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Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais Desenvolvimento do material Gilberto Alves da Silva 1ª Edição Copyright © 2019, Afya. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Afya. Sumário Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais Objetivos .......................................................................................... 04 Introdução ........................................................................................ 05 1. Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais ......................... 06 1.1 Principais Tipos de Políticas nas Relações de Trabalhistas com o Sindicato .................................................................. 07 1.2 Negociação e Relações Trabalhistas ....................................... 08 2. Meios de Ação Sindical e Patronal .......................................... 09 2.1 Meios de Ação Sindical ........................................................ 09 2.2 Meios de Ação Patronal ....................................................... 12 3. Sistemas Sindicais ............................................................... 13 4. Mecanismos de Negociação Sindical ....................................... 15 4.1 Convenção Coletiva ............................................................. 15 4.2 Negociação Coletiva ............................................................. 15 Síntese ............................................................................................ 17 Referências Bibliográficas ................................................................... 18 Objetivos Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de: ▪ Analisar a importância do processo de negociação relacionado à área sindical e trabalhista. 4 Negociação Empresarial Introdução Nesta unidade de aprendizagem, veremos que são muitos os empasses e conflitos relacionados ao meio trabalhista. As negociações entre trabalhadores e empregadores servem para diminuir as tensões e evitar problemas no meio empresarial. Nesse cenário, surgem as negociações, que, geralmente, são constituídas por reivindicações feitas pelos empregados. Por exemplo: solicitações de condições adequadas no ambiente de trabalho, salários melhores, férias, entre outros. A luta pelo aceite das reivindicações dos trabalhadores é evidenciada no contexto das negociações sindicais, assunto que será enfatizado neste estudo. Abordaremos, também, as relações trabalhistas e as negociações sindicais presentes no meio empresarial. 5Negociação Empresarial 1. Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais As relações trabalhistas têm amplo escopo nos processos de negociação. Relações de trabalho são evidenciadas por meio da convivência entre empregador e empregados. Chiavenato (2009, p.180) destaca que as relações trabalhistas “baseiam-se em políticas da organização em relação aos sindicatos, tomados como representantes dos anseios, aspirações e necessidades – pelo menos teoricamente – dos próprios funcionários.” Nesse entendimento, as relações trabalhistas podem ser interpretadas como um fator de relacionamento entre a empresa e os representantes (sindicalistas) de seus próprios colaboradores. Nesse processo, a relação trabalhista recebe cunho político. Por volta da primeira década do século XX, grupos expressivos de trabalhadores urbanos buscaram nas “sociedades de resistência”, ou sindicatos, uma forma de organização coletiva que respondesse à demanda por representação dos seus interesses junto aos patrões e ao Estado, no que diz respeito às questões do mundo do trabalho. Através dos sindicatos, multiplicaram- se os momentos de luta coletiva organizada, como as greves, um instrumento do qual os trabalhadores brasileiros já vinham lançando mão, embora em escala bastante restrita, nas décadas anteriores. (MATOS, 2003, p.5) Além disso, Antunes (1991, p.13) destaca o conceito de sindicato, sendo definido como “associações criadas pelos próprios operários para sua própria segurança (...), para manutenção de um salário digno e de uma jornada de trabalho menos extenuante”. No contexto histórico do sindicalismo, observamos muitos empasses quando se trata de negociação, que são evidenciados por fatores importantes nesse meio. Hoje, muitos direitos foram constituídos envolto de reivindicações feitas pelos próprios trabalhadores, como: reajustes salariais, benefícios, jornada de trabalho adequada, entre outros. 