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SUPERVISOR-ESCOLAR-AÇÕES-E-PROJETOS-NA-SUPERVISÃO-ESCOLAR-2

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1 
 
 
SUPERVISOR ESCOLAR AÇÕES E PROJETOS NA 
SUPERVISÃO ESCOLAR 
1 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
A escola é um espaço social que ainda necessita de grandes mudanças com a 
finalidade de cumprir o seu papel na sociedade, que é formar para a cidadania. A 
realidade educacional brasileira demonstra que a escola mesmo diante das 
transformações ocorridas com relação a sua estrutura e funcionamento, a maioria 
ainda se encontra no plano de suas concepções teóricas e práticas alienadas a 
modelos pré-estabelecidos e, até mesmo a modelos estereotipados. 
É fundamental entender que para a escola, transformar os modelos e concepções e, 
participar efetivamente do desenvolvimento de um trabalho pedagógico eficaz, 
precisa refletir sobre a concepção de educação estabelecida no seu Projeto Político 
Pedagógico com a participação coletiva visando atender as novas exigências que a 
sociedade estabelece para as pessoas. 
Muitos são os autores que com suas fundamentações teóricas contribuem para 
orientar e compreender o papel que o supervisor escolar deve desempenhar, entre 
eles é possível verificar que Ferreira (2007, p. 327) destaca que as transformações 
sociais e políticas remetem ao supervisor escolar o compromisso com a "formação 
humana" no processo educacional. 
Libâneo (2002, p. 35) refere-se ao supervisor educacional como "um agente de 
mudanças, facilitador, mediador e interlocutor", um profissional capaz de fazer a 
articulação entre equipe diretiva, educadores, educandos e demais integrantes da 
comunidade escolar no sentido de colaborar no desenvolvimento individual, social, 
político e econômico e, principalmente na construção de uma cidadania ética e 
solidária. 
A partir das reflexões de Libâneo (2002), é possível compreender que o supervisor 
necessita desenvolver dentro do espaço escolar uma visão crítica e construtiva do 
seu fazer pedagógico, trabalhando de forma coesa e articulada com os diretores 
escolares e coordenadores pedagógicos. Esta articulação possibilitará a melhoria da 
qualidade de ensino e da aprendizagem. 
Acreditamos que se a escola almeja atingir bons resultados na aprendizagem dos 
educandos, necessita planejar, avaliar e aperfeiçoar suas ações pedagógicas, para 
que o processo educacional seja de qualidade. Estas ações são algumas das diversas 
3 
 
 
funções do supervisor escolar, as quais devem garantir para a escola resultados 
positivos e mobilizar toda a comunidade escolar para participar ativamente na tomada 
de decisões referentes à organização do ensino no seu Projeto Político-Pedagógico. 
Isso nos remete entender que o supervisor escolar deverá desenvolver seu fazer 
pedagógico objetivando o aperfeiçoamento dos educadores que atuam no espaço 
escolar, valorizando os diferentes saberes e as suas contribuições para o 
planejamento de ações pedagógicas, respeitando a personalidade de cada um. Isso 
exige do supervisor escolar uma constante avaliação do seu desempenho 
profissional, conduzindo-o a busca de uma formação continuada. 
Outro fator importante com relação ao papel do supervisor está ligado à análise do 
planejamento do currículo escolar, sendo que este deve ser acompanhado desde a 
sua execução dando ênfase na avaliação contínua, isso reforça a necessidade, 
segundo Lück (2008, p. 20) na "somatória de esforços e ações desencadeadas com 
o sentido de promover a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem". 
Neste processo de promoção o supervisor deve conhecer o funcionamento da 
educação escolar, suas relações com o contexto histórico-social e o desenvolvimento 
humano, seus níveis e modalidades de ensino. Além disso, precisa conhecer também: 
 Os fundamentos teóricos que dão sustentabilidade no ensino e na aprendizagem; 
 Os princípios e valores norteadores da prática pedagógica; 
 As normas e diretrizes que orientam todos os níveis e modalidades de ensino; 
 Socializar e conduzir as práticas pedagógicas e as possíveis interferências no 
cotidiano escolar; 
 Promover a autonomia da instituição escolar envolvendo a comunidade; priorizar 
pela formação continuada dos educadores valorizando-os através de um trabalho 
coletivo respeitando as especificidades pessoais de todos os participantes. 
Fica evidente que muitas são as atribuições que o supervisor deve desempenhar para 
qualificar o trabalho pedagógico que desenvolve dentro da escola onde atua. Este 
desempenho se justifica através de ações motivadoras envolvendo o estímulo para 
que cada educador possa executar trabalhos com a colaboração das demais 
pessoas, os quais devem ser valorizados com objetividade, ética e diálogo. 
4 
 
 
O supervisor deve ser capaz de interpretar as carências reveladas pela sociedade, 
direcionando ações capazes de responder as demandas sociais, culturais, 
econômicas e políticas que fazem parte de uma sociedade que está em constantes 
transformações. 
Então, faz sentido considerar que o supervisor diante dessas transformações 
representa um dos principais responsáveis pela sobrevivência e sucesso das 
instituições de ensino, pois sua competência é desenvolver um trabalho pedagógico 
que visa o planejamento, a execução e a avaliação de toda a organização dos 
conhecimentos. 
A educação é um processo contínuo e permanente que exige cada vez mais dos 
profissionais da educação um compromisso que atenda as exigências de uma 
sociedade que está evoluindo rapidamente em todos os setores. Isso representa a 
necessidade da implementação de uma postura renovada envolvendo todos que 
compõem a estrutura organizacional de um sistema educacional. 
Sabe-se, no entanto, que o trabalho do supervisor depende do tipo de gestão que a 
equipe gestora implementa na instituição escolar, pois o sucesso da sua prática 
pedagógica depende da identificação dos diferentes interesses políticos que 
perpassam a organização do ensino. Diante disso, a eficácia do trabalho pedagógico 
do supervisor requer um compromisso de repensar formas de planejamento de ações 
e estratégias que irão contribuir de forma articulada com a realidade escolar tendo 
como premissa a nova visão de mundo e de sociedade contemporânea. 
É por isso, que o supervisor deve trabalhar de forma articulada com toda a 
comunidade escolar para a construção de uma proposta coletiva de um Projeto 
Político-Pedagógico. É este projeto que poderá garantir a sobrevivência e o sucesso 
das instituições escolares. 
Quando se fala de uma proposta coletiva na instituição escolar, entende-se que as 
pessoas que nela atuam constituem-se o princípio essencial de sua dinâmica, pois 
podem se posicionar de maneira cooperativa e diferenciada com as demais pessoas, 
com outras organizações e no ambiente educacional em geral. 
A partir do exposto acima, constata-se que o todo processo administrativopossuí 
políticas que sustentam a gestão educacional através de um conjunto de atividades, 
5 
 
 
ações e reestruturação de novos conceitos visando à implementação de mudanças 
na qualidade educacional. 
Para implementar mudanças na educação, Guimarães (2010), nos sugere que este 
espaço que trata das questões educacionais precisa cultivar o respeito mútuo entre 
seus membros, fortalecendo a construção de regras de boa convivência entre as 
partes. 
 
 
2 - SUPERVISÃO ESCOLAR 
Origens do conceito de Supervisão 
 
 
No início da industrialização, surgiu nas fábricas a função de supervisor, para 
controlar e melhorar a qualidade e quantidade da produção. Sua principal tarefa era 
de controlar a execução do que havia sido planejado em todo o processo de trabalho. 
Desde as condições gerais dos operários até as condições que a empresa oferecia 
para a efetivação do trabalho. O operário nada mais era que uma força de trabalho e 
o objetivo era o lucro. 
A palavra Supervisão é formada por vocábulos super (sobre) e visão (ação de ver). 
Indica a atitude de ver com mais clareza uma ação qualquer. Como significação do 
6 
 
 
termo, pode-se dizer que significa olhar por cima, dando uma “ ideia de visão global 
“. (Giancaterino 2010). 
Segundo Bittel (1982, p.5), o termo supervisor tem suas raízes no latim, onde significa 
“olhar por cima”. 
Ainda Bittel (1982, p.4) “supervisor é qualquer pessoa no primeiro nível de 
gerenciamento que tem a responsabilidade de fazer com que seus supervisionados 
envolvidos na execução de um trabalho cumpram os planos e as políticas da gerência 
de nível mais elevado. ” 
Entre os vários autores que conceituam a supervisão escolar, destacamos alguns 
deles: 
Nérici (p.28, 1976) “A Supervisão Escolar visa a melhoria do processo ensino 
aprendizagem, para o que tem de levar em conta toda a estrutura teórica, material e 
humana da escola”. 
Ainda Nérici (1976) “Supervisão Escolar significa mais visão sobre todo o processo 
educativa, para que a escola possa alcançar os objetivos da educação e os objetivos 
específicos da própria escola”. 
Para Przybylski (p. 24, 1985) “Supervisão Escolar “ é o processo que por objetivo 
prestar ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades 
educacionais, tendo em vista a unidade das ações pedagógicas, o melhor 
desempenho e o aprimoramento do pessoal envolvido na situação ensino 
aprendizagem. 
Para Libâneo (2010), a Supervisão educacional é responsável pela viabilização, 
integração e articulação do trabalho pedagógico-didático em articulação com os 
professores. No começo do século XX, a supervisão passa a enfatizar os métodos 
para verificação do rendimento escolar e a estruturação de padrões de 
acompanhamento com o objetivo de melhorar o ensino. 
A partir de 1970, com a Lei nº 5692/71 a função de supervisor educacional se tornou 
mais abrangente com inclusão dos serviços de assistência técnico-pedagógica e 
inspeção escolar. 
 
