universo.
Na prática, servidores da Justiça são capacitados para conversar com crianças
em um ambiente lúdico, procurando ganhar a sua confiança e não interromper a sua
narrativa, permitindo o chamado relato livre.
A conversa é gravada e assistida ao vivo na sala de audiência pelo juiz e
demais partes do processo, como procuradores e advogados da defesa, por exemplo.
A criança tem ciência de que está sendo gravada, informação que é transmitida de
acordo com a sua capacidade de compreensão.
Definição:
Eysenck (2011) propõe que o entrevistador não faça perguntas
orientadas, e alerta que sua influência pode se manifestar de forma mais sutil,
como reforçando as respostas desejadas e criticando as respostas não desejadas.
A repetição de perguntas também exercerá influência no depoimento
infantil. Uma das formas de melhorar o desempenho de crianças é solicitando
que elas desenhem o que se lembrem de um evento antes de lhe pedir um relato
verbal (Gross & Hayne, 1999, apud Eysenck, 2011).
Nesse sentido, então, produzir desenho permite a criança gerar as suas
pistas de recuperação exclusivas enriquecendo seus relatórios verbais (Eysenck,
2011).
Definição:
Welter e Feix (2011) ressaltam que a qualidade da memória não é um
produto cognitivo puro sem relação com o contexto no qual a pessoa é
solicitada a realizara tarefa. A criança poderá sofrer influência da forma como
é questionada, o ambiente físico, o número de entrevistas realizadas entre
outros fatores.
O art. 12, da Lei nº 13.431/2017 preceitua que:
Art. 12. O depoimento especial será colhido conforme o seguinte procedimento:
I - os profissionais especializados esclarecerão a criança ou o adolescente sobre a tomada do
depoimento especial, informando-lhe os seus direitos e os procedimentos a serem adotados e
planejando sua participação, sendo vedada a leitura da denúncia ou de outras peças processuais;
II - é assegurada à criança ou ao adolescente a livre narrativa sobre a situação de violência,
podendo o profissional especializado intervir quando necessário, utilizando técnicas que permitam
a elucidação dos fatos;
III - no curso do processo judicial, o depoimento especial será transmitido em tempo real para a
sala de audiência, preservado o sigilo;
IV - findo o procedimento previsto no inciso II deste artigo, o juiz, após consultar o Ministério
Público, o defensor e os assistentes técnicos, avaliará a pertinência de perguntas
complementares, organizadas em bloco;
V - o profissional especializado poderá adaptar as perguntas à linguagem de melhor compreensão
da criança ou do adolescente;
VI - o depoimento especial será gravado em áudio e vídeo.
§ 1o À vítima ou testemunha de violência é garantido o direito de prestar depoimento
diretamente ao juiz, se assim o entender.
§ 2o O juiz tomará todas as medidas apropriadas para a preservação da intimidade e da
privacidade da vítima ou testemunha.
§ 3o O profissional especializado comunicará ao juiz se verificar que a presença, na sala
de audiência, do autor da violência pode prejudicar o depoimento especial ou colocar o
depoente em situação de risco, caso em que, fazendo constar em termo, será autorizado
o afastamento do imputado.
§ 4o Nas hipóteses em que houver risco à vida ou à integridade física da vítima ou
testemunha, o juiz tomará as medidas de proteção cabíveis, inclusive a restrição do
disposto nos incisos III e VI deste artigo.
§ 5o As condições de preservação e de segurança da mídia relativa ao depoimento da
criança ou do adolescente serão objeto de regulamentação, de forma a garantir o direito
à intimidade e à privacidade da vítima ou testemunha.
§ 6o O depoimento especial tramitará em “segredo de justiça”
ESCUTA ESPECIALIZADA:
• Nota do CFP;
• Não é ideal que o Psicólogo realize esse atendimento, “utilizando” a vítima como meio
de prova, e sim, que o Psicólogo esteja aberto a acolher essa vítima.
• Na Lei do Depoimento Sem Dano não está descrito que a Escuta Especializada será
realizada por Psicólogo.
