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LIBRAS INTERMEDIÁRIO PROFESSOR - ARLESSON OLIVEIRA SANTOS ESCOLEGISESCOLEGIS CMMCMM MESA DIRETORA Presidente - David Reis (AVANTE) 1º Vice-Presidente - Wallace Oliveira (PROS) 2º Vice-Presidente – Diego Afonso (PSL) 3º Vice-Presidente – Caio André (PSC) Secretária Geral – Glória Carrate (PL) 1º Secretário – Elissandro Bessa (SOLIDARIEDADE) 2º Secretário – Eduardo Alfaia (PMN) 3º Secretário – João Carlos (REPUBLICANOS) Ouvidor – Amom Mandel (SEM PARTIDO) Corregedor – Jaildo Oliveira (PC do B) Ficha Técnica Ebook - LIBRAS INTERMEDIÁRIO Autor: Professor Arlesson Oliveira Santos Revisão Pedagógica e EAD: Prof. Dr. Wender Antônio da Silva Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização da editora. A distribuição e download deste e-book são gratuitos dentro da plataforma Escolegis CMM, no entanto, sua comercialização e/ou redistribuição é terminantemente proibida. ©️ Copyright 2022 – Istud Ltda ME 3 E S C O L E G I S C M M INTRODUÇÃO Quando pensamos no curso intermediário de libras logo nos veio a mente dar continuidade aos conteúdos abordados no curso básico, aprofundando um pouco mais alguns conceitos, este módulo pretende, juntamente com os estudantes desenvolver as duas asas do conhecimento: teoria e prática. Além disso o curso pretende proporcionar aos estudantes um melhor panorama da comunidade surda trazendo a realidade cultural desta, bem como a literatura, o humor e o que é preciso ser feito para ser batizado ou aceito por ela. Também focaremos nas questões linguísticas da Libras e no aumento do vocabulário dos estudantes. Desde já os meus votos de boa sorte. Bons estudos! Arlesson Oliveira Santos Professor e Tradutor Intérprete de Libras 4 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................3 UNIDADE I .......................................................................................6 1.1 O QUE SÃO AS LÍNGUAS DE SINAIS E QUEM SÃO SEUS USUÁRIOS ............................................................................. 6 1.2 LÍNGUA X LINGUAGEM: OS MITOS DA LIBRAS ............................. 8 1.3 PARÂMETROS DA LIBRAS ................................................................ 8 1.4 SISTEMA PRONOMINAL .................................................................. 10 1.5 ADVÉRBIOS ....................................................................................... 12 1.6 VERBOS ............................................................................................. 12 1.7 NÚMEROS ......................................................................................... 13 UNIDADE II ......................................................................................15 2.1CORRENTES FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS ............... 15 2.1.1 ORALISMO ..................................................................................... 15 2.1.2 COMUNICAÇÃO TOTAL ................................................................ 15 2.1.3 BILINGUÍSMO ................................................................................ 15 2.2 CULTURA E IDENTIDADE SURDA .................................................... 16 2.2.1 CULTURA SURDA .......................................................................... 16 2.2.2 LITERATURA SURDA...................................................................... 16 2.2.3 BATISMO NA CULTURA SURDA ................................................... 