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Plantas da Mata Atlântica

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Plantas da Mata 
Atlântica 
Guia de Árvores e Arbustos da Usina 
São José (Pernambuco) 
Maria Teresa Buril 
Aline Melo 
Anderson Alves-Araújo 
Marccus Alves 
(Editores) 
Recife - 2013 
	
  
	
  
	
  
	
  
Plantas	
  da	
  Mata	
  Atlântica	
  
-­‐	
  Guia	
  de	
  Árvores	
  e	
  Arbustos	
  da	
  Usina	
  São	
  José	
  (Pernambuco)	
  -­‐	
  
	
  
Maria	
  Teresa	
  Buril	
  
Aline	
  Melo	
  
Anderson	
  Alves-­‐Araújo	
  
Marccus	
  Alves	
  
(Editores)	
  
	
  
	
  
Laboratório	
  de	
  Morfo-­‐Taxonomia	
  Vegetal	
  
Universidade	
  Federal	
  de	
  Pernambuco	
  
www.morfotaxonomia.com	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Recife	
  -­‐	
  2013	
  
-­‐	
  Apresentação	
  -­‐	
  
	
  
O	
   objetivo	
   deste	
   livro	
   “Plantas	
   da	
   Mata	
   Atlântica	
   -­‐	
   Guia	
   de	
  
Identificação	
   de	
   Árvores	
   e	
   Arbustos	
   da	
   Usina	
   São	
   José	
   (Pernambuco)”	
   é	
  
auxiliar	
  no	
  reconhecimento	
  e	
   identificação	
  de	
  espécies	
  vegetais	
   frequentes	
  na	
  
paisagem	
   da	
   Usina	
   São	
   José	
   e	
   em	
   fragmentos	
   Floresta	
   Atlântica	
   de	
   Terras	
  
Baixas	
  ao	
  norte	
  do	
  Rio	
  São	
  Francisco.	
  	
  
Dois	
   grandes	
   projetos	
   de	
   pesquisa	
   foram	
   desenvolvidos	
   na	
   USJ,	
  
totalizando	
  seis	
  anos	
  de	
  estudos	
   intensivos	
   (2007-­‐2013).	
  Até	
  o	
  momento,	
   são	
  
conhecidas	
  mais	
  de	
  800	
  espécies	
  de	
  Angiospermas	
  e	
  diversas	
  famílias	
  já	
  foram	
  
monografadas	
  e	
  publicadas	
  no	
  periódico	
  Rodriguesia	
  desde	
  2010.	
  	
  
	
   As	
  expedições	
  de	
  campo	
  foram	
  concentradas	
  em	
  nove	
  fragmentos	
  de	
  
diversos	
   tamanhos:	
  Pezinho,	
  Santa	
  Helena	
  e	
  Vespas	
   (considerados	
  pequenos),	
  
BR,	
   Chave	
   e	
  Cruzinha	
   (médios)	
   e	
  Macacos,	
   Piedade	
  e	
   Zambana	
   (considerados	
  
grandes).	
  
Neste	
   Guia	
   são	
   ilustradas	
   106	
   espécies	
   de	
   árvores	
   e	
   arbustos,	
  
representando	
  mais	
  de	
  10%	
  da	
  diversidade	
  da	
  área,	
  e	
  cada	
  página	
  apresenta:	
  1.	
  
Fotos	
  diagnósticas,	
  2.	
  Epíteto	
  específico,	
  3.	
  Nome	
  popular,	
  quando	
  disponível,	
  
4.	
   Descrição	
   sucinta,	
   5.	
   Comentários	
   de	
   distribuição	
   geográfica,	
   6.	
   Dados	
   de	
  
fenologia.	
   	
   Para	
   as	
   informações	
   de	
   distribuição	
   geográfica,	
   foram	
   utilizadas	
  
bibliografias	
  especializadas	
  e	
  a	
  Lista	
  de	
  Espécies	
  da	
  Flora	
  do	
  Brasil	
   (2013).	
  Por	
  
último,	
  é	
  apresentada	
  a	
  distribuição	
  da	
  espécie	
  nos	
   limites	
  da	
  Usina	
  São	
  José,	
  
assim	
  como	
  sua	
  fenologia.	
  As	
  amostras	
  estão	
  depositadas	
  no	
  herbário	
  Geraldo	
  
Mariz	
  (UFP),	
  da	
  Universidade	
  Federal	
  de	
  Pernambuco	
  e	
  as	
  famílias	
  e	
  nomes	
  das	
  
espécies	
  seguiram	
  o	
  APG	
  III.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
-­‐	
  Agradecimentos	
  -­‐	
  
 
Os	
  editores	
  gostariam	
  de	
  agradecer	
  a	
  todos	
  que	
  colaboraram	
  com	
  a	
  produção	
  
deste	
  guia,	
  entre	
  eles:	
  
	
  
Ao	
  Projeto	
  “Sustentabilidade	
  de	
  remanescentes	
  de	
  Floresta	
  Atlântica	
  e	
  suas	
  
implicações	
  para	
  conservação	
  e	
  desenvolvimento	
   local”,	
   com	
  o	
   financiamento	
  
do	
   BMBF/Alemanha	
   e	
   CNPq/Brasil,	
   através	
   do	
   qual	
   a	
   iniciou	
   os	
   estudos	
  
botânicos	
  na	
  Usina	
  São	
  José	
  (2007-­‐2009).	
  
Às	
  coordenadoras	
  do	
  Projeto	
  acima	
  citado,	
  Dra.	
  Ana	
  Carolina	
  Borges	
  Lins	
  e	
  
Silva	
   e	
   Dra.	
   Maria	
   de	
   Jesus	
   Nogueira	
   Rodal,	
   ambas	
   da	
   Universidade	
   Federal	
  
Rural	
  de	
  Pernambuco.	
  
Aos	
  Projetos	
  vinculados	
  ao	
  Projeto	
  Floresta	
  Atlântica	
  do	
  Nordeste	
  (PFA),	
  sob	
  
financiamento	
   do	
   CNPq,	
   CAPES,	
   “U.S.	
   National	
   Science	
   Foundation	
   (DEB-­‐
0946618)”,	
   “Velux	
   Stiftung”	
   e	
   a	
   “Beneficia	
   Foundation”,	
   através	
   dos	
   quais	
   foi	
  
possível	
  a	
  realização	
  de	
  coletas	
  desde	
  2010	
  até	
  o	
  presente	
  momento	
  e	
  tornou	
  
possível	
  esta	
  publicação.	
  	
  
Aos	
   coordenadores	
   do	
   PFA,	
   Dra.	
   Maria	
   Regina	
   Vasconcelos	
   Barbosa,	
   da	
  
Universidade	
   Federal	
   da	
   Paraíba	
   e	
   Dr.	
   William	
   Wayt	
   Thomas,	
   do	
   New	
   York	
  
Botanical	
  Garden,	
  Estados	
  Unidos.	
  
Aos	
   curadores	
   dos	
   Herbários	
   visitados,	
   bem	
   como	
   aos	
   especialistas	
  
consultados	
  para	
  a	
  identificação	
  das	
  espécies.	
  	
  
À	
   Universidade	
   Federal	
   de	
   Pernambuco,	
   pela	
   estrutura	
   especialmente	
   ao	
  
Herbário	
   UFP	
   e	
   respectiva	
   curadora	
   Biól.	
   Marlene	
   Barbosa.	
   Ao	
   Programa	
   de	
  
Pós-­‐graduação	
  em	
  Biologia	
  Vegetal	
  pelo	
  apoio	
  durante	
  a	
  execução	
  dos	
  projetos	
  
na	
  área	
  estudada.	
  	
  
À	
  equipe	
  gestora	
  da	
  Usina	
  São	
   José/Grupo	
  Cavalcanti-­‐Petribú,	
  pelo	
  acesso	
  
às	
  áreas	
  de	
  estudo.	
  
Ao	
  auxiliar	
  de	
  campo	
  Marcos	
  Chagas.	
  	
  
A	
   todos	
   os	
   autores	
   das	
   espécies	
   incluídas	
   nesse	
   Guia	
   e	
   demais	
  
colaboradores	
   do	
   Laboratório	
   de	
   Morfo-­‐taxonomia	
   Vegetal,	
   da	
   Universidade	
  
Federal	
   de	
   Pernambuco,	
   pelo	
   esforço	
   e	
   dedicação	
   as	
   descrições,	
   coleta	
   de	
  
amostras	
   e	
   fotografias	
   dos	
   táxons,	
   o	
   que	
   tornou	
   este	
   guia	
   possível.
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
6	
  
	
  
	
  -­‐	
  INTRODUÇÃO	
  -­‐	
  
	
  
A	
  Mata	
  Atlântica	
  nordestina	
  e	
  a	
  paisagem	
  na	
  Usina	
  São	
  José	
  
	
  
Ana	
  Carolina	
  Borges	
  Lins	
  e	
  Silva	
  (UFRPE)	
  
Maria	
  Jesus	
  Nogueira	
  Rodal	
  (UFRPE)	
  
	
  
Pensar	
   sobre	
  a	
  mata	
  atlântica	
  nordestina,	
  especialmente	
  ao	
  norte	
  do	
  
Rio	
   São	
   Francisco,	
   nos	
   dias	
   presentes,	
   remete-­‐nos	
   a	
   paisagens	
   nos	
   quais	
   as	
  
florestas	
   são	
  manchas	
   pequenas	
   e	
   irregulares,	
   imersas	
   em	
  extensos	
   canaviais	
  
ou	
   em	
   áreas	
   urbanas.	
   A	
   História	
   conta	
   que	
   essas	
   paisagens	
   tornaram-­‐se	
  
fragmentadas	
   e	
   empobrecidas,	
   inicialmente,	
   devido	
   à	
   extração	
   madeireira	
  
seletiva,	
   em	
   especial	
   do	
   pau-­‐brasil,	
   entre	
   os	
   séculos	
   XVI	
   e	
   XVII,	
   seguida	
   da	
  
derrubada	
   para	
   substituição	
   por	
   pastagens	
   e	
   agricultura,	
   destacando-­‐se	
   o	
  
monocultivo	
  da	
   cana-­‐de-­‐açúcar,	
   com	
  grande	
   impulso	
  no	
  Nordeste	
   a	
   partir	
   do	
  
século	
   XVIII	
   e,	
   por	
   fim,	
   para	
   expansão	
   de	
   núcleos	
   urbanos	
   e	
   industriais,	
   no	
  
século	
   XX	
   (CÂMARA,	
   2005).	
   Os	
   atuais	
   remanescentes,	
   embora	
   severamente	
  
impactados,	
  são	
  resquícios	
  de	
  um	
  bioma	
  que	
  exibe	
  o	
  status	
  de	
  ser,	
  ao	
  mesmo	
  
tempo,	
   um	
   dos	
   mais	
   ricos	
   em	
   biodiversidade	
   e	
   endemismo,	
   e	
   um	
   dos	
   mais	
  
ameaçados	
   do	
   mundo.	
   Um	
   bioma	
   que	
   está	
   reduzido,	
   nas	
   estimativas	
   mais	
  
recentes,	
   a	
   11,4%	
  da	
   sua	
   cobertura	
   original	
   (RIBEIRO	
  et	
   al.,	
   2009)	
   e	
   que,	
   por	
  
essesmotivos,	
   figura	
   entre	
   as	
   34	
   regiões	
   de	
   maior	
   prioridade	
   para	
   a	
  
conservação	
  da	
  diversidade	
  biológica	
  no	
  planeta	
  (MITTERMEIER	
  et	
  al.,	
  2005).	
  	
  
Aparentemente	
  conflitantes	
  as	
  demandas	
  de	
  conservação	
  e	
  o	
  cenário	
  
da	
  mata	
  atlântica	
  no	
  Nordeste.	
  Por	
  um	
  lado,	
  são	
  urgentes	
  iniciativas	
  de	
  estudo,	
  
que	
   visem	
   à	
   coleta	
   de	
   dados	
   de	
   campo,	
   catalogação	
   de	
   espécies	
   e	
  
conhecimento	
  dos	
  padrões	
  e	
  processos	
  ecológicos	
  e	
  sua	
  dinâmica	
  em	
  paisagens	
  
7	
  
	
  
fragmentadas,	
   além	
   de	
   medidas	
   conservacionistas	
   estratégicas,	
   tais	
   como	
   a	
  
criação	
  de	
  áreas	
  protegidas	
  e	
   restauração	
   florestal,	
   com	
  base	
  na	
  aplicação	
  do	
  
conhecimento	
  adquirido.	
  Por	
  outro	
  lado,	
  fragmentos	
  de	
  floresta	
  atlântica	
  estão	
  
nas	
   propriedades	
   privadas	
   canavieiras,	
   sujeitos	
   aos	
   impactos	
   das	
   práticas	
  
agrícolas	
  e	
   industriais.	
  Planejar	
  a	
  conservação	
  e	
  atender	
  às	
  suas	
  demandas	
  de	
  
pesquisa	
  e	
  proteção	
  legal	
  nessas	
  paisagens	
  configura	
  um	
  grande	
  desafio	
  e	
  exige	
  
uma	
  total	
  mudança	
  em	
  relação	
  aos	
  paradigmas	
  conservacionistas	
  vigentes	
  até	
  
o	
  século	
  XX.	
  Olhando	
  para	
  frente,	
  percebe-­‐se	
  que	
  a	
  chance	
  de	
  conservação	
  está	
  
no	
  estabelecimento	
  de	
  parcerias	
  com	
  a	
   indústria	
  canavieira,	
  que	
  hoje	
  atua	
  na	
  
preservação	
  de	
  reservas,	
  proteção	
  de	
  mananciais	
  e	
  reflorestamento	
  (TABARELLI	
  
&	
   RODA,	
   2005).	
   Como	
   resultado	
   dos	
   esforços	
   conjuntos	
   pela	
  Mata	
   Atlântica,	
  
parcerias	
   entre	
   proprietários	
   de	
   terra	
   e	
   grupos	
   de	
   cientistas	
   têm	
   se	
  
estabelecido,	
   gerando	
   importantes	
   bancos	
   de	
   dados	
   e	
   expressivo	
   número	
   de	
  
artigos	
  científicos.	
  	
