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TCC-FIBRA ÓPTICA DE ALTA CAPACIDADE CABEAMENTO OPGW

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21
MARCIO DIOGO MIRANDA DA SILVA
FIBRA ÓPTICA DE ALTA CAPACIDADE CABEAMENTO OPGW (Optical Ground Wire)
MACAPÁ
2021
MARCIO DIOGO MIRANDA DA SILVA
FIBRA ÓPTICA DE ALTA CAPACIDADE CABEAMENTO OPGW (Optical Ground Wire)
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Instituição Editora e Distribuidora Educacional (Faculdade de Macapá – FAMA) como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica. 
Orientadora: Vanessa Dias
MACAPÁ
2021
MARCIO DIOGO MIRANDA DA SILVA
FIBRA ÓPTICA DE ALTA CAPACIDADE CABEAMENTO OPGW (OPTICAL GROUND WIRE)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Macapá - FAMA, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica.
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Macapá, dia de mês de 2021
Não há exemplo maior de dedicação do que o da nossa família. À minha querida família, que tanto admiro, dedico o resultado do esforço realizado ao longo deste percurso.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela minha vida, e por me permitir ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo da realização deste trabalho.
À minha esposa Louise Souza e filhos Laise Vitória e João Vitor, que me incentivaram nos momentos difíceis e compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste trabalho.
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao longo do curso.
Sonhos determinam o que você quer. Ação determina o que conquista. (Aldo Novak)
SILVA, Marcio Miranda da. Fibra óptica de alta capacidade cabeamento OPGW (Optical Ground Wire). 2021. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Bacharel em Engenharia Elétrica) – Faculdade de Macapá - FAMA, Macapá, 2021.
RESUMO
Este trabalho elabora uma análise do desempenho de tráfego de dados ópticos no cabo OPGW, que atua como fio terra óptico e meio de propagação de dados. O escopo deste estudo contempla de maneira geral a constituição e características de fabricação deste tipo de cabo, sua aplicabilidade nos sistemas de transmissão de energia elétrica frente às intempéries atmosféricas, especialmente em território nacional. A defesa das linhas de transmissão somada com a transmissão de dados de alta velocidade vem transformando, com excelência, a entrega confiável de eletricidade até o consumidor final, bem como a diminuição de perdas de potência no percurso de longas distâncias. Esta pesquisa cita também o amplificador Raman e sua interação com o a transmissão de dados por fibras ópticas, explanando sobre suas influências no aumento de capacidade de propagação. O aumento do tráfego de dados exige transmissão óptica e o futuro das telecomunicações reserva desafios para a Engenharia Elétrica.
Palavras-chave: OPGW. Linhas de transmissão. Aterramento. Para-raios. Amplificador Raman.			
SILVA, Marcio Miranda da. Fibra óptica de alta capacidade cabeamento OPGW (Optical Ground Wire). 2021. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Faculdade de Macapá - FAMA, Macapá, 2021.
ABSTRACT
This work elaborates an analysis of the optical data traffic performance in the OPGW cable, which acts as an optical ground wire and data propagation medium. The scope of this study generally contemplates the constitution and manufacturing characteristics of this type of cable, its applicability in electrical energy transmission systems in the face of atmospheric weather, especially in national territory. The defense of transmission lines combined with high-speed data transmission has transformed, with excellence, the reliable delivery of electricity to the final consumer, as well as the reduction of power losses over long distances. This research also mentions the Raman amplifier and its interaction with the data transmission over optical fibers, explaining its influences on the increase in propagation capacity. The increase in data traffic requires optical transmission and the future of telecommunications poses challenges for Electrical Engineering.
Keywords: OPGW. Transmission lines. Grounding. Lightning rod. Raman Amplifier.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Visualização lateral do cabo OPGW	16
Figura 2 – Seção reta do cabo OPGW (Estrutura genérica)	16
Figura 3 – Estrutura de linha de transmissão com SPDA	21
Figura 4 – Ruptura de isolamento por flashover	23
Figura 5 – Ruptura de isolamento por blackflashover	24
Figura 6 – Ruptura de isolamento no meio de vão	24
Figura 7 – Flexas dos cabos OPGW e fases	26
Figura 8 – Esquema básico de um amplificador Raman	32
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CWDM		Coarse Wavelength Division Multiplexing
COFINS		Contribuição para Financiamento de Seguridade Social
DRA		Distributed Raman Amplification
DWDM		Densed Wavelength Division Multiplexing
EDS		Extreme Ductile Strength
ELAT			Grupo de Eletricidade Atmosférica
GHZ	Gigahertz
IPVA		Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
LRA		Lumped Raman Amplifiers
nm	Nanômetros
OPGW	Optical Ground Wire
PFC	Photonic Crystal Fibers
PIS	Programa de Integração Social
PNBL	Programa Nacional de Banda Larga
REPNBL	Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga
SPDA		Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
SRS		Dispersão estimulada de Raman
UTIS	Unidade de terapia intensiva
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	11
2.	O FIO TERRA ÓPTICO OPGW NO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÃO	13
3.	CABO OPGW E AS INTERFERÊNCIAS CLIMÁTICAS	21
4.	AMPLIFICADORES RAMAN	28
5.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	35
REFERÊNCIAS	36
1. INTRODUÇÃO
	Ao longo da evolução tecnológica que tem marcado nossa era, a velocidade com a qual as informações são passadas, de um lugar para outro, tem sido determinante para o alcance dos mais diversos objetivos. A internet é sem dúvida um dos pilares de toda a tecnologia que é a base da sociedade moderna, e no Brasil, sua distribuição vem crescendo na mesma medida em que mais pessoas e cidades passam a aderir ao processo de digitalização. Tais transformações exigem, por parte das empresas de telecomunicação, constante renovação e ampliação de seus projetos de rede. Nesse contexto, surge uma inovação tecnológica trazida pela inserção do cabo OPGW (fio terra óptico), cujas características elétricas de um cabo comum, se associam à capacidade de abrigar fibras ópticas em seu interior, permitindo a utilização das redes elétricas como excelentes rotas para redes ópticas de longa distância.