17 UNIDADE III .....................................................................................18 3. ESTUDO E CONTEXTUALIZAÇÃO DE VOCÁBULOS ......................... 18 3.1 - FRASES E DIÁLOGOS DE USO ROTINEIRO: CUMPRIMENTOS E GENTILEZAS. .......................................................... 18 3.2 SINAIS DA SAÚDE ............................................................................. 18 3.3 SINAIS REFERENTES A PROFISSÕES E TRANSPORTES ................. 19 3.4 ADJETIVOS E SENTIMENTOS COM INTENSIFICADORES ............... 20 3.5 SINAIS DOS ESTADOS E CAPITAIS .................................................. 20 3.7 SINAIS DOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL ..................................... 21 UNIDADE IV ......................................................................................22 4. ESTUDO DE LIBRAS ............................................................................ 22 4.1 CLASSIFICADORES OU DESCRIÇÃO IMAGÉTICA ........................... 22 4.1.1 CLASSIFICADORES ........................................................................ 22 4.1.2 DESCRIÇÃO IMAGÉTICA ............................................................... 24 4.2 AMBIGUIDADE E DESAMBIGUAÇÃO .............................................. 24 5 E S C O L E G I S C M M 4.2.1 HOMONÍMIA ................................................................................. 24 4.2.2 POLISSEMIA ................................................................................... 25 4.2.3 DESAMBIGUAÇÃO ........................................................................ 25 4.3 ADJETIVOS EM LIBRAS ..................................................................... 27 4.3.1 ADJETIVOS ...................................................................................... 27 4.3.2 ADJETIVOS COMPARATIVOS ........................................................ 27 4.3.3 A FORMA CONDICIONAL SI (SE) .................................................. 27 4.3.4 MAIS E SEUS CONTEXTOS ............................................................ 28 REFERÊNCIAS ...................................................................................29 6 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O UNIDADE I 1.1 O QUE SÃO AS LÍNGUAS DE SINAIS E QUEM SÃO SEUS USUÁRIOS Língua natural ; Língua gestual visual; Papel fundamental no desenvolvimento cognitivo da pessoa com surdez; EGOV - DF Na Antiguidade, o Filósofo Aristóteles (384 – 322 a.c) dizia que “de todas as sensações, é a audição que contribui mais para a inteligência e o conhecimento, […] portanto, os nascidos surdos-mudos se tornam insensatos e naturalmente incapazes de razão”. (strobel, 2009, p. 18-19). Segundo Strobel (2009), acreditavam- se que a família que tinha um individuo surdo, estava sendo castigada por um membro do passado ter cometido um pecado grave. Essas famílias trancafiavam o surdo dentro de casa, sem o revelar ou apresentar para alguém por motivo de vergonha. se descobrissem, pintavam a porta da casa da família de vermelho, para sinalizar que ali vive/viveu um pecador. Mas o surdos continuavam usando as línguas de sinais, porém às escondidas, pois a sociedade já tinha imposto o modelo de oralização que ficava sob a responsabilidade da família 7 E S C O L E G I S C M M Na Idade pós Moderna (1453 - 1789), Charles-Michel De L’epeé fundou o Instituto Nacional para Surdos-Mudos de paris. Em seu instituto o método do oralismo deixou de ser o foco na educação dos surdos. Já no Brasil, o Conde Ernest Huert veio ao continente sul-americano a convite de Dom Pedro II para auxiliar o país na educação dos surdos. E em 1857 na cidade de Rio de Janeiro, inaugura-se o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos). Em 24 de abril de 2002 a Libras é reconhecido como meio de comunicação legal da comunidade surda e seus pares linguísticos através da Lei 10.436. E é regulamentada pelo Decreto 5.626 de 2005 garantindo a acessibilidade e difusão. 