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Esopo e as Fábulas Morais

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Esopo (séc. VI a.C) foi um fabulista grego, que teria vivido na Grécia antiga. Figura supostamente lendária, passou para a história como o primeiro criador de fábula, segundo uma biografia egípcia do século I a.C., conta que ele teria nascido provavelmente na região de Trácia, onde se localiza a Turquia por volta do ano 550 a.C. Segundo a lenda, ele teria sido vendido como escravo em Samos a um filósofo, que posteriormente lhe teria concedido alforria. Na mesma época, Plutarco afirmou que Esopo teria sido conselheiro de Creso , rei da Lídia, e que costumava contar histórias sobre animais das quais extraía uma moral. ‘’’’’’’Viajou pelo mundo, tendo passado pelo ,Oriente Médio, Egito e Babilônia, o que teria enriquecido o gênero que inventou. Foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas estórias, onde os animais desempenhavam papéis que faziam sentido do ponto de vista moral, ou seja, eles tomavam o lugar dos homens, mas viviam os seus dramas comuns.
 Mesmo após a morte de Esopo, suas fábulas continuaram a ser contadas por outros fabulistas. Foram retomadas no século XVII por Jean de La Fontaine, o qual possui, também, muitas fábulas que ele próprio escreveu na França, no início do século XVII, muitos homens compreendiam que a “razão e as ações dignas, guiadas pela honestidade, justiça e bondade” eram comportamentos fundamentais a serem seguidos. Apresentavam-se histórias sobre “heróis belos e bons, leais e justos” e “quase sempre bem vence o mal” (FERNANDES, 2003, p. 28). 
 Esse era o tempo dos poderosos reis, que possuíam “grandes extensões de terras”, enriquecendo-se com o suor do pobre homem do campo. Assim, como podemos imaginar, os pensadores da época, ao constatarem tantas injustiças, questionavam se os valores e as atitudes reveladas nas histórias eram seguidos no cotidiano das pessoas.
 As fábulas não são textos que nasceram por acaso, sem nenhuma intenção. São criações muito antigas, contadas para transmitir ensinamentos, orientando as pessoas sobre comportamentos e atitudes relevantes à época e na sociedade em que viviam. Há referências a elas em textos mais antigos: os sumérios, em 2000 a.C., já as narravam; conta que eram conhecidas pelos hindus e muito apreciadas pelos gregos. E primeiro grego fabulista de renome: Esopo.
 Esopo tornou-se célebre por suas fábulas, que chegaram até nós em número de 40 e são conhecidas hoje em todas as literaturas, A Raposo e Corvo, A Lembre e A Tartaruga entre outras
 A Cigarra e a Formiga
 
 A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos. Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
 A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!
 
 Temos que nos esforçar agora, para podermos colher os frutos do nosso trabalho mais tarde. Se não o fizermos, ficaremos dependentes da ajuda das outras pessoas.
 