 
 
7 
 
 
3 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONCEPÇÃO DE 
SUPERVISÃO ESCOLAR 
 
Repensar a ação supervisora nas instituições escolares requer uma breve análise na 
linha do tempo, percorrendo fatos e conceitos da história da supervisão educacional, 
para entendê-la em suas origens e em seus avanços. No contexto brasileiro, a 
supervisão é uma profissão relativamente recente. O pressuposto do que vem a ser 
supervisão originou-se na indústria, relacionada com a produção. Antes de ser 
contemplada na educação, a supervisão era empregada na indústria como uma forma 
de melhoria da qualidade e da quantidade. 
Assim, a supervisão escolar teve início aqui nas terras brasileiras, por meio de cursos 
promovidos pelo Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar 
(PABAEE), o qual foi o primeiro a formar supervisores escolares para atuarem no 
ensino elementar (primário) brasileiro. A finalidade era modernizar e melhorar a 
qualidade do ensino e a formação dos professores. 
De acordo com Medina, uma das ideias contidas nos objetivos do PABAEE era: 
 
Introduzir e demonstrar aos educadores brasileiros os métodos e técnicas utilizados 
na educação primária, promovendo a análise, aplicação e adaptação dos mesmos, a 
fim de atender às necessidades comunitárias em relação à educação, por meio do 
8 
 
 
estímulo à iniciativa do professor, no sentido de contínuo crescimento e 
aperfeiçoamento .Criar, demonstrar e adaptar material didático e equipamento, com 
base na análise de recursos disponíveis no Brasil e em outros países, no campo da 
educação primária (MEDINA, 2002 apud PABAEE, 1964, p.4-5). 
 
Mas afinal, quem é o supervisor? Qual o seu papel no processo 
educativo? 
 
 
Partindo deste questionamento, pode-se conceituar supervisor esclarecendo o 
sentido etimológico da palavra. O termo supervisão é formado pelos vocábulos super 
(sobre) e visão (ação de ver). Indica a atitude de ver com mais clareza uma ação 
qualquer. Como significado estrito da palavra pode-se dizer que significa olhar de 
cima, dando uma “ideia de visão global“. Então no âmbito educacional, escolar pode-
se dizer que supervisor educacional/ escolar é o profissional da educação que atua 
junto ao corpo docente e discente da escola, visando “olhar”, acompanhar os 
envolvidos no ato educativo. 
Como diz Rangel (2001, p.66) “Pode-se, também, constatar que no núcleo central da 
função supervisora na escola encontram-se o estudo e a coordenação. ” 
Pode-se dizer também que supervisor é aquele que coordena, orienta, é parceiro do 
professor nos desafios diários em busca do sucesso dos alunos em sua 
aprendizagem. Como diz Lima in Rangel (2001, p.78) “...reconhece-se a 
necessidade, cada vez maior, de que o supervisor e o professor sejam parceiros, com 
posições e interlocuções definidas e garantidas na escola. ” 
9 
 
 
É alguém que observa, promove reflexão sobre as práticas adotadas, indica caminhos 
para sanar dificuldades, já que o importante é oferecer uma educação de qualidade, 
onde haja aprendizagem e os alunos fiquem preparados para os grandes desafios da 
sociedade contemporânea. 
Para Lima e Morel (2013, p.17) “O Supervisor é corresponsável pelo educar: 
possibilidade do indivíduo de ter condições essenciais para superar as limitações e 
concretizar os ideais sonhados, se capacitar para a vida adquirindo conhecimentos 
fundamentais para uma vida honrosa de sucesso. ” 
A atuação do supervisor no âmbito escolar tem por objetivo o aprender do aluno pela 
ação do professor e para que haja êxito é necessário um trabalho em equipe, onde 
um ajude o outro. Pode-se dizer que o supervisor passa a ser um grande dinamizador 
escolar 
As escolas, ao longo da história, vêm passando por várias mudanças e para 
evoluírem precisam adotar uma política de desenvolvimento. Oliveira (2013, p. 28) 
fala do conceito de desenvolvimento institucional, que consiste em uma série de 
ações que envolvem basicamente planejamento, acompanhamento e avaliação. 
Segundo ela, essas ações visam ao aprimoramento da instituição e têm efeitos 
benéficos, como dar maior organicidade às atividades administrativas e de 
planejamento, programar a modernização gerencial e contribuir para a segurança na 
tomada de decisões. E ainda esse processo tem como finalidade a mudança 
planejada e progressiva, além da construção de uma sólida identidade institucional. 
Então, passa a haver novos desafios para o supervisor educacional, fazendo-o 
trabalhar junto à gestão da escola, sem perder de vista as questões pedagógicas. 
Primando pelo desenvolvimento e mudança institucional que devem ser realizadas de 
forma coletiva e baseadas nas tendências pedagógicas que norteiam as práticas da 
escola. 
A supervisão educacional tem como ações, quanto ao planejamento, construir o 
Projeto Político Pedagógico, planejar e reformular o currículo escolar, bem como 
elaborar o calendário, entre outras funções que também devem serrealizadas de 
forma coletiva. 
Em relação ao acompanhamento (didática) é preciso estimular e contribuir para a 
formação continuada dos professores e favorecer a relação entre escola e 
comunidade. Além disso, promover ações para a permanência dos professores na 
10 
 
 
escola e organizar um banco de dados contendo memórias do processo desenvolvido 
na escola, bem como difundir as informações pedagógicas. 
Quanto à avaliação, o supervisor tem por incumbência coordenar a elaboração do 
sistema de avaliação de aprendizagem da escola, participar no projeto de avaliação 
institucional. Realizar uma análise de rendimento, de retenção e de evasão escolar, 
com o consequente levantamento de alternativas para sanar os problemas 
detectados; promover uma coordenação colaborativa, com os demais membros da 
Equipe técnico-Pedagógica da escola e dos Conselhos de Classe. 
Existem ainda outras ações que podem ser realizadas pelo supervisor, como: 
Contribuir para o processo de inclusão, apoiar a melhoria da qualidade de ensino. 
Além de facilitar o uso da tecnologia de informação e comunicação e incentivar a 
inovação educacional. 
Para melhor entender o papel do supervisor no contexto educacional, é importante 
analisar a conjuntura em que estamos vivendo. 
A sociedade mudou com a globalização, e com ela os avanços tecnológicos 
aumentam a cada dia. Mais recursos e ferramentas mais completas e poderosas vão 
surgindo, fazendo com que a atividades do cotidiano sejam realizadas cada vez mais 
rápidas. E na correria da era digital, as pessoas precisam se adaptar e conviver com 
uma nova cultura social, com a nova maneira de se relacionar e de aprender e de 
ensinar. Como diz Gebran (2009, p.14) 
As tecnologias da comunicação, além de veículo de informação, possibilitam novas 
formas de ordenação da experiência humana, com múltiplos reflexos, particularmente 
no meio educacional, gerando com isso novas formas de produzir e transmitir 
conhecimento. A aprendizagem colaborativa vem ocupando espaço no panorama 
educacional, utilizando ferramentas que aproximam as pessoas e, 
consequentemente, diminuem distâncias e esforços, oportunizando a troca de 
experiências. 
Assim surge um novo paradigma educacional, as escolas equipadas com recursos 
tecnológicos, computadores, internet, entre outros, com alunos 
já acostumados a utilizar tais recursos, os quais já não aceitam um professor que se 
limita a ser um mero transmissor de conhecimento, pois através das tecnologias ele 
acessa qualquer tipo de informação. Mas este aluno precisa muito de um guia, de um 
orientador, alguém que vai mediar o processo, fazendo-o buscar e interpretar de 
forma crítica as informações. Mas grande parte dos professores não foram 
11 
 
