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Plantas da Mata Atlântica Guia de Árvores e Arbustos da Usina São José (Pernambuco) Maria Teresa Buril Aline Melo Anderson Alves-Araújo Marccus Alves (Editores) Recife - 2013 Plantas da Mata Atlântica -‐ Guia de Árvores e Arbustos da Usina São José (Pernambuco) -‐ Maria Teresa Buril Aline Melo Anderson Alves-‐Araújo Marccus Alves (Editores) Laboratório de Morfo-‐Taxonomia Vegetal Universidade Federal de Pernambuco www.morfotaxonomia.com Recife -‐ 2013 -‐ Apresentação -‐ O objetivo deste livro “Plantas da Mata Atlântica -‐ Guia de Identificação de Árvores e Arbustos da Usina São José (Pernambuco)” é auxiliar no reconhecimento e identificação de espécies vegetais frequentes na paisagem da Usina São José e em fragmentos Floresta Atlântica de Terras Baixas ao norte do Rio São Francisco. Dois grandes projetos de pesquisa foram desenvolvidos na USJ, totalizando seis anos de estudos intensivos (2007-‐2013). Até o momento, são conhecidas mais de 800 espécies de Angiospermas e diversas famílias já foram monografadas e publicadas no periódico Rodriguesia desde 2010. As expedições de campo foram concentradas em nove fragmentos de diversos tamanhos: Pezinho, Santa Helena e Vespas (considerados pequenos), BR, Chave e Cruzinha (médios) e Macacos, Piedade e Zambana (considerados grandes). Neste Guia são ilustradas 106 espécies de árvores e arbustos, representando mais de 10% da diversidade da área, e cada página apresenta: 1. Fotos diagnósticas, 2. Epíteto específico, 3. Nome popular, quando disponível, 4. Descrição sucinta, 5. Comentários de distribuição geográfica, 6. Dados de fenologia. Para as informações de distribuição geográfica, foram utilizadas bibliografias especializadas e a Lista de Espécies da Flora do Brasil (2013). Por último, é apresentada a distribuição da espécie nos limites da Usina São José, assim como sua fenologia. As amostras estão depositadas no herbário Geraldo Mariz (UFP), da Universidade Federal de Pernambuco e as famílias e nomes das espécies seguiram o APG III. -‐ Agradecimentos -‐ Os editores gostariam de agradecer a todos que colaboraram com a produção deste guia, entre eles: Ao Projeto “Sustentabilidade de remanescentes de Floresta Atlântica e suas implicações para conservação e desenvolvimento local”, com o financiamento do BMBF/Alemanha e CNPq/Brasil, através do qual a iniciou os estudos botânicos na Usina São José (2007-‐2009). Às coordenadoras do Projeto acima citado, Dra. Ana Carolina Borges Lins e Silva e Dra. Maria de Jesus Nogueira Rodal, ambas da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Aos Projetos vinculados ao Projeto Floresta Atlântica do Nordeste (PFA), sob financiamento do CNPq, CAPES, “U.S. National Science Foundation (DEB-‐ 0946618)”, “Velux Stiftung” e a “Beneficia Foundation”, através dos quais foi possível a realização de coletas desde 2010 até o presente momento e tornou possível esta publicação. Aos coordenadores do PFA, Dra. Maria Regina Vasconcelos Barbosa, da Universidade Federal da Paraíba e Dr. William Wayt Thomas, do New York Botanical Garden, Estados Unidos. Aos curadores dos Herbários visitados, bem como aos especialistas consultados para a identificação das espécies. À Universidade Federal de Pernambuco, pela estrutura especialmente ao Herbário UFP e respectiva curadora Biól. Marlene Barbosa. Ao Programa de Pós-‐graduação em Biologia Vegetal pelo apoio durante a execução dos projetos na área estudada. À equipe gestora da Usina São José/Grupo Cavalcanti-‐Petribú, pelo acesso às áreas de estudo. Ao auxiliar de campo Marcos Chagas. A todos os autores das espécies incluídas nesse Guia e demais colaboradores do Laboratório de Morfo-‐taxonomia Vegetal, da Universidade Federal de Pernambuco, pelo esforço e dedicação as descrições, coleta de amostras e fotografias dos táxons, o que tornou este guia possível. 6 -‐ INTRODUÇÃO -‐ A Mata Atlântica nordestina e a paisagem na Usina São José Ana Carolina Borges Lins e Silva (UFRPE) Maria Jesus Nogueira Rodal (UFRPE) Pensar sobre a mata atlântica nordestina, especialmente ao norte do Rio São Francisco, nos dias presentes, remete-‐nos a paisagens nos quais as florestas são manchas pequenas e irregulares, imersas em extensos canaviais ou em áreas urbanas. A História conta que essas paisagens tornaram-‐se fragmentadas e empobrecidas, inicialmente, devido à extração madeireira seletiva, em especial do pau-‐brasil, entre os séculos XVI e XVII, seguida da derrubada para substituição por pastagens e agricultura, destacando-‐se o monocultivo da cana-‐de-‐açúcar, com grande impulso no Nordeste a partir do século XVIII e, por fim, para expansão de núcleos urbanos e industriais, no século XX (CÂMARA, 2005). Os atuais remanescentes, embora severamente impactados, são resquícios de um bioma que exibe o status de ser, ao mesmo tempo, um dos mais ricos em biodiversidade e endemismo, e um dos mais ameaçados do mundo. Um bioma que está reduzido, nas estimativas mais recentes, a 11,4% da sua cobertura original (RIBEIRO et al., 2009) e que, por essesmotivos, figura entre as 34 regiões de maior prioridade para a conservação da diversidade biológica no planeta (MITTERMEIER et al., 2005). Aparentemente conflitantes as demandas de conservação e o cenário da mata atlântica no Nordeste. Por um lado, são urgentes iniciativas de estudo, que visem à coleta de dados de campo, catalogação de espécies e conhecimento dos padrões e processos ecológicos e sua dinâmica em paisagens 7 fragmentadas, além de medidas conservacionistas estratégicas, tais como a criação de áreas protegidas e restauração florestal, com base na aplicação do conhecimento adquirido. Por outro lado, fragmentos de floresta atlântica estão nas