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Classificação do Solo -PRADO(1)

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Fonte: Pedologia Fácil 
Autor: Hélio do Prado 
Disponível em: http://www.pedologiafacil.com.br/classificacao.php 
 
Classificação dos solos 
1. Estados Unidos 
Na década de 1950, os americanos fizeram modificações (ou aproximações) no sistema de classificação 
adotado por BALDWING, KELLOG & THORP, em 1938, depois modificado em 1949 por THORP. 
Em 1960, publicaram a Sétima Aproximação, no período de 1964 a 1974 fizeram novas aproximações, e 
finalmente, em 1975, publicaram o referencial como “Soil Taxonomy” com várias edições, a décima, em 
2006. 
A figura 1 apresenta a hierarquia da classificação de solos considerando as categorias de ordem, 
subordem, grande grupo, sub grupo, família e série. 
 
Figura 1. Hierarquia do Sistema Americano de Classificação de Solos. 
A subordem Udept refere-se ao Inceptisol (ept de Inceptisol), com regime hídrico údico (ud de údico). O 
agrupamento ud de udico + ept de Inceptisol resulta em Udept. 
Os grandes grupos são constituídos pela ordem e subordem, precedidas das sílabas dos grandes grupos. 
No sistema americano, a ordem dos Oxisols na sua grande maioria correlaciona-se com os Latossolos do 
sistema brasileiro, os Ultisols com os Argissolos de baixo potencial nutricional, os Alfisols com os 
Argissolos de alto potencial nutricional, os Inceptisols com os Cambissolos, os Entisols com os 
Neossolos, os Mollisols com os Chernossolos, os Spodosols com os Espodossolos, os Vertisols com os 
Vertissolos e os Histosols com os Organossolos. 
No Brasil ocorrem as ordens dos Oxisols, Ultisols, Alfisols, Inceptisols, Entisols, Mollisols, Spodosols, 
Vertisols e Histosols. 
Na subordem do sistema americano, em geral, são considerados os regimes hídricos dos solos e sua seção 
de controle que refere-se a profundidade de estudo no perfil do solo, iniciando-se na superfície até os 
horizontes mais profundos, variando para cada classe de solo. 
Na subordem desse sistema, em geral, são considerados os regimes hídricos dos solos e sua seção de 
controle que refere-se a profundidade de estudo no perfil do solo iniciando-se na superfície até os 
horizontes mais profundos, variando nas classes de solos. 
Os regimes hídricos dos solos são os seguintes: áquico (a seção de controle do perfil de solo fica saturado 
por água praticamente todo o ano devido ao nível elevado do lençol freático), údico (nenhuma parte da 
seção de controle do perfil de solo seca cumulativamente por 90 dias ou mais), perúdico (a seção de 
controle do perfil de solo sempre está úmida porque a precipitação supera a evapo-transpiração todos os 
meses do ano, árido (a seção de controle do perfil de solo na maioria dos anos seca cumulativamente mais 
da metade do tempo, quando a temperatura do solo é acima de 5°C na profundidade de 50 cm, e nunca 
fica úmida por 90 dias consecutivos quando a temperatura do solo é acima de 80 °C na profundidade de 
50 cm, ústico (intermediário entre árido e údico), e xérico solos de locais com inverno úmido e frio e 
verão seco e quente (clima Mediterânico). 
O nível de grande grupo é uma sub divisão da subordem, considerando, em geral, as condições químicas 
pedológicas, exceto para os Vertisols, Mollisols, e Alfisols que são eutróficos, por definição. 
Alguns exemplos e ilustrações de grandes grupos de solos: 
 Hapludox (figura 2) referindo-se ao Oxisol (ox de Oxisol) que ocorre num local com regime 
hídrico údico (ud de údico) e Hapl (Hapl, no sentido de que não foram atendidas as alternativas 
anteriores dos grande grupo previstos no Soil Taxonomy como sombr, acr, eutr, e kandi, (SOIL 
TAXONOMY, 2006). Esse solo que ocorre na região de Piracicaba (SP), Brasil correlaciona-se 
com o Latossolo Vermelho álico A moderado (EMBRAPA, 2006). 
 Eutrochrept (figura 3) referindo-se ao Inceptisol (ept de Inceptisol) com epipedon ócrico (ochr de 
ochric) e eutrófico (eutr de eutrófico), (SOIL TAXONOMY, 2006). Esse solo que ocorre na 
região de Veracruz, México correlaciona-se com Cambissolo Háplico eutrófico A moderado 
(EMBRAPA, 2006). 
 Paleudoll (figura 4) referindo-se ao Mollisol (oll de Mollisol), que ocorre num local com regime 
hídrico do solo údico (ud de údico), com discreto aumento de argila no perfil (Pale), (SOIL 
TAXONOMY, 2006). Esse solo que ocorre na região de Vera Cruz, México correlaciona-se com 
o Chernossolo Háplico órtico (EMBRAPA, 2006). 
 Quartzipsamment (figura 5) referido-se ao Entisol (ent de Entisol), psamm significando arenoso e 
Quartz, de quartzo na fração areia. Esse solo que ocorre na região de São Carlos (SP), Brasil 
correlaciona-se com o Neossolo Quartzarênico órtico. 
 