 
preparados para atuar dessa forma, precisam aprender a lidar com as tecnologias e 
utilizá-las a favor de uma prática educativa que leve o aluno a ter maior eficiência na 
construção do conhecimento. Cada profissional da educação precisa ter consciência 
que não basta utilizar as tecnologias para oferecer um ensino tradicional, é preciso 
inovar, mudar sua forma de trabalhar. Gebran (2009, p. 18) cita Caldas 2008, que 
afirma “O professor não mais será apenas um propagador do conhecimento, como 
ocorria anteriormente, mas um incentivador da aprendizagem, gerenciando-a e 
propiciando uma troca no campo do saber. ” 
Sendo assim, é necessária uma atualização constante, estudo, reflexões, 
planejamento. Também o supervisor educacional tem que acompanhar toda essa 
evolução, para poder cumprir seu papel ajudando o professor a 
desenvolver uma prática inovadora e promover uma melhor qualidade na educação. 
MORAES,1997, citado por Gebran (2009, p.20) afirma: 
Não podemos continuar produzindo uma Educação onde as pessoas sejam 
incapazes de pensar e de construir seu conhecimento. Na nova escola, o 
conhecimento é produto de uma constante construção, das interações e de 
enriquecimentos mútuos de alunos e professores. 
Precisamos ter consciência que a educação contemporânea precisa melhorar em 
muitos aspectos. Conforme as ideias de Melchior (2001, p. 34-35), pode-se constatar 
que nas últimas décadas, há uma grande preocupação no sentido melhorar a 
qualidade da educação e de diminuir os índices de reprovação e evasão escolar. A 
forma como isso vai ser feito depende de cada professor, de cada equipe pedagógica, 
de cada instituição educacional 
Pensando em possibilidades para que haja o sucesso escolar, é imprescindível que 
os professores revejam o quadro referencial de suas práticas, os valores educativos 
e o manejo dos processos de ensino e de aprendizagem, ainda tão individualistas e 
fragmentários. 
Assim, espera-se que os professores estejam bem conscientes que mais importante 
do que a passar informação é o desenvolvimento da capacidade de pensar, de 
aprender a aprender e resolver problemas. 
O trabalho que a escola desenvolve deve estar voltado para o educando como 
integrante ativo da sociedade. Melchior (2001, p. 75) afirma que: 
A escola deverá ser cada vez mais atuante e criativa tanto no diagnóstico das 
necessidades de seu grupo e no conhecimento do contexto atual, como na busca de 
12 
 
 
aperfeiçoamento que dê condições aos profissionais da educação de acompanhar o 
desenvolvimento das ciências, sem deixar de considerar a formação do ser humano 
único e social. 
Isso comprova que é de suma importância a atuação da coordenação pedagógica, do 
supervisor escolar, para auxiliar os docentes a melhorar suas práticas. Lima e Morel 
(2013, p.17) diz: 
O supervisor, seja educacional, escolar, pedagógico, coordenador ou qualquer outra 
denominação é o profissional que, ao lado dos docentes, poderá reverter o triste 
quadro educacional existente hoje no contexto da educação em comparação à 
realidade de outros países. 
No entanto, percebe-se uma carência no apoio pedagógico, pois nem todas as 
escolas, principalmente na rede pública de ensino, possuem um supervisor escolar, 
ou quando possuem, nem sempre está bem preparado para tal função, ou ainda, 
muitas vezes, este tem suas funções desviadas por falta de recursos humanos. 
É imprescindível que o supervisor esteja bem preparado, com uma boa formação, 
que seja pesquisador, procurando atualizar-se sempre para melhorar sua prática. 
Entre o ideal (o sonho) e a ação há muito a se fazer, pois se pensa, planeja-se, mas 
na prática muitas vezes as coisas não acontecem. Às vezes, existem elementos 
externos que dificultam o trabalho do supervisor. Diante disso, percebe-se a 
necessidade deste profissional se dedicar em superar estes desafios, buscando 
novas alternativas e reinventando sua prática. O conhecimento, formação e prática 
são elementos que norteiam o trabalho do supervisor. Lima e Morel (2013, p. 18) 
consideram que 
O Supervisor deve acreditar, dar o exemplo e manter o foco. Desta maneira, irá 
contagiar a todos. Sua atenção deve estar baseada nas áreas do planejamento, da 
formação continuada e da avaliação. 
Além disso, se faz necessário, valorizar a realidade em que alunos e professores 
estão inseridos, visto que, desta forma é possível tornar mais rico o processo de 
ensino-aprendizagem. Para isso, podem ser utilizadas metodologias que facilitem as 
atividades diárias do professor. 
É importante que haja uma parceria entre supervisor e professor para haver sucesso 
no seu trabalho, o professor na tarefa de promover condições para que haja 
aprendizagem e o supervisor auxiliando, orientando, dialogando, contribuindo no 
13 
 
 
processo de ensinar e aprender. Entretanto, este trabalho não pode ser confundido 
simplesmente como uma assessoria, pois precisa envolvimento e comprometimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
4 - A REALIDADE PRÁTICA DA AÇÃO SUPERVISORA EM 
UMA ESCOLA PÚBLICA 
Com o objetivo de analisar a atuação dos supervisores foi realizada uma pesquisa decampo em uma escola pública de Ensino Fundamental e Médio. Nesta escola existem 
três profissionais que atuam na supervisão escolar, já que a mesma oferece 
atendimento em três turnos diários. 
Esta pesquisa teve como metodologia a observação da rotina destes profissionais, 
bem como o questionamento a alguns docentes sobre a atuação supervisora na 
escola. 
O que se pôde observar é que das três supervisoras da escola, somente uma possui 
a graduação em supervisão escolar, no entanto, as outras duas estão em fase de 
conclusão no curso de pós-graduação em supervisão escolar, apesar de já terem a 
formação com pós-graduação em áreas diferente. 
15 
 
 
Percebeu-se que o grupo realiza um trabalho conjunto ao lado da equipe diretiva, 
também ficou evidente, que a ação supervisora desta escola é dinâmica, havendo a 
contribuição de todos os educadores. 
O grupo de supervisoras visa promover parceria com os docentes em busca de ações 
pedagógicas eficientes que valorizem as diversidades e a realidade do meio em que 
a escola está inserida. E também que contribuem para o processo de ensino-
aprendizagem. 
Uma das alternativas que está se tentando desenvolver no momento, na tentativa de 
inovar, de propor mudança na educação, é a ênfase no trabalho com projetos 
interdisciplinares. Os educadores acreditam que através deste, o aluno torna-se 
sujeito do ato de aprender, trabalha com aquilo que é de seu interesse além de ser 
capaz de construir conhecimento de uma forma desafiadora, desde que bem 
orientado, é lógico. A sala de aula passa a funcionar como um local de pesquisa, onde 
ideias são trocadas, problemas resolvidos através de ações programadas. O 
professor passa a ser um facilitador da aprendizagem, torna-se mediador entre a 
proposta e a realização da mesma. Os conteúdos são trabalhados a partir de 
questões problematizadoras, numa perspectiva globalizadora, fazendo inter-relação 
de informações a partir de um determinado eixo temático. 
Mas, Segundo Fazenda (2012, p. 78) 
A construção de uma didática interdisciplinar pressupõe antes de mais nada a 
questão de perceber-se interdisciplinar. Na medida em que se pare para observar os 
aspectos que você caminhou, fica mais fácil de perceber a necessidade de caminhar 
em aspectos ainda duvidosos, seja no pensar seja no fazer a didática. 
Nesse sentido, o processo de passagem de uma didática tradicional para 
uma didática transformadora, interdisciplinar supõe uma revisão dos aspectos 
cotidianamente trabalhados pelo professor. Melhor dizendo, é na forma como esses 
aspectos são revistos que se inicia o processo de ingresso a uma didática 
interdisciplinar. 
Aquele educador que se propuser a adotar esta forma de trabalho deve, antes de 
tudo, buscar informação, estudar, se preparar para tal desafio. Para que o educador 
esteja bem preparado para esta prática é preciso investir em pesquisas, leituras e 
reflexões. Aí entram os momentos de formação pedagógica e consequentemente a 
ação do supervisor, da equipe pedagógica, que deve promover muitos momentos de 
16 
 