propriedades privadas canavieiras, sujeitos aos impactos das práticas agrícolas e industriais. Planejar a conservação e atender às suas demandas de pesquisa e proteção legal nessas paisagens configura um grande desafio e exige uma total mudança em relação aos paradigmas conservacionistas vigentes até o século XX. Olhando para frente, percebe-‐se que a chance de conservação está no estabelecimento de parcerias com a indústria canavieira, que hoje atua na preservação de reservas, proteção de mananciais e reflorestamento (TABARELLI & RODA, 2005). Como resultado dos esforços conjuntos pela Mata Atlântica, parcerias entre proprietários de terra e grupos de cientistas têm se estabelecido, gerando importantes bancos de dados e expressivo número de artigos científicos. A propriedade canavieira Usina São José/ Grupo Cavalcanti-‐Petribú ocupa cerca de 240 km2 no cenário da Zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil, com porção principal no município de Igarassu e partes nos municípios de Goiana, Itaquitinga, Itapissuma, Abreu e Lima e Araçoiaba (Figura 1). Tão vasta área, um recorte de paisagem que coincide em grande parte com a bacia hidrográfica dos rios Botafogo-‐Arataca, resguarda uma cobertura de 25% de florestas remanescentes, que constituem um dos mais importantes conjuntos florestais no estado, de alta diversidade tanto de ambientes quanto de espécies. Dada a sua importância biológica e seu valor para pesquisa, ensino, lazer e educação ambiental, além da relevância na proteção dos recursos hídricos, do relevo e do solo, esta região integra, desde 1993, a área piloto “Complexo Itamaracá – Itapissuma – Igarassu” da Reserva 8 da Biosfera da Mata Atlântica no Programa Homem e Biosfera (MAB) da UNESCO (LIMA, 1998). Figura 1. Localização da Usina São José, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Modificado a partir de Trindade et al. (2008). Com base em dados coletados na Estação Meteorológica da Usina São José/ Posto Piedade (7°48'44"S, 34°59'33"W), a temperatura média anual é de 24,9ºC, com média de 25,7º C no mês mais quente. A precipitação média anual é de 1.687 mm, com uma estação seca no verão, sendo novembro o mês mais seco (31 mm), e uma estação chuvosa de março a agosto, registrando-‐se a maior precipitação no mês de junho, quando chovem, em média, 342 mm (Figura 2). A pequena amplitude térmica anual e a sazonalidade da precipitação permitem caracterizar o clima na área como quente e úmido com verão seco e chuvas de outono-‐inverno, característico do As' no sistema de Köppen. O relevo 9 na área é complexo, composto por morros com encostas suaves e tabuleiros, esses escavados por vales estreitos e profundos, com encostas laterais de alta declividade (>30%), além de planícies aluviais (CPRH, 2003). Geologicamente, a região se caracteriza por rochas cristalinas sobre as quais se seguem rochas sedimentares da Formação Paraíba, datadas do Cretáceo-‐Terciário, recobertas por sedimentos cenozoicos do Grupo Barreiras e sedimentos recentes de várias origens. Nas florestas da propriedade, diversos estudos biológicos vêm sendo desenvolvidos a partir de uma cooperação de pesquisa firmada com Universidades e Centros de Pesquisa há mais de 10 anos. O Projeto Fragmentos, amplo programa de pesquisa desenvolvido na propriedade, teve início em 2003, com participação da Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade de Ulm (Alemanha) e Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), viabilizada através da Cooperação Brasil – Alemanha no âmbito do Programa de Ciência e Tecnologia para a Mata Atlântica, com apoio financeiro do Ministério de Ciência e Tecnologia/ CNPq e Ministério Federal de Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF). Na fase I (2003-‐2006), foram desenvolvidas pesquisas de Florística e Estrutura, Biologia de Solos e Etno-‐ornitologia. Na fase II, o projeto agregou biologia vegetal, animal e de solos, interação planta-‐animal, ecologia de paisagens e etnobotânica, numa perspectiva interdisciplinar (CNPq 590039/2006-‐7, BMBF 01 LB 0203 A1). 10 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 J A S O N D J F M A M J T em pe ra tu ra ( C ) Pr ec ip ita çã o (m m ) Meses Usina São José -‐ Posto Piedade 7°48'44"S, 34°59'33"W, 116 m 1998-‐2006 24,9 °C, 1687 mm Figura 2. Dados climatológicos de precipitação e temperatura em médias mensais (Janeiro a Dezembro) no período de 1998 a 2006, coletados no Posto Meteorológico principal (Posto Piedade) da Usina São José, Igarassu, Pernambuco.Os resultados do projeto revelaram que a paisagem atual é caracterizada por plantações de cana-‐de-‐açúcar revestindo tabuleiros, encostas e terraços fluviais, com remanescentes florestais esparsamente distribuídos, registrando-‐se 106 fragmentos de floresta madura, com área variando entre 1,2 e 498 ha, e 96 manchas de florestas secundárias, medindo de 0,12 a 130 ha (TRINDADE et al., 2008) (Figura 3). Os remanescentes florestais ocupam as áreas menos úteis para cultivo, que são as íngremes e os fundos de vale, um padrão frequente em paisagens de floresta atlântica. 11 Uma primeira listagem florística catalogou 650 espécies de plantas em seis fragmentos na área, incluindo 280 espécies de ervas e arbustos, 213 arbóreas e 93 trepadeiras e lianas (ALVES-‐ARAÚJO et al., 2008). Em 2011, a lista florística da Usina São José foi atualizada, exibindo 826 espécies de plantas na propriedade, com a inclusão de novas ocorrências e novas espécies e ampliação da distribuição geográfica de alguns táxons (MELO et al., 2011). Figura 3. Paisagem atual na Usina São José, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Fonte: Trindade et al. (2008). 