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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE DIREITO CRIMES EM ESPECIE II PROFESSOR: MARCELO TRINDADE VELLOSO MATRICULA: 20202102081 LAILA CRISTINA FRANCO DE ALMEIDA ATIVIDADE INDIVIDUAL A1 Armação dos Búzios 2022 CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Crimes contra a fé Pública são aqueles que possuem como sujeito passivo (ou vítima), o coletivo, pois não há necessariamente uma vítima em específico, pode-se dizer, então, que estes crimes atuam diretamente contra o Estado. Os crimes contra a Fé Pública são: Falsificação de documentos públicos, Falsificação de documentos particulares, Falsidade de ideológica e Falsidade de atestado médico. Nos termos do artigo 289, § 4º, do CP, configura delito o fato de desviar e fazer circular moeda cuja a circulação não estava ainda autorizada. O objeto jurídico é a fé pública. Consuma-se, portanto, no momento em que agente fabricar significa produzir, fazer, ou formar, completamente a moeda metálica ou papel de curso legal no pais ou no estrangeiro, mediante sua falsificação ou alteração, desde que a referida falsificação seja idônea para enganar um número indeterminado de pessoas. Colocar em circulação, adquirir ou guardar nota falsa é crime. No tipo simples de moeda falsa são cominadas reclusão, de três a doze anos de prisão além de multa. A pessoa suspeita de colocar nota falsa em circulação é encaminhada à Polícia Federal, onde o delegado vai analisar o caso. Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. Crimes assimilados ao de moeda falsa. Ementa Oficial HABEAS CORPUS. MOEDA FALSA. ART. 289, § 1º, DO CÓDIGO PENAL. FÉ PÚBLICA. BEM JURÍDICO TUTELADO. ESTADO, PESSOA JURÍDICA DIVERSA OU PESSOA FÍSICA. VÍTIMAS. PREJUÍZO NOTÓRIO. AGRAVANTES. ARTS. 61, INCISO II, ALÍNEAS "E" e "H", TAMBÉM DO CP. CRIME PRATICADO CONTRA ASCENDENTE MAIOR DE 60 ANOS. INCIDÊNCIA. POSSIBILIDADE. A fé pública do Estado é o bem jurídico tutelado no delito do art. 289, § 1º, do Código Penal, o que não induz à conclusão de que o Estado seja vítima exclusiva do delito. Em virtude da diversidade de meios com que a introdução da moeda falsa em circulação pode ser perpetrada, não há como negar que vítima pode ser, além do Estado, uma pessoa física, ou um estabelecimento comercial, dado o notório prejuízo experimentado por esses últimos. Não há como negar que a pessoa a quem, eventualmente, são passadas cédulas ou moedas falsas pode ser elemento crucial e definidor do grau de facilidade com que o crime será praticado, e a fé pública, portanto, atingida. No tocante ao agravamento da reprimenda quando o ofendido é ascendente, descendente irmão ou cônjuge, a preocupação do legislador foi a de punir com mais rigor aquele que quebra, ou ofende, o natural vínculo de afeto e de cumplicidade mútuo que deve existir nas relações familiares. No caso de se praticar um crime contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida, a norma, claramente, visou a proteger aquele que é naturalmente mais vulnerável, punindo, com maior rigor, o agente do delito. Apesar de já destacada a essência motivadora dessa agravante, cumpre lembrar que o critério de aplicação, em caso de pessoa idosa, é objetivo, e nesta hipótese, cronológico. In casu, a vítima direta é a avó do paciente, que contava 68 anos à época do crime. Habeas Corpus não conhecido. (HC 211.052/RO, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Rel. p/ Acórdão Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 05/06/2014, DJe 15/09/2014) DOSIMETRIA DA PENA NO CRIME DE MOEDA FAlSA Na dosimetria da pena relativa a tal crime devem ser considerados, dentre outros, os seguintes fatores na análise das circunstâncias judiciais: a conduta do réu, o valor expresso em cada moeda falsa, o número de moedas falsas apreendidas, a forma como foi realizada a falsificação e o local em que o delito foi praticado. Quanto maior o valor e a quantidade de moeda falsificada, maior será a reprovabilidade da conduta, ensejando o aumento da pena-base. No termo do artigo 290 do CP fala sobre os crimes assimilares ao de moeda falsa. O sujeito ativo é qualquer