8 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O 1.2 LÍNGUA X LINGUAGEM: OS MITOS DA LIBRAS MITO 1: A LIBRAS É UNIVERSAL? E a resposta é... NÃO!!! O site http://www.ethnologue.com/ catalogou cerca de 138 Língua de sinais existentes no mundo. E segundo pesquisadores linguístas, está nascendo uma segunda língua de sinais no Brasi, a Língua Ka’apor de Sinais. A figura abaixo é uma representação da diferença das línguas de sinais no mundo. dsc.inf.furb.br MITO 2: A LIBRAS É MÍMICA? Definitivamente NÃO! Um exemplo claro é a conversação entre ossurdos não é transparente para pessoas que não sabem Libras. 1.3 PARÂMETROS DA LIBRAS Neste tópico abordaremos sobre a estrutura gramatical da Libras e seus parâmetros: configuração de mão; ponto de articulação; movimento; orientação ou direcionalidade; marcas não manuais. Para Quadros (1999), a ordem do sujeito e objeto está relacionado ao tipo de verbo: verbos direcionais e verbos não direcionais. 9 E S C O L E G I S C M M Exemplo de verbos direcionais : JOÃO AJUDAR MARIA (SVO) JOÃO MARIA AJUDAR (S0V) Verbos não direcionais: JOÃO GOSTAR MARIA (SVO) JOÃO MARIA GOSTAR (SOV) AGRAMATICAL. . Configuração de mão é a forma que a mão assumirá na realização do sinal. 10 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O Alfabeto manual: Ponto de articulação é o lugar onde o sinal é realizado ou articulado. O Movimento é o deslocamneto da mão no espaço, ou sobre o corpo, durante a realização do sinal. A Orientação é o plano em direção ao qual a palma da mão é orientada. Alguns sinais têm a mesma configuração, o mesmo ponto de articulação e o mesmo movimento, e diferem apenas na orientação da mão. É importante perceber como a modificação de um único parâmetro pode alterar completamente o significado do sinal. E por fim as marcas não manuais, incluem o uso de expressões faciais, linguagem corporal, movimentos da cabeça, olhares, etc. Se uma pessoa quer demonstrar que está com raiva de alguém ou de algo, talvez não precise usar nem um sinal. Basta utilizar apenas a expressão facial. Ou, se alguém fizer uma pergunta para responder “sim” ou “não”, basta simplesmente balançar a cabeça de acordo. Estas são simples situações para exemplificar este parâmetro, todavia, durante uma conversa em Libras, é necessário combinar diversos componentes não manuais com sinais específicos para esclarecer a mensagem. 1.4 SISTEMA PRONOMINAL Neste tópico abordaremos sobre os pronomes na Libras. Estão divididos em, pronomes pessoais, possessivos, interrogativos, pronomes demonstrativos e advérbio de lugar. Dêiticos são apontamentos, geralmente, acompanhados de gestos, recursos 11 E S C O L E G I S C M M extralingüísticos não elocutórios, que indicam o tempo, pessoa e espaço, construídos no ato da enunciação. Pronomes pessoais: Pronomes possessivos: Pronomes Interrogativos: 12 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O Na libras os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar possuem o mesmo sinal quando relacionado a pessoa, sendo diferenciados no contexto: Ex: est@, ess@, aquel@, el@, aqui, alí, lá, etc. 1.5 ADVÉRBIOS Os Advérbios estão organizados em, de lugar, de tempo e de modo. E é o que explicaremos nessa unidade. Não há marcas de tempo nas formas verbais, é como se os verbos sempre ficassem no infinitivo: acontecer, inaugurar, duvidar, etc. O tempo é marcado sintaticamente através dos advérbios de tempo que indicam se a ação está acontecendo no presente: hoje, agora; passado: ontem, anteontem; ou futuro: amanhã. Desta maneira, o advérbio aparece, quase sempre no início da frase. Mas também podem aparecer no final. 