12 Quanto à estrutura, as florestas maduras ostentam uma fisionomia densa, com árvores altas e expressiva riqueza de plantas tanto no estrato superior quanto nos estratos mais baixos (sub-‐bosque). Entre as árvores, destacam-‐se como mais importantes Eschweilera ovata (Cambess.) Miers., Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth., Brosimum guianense (Aubl.) Huber, Tapirira guianensis Aubl., Parkia pendula (Willd.) Benth. ex. Walp., Schefflera morototoni (Aubl.) Magari, Sleyrm, Inga thibaudiana DC., Thyrsodium spruceanum Benth. e Miconia prasina (Sw.) DC. (ROCHA et al., 2008; BRANDÃO et al., 2009; LINS-‐E-‐SILVA, 2010). Esta riqueza, entretanto, exibe sinais de ameaça por fatores comuns em paisagens fragmentadas, tais como: redução da riqueza de espécies em fragmentos menores (LINS-‐E-‐SILVA, 2010, GOMES et al., 2009; GOMES et al., no prelo), efeito de borda pronunciado, com redução da diversidade, diminuição do porte das árvores e ocorrência de exóticas com a proximidade das margens (SILVA et al., 2008a; SILVA et al., 2008c; GUERRA et al., 2012), alteração da germinação e estabelecimento da espécie emergente Parkia pendula (PIECHOWSKI & GOTTSBERGER, 2008), modificações na estrutura genética da população da arbórea Tapirira guianensis (SILVA et al., 2008b), ausência de importantes espécies animais que atuam como polinizadores e dispersores de plantas (BRAUN et al., 2011; FARIAS et al., 2007) e registro de expressivo uso das espécies arbóreas por moradores locais (ALBUQUERQUE et al., 2008). Por outro lado, o simples abandono de áreas de cultura seguido da regeneração natural permite a formação de “capoeiras”, que apresentam aumento progressivo na riqueza e diversidade de espécies com o passar dos anos, comprovando a alta resiliência da floresta atlântica (NASCIMENTO, 2010). 13 Do ponto de vista conservacionista, a sustentação das florestas nesta paisagem, em longo prazo, depende de medidas efetivas de manutenção dos fragmentos existentes, ações de recuperação florestal para aumentar a conectividade entre remanescentes de diferentes tamanhos, com criação de corredores, proteção das bordas florestais e acompanhamento das variações temporais das florestas. Por serem elementos cruciais que determinam a arquitetura das florestas e são relativamente mais resistentes aos efeitos da fragmentação, considerando a longevidade de muitas espécies, as árvores formam um grupo chave para a conservação florestal. Conhecer as árvores de uma região é, assim, o passo inicial para implementação de medidas conservacionistas. O presente Guia de Árvores e Arbustos da Usina São José configura um importante produto que resulta de um enorme esforço de pesquisa de campo, catalogação de espécies e estudos botânicos. Sua aplicabilidade não se resume à Usina São José, mas a uma abrangência mais ampla da mata atlântica, especialmente na sub-‐região biogeográfica “Centro de Endemismo Pernambuco” (SILVA & CASTELETI, 2005), na qual está inserida. Este guia permitirá: a correta identificação de espécies em estudos de estrutura e dinâmica florestal subsidiará a escolha de espécies para estudos populacionais, acompanhamento fenológico, pesquisas genéticas e de biologia reprodutiva, embasará projetos de educação ambiental, e guiará a escolha de árvores matrizes para fornecimento de sementes em programas de restauração, entre diversas outras aplicações, traduzindo a informação científica em um catálogo ilustrado e acessível, útil ao grande público interessado nas diversas facetas dos estudos florestais. 14 Referências ALBUQUERQUE, U. P.; MEDEIROS, P. M.; ARAÚJO, T. A. S.; SILVA, T. C.; CUNHA, L. V. F. C.; OLIVEIRA JÚNIOR, G. J.; ALMEIDA, C. F. C. B. R. The role of ethnobotany and environmental perception in the conservation of Atlantic Forest fragments in northeastern Brazil. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability, v.2, n.1, p.27-‐34, 2008. ALVES-‐ARAÚJO, A.; ARAÚJO, D.; MARQUES, J.; MELO, A.; MACIEL, J. 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Espécies com folhas simples e alternas 52 spp. Páginas 57 a 108 1. Espécies com folhas simples e opostas 34 spp. Páginas 21 a 54 Páginas 111 a 130 Eugenia tumescens B.S. Amorim & M. Alves Espécies com folhas simples e opostas 21 APOCYNACEAE Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson Nome popular: Banana de papagaio Arbusto-‐árvore 4–6 m alt.; ramos cilíndricos, glabros. Folhas 16–20 x 5–7 cm, membranáceas a subcoriáceas, inteiras, obovadas, base atenuada, ápice cuspidado ou arredondado, glabras; pecíolo 1–2 cm compr., glabro. Umbela terminal. Flores bissexuadas, actinomorfas, brancas e com fauce amarela, hipocrateriforme; pedicelo 5–7 mm compr.; cálice e corola 5-‐meros, lacínios da corola obovados; estames epipétalos; ovário semi-‐ínfero. Fruto folículo. Habitat e distribuição: Espécie endêmica do Brasil, ocorrendo na Amazônia e Mata Atlântica (RN-‐RJ). Na USJ é encontrada nas bordas dos fragmentos de Chave, Pezinho, Piedade e Zambana. Fenologia: Floração e frutificação Jun-‐Dez. 22 APOCYNACEAE Rauvolfia grandiflora Mart. Nome popular: Cunhão de galo, Grão de galo Arbusto 2–3 m alt.; ramos cilíndricos, glabros, latescentes. Folhas 8–12 x 3.5–5 cm, membranáceas, inteiras, opostas ou verticiladas (3–4 folhas), elípticas a obovadas, base e ápice agudos, glabras, sésseis. Cimeira terminal, bracteada. Flores 1–2.5 cm de compr., bissexuadas, actinomorfas, alvas com fauce roxa, tubulares; pedicelo 0.8–1 cm de compr., glabro; cálice e corola 5-‐meros, gamossépala e gamopétala; ovário súpero. Frutos 1.5–2.5 cm de compr., drupas, reniformes, amarelos a alaranjados. Semente branca a marrom. Habitat e distribuição: Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira (PE-‐RJ). Na USJ ocorre na borda e interior das matas de Pezinho e Piedade. Fenologia: Floração Mar-‐Nov, frutificação Abr-‐Nov. 23 APOCYNACEAE Tabernaemontana flavicans Willd. ex Roem & Schult. Nome popular: Leiteiro Árvores 2–3 m alt.; látex branco. Folhas 3.5–14 x 1–5.5 cm, membranáceas, inteiras, opostas-‐cruzadas, elíptico-‐oblongas, base atenuada ou assimétrica, ápice acuminado-‐cuspidado, glabras; pecíolos 0.5–1 cm compr. Dicásio paucifloro, axilar. Flores 2.5–4 cm de compr., bissexuadas, actinomorfas, alvas com fauce interna amarela, hipocrateriformes; pedicelo 1–1.7 cm compr.; cálice e corola 5-‐meros, lacínios da corola elípticos a ovais, refletidos; ovário súpero. Frutos 2–3.5 cm de compr., folículos. Habitat e distribuição: Da Venezuela ao Brasil. No país ocorre na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (RJ-‐MA). Na USJ está presente da borda ao interior dos fragmentos de Chave, Macacos, Pezinho, Piedade e Zambana. Fenologia: Floração Jul-‐Out, frutificação Mai. 24 CLUSIACEAE Clusia nemorosa G.Mey Nome popular: Apuí, Ceboleira, Manga brava, Mangue branco, Mucugê bravo Arvoretas a árvores 2–10 m alt.; ramos com exsudado vináceo. Folhas 10–14 x 3.5–7 cm, coriáceas a crassas, inteiras, obovadas, base cuneada, ápice arredondado, glabras; pecíolo 2–3.5 cm compr. Inflorescências unifloras, terminais. Flores unissexuadas, actinomorfas, alvo-‐purpúreas; flores masculinas com resina amarela; cálice e corola 5-‐meros, lacínios da corola crassos, obovados, ápice arredondado; ovário súpero. Frutos ca. 4 x 3.2 cm compr., cápsula septicida, ovoides, glabros, verde-‐amarelados. Semente ca. 40 em cada fruto, castanha, com ariloide vermelho. Habitat e distribuição: Da Venezuela ao Brasil. Está presente na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Floresta Atlântica (CE-‐RJ). Na USJ foi encontrada na borda e interior da Mata de Cruzinha e Zambana. Fenologia: Floração Mar-‐Nov, frutificação Dez-‐Jul. 25 CLUSIACEAE Symphonia globulifera L.f. Nome popular: Anani, Guanandi Árvores 10–12 m alt.; ramos com exsudado amarelo. Folhas 4–9.5 x 1–3 cm, coriáceas a cartáceas, inteiras, elípticas, base cuneada, ápice agudo, glabras; pecíolo 5–7 mm compr. Cimeiras multifloras, terminais. Flores bissexuadas, actinomorfas, vermelhas; pedicelo 1.3–1.5 cm compr.; cálice e corola 5-‐meros, dialissépala, lacínios crassos; dialipétala, crassos; ovário súpero. Frutos ca. 2.6 x 3.4 cm, baga, globosos, glabros, verdes, estigmas (5) e estilete persistentes. Semente-‐1–3, castanhas. Habitat e distribuição: Distribuída na América Tropical, África e Madagascar. No Brasil ocorre na Amazônia e Floresta Atlântica (PE-‐RJ). Na USJ foi encontrada na borda e interior das Matas de Cruzinha, Macacos e Zambana, mas preferencialmente em interior florestal de áreas alagadas. Fenologia: Floração Out-‐Nov, frutificação Nov-‐Mai. 26 GENTIANACEAE Coutoubea spicata Aubl. Arbustos0.3–1 m alt., ramificados ou não; caule cilíndrico. Folhas 3–9 x 1–2 cm, membranáceas, inteiras, lanceoladas, ápice agudo, glabras; sésseis. Espigas multifloras, axilares ou terminais. Flores bissexuadas, actinomorfas, brancas, aromáticas; sésseis; cálice e corola 4-‐meros, gamossépalo, tubular, lacínios do cálice ovais com ápice agudo, verdes e tão longos quanto o tubo da corola; gamopétala, infundibuliforme, lacínios da corola lanceolados e com ápice cuspidado; ovário súpero. Frutos 7–10 mm compr., cápsulas ovoides e de ápice agudo, marrons. Habitat e distribuição: Desde a América Central ao Peru. No Brasil pode ser encontrada na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (PE-‐BA, PR). Na USJ é encontrada na borda dos fragmentos de Chave, Piedade e Zambana. Fenologia: Floração Jul-‐Set, frutificação Dez. 27 HYPERICACEAE Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Nome popular: Lacre Árvores 3–5 m alt.; ramos com presença de exsudado laranja. Folhas 8.5–14 x 3–5 cm, coriáceas a cartáceas, inteiras, ovado-‐lanceoladas, base cuneada, ápice agudo ou acuminado, glabras; pecíolo 0.5–0.7 cm compr. Cimeiras multifloras, terminais. Flores unissexuadas, actinomorfas; pedicelo 1–1.2 cm compr.; cálice e corola 5-‐meros, dialissépalo, sépalas avermelhadas, crassas, dialipétala, pétalas brancas; ovário súpero. Frutos ca. 0.7 x 0.9 cm, baga, globosos, glabros, verdes, estiletes persistentes. Semente-‐1–3, castanhas. Habitat e distribuição: Ocorre na Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Brasil. Neste país está presente na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica (CE-‐SP). Na USJ foi encontrada com maior frequência nas bordas florestais. Fenologia: Floração Dez-‐Maio, frutificação Fev-‐Nov. 28 MALPIGHIACEAE Byrsonima sericea DC. Nome popular: Murici Arvoretas–árvores 2–10 m alt. Folhas 6–12 x 1.7–4.2 cm, coriáceas, inteiras, elípticas, base cuneada, ápice agudo, indumento serício presente principalmente nas folhas jovens; pecíolo 0.5–1 cm compr. Racemos multifloros, terminais. Flores bissexuadas, actinomorfas, amarelas; pedicelo 0.7–0.8 cm compr.; cálice e corola 5-‐meros, dialissépala, coroa de glândulas basais presente, dialipétala, pétalas unguiculadas; ovário súpero. Frutos 0.7–0.8 cm compr., drupas, globosos, glabros, amarelos. Sementes-‐3, castanhas. Habitat e distribuição: No Brasil ocorre na Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica (PE-‐SP). Na USJ a espécie foi encontrada em todos os fragmentos, principalmente na borda dos mesmos. Fenologia: Floração Nov-‐Mar, frutificação Mai-‐Set. 29 MELASTOMATACEAE Clidemia hirta (L.) D. Don Arbusto 0.5–1 m alt.; ramos cilíndricos, hirsutos. Folhas 3–6 x 3–3.5 cm, serreadas, elípticas a ovais, base arredondada, ápice levemente agudo, hirsutas, venação acródroma basal, com 4 nervuras secundárias; pecíolo 2–5 mm compr., hirsuto. Cimeiras axilares. Flores bissexuadas, actinomorfas, brancas; pedicelo