  
A	
   propriedade	
   canavieira	
   Usina	
   São	
   José/	
   Grupo	
   Cavalcanti-­‐Petribú	
  
ocupa	
   cerca	
   de	
   240	
   km2	
   no	
   cenário	
   da	
   Zona	
   da	
   Mata	
   Norte	
   do	
   Estado	
   de	
  
Pernambuco,	
   Nordeste	
   do	
   Brasil,	
   com	
   porção	
   principal	
   no	
   município	
   de	
  
Igarassu	
   e	
   partes	
   nos	
  municípios	
   de	
   Goiana,	
   Itaquitinga,	
   Itapissuma,	
   Abreu	
   e	
  
Lima	
   e	
   Araçoiaba	
   (Figura	
   1).	
   Tão	
   vasta	
   área,	
   um	
   recorte	
   de	
   paisagem	
   que	
  
coincide	
  em	
  grande	
  parte	
  com	
  a	
  bacia	
  hidrográfica	
  dos	
  rios	
  Botafogo-­‐Arataca,	
  
resguarda	
  uma	
  cobertura	
  de	
  25%	
  de	
  florestas	
  remanescentes,	
  que	
  constituem	
  
um	
   dos	
  mais	
   importantes	
   conjuntos	
   florestais	
   no	
   estado,	
   de	
   alta	
   diversidade	
  
tanto	
  de	
  ambientes	
  quanto	
  de	
  espécies.	
  Dada	
  a	
  sua	
  importância	
  biológica	
  e	
  seu	
  
valor	
  para	
  pesquisa,	
  ensino,	
  lazer	
  e	
  educação	
  ambiental,	
  além	
  da	
  relevância	
  na	
  
proteção	
  dos	
  recursos	
  hídricos,	
  do	
  relevo	
  e	
  do	
  solo,	
  esta	
  região	
  integra,	
  desde	
  
1993,	
  a	
  área	
  piloto	
  “Complexo	
   Itamaracá	
  –	
   Itapissuma	
  –	
   Igarassu”	
  da	
  Reserva	
  
8	
  
	
  
da	
   Biosfera	
   da	
   Mata	
   Atlântica	
   no	
   Programa	
   Homem	
   e	
   Biosfera	
   (MAB)	
   da	
  
UNESCO	
  (LIMA,	
  1998).	
  
	
  
 
Figura	
  1.	
  Localização	
  da	
  Usina	
  São	
  José,	
  na	
  Zona	
  da	
  Mata	
  Norte	
  de	
  Pernambuco,	
  
Nordeste	
  do	
  Brasil.	
  Modificado	
  a	
  partir	
  de	
  Trindade	
  et	
  al.	
  (2008).	
  
	
  
	
  
	
   Com	
  base	
  em	
  dados	
  coletados	
  na	
  Estação	
  Meteorológica	
  da	
  Usina	
  São	
  
José/	
  Posto	
  Piedade	
  (7°48'44"S,	
  34°59'33"W),	
  a	
  temperatura	
  média	
  anual	
  é	
  de	
  
24,9ºC,	
  com	
  média	
  de	
  25,7º	
  C	
  no	
  mês	
  mais	
  quente.	
  A	
  precipitação	
  média	
  anual	
  
é	
  de	
  1.687	
  mm,	
  com	
  uma	
  estação	
  seca	
  no	
  verão,	
  sendo	
  novembro	
  o	
  mês	
  mais	
  
seco	
   (31	
   mm),	
   e	
   uma	
   estação	
   chuvosa	
   de	
   março	
   a	
   agosto,	
   registrando-­‐se	
   a	
  
maior	
   precipitação	
   no	
   mês	
   de	
   junho,	
   quando	
   chovem,	
   em	
   média,	
   342	
   mm	
  
(Figura	
  2).	
  A	
  pequena	
  amplitude	
  térmica	
  anual	
  e	
  a	
  sazonalidade	
  da	
  precipitação	
  
permitem	
  caracterizar	
  o	
  clima	
  na	
  área	
  como	
  quente	
  e	
  úmido	
  com	
  verão	
  seco	
  e	
  
chuvas	
  de	
  outono-­‐inverno,	
  característico	
  do	
  As'	
  no	
  sistema	
  de	
  Köppen.	
  O	
  relevo	
  
9	
  
	
  
na	
  área	
  é	
   complexo,	
   composto	
  por	
  morros	
   com	
  encostas	
   suaves	
  e	
   tabuleiros,	
  
esses	
  escavados	
  por	
  vales	
  estreitos	
  e	
  profundos,	
  com	
  encostas	
   laterais	
  de	
  alta	
  
declividade	
  (>30%),	
  além	
  de	
  planícies	
  aluviais	
  (CPRH,	
  2003).	
  Geologicamente,	
  a	
  
região	
   se	
   caracteriza	
   por	
   rochas	
   cristalinas	
   sobre	
   as	
   quais	
   se	
   seguem	
   rochas	
  
sedimentares	
  da	
  Formação	
  Paraíba,	
  datadas	
  do	
  Cretáceo-­‐Terciário,	
   recobertas	
  
por	
  sedimentos	
  cenozoicos	
  do	
  Grupo	
  Barreiras	
  e	
  sedimentos	
  recentes	
  de	
  várias	
  
origens.	
  
Nas	
   florestas	
   da	
  propriedade,	
   diversos	
   estudos	
  biológicos	
   vêm	
   sendo	
  
desenvolvidos	
   a	
   partir	
   de	
   uma	
   cooperação	
   de	
   pesquisa	
   firmada	
   com	
  
Universidades	
   e	
   Centros	
   de	
   Pesquisa	
   há	
   mais	
   de	
   10	
   anos.	
   O	
   Projeto	
  
Fragmentos,	
   amplo	
   programa	
  de	
   pesquisa	
   desenvolvido	
   na	
   propriedade,	
   teve	
  
início	
   em	
   2003,	
   com	
   participação	
   da	
   Universidade	
   Federal	
   de	
   Pernambuco,	
  
Universidade	
  Federal	
  Rural	
  de	
  Pernambuco,	
  Universidade	
  de	
  Ulm	
  (Alemanha)	
  e	
  
Instituto	
  Agronômico	
  de	
  Pernambuco	
   (IPA),	
  viabilizada	
  através	
  da	
  Cooperação	
  
Brasil	
  –	
  Alemanha	
  no	
  âmbito	
  do	
  Programa	
  de	
  Ciência	
  e	
  Tecnologia	
  para	
  a	
  Mata	
  
Atlântica,	
  com	
  apoio	
  financeiro	
  do	
  Ministério	
  de	
  Ciência	
  e	
  Tecnologia/	
  CNPq	
  e	
  
Ministério	
   Federal	
   de	
   Educação	
   e	
   Pesquisa	
   da	
   Alemanha	
   (BMBF).	
   Na	
   fase	
   I	
  
(2003-­‐2006),	
   foram	
  desenvolvidas	
  pesquisas	
  de	
  Florística	
  e	
  Estrutura,	
  Biologia	
  
de	
   Solos	
   e	
   Etno-­‐ornitologia.	
   Na	
   fase	
   II,	
   o	
   projeto	
   agregou	
   biologia	
   vegetal,	
  
animal	
   e	
   de	
   solos,	
   interação	
   planta-­‐animal,	
   ecologia	
   de	
   paisagens	
   e	
  
etnobotânica,	
   numa	
   perspectiva	
   interdisciplinar	
   (CNPq	
   590039/2006-­‐7,	
   BMBF	
  
01	
  LB	
  0203	
  A1).	
  
	
  
10	
  
	
  
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0
40
80
120
160
200
240
280
320
360
J A S O N D J F M A M J
T
em
pe
ra
tu
ra
 (
C
)
Pr
ec
ip
ita
çã
o 
(m
m
)
Meses
Usina	
  São	
  José	
  -­‐ Posto	
  Piedade
7°48'44"S,	
  34°59'33"W,	
   116	
  m
1998-­‐2006	
  
24,9	
  °C,	
  1687	
  mm
 
Figura	
   2.	
   Dados	
   climatológicos	
   de	
   precipitação	
   e	
   temperatura	
   em	
   médias	
   mensais	
  
(Janeiro	
   a	
   Dezembro)	
   no	
   período	
   de	
   1998	
   a	
   2006,	
   coletados	
   no	
   Posto	
  Meteorológico	
  
principal	
  (Posto	
  Piedade)	
  da	
  Usina	
  São	
  José,	
  Igarassu,	
  Pernambuco.Os	
   resultados	
   do	
   projeto	
   revelaram	
   que	
   a	
   paisagem	
   atual	
   é	
  
caracterizada	
  por	
  plantações	
  de	
  cana-­‐de-­‐açúcar	
  revestindo	
  tabuleiros,	
  encostas	
  
e	
   terraços	
   fluviais,	
   com	
   remanescentes	
   florestais	
   esparsamente	
   distribuídos,	
  
registrando-­‐se	
  106	
  fragmentos	
  de	
  floresta	
  madura,	
  com	
  área	
  variando	
  entre	
  1,2	
  
e	
   498	
   ha,	
   e	
   96	
  manchas	
   de	
   florestas	
   secundárias,	
  medindo	
   de	
   0,12	
   a	
   130	
   ha	
  
(TRINDADE	
   et	
   al.,	
   2008)	
   (Figura	
   3).	
   Os	
   remanescentes	
   florestais	
   ocupam	
   as	
  
áreas	
  menos	
  úteis	
  para	
   cultivo,	
  que	
   são	
  as	
   íngremes	
  e	
  os	
   fundos	
  de	
  vale,	
  um	
  
padrão	
  frequente	
  em	
  paisagens	
  de	
  floresta	
  atlântica.	
  	
  
11	
  
	
  
Uma	
  primeira	
  listagem	
  florística	
  catalogou	
  650	
  espécies	
  de	
  plantas	
  em	
  
seis	
   fragmentos	
   na	
   área,	
   incluindo	
   280	
   espécies	
   de	
   ervas	
   e	
   arbustos,	
   213	
  
arbóreas	
  e	
  93	
  trepadeiras	
  e	
  lianas	
  (ALVES-­‐ARAÚJO	
  et	
  al.,	
  2008).	
  Em	
  2011,	
  a	
  lista	
  
florística	
  da	
  Usina	
  São	
  José	
  foi	
  atualizada,	
  exibindo	
  826	
  espécies	
  de	
  plantas	
  na	
  
propriedade,	
  com	
  a	
  inclusão	
  de	
  novas	
  ocorrências	
  e	
  novas	
  espécies	
  e	
  ampliação	
  
da	
  distribuição	
  geográfica	
  de	
  alguns	
  táxons	
  (MELO	
  et	
  al.,	
  2011).	
  
 
Figura	
   3.	
  Paisagem	
   atual	
   na	
   Usina	
   São	
   José,	
   na	
   Zona	
   da	
  Mata	
   Norte	
   de	
   Pernambuco,	
  
Nordeste	
  do	
  Brasil.	
  Fonte:	
  Trindade	
  et	
  al.	
  (2008).	
  
12	
  
	
  
	
  
Quanto	
   à	
   estrutura,	
   as	
   florestas	
   maduras	
   ostentam	
   uma	
   fisionomia	
  
densa,	
   com	
   árvores	
   altas	
   e	
   expressiva	
   riqueza	
   de	
   plantas	
   tanto	
   no	
   estrato	
  
superior	
   quanto	
   nos	
   estratos	
   mais	
   baixos	
   (sub-­‐bosque).	
   Entre	
   as	
   árvores,	
  
destacam-­‐se	
   como	
   mais	
   importantes	
   Eschweilera	
   ovata	
   (Cambess.)	
   Miers.,	
  
Pogonophora	
   schomburgkiana	
   Miers	
   ex	
   Benth.,	
   Brosimum	
   guianense	
   (Aubl.)	
  
Huber,	
   Tapirira	
   guianensis	
   Aubl.,	
   Parkia	
   pendula	
   (Willd.)	
   Benth.	
   ex.	
   Walp.,	
  
Schefflera	
  morototoni	
  (Aubl.)	
  Magari,	
  Sleyrm,	
  Inga	
  thibaudiana	
  DC.,	
  Thyrsodium	
  
spruceanum	
  Benth.	
  e	
  Miconia	
  prasina	
  (Sw.)	
  DC.	
  (ROCHA	
  et	
  al.,	
  2008;	
  BRANDÃO	
  
et	
  al.,	
  2009;	
  LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  2010).	
  	