 
estudos e de planejamento. E também pesquisar, buscar conhecer mais esta prática 
para poder organizar efetivos momentos de formação. 
Além da observação, realizou-se entrevista com alguns docentes. Em relação à 
importância da ação supervisora na escola, os profissionais concordam em suas 
respostas quando afirmam que a ação supervisora na escola é fundamental. Se o 
pedagógico está bem, a escola vai bem. Para eles o pedagógico é considerado o 
coração da escola. O supervisor é aquele que estabelece o posicionamento de fazer, 
agir, movimentar e envolver-se, interagindo na comunidade escolar, além de ser um 
mediador, elo entre as esferas da escola. 
Quanto ao perfil ideal de supervisor, os docentes acreditam que o supervisor ideal é 
um profissional aberto a buscar soluções aos problemas que surgem, que seja 
comprometido com o processo ensino-aprendizagem, motivador, incentivador, 
inovador, e articulador de práticas pedagógicas que auxiliem o aluno a buscar a 
construção do conhecimento. Que ao perfil ideal de supervisor, os docentes acreditam 
que o supervisor ideal é um profissional aberto a buscar soluções aos problemas que 
surgem, que seja comprometido com o processo ensino-aprendizagem, motivador, 
incentivador, inovador, e articulador de práticas pedagógicas que auxiliem o aluno a 
buscar a construção do conhecimento. Além de ser alguém que tenha conhecimento, 
experiência da sala de aula e que seja mediador. 
Com relação ao trabalho dos supervisores estar ou não contribuindo para melhorar a 
prática pedagógica da escola, consideram que o papel do supervisor contribui muito 
na ação pedagógica, pois é o responsável por organizar o tempo, a 
formação e orientar os professores, incentivando-os a desenvolver práticas 
inovadoras. Também buscam auxiliar e promover atualizações necessárias para o 
bom funcionamento do grupo. 
Sobre a importância de o supervisor acompanhar o trabalho do professor, os 
entrevistados responderam que é necessário acompanhar para contribuir e colaborar, 
incentivando práticas mais construtivas e humanizado rãs, visando à formação 
integral do estudante. Além de que toda ação conjunta é válida, é para somar, para 
melhorar. E muitas vezes o professor sente-se inseguro, depara-se com dificuldades 
que necessitam de uma direção, uma orientação. Então é importante o 
acompanhamento e apoio do supervisor para que o professor consiga 
desenvolver boas práticas. 
17 
 
 
Quanto ao questionamento sobre a atuação dos supervisores e a respeito da 
realização de reflexões sobre a prática educativa com o grupo de professores, os 
educadores dizem que há preocupação e comprometimento nas reuniões 
pedagógicas. Também promovem reflexões que resultam em ações posteriores com 
o propósito de melhorar a prática pedagógica e consequentemente, melhoria da 
aprendizagem que é o objetivo principal, fazer com que o aluno aprenda. 
Segundo os entrevistados, o grupo de supervisores conduz de forma coerente os 
estudos e reflexões para que o grupo desenvolva uma boa prática em sala de aula, 
apesar de em alguns momentos não falarem a mesma linguagem e muitas vezes 
estarem ocupados com atividades de caráter burocráticos como controle de livros de 
chamada, organização de horários, entre outros. 
No momento a equipe da escola está procurando introduzir e desenvolver a prática 
através de projetos interdisciplinares e para isso precisam discutir, planejar e 
principalmente do apoio da equipe pedagógica que organiza momentos para isso. As 
supervisoras mostram-se preocupadas em promover momentos de estudos e 
discussão de novas alternativas para tornar o processo de aprendizagem mais eficaz. 
Em relação à realização de práticas através de projetos interdisciplinares que está se 
desenvolvendo da escola, uma das supervisoras contribui dizendo: “Nós 
supervisores, temos um papel importante, o de promover os encontros dos 
profissionais para que o planejamento coletivo aconteça. Mas, para que a 
interdisciplinaridade ocorra é necessário ter um novo olhar sobre os limites nas 
diferentes disciplinas ou áreas do conhecimento. Temos a função mediadora entre os 
profissionais de educação, envolvidos neste processo, permear a comunicação 
necessária para o desenvolvimento e planejamento do projeto interdisciplinar. 
Podemos e devemos incentivar o professor a ser um sujeito pesquisador, inovador e 
buscar novas alternativas na construção da aprendizagem e trabalhar com projetos 
interdisciplinares e esta é uma alternativa, uma mudança possível. Esta possibilidade 
foi muito discutida na formação pelo Fortalecimento do Ensino Médio, onde várias 
atividades e projetos interdisciplinares foram planejados e estão sendo 
desenvolvidos. É preciso o engajamento num processo de investigação e construção 
coletiva do conhecimento, não mais individualizado, mas coletivo”.18 
 
 
5 - A AÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR 
 
A escola trabalha numa organização sistêmica aberta, a fim de conhecer, analisar e 
controlar o que se passa dentro da escola e direcionar as inovações necessárias ao 
bom desempenho das suas funções. Em virtude disso que a escola dispõe de 
profissionais com diferentes papeis, possibilitando a interação e a troca de 
conhecimentos entre os membros da instituição. 
É necessário que a escola trabalhe buscando uma prática coletiva, para que os 
educadores, especialistas, pais e funcionários possam trabalhar juntos e com isso 
estarem envolvidos com a escola. É necessário ter parceria, isso contribuirá para o 
desenvolvimento da escola, possibilitando a comunidade uma escola mais 
participativa, onde cada um deve se comprometer em atuar na sua função com 
responsabilidade, pensando sempre no coletivo. 
esforços e ações A ação do supervisor visa o professor, as ações concretizam-se em 
reuniões, visitas, entrevistas, tudo o que pode contribuir para uma escola organizada 
e de qualidade. De acordo com MEDINA: 
19 
 
 
Cabe ao supervisor, elaborar o plano do setor de supervisão, a documentação do 
setor, cronograma de atividades para a escola, as pautas das reuniões, controlar o 
cumprimento da carga horária dos professores, e as aulas dadas e previstas na grade 
curricular, realizar levantamentos estatísticos de rendimento dos alunos, organizar o 
mural da escola, controlar o preenchimento do diário escolar dos professores, 
providenciar substituição dos professores nos casos de absenteísmo, confeccionar 
material didático para os professores e entre outras [...] (1997. p.19). 
Atualmente, a ação do supervisor não é vista mais como uma ação de autoritarismo 
e poder, o supervisor tem a função de auxiliar os professores e se colocar a disposição 
da escola no que for preciso, e construir através do seu trabalho um ambiente escolar 
mais organizado e cooperativo, onde todos se ajudam, independente do cargo que 
ocupa. 
O supervisor leva consigo no seu trabalho, princípios, conceitos e valores que fizeram 
parte de sua formação, fatores estes, que podem contribuir para uma discussão 
coletiva dentro da escola. Entretanto, pode-se avaliar a ação do supervisor na escola, 
e perceber como é importante e fundamental para a mesmo poder contar com esse 
profissional, pois o seu trabalho de cooperação e integração contribui para uma 
escola mais participativa, organizada, e articulada com os professores, alunos e a 
comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
6 - TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: UM SABER DOCENTE 
NECESSÁRIO À AÇÃO SUPERVISORA 
 
 
Medina (2002, p. 35) afirma, fundamentada nos estudos do professor americano 
Kimball Wiles, cujo pensamento está registrado na obra “Supervisão para melhores 
escolas” que “para ser supervisor é necessário primeiro ser educador”. Nesta 
perspectiva, almejando uma supervisão escolar repensada, acredita-se que o 
exercício da docência é uma possibilidade de consolidar uma ação supervisora mais 
efetiva nas escolas, pela experiência adquirida e vivida pelo profissional da educação 
ao longo de sua regência de classe, uma vez que se aposta na ideia de que a 
docência tem a potencialidade de gerar maior sensibilidade às relações pedagógicas 
a serem desenvolvidas pela supervisão. 
Ao abordar os saberes docentes necessário à ação supervisora escolar tem-se a 
intenção de situar a função do professor neste cenário de supervisão escolar 
repensada, bem como o compromisso desse profissional da educação com a 
transposição didática, uma estratégia de ensino capaz de auxiliar o professor nesta 
concepção de supervisão (re) elaborada. Considerando esse cenário, acredita-se ser 
possível uma reflexão sobre o papel do supervisor como articulador de um espaço de 
21 
 
 
promoção de conhecimento e de construção de saberes. Para tanto, faz-se 
necessário se debruçar sobre os conhecimentos e saberes pertinente a profissão, 
para que, munido deles e inserido no contexto educacional, possa desenvolver seu 
papel com maior propriedade e segurança, contribuindo efetivamente com o processo 
educacional. 
Paulo Freire (1996), afirma que não há saber mais ou saber menos, o que existe são 
saberes diferentes. Essa ideia intensifica os saberes da escola, ou melhor, das 
pessoas que produzem saberes no ambiente educacional. Considerando que existem 
diferentes situações promotoras de aprendizagem, ainda é na instituição educativa 
que acontecem os grandes movimentos de transformação dos saberes através da 
aprendizagem. E como isso acontece? Primeiramente pela verificação de questões 
pertinentes ao processo, como a função da instituição educacional, seu compromisso 
com o ensino e a ação do professor na transposição didática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
PRÁTICAS E PROJETOS DE SUPERVISÃO ESCOLAR 
PRÁTICA DA SUPERVISÃO ESCOLAR: SISTEMAS DE ENSINO E 
UNIDADES ESCOLARES EM SEUS ASPECTOS CULTURAIS E 
ORGANIZACIONAIS E A DIMENSÃO DA PESQUISA PARA A AÇÃO 
SUPERVISORA 
 
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Ensino porque busco, porque 
indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, 
intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não 
conheço e comunicar ou anunciar a novidade. 
 
