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Cesariana “Consiste em incisar o abdome e a parede do útero da gestante para retirar o feto ai desenvolvido.” No brasil hoje 52,2% dos partos são por cesariana. Sendo que desses partos cesárea 9,2% resultam em morbidade materna grave, 13,3 a cada 100 mil falecem e 15,8 a cada 100 mil mulheres tem embolia amniótica decorrente da cirurgia, esses dados representam que a cesárea confere 4 vezes mais chance de mortalidade materna que o parto vaginal. Para os neonatos, a morbidade respiratória aumenta de menos de 1% do parto vaginal para 1 a 4% na cesárea. Deve ser realizada quando o feto precisa de intervenção para sobreviver. Poucas vezes a cesariana é feita para benefício da saúde materna. A técnica mais utilizada é a de Pfannestiel: É realizada uma incisão arciforme, afim de preservar a musculatura abdominal, não atingindo os músculos oblíquos abdominais. Através desse corte atingimos a pele, o TCSC e as duas camadas da aponeurose. Ao visualizar os músculos reto abdominais afastamos os músculos reto abdominais, afastando também o peritônio. Observa-se então o útero. Que recebe a menor incisão possível para visualizar o feto e então retira-lo. Camadas incisadas: pele, TCSC, aponeurose (2 folhetos), musculatura, peritônio (2 folhetos) e útero. Indicações absolutas de cesariana: Placenta previa total: placenta nasceria Acretismo placentário: placenta cresce invadindo o miométrio, de modo a ser necessário realizar uma histerectomia para retirada dela. Má formação genital: malformações mullerianas como, por exemplo, vagina transversal. Tumorações previas que impeçam a passagem pelo canal vaginal ou tenham risco de romper ou sangrar durante esse processo. DCP com feto vivo: desproporção céfalo pélvica, como hidrocefalia. Fórceps É uma forma de abreviar o tempo de parto ativo, sendo indicado quando há sofrimento fetal agudo (se permitir a rotação do bebê sozinha, ele irá sofrer muito), exaustão materna (não tem condição de realizar o puxo) e profilaxia de doenças de base (como, por exemplo, em casos de eclampsia que a cesárea é um risco para mãe). Critérios de aplicabilidade: paciente com dilatação total, cabeça do feto em plano +2 ou inferior, bolsa rota, devendo estar com esvaziamento vesical, devendo o bebê estar em variedades diretas (OP, OS) ou obliquas (OEA, ODA, OEP e ODP). Tipos de fórceps: Fórceps de Simpson: é o mais comum e que tem as melhores indicações, é usado para ajudar na descida do feto. Fórceps de Piper: ainda é utilizado em casos de cabeça derradeira. Fórceps de Kielland: é um fórceps para correção de assincretismo, mas já está em desuso devido a elevada morbidade que causa. Vácuo-extrator: com o kiwi é feito um vácuo na cabeça do bebê, utilizado para “puxar”, ajudar o bebe a descer. Parto pélvico Não é contraindicação de parto vaginal, entretanto é mais arriscado, tendo a taxa de mortalidade duplicada em relação ao cefálico. A cesariana deve ser considerada nesse caso. Acontece em 3 a 4% dos partos. Versão cefálica externa: na 36ª semana de gestação, deve internar a paciente para rotacionar o feto com auxílio de lubrificantes e avaliação de ultrassom o tempo todo. É uma medida com certos riscos, mas que são, em taxas, menores que os riscos da cesárea. É realizado sem anestesia. Manobras realizadas no parto pélvico: - Conforme o bebê nasce, lentificamos essa descida igual no parto cefálico, deixando a pelve nascer com calma e as pernas juntos, pois assim ele vai fletindo aos poucos. - Manobra de Bracht: mantemos as pernas unidas ao tronco sendo seguradas com o polegar na perna e os demais dedos na altura a musculatura paravertebral. Continuamos lentificando a Júlia Malta Braga MED 01 FCM-TR descida até só a cabeça precisar nascer. Quando chegar nesse ponto iremos rotacionar a cabeça de modo a voltar o dorso do feto para o ventre materno, levando a correta saída da cabeça. - Manobra de Liverpool - Manobra de Mauriceau Pode ocorrer a cabeça derradeira, caso no qual a cabeça mantém-se impactada na pelve com o corpo já todo nascido. É necessário utilizar o fórceps de Piper para ajudar a retirar. Distócia de ombros É quando após a saída da cabeça o ombro não consegue continuar a rotação. Acontece em 0,2 a 3% dos partos vaginais, sendo um acontecimento imprevisível. Fatores de risco: Macrossomia fetal/diabetes gestacional: criança acumula gordura na região dos ombros, dificultando a rotação e a passagem. IMC materno>30 Indução de parto: é um parto que não iniciou de forma natural, não necessariamente o bebê estava pronto. Distócia de ombros previa 1º estagio parto prolongado Necessidade do uso de ocitocina: o parto está sendo acelerado, o bebê pode não fazer todas as rotações necessárias. Fórceps Complicações: Hemorragia puerperal: o útero entra em fadiga devido à demora para nascer, não consegue fazer a miotamponagem. Laceração do trajeto Paralisia do plexo braquial Lesão de clavícula e úmero Encefalopatia neonatal Óbito fetal O que fazer? 1) Chamar ajuda 2) Proceder as manobras: 1ª linha: McRoberts (hiperflexão das pernas em direção ao abdome melhora o posicionamento do quadril) + pressão supra púbica (empurra o ombro e desaloja do púbis). A grande maioria das distócias de ombro se resolvem na primeira linha. Quando mais avança, mais grave e emergencial é o parto. 2ª linha: são utilizadas manobras rotacionais. Rubin II: obstetra enfia a mão através do canal de parto e ajuda a mobilizar o ombro supra púbico, desalojando-o. Woods: posiciona a mão nos dois ombros do feto através do canal de parto e o rotacional (manobra de saca rolha). Parto de ombro posterior: tem um prognóstico péssimo. Enfia a mão através do canal de parto localiza a mão mais posterior, e então puxa como se fosse o super homem. 3ª linha: são manobras mais desesperadas, nas quais há o desespero pro nascimento do feto. Zavanelli: empurra a criança pra dentro do útero e corre pra cesárea. Clidotomia: é realizada a fratura da clavícula anterior da criança para assim flexionar mais os ombros, reduzindo do diâmetro e auxiliando na passagem pela sínfise púbica. Sinfisiotomia: é realizada a secção da sínfise púbica para permitir a saída do bebê.
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