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Anatomia da Tireoide e Paratireoide

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Anatomia da Tireoide e Paratireoide
· As vísceras da camada endócrina fazem parte do sistema endócrino (glândulas secretoras de hormônio, sem ductos). A glândula tireoide é a maior glândula endócrina do corpo. Produz hormônio tireoidiano, que controla a velocidade do metabolismo, e calcitonina, um hormônio que controla o metabolismo do cálcio. 
· A glândula tireoide influencia todas as áreas do corpo, com exceção dela própria e do baço, testículos e útero. O hormônio produzido pelas glândulas paratireoides, o paratormônio (PTH), controla o metabolismo do fósforo e do cálcio no sangue. As glândulas paratireoides atuam no esqueleto, nos rins e no intestino. 
· Glândula tireoide: A glândula tireoide situa-se no pescoço (região de transição entre a cabeça e o tórax onde passam varias estruturas) profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, na parte anterior do pescoço, no nível das vértebras CV a TI. 
· Vale lembrar que a região do pescoço possui o osso hioide (onde se inserem os músculos da base do crânio), as cartilagens e a traqueia como esqueleto/arcabouço ósseo cartilaginoso anterior (além do esterno). E a coluna vertebral e as clavículas como esqueleto posterolateral. A localização da tireoide anterior a traqueia, que por sua vez é anterior ao esôfago é importante, uma vez que o crescimento dessa tireoide pode ocasionar dispneia e disfagia. 
 
· O pescoço é dividido em 2 trígonos principais pelo musculo esternocleidomastoideo em trígono anterior e posterior/lateral. Esses trígonos se dividem em subtrigonos, mas a tireoide se encontra localizada no trígono anterior, mais precisamente no trígono muscular. Esse trígono possui o musculo esternotireoideo e esterno hioideo (músculo laminar que estabiliza o osso hioide durante o processo de deglutição) cobrindo anteriormente a tireoide.
· No trígono posterior apenas o trígono occipital importa quando falamos de tireoide, uma vez que nele passa o nervo acessório. Em procedimentos de metástases linfonodais de tumores da tireoide a linfadenectomia deve ser realizada, e uma das complicações da mesma é a lesão desse nervo (o que geraria paralisação do musculo trapézio e a sensação de ombro caído).
 
· O trígono carotídeo também é importante, uma vez que a tireoide se relaciona intimamente com a veia carótida. Vale destacar que os linfonodos dos trígonos submentual e submandibular também podem ser afetados por metástases de tumores na tireoide, precisando se retirados caso isso aconteça.
· É formada principalmente pelos lobos direito e esquerdo, situados em posição anterolateral em relação à laringe e à traqueia. Um istmo relativamente fino une os lobos sobre a traqueia, em geral anteriormente ao segundo e terceiro anéis traqueais. Pode acontecer de algumas pessoas (50%) apresentarem um lobo piramidal, resquício do ducto tireoglosso. Caso o ducto tireoglosso não se degenere completamente ele pode ocasionar a formação do ducto tireoglosso (pode inflamar com a entrada de resíduos e saliva).
· A glândula tireoide é circundada por uma cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da glândula. Tecido conjuntivo denso fixa a cápsula à cartilagem cricóidea e aos anéis traqueais superiores. Externamente à cápsula há uma bainha frouxa formada pela parte visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. 
 
