Buscar

1AACB5E5-8ED2-4C93-B55E-C7C60E6916A3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
CURSO DE DIREITO 
CRIMES EM ESPECIE II 
PROFESSOR: MARCELO TRINDADE VELLOSO 
MATRICULA: 20202102081 
 
 
 
 
LAILA CRISTINA FRANCO DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL A1 
 
 
 
 
 
Armação dos Búzios 
2022 
 
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
 
 
Crimes contra a fé Pública são aqueles que possuem como sujeito passivo 
(ou vítima), o coletivo, pois não há necessariamente uma vítima em específico, 
pode-se dizer, então, que estes crimes atuam diretamente contra o Estado. 
Os crimes contra a Fé Pública são: Falsificação de documentos públicos, 
Falsificação de documentos particulares, Falsidade de ideológica e Falsidade de 
atestado médico. 
Nos termos do artigo 289, § 4º, do CP, configura delito o fato de desviar 
e fazer circular moeda cuja a circulação não estava ainda autorizada. O objeto 
jurídico é a fé pública. Consuma-se, portanto, no momento em que agente 
fabricar significa produzir, fazer, ou formar, completamente a moeda metálica ou 
papel de curso legal no pais ou no estrangeiro, mediante sua falsificação ou 
alteração, desde que a referida falsificação seja idônea para enganar um número 
indeterminado de pessoas. Colocar em circulação, adquirir ou guardar nota falsa 
é crime. No tipo simples de moeda falsa são cominadas reclusão, de três a doze 
anos de prisão além de multa. A pessoa suspeita de colocar nota falsa em 
circulação é encaminhada à Polícia Federal, onde o delegado vai analisar o caso. 
 
 
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda 
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: 
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. 
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou 
alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, 
guarda ou introduz na circulação moeda falsa. 
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, 
moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a 
falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o 
funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão 
que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: 
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; 
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. 
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular 
moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. 
Crimes assimilados ao de moeda falsa. 
 
 
Ementa Oficial 
HABEAS CORPUS. MOEDA FALSA. ART. 289, § 1º, DO 
CÓDIGO PENAL. FÉ PÚBLICA. BEM JURÍDICO TUTELADO. 
ESTADO, PESSOA JURÍDICA DIVERSA OU PESSOA FÍSICA. 
VÍTIMAS. PREJUÍZO NOTÓRIO. AGRAVANTES. ARTS. 61, INCISO 
II, ALÍNEAS "E" e "H", TAMBÉM DO CP. CRIME PRATICADO 
CONTRA ASCENDENTE MAIOR DE 60 ANOS. INCIDÊNCIA. 
POSSIBILIDADE. 
A fé pública do Estado é o bem jurídico tutelado no delito do 
art. 
289, § 1º, do Código Penal, o que não induz à conclusão de 
que o Estado seja vítima exclusiva do delito. 
Em virtude da diversidade de meios com que a introdução da 
moeda falsa em circulação pode ser perpetrada, não há como negar 
que vítima pode ser, além do Estado, uma pessoa física, ou um 
estabelecimento comercial, dado o notório prejuízo experimentado por 
esses últimos. 
Não há como negar que a pessoa a quem, eventualmente, são 
passadas cédulas ou moedas falsas pode ser elemento crucial e 
definidor do grau de facilidade com que o crime será praticado, e a fé 
pública, portanto, atingida. 
No tocante ao agravamento da reprimenda quando o ofendido 
é ascendente, descendente irmão ou cônjuge, a preocupação do 
legislador foi a de punir com mais rigor aquele que quebra, ou ofende, 
o natural vínculo de afeto e de cumplicidade mútuo que deve existir nas 
relações familiares. 
No caso de se praticar um crime contra criança, maior de 60 
anos, enfermo ou mulher grávida, a norma, claramente, visou a 
proteger aquele que é naturalmente mais vulnerável, punindo, com 
maior rigor, o agente do delito. 
Apesar de já destacada a essência motivadora dessa 
agravante, cumpre lembrar que o critério de aplicação, em caso de 
pessoa idosa, é objetivo, e nesta hipótese, cronológico. In casu, a 
vítima direta é a avó do paciente, que contava 68 anos à época do 
crime. 
Habeas Corpus não conhecido. 
(HC 211.052/RO, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, 
Rel. p/ Acórdão Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, 
julgado em 05/06/2014, DJe 15/09/2014) 
 