Figura 2. Hapludox (SOIL TAXONOMY) - Latossolo Vermelho álico A moderado. 
 
Figura 3. Eutrochrept (SOIL TAXONOMY) - Cambissolo Háplico eutrófico A moderado (EMBRAPA). 
 
Figura 4. Paleudoll (SOIL TAXONOMY) Chernossolo Háplico órtico (EMBRAPA). 
 
Figura 5. Quartzipsamment (SOIL TAXONOMY)- Neossolo Quartzarênico órtico (EMBRAPA). 
Na família são consideradas as propriedades dos solos com similaridade de textura, mineralogia, grau de 
acidez e temperatura, e na série são designados nomes dos locais onde os solos foram originalmente 
descritos. 
2. Brasil 
Os conceitos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da EMBRAPA foram baseados não só no 
sistema de classificação de solos de BALDWING, KELLOG & THORP de 1938, modificado por 
THORP em 1949, como também no sistema de classificação da FAO. 
Em 1999, a EMBRAPA publicou a primeira edição, depois revisada e ampliada em 2006. 
A classificação dos solos do sistema brasileiro, até o presente, contempla os níveis de ordem, subordem, 
grande grupo e sub grupo. 
A figura 6 apresenta a hierarquia da classificação de solos. 
 
Figura 6. Hierarquia do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 
Diferenças entre os sistemas de classificação de solos do Brasil e dos Estados Unidos 
As principais diferenças entre os sistemas brasileiro e americano de classificação de solos são os 
seguintes: 
1. A origem dos dados pedológicos no sistema brasileiro resultou de levantamentos de solos 
generalizados, principalmente nos níveis exploratórios e de reconhecimento. Ao contrário, o 
sistema americano teve origem a partir de levantamentos pedológicos detalhados. Como 
consequência, a estrutura do sistema brasileiro foi arquitetada iniciando-se no nível superior 
(ordem), para os níveis hierárquicos mais inferiores (atualmente o sistema brasileiro contempla o 
nível de sub grupo). Por outro lado, no sistema americano a hierarquia foi arquitetada do nível 
mais inferior (série) para os níveis superiores; 
2. No nível hierárquico de subordem, o Sistema Brasileiro considera a cor para alguns solos 
(Latossolo, Nitossolo, Argissolo e Luvissolo). Ao contrário, o sistema americano, dá muito pouca 
importância a coloração, priorizando o regime de umidade no perfil de solo. Na prática, esse 
aspecto tem enorme importância no manejo porque a água no solo é muito mais importante do que 
sua coloração; 
3. Enquanto que o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da Embrapa considera o horizonte A 
como superficial, o Sistema Americano considera o epipedon como o horizonte superficial (A), 
podendo incluir parte ou todo horizonte B; 
4. Nem todos Latossolos do Sistema Brasileiro correlacionam-se com os Oxisols do Sistema 
Americano. 
3. Internacional da FAO 
A Sociedade Internacional de Ciência do Solo, em 1960, recomendou a publicação da legenda do mapa 
de solos do Mundo na escala 1:5.000.000, para representar os solos do globo terrestre como referencial. 
Em 1969 foi publicado o primeiro mapa de solos do Mundo com aproximações ao longo do tempo, em 
1994 foi publicada com a legenda revisada, e 1998 como World Reference Base (WRB). 
A figura7 apresenta a hierarquia da legenda de solos da FAO considerando o primeiro e segundo níveis. 
 