	Como se sabe, embora o avanço tecnológico seja uma realidade mundial, muitas pessoas ainda se encontram sem acesso à internet banda larga em todo país. Com a implementação do cabo OPGW de alta capacidade no linhão de Tucuruí, oportunizou-se o avanço sobre regiões mais distantes, uma vez que as linhas de transmissão de energia são interligadas em todo o território nacional, percorrendo distâncias muito longas. Tal medida possui vital importância, entre outros aspectos, pela dupla funcionalidade desta tecnologia, uma vez que atua como para-raios da rede de transmissão e transportador de conexão banda larga e telefonia.
Neste sentido, dada a importância da tecnologia para a sociedade nas mais diversas áreas de atividade humana, com destaque para as comunicações, o presente estudo pretende responder à seguinte questão: como ocorre o desempenho de tráfego de dados ópticos no cabo OPGW Fio Terra Óptico devido a longa distância da rede de transmissão de energia?
	Assim, o presente trabalho não tem a pretensão de exaurir as discussões relacionadas ao tema. Porém, espera-se colaborar com uma maior compreensão para os que buscam esclarecimentos acerca desta inovação tecnológica, contribuindo também para a comunidade acadêmica que terá mais uma fonte de estudo paraargumentar, revisar ou discordar, subsidiando outras discussões relevantes para seu melhor entendimento.
	O objetivo geral foi demonstrar o desempenho de tráfego de dados ópticos no cabo OPGW na linha de transmissão de energia elétrica. Os objetivos específicos, por sua vez, foram: contextualizar o surgimento desta tecnologia no sistema de telecomunicação; apresentar a interferência climática e eletromagnética da região norte do Brasil na estrutura do cabo OPGW; e citar o dispositivo de transporte de dados para internet banda larga e de telefonia de alta potência tipo amplificador Raman, cujas aplicações têm contribuído para a exploração do melhor desempenho das comunicações ópticas.
	O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, na qual foi realizada uma consulta a livros, dissertações e por artigos científicos selecionados através de busca nas seguintes bases de dados Google Acadêmico, Scielo, Compendex, entre outras. O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos 10 anos. As palavras-chave utilizadas na busca foram: fio terra óptico, linha de transmissão e dados ópticos.
2. O FIO TERRA ÓPTICO OPGW NO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÃO
	Desde que o cientista holandês Hans Christian Oersted, observou, em 1820, a deflexão de uma agulha, causada pela passagem de uma corrente magnética em um fio colocado próximo a ela, uma evolução constante tem-se operado. De acordo com Silva (2014), grandes mentes como Joseph Henry (1797-1878) e Samuel Morse (1791-1872) deram sua contribuição para o surgimento do primeiro sistema de comunicação utilizando uma linguagem baseada em impulsos elétricos, o que deu origem ao telégrafo e seria a base de qualquer dispositivo de comunicação eletrônica da era moderna, com envio de sinais elétricos de maneira codificada, na forma de um protocolo, em que ambas as partes, tanto a que envia, quanto a que recebe, detém a chave para decodificar o sinal, podendo enviar e receber mensagens na velocidade da luz.
	Indiscutivelmente, a descoberta do eletromagnetismo representou uma quebra de paradigmas para a Física, que até então, como aponta Silva (2014), encarava a eletricidade e o magnetismo como dois fenômenos naturais totalmente diferentes, sendo um dos representantes dessa corrente de pensamento, o físico Charles Augustin de Colomb (1736-1806). Porém, para triunfo da ciência, através de um experimento simples, envolvendo uma corrente elétrica e uma agulha, provou-se relação dinâmica entre esses dois importantes ramos da ciência.
	Oersted talvez não soubesse, mas estava abrindo caminho para que o homem pudesse dominar uma das forças que imperam na natureza, o eletromagnetismo, e assim pudesse surgir uma gama de avanços tecnológicos nunca antes imaginados, potencializando a capacidade humana e transformando o mundo inteiro.
Quase um século e meio depois, segundo estudos de Pinto, Amaral e Janissek (2014), em 1956, um calouro da Universidade de Michigan (EUA) chamado Lawrence Curtiss, resolveu elaborar para um projeto de física, um instrumento delicado, utilizando finas fibras flexíveis de vidro, em uma tentativa de reproduzir os resultados obtidos pelos pesquisadores Narinder Singh Kapany e Harold Hopkins do Imperial College London (Inglaterra). Curtiss descobriu que as fibras individuais poderiam transmitir uma minúscula imagem através de uma pequena distância, e ao unir as fibras para obter uma imagem maior, percebeu um curioso fenômeno: quando cada fibra é carcada pelo ar, a reflexão total interna mantém os feixes de luz no interior. Já quando inúmeras fibras são comprimidas, o efeito não é observado, pelo contrário, ocorre a dispersão da luz. 
Mello (2007), detalha que arranhões e a própria oleosidade dos dedos de quem estivesse manipulando as fibras, também ocasionavam o mesmo efeito dispersivo. O problema levou Curtiss a ter a ideia de revestir a fibra de vidro com outra camada de vidro mais pura, desempenhando o mesmo papel que o ar, tornando possível a reflexão total interna com fibras.
	De acordo com Silva (2016), cada vez mais tem-se utilizado a tecnologia de fibras ópticas no dia a dia das cidades, tornando-a presente no cotidiano das pessoas e influenciando diretamente na forma como se comunicam. Costuma-se avaliar o desempenho de um sistema de telecomunicações, principalmente, em relação ao fator de atenuação, que diz respeito à distância máxima de transmissão sem que haja a necessidade de repetidores. Muitas são as vantagens nas telecomunicações por fibras ópticas em relação a outros sistemas, como a baixa atenuação, maior capacidade de transmissão e condutividade elétrica nula, uma vez que o vidro possui elevadíssima resistência elétrica. 
	Dessa forma, denomina-se banda larga, toda modalidade de conexão à internet, seja por fibra óptica, rádio ou satélite, cuja operação é feita com maior velocidade e maior capacidade de carregamento de dados. As conexões banda larga se mostram as mais eficientes e aptas a atender às necessidades do dia a dia das empresas e residências que precisam lidar com serviços virtuais como videoconferências, streaming, lives, postagens e uma infinidade de atividades da vida prática moderna (Duarte, 2007).