  
Esta	
   riqueza,	
   entretanto,	
   exibe	
   sinais	
   de	
   ameaça	
   por	
   fatores	
   comuns	
  
em	
   paisagens	
   fragmentadas,	
   tais	
   como:	
   redução	
   da	
   riqueza	
   de	
   espécies	
   em	
  
fragmentos	
  menores	
  (LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  2010,	
  GOMES	
  et	
  al.,	
  2009;	
  GOMES	
  et	
  al.,	
  no	
  
prelo),	
   efeito	
  de	
  borda	
  pronunciado,	
   com	
   redução	
  da	
  diversidade,	
   diminuição	
  
do	
  porte	
  das	
  árvores	
  e	
  ocorrência	
  de	
  exóticas	
  com	
  a	
  proximidade	
  das	
  margens	
  
(SILVA	
   et	
   al.,	
   2008a;	
   SILVA	
   et	
   al.,	
   2008c;	
   GUERRA	
   et	
   al.,	
   2012),	
   alteração	
   da	
  
germinação	
   e	
   estabelecimento	
   da	
   espécie	
   emergente	
   Parkia	
   pendula	
  
(PIECHOWSKI	
  &	
  GOTTSBERGER,	
   2008),	
  modificações	
   na	
   estrutura	
   genética	
   da	
  
população	
   da	
   arbórea	
   Tapirira	
   guianensis	
   (SILVA	
   et	
   al.,	
   2008b),	
   ausência	
   de	
  
importantes	
  espécies	
  animais	
  que	
  atuam	
  como	
  polinizadores	
  e	
  dispersores	
  de	
  
plantas	
   (BRAUN	
  et	
  al.,	
  2011;	
  FARIAS	
  et	
  al.,	
  2007)	
  e	
   registro	
  de	
  expressivo	
  uso	
  
das	
  espécies	
  arbóreas	
  por	
  moradores	
   locais	
   (ALBUQUERQUE	
  et	
  al.,	
  2008).	
  Por	
  
outro	
   lado,	
   o	
   simples	
   abandono	
   de	
   áreas	
   de	
   cultura	
   seguido	
   da	
   regeneração	
  
natural	
   permite	
   a	
   formação	
   de	
   “capoeiras”,	
   que	
   apresentam	
   aumento	
  
progressivo	
   na	
   riqueza	
   e	
   diversidade	
   de	
   espécies	
   com	
   o	
   passar	
   dos	
   anos,	
  
comprovando	
  a	
  alta	
  resiliência	
  da	
  floresta	
  atlântica	
  (NASCIMENTO,	
  2010).	
  
13	
  
	
  
Do	
  ponto	
  de	
  vista	
  conservacionista,	
  a	
  sustentação	
  das	
   florestas	
  nesta	
  
paisagem,	
  em	
   longo	
  prazo,	
   depende	
  de	
  medidas	
  efetivas	
  de	
  manutenção	
  dos	
  
fragmentos	
   existentes,	
   ações	
   de	
   recuperação	
   florestal	
   para	
   aumentar	
   a	
  
conectividade	
   entre	
   remanescentes	
   de	
   diferentes	
   tamanhos,	
   com	
   criação	
   de	
  
corredores,	
   proteção	
   das	
   bordas	
   florestais	
   e	
   acompanhamento	
   das	
   variações	
  
temporais	
   das	
   florestas.	
   Por	
   serem	
   elementos	
   cruciais	
   que	
   determinam	
   a	
  
arquitetura	
   das	
   florestas	
   e	
   são	
   relativamente	
  mais	
   resistentes	
   aos	
   efeitos	
   da	
  
fragmentação,	
   considerando	
   a	
   longevidade	
   de	
   muitas	
   espécies,	
   as	
   árvores	
  
formam	
  um	
  grupo	
  chave	
  para	
  a	
  conservação	
  florestal.	
  Conhecer	
  as	
  árvores	
  de	
  
uma	
   região	
   é,	
   assim,	
   o	
   passo	
   inicial	
   para	
   implementação	
   de	
   medidas	
  
conservacionistas.	
  	
  
O	
  presente	
  Guia	
  de	
  Árvores	
  e	
  Arbustos	
  da	
  Usina	
  São	
  José	
  configura	
  um	
  
importante	
  produto	
  que	
  resulta	
  de	
  um	
  enorme	
  esforço	
  de	
  pesquisa	
  de	
  campo,	
  
catalogação	
  de	
  espécies	
  e	
  estudos	
  botânicos.	
  Sua	
  aplicabilidade	
  não	
  se	
  resume	
  
à	
   Usina	
   São	
   José,	
   mas	
   a	
   uma	
   abrangência	
   mais	
   ampla	
   da	
   mata	
   atlântica,	
  
especialmente	
   na	
   sub-­‐região	
   biogeográfica	
   “Centro	
   de	
   Endemismo	
  
Pernambuco”	
   (SILVA	
   &	
   CASTELETI,	
   2005),	
   na	
   qual	
   está	
   inserida.	
   Este	
   guia	
  
permitirá:	
   a	
   correta	
   identificação	
   de	
   espécies	
   em	
   estudos	
   de	
   estrutura	
   e	
  
dinâmica	
  florestal	
  subsidiará	
  a	
  escolha	
  de	
  espécies	
  para	
  estudos	
  populacionais,	
  
acompanhamento	
   fenológico,	
   pesquisas	
   genéticas	
   e	
   de	
   biologia	
   reprodutiva,	
  
embasará	
   projetos	
   de	
   educação	
   ambiental,	
   e	
   guiará	
   a	
   escolha	
   de	
   árvores	
  
matrizes	
  para	
  fornecimento	
  de	
  sementes	
  em	
  programas	
  de	
  restauração,	
  entre	
  
diversas	
  outras	
  aplicações,	
  traduzindo	
  a	
   informação	
  científica	
  em	
  um	
  catálogo	
  
ilustrado	
  e	
  acessível,	
  útil	
  ao	
  grande	
  público	
  interessado	
  nas	
  diversas	
  facetas	
  dos	
  
estudos	
  florestais.	
  
	
  
	
  
14	
  
	
  
Referências	
  	
  
	
  
ALBUQUERQUE,	
  U.	
  P.;	
  MEDEIROS,	
  P.	
  M.;	
  ARAÚJO,	
  T.	
  A.	
  S.;	
  SILVA,	
  T.	
  C.;	
  CUNHA,	
  
L.	
   V.	
   F.	
   C.;	
   OLIVEIRA	
   JÚNIOR,	
   G.	
   J.;	
   ALMEIDA,	
   C.	
   F.	
   C.	
   B.	
   R.	
   The	
   role	
   of	
  
ethnobotany	
  and	
  environmental	
  perception	
   in	
  the	
  conservation	
  of	
  Atlantic	
  
Forest	
   fragments	
   in	
   northeastern	
   Brazil.	
  Bioremediation,	
   Biodiversity	
   and	
  
Bioavailability,	
  v.2,	
  n.1,	
  p.27-­‐34,	
  2008.	
  	
  
ALVES-­‐ARAÚJO,	
   A.;	
   ARAÚJO,	
   D.;	
   MARQUES,	
   J.;	
   MELO,	
   A.;	
   MACIEL,	
   J.	
   R.;	
  
IRAPUAN,	
  J.;	
  PONTES,	
  T.;	
  LUCENA,	
  M.	
  D.	
  F.	
  D.	
  A.;	
  DU	
  BOCAGE,A.	
  L.;	
  ALVES,	
  
M.	
  Diversity	
  of	
  angiosperms	
   in	
   fragments	
  of	
  Atlantic	
  Forest	
   in	
   the	
   state	
  of	
  
Pernambuco,	
   northeastern	
   Brazil.	
   Bioremediation,	
   Biodiversity	
   and	
  
Bioavailability,	
  v.2,	
  n.1,	
  p.14-­‐26,	
  2008.	
  	
  
BRANDÃO,	
  C.	
  F.	
  L.	
  S.;	
  MARANGON,	
  L.	
  C.;	
  FERREIRA,	
  R.	
  L.	
  C.;	
  LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  A.	
  C.	
  
B.	
   Estrutura	
   fitossociológica	
   e	
   classificação	
   sucessional	
   do	
   componente	
  
arbóreo	
  em	
  um	
  fragmento	
  de	
  floresta	
  atlântica	
  em	
  Igarassu	
  –	
  Pernambuco.	
  
Revista	
  Brasileira	
  de	
  Ciências	
  Agrárias,	
  v.4,	
  n.1,	
  p.55-­‐61,	
  2009.	
  	
  
BRAUN,	
   M.,	
   DÖTTERL,	
   S.;	
   GOTTSBERGER,	
   G.	
   Absence	
   of	
   pollinators	
   and	
  
apomictic	
   fruit	
   production	
   in	
   an	
   Atlantic	
   rainforest	
   population	
   of	
  
Cymbopetalum	
  brasiliense	
   (Annonaceae).	
  Plant	
  Systematics	
  and	
  Evolution,	
  
v.	
  296,	
  n.	
  3-­‐4,	
  p.	
  265-­‐273,	
  2011.	
  
CÂMARA,	
  I.	
  G.	
  Brief	
  history	
  of	
  conservation	
  in	
  the	
  Atlantic	
  Forest.	
  In:	
  GALINDO-­‐
LEAL,	
   C.;	
   CÂMARA,	
   I.	
   G.	
   (Eds.)	
   The	
   Atlantic	
   Forest	
   of	
   South	
   America:	
  
Biodiversity	
  Status,	
  Threats	
  and	
  Outlook.	
  Washington	
  DC:	
  Island	
  Press,	
  2003.	
  
Cap.	
  4,	
  p.	
  31-­‐42.	
  	
  
15	
  
	
  
CPRH.	
   Diagnóstico	
   socioambiental	
   do	
   litoral	
   norte	
   de	
   Pernambuco.	
   Recife:	
  
Companhia	
  Pernambucana	
  do	
  Meio	
  Ambiente,	
  2003,	
  214p.	
  	
  
FARIAS,	
  G.	
  B.;	
  	
  ALVES,	
  A.	
  G.	
  C.;	
  LINS	
  E	
  SILVA,	
  A.	
  C.	
  B.	
  Riqueza	
  de	
  aves	
  em	
  cinco	
  
fragmentos	
   de	
   Floresta	
  Atlântica	
   na	
   Zona	
   da	
  Mata	
  Norte	
   de	
   Pernambuco,	
  
Brasil.	
  Biotemas,	
  v.	
  20,	
  n.	
  4,	
  p.	
  111-­‐122,	
  2007.	
  
GOMES,	
  J.	
  S.;	
  LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  A.	
  C.	
  B.;	
  RODAL,	
  M.	
  J.	
  N.;	
  SILVA,	
  H.	
  C.	
  H.	
  Estrutura	
  do	
  
sub-­‐bosque	
   lenhoso	
  em	
  ambientes	
  de	
  borda	
  e	
   interior	
  de	
  dois	
   fragmentos	
  
de	
   floresta	
   atlântica	
   em	
   Igarassu,	
   Pernambuco,	
   Brasil.	
   Rodriguésia,	
   v.60,	
  
n.2,	
  p.295-­‐310,	
  2009.	
  
GOMES,	
   J.	
   S.,	
   LINS-­‐E-­‐SILVA,	
   A.	
   C.	
   B.,	
   ARAÚJO,	
   F.	
   S.	
   Who	
   is	
   who	
   in	
   the	
  
understory:	
  the	
  contribution	
  of	
  resident	
  and	
  transitory	
  groups	
  of	
  species	
  to	
  
plant	
  richness	
  in	
  forest	
  assemblages.	
  Revista	
  de	
  Biología	
  Tropical,	
  v.60,	
  n.2,	
  
p.1025-­‐1040.	
  	
  
GUERRA,	
  T.	
  N.	
  F.;	
  RODAL,	
  M.	
  J.	
  N;	
  LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  A.	
  C.	
  B.;	
  ALVES,	
  M.;	
  SILVA,	
  M.	
  A.	
  
M.;	
  MENDES,	
  P.	
  G.	
  A.	
  Influence	
  of	
  edge	
  and	
  topography	
  on	
  the	
  vegetation	
  in	
  
an	
   Atlantic	
   Forest	
   remnant	
   in	
   northeastern	
   Brazil.	
   Journal	
   of	
   Forest	
  
Research,	
  v.	
  17,	
  p.	
  1-­‐9,	
  2012.	
  
LIMA,	
  M.	
   L.	
   F.	
   C.	
   A	
  Reserva	
   da	
   Biosfera	
   da	
  Mata	
   atlântica	
   em	
   Pernambuco:	
  
situação	
   atual,	
   ações	
   e	
   perspectivas.	
   1a	
   ed.	
   São	
   Paulo:	
   Conselho	
  Nacional	
  
RBMA/	
   Governo	
   do	
   Estado	
   de	
   São	
   Paulo/	
   Instituto	
   Florestal,	
   v.12,	
   1998.	
  
41p.	
  
LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  A.	
  C.	
  B.	
  Influência	
  da	
  área	
  e	
  da	
  heterogeneidade	
  de	
  hábitats	
  na	
  
diversidade	
   vegetal	
   em	
   fragmentos	
   de	
   floresta	
   atlântica.	
   2010.	
   Tese	
  
(Doutorado	
   em	
   Ecologia)	
   –	
   Universidade	
   Federal	
   do	
   Rio	
   de	
   Janeiro,	
   2010,	
  
Rio	
  de	
  Janeiro,	
  162	
  p.	
  