6 Negociação Empresarial 1.1 Principais Tipos de Políticas nas Relações de Trabalhistas com o Sindicato As políticas das relações trabalhistas definem a maneira de tratar as reivindicações feitas pelos colaboradores junto aos sindicatos. Chiavenato (2009) cita as quatro principais políticas de relações trabalhistas: ▪ Política paternalista: Consiste em acatar de forma fácil e rápida as reivindicações dos funcionários, visto pela insegurança, falta de habilidade do negociador ou incompetência nas negociações com os líderes sindicais. Nessa perspectiva, a cada reivindicação feita e solucionada, reivindicações cada vez maiores serão cobradas com a expectativa de serem atendidas, cada reivindicação pode ser vista como um custo a mais para a organização, esse tipo de postura é utilizado em questões imediatas de curto prazo. Isso enfraquece a organização, levando insegurança aos gestores. ▪ Política autocrática: Possui foco em um comportamento rígido e impositivo, age conforme as leis ou de acordo com seus interesses. Nesse tipo de política, as negociações estabelecidas pelas reivindicações nem sempre são otimistas, as reivindicações não são atendidas com frequência e podem causar descontentamentos entre os colaboradores, causando o advento de grupos opositores dentro do sindicato. Com o fracasso dessas negociações, uma carga negativa pode ser gerada, impactando na imagem da organização e nas relações com seus empregados. ▪ Política de reciprocidade: Como o próprio nome destaca, se baseia na reciprocidade entre organização e sindicato, as reivindicações são decididas de forma exclusiva e direta pela alta cúpula da organização e o sindicato, com pouca atuação de funcionários e supervisores, tem como objetivo estabelecer um compromisso e conceder ao sindicato a responsabilidade de impedir que os acordos elaborados sejam descumpridos pelos funcionários. ▪ Política participativa: Considera que as relações trabalhistas abrangem o sindicato e os funcionários de um lado, e a organização e seus gestores do outro. Assim, caracteriza-se uma avaliação mais objetiva de cada reivindicação feita pelos funcionários, quanto à sua 7Negociação Empresarial viabilidade, natureza, oportunidade e regras e objetivos e políticas da organização, entendemos, então, que as soluções sejam negociadas e discutidas com referências e dados concretos, objetivos adequados e não baseados em simples pensamentos e opiniões pessoais. Motiva uma linha de pensamento preventiva para organização, necessitando de um ambiente e um clima organizacional sadio. Ressaltamos que as políticas descritas estão relacionadas com a maneira que a empresa vai lidar com os sindicatos e as reivindicações de seus trabalhadores. Cada política destacada possui características importantes que influenciam no processo de negociação. 1.2 Negociação e Relações Trabalhistas Nas relações trabalhistas, o ato de negociação se torna fundamental, seja pela busca de interesses, manutenção do relacionamento ou mesmo o estabelecimento de um acordo. Martinelli e Almeida (1997) destacam a importância da negociação como um processo diário em nossa vida, buscando resultados melhores para organização. O negociador deve possuir habilidades necessárias no ato da negociação, por exemplo, saber agir e encontrar melhoressoluções conforme a política estabelecida pela sua organização, diante de qualquer empresa, sindicato ou conflito estabelecido. Como funciona a negociação sindical? A negociação sindical é pautada com base nas reivindicações dos trabalhadores. O sindicato, de posse nas reivindicações, necessita planejar como vai se colocar em relação à negociação. O planejamento envolve elementos essenciais de uma negociação, tais como: a definição dos negociadores, a estratégia de negociação, as principais reivindicações e seus objetivos, entre outros. 8 Negociação Empresarial 2. Meios de Ação Sindical e Patronal As negociações e embates entre empresas e trabalhadores ganharam destaque no contexto histórico. Para se obter êxito nas negociações, é necessário compreender como funcionam os meios de ação sindical e patronal. 