Paulo Freire 
A prática supervisora vem nos últimos tempos passando por transformações, assim 
como a cada dia, no mundo em que vivemos, torna-se mais necessária a 
conscientização de que se vivem mudanças significativas nas mais diversas áreas, 
sejam econômicas, políticas, sociais ou culturais. De tal modo têm ocorrido tais 
transformações que múltiplos desafios precisam ser vencidos a fim de que se 
cumpram as funções sociais na contemporaneidade, principalmente no espaço da 
escola como campo de atuação em prol da socialização de saberes instituídos, na 
construção de saberes em um processo criativo e inovador de compreensão dos 
Fenômenos educativos em toda a sua complexidade, seja humana, técnica ou 
científica. 
Nesse sentido, trazer para a prática da supervisão escolar o esclarecimento da 
importância da pesquisa como ação mobilizadora de reflexão sobre as perspectivas 
educacionais, o conhecimento das normas legais que organizam e estruturam o 
funcionamento das organizações escolares, o significado das políticas e do trabalho 
pedagógico, proporcionando subsídios teóricos e práticos que propiciem a reflexão 
sobre a dimensão da ação supervisora é de fato fundamental à formação do 
profissional que atua na supervisão escolar em nível de sistema de ensino, bem como 
em instituições escolares únicas. Para tanto, como nos diz Ferreira (2008, p. 
89, 90, 99), são conteúdo do trabalho profissional da supervisão: 
 
•-à política — coordenação da interpretação/implementação e da “coleta” 
De subsídios para o desenvolvimento de novas políticas mais 
Comprometidas com as realidades educacionais; 
23 
 
 
•-ao planejamento — coordenação, construção e elaboração coletiva do 
Projeto acadêmico/educacional, implementação coletiva, coordenação da “vigilância” 
sobre seu desenvolvimento e necessárias reconstruções; 
•-à gestão — coordenação, propriamente dita, de todo o desenvolvimento das 
políticas, do planejamento e da avaliação (projeto acadêmico/educacional, construído 
e desenvolvido coletivamente); 
•-à avaliação — análise e julgamento das práticas educacionais em desenvolvimento 
com base em uma construção coletiva de padrões que se alicercem em três 
princípios/posturas intimamente relacionados: a avaliação democrática, a crítica 
institucional e a criação coletiva e a investigação participante e contínua; 
•-a todos esses elementos — estudar muito e continuamente, individual e 
coletivamente, discutindo conceitos e formas de elaboração prática de estratégias de 
ação pedagógica. (...) faz-se necessária uma educação de novo tipo, estandoem 
curso a construção de uma nova pedagogia e, portanto, de outro perfil de professor, 
de supervisor, de orientador 
O controle necessário é o que se fará na construção coletiva do projeto 
acadêmico/educacional à luz dos princípios e elementos mencionados e do saber 
científico na sua forma mais elaborada, que possibilite o domínio de conteúdos e de 
habilidades cognitivas superiores, que devem ser estudados, discutidos, rediscutidos 
e incorporados à prática supervisora que o profissional da educação deverá exercer 
no âmbito educacional/ escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
7.1 - A PESQUISA COMO INSTRUMENTO DA AÇÃO 
SUPERVISORA 
 
 
A importância da pesquisa para a ação supervisora dá-se na proporção em que os 
supervisores escolares iniciam suas observações, formulam questões ou hipóteses 
de pesquisa, bem como ao selecionar dados e instrumentos que possam elucidar tais 
questões. Para tanto, André (1999, p. 353) adverte que a pesquisa deve obedecer a 
critérios, tais como: 
Em primeiro lugar, propiciar o acesso aos conhecimentos científicos 
•-orientar os docentes na busca de fontes, escolha de métodos e seleção de 
informações relevantes; 
•-propor aos professores modos de sistematizar, interpretar e relatar os dados. 
Daí, considerar, como André (1999, p.354), que a finalidade do processo de ensino-
aprendizagem “é a formação de sujeitos autônomos, capazes de compreender a 
realidade que os cerca e de agirem sobre ela”. 
25 
 
 
Para tanto, ele propõe a utilização da metodologia como elemento formador, de modo 
a desenvolver habilidades como: 
• observar; 
• formular questões; 
• formular hipóteses; 
• selecionar dados; 
• selecionar instrumentais; 
• elucidar questões e hipóteses; 
• expressar suas descobertas; 
• expressar suas novas dúvidas. 
A pesquisa possibilita, assim, um processo significativo da construção da prática da 
supervisão. E isso é possível, como bem diz André (1999, p. 354), porque é na 
problematização da realidade que se originam as questões a serem perseguidas, e é 
a partir delas que são escolhidos métodos de trabalho e técnicas de coleta de dados 
— o que requer um aprendizado de observação e análise da realidade e um 
conhecimento de instrumentais para sua apreensão. 
À luz dessa perspectiva, exige-se um envolvimento ativo de todos os atores, de modo 
que seja possível haver o compartilhar de experiências e, caso necessário, reelabora-
las, por meio de estudo e reflexão. Além disso, 
André (1999) destaca o papel fundamental das interações sociais no processo de 
formação do profissional da educação investigador, por meio do diálogo e da partilha 
de saberes e experiências. A interação é necessária “tanto na definição dos temas e 
problemas de interesse comum quanto na busca conjunta de alternativas para seu 
equacionamento” (André, 1999, p. 355). 
Trazer aos professores consumidores da pesquisa as novas conquistas no campo 
específico de conhecimentos. Deve, além disso, levar o aluno-professor a assumir um 
papel ativo no seu próprio processo de formação, e mais, a incorporar uma postura 
investigativa que acompanhe continuamente sua prática profissional. 
De sorte que a autora apoia sua visão nas chamadas pedagogias ativas, razão pela 
qual defende que os programas de formação e aperfeiçoamento docente incluam 
entre seus objetivos o desenvolvimento das habilidades básicas de investigação. 
Parafraseando ainda André (1999), cabe ao supervisor escolar o papel de planejar e 
orientar o processo de ensino ao professor e de aprendizagem para o aluno, e junto 
26 
 
 
com ambos, avaliar os resultados alcançados, tanto no decorrer da ação quanto na 
fase final do processo. 
Como o professor tem relevante papel no processo de ensino e aprendizagem, o 
supervisor escolar tem um papel importante no planejamento, no acompanhamento 
e na avaliação das atividades realizadas na escola, cabendo-lhe, mais 
especificamente, de acordo com a referida autora, as seguintes tarefas: 
•-coordenar todo o processo; 
•-dar os estímulos iniciais; 
Diante das diversas concepções e práticas de supervisão escolar, a abordagem 
reflexiva de supervisão, desenvolvida sob a ótica de Schön e Zeichner, explicitada 
por Alarcão (2008, p. 18), “alicerça a metodologia formativa da reflexão como forma 
de desenvolver um conhecimento profissional contextualizado e sistematizado numa 
permanente dinâmica interativa entre a ação e o pensamento”. 
 