 Os fabulistas medievais fizeram uso das fábulas de Esopo. O monge bizantino e humanista, do século XIV, Maximus Planudes, revisou as fábulas, que até então, eram atribuídas a monges bizantinos por conta do teor das estórias semelhantes ao teor moral dos evangelhos bíblico. 
 Esopo inspirou muitos poetas medievais. A sua coleção de fábulas também influenciou La Fontaine, escritor e fabulista francês. Quem conta ou escreve uma fábula tem alguma intenção, seja de ensinar, aconselhar, convencer, divertir, criticar e, às vezes, até fazer alguém desistir de um propósito ruim ou que não lhe era favorável. As fábulas são narrativas curtas, utilizando-se de animais como personagens, os quais assumem características humanas representando certas atitudes e comportamentos próprios dos homens, com o objetivo de passar uma de lição. O prestígio das fábulas nunca decaiu. 
 No passado constituíam a literatura oral de muitos povos (eram transmitidas, a princípio, de boca a boca, de geração em geração; em locais públicos, como praças, festas populares ou salões de baile da época; só bem depois foram registradas por escrito).
 Esopo foi comprado por um mercador de escravos, o filósofo Janto de Samos e soube ganhar a estima de seu dono, que, impressionado com seu talento, concedeu-lhe a liberdade. As pessoas diziam “que ele era gago, corcunda, muito miúdo e feio”. No entanto, era muito inteligente e deixava todos espantados com o seu bom senso e sua esperteza. Ele gostava de dar conselhos por meio das fábulas (id. ibid., p. 21). Viajou por outras terras e ganhou grande prestígio com os reis, por causa de seus conselhos, dados, muitas vezes, por meio das fábulas. Em todas as cidades pelas quais passava, era muito considerado, recebendo sempre várias homenagens (FERNANDES, 2003, p. 20). Esopo foi viver na ilha de Samos. Lá, “um rei de outras terras, chamado Creso”, disse que todos teriam de pagar impostos para ele, caso contrário haveria guerra. A maioria da população concordou, intimidada. No entanto, Esopo foi consultado pelo povo, que lhe pediu conselhos. O fabulista disse que teriam apenas dois caminhos: “o da liberdade, cheio de lutas no começo, mas prazeroso no final”; e o da escravidão, “fácil no começo (era só pagar os impostos exigidos e ficar livre da guerra), mas difícil depois, porque significaria a perda da liberdade e a exploração, pois todos teriam de obedecer às ordens do rei para sempre” (FERNANDES, 2001, p.21). Assim que Esopo falou ao povo da Ilha de Samos, os escravos resolveram não aceitar as ordens do rei Creso. Este sabia que Esopo tinha parte na ação contra ele e que lhe daria muito trabalho. Por isso tentou se livrar do inteligente escravo. Disse ao povo que se entregassem Esopo, em troca teriam a liberdade. Esopo também deu sua opinião sobre essa proposta. (FERNANDES, 2003, p. 21)
 O povo não concordou em entregar Esopo. No entanto, ele foi conversar com o rei, que ficou admirado com sua inteligência e não mais quis invadir a Ilha de Samos.
 No século XVII, escritores como La Fontaine, criaram novas fábulas ou recontaram as antigas, em versos ou em pequenos contos em prosa. Monteiro Lobato, nos anos trinta, reescreveu muitas fábulas por meio da turma do Sítio do Pica-pau Amarelo. E, mais recentemente, inúmeros escritores se ocuparam da arte de atualizar essas histórias para deleite de todos.
 Os escritores mais famosos dos contos de fadas infantis são os Irmãos Grimm - Jacob nasceu em 14 de janeiro 1785 e Wilhelm Grimm, nasceu em 24 de fevereiro de 1786 , e ambos morreram entre as décadas de 1850 e 1860, que fizeram e fazem muito sucesso até hoje com suas histórias e seus contos. Nascidos na Alemanha, os Irmãos Grimm dedicaram a sua vida ao registro das fábulas infantis e assim ganharam fama e popularidade com as crianças.
 A palavra “fábula” vem do latim e significa falar. O gênero fábula apresenta características marcantes. Trata-se de pequenas narrações, em que os personagens protagonistas geralmente são animais que representam sentimentos e emoções humanas. Mesmo assemelhando-se às histórias infantis, as fábulas foram criadas inicialmente para serem contadas a adultos, com o objetivo de aconselhá-los e distraí- lós. As crianças da Educação Infantil aprendem muitas coisas através da sua participação, nas situações mais habituais e cotidianas, que estão muito além de uma simples exercitação de hábitos, que são os germes de uma aprendizagem que servirá para que continuem conhecendo o mundo que as envolve. É nessa fase que as crianças imitam o jeito ser e de falar dos adultos próximos, reproduzindo muitas imagens e acontecimentos que elas presenciam na sua própria casa (WOOD, 1994).
A aprendizagem claramente não se identifica com o ato de frequentar a escola. Grande parte da aprendizagem da criança ocorre espontaneamentefora da escola, enquanto ela brinca, observa, faz perguntas, faz experiências e confere sentido ao mundo que a rodeia”. (WOOD, 1994, p. 27)
 Além das belas histórias e das contribuições para o imaginário dos pequenos, os Irmãos Grimm também contribuíram para a língua alemã com um dicionário e, assim, desenvolveram um estudo mais aprofundado da língua e do folclore popular local. As maiores e melhores obras dos Irmãos Grimm são resumidas em contos e lendas para crianças. Os contos para as crianças, na verdade, eram contos destinados aos adultos.
 O que aconteceu durante os anos é que eles foram adaptados para os pequenos. Os Irmãos Grimm, na verdade, tornaram a fantasia acessível para as crianças. “Todos os contos de fadas dos Irmãos Grimm foram discutidos com respeito às origens de cada estória, suas diferentes versões em todo o mundo, suas relações com outras lendas e contos de fadas” (BETTELHEIM, 1981, p. 351).
 Uns dos contos de fadas mais contados às crianças é o da Bela Adormecida, Rapunzel, Branca de neve entre outros. Antes, uma estória destinada aos adultos, os contos foram adaptados, alguns elementos foram modificados e retirados e, assim, se tornou um conto infantil. Na versão original, a encantadora Bela Adormecida, depois de furar o dedo numa agulha, dorme por cem anos, até que um dia surge um príncipe que a beija e ela desperta 60 anos do sono profundo. Eles se apaixonam, casam e vivem felizes para sempre. Mas, infelizmente, o conto original não é tão doce. No original, a jovem é colocada para dormir por causa de uma profecia, ao invés de uma maldição; o rei, ao vê-la dormindo, abusa sexualmente e a engravida. Após nove meses, ela dá à luz a duas crianças (enquanto ela ainda está dormindo). Não é o beijo de um príncipe que a acorda, uma das crianças chupa o seu dedo, e remove o pedaço de linho que estava a mantê-la dormindo. Em seguida, ela acorda sendo mãe de dois filhos. A Bela Adormecida conhecida hoje tem duas versões diferentes.
 
