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1 2 ÍNDICE VISÃO GERAL....................................................................................3 DEFINIÇÃO DE RUÍDO....................................................................4 EXPOSIÇÃO AO RUÍDO EM AMBIENTES DE TRABALHO..............7 LIMITES DE TOLERÂNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO............14 MÉTODOS DE SEGURANÇA PARA MONITORAR RUÍDO.............17 AÇÕES PREVENTIVAS/RECOMENDAÇÕES.......................................18 FIQUE POR DENTRO DA NOSSA TECNOLOGIA....................19 REFERÊNCIAS..................................................................................20 COLABORADORA...........................................................................21 3 Estamos lançando uma série de publicações relacionadas com os principais fatores de exposição (ruído, exposição calor, trabalhos submersos, trabalho sob ar comprimido etc.) que quando deixam de ser monitorados e controlados provocam acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. É um trabalho desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e começamos por avaliar os impactos do ruído nos ambientes de trabalho. Especificamente, a publicação é construída a partir de relatos e pesquisas publicadas que abordam os impactos do ruído ocupacional nos trabalhadores de diferentes ambientes de trabalho. Os artigos utilizados como base para a obtenção das informações foram: Avaliação de Ruído em Fábricas de Móveis (FILIPE et al., 2014), Efeitos do Ruído na Audição de Trabalhadores de Lavanderia Hospitalar VISÃO GERAL (FONTOURA et al., 2014), Análise do Risco Ruído em Indústria de Confecção de Roupa (BARCELOS; ATAÍDE, 2014) e Incidência e Prevalência de Perda Auditiva Induzida por Ruído em Trabalhadores de uma Indústria Metalúrgica, Manaus - AM, Brasil (RÉGIS; CRISPIM; FERREIRA, 2014), Exposição ao Ruído na Indústria de Transformação no Brasil (CAVALCANTE; FERRITE; MEIRA, 2013). A análise é complementada com informações sobre requisitos e conceitos destacados pelas Normas Regulamentadoras - NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e NR 15 - Atividades e Operações Insalubres. Uma boa leitura! http://www.uem.br/ https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-09.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-09.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-09.pdf 4 1 DEFINIÇÃO DE RUÍDO1 O ruído é um agente frequente e o nome comum à pressão sonora exercida no ouvido humano e, fisicamente trata-se de um sinal acústico de diferentes frequências não análogos (FILIPE et al., 2014; RÉGIS; CRISPIM; FERREIRA, 2014). O ruído é classificado em dois tipos: Contínuo ou Intermitente e de Impacto (BARCELOS e ATAÍDE, 2014; NR 15, 2018). Conforme, destacado pela NR-15 (2018), ruído de impacto é “aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.” O ruído pode causar riscos ocupacionais e, segundo Nancy Nadler (citada no artigo Análise do Risco Ruído em Indústria de Confecção de Roupa), porta- voz do Center for Hearing and Communication (CHC) e responsável pela instituição do Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído, causa danos à saúde, audição, aprendizagem e ao comportamento afetando os âmbitos físicos, psicológicos e sociais do ser humano (BARCELOS; ATAÍDE, 2014). No período de 2012 a 2018 foram registradas, a partir da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), 20.644 lesões ou acidentes de trabalhos relacionados com a audição dos trabalhadores. Em destaque, os 10 setores econômicos com mais notificações de acidentes de trabalho que provocaram lesão ou perda de diminuição de sentido: audição (IV), responsáveis por 37% dos casos registrados, conforme dados disponíveis no SmartLab (2019). https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf https://smartlabbr.org/sst/localidade/0?dimensao=perfilCasosAcidentes 5 Outros conceitos que estão totalmente relacionados ao ruído são a dosimetria, dose, limites de tolerância e unidades de medida utilizadas. A dosimetria trata-se da medição por meio do equipamento dosímetro da dose diária de ruído, que, por sua vez, consiste na intensidade de ruído a qual os trabalhadores são expostos durante a jornada de trabalho (FILIPE et al., 2014). Atividades de