Conforme Mello (2021), enquanto um cabo coaxial operando em 5GHZ pode apresentar uma perda de potência superior a 100dB/km, em uma estrutura por cabo óptico a perda reduz para incríveis 0,2dB/km a 0,3dB/km, operando em comprimentos de onda ao redor de 1,3µm e 1,5µm, significando uma quantidade menor de repetidores por enlace. Assim estas transmissões, diferentemente de outas tecnologias, permitem portadoras que operam em frequências na faixa do infravermelho, com valores na ordem de centenas de terahertz, fato que permite prever o emprego de taxas de transmissão elevadíssimas, chegando à casa dos milhares de megabites por segundo.
Silva (2016), salienta que a infraestrutura na qual se encontram as fibras ópticas instaladas, pode ser aérea, como postes; através de dutos subterrâneos ou mesmo embaixo d’água, no fundo de rios e oceanos. Este último sendo empregado majoritariamente para interligações continentais, constituindo um verdadeiro “sistema vascular” vibrante e intenso, pelo qual trafegam dados do mundo inteiro. Um verdadeiro exemplo da capacidade e engenhosidade humana, que ao defrontar-se com grandes desafios, busca sempre soluções inteligentes, mesmo atravessando oceanos, se preciso for.
Na busca de alternativas para redução de custos e aumento da eficiência, salienta Silva (2016), as empresas de telecomunicação perceberam que outro setor já havia preparado o caminho para atingir os mais longínquos rincões. A indústria da energia elétrica surgiu primeiro e consequentemente enfrentou todo tipo de problemas para poder iluminar, literalmente, a vida das pessoas, principalmente das mais afastadas dos centros urbanos.
Notadamente, as linhas de transmissão elétricas constituem um excelente meio pelo qual pode-se estruturar a tecnologia de fibras ópticas. Muitas pessoas não se dão conta, mas a internet chega até boa parte das residências seguindo o mesmo caminho da energia elétrica.
	Cabos Optical Ground Wire ou Cabos Guarda com fibra óptica (OPGW), são fabricados com características que permitem abrigar em seu interior, fibras ópticas com alta capacidade de transmissão de dados. Sua principal aplicação é principalmente em linhas de transmissão de energia elétrica, dados dois principais fatores:
· Melhor nível de proteção das linhas aéreas de transmissão contra intempéries atmosféricas, como descargas elétricas;
· Maior qualidade de conexão e transmissão de dados.
Tais características, na visão de Mello (2017), tornam o cabo OPGW resistente para suportar tensões mecânicas como ventos fortes e até gelo, sendo, segundo o autor, a melhor maneira de trafegar informação. Outrossim, além de modernizar a estruturação de telecomunicações, muitos caminhos foram abertos nas áreas de desenvolvimento e pesquisa, não somente no que diz respeito à indústria energética, que passou a termais um ativo em seu portifólio, mas também para a cadeia produtiva como um todo, já que a inclusão digital nos mercados tende a aumentar cada vez mais.
Conforme detalha Mello (2017), o cabo OPGW é composto por um núcleo com características dielétricas, onde, imersas em uma substância gelatinosa, são inseridas as fibras ópticas. Essa proteção tem uma função especial que é a de resguardar as fibras ópticas da umidade. Um tubo, que pode ser de alumínio, aço inox ou mesmo plástico, reveste a camada de fibras, atuando como uma proteção mecânica e, por fim, existe a armação do cabo, formada por fios condutores. Armação esta, normalmente constituídas por fios metálicos, preferencialmente do tipo aço aluminizado, liga de alumínio ou aço galvanizado, como pode ser observado nas Figuras 1 e 2.
Figura 1 – Visualização lateral do cabo OPGW
FONTE: Eletroflex (2021).
	A tecnologia de fabricação do cabo OPGW, como detalha a Figura 1, lhe conferem propriedades que o permitem suportar pressões mecânicas oriundas de ventos a velocidades elevadas. Tais atributos o tornam bastante atraente para os sistemas de distribuição de energia que almejam desenvolver redes de comunicações em suas próprias infraestruturas em funcionamento.
Figura 2 – Seção reta do cabo OPGW (Estrutura genérica)
FONTE: Eletronorte (2021). 
De acordo com a ELETROSUL (1993), esta tecnologia foi patenteada em 1974 pela empresa inglesa BICC, e no mesmo ano foi criada a primeira associação de fabricantes de cabos e empresas de energia elétrica, no Japão, visando a discussão sobre melhorias e adequações às linhas de transmissão, tendo o primeiro cabo instalado já em 1980. Cinco anos mais tarde, em 1985, o primeiro cabo óptico atrelado a um cabo para-raios foi inventado na Austrália, popularizando-se logo em seguida em todo o mundo.
Nacionalmente, com o objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga do país, principalmente nas regiões mais carentes desta tecnologia, o Governo Federal assinou o decreto nº 7.175 de 12 de maio de 2010, criando o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). O alcance desses objetivos dependia de parcerias entre o Poder público e o setor privado. (BRASIL, 2010).
Os dois entes envolvidos tinham papeis bem definidos e que se complementavam, servindo de estrutura para a concretização das metas estabelecidas:
O poder público deve se ocupar em desenvolver pontos de acesso coletivos e reduzir as desigualdades socioeconômicas e regionais na área tecnológica. A atuação da administração pública nesse campo também tem a finalidade de adequar o Brasil aos Objetivos do Milênio – resolução assinada pelos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000 para melhorar as condições de vida de suas populações por meio do desenvolvimento social e econômico (AGÊNCIA SENADO, 2014, p. 1).
Desse modo, a partir de 13 de maio de 2010, as empresas que tivessem interesse de adentrar no segmento de rede de telecomunicações passaram a contar com os benefícios do Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL), que previa investimentos entre 16 e 18 bilhões de reais somente com a redução de impostos.
Segundo o Ministério das Comunicações (2013), entre os itens contemplados pelo regime estavam:
· Datacenter;
· Rede de acesso em sistemas SMARTGRID (Redes Inteligentes);
· Rede de acesso fixo sem fio;
· Rede de acesso metálico;
· Rede de acesso móvel;
· Rede de acesso óptico;
· Rede de acesso sem fio na faixa de 450 MHz;
· Rede de transporte óptico;
· Rede de transporte óptico por meio de cabos OPGW;
· Rede de transporte por meio de cabo óptico submarino;
· Rede de transporte sem fio;
· Rede local sem fio;
· Sistema de comunicação por satélite.
