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PRIMEIROS SOCORROS conceito basico e xabcde

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PRIMEIROS SOCORROS 
Profª Esp. Rosana Freitas 
CALENDÁRIO DE ATIVIDADES
20/05- SE	XTA- FEIRA (apresentação simulativa)
Assuntos: XABCDE – ESCALA DE GLASGOW- PROCEDIMENTOS BÁSICOS. VALE 2,5 
27/05- SEXTA- FEIRA (PROVA OBJETIVA E DISSERTATIVA). 
Assuntos: procedimentos básicos, XABCDE, escala de Glasgow, ferimentos e sangramentos. VALE 5
CALENDÁRIO DE ATIVIDADES
03/06– SEXTA- FEIRA (APRESENTAÇÃO SIMULATIVA)
Assuntos: parto de emergência – parada cardiorrespiratória. VALE 2,5
06/06- SEGUNDA-FEIRA ( PROVA FINAL)
 Assuntos: convulsão- parada cardiorrespiratória –parto de emergência- abuso de drogas e álcool.
VALE 10
Entendendo os primeiros socorros
Para entender primeiros socorros é necessário saber alguns conceitos. Mostrados a seguir.
PRIMEIROS SOCORROS
São as primeiras intervenções feitas em pessoas que sofreram algum acidente ou mal-estar súbito, como um desmaio ou queimaduras. Nesse sentido, eles estancam a progressão do acidente e evitam que uma situação mais grave aconteça, inclusive o óbito do paciente.  
O objetivo é manter os sinais vitais do acidentado e garantir que ele se mantenha estável até a chegada do atendimento especializado.
PRESTADOR DE SOCORRO
É a pessoa leiga que, no exercício da cidadania e com o mínimo de conhecimento, pode identificar, auxiliar e acalmar a vítima e, em seguida, chamar por socorro especializado.
SOCORRISTA
É a pessoa treinada para prestar os primeiros-socorros; amenizando o sofrimento de outros no local da urgência/emergência; normalmente é a primeira pessoa treinada a entrar em contato com a vítima
E OS TECNICOS DE ENFERMAGEM?
É importante ressaltar que de acordo com a Portaria 824/GM de 1999, o auxiliar e o técnico de enfermagem podem atuar como socorristas fora do ambiente hospitalar, desde que sejam habilitados e credenciados para “integrar a guarnição de ambulâncias do serviço de atendimento pré-hospitalar”.
SITUAÇÕES DE SOCORRO
Define-se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. 
SITUAÇÕES DE SOCORRO
Emergência é compreendido como “a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.
MALETA DE PRIMEIROS SOCORROS 
O QUE É TRAUMA?
O termo “trauma” é usado para definir ou descrever as lesões causadas por um evento que gera um ferimento de maneira inesperada, ou seja, envolvem danos causados por acidentes diversos, violência ou agressões, que podem ocasionar feridas graves e afetar órgãos, de modo que precisam ser tratados de forma ágil por especialistas. 
A HISTÓRIA DO ABCDE DO TRAUMA
Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner pôde perceber as fragilidades dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de traumas.
Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo ABCDE do trauma, que passou a ser empregado em diversas regiões do mundo a partir de 1978. Naquele ano, inclusive, foi ministrado o primeiro curso sobre o tema.
MUDANÇA (INCLUSÃO DO ‘X’)
O famoso mnemônico do trauma “abcde” ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no capítulo 6 , mais uma letra. O “x’ de hemorragia exsanguinante ou seja hemorragia externa grave. 
O APH sofreu uma substancial alteração, dando mais ênfase às grandes hemorragias externas, antes mesmo do controle cervical ou da abertura das vias aéreas! 
O QUE É O XABCDE DO TRAUMA?
O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. 
Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável a todos as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade.
QUAL É O PRINCIPAL OBJETIVO DO XABCDE?
O protocolo tem como principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo de trauma.
CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR
Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário atentar-se a itens essenciais para salvaguardar a vida da equipe.
avaliação da segurança da cena;
uso de EPI’s;
sinalização da cena (Ex. dispor cones de isolamento na pista).
(X) – EXSANGUINAÇÃO
Contenção de hemorragia externa grave
Deve ser feita antes mesmo do manejo das vias aérea.
apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves.