ESCUTA ESPECIALIZADA:
• Nota do CFP;
• Não é ideal que o Psicólogo realize esse atendimento, “utilizando” a vítima como meio
de prova, e sim, que o Psicólogo esteja aberto a acolher essa vítima.
• Na Lei do Depoimento Sem Dano não está descrito que a Escuta Especializada será
realizada por Psicólogo.
Psiquiatria Forense
Psiquiatria Forense
A psiquiatria forense é, de forma ampla e genérica, a psiquiatria a 
serviço da Justiça. Essa subespecialidade da psiquiatria é aplicada 
a indivíduos supostamente portadores de transtorno mental que 
violam a lei; e a indivíduos que necessitam de sua proteção, 
podendo ter um caráter tanto pericial quanto terapêutico.
A psiquiatria forense atua nos casos em que haja qualquer dúvida 
sobre a integridade ou a saúde mental dos indivíduos, em qualquer 
área do Direito, buscando esclarecer à justiça se há ou não a 
presença de um transtorno ou enfermidade mental e quais as 
implicações da existência ou não de um diagnóstico psiquiátrico.
Psiquiatria Forense
TRANSTORNO DE HUMOR 
(CID 10 – F.30 à F.39)
MANÍACO DEPRESSIVO 
(BIPOLARIDADE)
(CID 10 – F.20 à F.22)
ESQUIZOFRENIA
TRANSTORNO 
DELIRANTE
Psiquiatria Forense
TRANSTORNOS DE 
PERSONALIDADE (CID 10 –
F.60)
ANTISSOCIAL
BODERLINE
PSICOPATIA
Psiquiatria Forense
RETARDO MENTAL 
(CID 10 – F.70 à F.73)
LEVE
MODERADO
GRAVE
PROFUNDO
Transtorno Maníaco Depressivo -
Bipolar
Transtorno Maníaco Depressivo
TRANSTORNO DE HUMOR 
(CID 10 – F.30 à F.39)
MANÍACO DEPRESSIVO 
(BIPOLARIDADE)
Transtorno Maníaco 
Depressivo - Bipolar
O Transtorno Bipolar é caracterizado por variações 
acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e 
mania. Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar 
numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante 
variável. 
ManiaM
D
Depressão
Normalidade
ManiaM
D
Depressão
Normalidade
• Irritabilidade extrema; a pessoa torna-se exigente e zanga-se quando 
os outros não acatam os seus desejos e vontades;
• Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis, os pensamentos 
aceleram-se, a fala é muito rápida, com mudanças frequentes de 
assunto;
• Reação excessiva a estímulos, interpretação errada de 
acontecimentos, irritação com pequenas coisas, levando a mal 
comentários banais;
• Aumento de interesse em diversas atividades, despesas excessivas, 
dívidas e ofertas exageradas;
• Grandiosidade, aumento do amor próprio;
• Energia excessiva, possibilitando uma hiperatividade ininterrupta;
• Diminuição da necessidade de dormir;
• Aumento da vontade sexual, comportamento desinibido com escolhas 
inadequadas;
• Incapacidade em reconhecer a doença, tendência a recusar o 
tratamento e a culpar os outros pelo que corre mal;
• Perda da noção da realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes»;
• Abuso de álcool e de substâncias.
ManiaM
D
Depressão
Normalidade
Não se dão conta do 
que aconteceu
ManiaM
D
Depressão
Normalidade
Depressão:
O principal sintoma é um 
estado de humor de tristeza e 
desespero.
Em função da gravidade da 
depressão, podem sentir-se 
alguns ou muitos dos 
seguintes sintomas:
ManiaM
D
Depressão
Normalidade
• Preocupação com fracassos ou incapacidades e 
perda da autoestima. Pode ficar-se obcecado com 
pensamentos negativos, sem conseguir afastá-los;
• Sentimentos de inutilidade, desespero e culpa 
excessiva;
• Pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de 
concentração e em tomar decisões;
• Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e 
pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos;
• Agitação, inquietação, sem conseguir estar 
sossegado ou perda de energia, cansaço;
• Alterações do apetite e do peso;
• Alterações do sono: insônia ou sono a mais;
• Diminuição do desejo sexual;
• Choro fácil ou vontade de chorar sem ser capaz;
• Ideias de morte e de suicídio; 
• tentativas de suicídio;
• Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras 
substancias.