O programa foi considerado por muitos um sucesso, pois aumentava competitividade no país e interpretava a comunicação e o conhecimento como ativos reais da economia de uma nação, sobretudo na sociedade moderna. O incentivo ao desenvolvimento, com a desoneração tributária, em ações concretas, como a redução do PIS/COFINS, foi de vital importância para o setor. Nesse contexto, a substituição e implantação de cabos OPGW entraram na isenção (CUNHA, 2010).
Conforme explanam Burdochi, Durão e Santos (2013), as primeiras instalações de cabo OPGW no Brasil iniciaram nos anos de 1990, sendo importados de países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Japão. O autor destaca uma particularidade técnica: os países fornecedores possuíam diferentes condições atmosféricas, como o nível ceráunico, por exemplo, levando o Brasil a se adequar a uma série de normas internacionais existentes. Por este motivo o país teve que criar outras normas técnicas para a adequação do cabo OPGW à realidade climática brasileira, principalmente no sentido de projetos mais direcionados ao alto nível ceráunico local. Este indicador está relacionado ao número de dias de trovoada em uma certa região ao longo do ano.
De acordo com Burdochi, Durão e Santos (2013), assim como toda tecnologia, nas primeiras instalações ocorreram relatos, por parte das empresas do ramo elétrico, de danos diversos nos cabos OPGW, como por exemplo: rompimento, tanto dos cabos da armação, quanto das fibras ópticas; corrosão dos tubos que protegem as fibras, entre outros. Porém, com o passar dos anos, evoluíram os materiais componentes do cabo, de modo a tornar alguns requisitos essenciais no dimensionamento e projeto de fabricação dos mesmos. Tais como: peso, diâmetro, capacidade de curto-circuito e resistência a cargas atmosféricas.
Com a inauguração em 2013, pela empresa Furukawa, da primeira unidade produtora de cabos OPGW do Brasil, em Curitiba, cuja meta era atingir a produção de 2,3 milhões de quilômetros de fibra óptica ao ano, cerca de 40% a 50% da demanda nacional passou a ser suprida. A partir de então novos players têm adentrado no mercado nacional de produção desta tecnologia, como a ProCable, a ZTT, entre outros. Na época estimava-se um investimento na infraestrutura de telecomunicações na ordem de 50 milhões de reais, com uma prospecção de atendimento de cerca de 60 milhões de residências em todo o país (TELE SINTESE, 2013).
Percebe-se que atualmente a demanda por tecnologias de comunicação avançada é crescente. Os processos empresariais exigem respostas extremamente velozes e isto não é uma realidade apenas de grandes conglomerados de empresas, pelo contrário, a realidade, mesmo de uma simples loja, requer respostas rápidas, assertividade e qualidade. Diante disso, as organizações investem na digitalização de suas bases de dados, abandonando ou diminuindo os investimentos na infraestrutura analógica e fortalecendo as ferramentas digitais.
Por outro lado, como destaca Cunha (2010), o Poder público, ao realizar o planejamento da gestão de uma cidade, ou estado deve prever recursos para investir em tecnologia para a modernização da administração. Neste sentindo, o autor destaca soluções presentes no conceito de cidades inteligentes:
· Interligar órgãos públicos através de rede de fibra óptica, e esta, à rede de energia elétrica através de dispositivos simples e de fácil localização no mercado possibilitando uma melhor gestão da iluminação pública (localização e troca de lâmpadas queimadas, desligamento de lâmpadas que ficam acesas durante o dia);
· Melhora significativa na sincronização de semáforos (monitoramento do trânsito e controle do fluxo reduzindo de forma representativa o tempo com deslocamentos);
· Aumento da sensação de segurança pública com instalação de câmeras em pontos estratégicos, inclusive instalação de aplicativos que monitoram as placas dos veículos, facilitando a localização de carros roubados e cruzamento das informações como pagamento de IPVA, licenciamento e seguro obrigatório;
· Disponibilidade visual das vagas para estacionar nas vias públicas (reduz tempo de procura, diminui o consumo de combustível e por consequência a poluição);
· Cadastro unificado do cidadão em todos os órgãos públicos interligados 
Um exemplo disso é a ampla utilização das redes sociais, que passaram de meras formas delazer, para canais de convergência de todo tipo de informação, possibilitando, inclusive, ligações, videochamadas, teleconferências. Estas e outras, são tendências mundiais, reflexos do desenvolvimento tecnológico.
Diante do exposto, pode-se observar que estes são os motivos que levaram ao desenvolvimento e instalação de cabos OPGW nos sistemas de telecomunicação, pois eles são os responsáveis pela chegada de sinal de dados e voz, atravessando todo o tipo de obstáculos e distâncias, com a menor perda possível, promovendo um excelente aproveitamento, de forma confiável e eficiente, em consonância com a evolução tecnológica, que é movida por ideias e inovações que, além de atenderem às demandas de seu tempo, de forma inteligente e com eficácia, preparam o caminho para novas possibilidades. O Brasil, campeão em número de usuários da internet, é um amplo terreno para o desenvolvimento e aperfeiçoamento desta e de futuras revoluções.
3. CABO OPGW E AS INTERFERÊNCIAS CLIMÁTICAS
Afim de manter a estabilidade do sistema, as linhas de transmissão precisam de uma proteção contra raios, pois constituem um serviço essencial para a população, devendo ter a maior disponibilidade possível, sendo inclusive, um fator que pode representar a manutenção da vida de pessoas internadas em UTIs de hospitais, por exemplo. 
De acordo com a revista O Setor Elétrico (2021), o aterramento em linha de transmissão objetiva protege-las contra voltagens excessivas, que ultrapassem o nível básico de isolamento do sistema. Uma vez isolado, o sistema torna-se auto protegido contra descargas elétricas que venham a entrar pela porta não isolada. 
Assim, de modo geral, todas as linhas de transmissão aérea possuem um aterramento equipado com um sistema de coleta de raios, posicionados acima dos condutores de fase. Tal aparato denomina-se Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Segundo dados da mesma revista, um SPDA tem por objetivo principal impedir que incidam raios diretamente na estrutura a qual se está protegendo. Isto se dá através da constituição de prontos preferenciais de incidência de descargas. A Figura 3 demonstra uma rede de transmissão com um sistema de proteção contra raios:
Figura 3 – Estrutura de linha de transmissão com SPDA
FONTE: O setor elétrico (2021).