até 2 mm compr., hirsuto; cálice e corola 4-‐meros, gamossépalo, dialipétalo; anteras poricidas; ovário súpero. Frutos 0.2–0.3 cm compr., drupáceos, ovoides, roxos quando maduros. Habitat e distribuição: Neotropical, no Brasil está presente na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (PB-‐RS). Na USJ é encontrada apenas na borda do Fragmento de Zambana. Fenologia: Floração e frutificação Jul-‐Out. 30 MELASTOMATACEAE Miconia minutiflora (Bonpl.) DC. Nome popular: Cinzeiro, Manipueira Árvores 2.5–4.0 m alt.; ramos angulosos, glabros. Folhas 4.6–10.8 x 1.8–4.3 cm, membranáceas, elípticas, base arredondada, ápice acuminado, face adaxial lustrosa, face abaxial opaca; pecíolo 0.4–0.9 cm compr., glabro. Panícula subterminal. Flores bissexuadas, actinomorfas, alvas; pedicelo 0.3–1.3 mm compr., glabro; cálice e corola 5-‐meros, gamossépalo, lacínios do cálice tomentosos, dialipétalo; anteras poricidas; anteras poricidas; ovário súpero. Frutos 1.3–1.8 mm compr., bacáceos, globosos, indumento estrelado, roxos. Semente-‐20–30, marrom. Habitat e distribuição: Da América Central à Bolívia. No Brasil é encontrada na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica (RJ-‐RN). Na USJ ocorre na borda da mata de todos os fragmentos. Fenologia: Floração Jul-‐Set, frutificação Jan-‐Abr. 31 MYRTACEAE Calyptranthes dardanoi Mattos Arvoreta 2–6 m alt.; tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 11.5–15 x 4.6–6 cm, cartáceas, elípticas, base atenuada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas, monoclamídea; cálice caliptriforme, abertura regular, opérculo apiculado; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, globoso, cálice persistente. Semente-‐1(2), subgloboso, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Endêmica do Brasil e conhecida apenas para o estado de Pernambuco. Na USJ ocorre no interior e borda dos fragmentos de Cruzinha, Macacos, Pezinho, Piedade e Vespas. Fenologia: Floração Dez-‐Fev, frutificação Fev-‐Jul. 32 MYRTACEAE Campomanesia dichotoma (O. Berg) Mattos Arvoreta 4–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 7.5–11 x 4–6 cm, membranáceas, elípticas, base atenuada a arredondada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Dicásio axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas, brancas; cálice e corola 5-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento, corola glandulosaadaxialmente; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto campomanesoídio, globoso, cálice persistente. Semente-‐10–12, reniformes, coloração uniforme, muricadas. Habitat e distribuição: Endêmica do Brasil, conhecida para Floresta Atlântica (CE-‐RJ). Na USJ pode ser encontrada na borda dos fragmentos de Chave, Macacos, Pezinho, Piedade, Santa Helena e Zambana. Fenologia: Floração Dez-‐Mar, frutificação Mar-‐Mai. 33 MYRTACEAE Eugenia dichroma O. Berg Arvoreta-‐árvore 4–8 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 8–13.5 x 2.8–5 cm, cartáceas, elípticas, base cuneado, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo glabro. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 4-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento, arredondados; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, elipsoide, cálice persistente. Semente elipsoide, maculada. Habitat e distribuição: Endêmica do Brasil, conhecida somente para a Floresta Atlântica (PE, BA-‐RJ). Na USJ é encontrada no interior dos fragmentos de Chave, Cruzinha, Macacos e Piedade. Fenologia: Floração Dez-‐Mar, frutificação Fev-‐Mai. 34 MYRTACEAE Eugenia excelsa O. Berg Arvoreta-‐árvore 3–8 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 8–13.5 x 2.8–5 cm, cartáceas, elípticas, base atenuada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 4-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento, agudos; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, subgloboso, cálice persistente. Semente sub-‐globosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Apresenta registro das Guianas até o Brasil, onde é conhecida para a Amazônia (PA) e Floresta Atlântica (PE e BA-‐SC). Na USJ é encontrada no interior dos fragmentos de Macacos e Piedade. Fenologia: Floração Dez-‐Mar, frutificação Fev-‐Mai. 35 MYRTACEAE Eugenia hirta O. Berg Nome popular: Murta Arbusto 1–3 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 3–7.7 x 1.5–3.5 cm, membranáceas, ovadas, base obtusa a truncada, ápice agudo, pilosa, pontuações translúcidas presentes. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas, branco-‐esverdeadas; cálice e corola 4-‐meros, lobos do cálice de comprimento desigual; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, globoso. Semente-‐1, globosa, maculada. Habitat e distribuição: Endêmica da Floresta Atlântica do Brasil (RN-‐ES). Na USJ é uma espécie rara e encontrada no interior dos fragmentos de Chave, Cruzinha, Piedade, Macacos e Zambana. Fenologia: Floração Jan-‐Mar, frutificação Abr-‐Jun. 36 MYRTACEAE Eugenia punicifolia (Kunth) DC. Arbusto 1–2 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 3–5.5 x 1–2.5 cm, cartáceas, elíptico a obovadas, base atenuada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas, branco-‐esverdeadas; cálice e corola 4-‐meros, lobos do cálice de comprimento desigual; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, subgloboso. Semente-‐1, subglobosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: De Cuba ao Paraguai. No Brasil ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (CE-‐PR). Na USJ é encontrada na borda dos fragmentos de BR, Chave, Cruzinha, Macacos, Pezinho, Piedade, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Dez-‐Fev, frutificação Mar-‐Mai. 37 MYRTACEAE Eugenia tumescens