ManiaM
D
Depressão
Normalidade
Obs: Episódios podem durar 
vários dias;
Podem demorar anos para 
se repetir;
Não há deterioração 
neurocognitivo.
Uma pessoa diagnosticada com 
Transtorno Maníaco Depressivo é 
considerada..
IMPUTÁVEL INIMPUTÁVEL?
RELATO DE CASO
M, 30 anos, sexo feminino, brasileira, natural e residente do Rio de Janeiro, amasiada, ensino superior incompleto, 
professora de Ensino Médio. Consta na denúncia descrita nos autos do processo criminal que M foi acusada de 
tentar assaltar um estabelecimento comercial, na cidade de São Paulo, ameaçando funcionários com um canivete, 
dessa forma sendo enquadrada no artigo 157 do Código Penal (subtrair coisa móvel alheia, mediante grave ameaça 
ou violência).
Em sua versão dos fatos, durante a avaliação pericial, afirmou: "Eu peguei um ônibus e fui para São Paulo, sem 
objetivo, achava que tinha que fazer alguma coisa em São Paulo, aí, fiquei andando pelo aeroporto e gastei todo 
meu dinheiro. Fiquei desesperada para voltar para casa, aí eu fui numa pizzaria e falei para o cara me dar o 
dinheiro que estava no caixa se ele tivesse amor à vida. Depois entrei no banheiro e me pegaram”
Negou passado de traumatismo cranioencefálico, de crises convulsivas ou de uso de álcool ou substâncias 
psicoativas. Relata que o pai "tinha crise de agitação e foi internado várias vezes". Referiu passado de tratamento 
psiquiátricocontando com internações psiquiátricas anteriores em hospitais públicos na cidade do Rio de Janeiro: 
"ficava com um alto astral, agitada, falando muito, sem dormir". Há referência também a episódios depressivos 
"sem comer e sem falar nada, pensando em morrer". Afirma que na época do delito "estava há dias sem dormir, 
muito agitada, só pensando em baladas". Atualmente faz tratamento psiquiátrico ambulatorial, em uso de lítio. Traz 
receita médica.
Na avaliação psiquiátrica pericial, M compareceu ao local de exame trajada adequadamente para a ocasião, com 
maquiagem excessiva, em boas condições de higiene. Tinha atitude colaborativa, respondendo aos dados que lhe 
eram formulados, porém se irritando com o entrevistador, quando ele tentava detalhar algum aspecto daquilo que 
relatava. Falava de forma rápida e ininterrupta, apresentava inquietação motora, gesticulando de forma excessiva 
e levantando da cadeira da sala em várias ocasiões, durante a realização da entrevista. Apresentava consciência 
vigil, atenção dispersa, globalmente orientada, memórias preservadas para fatos recentes e remotos. Não 
apresentava sintomatologia delirante ou alucinatória em curso. Apresentava inteligência dentro dos limites de 
normalidade e humor exaltado e irritado. Sua autocrítica era pobre em relação ao delito de que era acusada: "eu 
queria pegar um lanche porque estava com fome, não fiz nada demais".
Na conclusão do laudo, foi considerado que na época dos fatos M apresentava doença mental compatível com 
diagnóstico de transtorno afetivo bipolar (F31-CID-106). Esse diagnóstico se fez presente pela existência de 
episódios de excitação psíquica e depressão. Eles motivaram diversas internações psiquiátricas, denotando a 
gravidade de suas manifestações na conduta da perita. Nos episódios de excitação, M apresentava logorreia, 
hiperatividade, desinibição comportamental, exaltação do humor, heteroagressividade e agitação psicomotora. Esses 
sintomas, por sua vez, afetaram inteiramente o seu entendimento e determinação em relação à licitude dos atos 
praticados na denúncia, dessa forma sendo considerada inimputável.