Correio; 3.911; 41% Atividades de atendimento hospitalar; 1.399; 15% Construção de edifícios; 821; 8% Transporte rodoviário de carga; 610; 6% Fabricação de açúcar em bruto; 579; 6% Fabricação de álcool; 483; 5% Abate de suínos, aves e outros pequenos animais; 483; 5% Administração pública em geral; 478; 5% Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores não especificados anteriormente; 438; 5% Extração de minério de ferro; 374; 4% Ranking das 10 Atividades que Provocaram Lesão na Audição do Trabalhador - Período: 2012-2018 Fonte: SmartLab (2019) 6 Os valores coletados são comparados com os limites de tolerância, ou seja, as quantidades máximas ou mínimas de exposição permitida para cada agente em relação ao tempo, a fim de não causar danos ao colaborador (NR 15, 2018). E, com relação às unidades de medida, embora todas sejam em decibéis (dB), o símbolo que aparece logo após (A, C, FAST, SLOW, LINEAR) são determinados pelo método ao qual é realizada a dosimetria e cada um deles será explicado, a seguir (NR 15 - Anexo 1 e 2, 2018): • A ou C – Tipo do circuito de compensação em que o instrumento de nível de pressão sonora opera. • SLOW – Indica circuito de resposta lenta. • FAST – Indica circuito de resposta rápida. • LINEAR – Circuito do tipo linear no qual p medidor de nível de pressão sonora opera. https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf 7 Os ambientes de trabalho analisados foram caracterizados a partir dos artigos selecionados, entre os quais se destacam: a indústria moveleira, lavanderia hospitalar, indústria de transformação com foco na produção de produtos de madeira, indústria de confecção de roupa e metalúrgica. Os dados disponíveis no SmartLab (2019), para o período de 2012 a 2018, demonstram que em mais de 60% dos registros de acidentes de trabalho com os ouvidos dos trabalhadores são provocados por agentes físicos, conforme a distribuição da frequência retratada no diagrama de Grupos de Agentes Causadores de Lesões nos Ouvidos dos Trabalhadores. O acidente de trabalho também é frequentemente provocado pelo agente biológico, químico, por máquinas, equipamentos e ferramentas manuais que os trabalhadores usam nos ambientes de trabalho. 2 EXPOSIÇÃO AO RUÍDO EM AMBIENTES DE TRABALHO2 https://smartlabbr.org/sst/localidade/0?dimensao=perfilCasosAcidentes 8 A exposição exagerada dos trabalhadores, especificamente, ao ruído provocado por máquinas e equipamentos, ferramentas manuais, veículos de transportes, entre outros, causam lesões como estresse, fadiga, irritação, surdez, insônia, dor de cabeça etc., prejudicando a saúde e qualidade de vida do trabalhador. Neste cenário, que o ruído é nocivo é necessário estabelecer medidas de prevenção eficientes. A seguir, são destacadas experiências que caracterizam a exposição do trabalhador ao ruído e citam recomendações ou cuidados que os profissionais de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) podem adotar para preservar a saúde e integridade física do trabalhador nas indústrias. AGENTE FÍSICO 66% 9% 7% 7% 2% 2% AGENTE BIOLÓGICO AGENTE QUÍMICO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS FERRAMENTAS MANUAIS VEÍCULOS DE TRANSPORTE MOBILIÁRIOS E ACESSÓRIOS queda de altura queda do mesmo nível outros impacto conra pessoa/objeto embalagens e tanques 1% 1% incêndio Fonte: SmartLab (2019) Grupo de Agentes Causadores de Lesões nos Ouvidos dos Trabalhadores 9 RUÍDO NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO NO BRASIL No trabalho de Exposiçãoao Ruído na Indústria de Transformação no Brasil, Cavalcante, Ferrite e Meira (2013) fazem referência a diversos ambientes de trabalho classificados como indústria de transformação pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), seção “C”. Tais ambientes de trabalho foram identificados a partir de uma revisão bibliográfica. Foram levantados 25 estudos e dos quais 18 foram considerados por adotarem informações a respeito do ruído e da indústria de transformação do Brasil, nos quais abordam as seguintes divisões da CNAE da seção “C”: fabricação de produtos alimentícios, de bebidas, de produtos têxteis, de produtos de madeira, de celulose, papel e produtos de papel, de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, de produtos químicos, de produtos de borracha e de