1.6 VERBOS Os verbos direcionaisão concordam com as pessoas da sentença, mas não incorporam o locativo. A direção do sinal é realizada do sujeito para o objeto da sentença. Com isso a direção do movimento destes verbos sempre irá variar com a posição das pessoas que estão envolvidas. Quadros (1999) inclui os verbos espaciais neste mesmo grupo de verbos com concordância. Ex: Ir; Chegar. FONTE: Capovilla e Raphael (2001) 13 E S C O L E G I S C M M Os verbos não direcionais não possuem marca de concordância: são verbos que não se flexionam em pessoa e número, e não incorporam afixos locativos. Em geral são ancorados ou feitos tocando o corpo, e embora possam ter flexão para aspecto verbal, é como se eles ficassem no infinitivo. Esses tipos de verbos, também são chamados de verbos simples. 1.7 NÚMEROS Números Cardinais: O numeral cardinal 1 é diferente da quantidade 1, como o livro 1, que é diferente de PRIMERO-LUGAR, que é diferente do numeral PRIMEIRO, que é diferente de PRIMEIRO-ANDAR, que é diferente de PRIMEIRO- GRAU, que é diferentes de MÊS-1. FONTE: Capovilla e Raphael (2001) Em LIBRAS para se representar os valores monetários de um até nove reais, usa-se o sinal do numeral correspondente ao valor, incorporando a este o sinal VIRGULA. Por isso o numeral para o valor monetario terá pequenos movimentos rotativos. Pode ser usado tambem para estes valores acima os sinais dos numerais correspondentes seguido dos sinal “real”. FONTE: Capovilla e Raphael (2001) Os números ordinais do PRIMEIRO até o NONO tem a mesma forma dos cardinais, mas aqueles possuem movimentos enquanto estes não possuem. Os ordinais do PRIMEIRO até o QUARTO tem movimentos para cima e para baixo e os ordinais do FATEC – Faculdade de Teologia e Ciências 13 13 Gramática da LIBRAS QUINTO até o NONO tem movimentos para os lados. 14 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O FONTE: Capovilla e Raphael (2001) Na língua de sinais, há dois sinais diferentes para a ideia “dia”: um sinal relacionado a dia do mês, que é o sinal soletrado D-I-A, e o sinal DIA (duração), (que tem a configuração de mão em d com movimento circular em frente ao dorso do emissor). Ex: você vai d-i-a? Eu cansado Ônibus viajar dia 2. 15 E S C O L E G I S C M M UNIDADE II 2.1CORRENTES FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS 2.1.1 ORALISMO Esta corrente filosófica acredita que o sujeito Surdo para dimunuir as barreiras comunicativas da sociedade, é preciso que ele seja oralizado. Assim o Oralismo visa a integração do Surdo na comunidade ouvinte, dando- lhes condições de desenvolver a língua oral, percebendo a surdez como uma deficiência que pode ser minimizada pela estimulação auditiva. Ou sej, o objetivo maior do Oralismo é levar a criança surda a uma possível “normalidade”, uma realidade aceitável para a sociedade. 