Figura 7. Hierarquia da legenda de solos da FAO (1994). 
Diferenças entre os sistemas de classificação de solos do Brasil e 
dos Estados Unidos, e da FAO 
Não existe um sistema de classificação melhor do que o outro, cada um tem suas características próprias, 
o quadro abaixo mostra as diferenças dos sistemas brasileiro, americano e internacional. 
Muitos afirmam que o Sistema Americano é melhor do que o Brasileiro, mas na prática como enquadrar 
os solos brasileiros no nível de sub ordem que exige dados precisos dos regimes hídricos? 
Somente os Estados Unidos e não o Brasil dispõe desses dados de regime de umidade no solo. 
Existem grandes diferenças nos enfoques dos sistemas de classificação dos solos do Brasil (SiBCS, 
2006), dos Estados Unidos (SOIL TAXONOMY, 1999) e Internacional (WRB, 1998), quadro 20. A 
comparação da classificação dos solos no primeiro e segundo níveis consta nos quadros 1 e 2, 
respectivamente. 
Quadro 1. Principais diferenças entre os sistemas de classificação de solos. 
Critérios 
Sistema Brasileiro 
(SiBCS, 2013) 
Sistema Americano (Soil 
Taxonomy, 2006) 
Sistema Internacional 
(WRB/FAO,1998) 
Hierarquia 
Descendente (da ordem 
em direção a série) 
Ascendente (da série em direção a 
ordem) 
Descendente (do 
primeiro para o segundo 
nível) 
Primeiro nível 
(ordem) 
Presença ou ausência dos 
horizontes diagnósticos 
de superfície e de sub 
superfície 
Presença ou ausência dos horizontes 
diagnósticos de superfície e de sub 
superfície, ocorrência ou não do 
regime hídrico arídico. 
Diferenciados com base 
nos processos 
pedogenéticos 
Número de 
classes de solos 
no primeiro 
nível 
13 12 12 
Segundo nível 
(subordem) 
Atuação dos processos 
pedogenéticos 
Tipos de regime hídrico, e de 
horizontes diagnósticos 
Prefixos e sufixos 
relacionados com o 
manejo 
Terceiro nível 
(ordem) 
Condições químicas 
pedológicas; tipo e 
arranjo dos horizontes 
sub superficiais 
Condições químicas pedológicas, 
ocorrência ou não dos horizontes 
diagnósticos 
Não contempla 
Quarto nível 
(sub grupo) 
Solos típicos ou 
intermediários 
Solos típicos ou intermediários Não contempla 
Quinto nível 
(família) 
Atualmente não 
contempla 
Textura, mineralogia e regime de 
temperatura 
Não contempla 
Sexto nível 
(série) 
Atualmente não 
contempla 
Solos pedogeneticamente idênticos Não contempla 
Quadro 2. Comparação da classificação dos solos no primeiro nível da hierarquia. 
SiBCS (SiBCS, 2006) 
SOIL TAXONOMY (EUA, 
1999) 
WRB (1998) 
Neossolo Entisol Leptosol, Arenosol, Fluvisol 
Vertissolo Vertisol Vertisol 
Cambissolo Inceptisol Cambisol 
Planossolo Alfisol ou Ultisol Planosol 
Chernossolo Mollisols Chernozem 
SiBCS (SiBCS, 2006) 
SOIL TAXONOMY (EUA, 
1999) 
WRB (1998) 
Chernossolo Mollisols Kastanozem 
Chernossolo Mollisols Phaeozem 
Espodossolo Spodosol Podzol 
Argissolo Ultisol ou Alfisol Acrisol ou Alisol ou Lixisol 
Luvissolo Alfisol Luvisol 
Nitossolo Oxisol Nitisol 
Latossolo Oxisol Ferralsol 
Plintossolo Oxisol Plinthosol 
Organossolo Histosol Histosol 
- Andisol Andosol 
Neossolo Quartzarênico Psamment Ferralic Arenosol 
Neossolo Flúvico Fluvent 
Eutric ou Dystric ou Mollic ou Umbric 
Fluvisol 
Neossolo Litólico A moderado Udorthent ou Ustorthent Lithic Leptosol 
Vertissolo Háplico Udert ou Uster Eutric Vertisol 
Cambissolo Háplico Ochrept ou Umbrept Dystric ou Eutric ou Cromic Cambisol 
Planossolo Nátrico Udalf ou Ustalf Haplic Solonetz 
Chernossolo Argilúvico Udoll ou Ustoll Luvic Phaeozém 
Espodossolo Humilúvico Humod Carbic Podzol 
Espodossolo Ferrilúvico Ferrod Ferric Podzol 
Argissolo eutrófico Tb Udalf ou Ustalf Haplic Lixisol 
Luvissolo Crômico ou Háplico Udalf ou Ustalf Haplic Luvisol 
Argissolo distrófico ou álico Tb Udult ou Ustult Haplic Acrisol 
Argissolo distrófico ou álico Ta Udult ou Ustult Haplic Alisol 
Nitossolo Vermelho Udox ou Ustox Rhodic Nitisol 
Latossolo Vermelho Udox ou Ustox Ferralsol 
Latossolo Amarelo Udox ou Ustox Ferralsol 
Latossolo Vermelho-Amarelo Udox ou Ustox Ferralsol 
Plintossolo Háplico eutrófico Udox ou Ustox Eutric Plinthosol 
Plintossolo Háplico distrófico ou 
álico 
Udox ou Ustox Dystric Plinthosol 
Gleissolo Melânico Aquoll Mollic ou Umbric Gleysol 
Gleissolo Háplico Aqualf ou Aquult ou Aquox Dystric ou Eutric Gleysol 
Organossolo Háplico Fibrist ou Hemist Fibric Histosol 
Exemplo de enquadramento do solo pelos sistemas de classificação do Brasil, dos Estados Unidos e 
Internacional (WRB): Latossolo Vermelho ácrico do Sistema Brasileiro de Classificação do Solo de um 
local com regime hídrico údico como Assis. 
Pelo sistema americano, classifica-se unindo os prefixos Acric de ácrico, ud de údico e Ox de oxisol, 
resultando em Acrudox, se o regime hídrico fosse ústico (ust) seria Acrustox. No sistema internacional 
enquadra-se como Geric Ferralsol.

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