material plástico, de produtos de minerais não-metálicos, confecção de artigos do vestuário e acessórios, preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, metalurgia e fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. Entre os dados identificados nos artigos estudados na revisão, 94% apresentaram a intensidade do ruído, em 72% dos casos citados, os valores mínimos e máximos de pressão sonora e a informação sobre o uso de Equipamentos de Proteção Auditiva (EPA) foi constatado em 39%. Ainda, em 22% dos casos citados foi determinada a prevalência de exposição ao ruído, visto que, a maioria não disponibilizou o número total de trabalhadores para realizar essa estimativa. Mesmo com a escassez de dados, com os artigos analisados por essa revisão literária foi detectado que as madeireiras e metalúrgicas apresentaram os maiores níveis de ruído, sendo que, o menor índice do uso de equipamentos de proteção auditiva (EPA) foi verificado entre os colaboradores da indústria de fabricação de produtos de madeira. Nas considerações é destacado que a falta de 10 informações em relação ao agente ruído nos estudos analisados é considerável e isso dificulta tornar a saúde auditiva como algo prioritário na saúde pública das indústrias de transformação. RUÍDO EM FÁBRICAS DE MÓVEIS No artigo que trata sobre a Avaliação de Ruído em Fábricas de Móveis, publicado por Filipe et al.(2014), foram realizadas medições dos níveis de ruído nos ambientes de trabalho de 14 organizações no Sul de Minas Gerais. Para a medição foi utilizado o dosímetro da marca Instrutherm (portátil e digital) com marcador de tempo real e função data-logger (coleta e registra eletronicamente dados de outros instrumentos) em circuito de compensação A com resposta lenta (SLOW). E, o equipamento foi preso ao cinto do colaborador e o sensor de captação em cima dos ombros. Além disso, para os ruídos considerados como contínuos, as medições foram realizadas durante a utilização dos maquinários por meio do medidor de pressão sonora posicionado próximo ao ouvido. Após a realização desses procedimentos, foi verificado que todas as fábricas obtiveram valores acima de uma unidade, parâmetro determinado pela NR-15 (2018). Esse fato também ocorre no caso de ruído contínuo, no qual, houveram diversas máquinas com o nível desse agente acima do permitido pela NR- 15 (85dB(A)) e em dois casos específicos, todas as máquinas apresentaram níveis maiores que 85 dB(A). Nas considerações finais e com o objetivo de atenuar os possíveis danos causados por esse agente, foi recomendado atuar primeiramente na fonte do ruído (lubrificando e regulando o maquinário por meio da manutenção preventiva), em seguida na transmissão (barreiras - EPC) e por último no colaborador: protetores auriculares – EPI, diminuição da jornada de trabalho visando a adequação do tempo de trabalho e o nível de ruído estabelecidos pela norma. 11 RUÍDO NA LAVANDERIA HOSPITALAR No artigo publicado por Fontoura et al., (2014), Efeitos do Ruído na Audição de Trabalhadores de Lavanderia Hospitalar foi realizado uma coleta de dados ao longo de um período, conhecido como estudo transversal aprovado pelo Comitê de Ética e, para isso foram coletadas amostras de 95 colaboradores por meio da avaliação auditiva com aplicação de anamnese (entrevista com o paciente sobre sintomas já existentes), audiometria tonal limiar, imitância acústica e teste de emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente (13 indivíduos sem evidências de emissões em uma das orelhas) e o nível de ruído também foi mensurado. Esses exames foram realizados utilizando o instrumento no circuito de compensação “A” com resposta lenta (SLOW). No Trabalho também foram analisados o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa. Além disso, foi 12 verificado nos audiogramas que os trabalhadores apresentaram alteração em 37,89% dos casos e destes, 18,94% obtiveram indícios de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) que é irreversível. Esses dados foram frequentes nos colaboradores que trabalham na parte de dobra das roupas. Além disso, os colaboradores estão expostos a níveis de ruído entre 77 e 99 dB(A) e eles são classificados em três: os contratados pelo hospital, por empresa terceirizada e concursados, visto que, o PPRA