2.1.2 COMUNICAÇÃO TOTAL A Comunicação Total assim como o Oralismo se preocupa com o desenvolvimento e aprendizagem da língua oral, mas que não pode ser deixado de lado todos os aspectos cognitivos e emocionais das crianças surdas nesse período de aquisição da oralização. As duas correntes se opõem quanto o aprendizado da língua oral por si só não assegura o pleno desenvolvimento da criança surda. Com isso a Comunicação Total defende o uso simunltâneo de todo e qualquer recurso linguístico como língua de sinais, gestos, códigos manuais, língua oral para garantir a comunicação com os surdos. No entanto não podemos utilizar a língua oral e a língua de sinais simultaneamente pois não temos capacidade neurológica de processar duas línguas com estruturas diferentes. 2.1.3 BILINGUÍSMO O Bilinguísmo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser bilíngue, ou seja, deve adquirir como língua materna a língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos, e como segunda língua, a língua oficial do seu país. Alguns autores acreditam que a língua de sinais deve ser dquirida em convívio 16 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O das crianças surdas com outros surdos mais velhos, que dominem a língua de sinais. Desta maneira a criança terá uma referência identitária com transmissão de valores culturais. 2.2 CULTURA E IDENTIDADE SURDA 2.2.1 CULTURA SURDA O que é Cultura? “[...] o jeito de o Surdo entender o mundo e modificá-lo a fim de torná-lo acessível e habitável ajustando-o com suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas.” (STROBEL, 2008, p. 30). Como seria um bate papo entre ouvintes e surdos: Ouvintes terminam as conversas cedo; Surdos perdem a hora conversando; Conversa entre ouvintes e surdos na festa: Ouvintes não conseguem conversar por causa do barulho; Surdos conversam sem problemas com o barulho; Discussão entre ouvintes e surdos: Ouvintes tapam os ouvintes; Surdos apagam as luzes; 2.2.2 LITERATURA SURDA Morgado (2014, p.72 Apud SOUZA,2018, p.93), afirma que a literatura surda se apresenta de modo recorrente como: muito visual; centra-se na linguagem estética; carrega elementos que nos fazem aprender a partir da forma como as coisas são ditas; carrega elementos que nos fazem aprender a partir da forma como as coisas são ditas. HUMOR SURDO Morgan (2011, p.54) classificou em cinco diferentes formas do humor surdo na literatura surda: Imitação de filmes, de pessoas, de animais, de objetos que possam ser incorporados e retratados a partir de expressões corporais e faciais; Brincadeiras com configurações do alfabeto ou de números; Brincadeiras com o Movimento; Brincadeiras com temas tabus; Anedotas que vão passando de mão em mão e de país para país, entre os surdos. 17 E S C O L E G I S C M M 2.2.3 BATISMO NA CULTURA SURDA É o ritual de escolha do sinal o qual o nomeará na comunidade surda. Esse sinal deve ser escolhido somente pelos surdos, sendo a identificação das pessoas de forma prática. 18 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O UNIDADE III 3. ESTUDO E CONTEXTUALIZAÇÃO DE VOCÁBULOS 3.1 - FRASES E DIÁLOGOS DE USO ROTINEIRO: CUMPRIMENTOS E GENTILEZAS. BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE; TUDO-BEM/TUDO BOM; OI, ADEUS; OBRIGADO, DE NADA; DESCULPE, COM-LICENÇA, POR-FAVOR, PRAZER BOM CONHECER VOCÊ; GOSTAR, NÃO-GOSTAR; ACEITAR, ACEITAR-NÃO 3.2 SINAIS DA SAÚDE SAÚDE; DOENTE; PANDEMIA; VÍRUS; GRIPE; CORONAVÍRUS; AGLOMERAÇÃO; ÁLCOOL EM GEL ÁREA DE RISCO; CONTAMINAR-SE; DIAGNÓSTICO; ESPIRRAR; ISOLAMENTO; PACIENTE; PACIENTE INFECTADO; PACIENTE SUSPEITO; PREVENÇÃO; QUARENTENA; SINTOMAS; TRATAMENTO; 19 E S C O L E G I S C M M 3.3 SINAIS REFERENTES A PROFISSÕES E