2.1 Meios de Ação Sindical Os meios de ação sindical, correspondem às estratégias utilizadas pelos sindicatos como forma de pressionar as organizações, no intuito do cumprimento de seus interesses e reivindicações de suas bases. Para Chiavenato (2009), os principais meios de ação sindical são: A greve A palavra greve teve origem em Paris, Grève é o nome de uma praça situada em Paris. Conforme seu histórico, lá se reuniam operários insatisfeitos, que não concordavam com as condições de trabalho que enfrentavam na época. Nesse viés, o nome da praça passou a ter o significado de paralisação coletiva do trabalho, geral ou parcial, bem como a diminuição intencional do ritmo normal do trabalho por parte dos empregados de uma organização, no intuito de prover mudanças nas condições de trabalho. A greve é um direito de todos, consiste em uma forma de pressionar o empregador para reivindicar melhorias ou mesmo direitos estabelecidos. A greve consiste na suspensão temporária, coletiva e pacífica do trabalho. Podemos evidenciar os principais pressupostos de uma greve na lei Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989 que dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, e dá outras providências. Importante Leia mais 9Negociação Empresarial http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.783-1989?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.783-1989?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7783.htm http://www.google.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7783.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7783.htm A greve pode manifestar-se a partir dos seguintes pontos de vistas: Quadro 1: Objetivo da Greve. Fonte: Chiavenato, 2002, p.192. Piquete Trata-se do apoio e aceitação de uma greve. Essa ação nem sempre é comprada por todos os trabalhadores, e nisso surgem os chamados piquetes como uma forma de pressionar ou mesmo coagir os demais trabalhadores a aderir à greve. Pode acontecer quando um grupo de grevistas, na porta da empresa, impede a entrada de trabalhadores que querem trabalhar ou mesmo utilizar a coação para isso. O piquete é considerado pelo código penal um ato proibido, visto que promove coação, intimidação e falta de liberdade. Formas ilícitas de ação sindical Para Queiroz (2011), a greve pode ser considerada lícita quando atender às exigências legais (previstas na Lei 7.783/89); e ilícita quando as ignorar. As ações sindicais também podem ocorrer de formas ilegais, dentre as principais formas de pressão instituídas pelos trabalhadores, podemos apontar: Importante Ponto de vista objetivo: Reforçar a reivindicação de melhores condições de trabalho, ou seja, melhores salários, benefícios, condições de ascensão, progresso, segurança e estabilidade, relacionamento com as chefias entre outros. Ponto de vista subjetivo: Uma categoria se sente profundamente prejudicada por alguma decisão ou ação da categoria econômica. Ponto de vista político: Busca de maior espaço de participação, do exercício do poder, seja dentro ou fora da organização. Nesse aspecto, os empregados e suas lideranças estão descobrindo que, pelo exercício do poder político, conseguem melhores condições de alcançar seus objetivos. 10 Negociação Empresarial Quadro 2: Formas Ilegais de Ação Sindical. Fonte: Chiavenato (2002). Greve simbólica: Utilizado em geral por grupos menores de funcionários, um meio de pressão que consiste em uma paralisação coletiva de curta duração e sem abandono no local de trabalho. Tem caráter demonstrativo com a interrupção do trabalho, durante a atividade normal do dia a dia, mas com a permanência do pessoal em seu local de trabalho. Greve de advertência: Caracterizada como uma forma de pressão ilícita, visto que descumpre normas contratuais, consiste em uma interrupção repentina do trabalho, por um curto período, em geral, pouco antes do término da jornada, envolvendo todos os trabalhadores que abandonam o local de trabalho. Quando acontece de forma repetitiva, o poder de pressão dos funcionários aumenta. Greve de zelo: Nesse contexto, o trabalho é efetuado conforme os devidos regulamentos internos da organização, contudo diferencia-se a forma de realização do trabalho, atrapalhando