Os projetos de aterramento de linhas de transmissão levam em consideração três grandezas: a corrente máxima, a duração da corrente e o tempo de operação da linha. A quantidade de material se dá em função da corrente máxima e da duração da mesma, enquanto o tipo de material está relacionado ao tempo de operação (O Setor elétrico, 2021).
No atual cenário do setor elétrico nacional, as empresas do ramo têm multiplicado esforços na tentativa de mitigar as causas de interrupções recorrentes no fornecimento de energia, tais como queimadas, vandalismo, vegetação próxima à linha e principalmente descargas atmosféricas. “Desligamentos em linhas de transmissão, provocadas por descargas elétricas, seja por incidência direta ou indireta, acarretam em sobretensões nas cadeias de isoladores, levando à ruptura do isolamento das mesmas” (CUNHA, 2010, p. 7).
Segundo reportagem da Revista Extra (2021), o Brasil é atingido por cerca de 70 milhões de raios por ano e conforme estudos do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE) do mesmo ano, com as mudanças climáticas, o número tende a aumentar para em média 100 milhões de raios por ano, até o final do século XXI.
Os estudos do ELAT (2021), apontam que o maior aumento de descargas atmosféricas será na Amazônia, cerca de 50%, causando transtornos não somente para o equilíbrio da floresta, mas também para as telecomunicações e redes de energia elétrica. Fatores como o tamanho geográfico e a frequência de tempestades já tornam essa região a que mais possui incidência de raios. Já nas regiões Sul e Sudeste, a projeção é de um aumento entre 20% e 40%, enquanto no Nordeste, o aumento deverá ser de cerca de 10%.
Tal perspectiva evidencia um mercado favorável para a utilização dos cabos OPGW, levando-se em conta que, embora seja a região mais extensa do país, o norte tem pouca representatividade populacional, tendendo a crescer bastante, tanto demograficamente, quanto no aspecto econômico, gerando assim um ambiente de negócios favorável para o setor. Além disso, esta região possui um potencial hidrelétrico que já gera boa parte da energia consumida em todo o país, mas tem muito a se desenvolver. Isto, evidentemente, passa por questões políticas e econômicas que demandam tempo e investimento por parte dos governos, da União e da iniciativa privada.
Duarte (2007), ao discorrer sobre descargas de incidência indireta, ou seja, aquelas que ocorrem próximas às linhas de transmissão, ressalta que cada elemento de corrente, componente do canal de descarga, atua como fonte de campo eletromagnético, chegando a iluminar a linha, induzindo uma tensão, cuja intensidade pode variar em função do valor de pico da corrente e o tempo de frente de onda da descarga. As amplitudes das tensões induzidas nos condutores podem ter valores máximos na casa das centenas de quilovolts, representando uma preocupação para a eficiência dos sistemas elétricos de média e baixa tensão, que são aquelas mais comuns em áreas urbanas. 
Para Taveira (2006), a incidência direta de descargas atmosféricas nas linhas de transmissão com tensão superior a 230 KV, tem a maior possibilidade de ocasionar desligamentos na rede e consequentemente transtornos de todo tipo para os consumidores, como danos eletrodomésticos, ou prejuízos na indústria. 
Por esse motivo, conforme menciona Duarte (2007), classificam-se em três, os mecanismos básicos de ruptura por incidência direta de descargas nas linhas:
· Flashover – ruptura de isolamento por incidência de raios diretamente nos cabos condutores;
· Blackflashover – ruptura de isolamento por incidência de raios nos cabos de blindagem;
· Ruptura a meio de vão por incidência de raios nos cabos de blindagem.
As Figuras 4, 5 e 6 ilustram as três classificações de incidência de descargas atmosféricas relacionadas às redes de transmissão e auxiliam no entendimento das características de cada uma delas:
Figura 4 – Ruptura do isolamento por flashover
Fonte: Cunha (2010, p. 18)
Figura 5 – Ruptura de isolamento por backflashover
Fonte: Araujo e Kurokawa (2017, p. 12)
Figura 6 – Ruptura de isolamento por incidência direta a meio de vão
Fonte: Autoria própria (2021)
A fenomenologia das incidências de descargas atmosféricas é amplamente descrita na literatura disponível atualmente, demonstrando a familiaridade do setor elétrico como esse fenômeno. Faltas provocadas em tais circunstâncias são consideradas comuns, sendo eliminadas pelos sistemas de proteção, que na maioria dos casos religam automaticamente o fornecimento de energia.
Os cabos OPGW, como salientam com Burdochi, Durão e Santos (2013), são projetados e instalados de modo a atender as mesmas necessidades das linhas dos cabos convencionais, tendo, porém, algumas características diferentes, como a bitola dos cabos, por exemplo. Um dos fatores que os tornam mais eficientes na proteção das linhas de transmissão é, ainda segundo o mesmo autor, a sua menor resistência em comparação com outros cabos para-raios, a solicitações mecânicas para fixação nas torres de transmissão. O valor de tensão de ruptura, Extreme Ductile Strength (EDS), ou seja, o limite, o qual ultrapassado ocasiona em rompimento, nos cabos OPGW são menores, o que, por consequência, demanda menor força aplicada na tração dos mesmos, fazendo com que a distância entre a altura do condutor na torre e sua menor altura em relação ao solo no mesmo vão, seja maior, o que constitui um ponto positivo.
Porém, como observam Araujo e Kurokawa (2017), deve-se evitar o seccionamento dos cabos OPGW, pois para tal, afim de manter a integridade das fibras ópticas em seu interior, deve ser feito um complexo procedimento que requer manutenção intensiva.
Os autores descrevem osprincipais aspectos a serem verificados nas linhas de transmissão com a utilização de cabos OPGW:
· Força estrutural suficiente das torres para suportar os esforços decorrentes da instalação do cabo, uma vez que o mesmo é mais pesado que outros cabos convencionais, dada sua composição;
· Integridade das distâncias elétricas no meio do vão, formada pelas flexas do cabo OPGW;
· Resistência mecânica suficiente para compatibilizar os valores das flexas do cabo OPGW com a dos condutores de fase, respeitando o limite de tensão mecânica máxima para as torres.