16	
  
	
  
MELO,	
   A.;	
   AMORIM,	
   B.	
   S.;	
   GARCÍA-­‐GONZÁLEZ,	
   J.;	
   SOUZA,	
   J.	
   A.	
  N.;	
   PESSOA,	
   E.	
  
M.;	
   MENDONÇA,	
   E.	
   CHAGAS,	
   M.;	
   ALVES-­‐ARAÚJO,	
   A.;	
   ALVES,	
   M.	
   Updated	
  
floristic	
   inventory	
   of	
   the	
   angiosperms	
   of	
   the	
   Usina	
   São	
   José,	
   Igarassu,	
  
Pernambuco,	
   Brazil.	
   Revista	
   Nordestina	
   de	
   Biologia,	
   v.	
   20,	
   n.	
   2,	
   p.	
   3-­‐26,	
  
2011.	
  
MITTERMEIER,	
   R.	
   A.;	
   GIL,	
   P.	
   R.;	
   HOFFMAN,	
   M.;	
   PILGRIM,	
   J.;	
   BROOKS,	
   T.;	
  
MITTERMEIER,	
  C.	
  G.;	
  LAMOREUX,	
  J.;	
  FONSECA,	
  G.	
  A.	
  B.	
  Hotspots	
  Revisited:	
  
Earth‘s	
   Biologically	
   Richest	
   and	
   Most	
   Threatened	
   Terrestrial	
   Ecoregions.	
  
Monterrey,	
  Mexico:	
   Cemex,	
   Conservation	
   International,	
   Agrupacion	
   Sierra	
  
Madre,	
  2005.	
  391	
  p.	
  
NASCIMENTO,	
   L.	
  M.	
   Sucessão	
   secundária	
   em	
   áreas	
   de	
   Floresta	
   Atlântica	
   de	
  
Pernambuco:	
  mudanças	
  florísticas	
  e	
  estruturais.	
  2010.	
  Tese	
  (Doutorado	
  em	
  
Botânica)	
  -­‐	
  Universidade	
  Federal	
  Rural	
  de	
  Pernambuco,	
  2010,	
  Recife.	
  115p.	
  
PIECHOWSKI,	
   D.;	
   GOTTSBERGER,	
   G.	
   Edge	
   effects	
   on	
   germination,	
   seedling	
  
establishment,	
   and	
   population	
   structure	
   of	
   Parkia	
   pendula	
   in	
   an	
   Atlantic	
  
Forest	
   fragment,	
   NE	
   Brazil.	
   Bioremediation,	
   Biodiversity	
   and	
  
Bioavailability,	
  v.	
  2,	
  n.	
  1,	
  p.	
  56-­‐61,	
  2008.	
  
RIBEIRO,	
  M.	
  C.;	
  METZGER,	
  J.	
  P.;	
  MARTENSEN,	
  A.	
  C.;	
  PONZONI,	
  F.	
  J.;	
  HIROTA,	
  M.	
  
M.	
  The	
  Brazilian	
  Atlantic	
  Forest:	
  How	
  much	
  is	
  left,	
  and	
  how	
  is	
  the	
  remaining	
  
forest	
   distributed?	
   Implications	
   for	
   conservation.	
   Biological	
   Conservation,	
  
v.142,	
  n.6,	
  p.1141-­‐1153,	
  2009.	
  
ROCHA,	
   K.	
   D.;	
   CHAVES,	
   L.	
   F.	
   C.;	
   MARANGON,	
   L.	
   C.;	
   LINS-­‐E-­‐SILVA,	
   A.	
   C.	
   B.	
  
Caracterização	
  da	
   vegetação	
  arbórea	
   adulta	
   em	
  um	
   fragmento	
  de	
   floresta	
  
atlântica,	
   Igarassu,	
   PE.	
   Revista	
   Brasileira	
   de	
   Ciências	
   Agrárias,	
   v.31,	
   n.1,	
  
p.35-­‐41,	
  2008.	
  
17	
  
	
  
SILVA,	
  J.	
  M.	
  C.	
  D.;	
  CASTELETI,	
  C.	
  H.	
  M.	
  Status	
  of	
  the	
  biodiversity	
  of	
  the	
  Atlantic	
  
Forest	
   of	
   Brazil.	
   In:	
   GALINDO-­‐LEAL,	
   C.;	
   CÂMARA,	
   I.	
   G.	
   (Eds.)	
   The	
   Atlantic	
  
Forest	
   of	
   South	
   America:	
   Biodiversity	
   Status,	
   Threats,	
   and	
   Outlook.	
  
Washington	
  DC:	
  Island	
  Press,	
  2005.	
  Cap.	
  4,	
  p.	
  43-­‐59.	
  
SILVA,	
   A.	
   G.;	
   SÁ-­‐E-­‐SILVA,	
   I.	
   M.	
   M.;	
   RODAL,	
   M.	
   J.	
   N.;	
   LINS-­‐E-­‐SILVA,	
   A.	
   C.	
   B.	
  
Influence	
  of	
   edge	
   and	
   topography	
  on	
   canopy	
   and	
   sub-­‐canopy	
   structure	
  of	
  
an	
   Atlantic	
   Forest	
   fragment	
   in	
   Igarassu,	
   Pernambuco	
   State,	
   Brazil.	
  
Bioremediation,	
  Biodiversity	
  and	
  Bioavailability	
  v.2,	
  n.1,	
  p.41-­‐46,	
  2008a.	
  	
  
SILVA,	
  E.	
  F.;	
  OLIVEIRA,	
  C.	
  A.	
  M.;	
  LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  A.	
  C.	
  B.;	
  RODAL,	
  M.	
  J.	
  N.	
  Diversity	
  
and	
   genetic	
   structure	
   of	
   natural	
   fragmented	
   populations	
   of	
   Tapiriria	
  
guianensis	
   Aubl.	
   in	
   Northeastern	
   Brazil.	
   Bioremediation,	
   Biodiversity	
   and	
  
Bioavailability,	
  v.2,	
  n.1,	
  p.35-­‐40,	
  2008b.	
  	
  
SILVA,	
  H.	
  C.	
  H.;	
  LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  A.	
  C.	
  B.;	
  GOMES,	
  J.	
  S.;	
  RODAL,	
  M.	
  J.	
  N.	
  The	
  effect	
  
of	
  internal	
  and	
  external	
  edges	
  on	
  vegetation	
  physiognomy	
  and	
  structure	
  ina	
  
remnant	
   of	
   Atlantic	
   Lowland	
   Rainforest	
   in	
   Brazil.	
   Bioremediation,	
  
Biodiversity	
  and	
  Bioavailability,	
  v.2,	
  n.1,	
  p.47-­‐55,	
  2008c.	
  
TABARELLI,	
   M.;	
   RODA,	
   S.	
   A.	
   An	
   opportunity	
   for	
   the	
   Pernambuco	
   Endemism	
  
Center.	
  Natureza	
  &	
  Conservação,	
  v.3,	
  n.2,	
  p.128-­‐134,	
  2005.	
  
TRINDADE,	
  M.	
  B.;	
  LINS-­‐E-­‐SILVA,	
  A.	
  C.	
  B.;	
  SILVA,	
  H.	
  P.;	
  FIGUEIRA,	
  S.	
  B.;	
  SCHESSL,	
  
M.	
  Fragmentation	
  of	
  the	
  Atlantic	
  Rainforest	
   in	
  the	
  Northern	
  coastal	
  region	
  
of	
   Pernambuco,	
   Brazil:	
   recent	
   changes	
   and	
   implications	
   for	
   conservation.	
  
Bioremediation,	
  Biodiversity	
  and	
  Bioavailability,	
  v.2,	
  n.1,	
  p.5-­‐13,	
  2008.	
  
	
  
	
  
	
  
18	
  
	
  
Estrutura	
  do	
  Guia	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
   3.	
   Espécies	
  com	
  folhas	
  compostas	
   20	
  spp.	
  
2.	
  
Espécies	
  com	
  
folhas	
  simples	
  
e	
  alternas	
  
52	
  spp.	
  
Páginas	
  57	
  a	
  108	
  
1.	
  
Espécies	
  com	
  
folhas	
  simples	
  e	
  
opostas	
   34	
  spp.	
  
Páginas	
  21	
  a	
  54	
  
Páginas	
  111	
  a	
  130	
  
	
  
	
  
	
  
Eugenia	
  tumescens	
  B.S.	
  Amorim	
  &	
  M.	
  Alves	
  
	
  
	
  
Espécies	
  com	
  folhas	
  
simples	
  e	
  opostas	
  
21	
  
	
  
	
  
APOCYNACEAE	
  
Himatanthus	
  bracteatus	
  (A.	
  DC.)	
  Woodson	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Banana	
  de	
  papagaio	
  
Arbusto-­‐árvore	
  4–6	
  m	
  alt.;	
   ramos	
  cilíndricos,	
  glabros.	
  Folhas	
  16–20	
  x	
  5–7	
  cm,	
  
membranáceas	
   a	
   subcoriáceas,	
   inteiras,	
   obovadas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
  
cuspidado	
   ou	
   arredondado,	
   glabras;	
   pecíolo	
   1–2	
   cm	
   compr.,	
   glabro.	
  Umbela	
  
terminal.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas,	
   brancas	
   e	
   com	
   fauce	
   amarela,	
  
hipocrateriforme;	
  pedicelo	
  5–7	
  mm	
  compr.;	
  cálice	
  e	
  corola	
  5-­‐meros,	
  lacínios	
  da	
  
corola	
  obovados;	
  estames	
  epipétalos;	
  ovário	
  semi-­‐ínfero.	
  Fruto	
  folículo.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Espécie	
  endêmica	
  do	
  Brasil,	
   ocorrendo	
  na	
  Amazônia	
  e	
  
Mata	
   Atlântica	
   (RN-­‐RJ).	
   Na	
   USJ	
   é	
   encontrada	
   nas	
   bordas	
   dos	
   fragmentos	
   de	
  
Chave,	
  Pezinho,	
  Piedade	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  e	
  frutificação	
  Jun-­‐Dez.	
  
22	
  
	
  
	
  
APOCYNACEAE	
  
Rauvolfia	
  grandiflora	
  Mart.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Cunhão	
  de	
  galo,	
  Grão	
  de	
  galo	
  
Arbusto	
  2–3	
  m	
  alt.;	
  ramos	
  cilíndricos,	
  glabros,	
  latescentes.	
  Folhas	
  8–12	
  x	
  3.5–5	
  
cm,	
   membranáceas,	
   inteiras,	
   opostas	
   ou	
   verticiladas	
   (3–4	
   folhas),	
   elípticas	
   a	
  
obovadas,	
   base	
   e	
   ápice	
   agudos,	
   glabras,	
   sésseis.	
  Cimeira	
   terminal,	
   bracteada.	
  
Flores	
   1–2.5	
   cm	
  de	
   compr.,	
   bissexuadas,	
   actinomorfas,	
   alvas	
   com	
   fauce	
   roxa,	
  
tubulares;	
   pedicelo	
   0.8–1	
   cm	
   de	
   compr.,	
   glabro;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
  
gamossépala	
   e	
   gamopétala;	
   ovário	
   súpero.	
   Frutos	
   1.5–2.5	
   cm	
   de	
   compr.,	
  
drupas,	
  reniformes,	
  amarelos	
  a	
  alaranjados.	
  Semente	
  branca	
  a	
  marrom.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Endêmica	
  da	
  Floresta	
  Atlântica	
  Brasileira	
  (PE-­‐RJ).	
  Na	
  USJ	
  
ocorre	
  na	
  borda	
  e	
  interior	
  das	
  matas	
  de	
  Pezinho	
  e	
  Piedade.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Mar-­‐Nov,	
  frutificação	
  Abr-­‐Nov.	
  
23	
  
	
  
	
  
APOCYNACEAE	
  
Tabernaemontana	
  flavicans	
  Willd.	
  ex	
  Roem	
  &	
  Schult.	
  	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Leiteiro	
  
Árvores	
   2–3	
  m	
   alt.;	
   látex	
   branco.	
   Folhas	
   3.5–14	
   x	
   1–5.5	
   cm,	
  membranáceas,	
  
inteiras,	
   opostas-­‐cruzadas,	
   elíptico-­‐oblongas,	
   base	
   atenuada	
   ou	
   assimétrica,	
  
ápice	
   acuminado-­‐cuspidado,	
   glabras;	
   pecíolos	
   0.5–1	
   cm	
   compr.	
   Dicásio	
  
paucifloro,	
  axilar.	
  Flores	
  2.5–4	
  cm	
  de	
  compr.,	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  alvas	
  
com	
   fauce	
   interna	
   amarela,	
   hipocrateriformes;	
   pedicelo	
   1–1.7	
   cm	
   compr.;	
  
cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   lacínios	
   da	
   corola	
   elípticos	
   a	
   ovais,	
   refletidos;	
   ovário	
  
súpero.	
  Frutos	
  2–3.5	
  cm	
  de	
  compr.,	
  folículos.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Da	
   Venezuela	
   ao	
   Brasil.	
   No	
   país	
   ocorre	
   na	
   Amazônia,	
  
Cerrado	
  e	
  Mata	
  Atlântica	
   (RJ-­‐MA).	
  Na	
  USJ	
   está	
   presente	
  da	
  borda	
   ao	
   interior	
  
dos	
  fragmentos	
  de	
  Chave,	
  Macacos,	
  Pezinho,	
  Piedade	
  e	
  Zambana.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Jul-­‐Out,	
  frutificação	
  Mai.	
  