e o PCMSO incluem apenas os dois primeiros. E, outro fator importante é que, os sintomas mais frequentes são cansaço, estresse e irritabilidade. Para finalizar é recomendada a necessidade de implementar Programas de Preservação Auditiva (PCA) e adotar ações educativas para aumentar a preocupação dos colaboradores com a própria saúde auditiva. Ações que provavelmente irão diminuir a emissão de ruído e preservar a audição dos trabalhadores. RUÍDO NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO Considerando o estudo do Artigo Análise do Risco Ruído em Indústria de Confecção de Roupa (BARCELOS; ATAÍDE, 2014), ele faz referência a dois setores de uma fábrica de confecção de roupa localizada no Espírito Santo. Os ambientes de trabalho escolhidos apresentam o maior risco de ruído, sendo a Passadoria (83,5 a 93,5 dB(A)) e a Área do USED – operação de tingimento por meio do processo Used, com 88,4 a 98,2 dB(A). Assim, foram analisados seis funcionários, visto que, os colaboradores com menos de cinco anos na empresa foram excluídos. Após a seleção da amostra, os colaboradores responderam um questionário (aprovado pelo comitê de ética) abordando informações pessoais e em relação ao ruído e também foram analisadas todas as audiometrias já realizadas. Com o objetivo de amenizar os efeitos do ruído é destacado que a empresa exige dos seus trabalhadores o uso dos EPI’s por meio da comprovação e 13 treinamento de uso dos mesmos. Entretanto, embora isso aconteça, a maioria dos colaboradores não usam esses equipamentos. E também, há um médico do trabalho atuante na empresa e clínicas especializadas para realização das audiometrias. RUÍDO NA INDÚSTRIA METALÚRGICA O presente tópico leva em consideração o artigo Incidência e Prevalência de Perda Auditiva Induzida por Ruído em Trabalhadores de uma Indústria Metalúrgica, Manaus - AM, Brasil que, com o objetivo de determinar a frequência de Perda Auditiva induzida por ruído (PAIR) relacionando-a com a idade e tempo de serviço em uma indústria metalúrgica em Manaus, foi realizado um estudo transversal descritivo (pesquisa observacional e aprovada pelo Comitê de Ética) com 763 colaboradores (RÉGIS; CRISPIM; FERREIRA, 2014). As audiometrias foram realizadas com o auxílio de um audiômetro Interacoustics de dois canais e, afim de diagnosticar a PAIR, foi analisada a curva audiométrica sugestiva de PAIR (Mínima pressão acústica para provocar uma percepção auditiva maior que 25 dB(NA – nível de audição) nas frequências de 3Khz, 4Khz e/ ou 6Khz). Com isso, foi verificado que houve prevalência de perda auditiva em 44,23% dos indivíduos (com maior incidência em trabalhadores maiores de 45 anos e com mais de 21 anos de serviço),sendo, 28,89% sugestivo de PAIR. Para finalizar é sugerido que a empresa adote o Programa de Conservação Auditiva (PCA) que também é conhecido como Programa de Prevenção de Perdas Auditivas (PPPA). 14 A NR 15 (2018) estabelece os limites de tolerância para determinar o nível permitido de ruído no ambiente de trabalho para classificar as atividades como insalubres ou não. Logo, é classificada como insalubre, a prática que se enquadra acima dos limites de tolerância aceitáveis para o agente ruído (NR 15, 2018). Os níveis tolerados para ruídos estão determinados nos Anexos 1 e 2 da NR 15 (2018). O Anexo 1 destaca os limites para ruído contínuo ou intermitente, conforme Quadro 1. Neste caso, os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro 1. LIMITES DE TOLERÂNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO3 Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 6 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Quadro 1: Limites de Tolerância Para Ruído Contínuo ou Intermitente Fonte: NR 15 - Anexo Nº 1 (2018). https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf 15 É possível verificar que conforme o nível de ruído aumenta, o tempo de exposição permitido no ambiente de trabalho diminui de forma exponencial, conforme pode ser observado na Figura 1. 