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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
ANTONIA CINTIA SANTANA DA SILVA
INDISCIPLINA O MAIOR DOS DESAFIOS DE UMA GESTÃO .
RIO DE JANEIRO
2019
ANTONIA CINTIA SANTANA DA SILVA
INDISCIPLINA O MAIOR DOS DESAFIOS DE UMA GESTÃO .
Trabalho de Pré-Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto
 Orientador : GEORGIA GOMES VICENTE
RIO DE JANEIRO
2019
Linha de Pesquisa: Políticas,Gestão, formação de Educador e Fundamentos da Educação.
TEMA: Gestão Escolar
TÍTULO: Indisciplina, o maior dos desafios de uma Gestão .
1. INTRODUÇÃO 
 
 A indisciplina escolar tem sido o tema de inúmeras discussões no meio educacional. É um fenômeno que não se limita apenas a alguma classe social, faixa etária, gênero ou cultura. A disciplina não deve ser entendida como uma força repressora dentro da sala de aula, mas como um instrumento de libertação humana, e trabalhada coletivamente,gestão, professores e família.
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA
 A presente pesquisa pretende invetigar os desafios vividos num ambiente escolar principalmente pela gestão. 
 O gestor escolar hoje é um profissional com muitos desafios, é um profissional que deve ter uma boa percepção do que está ao seu redor, saber administrar bem os recursos de sua escola, e enfrentar os problemas diários .
 Trabalhar com educação hoje é um grande desafio, e sem dúvida, o maior dos desafios enfrentados por profissionais de educação é a indisciplina.
 A família mudou, as leis ficaram brandas demais, os filhos não obedecem mais os seus pais, não respeitam mais ninguém, são basicamente tratados como intocáveis, e é esse aluno que nós recebemos na escola hoje, sendo um local com regras um pouco mais rígidas que sua casa, acaba gerando conflitos. 
 Os profissionais de educação já não são mais respeitos, já não têm mais dignidade, e muitos pais colocam a culpa pela indisciplina dos alunos nesses profissionais , o que é inaceitável pois é sabido que os profissionais da educação hoje têm de ser: os pais, o amigo, o psicólogo, dão suporte naquilo que muitos não tem em casa.
 O aluno indisciplinado apresenta atitudes violentas contra outros alunos e professores. Xingar, apelidar, amedrontar, bater, ferir, roubar, entre outras, já não pode ser consideradas como meras atitudes de imaturidade ou brincadeiras, e sim como algo sério pois ferem o direito do próximo.
 Alguns educadores acreditam que o Estatuto da Criança e do Adolescente facilita a indisciplina, de acordo com um estudo realizado pela PUC - SP. Em outras palavras, os professores relatam que a lei “passa a mão” na cabeça dos alunos violentos. Por outro lado, a escola pode e deve adotar medidas para diminuir esses atos de indisciplina que ocorrem no âmbito educacional. Mas é necessário esclarecer que a Lei nº 8.069/90 (ECA) tem o escopo de proteger a integridade da criança e do adolescente, preceito previsto no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, ou seja, reforçar a ideia de que crianças e adolescentes também são sujeitos de direitos como todo cidadão, portanto, precisam ser respeitados. E, ainda, demonstrar que os mesmos, não estão autorizados, de modo algum, a violar direitos de outros cidadãos porque também possuem deveres. 
 No entanto, são deveres que se enquadram à situação peculiar na qual se encontram, pois, são indivíduos em pleno desenvolvimento que precisam ser educados e preparados para o exercício da cidadania.
 Uma escola não existe sem os alunos, e nós educadores estamos lá por causa deles, e para a formação de uma pessoa com pensamento crítico e social, a escola tem em suas obrigações a formação de alunos prontos para a sociedade, por mais difícil que seja essa tarefa hoje em dia.
 Muitos desses alunos cada vez mais estão achando a escola um local ruim de se ficar, muitos vão à escola somente para socializar com os colegas, e durante as aulas muitas vezes o professor gasta tempo tentando controlar o mau comportamento dos alunos.
 De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os professores brasileiros gastam 20% do tempo da aula para controlar os alunos e 50% afirmam que a interrupção da aula é um acontecimento frequente o que muitas vezes gera punição.    
 Esta realidade põe as escolas e os educadores diante de um dilema. 
 Com base na pesquisa quais as possivéis soluções para administração do ambiente escolar?
2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA
 Sabe-se da importância do entendimento global do aluno em formação para o trabalho em prol de um desenvolvimento satisfatório em termos emocionais, cognitivos, pedagógicos e sociais. A criança passa grande parte de sua vida na escola e lá desenvolve e demonstra muitas de suas habilidades e limitações. É provável que fragilidades emocionais fiquem à mostra na escola. É comum que problemas externos à classe enfrentados pela criança interfiram em seu rendimento escolar cabendo ao professor, quando possível, detectar e denunciar que algo não está bem. (ARAMAN, 2009, p.145)
 A escola e a família podem unir forças para o combate desses transtornos. O professor como formador, deve estar atento aos sinais emitidos pelos alunos, podendo assim, buscar meios para que essa barreira possa der destruída. 6 
 