Psiquiatria Forense
(CID 10 – F.20 à F.22)
ESQUIZOFRENIA
TRANSTORNO 
DELIRANTE
Esquizofrenia
Esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico 
complexo caracterizado por uma alteração 
cerebral que dificulta o correto julgamento sobre 
a realidade, a produção de pensamentos 
simbólicos e abstratos e a elaboração de 
respostas emocionais complexas.
Esquizofrenia
Fatores desencadeantes:
• Histórico familiar de esquizofrenia;
• Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe, especialmente nos 
dois primeiros trimestres da gestação;
• Problemas no parto como falta de oxigênio;
• Ter um pai com idade mais avançada;
• Uso de cannabis: predisposição;
• Tabagismo;
• Neuropsiquiatria: Formação do cérebro não desenvolvida;
• Situações estressoras.
+
+
+
+
P.P – Percepção Prévia
A pessoa começa a se sentir estranha, como se 
o mundo estivesse se transformando; descuido 
com sua higiene pessoal; se olha muito no 
espelho; dura em torno de 30 dias.
- -
Sem iniciativa para realizar qualquer 
atividade; apaga totalmente a 
afetividade com família e amigos.
Medicamentos com 
pouca melhora
Medicamentos não 
funcionam
Crise: Alucinações 
auditivas e visuais
Esquizofrenia
Distúrbios cognitivos 
(pensamento, atenção, tomada 
de decisão, raciocínio abstrato, 
linguagem) e emocionais (apatia, 
falta de motivação, falta de 
prazer, depressão).
Transtorno Delirante
Transtorno Delirante
O transtorno delirante se distingue da esquizofrenia pela presença de 
delírios sem outros sintomas de esquizofrenia. Os delírios tendem a ser não 
bizarros e a envolver situações que poderiam acontecer, tais como ser seguido, 
envenenado, infectado, amado a distância ou enganado pelo cônjuge ou 
amante.
Em contraste com a esquizofrenia, o transtorno delirante é 
relativamente incomum. O seu início ocorre quase sempre na metade ou no 
final da vida adulta. O funcionamento psicossocial não é tão prejudicado, 
como no caso da esquizofrenia, e os prejuízos surgem, em geral, diretamente 
da crença delirante.
Delírios com duração de um mês ou mais.
Transtorno Delirante
Persercutório/Paranóia: A pessoa é convencida de algo que não é (irreal). Crença de que 
estão conspirando contra ele, sendo enganado, perseguido, envenenado..Ex: acha que a 
pessoa está olhando “errado” para ele, interpretação errônea. 
Celotípia: Ciúmes; interpreta a realidade 
Erotomania: Pessoa convencida que alguém está apaixonada por ele (alguém famoso); nunca 
tiveram contato 
*Se torna ódio: ameaça, faz ligações.
Grandiozo/ Inventor: convencido que criou algo. Ex: cura do Alzheimer
Uma pessoa diagnosticada com 
Transtorno Delirante ou Esquizofrenia é 
considerada..
IMPUTÁVEL INIMPUTÁVEL? 
Esquizofrenia e Transtorno Delirante
Psiquiatria Forense
TRANSTORNOS DE 
PERSONALIDADE (CID 10 –
F.60)
ANTISSOCIAL
BODERLINE
PSICOPATIA
Transtorno de Personalidade
BODERLINE
Transtorno de Personalidade
BODERLINE
Borderline, também chamada de transtorno de personalidade 
limítrofe, é caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser 
abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar 
dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.
Geralmente, as pessoas com Transtorno Borderline têm momentos 
em que estão estáveis, que alternam com surtos psicóticos, manifestando 
comportamentos descontrolados. Esses sintomas começam a se 
manifestar na adolescência e se tornam mais frequentes no início da vida 
adulta.