TRANSPORTES PROFESSOR; ADVOGADO; ASSISTENTE SOCIAL; BOMBEIRO; CABELELEIRO; MÉDICO; POLICIAL; VETERINÁRIO; PSICÓLOGO; INFLUENCIADOR DIGITAL; YOUTUBER; ARQUITETO; ENGENHEIRO; PEDAGOGO; COACHING; TÉCNICO DE INFORMÁTICA; ENFERMEIRO; VENDEDOR; GERENTE; TRANSPORTE; CARRO; MOTOCICLETA; AVIÃO; TREM ÔNIBUS; BICICLETA; HELICÓPTERO; TÁXI; METRÔ; NAVIO; BARCO; TRATOR; CARRO DE POLÍCIA; 20 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O 3.4 ADJETIVOS E SENTIMENTOS COM INTENSIFICADORES Os intensificadores nas línguas de sinais possuem elemento fundamental, uma vez que podem ou não preceder algum sinal em libras, como por exemplo a palavra MUITO, esta palavra será representada por expressões não manuais, na maioria dos casos. EX: - O ônibus está demorando? Nossa! Está demorando demais. - Você chegou aqui rápido né? Sim, tive que correr muito rápido. Teve algum trabalho hoje no colégio? Sim, teve muitos trabalhos. - Você viu a foto do novo celular bonito que anunciaram? Eu vi sim, mas não achei muito bonito, achei ele bonitinho. Adjetivos e Sentimentos: Alegre – Triste (Muito) Caro – Barato (Muito) Frio – Calor (Muito) Alto - Baixo (Muito) Gordo - Magro (Muito) Grande - Pequeno (Muito) Gostar - Não Gostar (Muito) Bom - Mau (Muito) Bem - Mal (Muito) 3.5 SINAIS DOS ESTADOS E CAPITAIS ACRE - RIO BRANCO; ALAGOAS - MACEIÓ; AMAPÁ - MACAPÁ; AMAZONAS - MANAUS; BAHIA - SALVADOR; CEARÁ - FORTALEZA; DISTRITO FEDERAL - BRASÍLIA; ESPÍRITO SANTO - VITÓRIA; 21 E S C O L E G I S C M M GOIÁS - GOIÂNIA; MARANHÃO - SÃO LUÍS; MATO GROSSO - CUIABÁ; MATO GROSSO DO SUL - CAMPO GRANDE; MINAS GERAIS - BELO HORIZANTE; PARÁ - BELÉM; PARAÍBA - JOÃO PESSOA; PARANÁ - CURITIBA; PERNAMBUCO - RECIFE; PIAUÍ - TERESINA; RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO; RIO GRANDE DO NORTE - NATAL; RIO GRANDE DO SUL - PORTO ALEGRE; RONDÔNIA - PORTO VELHO; RORAIMA - BOA VISTA; SANTA CATARINA - FLORIANÓPOLIS; SÃO PAULO - SÃO PAULO; SERGIPE - ARACAJU; TOCANTINS - PALMAS. 3.7 SINAIS DOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL ARGENTINA; BOLÍVIA; BRASIL; CHILE; COLÔMBIA; EQUADOR; GUIANA FRANCESA; GUIANA INGLESA; PARAGUAI; PERU; SURINAME; URUGUAI; VENEZUELA 22 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O UNIDADE IV 4. ESTUDO DE LIBRAS 4.1 CLASSIFICADORES OU DESCRIÇÃO IMAGÉTICA 4.1.1 CLASSIFICADORES Nas Línguas de Sinais foram encontrados os seguintes tipos de Classificadores: Descritivos: capturam imagens de objetos animados e inanimados. Observam aspectos como: som, tamanho, textura, paladar, tato, cheiro, “olhar”, sentimentos ou formas visuais, bem como a localização e a ação incorporada ao classifcador. Também possuem três dimensões: Dimensional; Bidimensional; Tridimensional. Descrição Visual Uso de uma ou das duas mãos; Ex: A forma, a textura e o tamanho da mochila; A forma e o paladar do abacaxi; A forma e a força do jacaré; Etc. Descritivo Locativo São usados como uma ou duas configurações de mãos. Ex: Carro batendo no poste; Moto voando na pista; Árvore sendo cortada; Surfando. 