Silva (2016) ressalta a importância em relação à tecnologia construtiva destes cabos, que deve ser adequada de tal forma, que permita a operacionalidade mesmo sob efeitos da dilatação térmica, da acomodação do cabo após o lançamento ou ainda pela movimentação gerada pela ação dos ventos. Outro ponto importante, segundo o autor, refere-se ao arranjo dos núcleos destes cabos, os quais devem possuir uma certa folga, se comparado com a parte metálica, para permitir que as fibras fiquem imunes aos efeitos da acomodação mecânica, dilatações e contrações térmicas.
Por tanto, é possível sintetizar que tanto a estrutura das torres de transmissão, no que diz respeito à compatibilidade de dimensionamento e resistência mecânica, quanto a qualidade do cabo para-raios OPGW estão diretamente ligados à eficiência do conjunto, que pode variar de acordo com o posicionamento do cabo de proteção em relação aos condutores.
Embora o sistema energético brasileiro esteja cada vez mais interligado, não está imune a desligamentos de grande porte, popularmente conhecidos como apagões. Isso mostra uma vulnerabilidade do sistema, principalmente no que tange às condições climáticas. Por este motivo, destaca Duarte (2007, p. 18) “atualmente em todo o Brasil, no que diz respeito a rede básica de transmissão de energia elétrica, todas as concessionárias possuem pelo menos um circuito superior a 230 KV, equipados com cabos OPGW”.
A Figura 7 demonstra a disposição do cabo OPGW na linha de transmissão:
Figura 7 – Flexas dos cabos OPGW e fases
FONTE: Autoria própria (2021)
Como visto, a disposição do cabo para-raios em relação aos condutores de fase tem influência direta sobre o desempenho da linha de transmissão, principalmente em dois aspectos: a quantidade de desligamentos ocasionados incidência de raios, uma vez que a proteção fornecida pelo para-raios varia em função do seu posicionamento em relação aos cabos condutores; e as perdas de potência, uma vez que as correntes induzidas nos para-raios dependem do grau de acoplamento eletromagnético com os condutores.
Tendo em vista a manutenção da disponibilidade e integridade das linhas de transmissão, além da segurança, tanto para os produtores de energia elétrica, quanto para os consumidores, levando-se em conta os desligamentos devido a surtos atmosféricos, constata-se que os cabos OPGW são a melhor opção para esse fim, não só devido à redução de custos, mas por garantir um bom desempenho, do ponto de vista da proteção das linhas de transmissão contra descargas atmosféricas e consequente redução de perdas. 
O Brasil é o país com maior número de incidência de raios no mundo inteiro, por isso a utilização de cabos para-raios para a proteção das linhas de transmissão é essencial para que haja confiabilidade no sistema elétrico nacional, evitando assim prejuízos para clientes e a incidência de multas e cobranças para as empresas. Nesse quadro, é uma questão de tempo para que em cada cidade brasileira todos possam usufruir dos benefícios do cabo OPGW, recebendo eletricidade e internet pela mesma infraestrutura.
4. AMPLIFICADORES RAMAN
Com a crescente demanda por capacidade de trafego nas telecomunicações, observa-se uma rápida evolução na comunicação via sistemas ópticos, que ocorre de maneira acelerada, impulsionada pela inclusão digital. A utilização da internet avançou sobremaneira a partir do início dos anos 2000, devido, entre outros fatores, à popularização dos aparelhos celulares, seguidos pelos smartphones, que ampliaram os serviços de telefonia e tornaram o acesso à rede mundial muito mais democrático. 
Os efeitos disso sobre os sistemas de comunicação de dados levou ao desenvolvimento de tecnologias que pudessem atender satisfatoriamente às crescentes necessidades técnicas, como baixa atenuação e distorção do sinal, requerimento de baixa potência para funcionamento, entre outros.
Nessa conjuntura, Filho (2005), discorre que a tecnologia de transmissão de dados por fibra óptica constitui atualmente a principal alternativa para o aumento da banda de transmissão. Segundo o autor, mesmo esta, estando em um estágio avançado, ainda há um grande potencial para desenvolvimento, como mostra o surgimento da multiplexação em comprimento de onda, método que permite a transmissão de vários canais com comprimento de ondas distintos em uma única fibra óptica.
Castellani (2009), aponta outra evolução nas comunicações ópticas, que foi o desenvolvimento de fibras ópticas microestruturadas, conhecidas também como fibras de cristal fotônico – PFC (Photonic Crystal Fibers), que devido à sua capacidade de apresentar valores não convencionais em alguns de seus parâmetros construtivos, trouxe novas possibilidades ao campo da óptica e das telecomunicações. Estas fibras são capazes de simultaneamente apresentar dispersão muito negativa e alta não-linearidade, o que torna possível a construção de amplificadores com alto ganhos e que possam, com apenas alguns quilômetros de fibras, compensar eficientemente a dispersão.
De acordo com Filho (2005), a possibilidade de construção de um amplificador óptico foi proposta pela primeira vez em 1939 pelo engenheiro russo Valentin A. Fabrikant, que não chegou a publicar seus estudos. Anos mais tarde, em 1954, Charles Townes conseguiu produzir oscilações de micro-ondas com a utilização de emissão estimulada. Em pouco tempo, com o avanço das pesquisas, foi criado o primeiro laser em 1960. No entanto, o aparato possuía componentes que operavam a temperaturas muito baixas, o que constituía um problema que só veio se sanado com a evolução da tecnologia do crescimento de camadas epitaxiais sob um substrato.
Tal avanço permitiu a fabricação de dispositivos, utilizando-se camadas superpostas de materiais diferentes, fazendo com que os lasers tivessem as correntes de operação reduzidas, podendo ser utilizados em temperatura ambiente e de forma contínua. Os lasers utilizados atualmente nos mais desenvolvidos sistemas de telecomunicação, são projetados com tecnologia à base de semicondutor. Este salto, em concomitância com a diminuição da atenuação das fibras ópticas, tornaram possível o atual estágio das comunicações ópticas.
Essa evolução passa pela migração dos materiais envolvidos na fabricação dos meios de propagação de dados, uma vez que os sistemas de transmissão óptica representam a troca do metal pelo vidro como meio de transmissão que guiam o sinal óptico. Esta troca só foi possível devido às vantagens tecnológicas apresentadas pela transmissão óptica como, imunidade à interferência de sinais eletromagnéticos, confinamento completo do sinal no cabo evitando assim a radiação para o meio externo, maiores distâncias de transmissão do sinal sem regeneração (TAVEIRA, 2006).