(A) – VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL
Realizar a avaliação das vias aéreas 
Para manutenção das vias aéreas utiliza-se das técnicas: 
“chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de ponta rígida; 
“jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel).
(A) – VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL
Realizar a proteção da coluna cervical. 
Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar movimentos que lesione a medula.
A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. 
Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos!
(B) – BOA VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO
Analisar se a respiração está adequada e atentar-se para:
Frequência respiratória, 
Inspeção dos movimentos torácicos, 
Cianose, 
Desvio de traqueia 
Observação da musculatura acessória 
Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.
Exame do abdômen 
INSPEÇÃO + PALPAÇÃO+ AUSCULTA+ PERCUÇÃO 
ABDÔMEN GLOBOSO OU DISTENDIDO
 PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE RUÍDOS HIDROAÉREOS 
DOR A PALPAÇÃO PROFUNDA E SUPERFICIAL
DESCOMPRESSÃO BRUSCA ( PROFUNDA)/ SINAL DE BLUMBERG 
(C) – Circulação com Controle de Hemorragias
No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte no trauma.
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdômen e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência.
Classificando o Choque Hipovolêmico
QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA REPOSIÇÃO VOLÊMICA?
O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carrear O2 ou as plaquetas necessárias no processo de coagulação e controle de hemorragias.
(D) – Disfunção Neurológica
No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas.
Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de coma de Glasgow atualizada.
(E) – Exposição Total do Paciente
No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc.
A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente
 Escala de Coma de Glasgow
A Escala de Coma de Glasgow é amplamente utilizada por diversos profissionais da saúde, especialmente por aqueles que trabalham no âmbito hospitalar, com o intuito de definir o estado neurológico de pacientes a partir daanálise de seu nível de consciência. É uma ferramenta bastante útil para traçarmos prognósticos da vítima e prevenirmos eventuais sequelas.
Em 2018, essa escala sofreu algumas modificações importantes na sua aplicação, com o intuito de que fossem obtidas informações mais precisas sobre o prognóstico do paciente.
 
Mudança no score total: 1 a 15 pontos
 
Na antiga versão da Escala de Coma de Glasgow, a pontuação variava de 3 a 15 pontos.
Agora, na nova versão, a escala varia de 1 a 15 pontos.
Isso acontece porque, na nova aplicação, pontuaremos normalmente todos os outros critérios e, após a nota final, o score da reatividade pupilar será subtraído!
Como assim?
O cálculo do score será feito da seguinte forma:
Escore final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2]
Caso todos os critérios estejam normais, teremos um escore de 15 (afinal, as pupilas normais significam 0 pontos a menos!). Entretanto, caso o paciente apresente a menor pontuação em todos os critérios, teremos o escore final de 1!
 Inclusão de “critério não-testável”
Sabemos que nem todos os pacientes são susceptíveis a serem avaliados da forma como a antiga Escala de Glasgow propõe. Por exemplo: pacientes amputados não necessariamente terão uma avaliação fidedigna da resposta motora; pacientes que apresentam surdez não serão responsivos a comandos verbais; pacientes com algum quadro de afasia não necessariamente conseguirão emitir respostas verbais adequadas.
Considerando essas necessidades tão individuais, além das pontuações nos critérios previamente estabelecidos, podemos agora marcá-los como “NÃO TESTÁVEL” (NT)
Resposta pupilar : 
parcial: apenas uma pupila reage ao estimulo de luz.
3+3+5= 11 – 1= 10
ECG-P= 10
PROVA
1-Em uma enfermaria neurológica, é comum no preenchimento da admissão a verificação de uma escala que avalia o estado de consciência, pontuando padrões de abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. Trata-se da escala de: 
A- PHILLIP
B- HEIMLICH
C- ALLEN
D- CINCINNATI
E- GLASGOW
2- A escala de coma de Glasgow é uma ferramenta útil na avaliação neurológica durante a avaliação primaria. Recentemente, a escala foi atualizada com acréscimo da avaliação da resposta pupilar, que altera o escore geral:
A- somando um ponto ao valor total da escala, se apenas uma pupila reage ao estimulo luminoso, e dois pontos, se nenhuma pupila reage.
B- somando dois pontos ao valor total da escala, se apenas uma pupila reage ao estimulo luminoso, e quatro pontos, se nenhuma pupila reage.