23 E S C O L E G I S C M M CLASSIFICADORES ESPECIFICADORES A sua função é descrever visualmente a forma, o tamanho, a textura, o paladar, o cheiro, os sentimentos, o “olhar”, os “sons” do material, do corpo da pessoa e dos animais. Ex: Som do relógio do despertador; Forma Humana; Etc. CLASSIFICADORES DE PLURAL A configuração de mão substitui o objeto em si sendo repetido várias vezes. Exemplos com a incorporação do objeto repetido várias vezes: -Um conjunto de potes lado a lado, quadros espalhados na parede. -Indicando vários livros na estante na posição vertical; -Engarrafamento de carros; -Em movimento para cima indicando vários livros epilhados; CLASSIFICADORES INSTRUMENTAIS É a incorporação do instrumento descrevendo a ação gerada por ele. EX: Usar uma furadeira; Usar um revólver; Pintar a parede com rolo; Escovar o cabelo; Escovar os dentes; CLASSIFICADORES DE CORPOS É o classificador que descreve como uma ação acontece na realidade por meio da expressão corporal de seres animados. Ex: O andar do cachorro; O andar do elefante; O cabelo grande com uma faixa; O cabelão; 24 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O 4.1.2 DESCRIÇÃO IMAGÉTICA Proposta de mudança de CLASSIFICADOR para DESCRIÇÃO IMAGÉTICA; “Essa denominação estanque parece não dar conta de todos os recursos visuais da Língua de Sinais, pois parece estar atrelada a um estruturalismo restritivo e que coloca a iconicidade, a complexidade do signo imagético tudo dentro da estrutura lingüística quando deveria considerar o seu uso, seu contexto de uso, e a possibilidade de representar um conhecimento de mundo Surdo visual e parcialmente próximo aos referentes que descrevem”. (CAMPELLO, 2008, p. 156). 4.2 AMBIGUIDADE E DESAMBIGUAÇÃO 4.2.1 HOMONÍMIA Não há como discutir ambiguidade sem falar dos fenômenos de homonímia e polissemia, já que ambos os fenômenos estão intrínsecos no processo de ambiguidade. E tanto Martins (2013) quanto Soares (2013) trazem estes fenômenos em seus trabalhos. De várias definições que a autora aborda em sua dissertação, Martins (2013) trata a homonímia como um fenômeno normal nas línguas naturais. “[...] enquanto a polissemia designa uma multiplicidade de significados, a homonímia está distribuída por vários itens lexicais diferentes.[...], admite- se então que a polissemia implica a existência de uma relação entre os vários significados, ao passo que a homonímia envolve significadosinteiramente distintos e, portanto não relacionados.” (SOARES, 2013, p. 46). 25 E S C O L E G I S C M M EXEMPLO DE HOMONÍMIA: Fonte: (MARTINS, 2013, p. 113) 4.2.2 POLISSEMIA EXEMPLO DE POLISSEMIA: 4.2.3 DESAMBIGUAÇÃO É de conhecimento geral que as línguas de sinais são da modalidade gestual- visual e com isso os “sinais manuais” são produzidos em um espaço ou ponto de articulação, no entanto “a face do sinalizador é raramente neutra.” Ou seja, quando um sinal é produzido quase sempre vem acompanhado por uma marca não-manual que segundo Souza (2014), “são de fundamental importância para o real entendimento do enunciado.” “[...] as expressões não-manuais referem-se aos movimentos da face, olhos, cabeça ou tronco e tais expressões possuem dois papéis de diferenciação nas línguas de sinais: marcação de construções sintáticas (como marcação de sentença interrogativa, orações relativas, topicalizações, concordância, foco) e diferenciação entre os itens lexicais.” (SOUZA, 2014, p.34 e 35). As MNMs podem também ser utilizadas como as marcas do discurso. Ou seja, elas, “regulam o fluxo da conversação, as trocas entre os interlocutores, verificando se 26 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O há compreensão, concordância, etc., por parte dos mesmos. Esses componentes não-manuais correspondem à entonação e interjeições nas línguas faladas.” (QUADROS; PIZZIO; REZENDE, 2008, p. 13). DISCUTIR- POLÍTICA O sinal DISCUTIR (Deit, p. 839) se realiza com as “Mãos em 1 na horizontal, palmas para trás. Em seguida movê-las alternadamente para cima e para baixo.” O sinal POLÍTICA (p. 