 Contos de Grimm e Novos Contos de Grimm constituem traduções indiretas, que glosam no estilo direto de Lobato, na sua linguagem simultaneamente inovadora e transparente. O novo estilo que Lobato imprime em sua adaptação salta à vista a quem faça o cotejo. Se a “Branca como a Neve” de Figueiredo Pimentel, versão nacional do “Schneewittchen”, abre a narrativa com uma sucessão de adjetivos, cuja função parece ser a de salientar e equiparar a nobreza de suas virtudes com o desejo de maternidade – “A rainha Laurinda era a soberana mais estimada do mundo, por sua bondade, virtude e bom coração. Para ser completamente feliz, só uma coisa desejava – ter filhos” (PIMENTEL, 1958, p. 199). “Era no inverno e os flocos de neve caiam do céu como fina pennugem. Uma rainha, nobre e bella, estava ao pé da janella aberta do palácio; bordava e ao mesmo tempo olhava os flocos balouçarem-se docemente no ar” (GRIMM, 1897, p. 201).5 
 É interessante observar que a tradução e adaptação de Lobato, “Branca de Neve e Rosa Vermelha” (Contos dos Irmãos Grimm), ainda que não se desvie do modelo inspirado pelo elogio de certas qualidades morais, ela as atenua significativamente o componente religioso optando igualmente por estilo bem mais coloquial.
 Era uma vez uma viúva que morava em uma casinha com duas filhas, as meninas chamavam-se Branca de Neve e Rosa Vermelha, por serem como as rosas que desabrochavam nos dois canteiros em frene da casinha. Eram tão boas, trabalhadeiras e direitinhas que só vendo [...] (LOBATO, 1958, p. 52).
 No Brasil, considerado um dos maiores autores de histórias infantis, Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Com 13 anos foi estudar em São Paulo. Registrado como José Renato Monteiro Lobato. Em 1904 formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo. Voltou para Taubaté onde conheceu Maria Pureza Natividade, com quem se casou um ano depois de ser nomeado promotor público na cidade de Areias, em 1907. Permaneceu em Areias até 1911, quando morreu seu avô o Visconde de Tremembé, deixando-lhe de herança uma fazenda em Taubaté, para onde se mudou. Em 1917.
 Em 1946 vai morar na Argentina, onde estabelece também uma editora: Editorial Acteón. Em 1947 volta para São Paulo, vindo a falecer no dia 5 de julho de 1948.
 Monteiro Lobato foi um dos principais autores de histórias infantis e que provocou uma grande transformação na literatura. Zilberman escreveu sobre as inovações trazidas por Monteiro Lobato:
 O papel exercido por Monteiro Lobato, no quadro da literatura infantil nacional, tem sido seguidamente reiterado, e com justiça. Com esse autor rompe-se (ou melhor: começa a ser rompido) o círculo da dependência aos padrões literários provindos da Europa, principalmente no que diz respeito ao aproveitamento da tradição folclórica.
 Valorizando a ambientação local predominante na época, ou seja, a pequena propriedade rural, constrói Monteiro Lobato uma realidade ficcional coincidente com a do leitor de seu tempo, o que ocorre pela invenção do Sítio do Pica-Pau Amarelo (ZILBERMAN, 2003, p. 145).
 