Assim, no quadro demonstrado por Alarcão (2008, p. 51), serão explicitadas as 
características fundamentais da supervisão numa escola reflexiva: 
 
 
De acordo com Toschi (2003), sistema de ensino tende a ser considerado o conjunto 
de escolas das redes, ou seja, o sistema de ensino compreende uma rede de escolas 
e sua estrutura de sustentação. Se tomarmos o significado da palavra, sistema supõe 
um conjunto de elementos ou unidades relacionadas, que são coordenadas entre si 
e constitui um todo. 
Afirma-nos a mesma autora que, embora “o sistema escolar se estruture em um 
conjunto de organizações de ensino, as escolas não perdem sua especificidade de 
27 
 
 
estabelecimentos pautados em regulamentos e leis que regulam sua organização e 
o funcionamento como unidade escolar. 
“Todavia, ao se organizarem em um sistema, esses elementos materiais (conjunto 
das instituições de ensino) e ideais (conjunto das leis e normas que regem as 
instituições educacionais) passam a formar uma unidade, no caso, um sistema de 
ensino” (Toschi, 2003, p. 228). 
Sistema de ensino é visto “como o conjunto de instituições de ensino que, sem 
constituírem uma unidade ou primarem por seu caráter coletivo, são interligadas por 
normas, por leis educacionais, e não por uma intencionalidade” (Toschi, 2003, p. 235). 
Ainda segundo Toschi (2003, p. 235), entende-se sistema de ensino “como o conjunto 
de instituições de ensino que, sem constituírem uma unidade ou primarem por seu 
caráter coletivo, são interligadas por normas, por leis educacionais, e não por uma 
intencionalidade”, no sentido administrativo, ao qual a legislação educacional se 
refere. 
Cabe ressaltar que o sistema de ensino é composto por três partes: 
• as instituições de ensino; 
• o órgão de administração (ministério ou departamento da educação, ou órgão 
equivalente) e; 
• o conselho de educação. 
No instrumento da legislação educacional, qual seja, a LDBEN 9.394/1996, em seu 
art. 8º, estabelece que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem 
organizar, em regime de colaboração, seus respectivos sistemas de ensino, cabendo 
à União a coordenação da Política Nacional de 
Educação, articulando os diferentes níveis e sistemas. 
O sistema de ensino compreende: 
a) uma rede de escolas; 
 b) uma estrutura de sustentação. 
Rede de escolas: é o subsistema que se dedica à atividade-fim do sistema. 
- Dimensões: 
- Dimensão vertical: graus de ensino; 
- Dimensão horizontal: modalidades de ensino (Dias, 2004, p. 95-6). 
Estrutura de sustentação do sistema de ensino: constitui a estrutura administrativa do 
sistema de ensino e apresenta: 
a) Elementos não materiais: 
28 
 
 
- Normas (disposições legais, disposições regulamentares e disposições 
consuetudinárias); 
- Metodologia de ensino; 
- Conteúdo do ensino: currículos e programas. 
 
 
b) Entidades mantenedoras: 
- Instituições escolares mantidas pelo poder público federal, estadual e municipal; 
- Instituições escolares particulares — leigas ou confessionais; 
- Entidades mistas: autarquias etc. 
 
c) Administração: compreende os organismos que têm por finalidade a gestão do 
sistema de ensino (Dias, 2004, p. 96). 
Assim, é possível verificar em uma representação gráfica o sistema de ensino da 
seguinte forma: 
SISTEMA FEDERAL DE ENSINO 
De acordo com o artigo 16 da LDBEN 9.394, o sistema federalde ensino diz respeito 
às instituições, aos órgãos, às leis e às normas que são de responsabilidade da União, 
do governo federal e são realizadas nos estados e municípios. Assim, além da 
responsabilidade pela manutenção das instituições federais, por meio do Ministério 
da Educação, supervisiona e inspeciona as diversas instituições de ensino superior 
29 
 
 
particulares. A normatização deste sistema é realizada pelo órgão colegiado, 
Conselho Nacional de Educação (CNE). 
 
SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO 
 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu art. 24, cabe à 
União, aos estados e ao Distrito Federal legislar sobre educação, cultura, ensino e 
desporto. Assim, no artigo 17 da referida lei educacional vigente, fazem parte do 
sistema estadual de ensino as instituições de ensino estaduais. Entretanto, além da 
manutenção de suas escolas, cabe a este sistema a função de disciplinar e controlar 
a educação particular, fundamental e média, ensino supletivo e cursos livres que 
acontecem fora do âmbito escolar, por meio da Secretaria Estadual de Educação e 
do Conselho Estadual de Educação (CEE), que exerce função normativa, deliberativa, 
consultiva e fiscalizadora da rede oficial e particular. 
A Secretaria Estadual de Educação possui, em sua estrutura, as diretorias regionais 
de ensino que têm como função precípua “implementar as políticas públicas estaduais 
dentro de sua área de abrangência” (Lanza, 2003). 
 
SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO 
Fazem parte do sistema municipal de ensino, as unidades escolares municipais, o 
órgão administrativo da Secretaria Municipal de Educação e as instituições de ensino 
particulares de educação infantil, também compõe o sistema municipal de ensino o 
Conselho Municipal de Educação, que em conformidade com a legislação 
educacional estadual e federal, exerce função normativa, deliberativa, consultiva e 
fiscalizadora da rede municipal de ensino e das escolas particulares de educação 
infantil. 
 Unidades escolares como organizações aprendentes: aspectos culturais e 
organizacionais. 
A cultura organizacional corresponde, de certo modo, a clima organizacional, 
ambiente, clima, entretanto a utilização do termo cultura sugere uma abordagem 
antropológica, como expõe Libâneo (2003). O conhecimento cultural dos atores 
pertencentes à escola contribui sobremaneira para a definição de cultura 
organizacional da instituição de que fazem parte, o que pode significar a formação de 
uma cultura própria. Daí dizer-se que essa cultura pode ser modificada, discutida, 
30 
 
 
avaliada, planejada em um rumo que responda aos interesses e anseios do grupo, e, 
então, falar-se em organização aprendente, na qual, segundo Thurler (2007, p. 178), 
o raciocínio construtivo e argumentativo decorrente leva os atores individuais e 
coletivos a defenderem suas posições, a empreenderem avaliações, a emitirem 
atribuições, buscando sistematicamente explicar seus propósitos, confrontar seus 
raciocínios e testar a validade destes últimos. (...) A organização passa, então, a ser 
um sistema em que a aprendizagem em dupla espiral (pela reflexão em ação) pode 
intervir de modo duradouro: ela se habitua a interrogar e a explicitar as 
representações sociais. 
Portanto, cultura organizacional pode ser definida como o conjunto de fatores sociais, 
culturais e psicológicos que influenciam os modos de agir da organização como um 
todo e o comportamento das pessoas em particular. Isso significa que, além daquelas 
diretrizes, normas, procedimentos operacionais e rotinas. 
Administrativas que identificam as escolas, há aspectos de natureza cultural que as 
diferenciam uma das outras, não sendo a maior parte deles nem claramente 
perceptíveis nem explícitos. (...) A cultura organizacional aparece de duas formas: 
como cultura instituída e como cultura instituinte. A cultura instituída refere-se às 
normas legais, à estrutura organizacional definida pelos órgãos oficiais, às rotinas, à 
grade curricular, aos horários, às normas disciplinares etc. A cultura instituinte é 
aquela que os membros da escola criam, recriam, em suas relações e na vivência 
cotidiana (Libâneo, 2003, p. 320). 
Assim, a unidade escolar como organização aprendente, discute, reflete, avalia e 
planeja de modo que as respostas às necessidades correspondam aos almejos e 
aspirações da comunidade de aprendizagem. A cultura organizacional como ponto de 
ligação com as áreas de atuação dos atores da organização aprendente, logo, a ação 
supervisora constitui-se em fator de grande importância para a tomada de decisão, 
seja em termos de escola ou sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Certo é que, para o desenvolvimento escolar como processo contínuo e espiralado, 
dentro do qual as mudanças individuais ocorram em benefício do coletivo, a cultura 
organizacional seja elo entre os atores. É preciso que a unidade escolar se torne uma 
organização aprendente, na qual o ambiente seja de aprendizagem coletiva, como 
disposto na espiral do desenvolvimento escolar de Thurler (2007, p. 180). 
 