· O ligamento de Berry fixa posteriormente a tireoide a cartilagem cricoide e a traqueia. Ele é responsavel pela movimentacao dessa glandula durante a deglutição. O ligamento de Sebllau liga a tiroide a bainha da carotida. 
· Tal glândula realiza relações anatômicas lateralmente com a artéria carótida, veia jugular e nervo vago (emite um ramo chamado de nervo laríngeo inferior que passa posterior a tireoide e entra na faringe, inervando os músculos responsáveis pela voz o que pode gerar rouquidão ou até afonia como complicação cirurgia da retirada da tireoide, para evitar isso se isola tal nervo antes da cirurgia de fato), posteriormente com traqueia e esôfago .
Obs.: O Nervo laríngeo superior, também ramo do nervo vago, passa posteriormente a tireoide e inerva unicamente ao músculo cricofaríngeo (responsável pelo som agudo).
· Artérias da glândula tireoide: A glândula tireoide, altamente vascularizada, é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior. Esses vasos situam-se entre a cápsula fibrosa e a bainha fascial frouxa. 
· Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias tireóideas superiores, descem até54 os polos superiores da glândula, perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. 
· As artérias tireóideas inferiores, os maiores ramos dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias, seguem em sentido superomedial posteriormente às bainhas caróticas até chegarem à face posterior da glândula tireoide. Elas se dividem em vários ramos que perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e suprem a face posteroinferior, inclusive os polos inferiores da glândula. 
· As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda fazem extensas anastomoses dentro da glândula, assegurando sua vascularização enquanto proporcionam potencial circulação colateral entre as artérias subclávia e carótida externa. 
· Em cerca de 10% das pessoas, uma pequena artéria tireóidea ima ímpar origina-se do tronco braquiocefálico; entretanto, pode originar-se do arco da aorta ou das artérias carótida comum direita, subclávia ou torácica interna. Quando presente, essa pequena artéria ascende na face anterior da traqueia, emitindo pequenos ramos para ela. A artéria continua até o istmo da glândula tireoide, onde se divide para irrigá-la. Por esse motivo em emergências não se deve realizar uma traqueostomia, já que o risco de lesar essa artéria (alta pressão por ser derivada da braquicefálica) é alto, gerando complicações. Assim, a cricotireoideostomia é realizada.
· Veias da glândula tireoide: Três pares de veias tireóideas geralmente formam um plexo venoso tireóideo na face anterior da glândula tireoide e anterior à traqueia. As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores; elas drenam os polos superiores da glândula tireoide; as veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos praticamente paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermédia dos lobos. As veias tireóideas inferiores geralmente independentes drenam os polos inferiores. As veias tireóideas superior e média drenam para as veia jugular interna; as veias tireóideas inferiores drenam para as veias braquiocefálicas esquerda ou direita posteriormente ao manúbrio do esterno. 
· Drenagem linfática da glândula tireoide: Os vasos linfáticos da glândula tireoide seguem no tecido conjuntivo interlobular, geralmente perto das artérias; eles se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. A partir daí, os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré-traqueais e paratraqueais. Por sua vez, os linfonodos prélaríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores seguem diretamente para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Alguns vasos linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico. 
 
· Vale destacar que a tiroide se encontra no nível 6 de mapeamento linfonodal, e sua drenagem linfática se dá para os linfonodos do nível 3, 4, 5 e 6 (podendo chegar até o nível 2 ).
· Nervos da glândula tireoide: Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores. Eles chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas. Essas fibras são vasomotoras, não secretomotoras. Causamconstrição dos vasos sanguíneos. A secreção endócrina da glândula tireoide é controlada hormonalmente pela hipófise.
Obs.: Vale destacar que bócio significa aumento na tireoide, e pode ser nodular ou difuso. Além de poder se classificar em toxico (gera hipertireoidismo) e atóxico.
· Glândulas paratireoides: Em geral, as pequenas glândulas paratireoides ovais e achatadas situam-se externamente à cápsula tireóidea na metade medial da face posterior de cada lobo da glândula tireoide, dentro de sua bainha. As glândulas paratireoides superiores costumam situar-se um pouco mais de 1 cm acima do ponto de entrada das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide. As glândulas paratireoides inferiores usualmente situam-se mais de 1cm abaixo do ponto de entrada arterial.
· A maioria das pessoas tem quatro glândulas paratireoides. Cerca de 5% das pessoas têm mais, e algumas têm apenas 2 glândulas. 
 
· Vale destacar que em 80% das vezes as glândulas paratireóideas se encontram na região posterior da tireoide, mas podem se encontrar em outros locais (próxima ao timo ou até acima do osso hióide).
· As glândulas paratireoides superiores, com posição mais constante do que as inferiores, geralmente estão situadas no nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. A posição habitual das glândulas paratireoides inferiores é perto dos polos inferiores da glândula tireoide, mas elas podem ocupar várias posições.
· Uma outra complicação envolvendo a retirada da tireoide cirurgicamente, a retirada das paratireoides. O que seria prejudicial pois diminuiria a produção de paratormônios, gerando grandes efeitos na concentração de cálcio corporal. Nesse procedimento cirúrgico, a tireoide deve ser descolada primeiro para depois ser retirada.
Obs.: Em 1 a 5% das pessoas, uma glândula paratireoide inferior está situada profundamente no mediastino superior.
· Vasos das glândulas paratireoides: Como as artérias tireóideas inferiores são responsáveis pela vascularização primária da face posterior da glândula tireoide, onde estão localizadas as glândulas paratireoides, ramos dessas artérias geralmente suprem essas glândulas. Entretanto, também podem ser supridas por ramos das artérias tireóideas superiores; a artéria tireóidea ima; ou as artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. Mas normalmente a artéria tiroide a inferior supre todas essas glândulas.
· As veias paratireóideas drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da traqueia. Os vasos linfáticos das glândulas paratireoides drenam com os vasos da glândula tireoide para os linfonodos cervicais profundos e linfonodos paratraqueais. 
· Nervos das glândulas paratireoides: A inervação das glândulas paratireoides é abundante; é derivada de ramos tireóideos dos gânglios (simpáticos) cervicais. Assim como os nervos para a glândula tireoide, são vasomotores e não secretomotoras, porque as secreções endócrinas dessas glândulas são controladas por hormônios.

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