1770) tem a mesma descrição, no entanto, o sinal DISCUTIR apresenta marcação não-manual não descrita no Deit, como se vê nas figuras abaixo: Sinal DISCUTIR Sinal POLÍTICA Três tipos: Sinais desambiguados com recursos a outros sinais; Sinais desambiguados via MNMs; Sinais de difícil desambiguação; 27 E S C O L E G I S C M M 4.3 ADJETIVOS EM LIBRAS 4.3.1 ADJETIVOS São sinais que formam uma classe específica na Libras, ficando sempre na forma neutra, por isso, não marcam o gênero (masculino e feminino), e número (singular e plural). Muitos adjetivos são descritivos e classificadores e apresentam iconicamente uma qualidade do objeto. São normalmente desenhados no ar ou mostrados a partir do objeto ou do corpo do emissor. Na frase, os adjetivos geralmente vêm após o substantivo que qualifica. Exemplos: PASSADO EU MAGR@ POUCO-COMER, AGORA EU GORD@ NÃO PARAR COMER PAPAGAI@ COR CORPO VERDE PERIGOS@ GAT@ PEQUEN@, COR BRANC@, DENGOS@ 4.3.2 ADJETIVOS COMPARATIVOS IGUALDADE, SUPERIORIDADE E INFERIORIDADE. Nos comparativos de superioridade e inferioridade, usam-se os sinais MAIS ou MENOS antes do adjetivo comparado, seguido da conjunção comparativa DO- QUE: comparativo de superioridade: X MAIS ------- DO-QUE Y; comparativo de inferioridade: X MENOS ---- DO-QUE Y. Para o comparativo de igualdade, usam-se dois sinais: IGUAL (dedos indicadores e médios das duas mãos roçando um no outro) e IGUAL (duas mãos com configuração em B, viradas para frente encostadas lado a lado, com leve movimento de bater). Geralmente usados no final da frase. Exemplos: VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@ VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@ VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL (me) IGUAL (md) 4.3.3 A FORMA CONDICIONAL SI (SE) A Frase com a forma condicional é iniciado em Libras, pelo sinal soletrado “S-I” para estabelecer a relação de condição. Exemplos: VOCÊ IR FEIRA HOJE? SI CHOVER NÃO, EU IR. 28 L I B R A S I N T E R M E D I Á R I O 4.3.4 MAIS E SEUS CONTEXTOS MAIS (acréscimo). COMPRAR PÃO 10, MAIS PÃO DOCE 4. MAIS (soma). AULA MATEMÁTICA, PROFESS@R ENSINAR ALUN@, 2 + 2, SOMAR 4. MAIS (exagero). VOCÊ MANIA COMPRAR, COMPRAR, COMPRA ROUPA EXEGERO. MAIS (quantidade). EU QUERER COMER ALMOÇO MAIS! MAIS (superlativo). VOCÊ MAIS BONITA, EL@ FEI@. MAIS-PARÁ-LÁ/FALTA MAIS. EU DIRIGIR, PERGUNTAR AMIGO, JÁ PERTO CHEGAR. AMIGO RESPONDER, NÃO, FALTA MAIS. 29 E S C O L E G I S C M M REFERÊNCIAS ALBRES, Neiva de Aquino. Tenha “OLHO CARO”: a interpretação de expressões idiomáticas da Língua de Sinais Brasileira Campo Grande – MS: EPILMS 17 e 18 de novembro, 2006. ARAUJO, Adriana Dias Sambranel de. As expressões e as marcas não-manuais na língua de sinais brasileira/ Adriana Dias Sambranel de Araujo. – 2013. CAMPELO, ANA REGINA; REZENDE, PATRÍCIA, L. F. EM DEFESA DA ESCOLA BILÍNGUE PARA SURDOS: A HISTÓRIA DO MOVIMENTO SURDO BRASILEIRO. EDUCAR EM REVISTA. CURITIBA: EDITORA UFPR. EDUCAR EM REVISTA. EDIÇÃO ESPECIAL Nº2, P. 71 – 92. 2014. CAMPELLO, Ana Regina e Souza; PIZZIO, Aline Lemos; QUADROS, Ronice Muller de; REZENDE, Patrícia Luiza Ferreira. Língua Brasileira de Sinais III. Florianópolis, 2009. CAMPELLO, Ana Regina e Souza. Aspectos da Visualidade na Educação de Surdos. Tese de Doutorado, Florianópolis CAPOVILLA; RAPHAEL; MAURICIO. Novo Deit-Libras: Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira (Libras). São Paulo: EDUSP, 2009. CARRARO, Eloyse Alves; ELMOURO, Karyanni Aparecida Gerotto. 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