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 80 85 90 95 100 105 110 115 120 M áx im a E xp os iç ão D iá ria (h or as ) Nível de Ruído dB (A) Nível de Ruído x Máxima Exposição Diária (horas) Figura 1: Nível de Ruído x Máxima Exposição Diária (horas) 16 Após 115dB (A) não é permitida exposição a níveis de ruído para trabalhadores sem proteção adequada, pois podem gerar graves riscos à saúde. Outro ponto relevante é que quando há evidências do contato do indivíduo com dois ou mais níveis de ruído durante a jornada de trabalho, faz-se necessário combinar os efeitos dessa exposição por meio da Eq. 1, descrita pela NR 15 (2018). Onde, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto ao nível de ruído, Tn a máxima exposição permitida para esse ruído, conforme a NR 15 (2018). A razão indica a dose diária de cada nível de exposição. Em relação à análise, caso o valor obtido na Eq. 1 seja maior que 1 (um), há indicação de que o limite de tolerância foi ultrapassado e, por consequência, a atividade é considerada como insalubre. No Anexo 2 da NR 15 (2018), o mesmo delimita limites para os ruídos de impacto que, como mencionado anteriormente, são os picos sonoros no ouvido humano. Nesse caso, o limite é de 130dB (Linear) para picos e, entre eles, ruído deve ser tratado como contínuo. E, assim como os ruídos contínuos ou intermitentes, acima desse valor há riscos graves, porém, considera-se valores acima de 130dB (C) para medições no circuito de resposta rápida (Fast) e 140dB (Linear) para os de resposta para impacto. https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-15.pdf 17 MÉTODOS DE SEGURANÇA PARA MONITORAR RUÍDO4 Com o objetivo de monitorar a audição dos indivíduos devido ao ruído devem ser realizados exames audiométricos, Teste de Emissões Otoacústicas Evocadas por Estímulo Transiente (EOET) que contribuem para o diagnóstico precoce da PAIR (Perda auditiva induzida por ruído). O ruído no ambiente de trabalho também deve ser monitorado a fim de identificar as ações a serem tomadas para evitar atividades insalubres. A partir do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa que consiste no documento-base contendo informações que visam controlar tanto os possíveis riscos ambientais quanto os já existentes na organização (NR 09, 2018), são indicados programas como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional que compreende exames médicos para prevenção e diagnóstico de danos à saúde do trabalhador (NR 07, 2018) e o Programa de Conservação Auditiva (PCA) que apresenta diversas atividades com o objetivo de preservar a audição dos colaboradores e esse processo é desenvolvido em várias áreas da empresa (Guia de diretrizes e parâmetros mínimos para a elaboração e a gestão do Programa de Conservação Auditiva (PCA, 2018). https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-09.pdf https://storage.googleapis.com/onsafety-anexos/normas/nr-07.pdf 18 AÇÕES PREVENTIVAS/RECOMENDAÇÕES5 Entre as ações preventivas para evitar problemas de audição devido ao ruído, recomendam-se a implantação de EPC’s e EPI’s (necessários meios de comprovação do uso deste último pelo colaborador), como o protetor auricular no caso do EPI. A manutenção de Programas de Preservação Auditiva e avaliar continuamente os impactos de ruído nos trabalhadores, disponibilizar ações educativas para aumentar os cuidados com a audição em todas as funções da organização e também para orientar a respeito do uso de EPI’s, conceder um médico do trabalho e realizar anualmente audiometrias. https://onsafety.com.br/categoria/controle-de-equipamento-de-protecao-individual/?utm_source=ebook&utm_medium=referral&utm_campaign=impactos_ruido 19 Veja como a nossa tecnologia ajuda a melhorar o desempenho da área de SST na indústria no Canal OnSafety. Também podemos agendar uma reunião para apresentar os benefícios do OnSafety, será uma conversa rápida e produtiva, CLIQUE AQUI. Quer contribuir com alguma publicação ou sugerir algum assunto relacionado com a Saúde e Segurança do Trabalho para a nossa equipe? É só enviar um e-mail com a sua sugestão para: <contato@onsafety.com.br>. FIQUE POR DENTRO DA NOSSA TECNOLOGIA https://www.youtube.com/onsafety https://materiais.onsafety.com.br/solicitar-demonstracao?utm_source=ebook&utm_medium=referral&utm_campaign=impactos_ruido https://materiais.onsafety.com.br/solicitar-demonstracao/?utm_source=ebook&utm_medium=referral&utm_campaign=impactos_ruido mailto:contato%40onsafety.com.br?subject=Sugest%C3%A3o 20 REFERÊNCIAS BARCELOS, Daniela Dalapicula; ATAÍDE, Soraya Gama de. Análise do Risco Ruído em