 Diante das dificuldades atuais,aposta- se em uma gestão mais democrática em que a figura do professor não seja apenas como único detentor do conhecimento, considerando sempre muito importante o capital cultural que os alunos trazem como relevantes no processo de ensino e aprendizagem.
 Para Libâneo (2004),a concepção democrático-participativa implica a busca de objetivos comuns pela direção,professores e demais profissionais da educação e a tomada coletiva de decisões que orienta cada um a assumir com responsabilidade sua parte na execução do acordo.
 Parra Perrenoud (2001) em sua obra “Dez Competênias para ensinar”o autor ressata que o diretor na Instituição tem como papel principal facilitar a cooperação desses diversos profissionais, apesar das diferenças de atribuições, de formação, de estatuto. “Coordenar o tratamento dos casos que requerem itervenções conjunta será tanto mais fácil se as pessoas se conhecerem, se falarem se estimarem repiprocamente e tiverem uma boa representação de suas tarefas e métodos respectivos de trabalho.Isso supõe atitudes e competências da parte de todos e e ainda mais necessário quando a organização escolar não prevê um chefe,ninguém tendo explicitamente a tarefa e a atoridade de favorecer a coexistência e a “cooperação de todos” p.104.
 Libâneo(1993) aponta que o ato educativo,como o trabalho pedagógico, não pode ser neutro,pois,se assim o for, torna - se uma prática sem compromisso com a promoção do educando, ou seja, reduz- se à mera transmissão de conteúdos de ensino Libâneo (1993)
 Para abordarmos a educação em uma perspectiva de mudança faz-se necessário retomarmos algumas bases do pensamento de Freire, num esforço inicial de compreendermos sobre quais transformações falamos e como a educação pode favorecer ou não esse processo de mudança. Partimos então de um entendimento de construção histórica de mundo, de sociedade e de homem, tomando-a como possibilidade e não como determinação. Freire (2002:85-86) nos explica que: O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da história, mas seu sujeito igualmente. No mundo da história, da cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar.
 
3. REFERÊNCIAS
ARAMAN, Elaine Maria de Oliveira. O trabalho do Pedagogo nos espaços educativos. 1 Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 20 (ARAMAN,2009, p.145)
LIBÂNEO,J.C. Didática. São Paulo:Cortez,1994. 
.- --- --- --- --- --- --- --- . Organização e gestão da escola: teoria e prática . 5 ed.Goiânia :Alternativa, 2004. 
PERRENOUD,Ph.(2000).Dez Novas Competências para Ensinar.Porto Alegre: Artmed Editora ( trad.en portugais de Dix nouvelles compétences pour ensigner. Invitation au voyage.Paris:ESF,1999 ).
Paulo Freire e a Gestão Democratica R. Adm. Educacional, Recife, v.3, n.9 , p.1-161, jan./jun., 2013 59

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