As características mais comuns das pessoas que têm a Síndrome de Borderline são:
• Alterações do humor ao longo do dia, variando entre momentos de euforia e de profunda tristeza;
• Sentimentos de raiva, desespero e pânico;
• Irritabilidade e ansiedade que pode provocar agressividade;
• Dificuldade em controlar as emoções, podendo variar de tristeza extrema a episódios de euforia;
• Medo de ser abandonado por amigos e familiares;
• Instabilidade nas relações, podendo causar distanciamento;
• Impulsividade e dependência por jogos, gasto de dinheiro descontrolado, consumo exagerado de 
comida, uso de substâncias e, em alguns casos, não cumprindo regras ou leis;
• Baixa autoestima;
• Insegurança em si próprio e nos outros;
• Dificuldade em aceitar críticas;
• Sensação de solidão e de vazio interior.
• Acontecem mais em mulheres;
• Auto lesão/agressão;
• Não controlam sua Ira;
• Provavelmente passaram por momentos estressantes complexos.
• Crises duram minutos ou horas;
• Geralmente chamam seu Psicólogo antes de se machucarem.
Transtorno de Personalidade
ANTISSOCIAL
Transtorno de Personalidade
ANTISSOCIAL
• Diagnóstico com 18 anos;
• Fracasso em adaptar-se com as normas sociais;
• Desonestidade;
• Impulsividade;
• Irritabilidade;
• Agressividade;
• Despreocupação;
• Irresponsabilidade;
• Falta de Remorsos;
• Baixa empatia;
• Crueldade;
• Dificuldade em manter relações pessoais duradouras;
• Baixa tolerância à frustação;
• Sem culpa;
• Culpa os outros;
• Crueldade com os animais.
Transtorno de Personalidade
PSICOPATIA
Transtorno de Personalidade
PSICOPATIA
• Dificuldade com afeto, frio e calculador;
• Encanto superficial e inteligência normal;
• Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional;
• Ausência de nervosismo e manifestações psiconeuróticas;
• Informalidade;
• Pobreza nas relações afetivas;
• Falsidade;
• Vida sexual pouco estável;
• Mentirosos;
• Sem culpa e vergonha;
• Narcisistas;
• Egocêntricos.
• Aurora (Guido Palomba);
• Dupla personalidade;
• Tríade de Mc Donald: enurese, 
maltratar animais, atear fogo;
• Covardes;
• Melhoram o crime após prisão;
• “Todo delito, é um fotografia 
exata e em cores do 
comportamento do indivíduo”.
A Psicopatia Dentro do 
Sistema Penitenciário, o 
que fazer?
SÃO CONSIDERADOS
IMPUTÁVEIS
Transtornos de PersonalidadePsiquiatria Forense
RETARDO MENTAL 
(CID 10 – F.70 à F.73)
LEVE
MODERADO
GRAVE
PROFUNDO
Retardo Mental
É uma condição de desenvolvimento interrompido ou
incompleto da mente, a qual é especialmente caracterizada por
comprometimento de habilidades manifestadas durante o período de
desenvolvimento, as quais contribuem para o nível global de
inteligência, isto é, aptidões cognitivas, de linguagem, motoras e
sociais.
• Causas genéticas: infecções na gravidez;
• Primeira infância: meningite, perda da audição.
(Síndrome de Down)
• Avaliação Psicológica: Raven – medir QI
WAIS – verbal: descrever o que é (ex. casa)
execução: resolver tarefas
Retardo Mental
Retardo Mental Leve: Apresentam linguagem com algum atraso, porém
usam a fala normalmente nas atividades cotidianas.
A maioria consegue total independência em cuidados próprios (comer, lavar-
se, vestir-se, controle vesical e intestinal) e em habilidades práticas e domésticas.
Possuem dificuldades na área acadêmica, em específico leitura e escrita.
Há também notável imaturidade emocional e social, ou seja, incapacidade
para enfrentar as demandas do casamento ou da educação dos filhos ou dificuldades
em harmonizar-se com tradições e expectativas culturais.