C- subtraindo um ponto do valor total, se apenas uma pupila reage ao estimulo luminoso, e dois pontos, se nenhuma pupila reage. 
3- o exame primário de um paciente politraumatizado compreende uma sequencia de ações conhecidas como ABCDE do trauma, que foi atualizado para XABCDE.
As primeiras ações no atendimento a esse paciente devem ser voltadas para:
A- a estabilização da coluna cervical.
B- o suporte ventilatório adequado. 
C- avaliação inicial do estado neurológico.
D- a verificação da permeabilidade das vias aéreas.
E- o controle de hemorragias externas graves. 
4- Emergências são consideradas condições que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte exigindo, portanto, tratamento médico imediato. Já urgência, é uma ocorrência imprevista com ou sem risco potencial á vida, onde o individuo necessita de assistência médica imediata.
(x )- certo 
( )- errado
5-Descreva as avaliações das respectivas letras do XABCDE
X
A
B
C
D
E
FERIMENTOS E SANGRAMENTOS
Ferimento é qualquer lesão ou perturbação produzida em qualquer tecido por um agente externo, físico ou químico. 
Os agentes capazes de produzir um ferimento podem ser físicos (mecânico, elétrico, irradiante e térmico) e químicos (ácidos ou álcalis).
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS FERIMENTOS
2.1. Ferimentos Fechados
São os ferimentos onde não existe solução de continuidade da pele, a pele se mantém íntegra. 
Contusão: lesão por objeto contundente que danifica o tecido subcutâneo subjacente, sem romper a pele. 
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS FERIMENTOS
2.1. Ferimentos Fechados
Hematoma: extravasamento de sangue no subcutâneo com formação de coleção (aumento de volume), pela ruptura de veias e arteríolas, conseqüência de uma contusão. Quando localizado no couro cabeludo, é o hematoma subgaleal. 
Equimose: extravasamento de sangue no subcutâneo sem formação de coleção, conseqüência da ruptura de capilares.
HEMATOMA
EQUIMOSE
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS FERIMENTOS
2.2. Ferimentos Abertos
São os ferimentos que rompem a integridade da pele, expondo tecidos internos, geralmente com sangramento. Também são denominados feridas.
Incisivas/cortantes: produzidas por agentes vulnerantes cortantes, afiados, capazes de penetrar a pele (bisturi, faca, estilete etc), produzindo ferida linear com bordas regulares e pouco traumatizadas.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS FERIMENTOS
2.2. Ferimentos Abertos
Contusas: causadas por objetos com superfície romba (instrumento cortante não muito afiado - pau, pedra, soco etc.), capazes de romper a integridade da pele, produzindo feridas com bordas traumatizadas, além de contusão nos tecidos arredores. São as feridas cortocontusas.
 Perfurantes: o objeto que as produz a ferida é geralmente fino e pontiagudo, capaz de perfurar a pele e os tecidos subjacentes, resultando em lesão cutânea puntiforme ou linear, de bordas regulares ou não.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS FERIMENTOS
2.2. Ferimentos Abertos
Escoriações ou abrasões: produzidas pelo atrito de uma superfície áspera e dura contra a pele, sendo que somente esta é atingida. Freqüentemente contém partículas de corpo estranho (cinza, graxa, terra).
Avulsão ou amputação: ocorre quando uma parte do corpo é cortada ou arrancada (membros ou parte de membros, orelhas, nariz etc.).
Lacerações: quando o mecanismo de ação é uma pressão ou tração exercida sobre o tecido, causando lesões irregulares. Os exemplos são inúmeros. 
ATENDIMENTO A VITIMA DE FERIMENTO
Controle do ABC e análise do mecanismo de lesão. 
Expor o ferimento ara inspeção. 
Controle do sangramento. 
Limpeza de superfície da lesão. 
Proteção com gaze estéril.
Bandagem triangular ou atadura de crepe para fixar a gaze. Certifique-se da presença de pulso distal após a colocação da bandagem porque pode estar muito apertada.
ATENDIMENTO A VITIMA DE FERIMENTO
Mantenha a vítima imóvel, quando possível. Movimentos desnecessários podem precipitar ou aumentar sangramentos.