B.S. Amorim & M.Alves Árvore-‐Arvoreta 3–10 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 10–14.5 x 5.5-‐6.5 cm, cartáceas, elípticas a obovadas, base atenuada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas, brancas; cálice 4-‐mero, lacínios de igual comprimento; corola 4-‐mera; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, elipsoide, rugoso-‐glanduloso. Semente-‐1, elipsoide, maculada. Habitat e distribuição: Até o momento conhecida apenas para a Floresta Atlântica do Nordeste (PE). Na USJ é uma espécie rara e encontrada no interior dos fragmentos de Cruzinha, Macacos e Pezinho. Fenologia: Floração Set-‐Out, frutificação Out-‐Dez. 38 MYRTACEAE Eugenia umbelliflora O. Berg Arvoreta 3–5 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 5–9.5 x 3–4.5 cm, cartáceas, elípticas, base atenuada, ápice arredondado, glabra, pontuações translúcidas presentes. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas, esverdeadas; cálice e corola 4-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, subgloboso, cálice persistente. Semente subglobosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Endêmica do Brasil, conhecida para Floresta Atlântica (PE-‐SC). Na USJ é encontrada no interior de fragmentos de Chave, Macacos, Piedade e Vespas. Fenologia: Floração Abr-‐Ago, frutificação Set-‐Dez. 39 MYRTACEAE Eugenia umbrosa O. Berg Arvoreta 3–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 10.5–27 x 5.5–7.5 cm, cartáceas, obovadas, base atenuada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo glabro. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 4-‐meros, lobosdo cálice de igual comprimento; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, elipsoide, verrucoso. Semente-‐1, elipsoide, maculada. Habitat e distribuição: Endêmica do Brasil, conhecida para Floresta Atlântica (PE, AL, RJ, MG). Na USJ é encontrada no interior de fragmentos de Macacos, Pezinho, Piedade, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Fev-‐Abr, frutificação Mar-‐Ago. 40 MYRTACEAE Eugenia uniflora L. Nome popular: Pitanga Arbusto–arvoreta, 3–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 3–5.5 x 1.2–3 cm, membranáceas, elípticas, base atenuada, ápice agudo, pontuações translúcidas presentes; pecíolo glabro. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 4-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, subgloboso, 8-‐costado. Semente-‐1, subgloboso, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Do Uruguai ao Brasil. Cerrado e Mata Atlântica (PE, BA-‐ RS). Na USJ ocorre na borda dos fragmentos de Piedade e Zambana, em ambientes parcialmente antropizados. Fenologia: Floração Ago-‐Mar, frutificação Ago-‐Mar. 41 MYRTACEAE Myrcia bergiana O. Berg Arvoretas 3–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 5–10 x 2.8–4 cm, cartáceas, elípticas, base obtusa, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 5-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento, 2 mm compr.; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, globoso. Semente-‐1-‐2, subglobosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira (RN-‐ES). Na USJ é encontrada na borda e interior dos fragmentos de Chave, Cruzinha, Macacos, Piedade e Zambana. Fenologia: Floração Jan-‐Mar, frutificação Mar-‐Mai. 42 MYRTACEAE Myrcia guianensis (Aubl.) DC. Arbustos ou arvoretas, 3–12 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 3–7.5 x 1.5-‐3.5 cm, membranáceas, elípticas, base obtusa, ápice aguda, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 5-‐meros, lobos do cálice de comprimento desigual, 3 maiores de 2mm compr., 2 menores de 1mm compr.; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, subgloboso. Semente-‐1-‐2(3), subglobosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Amplamente distribuída na América do Sul, ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (CE-‐RS). Na USJ é encontrada na borda e interior de fragmentos de BR, Chave, Cruzinha, Macacos, Piedade, Santa Helena, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Jan-‐Mar, frutificação Mar-‐Jul. 43 MYRTACEAE Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk Arvoretas 3–6 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 6–9 x 3–3.5 cm, cartáceas, elípticas, base atenuada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo glabro. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 5-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, globoso. Semente-‐1(2), subglobosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Endêmica do Brasil, ocorre no Cerrado e Floresta Atlântica (PE, BA-‐SC). Na USJ é encontrada no interior dos fragmentos de Macacos, Pezinho, Piedade e Zambana. Fenologia: Floração Dez-‐Fev, frutificação Mar-‐Mai. 44 MYRTACEAE Myrcia spectabilis DC. Arvoretas 3–6 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 12–15 x 3.5–5.5 cm, elípticas, base atenuada, ápice acuminado, coriáceas, pontuações translúcidas presentes. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice 5-‐mero, lacínios de igual comprimento, imbricados; corola 5-‐mera; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, globoso. Semente-‐1(2), subglobosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira (PE, AL, MG-‐ SC). Na USJ é encontrada no interior dos fragmentos de Macacos e Piedade. Fenologia: Floração Dez-‐Jan, frutificação Fev-‐Mai. 45 MYRTACEAE Myrcia splendens (Sw.) DC. Arvoretas 3–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 5–12 x 2–5 cm, cartáceas, elípticas, base atenuada, ápice acuminado, venação primária plano-‐convexa adaxialmente, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 5-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, elipsoide. Semente-‐1, elipsoide, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Amplamente distribuída na América do Sul, ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (CE-‐RS) e Pantanal. Na USJ é encontrada na borda e interior de fragmentos de Chave, Cruzinha, Macacos, Piedade, Santa Helena, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Nov-‐Mar, frutificação Mar-‐Mai. 46 MYRTACEAE Myrcia sylvatica (G. Mey) DC. Nome popular: Cupuna Arvoretas 3–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 4–6 x 1.5–2 cm, cartáceas, ovadas, base cuneada, ápice acuminado, venação primária côncava adaxialmente, pontuações translúcidas presentes; pecíolo glabro. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas,actinomorfas; cálice e corola 5-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, elipsoide. Semente-‐1, elipsoide, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Amplamente distribuída na América do Sul, ocorre em todas as regiões do Brasil. Na USJ é uma espécie frequente e encontrada na borda e interior dos fragmentos de BR, Chave, Cruzinha, Macacos, Piedade, Santa Helena, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Out-‐Fev, frutificação Mar-‐Mai. 47 MYRTACEAE Myrcia tomentosa (Aubl.) DC. Arvoretas 5–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 4–8 x 2.5–4.5 cm, cartáceas, elípticas ou obovadas, base atenuada, ápice apiculado ou acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Panícula terminal ou axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 5-‐ meros, lobos do cálice de lacínios de comprimento desigual, 4 maiores de 2mm compr., 1 menor de 1mm compr.; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, subgloboso. Semente-‐1–2, subglobosa, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Amplamente distribuída na América do Sul, ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (CE-‐PR) e Pantanal. Na USJ é encontrada na borda dos fragmentos de Chave, Macacos, Piedade, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Nov-‐Jan, frutificação Fev-‐Abr. 48 MYRTACEAE Myrciaria ferruginea O. Berg Arbusto 1–3 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 1.5–3 x 1–1.2 cm, membranáceas, ovadas, base obtusa, ápice atenuado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Racemo com eixo primário reduzido, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 4-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto bacáceo, globoso, lobos do cálice decíduos. Semente-‐1, globosa, maculada. Habitat e distribuição: Endêmica para a Floresta Atlântica do Brasil (PE, AL, BA-‐ ES). Na USJ é encontrada no interior de fragmentos de Chave, Macacos, Piedade, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Dez-‐Mar, frutificação Mar-‐Mai. 49 MYRTACEAE Psidium guajava L. Nome popular: Goiaba Arvoretas ou arbustos, 3–7 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 5–11.5 x 2.5–5.5 cm, cartáceas, elípticas, base atenuada, ápice acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Flores solitárias, bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 4-‐5-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; botões florais fechados, abertura irregular; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto solanídio, subgloboso. Sementes numerosas, reniformes, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Amplamente distribuída e cultivada na América Tropical e Subtropical. Na USJ é uma espécie ocasional em ambientes parcialmente antropizados. Fenologia: Floração Dez-‐Mar, frutificação Mai-‐Jun. 50 MYRTACEAE Psidium guineense Sw. Nome popular: Araçá Arbustos 1–3 m alt., tronco com córtex esfoliante; ramos jovens pilosos. Folhas 7–11 x 4–7 cm, cartáceas, elípticas, base obtusa, ápice apiculado a acuminado, pontuações translúcidas presentes; pecíolo piloso. Dicásio axilar ou flores solitárias. Flores bissexuadas, actinomorfas; cálice e corola 4-‐5-‐meros, lobos do cálice de igual comprimento; botões florais fechados, abertura irregular; estames numerosos; ovário ínfero. Fruto solanídio, sub-‐globoso. Sementes numerosas, reniformes, coloração uniforme. Habitat e distribuição: Amplamente distribuída e cultivada na América Tropical. Na USJ é encontrada na borda dos fragmentos de BR, Chave, Cruzinha, Pezinho, Piedade, Santa Helena, Vespas e Zambana. Fenologia: Floração Dez-‐Abr., frutificação Dez-‐Abr. 51 RUBIACEAE Alseis pickelii Pilg. & Schmale Nome popular: Goiabinha Árvores 3–7 m de alt; ramos estriados, glabros, estípulas interpeciolares inteiras. Folhas 3–18 x 1.5–6.2 cm, membranáceas, opostas cruzadas, obovada-‐ elípticas, base atenuada, ápice cuneado-‐arredondado, glabras; pecíolo 0.5–1 cm compr. Racemo espiciforme multifloro, terminal. Flores bissexuadas, actinomorfas; sésseis; cálice e corola 5-‐meros, cálice persistente, verde; corola campanulada, branco-‐amarelada; estames excertos, pilosos da base à porção mediana; ovário ínfero, estiletes excertos, bífidos. Fruto cápsula, glabra, subcilíndrica, lenhoso. Habitat e distribuição: Endêmica do Brasil, ocorre na Caatinga e Mata Atlântica (RN-‐RJ). Na USJ é encontrada na borda dos fragmentos de BR, Macacos, Pezinho e Piedade. Fenologia: Floração Out-‐Dez, frutificação Fev-‐Set. 52 RUBIACEAE Posoqueria longiflora Aubl. Nome popular: Laranja de macaco Arbusto 2–4 m alt.; ramos jovens com tricomas, estriados; estípulas interpeciolares triangulares, inteiras. Folhas 11–18 x 5–8 cm, membranáceas, elípticas, ovadas ou obovadas, base atenuada, ápice agudo, glabras; pecíolo 1– 1.5 cm compr. Corimbo, 3–7 floro, terminal. Flores bissexuadas, actinomorfas; pedicelo 1–2 cm compr., pubescente; cálice e corola 5-‐meros, cálice persistente, tubo da corola muito longo, com até 25 cm compr., lacínios brancos; ovário ínfero. Frutos 2.5–4 cm