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LICENCIATURA EM HISTÓRIA PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP) POSTAGEM 2 ATIVIDADE 2 - CARTA AO PROFESSOR ANDRÉ CID MAGALHÃES LUIZ RA 0586522 São Paulo, 02 de maio de 2022. Caro professor André, A despeito de tudo que o colega tem passado na sala de aula, quero em primeiro lugar dizer que me solidarizo com a sua situação. Infelizmente o teu caso não é único na cadeia de ensino básico do nosso país. É bem verdade que a recorrência tem crescido, mas isso também não é somente por culpa da falibilidade de um “sistema” de causas e efeitos corrompido, mas por que hoje em dia, vivemos os reflexos de uma população que há muito vem sendo deixada de lado pelos nossos governos. Se por um lado vemos a desigualdade social crescer, por outro está a deficiência do ambiente escolar, que está continuadamente sendo desprivilegiado e desinvestido a cada ano. Fazendo com os futuros professores não existam mais, haja vista a precarização da carreira e má remuneração. O fato é, que muitos colegas te incentivarão a fazer vista grossa para que tudo vá bem, que a progressão continuada possa ser a causa que incentive a delinquência em sala de aula e a falta de autoridade do professor. Entretanto, não seriam estes os sintomas e não os problemas reais dessa situação vil pela qual o colega tem passado? A aproximação da escola com a comunidade e o maior preparo dos professores para atacar essa condição de frente não seriam mais eficazes? Contudo, creio que, não devemos admitir os excessos, ao ponto que se permita chegar ao extremo que é a agressão física. Como em todas as áreas de uma sociedade desigual e deslumbrada com a falta de oportunidade “real”, a subnotificação dessas situações faz com que não exista um sinal de alerta real para as nossas autoridades governamentais. Alunos como o que você tem enfrentado, por vezes são apenas a ponta do iceberg, de famílias disfuncionais e afetadas por todo uma grande somatória de problemas sociais multiplicados. Portanto o melhor a fazer é propor que a sua escola se aproxime da sua comunidade, que os professores sejam treinados e acompanhados psicologicamente e o aluno após ser abordado desde a primeira situação, seja encaminhado para os entes que possam ajudá-los. Se nada disso funcionar, recorra aos braços legais que possam te proteger, mas não deixe essa situação incólume. Pois o silêncio é o lugar onde habitam todos os opressores! Cordialmente, Cid Magalhães Luiz http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/observatorio-da-violencia/pesquisa-aponta- que-44-dos-professores-ja-sofreram-agressao-verbal-nas-escolas-estaduais-de-sp/. Os desafios da escola em face da violência e da globalização submeter-se ou resistir? Jacques Pain http://books.scielo.org/id/cbwwq/pdf/silva-9788579831096- Violência na escola e da escola: desafios contemporâneos à psicologia da educação Autoras: Fraulein Vidigal de Paula e Denise D’Aurea-Tardeli (orgs.) Editora: Universidade Metodista de São Paulo por Lucian da Silva Barros. https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-e-1-no-ranking-da-violencia-contra- professores-entenda-os-dados-e-o-que-se-sabe-sobre-o-tema.ghtml. https://www.qedu.org.br/brasil/pessoas/diretor. Indisciplina na escola: questões legais de interpretação desta problemática. Autores Claudeir Pereira da Silva e Luís Sérgio Peres HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 2013.
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