 
DOSIMETRIA DA PENA NO CRIME DE MOEDA FAlSA 
Na dosimetria da pena relativa a tal crime devem ser considerados, dentre 
outros, os seguintes fatores na análise das circunstâncias judiciais: a conduta do 
réu, o valor expresso em cada moeda falsa, o número de moedas falsas 
apreendidas, a forma como foi realizada a falsificação e o local em que o delito 
foi praticado. 
Quanto maior o valor e a quantidade de moeda falsificada, maior será a 
reprovabilidade da conduta, ensejando o aumento da pena-base. 
No termo do artigo 290 do CP fala sobre os crimes assimilares ao de 
moeda falsa. O sujeito ativo é qualquer pessoa, uma vez que se trata de crime 
comum. Sendo o agente funcionário público incidirá a causa de aumento prevista 
no parágrafo único. O sujeito passivo é o Estado, eis que é a fé pública o bem 
jurídico tutelado. Eventualmente, as pessoas diretamente lesadas pela ação 
típica, sejam elas físicas ou jurídicas, poderão ser também vítimas deste crime. 
O Elemento subjetivo, trata-se de crime doloso, ou seja, exige-se a 
consciência e vontade do agente em realizar algumas das condutas descritas. 
No Elemento normativo, podemos identificar alguns elementos normativos 
neste tipo penal, os quais, como se sabe, exigem um juízo de valor jurídico ou 
extrajurídico para a sua compreensão, tornando possível identificarmos o real 
alcance do tipo. 
O crime é instantâneo, de modo que sua consumação ocorre no momento 
da sua realização de quaisquer das condutas descritas. É preciso a presença da 
imitativo veri, isto é, necessário que a moeda formada seja capaz de induzir 
alguém em erro, que seja apta a iludir ou enganar a generalidade das pessoas. 
A classificação é o crime doloso, comum, formal (suprimir), misto 
alternativo, anormal e congruente (salvo na conduta suprimir). 
 
 
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda 
com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, 
em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à 
circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação 
cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim 
de inutilização: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e 
multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na 
repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil 
ingresso, em razão do cargo. (Vide Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Petrechos para falsificação de moeda 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
Princípio da insignificância. Fé pública. Inaplicabilidade 
 
Habeas corpus. Crime de moeda falsa. Fé pública tu telada 
pela norma penal. Princípio da insignificância. Inaplicabilidade. 
Consoante jurisprudência deste Tribunal, inaplicável o princípio da 
insignificância aos crimes de moeda falsa, em que objeto de tutela da 
norma a fé pública e a credibilidade do sistema financeiro, não sendo 
determinante para a tipicidade o valor posto em circulação. 
Circunstâncias do caso que já levaram à imposição de penas restritivas 
de direito proporcionais ao crime. (STF, HC n. 105.638/GO, 1ª T., rel. 
Min. Rosa Weber, j. 11.06.2012) 
 
No artigo 295 do CP, o legislador pretendeu punir com maior rigor os 
crimes de falsidade de papeis públicos em que o agente é funcionário público. É 
preciso, todavia, que o funcionário esteja no exercício de suas funções, pois 
somente dessa maneira poderá prevalecer-sedo cargo para cometer o delito. 
Para entender melhor o conceito de funcionário público devemos recorrer ao 
disposto no art. 327 do CP, ou seja, aquele que, embora transitoriamente, exerce 
cargo, emprego ou fundação pública, bem como aquele que exerce cargo, 
emprego ou função em entidade paraestatal e de quem trabalhe para empresa 
prestadora de ser- de viço contratada ou conveniada para a execução de 
atividade típica da administração pública. 
 
 
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
 
O artigo 297 do CP, a falsificação de documento público para o direito 
penal, entende-se por documento o escrito elaborado por pessoas determinada 
a fim de consignar uma declaração de vontade ou a existência de fato, direito ou 
obrigação, com relevância jurídica e força probante. Nesse sentido, vale lembrar 
a definição do art. 232 do CPP: "Consideram-se documentos quaisquer escritos, 
instrumentos ou papéis, públicos ou particulares". Documento público, por sua 
vez, é o documento criado por funcionário público, nacional ou estrangeiro, no 
desempenho de suas atividades e tais de acordo com formalidades previstas em 
lei. 
Vale destacar, ainda, a falsificação de documento previdenciário, prevista 
no § 3º e incisos do art. 297, que se traduz nas seguintes condutas: "inserir" 
(introduzir, registrar) e fazer inserir (criar condições para que terceiro introduza 
ou registre) informação falsa ou inidônea. Ambas as condutas são dolosas. Os 
documentos passíveis de falsificação, bem como as informações que podem ser 
falseadas, são os seguintes: 
 
 Inciso I: Folha de pagamento ou em documento de informações que seja 
destinado a fazer prova perante a Previdência Social, com a inclusão indevida 
de pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório (art. 11, Lei n. 
8.213/91). 
Inciso II: Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou 
documento que deva produzir efeito perante a Previdência Social, com a inclusão 
de declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita. 
• Inciso III: Documento contábil ou qualquer outro documento relacionado 
com as obrigações da empresa perante a Previdência Social, com a inclusão de 
declaração falsa ou diversa da que de veria ter constado. 
A falsificação de documento previdenciário pode se dar, ainda, pela 
omissão dolosa das in formações indicadas no § 4º do art. 297. 
A crítica que se faz a esses dois parágrafos de corre da natureza das 
condutas neles descritas, que se amoldam com mais nitidez à falsidade 
ideológica prevista no art. 299 do CP do que à falsidade material tratada neste 
artigo. 
 