24	
  
	
  
	
  
CLUSIACEAE	
  
Clusia	
  nemorosa	
  G.Mey	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Apuí,	
  Ceboleira,	
  Manga	
  brava,	
  Mangue	
  branco,	
  Mucugê	
  bravo	
  
Arvoretas	
  a	
  árvores	
  2–10	
  m	
  alt.;	
  ramos	
  com	
  exsudado	
  vináceo.	
  Folhas	
  10–14	
  x	
  
3.5–7	
   cm,	
   coriáceas	
   a	
   crassas,	
   inteiras,	
   obovadas,	
   base	
   cuneada,	
   ápice	
  
arredondado,	
   glabras;	
   pecíolo	
   2–3.5	
   cm	
   compr.	
   Inflorescências	
   unifloras,	
  
terminais.	
  Flores	
  unissexuadas,	
  actinomorfas,	
  alvo-­‐purpúreas;	
  flores	
  masculinas	
  
com	
   resina	
   amarela;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   lacínios	
   da	
   corola	
   crassos,	
  
obovados,	
   ápice	
   arredondado;	
   ovário	
   súpero.	
   Frutos	
   ca.	
   4	
   x	
   3.2	
   cm	
   compr.,	
  
cápsula	
  septicida,	
  ovoides,	
  glabros,	
  verde-­‐amarelados.	
  Semente	
  ca.	
  40	
  em	
  cada	
  
fruto,	
  castanha,	
  com	
  ariloide	
  vermelho.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Da	
   Venezuela	
   ao	
   Brasil.	
   Está	
   presente	
   na	
   Amazônia,	
  
Caatinga,	
  Cerrado,	
  Floresta	
  Atlântica	
  (CE-­‐RJ).	
  Na	
  USJ	
  foi	
  encontrada	
  na	
  borda	
  e	
  
interior	
  da	
  Mata	
  de	
  Cruzinha	
  e	
  Zambana.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Mar-­‐Nov,	
  frutificação	
  Dez-­‐Jul.	
  
25	
  
	
  
	
  
CLUSIACEAE	
  	
  
Symphonia	
  globulifera	
  L.f.	
  	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Anani,	
  Guanandi	
  
Árvores	
  10–12	
  m	
  alt.;	
   ramos	
   com	
  exsudado	
   amarelo.	
  Folhas	
  4–9.5	
   x	
   1–3	
   cm,	
  
coriáceas	
   a	
   cartáceas,	
   inteiras,	
   elípticas,	
   base	
   cuneada,	
   ápice	
   agudo,	
   glabras;	
  
pecíolo	
   5–7	
   mm	
   compr.	
   Cimeiras	
   multifloras,	
   terminais.	
   Flores	
   bissexuadas,	
  
actinomorfas,	
  vermelhas;	
  pedicelo	
  1.3–1.5	
  cm	
  compr.;	
  cálice	
  e	
  corola	
  5-­‐meros,	
  
dialissépala,	
  lacínios	
  crassos;	
  dialipétala,	
  crassos;	
  ovário	
  súpero.	
  Frutos	
  ca.	
  2.6	
  x	
  
3.4	
   cm,	
   baga,	
   globosos,	
   glabros,	
   verdes,	
   estigmas	
   (5)	
   e	
   estilete	
   persistentes.	
  
Semente-­‐1–3,	
  castanhas.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
  Distribuída	
   na	
   América	
   Tropical,	
   África	
   e	
  Madagascar.	
  
No	
  Brasil	
  ocorre	
  na	
  Amazônia	
  e	
  Floresta	
  Atlântica	
  (PE-­‐RJ).	
  Na	
  USJ	
  foi	
  encontrada	
  
na	
   borda	
   e	
   interior	
   das	
   Matas	
   de	
   Cruzinha,	
   Macacos	
   e	
   Zambana,	
   mas	
  
preferencialmente	
  em	
  interior	
  florestal	
  de	
  áreas	
  alagadas.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Out-­‐Nov,	
  frutificação	
  Nov-­‐Mai.	
  
26	
  
	
  
	
  
GENTIANACEAE	
  
Coutoubea	
  spicata	
  Aubl.	
  
	
  
Arbustos0.3–1	
  m	
   alt.,	
   ramificados	
   ou	
   não;	
   caule	
   cilíndrico.	
   Folhas	
   3–9	
   x	
   1–2	
  
cm,	
  membranáceas,	
  inteiras,	
  lanceoladas,	
  ápice	
  agudo,	
  glabras;	
  sésseis.	
  Espigas	
  
multifloras,	
   axilares	
   ou	
   terminais.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas,	
   brancas,	
  
aromáticas;	
  sésseis;	
  cálice	
  e	
  corola	
  4-­‐meros,	
  gamossépalo,	
   tubular,	
   lacínios	
  do	
  
cálice	
   ovais	
   com	
   ápice	
   agudo,	
   verdes	
   e	
   tão	
   longos	
   quanto	
   o	
   tubo	
   da	
   corola;	
  
gamopétala,	
   infundibuliforme,	
   lacínios	
   da	
   corola	
   lanceolados	
   e	
   com	
   ápice	
  
cuspidado;	
  ovário	
  súpero.	
  Frutos	
  7–10	
  mm	
  compr.,	
  cápsulas	
  ovoides	
  e	
  de	
  ápice	
  
agudo,	
  marrons.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
  Desde	
   a	
   América	
   Central	
   ao	
   Peru.	
   No	
   Brasil	
   pode	
   ser	
  
encontrada	
   na	
   Amazônia,	
   Cerrado	
   e	
   Mata	
   Atlântica	
   (PE-­‐BA,	
   PR).	
   Na	
   USJ	
   é	
  
encontrada	
  na	
  borda	
  dos	
  fragmentos	
  de	
  Chave,	
  Piedade	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Jul-­‐Set,	
  frutificação	
  Dez.	
  
	
  
27	
  
	
  
	
  
HYPERICACEAE	
  	
  
Vismia	
  guianensis	
  (Aubl.)	
  Choisy	
  	
  
Nome	
  popular:	
  Lacre	
  
Árvores	
  3–5	
  m	
  alt.;	
  ramos	
  com	
  presença	
  de	
  exsudado	
  laranja.	
  Folhas	
  8.5–14	
  x	
  
3–5	
  cm,	
  coriáceas	
  a	
  cartáceas,	
  inteiras,	
  ovado-­‐lanceoladas,	
  base	
  cuneada,	
  ápice	
  
agudo	
  ou	
  acuminado,	
  glabras;	
  pecíolo	
  0.5–0.7	
  cm	
  compr.	
  Cimeiras	
  multifloras,	
  
terminais.	
  Flores	
  unissexuadas,	
  actinomorfas;	
  pedicelo	
  1–1.2	
  cm	
  compr.;	
  cálice	
  
e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   dialissépalo,	
   sépalas	
   avermelhadas,	
   crassas,	
   dialipétala,	
  
pétalas	
  brancas;	
  ovário	
  súpero.	
  Frutos	
  ca.	
  0.7	
  x	
  0.9	
  cm,	
  baga,	
  globosos,	
  glabros,	
  
verdes,	
  estiletes	
  persistentes.	
  Semente-­‐1–3,	
  castanhas.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Ocorre	
   na	
   Venezuela,	
   Guiana,	
   Suriname,	
   Guiana	
  
Francesa	
  e	
  Brasil.	
  Neste	
  país	
   está	
  presente	
  na	
  Amazônia,	
  Caatinga,	
  Cerrado	
  e	
  
Floresta	
   Atlântica	
   (CE-­‐SP).	
   Na	
   USJ	
   foi	
   encontrada	
   com	
   maior	
   frequência	
   nas	
  
bordas	
  florestais.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Maio,	
  frutificação	
  Fev-­‐Nov.	
  
28	
  
	
  
	
  
MALPIGHIACEAE	
  
Byrsonima	
  sericea	
  DC.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Murici	
  
Arvoretas–árvores	
   2–10	
  m	
   alt.	
   Folhas	
   6–12	
   x	
   1.7–4.2	
   cm,	
   coriáceas,	
   inteiras,	
  
elípticas,	
   base	
   cuneada,	
   ápice	
   agudo,	
   indumento	
   serício	
   presente	
  
principalmente	
   nas	
   folhas	
   jovens;	
   pecíolo	
   0.5–1	
   cm	
   compr.	
   Racemos	
  
multifloros,	
   terminais.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas,	
   amarelas;	
   pedicelo	
  
0.7–0.8	
   cm	
   compr.;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   dialissépala,	
   coroa	
   de	
   glândulas	
  
basais	
  presente,	
  dialipétala,	
  pétalas	
  unguiculadas;	
  ovário	
  súpero.	
  Frutos	
  0.7–0.8	
  
cm	
  compr.,	
  drupas,	
  globosos,	
  glabros,	
  amarelos.	
  Sementes-­‐3,	
  castanhas.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   No	
   Brasil	
   ocorre	
   na	
   Caatinga,	
   Cerrado	
   e	
   Floresta	
  
Atlântica	
   (PE-­‐SP).	
   Na	
   USJ	
   a	
   espécie	
   foi	
   encontrada	
   em	
   todos	
   os	
   fragmentos,	
  
principalmente	
  na	
  borda	
  dos	
  mesmos.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Nov-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mai-­‐Set.	
  
29	
  
	
  
	
  
MELASTOMATACEAE	
  
Clidemia	
  hirta	
  (L.)	
  D.	
  Don	
  
	
  
Arbusto	
   0.5–1	
   m	
   alt.;	
   ramos	
   cilíndricos,	
   hirsutos.	
   Folhas	
   3–6	
   x	
   3–3.5	
   cm,	
  
serreadas,	
   elípticas	
   a	
   ovais,	
   base	
   arredondada,	
   ápice	
   levemente	
   agudo,	
  
hirsutas,	
   venação	
   acródroma	
   basal,	
   com	
   4	
   nervuras	
   secundárias;	
   pecíolo	
   2–5	
  
mm	
   compr.,	
   hirsuto.	
   Cimeiras	
   axilares.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas,	
  
brancas;	
   pedicelo	
   até	
   2	
   mm	
   compr.,	
   hirsuto;	
   cálice	
   e	
   corola	
   4-­‐meros,	
  
gamossépalo,	
   dialipétalo;	
   anteras	
   poricidas;	
   ovário	
   súpero.	
   Frutos	
   0.2–0.3	
   cm	
  
compr.,	
  drupáceos,	
  ovoides,	
  roxos	
  quando	
  maduros.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Neotropical,	
   no	
   Brasil	
   está	
   presente	
   na	
   Amazônia,	
  
Caatinga,	
   Cerrado	
   e	
  Mata	
   Atlântica	
   (PB-­‐RS).	
   Na	
   USJ	
   é	
   encontrada	
   apenas	
   na	
  
borda	
  do	
  Fragmento	
  de	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  e	
  frutificação	
  Jul-­‐Out.	
  
	
  
30	
  
	
  
	
  
MELASTOMATACEAE	
  
Miconia	
  minutiflora	
  (Bonpl.)	
  DC.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Cinzeiro,	
  Manipueira	
  	
  
Árvores	
  2.5–4.0	
  m	
  alt.;	
  ramos	
  angulosos,	
  glabros.	
  Folhas	
  4.6–10.8	
  x	
  1.8–4.3	
  cm,	
  
membranáceas,	
   elípticas,	
   base	
   arredondada,	
   ápice	
   acuminado,	
   face	
   adaxial	
  
lustrosa,	
   face	
   abaxial	
   opaca;	
   pecíolo	
   0.4–0.9	
   cm	
   compr.,	
   glabro.	
   Panícula	
  
subterminal.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas,	
   alvas;	
   pedicelo	
   0.3–1.3	
   mm	
  
compr.,	
   glabro;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   gamossépalo,	
   lacínios	
   do	
   cálice	
  
tomentosos,	
   dialipétalo;	
   anteras	
   poricidas;	
   anteras	
   poricidas;	
   ovário	
   súpero.	
  
Frutos	
   1.3–1.8	
   mm	
   compr.,	
   bacáceos,	
   globosos,	
   indumento	
   estrelado,	
   roxos.	
  
Semente-­‐20–30,	
  marrom.	
  	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Da	
  América	
  Central	
  à	
  Bolívia.	
  No	
  Brasil	
  é	
  encontrada	
  na	
  
Amazônia,	
   Caatinga,	
   Cerrado	
   e	
   Floresta	
   Atlântica	
   (RJ-­‐RN).	
   Na	
   USJ	
   ocorre	
   na	
  
borda	
  da	
  mata	
  de	
  todos	
  os	
  fragmentos.	
  
	
  Fenologia:	
  Floração	
  Jul-­‐Set,	
  frutificação	
  Jan-­‐Abr.	
  
31	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Calyptranthes	
  dardanoi	
  Mattos	
  
	
  
Arvoreta	
  2–6	
  m	
  alt.;	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
11.5–15	
   x	
   4.6–6	
   cm,	
   cartáceas,	
   elípticas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
   acuminado,	
  
pontuações	
  translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  piloso.	
  Panícula	
   terminal	
  ou	
  axilar.	
  
Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  monoclamídea;	
  cálice	
  caliptriforme,	
  abertura	
  
regular,	
  opérculo	
  apiculado;	
  estames	
  numerosos;	
  ovário	
  ínfero.	
  Fruto	
  bacáceo,	
  
globoso,	
  cálice	
  persistente.	
  Semente-­‐1(2),	
  subgloboso,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Endêmica	
  do	
  Brasil	
  e	
  conhecida	
  apenas	
  para	
  o	
  estado	
  de	
  
Pernambuco.	
  Na	
  USJ	
   ocorre	
   no	
   interior	
   e	
   borda	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   Cruzinha,	
  
Macacos,	
  Pezinho,	
  Piedade	
  e	
  Vespas.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Fev,	
  frutificação	
  Fev-­‐Jul.	
  
	
  
32	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Campomanesia	
  dichotoma	
  (O.	
  Berg)	
  Mattos	
  
	
  	
  
Arvoreta	
  4–7	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
7.5–11	
  x	
  4–6	
  cm,	
  membranáceas,	
  elípticas,	
  base	
  atenuada	
  a	
  arredondada,	
  ápice	
  
acuminado,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes;	
   pecíolo	
   piloso.	
  Dicásio	
   axilar.	
  
Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas,	
   brancas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   lobos	
   do	
  
cálice	
   de	
   igual	
   comprimento,	
   corola	
   glandulosaadaxialmente;	
   estames	
  
numerosos;	
  ovário	
  ínfero.	
  Fruto	
  campomanesoídio,	
  globoso,	
  cálice	
  persistente.	
  
Semente-­‐10–12,	
  reniformes,	
  coloração	
  uniforme,	
  muricadas.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Endêmica	
   do	
   Brasil,	
   conhecida	
   para	
   Floresta	
   Atlântica	
  
(CE-­‐RJ).	
   Na	
   USJ	
   pode	
   ser	
   encontrada	
   na	
   borda	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   Chave,	
  
Macacos,	
  Pezinho,	
  Piedade,	
  Santa	
  Helena	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mar-­‐Mai.	
  	
  
	
  
33	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  dichroma	
  O.	
  Berg	
  	
  
	
  
Arvoreta-­‐árvore	
  4–8	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  
Folhas	
  8–13.5	
  x	
  2.8–5	
  cm,	
  cartáceas,	
  elípticas,	
  base	
  cuneado,	
  ápice	
  acuminado,	
  
pontuações	
  translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  glabro.	
  Racemo	
  com	
  eixo	
  primário	
  
reduzido,	
   axilar.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   4-­‐meros,	
  
lobos	
   do	
   cálice	
   de	
   igual	
   comprimento,	
   arredondados;	
   estames	
   numerosos;	
  
ovário	
   ínfero.	
  Fruto	
   bacáceo,	
   elipsoide,	
   cálice	
   persistente.	
  Semente	
   elipsoide,	
  
maculada.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Endêmica	
  do	
  Brasil,	
  conhecida	
  somente	
  para	
  a	
  Floresta	
  
Atlântica	
  (PE,	
  BA-­‐RJ).	
  Na	
  USJ	
  é	
  encontrada	
  no	
  interior	
  dos	
  fragmentos	
  de	
  Chave,	
  
Cruzinha,	
  Macacos	
  e	
  Piedade.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Mar,	
  frutificação	
  Fev-­‐Mai.	
  
34	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  excelsa	
  O.	
  Berg	
  
	
  
Arvoreta-­‐árvore	
  3–8	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  
Folhas	
  8–13.5	
  x	
  2.8–5	
  cm,	
  cartáceas,	
  elípticas,	
  base	
  atenuada,	
  ápice	
  acuminado,	
  
pontuações	
  translúcidas	
  presentes.	
  Racemo	
  com	
  eixo	
  primário	
  reduzido,	
  axilar.	
  
Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   4-­‐meros,	
   lobos	
   do	
   cálice	
   de	
  
igual	
  comprimento,	
  agudos;	
  estames	
  numerosos;	
  ovário	
  ínfero.	
  Fruto	
  bacáceo,	
  
subgloboso,	
  cálice	
  persistente.	
  Semente	
  sub-­‐globosa,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Apresenta	
   registro	
   das	
   Guianas	
   até	
   o	
   Brasil,	
   onde	
   é	
  
conhecida	
   para	
   a	
   Amazônia	
   (PA)	
   e	
   Floresta	
   Atlântica	
   (PE	
   e	
   BA-­‐SC).	
   Na	
   USJ	
   é	
  
encontrada	
  no	
  interior	
  dos	
  fragmentos	
  de	
  Macacos	
  e	
  Piedade.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Mar,	
  frutificação	
  Fev-­‐Mai.	
  
35	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  hirta	
  O.	
  Berg	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Murta	
  	
  
Arbusto	
  1–3	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
3–7.7	
   x	
   1.5–3.5	
   cm,	
   membranáceas,	
   ovadas,	
   base	
   obtusa	
   a	
   truncada,	
   ápice	
  
agudo,	
   pilosa,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes.	
  Racemo	
   com	
   eixo	
   primário	
  
reduzido,	
  axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  branco-­‐esverdeadas;	
  cálice	
  e	
  
corola	
  4-­‐meros,	
  lobos	
  do	
  cálice	
  de	
  comprimento	
  desigual;	
  estames	
  numerosos;	
  
ovário	
  ínfero.	
  Fruto	
  bacáceo,	
  globoso.	
  Semente-­‐1,	
  globosa,	
  maculada.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Endêmica	
  da	
  Floresta	
  Atlântica	
  do	
  Brasil	
  (RN-­‐ES).	
  Na	
  USJ	
  
é	
   uma	
   espécie	
   rara	
   e	
   encontrada	
   no	
   interior	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   Chave,	
  
Cruzinha,	
  Piedade,	
  Macacos	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Jan-­‐Mar,	
  frutificação	
  Abr-­‐Jun.	
  
36	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  punicifolia	
  (Kunth)	
  DC.	
  
	
  
Arbusto	
  1–2	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
3–5.5	
   x	
   1–2.5	
   cm,	
   cartáceas,	
   elíptico	
   a	
   obovadas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
  
acuminado,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes.	
   Racemo	
   com	
   eixo	
   primário	
  
reduzido,	
  axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  branco-­‐esverdeadas;	
  cálice	
  e	
  
corola	
  4-­‐meros,	
  lobos	
  do	
  cálice	
  de	
  comprimento	
  desigual;	
  estames	
  numerosos;	
  
ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
   bacáceo,	
   subgloboso.	
   Semente-­‐1,	
   subglobosa,	
   coloração	
  
uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   De	
   Cuba	
   ao	
   Paraguai.	
   No	
   Brasil	
   ocorre	
   na	
   Amazônia,	
  
Caatinga,	
  Cerrado	
  e	
  Mata	
  Atlântica	
  (CE-­‐PR).	
  Na	
  USJ	
  é	
  encontrada	
  na	
  borda	
  dos	
  
fragmentos	
   de	
   BR,	
   Chave,	
   Cruzinha,	
   Macacos,	
   Pezinho,	
   Piedade,	
   Vespas	
   e	
  
Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Fev,	
  frutificação	
  Mar-­‐Mai.	
  
37	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  tumescens	
  B.S.	
  Amorim	
  &	
  M.Alves	
  
	
  
Árvore-­‐Arvoreta	
   3–10	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
  
pilosos.	
   Folhas	
   10–14.5	
   x	
   5.5-­‐6.5	
   cm,	
   cartáceas,	
   elípticas	
   a	
   obovadas,	
   base	
  
atenuada,	
   ápice	
   acuminado,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes.	
  Racemo	
   com	
  
eixo	
  primário	
  reduzido,	
  axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  brancas;	
  cálice	
  
4-­‐mero,	
   lacínios	
   de	
   igual	
   comprimento;	
   corola	
   4-­‐mera;	
   estames	
   numerosos;	
  
ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
   bacáceo,	
   elipsoide,	
   rugoso-­‐glanduloso.	
   Semente-­‐1,	
  
elipsoide,	
  maculada.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Até	
   o	
   momento	
   conhecida	
   apenas	
   para	
   a	
   Floresta	
  
Atlântica	
  do	
  Nordeste	
  (PE).	
  Na	
  USJ	
  é	
  uma	
  espécie	
  rara	
  e	
  encontrada	
  no	
  interior	
  
dos	
  fragmentos	
  de	
  Cruzinha,	
  Macacos	
  e	
  Pezinho.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Set-­‐Out,	
  frutificação	
  Out-­‐Dez.	
  
	
  
38	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  umbelliflora	
  O.	
  Berg	
  
	
  	
  
Arvoreta	
  3–5	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
5–9.5	
   x	
   3–4.5	
   cm,	
   cartáceas,	
   elípticas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
   arredondado,	
  
glabra,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes.	
   Racemo	
   com	
   eixo	
   primário	
  
reduzido,	
  axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  esverdeadas;	
  cálice	
  e	
  corola	
  
4-­‐meros,	
   lobos	
   do	
   cálice	
   de	
   igual	
   comprimento;	
   estames	
   numerosos;	
   ovário	
  
ínfero.	
   Fruto	
   bacáceo,	
   subgloboso,	
   cálice	
   persistente.	
   Semente	
   subglobosa,	
  
coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Endêmica	
   do	
   Brasil,	
   conhecida	
   para	
   Floresta	
   Atlântica	
  
(PE-­‐SC).	
   Na	
   USJ	
   é	
   encontrada	
   no	
   interior	
   de	
   fragmentos	
   de	
   Chave,	
  Macacos,	
  
Piedade	
  e	
  Vespas.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Abr-­‐Ago,	
  frutificação	
  Set-­‐Dez.	
  
	
  
39	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  umbrosa	
  O.	
  Berg	
  
	
  
Arvoreta	
  3–7	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
10.5–27	
   x	
   5.5–7.5	
   cm,	
   cartáceas,	
   obovadas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
   acuminado,	
  
pontuações	
  translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  glabro.	
  Racemo	
  com	
  eixo	
  primário	
  
reduzido,	
   axilar.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   4-­‐meros,	
  
lobosdo	
  cálice	
  de	
  igual	
  comprimento;	
  estames	
  numerosos;	
  ovário	
  ínfero.	
  Fruto	
  
bacáceo,	
  elipsoide,	
  verrucoso.	
  Semente-­‐1,	
  elipsoide,	
  maculada.	
  	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Endêmica	
   do	
   Brasil,	
   conhecida	
   para	
   Floresta	
   Atlântica	
  
(PE,	
  AL,	
  RJ,	
  MG).	
  Na	
  USJ	
  é	
  encontrada	
  no	
   interior	
  de	
   fragmentos	
  de	
  Macacos,	
  
Pezinho,	
  Piedade,	
  Vespas	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Fev-­‐Abr,	
  frutificação	
  Mar-­‐Ago.	
  
40	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Eugenia	
  uniflora	
  L.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Pitanga	
  	
  
Arbusto–arvoreta,	
   3–7	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
  
pilosos.	
   Folhas	
   3–5.5	
   x	
   1.2–3	
   cm,	
   membranáceas,	
   elípticas,	
   base	
   atenuada,	
  
ápice	
   agudo,	
   pontuações	
   translúcidas	
  presentes;	
   pecíolo	
   glabro.	
  Racemo	
  com	
  
eixo	
  primário	
  reduzido,	
  axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas;	
  cálice	
  e	
  corola	
  
4-­‐meros,	
   lobos	
   do	
   cálice	
   de	
   igual	
   comprimento;	
   estames	
   numerosos;	
   ovário	
  
ínfero.	
   Fruto	
   bacáceo,	
   subgloboso,	
   8-­‐costado.	
   Semente-­‐1,	
   subgloboso,	
  
coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Do	
  Uruguai	
  ao	
  Brasil.	
  Cerrado	
  e	
  Mata	
  Atlântica	
  (PE,	
  BA-­‐
RS).	
   Na	
   USJ	
   ocorre	
   na	
   borda	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   Piedade	
   e	
   Zambana,	
   em	
  
ambientes	
  parcialmente	
  antropizados.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Ago-­‐Mar,	
  frutificação	
  Ago-­‐Mar.	
  
41	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrcia	
  bergiana	
  O.	
  Berg	
  
	
  
Arvoretas	
   3–7	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
   pilosos.	
  
Folhas	
   5–10	
   x	
   2.8–4	
   cm,	
   cartáceas,	
   elípticas,	
   base	
   obtusa,	
   ápice	
   acuminado,	
  
pontuações	
  translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  piloso.	
  Panícula	
   terminal	
  ou	
  axilar.	
  
Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   lobos	
   do	
   cálice	
   de	
  
igual	
   comprimento,	
   2	
   mm	
   compr.;	
   estames	
   numerosos;	
   ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
  
bacáceo,	
  globoso.	
  Semente-­‐1-­‐2,	
  subglobosa,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Endêmica	
   da	
   Floresta	
   Atlântica	
   Brasileira	
   (RN-­‐ES).	
   Na	
  
USJ	
   é	
   encontrada	
   na	
   borda	
   e	
   interior	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   Chave,	
   Cruzinha,	
  
Macacos,	
  Piedade	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Jan-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mar-­‐Mai.	
  
42	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrcia	
  guianensis	
  (Aubl.)	
  DC.	
  
	
  
Arbustos	
  ou	
  arvoretas,	
  3–12	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  
pilosos.	
  Folhas	
  3–7.5	
  x	
  1.5-­‐3.5	
  cm,	
  membranáceas,	
  elípticas,	
  base	
  obtusa,	
  ápice	
  
aguda,	
  pontuações	
  translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  piloso.	
  Panícula	
  terminal	
  ou	
  
axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas;	
  cálice	
  e	
  corola	
  5-­‐meros,	
  lobos	
  do	
  cálice	
  
de	
   comprimento	
   desigual,	
   3	
   maiores	
   de	
   2mm	
   compr.,	
   2	
   menores	
   de	
   1mm	
  
compr.;	
   estames	
   numerosos;	
   ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
   bacáceo,	
   subgloboso.	
  