Conforte a vítima, informando os procedimentos adotados, assim ela se tranqüiliza e colabora com o atendimento. Ferimentos, Curativos e Bandagens
Cuidados para choque hipovolêmico como: oxigênio, aquecimento e elevação de MMII nos ferimentos graves com sangramentos importantes. 
Não retardar o transporte desnecessariamente.
HEMORRAGIA 
Uma vez que na hemorragia externa pode haver uma grande perda de sangue em pouco tempo, é importante ir ao pronto-socorro o mais rápido possível, especialmente se for uma ferida muito extensa ou se não parar de sangrar ao fim de 5 minutos.
Já no caso da hemorragia interna o sangramento pode ser mais difícil de identificar, mas ainda assim deve ser ser avaliado por um médico. Por isso, se existir suspeita de uma hemorragia, deve-se sempre ir ao hospital
COMO ACONTECE A HEMORRAGIA
A hemorragia acontece devido a uma lesão de diferentes vasos da circulação sanguínea, podendo ser classificada como:
CAPILAR 
É o sangramento mais comum, que acontece no dia-a-dia, geralmente, devido a pequenos cortes ou escoriações, em que apenas os pequenos vasos que chegam até a superfície do corpo, chamados de capilares, são atingidos.
O que fazer: como este tipo de hemorragia é leve e de pequena quantidade, o sangramento costuma parar apenas com a aplicação de alguma pressão no local por 5 minutos. Após parar, pode-se lavar o local com cuidado, utilizando água e sabão e, depois, cobrir com um curativo limpo e seco.
VENOSA 
É a hemorragia que acontece devido a algum corte grande ou mais profundo,com sangramento em fluxo contínuo e lento, por vezes de grande volume, através da ferida.
O que fazer: este tipo de sangramento só é grave quando se atinge uma veia de grosso calibre, e, por isso, costuma parar com a compressão do local, com um pano limpo. Deve-se procurar o pronto-socorro pois, geralmente, é necessária a realização de uma sutura da ferida para que não haja risco de infecção ou novo sangramento
ARTERIAL 
É o tipo de hemorragia em que são atingidas as artérias, isto é, os vasos que levam sangue do coração ao resto do corpo e, por isso, têm sangue vermelho vivo, com grande fluxo e intensidade. O sangramento arterial é o tipo mais grave, e pode, até, provocar jatos de sangue para locais distantes do corpo e risco de morte.
O que fazer: como é um sangramento grave, deve ser parado o mais rápido possível, com a compressão forte do local com panos limpos ou com a realização de um torniquete, pois é uma hemorragia de mais difícil controle. Deve-se ir rapidamente ao pronto-socorro ou ligar para o 192. Se o sangramento for em um braço ou perna, pode-se elevar o membro para facilitar a contenção.
O torniquete não deve ficar muito tempo impedindo a circulação, pois, se esta ficar ausente por um longo período, pode causar morte dos tecidos desse membro, o que reforça a importância de chegar rapidamente ao pronto socorro.
SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA
Os sintomas provocados por um sangramento dependem não só da origem, mas também da sua localização, podendo ser classificada em:
Hemorragia externa
Quando a hemorragia é externa pode-se, facilmente, notar a sua presença, pela exteriorização de sangue. Sua quantidade e intensidade depende do tipo de vaso afetado, e se é uma região do corpo com muitos vasos. Por exemplo, cortes no couro cabeludo causam mais sangramento, mesmo sendo pequenos, pois é uma região muito vascularizada.
SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA
Hemorragia interna
Quando é interna, pode ser mais difícil de identificar, porém os sinais que indicam a presença de uma hemorragia deste tipo são:
Palidez e cansaço;
Pulso rápido e fraco;
Respiração acelerada;
Muita sede;
Queda da pressão;
Náuseas ou vômitos com sangue;
Confusão mental ou desmaios;
Muita dor do abdômen, que fica endurecido.
Na suspeita de uma hemorragia interna, deve-se procurar o pronto-socorro o mais rápido possível, para que sejam feitos os procedimentos ou cirurgias necessárias para que seja contida.
Uma das formas de hemorragia interna mais frequente é a cerebral, que leva ao surgimento de um AVC hemorrágico. Saiba como identificar os primeiros sinais de AVC.
OUTROS TIPOS DE HEMORRAGIA
Na presença destes tipos de sangramento, também deve-se procurar o pronto-socorro, para que o médico solicite exames que indiquem a causa da hemorragia. 