Desse modo, pode-se sintetizar que os cabos ópticos são desenvolvidos de modo a não absorverem luz, podendo analogamente ser descritos como longos tuneis espelhados, que ao receberem um feixe de luz, assim como um espelho, o refletem infinitamente.
Com o horizonte apontando para possibilidades de inovações a serem descobertas, muitos esforços estão sendo reunidos no sentido do desenvolvimento de amplificadores ópticos que se mostrem eficientes, confiáveis e que sejam viáveis financeiramente. Nesse aspecto, Castellani, (2009) argumenta que um dos principais desafios em comunicações óticas sempre foi a questão de se conseguir enviar sinais cada vez mais longe e com taxas de transmissão de dados cada vez mais altas. Nesse sentido, odesenvolvimento de amplificadores ópticos que se deu na década de 90 foi muito importante, pois esses permitiram a transmissão de sinais através de centenas de quilômetros sem a necessidade de se fazer regeneração elétrica, que impactava negativamente na taxa de transmissão.
	As primeiras fibras, conforme descreve Taveira (2006), eram chamadas de multimodo, possuindo diâmetros entre 50 e 80 nanômetros (nm), unidade de medida que equivale um bilionésimo de 1 metro. Embora sejam diâmetros extremamente minúsculo, estes ainda são considerados grandes em comparação com o comprimento de onda utilizado no espectro de transmissão dos sistemas ópticos. Recebem este nome por permitirem a propagação de múltiplos modos, cada um propagado com uma pequena diferença de velocidade na fibra. Atualmente as fibras utilizadas possuem um diâmetro que varia entre 8 e 10 nm, sendo do tipo monomodo, que força toda a energia do sinal de luz a se propagar em um único modo.
	A principal penalidade responsável pela determinação do alcance máximo de transmissão de um sistema de comunicações por fibra óptica é a atenuação sofrida pelo sinal. Para compensar as perdas impostas pelo meio de transmissão, e assim aumentar o alcance, são utilizados dispositivos capazes de redirecionar o sinal. Existem duas soluções para esse problema: uso de regeneradores optoeletrônicos ou amplificadores ópticos (FILHO, 2005).
Faria (2005), ao abordar sobre a amplificação Raman, descreve que no início das comunicações ópticas eram mais utilizados os regeneradores amplificadores de sinal elétrico, em outras palavras, fotodetectores seguidos de amplificadores, onde estes sinais eram tratados, levados a um decisor de bit, para em seguida, serem novamente transformados em sinais ópticos e emitidos na fibra. No entanto, cada canal exigia um regenerador, o que significava praticamente a inviabilidade deste tipo de sistema, no que diz respeito ao aspecto financeiro, pois demandava custos altíssimos, além de ser extremamente espaçoso. Evidentemente, a miniaturização é uma realidade na evolução das comunicações ópticas, que trabalha com dimensões extremamente pequenas.
	Esse problema foi solucionado com a chegada dos amplificadores ópticos, que possibilitam que com apenas um dispositivo sejam amplificados diversos canais: isto porque, como discorre Faria (2005), a luz não necessita ser transformada em sinal elétrico e passar pelo processo descrito anteriormente. Uma fonte de luz que vamos chamar de bombeio é acoplada à fibra e, esta transfere parte da energia de sua luz para que a luz de sinal que já vem trafegando pela fibra seja amplificada (ganhando mais fótons), e isso acontece semelhantemente para cada canal óptico dependendo das características do amplificador utilizado.
Os amplificadores ópticos podem ser entendidos como dispositivos ou subsistemas que utilizam a emissão estimulada em um meio ativo para a amplificação do sinal de luz. É necessário que ocorra uma inversão de população deste meio ativo de modo a permitir que a emissão estimulada seja maior que a absorção obtida e mantida por um sistema de bombeio.
O funcionamento de um amplificador, segundo Castellani, está diretamente ligado aos valores de potência e de comprimentos de onda dos lasers de bombeio utilizados. Os bombeios são lasers de alta potência que são utilizados apenas para fornecer ganho aos sinais de dados ao longo da transmissão. Ao se ajustar esses parâmetros podemos alterar significativamente o perfil de ganho obtido, portanto, para se projetar um amplificador Raman com determinada característica de ganho, basta que se escolha de maneira adequada esses valores.
O efeito Raman, conforme Filho (2005), foi descoberto em 1928 pelo físico indiano Chandrasekhara Venkanta Raman e descreve a dispersão de luz inelástica e de radiação ultravioleta verificada em espetroscopia. O espalhamento Raman é uma forma de espalhamento eletromagnético não linear que tende a ocorrer em meios onde há grande densidade de energia eletromagnética. Ele é considerado não linear por que altera parâmetros não lineares da onda eletromagnética no meio, como seu comprimento de onda e sua frequência. Na verdade, o que ocorre é a transferência da energia de um comprimento de onda para comprimentos de onda adjacentes. Fisicamente, o espalhamento Raman ocorre quando existe a absorção da energia de uma onda eletromagnética por parte da estrutura que está ligando o material. O excedente energético relacionado a emissão de um fóton em nível energético inferior será compensado pela emissão de um fônon, que nada mais é que do que um dos modos vibracionais da estrutura cristalina.
No contexto das fibras ópticas, o espalhamento Raman tende a ocorrer quando há alta potência óptica em uma seção transversal de fibra relativamente reduzida. Quando uma onda incidente interage com uma molécula, que por sua vez é um dos componentes da estrutura molecular do material, a molécula irá emitir uma onda de comprimento de onda maior ou menor, a depender do nível energético da onda incidente (FARIA, 2005).
Diante disso, pode-se sintetizar que o amplificador Raman é um amplificador óptico que utiliza espalhamento estimulado de Raman como princípio de funcionamento. Ele emite fótons em comprimento de onda específicos, no sentido contra-propagante do enlace, de maneira a estimular a emissão de Raman. Após o espelhamento, tem-se uma onda de amplitude maior, em função da interação da onda oriunda da rede e a onda decorrente do espelhamento Raman estimulado. 