compr., bagas, globosos, glabros, verdes quando imaturos e amarelos a alaranjados maduros. Habitat e distribuição: Da Venezuela ao Brasil, onde ocorre na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (PB-‐ES). Na USJ é encontrada na borda e no interior dos fragmentos de Pezinho, Piedade,Vespas e Zambana, além de áreas de capoeira. Fenologia: Floração Mar-‐Mai, frutificação Mai-‐Dez. 53 SAPOTACEAE Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. Nome popular: Mama de cachorro Árvores 10–20 m alt. Folhas 6.5–12.2 × 2.2–3.7 cm, margem plana, membranáceas, oblanceoladas a lanceoladas, concolores, glabras. Fascículo 10–20-‐floro, caulifloros. Flores bissexuadas, actinomorfas; pedicelo 4–5 mm compr., glabro; cálice e corola 5-‐meros; gamopétala, lacínios da corola róseos a arroxeados, glabros; estames 5, excertos, glabros, estaminódios ausentes; ovário 5-‐locular, pubescente. Frutos 4–5 cm compr., elipsoides, epicarpo glabro, amarelo. Semente ca. 3 cm compr., única. Habitat e distribuição: Espécie endêmica da Mata Atlântica Brasileira (PE-‐PR). Na USJ foi encontrada nas Matas de Piedade e Santa Helena. Fenologia: Floração Ago-‐Fev, frutificação Set-‐Abr. 54 SIPARUNACEAE Siparuna guianensis Aubl. Nome popular: Catingueira de paca, Erva Santa Maria, Negramina Árvores 5–15 m alt., com odor desagradável; ramos jovens glabros, esverdeados. Folhas 4–12 x 10–21.3 cm, membranáceas, elípticas a lanceoladas, base cuneada, ápice cuspidato; pecíolo 0.5–1.5 cm compr. Racemos 5–15-‐floros. Flores unissexuadas, actinomorfas, monoclamídeas; pedicelo 0.3–1.2 cm compr., glabro; dialissépalo; ovário súpero. Fruto múltiplo, frutíolos 4.6–5.4 x 3.6–4.2 mm compr., drupoides, papilosos, amarelados. Semente-‐1, elipsoide, creme. Habitat e distribuição: Da Nicarágua ao Paraguai, no Brasil pode ser encontrada na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (CE-‐PR) e Pantanal. Na USJ ocorre na borda e interior dos fragmentos de Pezinho, Piedade, Santa Helena e em áreas de capoeira. Fenologia: Floração Ago-‐Dez, frutificação Mar-‐Jul. Espécies com folhas simples e alternas Xylopia frutescens Aubl. 57 ANNONACEAE Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith Nome popular: Envira anacoré, Envira branca, Paixinho Arvoreta 2–10 m de alt.; ramos acinzentados com tricomas ferrugíneos. Folhas 16–21 x 4.5–6.5 cm, inteiras, elípticas, base equilateral, ápice acuminado, glabras; pecíolo 0.5–2 cm compr., intumescido. Cimeira 1–4-‐flora, cauliflora, axilar. Flores bissexuadas, actinomorfas, carnosas, beges; cálice dialissépalo, 3-‐ mero; corola dialipétala, 6-‐mera; estames numerosos, espiralados; gineceu apocárpico com carpelos numerosos, súpero. Fruto múltiplo livre com frutíolos deiscentes na maturação, cada frutíolo com um folículo. Sementes-‐2 por frutíolo, justapostas, endosperma ruminado. Habitat e distribuição: Colômbia a Bolívia, no Brasil é registrada para a Amazônia, Cerrado (GO) e Floresta Atlântica (PB-‐RJ). Na USJ ocorre no interior dos fragmentos de Piedade e Zambana. Fenologia: Floração Out, frutificação Jul-‐Abr. 58 ANNONACEAE Annona montana Macfad. Nome popular: Jaca de pobre Árvore 7–10 m de alt.; ramos acinzentados, lenticelados. Folhas 7.2–20 x 3.2–7 cm, inteiras, obovadas, base equilateral, ápice agudo a acuminado, glabras; pecíolo 5–7 mm compr. Flores solitárias, bissexuadas, actinomorfas, carnosas, beges; cálice dialissépalo, 3-‐mero; corola dialipétala, 6-‐mera; estames numerosos, espiralados; gineceu apocárpico com carpelos numerosos, súpero. Fruto múltiplo estrobiliforme, indeiscente, frutíolos carnosos, superfície espinhosa. Sementes-1 por frutíolo, endosperma ruminado. Habitat e distribuição: Amplamente distribuída na região Neotropical. No Brasil é registrada para a Amazônia, Floresta Atlântica (CE-‐PR) e Pantanal. Na USJ ocorre na borda da Mata de Piedade. Fenologia: Floração Dez, frutificação Jan. 59 ANNONACEAE Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. ex Baill. Nome popular: Envira da mata Arvoreta 2–8 m de alt.; ramos acinzentados. Folhas 11.5–25.5 x 4.5–11 cm, inteiras, elípticas, base cuneada, ápice acuminado; pecíolo 3–7 mm compr. Flores solitárias, bissexuadas, actinomorfas, carnosas, beges; cálice e corola 3-‐ meros, dialissépalo, dialipétala; estames numerosos, espiralados; gineceu apocárpico com carpelos numerosos, súpero. Fruto múltiplo livre com frutíolos estipitados, deiscentes na maturação, foliculares. Sementes-‐1–5 por frutíolo, endosperma ruminado. Habitat e distribuição: Do Panamá a Bolívia, no Brasil é registrada na Amazônia e na Floresta Atlântica (PE-‐RJ). Na USJ está presente na Mata de Pezinho, no interior do fragmento. Fenologia: Floração Set-‐Mar, frutificação Mar-‐Out. 60 ANNONACEAE Guatteria pogonopus Mart. Nome popular: Envira de caboclo, Miúm Arvoreta 2–8 m de alt.; ramos amarronzados. Folhas 5–21 x 2.2–7.5 cm, inteiras, elípticas, base cuneada a arredondada, ápice acuminado, glabra; pecíolo 2–10 mm compr. Cimeira 2–3-‐flora, ou flores solitárias. Flores bissexuadas, actinomorfas, carnosas, beges; cálice dialissépalo, 3-‐mero; corola dialipétala, 6-‐mera; estames numerosos, espiralados; gineceu apocárpico com carpelos numerosos, súpero. Fruto múltiplo livre com frutíolos indescentes, carnosos. Sementes-‐1 por frutíolo, endosperma ruminado. Habitat e distribuição: Espécie endêmica da Floresta Atlântica Brasileira (CE-‐ ES). Na USJ ocorre na borda de todos os fragmentos. Fenologia: Floração Jul-‐Dez, frutificação Jan-‐Set. 61 ANNONACEAE Guatteria schomburgkiana Mart. Nome popular: Envira, Imbira, Invira, Maria preta Arvoreta 4 m de alt.; ramos acinzentados. Folhas 6.2–11 x 2.2–3.1 cm, inteiras, lanceoladas, base arredondada, ápice
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