IMPUTÁVEL
Retardo Mental
Retardo Mental Moderado: São lentos no desenvolvimento da compreensão e
uso da linguagem e suas eventuais realizações nessa área são limitadas.
Realizações nos cuidados pessoais e habilidades motoras estão igualmente
retardadas e alguns necessitam de supervisão durante a vida toda.
O processo em trabalhos escolares é limitado, porém uma proporção desses
indivíduos aprendem as habilidades básicas necessárias para leitura, escrita e
cálculo.
INIMPUTÁVEL
Retardo Mental
Retardo Mental Grave: Similar ao moderado, porém a maioria das pessoas
nessa categoria sofre um grau marcante de comprometimento motor e outros déficits
associados, indicando a presença de lesão clinicamente significativa ou
desenvolvimento inadequado do sistema nervoso central.
Depende de outra pessoa para atividades básicas.
INIMPUTÁVEL
Retardo Mental
Retardo Mental Profundo: QI abaixo de 20. A compreensão e o uso de
linguagem estão limitados, na melhor das hipóteses, ao entendimento de ordens
básicas e a fazer pedidos simples.
Incapacidades neurológicas graves ou outros problemas físicos afetando a
mobilidade são comuns, como epilepsia e comprometimentos visuais e auditivos.
Depende totalmente de outra pessoa para atividades básicas.
INIMPUTÁVEL
Transtorno de Personalidade
ANTISSOCIAL
Transtorno de Personalidade
ANTISSOCIAL
• Diagnóstico com 18 anos;
• Fracasso em adaptar-se com as normas sociais;
• Desonestidade;
• Impulsividade;
• Irritabilidade;
• Agressividade;
• Despreocupação;
• Irresponsabilidade;
• Falta de Remorsos;
• Baixa empatia;
• Crueldade;
• Dificuldade em manter relações pessoais 
duradouras;
• Baixa tolerância à frustação;
• Sem culpa;
• Culpa os outros;
• Crueldade com os animais.
Transtorno de Personalidade
ANTISSOCIAL
• Senso-comum: timidez, isolamento;
• Violação de Direitos: quebras de regras e normais;
• Vive atos antissociais durante a vida, desde o início da adolescência.
• Não procuram “tratamento” psicológico;
• Atinge mais homens do que mulheres.
• Antissocial não é a mesma coisa que Psicopatia;
• Psicopatas não sentem empatia;
• Quanto mais cedo (infância) a pessoa apresentar comportamentos antissociais, maior é a 
propensão de futuramente ser diagnosticado como Psicopatia;
• Psicopatas são incapazes de entender o sentimento do outro através das expressões faciais.
Síndrome de Estocolmo
Síndrome de Estocolmo
Foi um assalto em um banco no centro da capital sueca que deu origem à
Síndrome do Estocolmo.
Uma assaltante, um presidiário e quatro funcionários conviveram por seis
dias dentro do banco, e os reféns criaram uma relação afetiva, de cumplicidade com
seus sequestradores que acabou por batizar um termo psicológico que se tornou
comum em todo o mundo.
Síndrome de Estocolmo se refere a empatia, sentimento de 
ternura e até paixão que a vítima tem pelo seu 
sequestrador/agressor. É um estado psicológico onde a vítima 
desenvolve para fazer com que o sequestrador sinta empatia por ela. 
Síndrome de Estocolmo
• Afeto positivo referente ao seu sequestrador/ agressor;
• Situação de estresse, corpo passa por modificações, aumento na pressão arterial,
hipervigilante;
• Cérebro, nossos esquemas cognitivos criam mecanismos para que possamos sair dessa
situação de estresse;
• Vítima começa a realizar tarefas ou falar algo para que o sequestrador tenha simpatia
por ela;
• Mecanismo inconsciente: quais comportamentos que eu tenho para que amenize o
comportamento do agressor. Ex: sorriso da vítima = menor agressão;
• Vítima realiza boletim de ocorrência e não quer representar contra o agressor;
• Tratamento através de Terapia.

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