32 
 
 
 
 
. 
 A escola — atuais funções, caracterização e ação supervisora 
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas gaiolas prendem. 
Escolas asas ensinam a voar. 
Rubem Alves 
Observando-se o objeto da ação supervisora, a qualidade do ensino e da 
aprendizagem deve ser vista em sua completude, não só no contexto da sala de aula, 
mas na totalidade da escola como organização aprendente para todos (alunos, 
professores, funcionários, equipe gestora). 
Na atualidade, a democratização da educação traz, para o ambiente escolar, traços 
de uma sociedade globalizada, em virtude dos avanços tecnológicos, reestruturação 
do sistema de produção e desenvolvimento, o que exige da escola para além de 
transmissora do saber, que seja cada vez mais um local de orientação ao escolar e 
contributiva da construção do conhecimento do ser humano. A multiplicação de 
funções exercidas pela escola contribui para que cada vez mais se conheça em 
profundidade essa unidade escolar em que se atua, onde não se pode ver uma turma 
33 
 
 
isoladamente, mas é preciso que a unidade escolar seja vista como um todo, como 
uma organização que trata do ensino e da aprendizagem. 
Diante disso, de acordo com Alarcão (2008, p.35), a ação supervisora deve ter seu 
objeto redefinido como o desenvolvimento qualitativo da organização escolar e dos 
que nela realizam seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa por 
meio de aprendizagens individuais e coletivas, incluindo a formação dos novos 
agentes. (...) considero ainda que as instituições, à semelhança das pessoas, são 
sistemas abertos e complexos em permanente interação com o ambiente que as 
rodeia, que as estimula ou condiciona, que lhes cria contextos de aprendizagem. A 
compreensão do fenômeno desenvolvimento, em ambos os casos, poderá ganhar 
uma dimensão explicativa se a enquadramos na perspectiva ecológica do 
desenvolvimento humano. 
De sorte que o conhecimento da realidade escolar se impõe como primordial. 
O conhecimento da realidade não significa apenas coletar dados e informações, mas, 
por meio de diversos instrumentos, é possível aproximar-se da realidade e, assim, 
detectar quais são efetivamente as necessidades, as perspectivas e as possíveis 
alternativas e soluções para determinada organização escolar. André (1995, p. 111) 
afirma com veemência que conhecer a escola mais de perto significa colocar uma 
lente de aumento na dinâmica das relações e interações que constituem seu dia-a-
dia, apreendendo as forças que a impulsionam ou que a retêm, identificando as 
estruturas de poder e os modos de organização do trabalho escolar, analisando a 
dinâmica de cada sujeito nesse complexo interacional. 
Nessa perspectiva, a caracterização de uma escola como possívelavaliação denota 
ir além do que a instituição já sabe sobre seu desempenho, sobre as características 
de seu cotidiano. Refletir sobre a escola direciona na busca para caracterizá-la, 
explicitando suas concepções internas, visto que a diversidade de identidades na 
construção coletiva busca indicadores nem sempre perceptíveis. Diante dessa 
premissa, o conhecimento da realidade da escola é importante para a ação 
supervisora. Padilha (2003, p. 83) expõe que esta fase de conhecimento da realidade 
exige os seguintes passos: 
1.-avaliação dos resultados do ano anterior; 
2.-definição do autorretrato da escola (leitura de mundo); 
3.-definição dos compromissos a serem assumidos para mudar, ou aperfeiçoar, 
aquele retrato. 
34 
 
 
Também, é possível perceber o quão importante é a articulação teoria-prática, o que 
tem sido um desafio nos cursos e programas de formação docente, pelo pouco uso, 
entre outras razões, de procedimentos teórico-metodológicos que captem os 
processos e a dinâmica das práticas da forma em que acontecem no cotidiano 
escolar, atribuindo-lhes significado, no vai-e-vem entre saberes de referência e 
saberes da prática. 
No artigo sobre o papel do sujeito na pesquisa, André (1999, p. 357) enfatiza que uma 
das contribuições da pesquisa de tipo etnográfico foi ter aproximado o professor das 
situações concretas da escola, rompendo com certo abstracionismo com que as 
questões escolares costumavam ser tratadas pela pesquisa educacional. 
Tal metodologia de pesquisa, além de poder focalizar a prática pedagógica na sua 
totalidade e complexidade, e em seu caráter nem sempre negativo, é de extrema 
importância para que os problemas do dia-a-dia sejam tomados como objeto de 
reflexão e estudo pelos profissionais da educação, de forma contextualizada, para 
que seja possível compreender as suas raízes, condição para a sua superação. André 
(1999) dá destaque para o lugar que a teoria deve ocupar quando se pretende utilizar 
o enfoque etnográfico de pesquisa na área educacional. Nesse sentido, propõe um 
“garimpo teórico”, ou seja, “tomar a pesquisa como ponto de partida para um esforço 
de reflexão, de garimpagem dos aspectos críticos da realidade que precisam ser 
aprofundados” (André, 1999, p. 359). Trata-se de inverter a relação com o saber, 
buscando na literatura educacional e em outras áreas do conhecimento as 
explicações para os fenômenos ou problemas encontrados na “garimpagem” dos 
aspectos críticos da realidade. 
De tal sorte que analisar uma situação é conhecê-la a fundo, é uma fase essencial 
para a identificação e caracterização da unidade escolar, e isto implica observação e 
reflexão coletiva a respeito da escola e seu contexto em uma prática refletida. 
De acordo com Perrenoud (apud André, 1999, p. 359), prática refletida diz respeito à 
disposição e competência dos professores para a análise individual ou coletiva de 
suas práticas, para um olhar introspectivo, para pensar, decidir e agir, tirando 
conclusões. Diz respeito, ainda, à capacidade de antecipar os resultados de 
determinados processos ou atitudes. Em outras palavras, concordando com André 
(1999), trata-se da capacidade de pensar o próprio trabalho. 
Para tanto, a fim de que isso seja possível, ele apresenta as seguintes indicações: 
35 
 