 Monteiro Lobato revolucionou os textos que eram destinados aos jovens de sua época, rompendo com a tradição literária. Esta era caudatária do folclore europeu, constituído por narrativa de transmissão oral, recolhidas, e consequentemente cristalizadas, nas compilações dos Irmãos Grimm e Hans-Cristian Andersen. O sucesso que alcançaram ocasionou a cópia e adaptação de suas grandes obras (ZILBERMAN, 2003, p. 155).
 A literatura infantil, como se afirmou antes, era a que experimentava drasticamente esta dificuldade. Amarrada à contribuição do passado não se renovava; e, com isto, impedia o aproveitamento do moderno, da atualidade, do tempo, em suma. Portanto, com a obra de Monteiro Lobato, isso muda radicalmente.
 Contudo, como a presença dos meios eletrônicos atualmente é avassaladora, precisamos reconhecer que a literatura infantil só entrará na vida da criança por uma fenda, nunca pela porta principal. Tal circunstância, ao contrário do que pode parecer, não diminui sua potencialidade. Ao contrário, pode aumentá-la, dependendo da intermediação que o adulto fizer, uma vez que, dificilmente a criança poderá prescindir desse terceiro, entre ela e o livro, para se tornar leitor (CADEMARTORI, 2010, p. 11).
 Partimos da afirmação de que a literatura infantil se tornou inseparável da questão da educação, consequentemente, ela se vincula com a prática escolar, mesmo que o livro infantil se afirme como literário, na medida em que superar o interesse dessa e de outras instituições.
 Trazer a literatura para o universo dos leitores e, principalmente das crianças, é algo fantástico que Monteiro Lobato soube fazer. Sobre o sucesso dos textos de Monteiro Lobato, Zilberman (2003) afirma que, o modo como ele resolvia o lugar do adulto era uma de suas grandes características. Na história do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que se passava numa fazenda, existem apenas dois seres mais velhos: Dona Benta e Tia Nastácia, visto que experiência, maturidade e responsabilidade, enquanto propriedades específicas do adulto, são atributos exclusivos da primeira, a avó, onde os demais personagens tinham características um pouco mais infantis (ZILBERMAN, 2003, pp. 145-146).
 Desse modo, as personagens do acervo compilado pelos Grimm migram, pela leitura de Lobato, para o Sítio do Pica-Pau Amarelo, lugar simultaneamente idílico e voltado à formação de leitores. O espírito de insubmissão, flagrado nas traduções e adaptações, assoma na obra criada para o público infantil brasileiro, desconstruindo claramente, em jogos intertextuais, qualquer sinal de reverência aos clássicos da literatura.
 Assim, se é verdade, como visto, que Lobato reconhecia os liames que unem o trabalho da tradução e a operação de leitura, nãoé fortuito que atualizasse, em D. Benta, espécie de leitor/tradutor, sua ideia de tradução. Por esta via, por intermédio da voz de D. Benta, e dos habitantes do sítio, o leitor que atravessava o umbral da fazenda, ingressava em espaço simultaneamente local e universal. O mesmo projeto que fundamentava sua criação para o público infantil 
 O professor dever despertar o gosto pela leitura, passando segurança do que está sendo ensinado. Quando o faz, o professor torna a contação de histórias um recurso auxiliador da aprendizagem dentro da sala de aula, fazendo com que as crianças tenham gosto pela leitura. 
 Assim, se a criança presenciar um adulto lendo, perceberá que a leitura faz bem, e isso fará com que ela passe a gostar levando para o resto da vida essa prática. A leitura é um dos elementos mais importantes da construção de novos saberes, fortalecendo as ideias e ações, permitindo ampliar suas aprendizagens e adquirir novos conhecimentos, possibilitando o desempenho cognitivo, como a aplicação de conhecimentos a novas situações, a análise e a crítica de textos e a síntese de estudos realizados.
 Pode-se afirmar que a Literatura Infantil vai além do prazer que a criança sente em ouvir histórias. Esse nível de literatura auxilia na construção dos primeiros sentimentos da criança como valores e ideias e até mesmo na formação da identidade e autonomia.
 Nessa linha, Freire (2001, p. 11) enfatiza: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra. Nessa perspectiva, não é demais lembrar que a criança quando inicia sua vida escolar, traz consigo vivências e percepções do mundo que a cerca”.
 A capacidade da criança começa a se desenvolver a partir do momento em que ela entra no mundo da imaginação, colocando sua criatividade em prática, a partir do momento em que ela começa a fazer a “leitura do seu mundo” e o expressa com alegria e criatividade, conhecimento e diversão.

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