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Anatomia da Tireoide Introdução A glândula tireoide situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, na parte anterior do pescoço, no nível das vértebras C V a T I. É formada principalmente pelos lobos direito e esquerdo, situados em posição anterolateral em relação à laringe e à traqueia. A glândula tireoide é circundada por uma cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da glândula. Tecido conjuntivo denso fixa a cápsula à cartilagem cricóidea e aos anéis traqueais superiores. Externamente à cápsula há uma bainha frouxa formada pela parte visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. Irrigação arterial Artérias da glândula tireoide: a glândula tireoide, bastante vascularizada, é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior. Esses vasos situam-se entre a cápsula fibrosa e a bainha fascial frouxa. Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias tireóideas superiores, descem até os polos superiores da glândula, perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. As artérias tireóideas inferiores, os maiores ramos dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias, seguem em sentido superomedial posteriormente às bainhas caróticas até chegarem à face posterior da glândula tireoide. Elas se dividem em vários ramos que perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e suprem a face posteroinferior, inclusive os polos inferiores da glândula. As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda fazem extensas anastomoses dentro da glândula, assegurando sua vascularização enquanto proporcionam potencial circulação colateral entre as artérias subclávia e carótida externa. Em cerca de 10% das pessoas, uma pequena artéria tireóidea ima ímpar origina-se do tronco braquiocefálico, entretanto, pode originar-se do arco da aorta ou das artérias carótida comum direita, subclávia ou torácica interna. Quando existente, essa pequena artéria ascende na face anterior da traqueia, emitindo pequenos ramos para ela. A artéria continua até o istmo da glândula tireoide, onde se divide para irrigá-la. Drenagem venosa Veias da glândula tireoide: três pares de veias tireóideas geralmente formam um plexo venoso tireóideo na face anterior da glândula tireoide e anterior à traqueia. As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores; elas drenam os polos superiores da glândula tireoide; as veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos praticamente paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermédia dos lobos. As veias tireóideas inferiores geralmente independentes drenam os polos inferiores. As veias tireóideas superior e média drenam para as VJI; as veias tireóideas inferiores drenam para as veias braquiocefálicas posteriormente ao manúbrio do esterno. Drenagem linfática Os vasos linfáticos da glândula tireoide seguem no tecido conjuntivo interlobular, geralmente perto das artérias; eles se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. A partir daí, os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré- traqueais e paratraqueais. Por sua vez, os linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Lateralmente, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores seguem diretamente para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Alguns vasos linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico. Inervação Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores. Eles chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas. Essas fibras são vasomotoras, não secretomotoras. Causam constrição dos vasos sanguíneos. Exames de imagem Ultrassonografia Acurácia de imagem muito boa, principalmente na visualização de lesões císticas (nódulos) da tireoide. Cintilografia
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