o tempo regular de produção, causando contratempos e problemas para a empresa, também consiste em uma forma ilícita pela má-fé evidenciada. Possui a vantagem de manter a validade do contrato de trabalho, sem interrupção ou paralisação, embora com tropeços e má-fé dos trabalhadores. Operação tartaruga: Como o próprio nome nos elucida, o trabalha e cumprido de forma lenta, ou sob condições técnicas inadequadas, também é chamada de greve branca. Leva à diminuição da quantidade de trabalho ou da qualidade de produção. Paralisação relâmpago: Também chamada de “operação vaca brava”, a paralização relâmpago acontece, quando diversos setores de uma ou mais organizações, sem prévio aviso, interrompem o trabalho, dificultando os processos da organização. Faltas ou atrasos do pessoal em setores vitais: Falta ou atrasos de funcionários vitais para organização, criando problemas para a normalidade do dia a dia da empresa. Paralisação de fornecedores vitais: Condiz com o ato de paralisar a organização cessando seu fornecimento de matéria prima ou serviços fundamentais e indispensáveis para organização, tendo o intuito de prejudicar a organização. O principal alvo nesse ponto, são as organizações intermediárias e fornecedoras. Banimento de horas extras: Consiste na recusa dos trabalhadores de fazer horas extraordinárias de trabalho solicitadas pela organização. Ocupação do local de trabalho: Consiste na ocupação do local de trabalho, impedindo totalmente o trabalho e o dia a dia da empresa, essa ocupação pode ser acompanhada de efeitos propagandísticos, com o uso de cartazes e faixas, é evidênciada como uma agressão contra a liberdade de trabalho e a propriedade privada, um ato ilícito e penal. Sabotagem: Um ato ilícito e grave, um atentado a organização, prejudicando o desempenho da organização, consiste em atos violentos e ocultos que visam a destruição de bens materiais, como maquinários, instalações e outros. 11Negociação Empresarial 2.2 Meios de Ação Patronal Os trabalhadores têm suas formas de ação sindical como reivindicação de seus direitos, em oposição a isso, as organizações também podem utilizar certos meios de pressão contra os funcionários. Conforme Chiavenato (2002, p.196-197), podemos apontar como principais meios de ação patronal: Locaute ou greve patronal Consiste no fechamento temporário da empresa, sendo o fechamento determinado por seus dirigentes ou pelo sindicato patronal, como forma de pressão nas negociações sindicais com seus funcionários. Levando dificuldades para seus funcionários, pois não recebem sua remuneração, como para própria comunidade, que não recebe seus provenientes produtos ou serviços. O locaute tem ambas as vertentes, ele pode ser defensivo ou ofensivo. Com olocaute, a organização se defende de formas ilegais de greves e meios ilícitos de pressão por parte dos funcionários, para forçá-los a ceder. O fechamento da organização deve ser proveniente de uma legítima defesa da organização, no sentido de sanar danos ou males que a empresa teria se continuasse funcionando, ou mesmo quando as pretensões trabalhistas se tornam tão amplas que fica impossível a continuidade da organização. Lista negra Consiste em um meio ilícito utilizado pelas organizações, uma lista contendo uma relação de funcionários desligados por motivos de ações sindicais. Essa relação é distribuída a parceiros e empresas filiadas a um determinado sindicato patronal, tendo a finalidade de impedir a admissão dos apontados na lista, impedindo-os de obter emprego. Meios de ação sindical Organizados conforme veremos a seguir: 12 Negociação Empresarial Quadro 3: Meios de Ação Sindical. Fonte: Do autor. 