Semente-­‐1-­‐2(3),	
  subglobosa,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Amplamente	
   distribuída	
   na	
  América	
   do	
   Sul,	
   ocorre	
   na	
  
Amazônia,	
  Caatinga,	
  Cerrado	
  e	
  Mata	
  Atlântica	
  (CE-­‐RS).	
  Na	
  USJ	
  é	
  encontrada	
  na	
  
borda	
   e	
   interior	
   de	
   fragmentos	
   de	
   BR,	
   Chave,	
   Cruzinha,	
   Macacos,	
   Piedade,	
  
Santa	
  Helena,	
  Vespas	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Jan-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mar-­‐Jul.	
  
43	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrcia	
  racemosa	
  (O.	
  Berg)	
  Kiaersk	
  
	
  
Arvoretas	
   3–6	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
   pilosos.	
  
Folhas	
   6–9	
   x	
   3–3.5	
   cm,	
   cartáceas,	
   elípticas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
   acuminado,	
  
pontuações	
  translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  glabro.	
  Panícula	
  terminal	
  ou	
  axilar.	
  
Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   lobos	
   do	
   cálice	
   de	
  
igual	
  comprimento;	
  estames	
  numerosos;	
  ovário	
  ínfero.	
  Fruto	
  bacáceo,	
  globoso.	
  
Semente-­‐1(2),	
  subglobosa,	
  coloração	
  uniforme.	
  
	
  Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Endêmica	
   do	
   Brasil,	
   ocorre	
   no	
   Cerrado	
   e	
   Floresta	
  
Atlântica	
   (PE,	
   BA-­‐SC).	
   Na	
   USJ	
   é	
   encontrada	
   no	
   interior	
   dos	
   fragmentos	
   de	
  
Macacos,	
  Pezinho,	
  Piedade	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Fev,	
  frutificação	
  Mar-­‐Mai.	
  
44	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrcia	
  spectabilis	
  DC.	
  
	
  
Arvoretas	
   3–6	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
   pilosos.	
  
Folhas	
   12–15	
   x	
   3.5–5.5	
   cm,	
   elípticas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
   acuminado,	
  
coriáceas,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes.	
   Panícula	
   terminal	
   ou	
   axilar.	
  
Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas;	
  cálice	
  5-­‐mero,	
  lacínios	
  de	
  igual	
  comprimento,	
  
imbricados;	
   corola	
  5-­‐mera;	
   estames	
  numerosos;	
  ovário	
   ínfero.	
  Fruto	
   bacáceo,	
  
globoso.	
  Semente-­‐1(2),	
  subglobosa,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Endêmica	
   da	
   Floresta	
  Atlântica	
  Brasileira	
   (PE,	
  AL,	
  MG-­‐
SC).	
  Na	
  USJ	
  é	
  encontrada	
  no	
  interior	
  dos	
  fragmentos	
  de	
  Macacos	
  e	
  Piedade.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Jan,	
  frutificação	
  Fev-­‐Mai.	
  
	
  
45	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrcia	
  splendens	
  (Sw.)	
  DC.	
  
	
  
Arvoretas	
   3–7	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
   pilosos.	
  
Folhas	
   5–12	
   x	
   2–5	
   cm,	
   cartáceas,	
   elípticas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
   acuminado,	
  
venação	
   primária	
   plano-­‐convexa	
   adaxialmente,	
   pontuações	
   translúcidas	
  
presentes;	
   pecíolo	
   piloso.	
   Panícula	
   terminal	
   ou	
   axilar.	
   Flores	
   bissexuadas,	
  
actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   lobos	
   do	
   cálice	
   de	
   igual	
   comprimento;	
  
estames	
   numerosos;	
   ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
   bacáceo,	
   elipsoide.	
   Semente-­‐1,	
  
elipsoide,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Amplamente	
   distribuída	
   na	
  América	
   do	
   Sul,	
   ocorre	
   na	
  
Amazônia,	
   Caatinga,	
   Cerrado,	
   Mata	
   Atlântica	
   (CE-­‐RS)	
   e	
   Pantanal.	
   Na	
   USJ	
   é	
  
encontrada	
   na	
   borda	
   e	
   interior	
   de	
   fragmentos	
   de	
   Chave,	
   Cruzinha,	
  Macacos,	
  
Piedade,	
  Santa	
  Helena,	
  Vespas	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Nov-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mar-­‐Mai.	
  
46	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrcia	
  sylvatica	
  (G.	
  Mey)	
  DC.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Cupuna	
  	
  
Arvoretas	
   3–7	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
   pilosos.	
  
Folhas	
   4–6	
   x	
   1.5–2	
   cm,	
   cartáceas,	
   ovadas,	
   base	
   cuneada,	
   ápice	
   acuminado,	
  
venação	
   primária	
   côncava	
   adaxialmente,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes;	
  
pecíolo	
   glabro.	
  Panícula	
   terminal	
   ou	
   axilar.	
   Flores	
   bissexuadas,actinomorfas;	
  
cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   lobos	
   do	
   cálice	
   de	
   igual	
   comprimento;	
   estames	
  
numerosos;	
   ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
   bacáceo,	
   elipsoide.	
   Semente-­‐1,	
   elipsoide,	
  
coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Amplamente	
  distribuída	
  na	
  América	
  do	
  Sul,	
  ocorre	
  em	
  
todas	
   as	
   regiões	
   do	
   Brasil.	
   Na	
  USJ	
   é	
   uma	
   espécie	
   frequente	
   e	
   encontrada	
   na	
  
borda	
   e	
   interior	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   BR,	
   Chave,	
   Cruzinha,	
   Macacos,	
   Piedade,	
  
Santa	
  Helena,	
  Vespas	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Out-­‐Fev,	
  frutificação	
  Mar-­‐Mai.	
  
47	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrcia	
  tomentosa	
  (Aubl.)	
  DC.	
  	
  
	
  
Arvoretas	
   5–7	
   m	
   alt.,	
   tronco	
   com	
   córtex	
   esfoliante;	
   ramos	
   jovens	
   pilosos.	
  
Folhas	
  4–8	
  x	
  2.5–4.5	
  cm,	
  cartáceas,	
  elípticas	
  ou	
  obovadas,	
  base	
  atenuada,	
  ápice	
  
apiculado	
   ou	
   acuminado,	
   pontuações	
   translúcidas	
   presentes;	
   pecíolo	
   piloso.	
  
Panícula	
  terminal	
  ou	
  axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas;	
  cálice	
  e	
  corola	
  5-­‐
meros,	
  lobos	
  do	
  cálice	
  de	
  lacínios	
  de	
  comprimento	
  desigual,	
  4	
  maiores	
  de	
  2mm	
  
compr.,	
   1	
   menor	
   de	
   1mm	
   compr.;	
   estames	
   numerosos;	
   ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
  
bacáceo,	
  subgloboso.	
  Semente-­‐1–2,	
  subglobosa,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Amplamente	
   distribuída	
   na	
  América	
   do	
   Sul,	
   ocorre	
   na	
  
Amazônia,	
   Caatinga,	
   Cerrado,	
   Mata	
   Atlântica	
   (CE-­‐PR)	
   e	
   Pantanal.	
   Na	
   USJ	
   é	
  
encontrada	
   na	
   borda	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   Chave,	
  Macacos,	
   Piedade,	
   Vespas	
   e	
  
Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Nov-­‐Jan,	
  frutificação	
  Fev-­‐Abr.	
  
48	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Myrciaria	
  ferruginea	
  O.	
  Berg	
  
	
  
Arbusto	
  1–3	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
1.5–3	
   x	
   1–1.2	
   cm,	
   membranáceas,	
   ovadas,	
   base	
   obtusa,	
   ápice	
   atenuado,	
  
pontuações	
   translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  piloso.	
  Racemo	
  com	
  eixo	
  primário	
  
reduzido,	
   axilar.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   4-­‐meros,	
  
lobos	
  do	
  cálice	
  de	
  igual	
  comprimento;	
  estames	
  numerosos;	
  ovário	
  ínfero.	
  Fruto	
  
bacáceo,	
  globoso,	
  lobos	
  do	
  cálice	
  decíduos.	
  Semente-­‐1,	
  globosa,	
  maculada.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Endêmica	
  para	
  a	
  Floresta	
  Atlântica	
  do	
  Brasil	
  (PE,	
  AL,	
  BA-­‐
ES).	
   Na	
   USJ	
   é	
   encontrada	
   no	
   interior	
   de	
   fragmentos	
   de	
   Chave,	
   Macacos,	
  
Piedade,	
  Vespas	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mar-­‐Mai.	
  
	
  
49	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Psidium	
  guajava	
  L.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Goiaba	
  	
  
Arvoretas	
  ou	
  arbustos,	
  3–7	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  
pilosos.	
  Folhas	
  5–11.5	
  x	
  2.5–5.5	
  cm,	
  cartáceas,	
  elípticas,	
  base	
  atenuada,	
  ápice	
  
acuminado,	
  pontuações	
  translúcidas	
  presentes;	
  pecíolo	
  piloso.	
  Flores	
  solitárias,	
  
bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   cálice	
   e	
   corola	
   4-­‐5-­‐meros,	
   lobos	
  do	
   cálice	
   de	
   igual	
  
comprimento;	
  botões	
  florais	
  fechados,	
  abertura	
  irregular;	
  estames	
  numerosos;	
  
ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
   solanídio,	
   subgloboso.	
   Sementes	
   numerosas,	
   reniformes,	
  
coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Amplamente	
  distribuída	
  e	
  cultivada	
  na	
  América	
  Tropical	
  
e	
   Subtropical.	
   Na	
   USJ	
   é	
   uma	
   espécie	
   ocasional	
   em	
   ambientes	
   parcialmente	
  
antropizados.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mai-­‐Jun.	
  
50	
  
	
  
	
  
MYRTACEAE	
  
Psidium	
  guineense	
  Sw.	
  	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Araçá	
  	
  
Arbustos	
  1–3	
  m	
  alt.,	
  tronco	
  com	
  córtex	
  esfoliante;	
  ramos	
  jovens	
  pilosos.	
  Folhas	
  
7–11	
  x	
  4–7	
  cm,	
  cartáceas,	
  elípticas,	
  base	
  obtusa,	
  ápice	
  apiculado	
  a	
  acuminado,	
  
pontuações	
   translúcidas	
   presentes;	
   pecíolo	
   piloso.	
   Dicásio	
   axilar	
   ou	
   flores	
  
solitárias.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas;	
  cálice	
  e	
  corola	
  4-­‐5-­‐meros,	
  lobos	
  do	
  
cálice	
   de	
   igual	
   comprimento;	
   botões	
   florais	
   fechados,	
   abertura	
   irregular;	
  
estames	
   numerosos;	
   ovário	
   ínfero.	
   Fruto	
   solanídio,	
   sub-­‐globoso.	
   Sementes	
  
numerosas,	
  reniformes,	
  coloração	
  uniforme.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Amplamente	
  distribuída	
  e	
  cultivada	
  na	
  América	
  Tropical.	
  
Na	
  USJ	
  é	
  encontrada	
  na	
  borda	
  dos	
  fragmentos	
  de	
  BR,	
  Chave,	
  Cruzinha,	
  Pezinho,	
  
Piedade,	
  Santa	
  Helena,	
  Vespas	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez-­‐Abr.,	
  frutificação	
  Dez-­‐Abr.	
  
51	
  
	
  
	
  
RUBIACEAE	
  
Alseis	
  pickelii	
  Pilg.	
  &	
  Schmale	
  	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Goiabinha	
  
Árvores	
   3–7	
   m	
   de	
   alt;	
   ramos	
   estriados,	
   glabros,	
   estípulas	
   interpeciolares	
  
inteiras.	
  Folhas	
  3–18	
  x	
  1.5–6.2	
  cm,	
  membranáceas,	
  opostas	
  cruzadas,	
  obovada-­‐
elípticas,	
   base	
   atenuada,	
   ápice	
   cuneado-­‐arredondado,	
   glabras;	
   pecíolo	
   0.5–1	
  
cm	
   compr.	
   Racemo	
   espiciforme	
   multifloro,	
   terminal.	
   Flores	
   bissexuadas,	
  
actinomorfas;	
  sésseis;	
  cálice	
  e	
  corola	
  5-­‐meros,	
  cálice	
  persistente,	
  verde;	
  corola	
  
campanulada,	
   branco-­‐amarelada;	
   estames	
   excertos,	
   pilosos	
   da	
   base	
   à	
   porção	
  
mediana;	
   ovário	
   ínfero,	
   estiletes	
   excertos,	
   bífidos.	
   Fruto	
   cápsula,	
   glabra,	
  
subcilíndrica,	
  lenhoso.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Endêmica	
  do	
  Brasil,	
  ocorre	
  na	
  Caatinga	
  e	
  Mata	
  Atlântica	
  
(RN-­‐RJ).	
   Na	
   USJ	
   é	
   encontrada	
   na	
   borda	
   dos	
   fragmentos	
   de	
   BR,	
   Macacos,	
  
Pezinho	
  e	
  Piedade.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Out-­‐Dez,	
  frutificação	
  Fev-­‐Set.	
  