A Figura 8 ilustra o esquema de um amplificador Raman:
Figura 8 – Esquema básico de um amplificador Raman
Fonte: Faria (2005, p. 17)
Dessa maneira, pode-se entender que o espelhamento Raman pode ser utilizado para amplificar sinais ópticos desde que seja propagado em uma fibra e que haja o bombeio de potência relativamente alta, permanecendo a diferença entre as frequências dos sinais dentro do espectro de Ganho Raman. Quanto ao bombeio, este é feito pela luz laser de alta potência, que é espalhado inelasticamente, afim de produzir fótons na frequência Stokes, que é a frequência do sinal a ser amplificado.
Como o sinal se propaga na mesma fibra que o bombeio, ele estimula a emissão de fótons na mesma frequência e na mesma modulação que ele. O espalhamento Raman espontâneo pode ocorrer e gerar ruído no sistema, porém, como o espalhamento Raman estimulado ocorre a taxas muito mais altas, os amplificadores Raman apresentam baixa figura de ruído, o que é uma das grandes vantagens deste sistema de amplificação em comparação com os demais (FARIA, 2005).
Assim, para que a amplificação Raman ocorra, se faz necessário que a potência de bombeio exceda o limiar Raman, fazendo com que o espelhamento Raman estimulado comece a converter a maior parte da intensidade da onda do bombeio em ondas na frequência Stokes, ampliando o sinal co-propagante na fibra óptica (FILHO, 2005).
Esse espalhamento se dá naturalmente de forma aleatória, pois os fótons são espalhados com fases e em direções que não são pré-definidas. Porém, na presença de outro sinal que esteja no comprimento de onda do fóton espalhado, esse fóton será “estimulado” a ser emitido em fase com esse sinal, ou seja, amplificando-o. Esse é o espalhamento estimulado de Raman (SRS), o fenômeno no qual se baseia o funcionamento dos amplificadores Raman (CASTELLANI, 2009).
A Amplificação por Efeito Raman pode ser usada em todas as fibras ópticas instaladas nas Redes de Telecomunicações, o ganho, dentro do espectro fotônico, pode ser ajustado ou adequado, pela injeção de lasers de bombeio, operando em diversos comprimentos de onda. Os amplificadores Raman permitem curvas Características com Regiões Lineares que permitem ganho para Comprimentos de onda desde 300nm até 2.000 nm (TAVEIRA, 2006).
Segundo o mesmo autor há dois tipos de Amplificadores Raman que são: 
· Amplificadores Raman Discretos, mais conhecidos pela sigla LRA (Lumped Raman Amplifiers).
· Amplificações Raman Distribuídas, conhecidas como DRA (Distributed Raman Amplification).
Os efeitosdo espalhamento Raman estimulado numa fibra óptica podem ser observados em fibras monomodo de longos comprimentos. Isso ocorre devido a intensos campos elétricos da luz guiada no núcleo da fibra, já que é possível por causa do uso de lasers de alta potência. Por fim, as características dos modos de propagação da luz no guia de onda podem ser entendidas a partir da teoria eletromagnética e das soluções das equações de Maxwell, atendidas as condições de contorno da interface núcleo-casca. Desse modo, parte da radiação difusa no Espalhamento Raman dá origem a novos modos guiados ao longo da fibra. Sendo assim, parte dos fótons Stokes e anti- Stokes pode ser propagada simultaneamente a luz incidente, seja no sentido co-propagante ou contra-propagante (RIBEIRO, 2003).
Conforme Taveira (2006) os amplificadores ópticos revolucionaram a tecnológica das comunicações ópticas, pois possibilitaram o aumento da capacidade de transmissão dos sistemas ópticos de média e longa distância, com vantagens tecnológicas sobre os regeneradores. Estes dispositivos são relativamente simples de serem desenvolvidos, utilizam poucos componentes e podem ser utilizados nas redes ópticas de forma transparente a taxa de transmissão e modulação do sinal, além de dispensarem módulos adicionais e a dopagem da fibra com outros elementos químicos.
 Substituem assim, com vantagens, os regeneradores eletrônicos, agregando segurança e baixo custo à operação das redes ópticas. Os sistemas CWDM realizam a multiplexação óptica de comprimentos de onda a um baixo custo em redes metropolitanas. São utilizados para conectar as redes de transporte de alta capacidade às redes de acesso, trazendo uma larga vantagem em custo sobre os sistemas DWDM, porém com menor capacidade de transmissão.
	Com a evolução dos sistemas de bombeio de maior potência, a utilização de amplificadores Raman nos sistemas de comunicações ópticas torna-se muito vantajoso em comparação aos demais meios de amplificação, seja pela utilização da própria fibra como meio ativo para a amplificação, no caso do Raman distribuído, ou pela viabilidade de operação em qualquer faixa do espectro de transmissão da fibra, no caso de Raman discreto.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma corrida está em andamento para fornecer segurança, capacidade e velocidade no trafego de dados, diante de um cenário tecnológico em plena transformação. Neste trabalho, procurou-se notabilizar as inovações trazidas pelo cabo OPGW, que o fazem despontar como uma das principais soluções nas áreas de energia elétrica e telecomunicações, dadas suas características, que reúnem funções de para-raios e fibra óptica ao mesmo tempo. Sua dupla utilidade o permite abrigar em seu interior, fibras para conexão com altas taxas de envio, além de salvaguardar as linhas aéreas de transmissão de energia elétrica, com consideráveis vantagens frente a outros métodos.
	O fator segurança é uma questão primordial no fornecimento e distribuição de energia elétrica, que é um bem de consumo considerado vital para a manutenção de diversas atividades básicas da sociedade. O estudo da implementação do cabo de aterramento OPGW, mostra que o mesmo trás maior estabilidade ao sistema energético, principalmente o nacional, que apesar de recentes avanços no sentido da integração, ainda se mostra bastante vulnerável às condições climáticas, principalmente as descargas elétricas.
	As novas tendências tecnológicas, impulsionadas pelo o que muitos chamam de quarta revolução industrial, suscitam a criação de mecanismos que viabilizem a migração das plataformas de comunicação por voz e vídeo para um ambiente 100% digital. Nesse contexto, os amplificadores Raman são peças-chave que contribuem para um melhor aproveitamento do espectro e transmissão das fibras ópticas, que, aliado a utilização dos cabos OPGW, constituem ferramentas essenciais para vencer o desafio levar comunicação a localidades remotas e de difícil acesso.
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