 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar 
documento público verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o 
emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível 
por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o 
testamento particular. 
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000) 
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja 
destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não 
possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, 
de 2000) 
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em 
documento que deva produzir efeito perante a previdência social, 
declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000) 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento 
relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência 
social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos 
mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a 
remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de 
serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei nº 
12.737, de 2012) Vigência 
 
JURISPRUDÊNCIA 
Apelação. Falsidade de documento público e uso de 
documento falso. Recurso da defesa. Absolvição. Improcedência. 
Materialidade e autoria demonstradas. Confissão judicial do acusado 
corroborada pelo firme e coerente depoimento do policial que 
participou das diligências. Conjunto probatório seguro e coeso. 
Condenação de rigor. Dosimetria da pena que comporta reparo. 
Necessidade ferem o de afastamento do concurso material entre os 
crimes dos arts. 297 e 304 do Código Penal. Crimes que mesmo bem 
jurídico. Redução da reprimenda. Substituição penal. Inaplicabilidade. 
Medida não se mostra social mente recomendada. Regime inicial 
fechado mantido. Recurso parcialmente provido. (TJSP, Ap. n. 
0024472 61.2013.8.26.0050, rel. Salles Abreu, publ. 25.10.2018). 
 
 
O artigo 298 do CP, o presente delito se diferencia do art. 297 apenas 
em razão da natureza do documento falsifica do. O legislador entende que a 
falsificação de documento cuja elaboração não é incumbência estatal não 
apresenta a mesma lesividade à fé pública, o que justificaria a pena atenuada do 
art. 298. 
O crime em análise tutela a fé pública ao se ocupar do documento 
particular em seu aspecto físico, pois a falsificação recai sobre sua materialidade. 
A natureza privada do documento justifica a menor reprovabilidade da conduta 
do falsificador em comparação com o documento. 
 
 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou 
alterar documento particular verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a 
documento particular o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela Lei 
nº 12.737, de 2012) Vigência Falsidade ideológica 
 
 
 JURISPRUDÊNCIA 
Habeas corpus. Falsificação de documento particular. 
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório. Persecução penal 
trancada pela Justiça eleitoral. Poste rigor instauração de inquérito na 
Justiça federal para apuração dos mesmos fatos. Constrangimento 
ilegal. Petição inicial. Documento. Impossibilidade de equiparação. 
Ausência de prejuízo e dolo. Atipicidade. Ordem concedida. 1. 
Alteração de petição inicial. Persecução penal trancada pela Justiça 
eleitoral. Inquérito instaurado, posteriormente, pela Polícia Federal 
para apurar os mesmos fatos. Constrangimento ilegal. Súmula n. 524 
do STF. 2. Petição inicial. Caráter propositivo. A exordial não se 
equipara a documento, pois as alegações ali deduzidas serão objeto 
de análise pelo Poder Judiciário, bem como poderão ser contraditadas 
pela parte adversa e por todos os meios de prova admitidos em Direito. 
3. Requerimento ajuizado, com fim de desconsiderar suposto equívoco 
na exordial. Ausência de prejuízo. Inexistência de dolo. Atipicidade. 4. 
Ordem concedida, a fim de trancar o inquérito instaurado pela Polícia 
Federal e tornar insubsistente o requisitório, por ausência de justa 
causa. Efeitos da ordem estendidos ao advogado coinvestigado. (STJ, 
HC n. 222.613/TO, 6ª T., rel. Min. Vasco Della Giustina, j. 24.04.2012, 
DJe 07.05.2012) 
 
 
A Falsidade ideológica como prevista no artigo 299 do CP Enquanto os 
arts. 297 e 298 se ocupam da falsidade material de documentos, o crime em tela 
se reporta à chamada falsidade ideológica. A distinção é clara: naqueles artigos, 
a conduta do agente se destina a lesar a fé pública pela adulteração de 
documentos em sua forma, enquanto aqui o que se incrimina é a elaboração de 
documentos que, embora formalmente autênticos, possuem conteúdo ilegítimo 
pela discrepânciaentre o que é consignado e o que deveria ser consignado. 
 