Indústria de Confecção de Roupa. São Paulo: SciELO - CEFAC, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v16n1/1982-0216-rcefac-16-1-0039.pdf> Acesso em: 06 de Ago. de 2019. CAVALCANTE, Franciana; FERRITE, Silvia; MEIRA, Tatiane. Exposição ao Ruído na Indústria de Transformação no Brasil. São Paulo: SciELO - CEFAC, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v15n5/07-12.pdf> Acesso em: 06 de Ago. de 2019. CUNHA, Irlon de Ângelo da; SHIBUYA, Elisa Kayo; FERNANDES, Rafael Pol; BERNARDI, Alice Penna de Azevedo; GERGES, Samir Nagi Yousri; GERGES, Rafael Nagi Cruz. Guia de diretrizes e parâmetros mínimos para a elaboração e a gestão do Programa de Conservação Auditiva (PCA). São Paulo: Fundacentro, 2018. Disponível em: < http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/ biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2018/9/guia-de-diretrizes-e-parametros-minimos-para-a-elaboracao-e-a-gestao-do- pca>. Acesso em: 15 Ago. 2019. Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (ENIT). Norma Regulamentadora 07. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/ portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf>. Acesso em: 05 de Ago. 2019. Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (ENIT). Norma Regulamentadora 09. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09.pdf>. Acesso em: 05 de Ago. 2019. Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (ENIT). Norma Regulamentadora 15. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/ portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15.pdf>. Acesso em: 05 Ago. 2019. FILIPE; et al.. Avaliação de Ruído em Fábricas de Móveis. Minas Gerais: SciELO, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ cerne/v20n4/v20n4a07.pdf>. Acesso em: 06 de Ago. de 2019. FONTOURA; et al.. Efeitos do Ruído na Audição de Trabalhadores de Lavanderia Hospitalar. São Paulo: SciELO - CEFAC, 2014. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v16n2/1982-0216-rcefac-16-2-0395.pdf> Acesso em: 06 de Ago. de 2019. RÉGIS, Ana Cristina Furtado de Carvalho; CRISPIM, Karla Geovanna Moraes; FERREIRA, Aldo Pacheco. Incidência e Prevalência de Perda Auditiva Induzida por Ruído em Trabalhadores de uma Indústria Metalúrgica, Manaus - AM, Brasil. São Paulo: SciELO - CEFAC, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-18462014000501456&script=sci_ abstract&tlng=pt>. Acesso em: 06 de Ago. de 2019. http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v16n1/1982-0216-rcefac-16-1-0039.pdf http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v15n5/07-12.pdf http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2018/9/guia-de-diretr http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2018/9/guia-de-diretr http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2018/9/guia-de-diretr https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15.pdf http://www.scielo.br/pdf/cerne/v20n4/v20n4a07.pdf http://www.scielo.br/pdf/cerne/v20n4/v20n4a07.pdf http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v16n2/1982-0216-rcefac-16-2-0395.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-18462014000501456&script=sci_abstract&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-18462014000501456&script=sci_abstract&tlng=pt 21 COLABORADORA Larissa Brambila Estevo Cursando o 3° ano de Engenharia de Produção com ênfase em Software na Universidade Estadual de Maringá - UEM. É bolsista do Projeto de Iniciação Tecnológica financiado pela agência CNPq. Orientador: Eng. Dr. Edwin Vladimir Cardoza Galdamez. Coorientadora: Enga. Dra. Gislaine Camila Lapasini Leal. Contato: lbrambila280@gmail.com “A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade indomável.” Mahatma Gandhi. mailto:lbrambila280%40gmail.com%20?subject= https://www.linkedin.com/in/larissa-brambila-1b790a152/ https://www.facebook.com/larissa.estevo.9 https://www.instagram.com/lari.brambila/ http://lattes.cnpq.br/2442629629566542 VISÃO GERAL 1 DEFINIÇÃO DE RUÍDO 2 EXPOSIÇÃO AO RUÍDO EM AMBIENTES DE TRABALHO LIMITES DE TOLERÂNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO MÉTODOS DE SEGURANÇA PARA MONITORAR RUÍDO AÇÕES PREVENTIVAS/RECOMENDAÇÕES FIQUE POR DENTRO DA NOSSA TECNOLOGIA REFERÊNCIAS COLABORADORA
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