52	
  
	
  
	
  
RUBIACEAE	
  
Posoqueria	
  longiflora	
  Aubl.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Laranja	
  de	
  macaco	
  
Arbusto	
   2–4	
   m	
   alt.;	
   ramos	
   jovens	
   com	
   tricomas,	
   estriados;	
   estípulas	
  
interpeciolares	
   triangulares,	
   inteiras.	
   Folhas	
   11–18	
   x	
   5–8	
   cm,	
  membranáceas,	
  
elípticas,	
  ovadas	
  ou	
  obovadas,	
  base	
  atenuada,	
  ápice	
  agudo,	
  glabras;	
  pecíolo	
  1–
1.5	
  cm	
  compr.	
  Corimbo,	
  3–7	
  floro,	
  terminal.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas;	
  
pedicelo	
   1–2	
   cm	
   compr.,	
   pubescente;	
   cálice	
   e	
   corola	
   5-­‐meros,	
   cálice	
  
persistente,	
   tubo	
   da	
   corola	
   muito	
   longo,	
   com	
   até	
   25	
   cm	
   compr.,	
   lacínios	
  
brancos;	
   ovário	
   ínfero.	
   Frutos	
   2.5–4	
   cm	
   compr.,	
   bagas,	
   globosos,	
   glabros,	
  
verdes	
  quando	
  imaturos	
  e	
  amarelos	
  a	
  alaranjados	
  maduros.	
  	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Da	
   Venezuela	
   ao	
   Brasil,	
   onde	
   ocorre	
   na	
   Amazônia,	
  
Cerrado	
  e	
  Mata	
  Atlântica	
  (PB-­‐ES).	
  Na	
  USJ	
  é	
  encontrada	
  na	
  borda	
  e	
  no	
   interior	
  
dos	
   fragmentos	
   de	
   Pezinho,	
   Piedade,Vespas	
   e	
   Zambana,	
   além	
   de	
   áreas	
   de	
  
capoeira.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Mar-­‐Mai,	
  frutificação	
  Mai-­‐Dez.	
  
53	
  
	
  
	
  
SAPOTACEAE	
  
Pradosia	
  lactescens	
  (Vell.)	
  Radlk.	
  
Nome	
  popular:	
  Mama	
  de	
  cachorro	
  
Árvores	
   10–20	
   m	
   alt.	
   Folhas	
   6.5–12.2	
   ×	
   2.2–3.7	
   cm,	
   margem	
   plana,	
  
membranáceas,	
   oblanceoladas	
   a	
   lanceoladas,	
   concolores,	
   glabras.	
   Fascículo	
  
10–20-­‐floro,	
   caulifloros.	
   Flores	
   bissexuadas,	
   actinomorfas;	
   pedicelo	
   4–5	
   mm	
  
compr.,	
  glabro;	
  cálice	
  e	
  corola	
  5-­‐meros;	
  gamopétala,	
  lacínios	
  da	
  corola	
  róseos	
  a	
  
arroxeados,	
   glabros;	
   estames	
   5,	
   excertos,	
   glabros,	
   estaminódios	
   ausentes;	
  
ovário	
   5-­‐locular,	
   pubescente.	
   Frutos	
   4–5	
   cm	
   compr.,	
   elipsoides,	
   epicarpo	
  
glabro,	
  amarelo.	
  Semente	
  ca.	
  3	
  cm	
  compr.,	
  única.	
  	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Espécie	
  endêmica	
  da	
  Mata	
  Atlântica	
  Brasileira	
   (PE-­‐PR).	
  
Na	
  USJ	
  foi	
  encontrada	
  nas	
  Matas	
  de	
  Piedade	
  e	
  Santa	
  Helena.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Ago-­‐Fev,	
  frutificação	
  Set-­‐Abr.	
  
54	
  
	
  
	
  
SIPARUNACEAE	
  
Siparuna	
  guianensis	
  Aubl.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Catingueira	
  de	
  paca,	
  Erva	
  Santa	
  Maria,	
  Negramina	
  
Árvores	
   5–15	
   m	
   alt.,	
   com	
   odor	
   desagradável;	
   ramos	
   jovens	
   glabros,	
  
esverdeados.	
   Folhas	
   4–12	
   x	
   10–21.3	
   cm,	
   membranáceas,	
   elípticas	
   a	
  
lanceoladas,	
   base	
   cuneada,	
   ápice	
   cuspidato;	
   pecíolo	
   0.5–1.5	
   cm	
   compr.	
  
Racemos	
   5–15-­‐floros.	
   Flores	
   unissexuadas,	
   actinomorfas,	
   monoclamídeas;	
  
pedicelo	
  0.3–1.2	
  cm	
  compr.,	
  glabro;	
  dialissépalo;	
  ovário	
  súpero.	
  Fruto	
  múltiplo,	
  
frutíolos	
   4.6–5.4	
   x	
   3.6–4.2	
   mm	
   compr.,	
   drupoides,	
   papilosos,	
   amarelados.	
  
Semente-­‐1,	
  elipsoide,	
  creme.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Da	
  Nicarágua	
  ao	
  Paraguai,	
  no	
  Brasil	
  pode	
  ser	
  encontrada	
  
na	
   Amazônia,	
   Caatinga,	
   Cerrado,	
   Mata	
   Atlântica	
   (CE-­‐PR)	
   e	
   Pantanal.	
   Na	
   USJ	
  
ocorre	
  na	
  borda	
  e	
  interior	
  dos	
  fragmentos	
  de	
  Pezinho,	
  Piedade,	
  Santa	
  Helena	
  e	
  
em	
  áreas	
  de	
  capoeira.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Ago-­‐Dez,	
  frutificação	
  Mar-­‐Jul.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Espécies	
  com	
  folhas	
  
simples	
  e	
  alternas	
  
Xylopia	
  frutescens	
  Aubl.	
  	
  
57	
  
	
  
	
  
ANNONACEAE	
  
Anaxagorea	
  dolichocarpa	
  Sprague	
  &	
  Sandwith	
  	
  
Nome	
  popular:	
  Envira	
  anacoré,	
  Envira	
  branca,	
  Paixinho	
  
Arvoreta	
  2–10	
  m	
  de	
  alt.;	
  ramos	
  acinzentados	
  com	
  tricomas	
  ferrugíneos.	
  Folhas	
  
16–21	
   x	
   4.5–6.5	
   cm,	
   inteiras,	
   elípticas,	
   base	
   equilateral,	
   ápice	
   acuminado,	
  
glabras;	
   pecíolo	
   0.5–2	
   cm	
   compr.,	
   intumescido.	
   Cimeira	
   1–4-­‐flora,	
   cauliflora,	
  
axilar.	
  Flores	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  carnosas,	
  beges;	
  cálice	
  dialissépalo,	
  3-­‐
mero;	
   corola	
   dialipétala,	
   6-­‐mera;	
   estames	
   numerosos,	
   espiralados;	
   gineceu	
  
apocárpico	
  com	
  carpelos	
  numerosos,	
  súpero.	
  Fruto	
  múltiplo	
  livre	
  com	
  frutíolos	
  
deiscentes	
   na	
   maturação,	
   cada	
   frutíolo	
   com	
   um	
   folículo.	
   Sementes-­‐2	
   por	
  
frutíolo,	
  justapostas,	
  endosperma	
  ruminado.	
  	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Colômbia	
   a	
   Bolívia,	
   no	
   Brasil	
   é	
   registrada	
   para	
   a	
  
Amazônia,	
  Cerrado	
  (GO)	
  e	
  Floresta	
  Atlântica	
  (PB-­‐RJ).	
  Na	
  USJ	
  ocorre	
  no	
  interior	
  
dos	
  fragmentos	
  de	
  Piedade	
  e	
  Zambana.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Out,	
  frutificação	
  Jul-­‐Abr.	
  
58	
  
	
  
	
  
	
  
ANNONACEAE	
  
Annona	
  montana	
  Macfad.	
  	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Jaca	
  de	
  pobre	
  
Árvore	
  7–10	
  m	
  de	
  alt.;	
  ramos	
  acinzentados,	
  lenticelados.	
  Folhas	
  7.2–20	
  x	
  3.2–7	
  
cm,	
   inteiras,	
   obovadas,	
   base	
   equilateral,	
   ápice	
   agudo	
   a	
   acuminado,	
   glabras;	
  
pecíolo	
  5–7	
  mm	
  compr.	
  Flores	
   solitárias,	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
   carnosas,	
  
beges;	
   cálice	
   dialissépalo,	
   3-­‐mero;	
   corola	
   dialipétala,	
   6-­‐mera;	
   estames	
  
numerosos,	
  espiralados;	
  gineceu	
  apocárpico	
  com	
  carpelos	
  numerosos,	
  súpero.	
  
Fruto	
   múltiplo	
   estrobiliforme,	
   indeiscente,	
   frutíolos	
   carnosos,	
   superfície	
  
espinhosa.	
  Sementes-1	
  por	
  frutíolo,	
  endosperma	
  ruminado.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Amplamente	
  distribuída	
  na	
  região	
  Neotropical.	
  No	
  Brasil	
  
é	
   registrada	
   para	
   a	
   Amazônia,	
   Floresta	
   Atlântica	
   (CE-­‐PR)	
   e	
   Pantanal.	
   Na	
   USJ	
  
ocorre	
  na	
  borda	
  da	
  Mata	
  de	
  Piedade.	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Dez,	
  frutificação	
  Jan.	
  
59	
  
	
  
	
  
ANNONACEAE	
  
Cymbopetalum	
  brasiliense	
  (Vell.)	
  Benth.	
  ex	
  Baill.	
  	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Envira	
  da	
  mata	
  
	
  
Arvoreta	
   2–8	
   m	
   de	
   alt.;	
   ramos	
   acinzentados.	
   Folhas	
   11.5–25.5	
   x	
   4.5–11	
   cm,	
  
inteiras,	
   elípticas,	
   base	
   cuneada,	
   ápice	
   acuminado;	
   pecíolo	
   3–7	
   mm	
   compr.	
  
Flores	
  solitárias,	
  bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  carnosas,	
  beges;	
  cálice	
  e	
  corola	
  3-­‐
meros,	
   dialissépalo,	
   dialipétala;	
   estames	
   numerosos,	
   espiralados;	
   gineceu	
  
apocárpico	
  com	
  carpelos	
  numerosos,	
  súpero.	
  Fruto	
  múltiplo	
  livre	
  com	
  frutíolos	
  
estipitados,	
   deiscentes	
   na	
   maturação,	
   foliculares.	
   Sementes-­‐1–5	
   por	
   frutíolo,	
  
endosperma	
  ruminado.	
  
Habitat	
  e	
  distribuição:	
  Do	
  Panamá	
  a	
  Bolívia,	
  no	
  Brasil	
  é	
  registrada	
  na	
  Amazônia	
  
e	
   na	
   Floresta	
  Atlântica	
   (PE-­‐RJ).	
  Na	
  USJ	
   está	
  presente	
  na	
  Mata	
  de	
  Pezinho,	
   no	
  
interior	
  do	
  fragmento.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Set-­‐Mar,	
  frutificação	
  Mar-­‐Out.	
  
60	
  
	
  
	
  
ANNONACEAE	
  
Guatteria	
  pogonopus	
  Mart.	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Envira	
  de	
  caboclo,	
  Miúm	
  
Arvoreta	
   2–8	
   m	
   de	
   alt.;	
   ramos	
   amarronzados.	
   Folhas	
   5–21	
   x	
   2.2–7.5	
   cm,	
  
inteiras,	
   elípticas,	
   base	
   cuneada	
   a	
   arredondada,	
   ápice	
   acuminado,	
   glabra;	
  
pecíolo	
   2–10	
   mm	
   compr.	
   Cimeira	
   2–3-­‐flora,	
   ou	
   flores	
   solitárias.	
   Flores	
  
bissexuadas,	
  actinomorfas,	
  carnosas,	
  beges;	
  cálice	
  dialissépalo,	
  3-­‐mero;	
  corola	
  
dialipétala,	
  6-­‐mera;	
  estames	
  numerosos,	
  espiralados;	
  gineceu	
  apocárpico	
  com	
  
carpelos	
   numerosos,	
   súpero.	
   Fruto	
   múltiplo	
   livre	
   com	
   frutíolos	
   indescentes,	
  
carnosos.	
  Sementes-­‐1	
  por	
  frutíolo,	
  endosperma	
  ruminado.	
  
Habitat	
   e	
   distribuição:	
   Espécie	
   endêmica	
   da	
   Floresta	
   Atlântica	
   Brasileira	
   (CE-­‐
ES).	
  Na	
  USJ	
  ocorre	
  na	
  borda	
  de	
  todos	
  os	
  fragmentos.	
  	
  
Fenologia:	
  Floração	
  Jul-­‐Dez,	
  frutificação	
  Jan-­‐Set.	
  
	
  
61	
  
	
  
	
  
ANNONACEAE	
  
Guatteria	
  schomburgkiana	
  Mart.	
  	
  
	
  
Nome	
  popular:	
  Envira,	
  Imbira,	
  Invira,	
  Maria	
  preta	
  
Arvoreta	
  4	
  m	
  de	
  alt.;	
  ramos	
  acinzentados.	
  Folhas	
  6.2–11	
  x	
  2.2–3.1	
  cm,	
  inteiras,	
  
lanceoladas,	
   base	
   arredondada,	
   ápice

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