pessoa, uma vez que se trata de crime comum. Sendo o agente funcionário público incidirá a causa de aumento prevista no parágrafo único. O sujeito passivo é o Estado, eis que é a fé pública o bem jurídico tutelado. Eventualmente, as pessoas diretamente lesadas pela ação típica, sejam elas físicas ou jurídicas, poderão ser também vítimas deste crime. O Elemento subjetivo, trata-se de crime doloso, ou seja, exige-se a consciência e vontade do agente em realizar algumas das condutas descritas. No Elemento normativo, podemos identificar alguns elementos normativos neste tipo penal, os quais, como se sabe, exigem um juízo de valor jurídico ou extrajurídico para a sua compreensão, tornando possível identificarmos o real alcance do tipo. O crime é instantâneo, de modo que sua consumação ocorre no momento da sua realização de quaisquer das condutas descritas. É preciso a presença da imitativo veri, isto é, necessário que a moeda formada seja capaz de induzir alguém em erro, que seja apta a iludir ou enganar a generalidade das pessoas. A classificação é o crime doloso, comum, formal (suprimir), misto alternativo, anormal e congruente (salvo na conduta suprimir). Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo. (Vide Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Petrechos para falsificação de moeda JURISPRUDÊNCIA Princípio da insignificância. Fé pública. Inaplicabilidade Habeas corpus. Crime de moeda falsa. Fé pública tu telada pela norma penal. Princípio da insignificância. Inaplicabilidade. Consoante jurisprudência deste Tribunal, inaplicável o princípio da insignificância aos crimes de moeda falsa, em que objeto de tutela da norma a fé pública e a credibilidade do sistema financeiro, não sendo determinante para a tipicidade o valor posto em circulação. Circunstâncias do caso que já levaram à imposição de penas restritivas de direito proporcionais ao crime. (STF, HC n. 105.638/GO, 1ª T., rel. Min. Rosa Weber, j. 11.06.2012) No artigo 295 do CP, o legislador pretendeu punir com maior rigor os crimes de falsidade de papeis públicos em que o agente é funcionário público. É preciso, todavia, que o funcionário esteja no exercício de suas funções, pois somente dessa maneira poderá prevalecer-sedo cargo para cometer o delito. Para entender melhor o conceito de funcionário público devemos recorrer ao disposto no art. 327 do CP, ou seja, aquele que, embora transitoriamente, exerce cargo, emprego ou fundação pública, bem como aquele que exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal e de quem trabalhe para empresa prestadora de ser- de viço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da administração pública. Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. O artigo 297 do CP, a falsificação de documento público para o direito penal, entende-se por documento o escrito elaborado por pessoas determinada a fim de consignar uma declaração de vontade ou a existência de fato, direito ou obrigação, com relevância jurídica e força probante. Nesse sentido, vale lembrar a definição do art. 232 do CPP: "Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares". Documento público, por sua vez, é o documento criado por funcionário público, nacional ou estrangeiro, no desempenho de suas atividades e tais de acordo com formalidades previstas em lei. Vale destacar, ainda, a falsificação de documento previdenciário, prevista no § 3º e incisos do art. 297, que se traduz nas seguintes condutas: "inserir" (introduzir, registrar) e fazer inserir (criar condições para que terceiro introduza ou registre) informação falsa ou inidônea. Ambas as condutas são dolosas. Os documentos passíveis de falsificação, bem como as informações que podem ser falseadas, são os seguintes: Inciso I: Folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a Previdência Social, com a inclusão indevida de pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório (art. 11, Lei n. 8.213/91). Inciso II: Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou documento que deva produzir efeito perante a Previdência Social, com a inclusão de declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita. • Inciso III: Documento contábil ou qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a Previdência Social, com a inclusão de declaração falsa ou diversa da que de veria ter constado. A falsificação de documento previdenciário pode se dar, ainda, pela omissão dolosa das in formações indicadas no § 4º do art. 297. A crítica que se faz a esses dois parágrafos de corre da natureza das condutas neles descritas, que se amoldam com mais nitidez à falsidade ideológica prevista no art. 299 do CP do que à falsidade material tratada neste artigo. Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência JURISPRUDÊNCIA Apelação. Falsidade de documento público e uso de documento falso. Recurso da defesa. Absolvição. Improcedência. Materialidade e autoria demonstradas. Confissão judicial do acusado corroborada pelo firme e coerente depoimento do policial que participou das diligências. Conjunto probatório seguro e coeso. Condenação de rigor. Dosimetria da pena que comporta reparo. Necessidade ferem o de afastamento do concurso material entre os crimes dos arts. 297 e 304 do Código Penal. Crimes que mesmo bem jurídico. Redução da reprimenda. Substituição penal. Inaplicabilidade. Medida não se mostra social mente recomendada. Regime inicial fechado mantido. Recurso parcialmente provido. (TJSP, Ap. n. 0024472 61.2013.8.26.0050, rel. Salles Abreu, publ. 25.10.2018). O artigo 298 do CP, o presente delito se diferencia do art. 297 apenas em razão da natureza do documento falsifica do. O legislador entende que a falsificação de documento cuja elaboração não é incumbência estatal não apresenta a mesma lesividade à fé pública, o que justificaria a pena atenuada do art. 298. O crime em análise tutela a fé pública ao se ocupar do documento particular em seu aspecto físico, pois a falsificação recai sobre sua materialidade. A natureza privada do documento justifica a menor reprovabilidade da conduta do falsificador em comparação com o documento. Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência Falsidade ideológica JURISPRUDÊNCIA Habeas corpus. Falsificação de documento particular. Sonegação de papel ou objeto de valor probatório. Persecução penal trancada pela Justiça eleitoral. Poste rigor instauração de inquérito na Justiça federal para apuração dos mesmos fatos. Constrangimento ilegal. Petição inicial. Documento. Impossibilidade de equiparação. Ausência de prejuízo e dolo. Atipicidade. Ordem concedida. 1. Alteração de petição inicial. Persecução penal trancada pela Justiça eleitoral. Inquérito instaurado, posteriormente, pela Polícia Federal para apurar os mesmos fatos. Constrangimento ilegal. Súmula n. 524 do STF. 2. Petição inicial. Caráter propositivo. A exordial não se equipara a documento, pois as alegações ali deduzidas serão objeto de análise pelo Poder Judiciário, bem como poderão ser contraditadas pela parte adversa e por todos os meios de prova admitidos em Direito. 3. Requerimento ajuizado, com fim de desconsiderar suposto equívoco na exordial. Ausência de prejuízo. Inexistência de dolo. Atipicidade. 4. Ordem concedida, a fim de trancar o inquérito instaurado pela Polícia Federal e tornar insubsistente o requisitório, por ausência de justa causa. Efeitos da ordem estendidos ao advogado coinvestigado. (STJ, HC n. 222.613/TO, 6ª T., rel. Min. Vasco Della Giustina, j. 24.04.2012, DJe 07.05.2012) A Falsidade ideológica como prevista no artigo 299 do CP Enquanto os arts. 297 e 298 se ocupam da falsidade material de documentos, o crime em tela se reporta à chamada falsidade ideológica. A distinção é clara: naqueles artigos, a conduta do agente se destina a lesar a fé pública pela adulteração de documentos em sua forma, enquanto aqui o que se incrimina é a elaboração de documentos que, embora formalmente autênticos, possuem conteúdo ilegítimo pela discrepânciaentre o que é consignado e o que deveria ser consignado. Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. (Vide Lei nº 7.209, de 1984) Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. Falso reconhecimento de firma ou letra JURISPRUDÊNCIA Crime de falsidade ideológica. Atipicidade da con duta de inserir, em currículo Lattes, dado que não con diz com a realidade A plataforma Lattes é virtual e nela o usuário, me diante imposição de login e senha, insere as informações. Não se trata de um escrito palpável, ou seja, um papel do mundo real, mas de uma página em um sitio eletrônico. Nesse sentido, embora possa existir "documento eletrônico", não está ele presente no caso concreto, porquanto somente pode ser assim denominado aquele constante de página ou sítio na rede mundial de computadores que possa ter sua autenticidade aferida por assinatura digital. A regulamentação que garante a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica se dá pela MP n. 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e a responsabilidade por essa base é da Autarquia Federal, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), ligado à Presidência da República. Reitere-se que, na hipótese, não se pode ter como documento o currículo inseri do na plataforma virtual Lattes do CNPq, porque desprovido de assinatura digital e, pois, sem validade jurídica. No entanto, ainda que pudesse ser considerada a sua validade, para fins penais, tem-se que, como qualquer currículo, seja clássico (papel escrito) ou digital, o currículo Lattes é passível de averiguação, ou seja, as in formações nele contidas deverão ser objeto de aferição por quem nelas tem interesse, o que denota atipicidade de. Nesse sentido, a doutrina afirma que "havendo ne de comprovação - objetiva e concomitante-, pela autoridade, da autenticidade da declaração, não se configura o crime, caso ela seja falsa ou, de algum modo, dissociada da realidade". (ST), RHC n. 81.451/RJ, 6a T., rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, p. u., j. 22.08.2017, DJe 31.08.2017). Falsidade de Atestado Médico Administração Pública, trabalham com informações cuja idoneidade é de interesse público. Daí a importância do presente dispositivo, que incrimina violações à confiança depositada pela coletividade nas informações consignadas por médicos em seus atestados. Bem jurídico tutelado é a fé pública; que, no caso em tela, corresponde à autenticidade do teor de atestados médicos. O crime se consuma no momento em que o agente finaliza a produção do atestado ideologicamente falso e o entrega ao terceiro interessado, ainda que documento não venha a ser utiliza do ou não dê margem a vantagem indevida ou prejuízo a outrem. Trata-se de crime formal. A conduta do caput, por ser plurissubsistente, torna possível o reconhecimento da tentativa. Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Uso de Documento Falso É crime comum, o uso de documento falso pode ser cometido por qualquer pessoa, desde que não seja o autor da falsificação. Nesse caso, o conflito aparente de normas se resolve pelo princípio da consunção, sendo o uso um post factum impunível. Sujeito passivo é o Estado. É formal e se consuma no momento em que o agente utiliza a documentação, pouco importando se ela tem aptidão para enganar quem a examina. Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Supressão de documento Tendo em vista dos artigos observados existem algumas formas de ir contra a fé pública algumas até não foram citadas. Referências: CAPEZ, Fernando. Código Penal Comentado. São Paulo. Saraiva. 2013 MIRABETE, Julio Fabbrini e Renato N. Fabrrini. Código Penal Interpretado. São Paulo: Atlas. 2012. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599626/artigo-304-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de- dezembro-de-1940 https://forumturbo.org/wp-content/uploads/wpforo/attachments/2/1405-Direito-Penal-em- Tabelas-Parte-Geral-2017-Martina-Correia-Juspodivm.pdf https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599626/artigo-304-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599626/artigo-304-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://forumturbo.org/wp-content/uploads/wpforo/attachments/2/1405-Direito-Penal-em-Tabelas-Parte-Geral-2017-Martina-Correia-Juspodivm.pdf https://forumturbo.org/wp-content/uploads/wpforo/attachments/2/1405-Direito-Penal-em-Tabelas-Parte-Geral-2017-Martina-Correia-Juspodivm.pdf
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