Nas fezes, devido a uma lesão no intestino ou hemorroidas, por exemplo, que é a hemorragia digestiva baixa;
Na tosse, também conhecida como hemoptise, que acontece devido a infecções respiratórias, lesões nos pulmões ou câncer, por exemplo;
No útero, devido a alterações menstruais ou miomas, por exemplo;
Na urina, causado por infecções ou cálculos urinários;
No nariz, ou epistaxe, devido a espirros ou irritação da mucosa do nariz.
EPISTAXE
A epistaxe é considerada uma emergência altamente prevalente na otorrinolaringologia. A maioria dos casos são autolimitados, entretanto até 6% das ocorrências necessitarão de algum tipo de intervenção. 
Desse modo, é fundamental que emergencistas saibam realizar o atendimento inicial, promovendo controle do sangramento e identificando situações que indiquem atendimento especializado.
COMPREENDENDO A EPISTAX
O sangramento é resultado do dano à mucosa nasal e às paredes dos vasos dessa região, levando à ruptura desses tecidos. Esse fenômeno pode ocorrer de forma espontânea em atividades diárias, como por exemplo, na manobra de valsalva ao levantar peso desencadeando elevação da pressão local.
Os principais fatores predisponentes de epistaxe são distúrbios locais como: 
trauma, 
corpo estranho, 
neoplasias e
modificação da mucosa nasal em consequência à baixa umidade do ar. 
Além disso, o sangramento nasal também pode ocorrer devido a distúrbios sistêmicos, como: discrasias sanguíneas, drogas anticoagulantes e antiplaquetárias, falência orgânica e consumo de álcool.
MANEJO DO SANGRAMENTO INATIVO
A maioria dos sangramentos nasais são autolimitados. Na chegada do paciente com história recente de epistaxe, deve-se:
Proceder à lavagem da cavidade com soro fisiológico e a remoção de coágulos. 
Realizar o exame com espéculo nasal, a fim de identificar o foco de sangramento. 
Manter o paciente em observação por aproximadamente 30 minutos, devido ao risco de recorrência.
MANEJO DO SANGRAMENTO ATIVO
Estabilização do paciente 
Avaliar se as vias aéreas estão pérvias e ventilando adequadamente.
Verificar sinais vitais e avaliar estado hemodinâmico. 
Questionar sobre intensidade, volume e duração do sangramento. 
Interrogar sobre episódios anteriores e fatores predisponentes (uso de anticoagulantes, cocaína ou trauma, cirurgia e discrasias sanguíneas). 
Posicionar o paciente sentado com leve inclinação do tronco para frente. 
Orientar a não levantar a cabeça, a fim de que o sangue seja eliminado pelas fossas nasais e não deglutido ou aspirado.
Solicitar a compressão digital bilateral contra o septo logo abaixo do 
limite ósseo-cartilaginoso da aba nasal (zona K) por no mínimo 10 minuto
HEMORRAGIA VAGINAL 
HEMORRAGIA VAGINAL ANORMAL
Se existe uma hemorragia vaginal anormal quando há perdas de sangue por via vaginal que não aparecem na altura esperada ou que surgem em grandes quantidades (durante mais de sete dias).
À partida, há que considerar a situação menstrual da mulher:
 - Se tem menstruações normais,
 - se tem menstruações irregulares e com falhas,
 - se é muito jovem ou está perto da menopausa,
 - ou se já está na menopausa.
Hemorragia genital anormal
é um sinal revelador de problema de saúde da mulher, relativamente frequente na prática clínica de um médico de família.
Define-se como uma perda hemorrágica por via vaginal, que não ocorre na altura esperada, com intervalo inferior a vinte um dias ou superior a trinta e seis dias (em relação à última menstruação), que dura mais de sete dias e que surge em grande quantidade (superior a 80 ml).
Este tipo de hemorragia tanto pode ocorrer em mulheres com ciclos ovulatórios normais, como naquelas que têm ciclos anovulatórios. Neste último caso, se a hemorragia ocorrer na ausência de lesão anatómica designa-se de disfuncional.
Perante uma doente com este sinal, o objetivo inicial da avaliação do médico de cuidados de saúde primários, é o de distinguir entre uma doença funcional ou orgânica, o que irá ser determinante na orientação e terapêutica da mulher.

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