 
• no início, usar a metodologia investigativa por meio do desenvolvimento de projetos 
coletivos, centrados em temas relacionados à prática docente cotidiana; 
• iniciar com observação e coleta de dados de campo; 
• na fase mais adiantada do estágio, os projetos podem evoluir para o exercício da 
reflexão sobre a prática. 
É necessário, também, caracterizar a ação para que se possa ter clareza sobre o que 
se busca e o que se pode esperar do fato. Assim, pode ser problematizado da 
seguinte forma: 
1. Que tipo de ação será desenvolvida? 
2. Quais seus propósitos? 
3. A quem beneficiará? 
4. Em que medida se constitui uma atividade de pesquisa ou extensão? 
Que indicadores podem ser úteis para tal conhecimento? Sem dúvida, dados gerais 
da escola, condições de seu prédio, materiais e recursos disponíveis, dados sobre 
seus alunos (relação idade/série, evasão e repetência, dificuldades de aprendizagem 
apresentadas nos vários componentes curriculares etc), dados sobre os educadores, 
situação de transporte e habitação, trabalho das famílias... Os indicadores escolhidos 
possibilitam uma visão global da situação da escola em seu contexto, analisá-los 
poderá facilitar a detecção de pontos fortes, fracos e medianos que carecem de 
melhoria. 
A seguir, apresenta-se, conforme os subsídios à ação supervisora (2004, p. 33), um 
quadro-síntese de identificação escolar e organização das ações de supervisão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.2- PLANEJAMENTO E SUPERVISÃO ESCOLAR 
Segundo Vasconcellos (2007), para se dar conta ao desafio da ação supervisora, o 
profissional deverá ser capacitado em três dimensões básicas da formação humana: 
conceitual, procedimental e atitudinal. 
• dimensão atitudinal: é a dimensão que envolve valores, interesses, sentimentos, 
disposição interior, convicções. Assim, o supervisor escolar deve basear-se na 
relação humana autêntica, acreditando na possibilidade do outro. Acreditar que o 
outro pode mudar. 
Princípios orientadores para a prática: 
a) criticidade: envolve o pesquisar e a investigação do por que as coisas estão 
acontecendo de determinada mane ira. Criticar é ser capaz de ver e resgatar os 
aspectos positivos, valorizar o saber do outro; 
b) totalidade: trata-se da percepção das múltiplas relações, das várias partes 
envolvidas; 
c) historicidade: diz respeito à localização no movimento histórico de determinada 
questão, ou seja, saber a história do profissional, do grupo, da instituição, entre outros 
conhecimentos. 
• dimensão procedimental: trata-se do saber fazer, encontrar caminhos para a 
realização do que se busca (métodos, técnicas, procedimentos, habilidades). 
Categorias de intervenção: 
a) práxis: é preciso mudar a prática, transformar ideias em ações concretas. O que se 
visa é ao estabelecimento na escola de uma dinâmica constante de ação-reflexão, 
para isso o acompanhamento individual e o trabalho coletivo constante são de grande 
valia; 
b) método: é preciso metodologia para se construir a práxis e atingir os objetivos, 
assim, para a qualificação da ação mediadora do supervisor escolar, é preciso: 
- Compreender a realidade, construir a rede de relações, conhecer, mapear, aprender 
o que está por detrás dos limites das práticas ou das queixas; 
- Ter clareza de objetivos, saber a serviço de que e de quem se coloca; ganhar clareza 
em relação à intencionalidade do trabalho; 
- Estabelecer o plano de ação, a partir da tensão entre a realidade e o desejo; 
 - Agir de acordo com o planejado; 
- Avaliar a prática. 
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c) - diálogo problematizado: o supervisor deve ter a preocupação de legitimar as falas, 
as perguntas, as dúvidas, aprender a escutar, saber problematizar as questões para 
que haja sentido nas ações serem realizadas. 
Certo é que o supervisor escolar possibilita um desencadear de ações que devem 
estar pautadas em certas categorias como: ética, visão do processo, avaliação e 
participação. 
• dimensão conceitual: é preciso buscar clareza conceitual, conhecer, discernir e 
elaborar a síntese das diversas concepções acerca das temáticas da educação. 
Para aprofundar sobre o papel da supervisão educacional/coordenação pedagógica, 
leia: VASCONCELLOS, C. S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto 
político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2007, cap. 4, 
p. 85-118. 
Tomando as palavras de Boas (apud Alves, 2006, p. 70), a supervisão é uma atividade 
essencialmente cooperativa. Não basta que se preveja a articulação de ações. Isso 
de nada valerá se as pessoasa quem essas ações estão confiadas não se articularem 
também, porque é dividindo tarefas por todos e somando os esforços de cada um que 
se diminui o dispêndio de energias e se multiplica o resultado final. Esta é a fórmula 
que viabiliza a prática efetiva da supervisão em educação. 
Diante disso, é possível afirmar que dentre as funções e papéis exercidos pelo 
supervisor escolar está o de contribuir para a melhoria do processo educacional, 
considerando-se o processo relacional existente entre professor-supervisor, 
professor-gestor, professor-professor e, sobretudo, entre professor-aluno. 
Cabe ao supervisor escolar desenvolver uma visão crítica do trabalho pedagógico a 
fim de viabilizar ações educativas mais produtivas. Para isso, o supervisor deve 
planejar, avaliar e aperfeiçoar o andamento das questões pedagógicas, com vistas a 
garantir a eficiência do processo educacional, a eficácia e efetividade de seus 
resultados. 
As atribuições da supervisão escolar estão distribuídas em duas áreas: a curricular e 
a administrativa. Ao mesmo tempo, suas atribuições devem estar atentas para as 
questões genéricas da escola, também deve atentar-se para as questões 
pedagógicas em todo o seu planejamento e execução. 
Conheçam, em profundidade, as características desses profissionais da escola. 
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Para tanto, as reuniões pedagógicas de trabalho “ocupam um espaço de destaque no 
cenário das relações, não só por sua ocorrência, mas também por sua sistematização 
e seu tempo de duração” (Torres, 2006, p. 45). 
Essas reuniões também são espaços para a reflexão dos professores, momento de 
avisos, informativo de diretrizes, discussão de situações-problema, aprendizagem. 
É relevante para o coordenador organizar, previamente, a pauta das reuniões de 
trabalho coletivo, tornando-as, assim, mais produtivas. 
Dicas para se alcançar o sucesso nas reuniões de trabalho: 
•-reveja os fatos que motivaram a reunião e certifique-se de que você está “por dentro” 
dos assuntos a serem tratados; 
•-não se esqueça de munir-se de todas as informações necessárias para fundamentar 
decisões — deve-se decidir objetivamente e não a partir de impressões ou opiniões; 
•-tenha uma noção antecipada do perfil das pessoas que vão participar: se são 
tímidas, expansivas, desconfiadas, receptivas, a fim de prever reações, preparar 
respostas e argumentos; 
•-reveja seus conceitos de liderança e autoridade. Lembre-se de que as pessoas 
produzem melhor quando respeitadas na sua individualidade, estimuladas na sua 
capacidade e orientadas nas suas falhas e limitações; 
•-esquematize uma forma de conduzir a reunião que crie oportunidades para a 
participação efetiva de todos; 
•-comece fazendo perguntas que estimulem o diálogo — O quê? Onde? Por quê? De 
que modo? —, evitando aquelas que possam ser respondidas com sim e não; 
•-não demonstre impaciência nos momentos de silêncio posteriores a uma pergunta. 
Deixe que o pessoal decida quem vai responder. Alguém sempre acaba falando para 
diminuir a tensão; 
•-quando a reunião estiver fugindo dos temas propostos, sugira o resgate do assunto 
com as expressões: alguém pode nos indicar qual a relação desse assunto com o 
que estamos tratando? Bem, onde estávamos mesmo?; 
•-observe a expressão de cada membro do grupo para perceber se os tópicos da 
reunião estão sendo entendidos e estão mantendo o interesse na reunião. Esse 
cuidado permite que você note quando alguém tem ideias sobre o assunto, podendo 
encorajá-lo a expô-las. Também fica mais fácil selecionar informações das quais o 
grupo tem necessidade; 
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•-evite que duas pessoas travem conversas paralelas que possam perturbar o 
andamento da reunião; 
•-observe que reuniões muito longas e sem resultados desestimulam o grupo; 
•-não deixe a sensação de que nada foi decidido, reserve algum tempo ao final da 
reunião para resumir as conclusões atingidas; 
•-oriente a definição de responsabilidades. Não deixe que elas sejam concentradas e 
que certas pessoas fiquem sobrecarregadas e outras sem nenhuma 
responsabilidade; 
•-se se promete que providências serão tomadas e não se cumpre, o grupo perde a 
confiança e passa a acreditar que as reuniões são inúteis (Gestão em rede, apud 
UDEMO, 2001, p. 19). 
A comunicação entre os atores é sumariamente importante para o desenvolvimento 
da cultura organizacional, visto que muitas organizações escolares não têm uma 
cultura que leve em consideração as diferentes vozes, pontos de vista distintos, ou 
mesmo diversidade de ações e atitudes. 
A função da supervisão escolar é, no contexto de sistema estadual ou municipal, 
articular o grupo gestor na implementação das políticas educacionais nacionais, 
estaduais, regionais e locais, identificando aspectos possíveis de aperfeiçoamento, 
revisão ou inovação encontrados nos processos de aplicação de tais políticas. Em 
sua ação supervisora está incluído o processo de avaliação nos variados aspectos 
educacionais. Para tanto, sua análise não deve ser realizada de modo estagnado, 
desvinculada do contexto escolar real. Para, então, sugerir uma proposta de 
mudança, pode-se tomar como base os estudos de Glatter (1992, p. 146) sobre o 
processo de mudança. O autor divide o processo de mudança em três fases: 
•-iniciação: que trata da introdução de novas ideias e práticas e procura o apoio 
institucional; 
•-implementação: que operacionaliza as ideias na tentativa de colocação das 
inovações em prática; 
•-institucionalização (ou estabilização): quando as inovações são constituídas em 
processos de rotina e normas, ou seja, tornam-se parte integrante da vida cotidiana 
da escola. 
Nessa perspectiva, para que o processo de acompanhamento e mudança seja 
instituído, o supervisor escolar necessita elaborar um planejamento a fim de motivar 
os profissionais da unidade a encararem a mudança a partir da análise pessoal, em 
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seguida, do grupo e, por fim, desenvolver uma cultura organizacional desafiadora 
rumo ao sucesso escolar. Isso significa que é recomendável a elaboração de um 
planejamento de gestão estratégica para o grupo. 
O supervisor escolar, para isso, precisa atentar que em todo trabalho em grupo há 
aspectos que precisam ser cuidados, como: 
•-conteúdo: relaciona-se às ideias e ideais, aos conceitos, às informações e opiniões 
trazidas nas individualidades de cada membro do grupo; 
•-processo: diz respeito à forma, aos passos e procedimentos pelos quais seguem a 
reflexão e discussão; 
•-interação: o que ocorre entre as pessoas, as relações, o ambiente do grupo. 
Os três aspectos — conteúdo, interação e processo — acontecem ao mesmo tempo 
no trabalho em grupo, influenciando-se mutuamente. 
Não é possível, na prática, isolá-los — é preciso reconhecer sua existência e 
desenvolver a capacidade de lidar com os três simultaneamente. Num processo de 
planejamento, a arte consiste em manter-se consciente de cada um deles e de tomar 
as providências certas para tratá-los de forma eficaz. O esquecimento ou a pouca 
atenção a apenas um desses elementos pode comprometer todo o esforço anterior e 
a melhor das intenções (Silva, 2003, p. 32). 
A prática da supervisão escolar, além do planejamento de suas ações, exige uma 
constante avaliação de seu próprio desempenho. Desse modo, é possível haver um 
aperfeiçoamento como técnico e como pessoa. É necessário, desde o processo de 
planejamento, conhecer a natureza, a organização, a cultura e o funcionamento da 
educação escolar, suas relações com o contexto situacional da escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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