 
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, 
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir 
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de 
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o 
documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de 
quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é 
particular. (Vide Lei nº 7.209, de 1984) 
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e 
comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou 
alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de 
sexta parte. 
Falso reconhecimento de firma ou letra 
 
 
 
 JURISPRUDÊNCIA 
Crime de falsidade ideológica. Atipicidade da con duta de 
inserir, em currículo Lattes, dado que não con diz com a realidade 
A plataforma Lattes é virtual e nela o usuário, me diante 
imposição de login e senha, insere as informações. Não se trata de um 
escrito palpável, ou seja, um papel do mundo real, mas de uma página 
em um sitio eletrônico. Nesse sentido, embora possa existir 
"documento eletrônico", não está ele presente no caso concreto, 
porquanto somente pode ser assim denominado aquele constante de 
página ou sítio na rede mundial de computadores que possa ter sua 
autenticidade aferida por assinatura digital. A regulamentação que 
garante a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de 
documentos em forma eletrônica se dá pela MP n. 2.200-2, de 24 de 
agosto de 2001, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileira (ICP-Brasil) e a responsabilidade por essa base é da 
Autarquia Federal, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação 
(ITI), ligado à Presidência da República. Reitere-se que, na hipótese, 
não se pode ter como documento o currículo inseri do na plataforma 
virtual Lattes do CNPq, porque desprovido de assinatura digital e, pois, 
sem validade jurídica. No entanto, ainda que pudesse ser considerada 
a sua validade, para fins penais, tem-se que, como qualquer currículo, 
seja clássico (papel escrito) ou digital, o currículo Lattes é passível de 
averiguação, ou seja, as in formações nele contidas deverão ser objeto 
de aferição por quem nelas tem interesse, o que denota atipicidade de. 
Nesse sentido, a doutrina afirma que "havendo ne de comprovação - 
objetiva e concomitante-, pela autoridade, da autenticidade da 
declaração, não se configura o crime, caso ela seja falsa ou, de algum 
modo, dissociada da realidade". (ST), RHC n. 81.451/RJ, 6a T., rel. 
Min. Maria Thereza de Assis Moura, p. u., j. 22.08.2017, DJe 
31.08.2017). 
 
 
Falsidade de Atestado Médico 
 
Administração Pública, trabalham com informações cuja idoneidade é de 
interesse público. Daí a importância do presente dispositivo, que incrimina 
violações à confiança depositada pela coletividade nas informações consignadas 
por médicos em seus atestados. 
 Bem jurídico tutelado é a fé pública; que, no caso em tela, corresponde à 
autenticidade do teor de atestados médicos. 
O crime se consuma no momento em que o agente finaliza a produção do 
atestado ideologicamente falso e o entrega ao terceiro interessado, ainda que 
documento não venha a ser utiliza do ou não dê margem a vantagem indevida 
ou prejuízo a outrem. Trata-se de crime formal. A conduta do caput, por ser 
plurissubsistente, torna possível o reconhecimento da tentativa. 
 
 
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, 
atestado falso: 
Pena - detenção, de um mês a um ano. 
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, 
aplica-se também multa. 
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica 
 
 
 
Uso de Documento Falso 
 
É crime comum, o uso de documento falso pode ser cometido por 
qualquer pessoa, desde que não seja o autor da falsificação. Nesse caso, o 
conflito aparente de normas se resolve pelo princípio da consunção, sendo 
o uso um post factum impunível. Sujeito passivo é o Estado. É formal e se 
consuma no momento em que o agente utiliza a documentação, pouco importando se 
ela tem aptidão para enganar quem a examina. 
 
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou 
alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: 
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
Supressão de documento 
 
 
 
Tendo em vista dos artigos observados existem algumas formas de ir 
contra a fé pública algumas até não foram citadas. 
 
 
 
 
Referências: 
 
CAPEZ, Fernando. Código Penal Comentado. São Paulo. Saraiva. 2013 
MIRABETE, Julio Fabbrini e Renato N. Fabrrini. Código Penal Interpretado. São Paulo: Atlas. 
2012. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599626/artigo-304-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-
dezembro-de-1940 
https://forumturbo.org/wp-content/uploads/wpforo/attachments/2/1405-Direito-Penal-em-
Tabelas-Parte-Geral-2017-Martina-Correia-Juspodivm.pdf 
 
 
 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599626/artigo-304-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599626/artigo-304-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://forumturbo.org/wp-content/uploads/wpforo/attachments/2/1405-Direito-Penal-em-Tabelas-Parte-Geral-2017-Martina-Correia-Juspodivm.pdf
https://forumturbo.org/wp-content/uploads/wpforo/attachments/2/1405-Direito-Penal-em-Tabelas-Parte-Geral-2017-Martina-Correia-Juspodivm.pdf

Continue navegando