3. Sistemas Sindicais Conforme Chohfi e Chaim (2011), todo sindicato corresponde a uma associação, mas nem toda associação é um sindicato. Somente o Ministério do Trabalho e Emprego pode conceder o registro especial de personalidade jurídica sindical. A essa autorização, se dá o nome de registro sindical. Quando a certidão desse registro sindical é expedida, a associação torna-se especial, ou seja, adquire personalidade jurídica sindical, podendo atuar como sindicato, com suas funções legais e prerrogativas. Ainda conforme os autores, a estrutura sindical engloba quatro níveis de organização: 1. Os sindicatos de base (1º grau de representação) - Possui o objetivo de defender os interesses e reivindicações de cunho econômico, sociais e políticos de seus associados 2. As federações (2º grau de representação) - Junção de, no mínimo, cinco sindicatos representativos. A base mínima de representação é estadual, podendo abranger mais de um estado ou mesmo todo o território nacional. Meios de ação sindical Formas ilícitas de pressão sindical Formas ilícitas de pressão patronal Greve Greve simbólica Greve de advertência Greve de zelo Operação tartaruga Paralisação relâmpago Faltas ou atrasos Paralisação de fornecedores Banimento de horas extras Locaute Lista negra 13Negociação Empresarial 3. As confederações (3º grau de representação) - Consiste na união de, no mínimo três federações de mesma categoria, sua representação é naturalmente nacional. As federações e confederações não representam diretamente os trabalhadores, salvo em algumas exceções, como na hipótese de categoria inorganizada (inexistência de sindicato de base em determinada cidade ou região), quando então assumirão a representação direta as federações ou confederações, nesta ordem, inclusive celebrando convenções e acordos coletivos de trabalho. (CHOHFI; CHAIM, 2011, p.39) 4. Centrais Sindicais (4º grau de representação) - Representam entidades de natureza jurídica privada, regulamentadas pela Lei n. 11.648/08, foram consideradas, por força da referida norma, organizações complexas, intercategoriais, normalmente de base territorial nacional, cujos filiados podem ser os sindicatos, as federações e as confederações, todos de diversas categorias, independente da base de representação. As funções e prerrogativas básicas das centrais sindicais são as seguintes: coordenação da representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a elas filiadas; a participação de negociações, fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores e, também, arrecadação de parcela (10%) dos valores destinados ao custeio do sistema sindical. No entanto, para que determinada central sindicial possa exercer tais prerrogativas, necessário que a ela estejam filiados, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos por várias regiões do país e setores de atividade econômica, bem como representatividade de, pelo menos, 7% do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional. (CHOHFI; CHAIM, 2011, p.40) 14 Negociação Empresarial Para enriquecer seu conhecimento sobre centrais sindicais, assista ao vídeo indicado, explicando sua formação e principais preceitos. 4. Mecanismos de Negociação Sindical Conflitos são provenientes de qualquer negociação. No contexto trabalhista, estes envolvem as empresas e os sindicatos que representam seus empregados, nesse cenário, entram os mecanismos de ação sindical. 4.1 Convenção Coletiva Para Chiavenato (2009), a convenção coletiva de trabalho prescreve em detalhes quais as premissas de trabalho que devem orientar os contratos nas organizações envolvidas, como: carga horária de trabalho, horários de descanso, descanso semanal remunerado, entre outros. A duração de uma convenção coletiva é de, no máximo dois anos. A convenção coletiva evita greves e propicia, por meio de negociação, acordos entre os envolvidos, a resolução desses conflitos são feitas por meio de convenções coletivas ou acordos coletivos de trabalho, sendo definido nas negociações coletivas. 4.2 Negociação Coletiva A negociação coletiva é uma forma de resolver problemas entre trabalhadores e empregadores, ao negociar, temos o pressuposto de identificar um melhor caminho para resolver o impasse. Chiavenato (2009) descreve a negociação coletiva como fruto da estrutura sindical brasileira e dos próprios interesses colocados em pauta. Para começar, à formação da convenção coletiva de trabalho, existe um longo e cansativo processo de negociação coletiva, Saiba Mais Assista agora 15Negociação Empresarial https://www.youtube.com/watch?v=Gu8KVItlBkk https://www.youtube.com/watch?v=Gu8KVItlBkk https://www.youtube.com/watch?v=Gu8KVItlBkk normalmente antecedido por um movimento sindical, ao qual mobiliza os integrantes de um sindicato, ou mesmo federação de sindicatos em prol de suas reivindicações. O movimento sindical ocorre por meio de reuniões, assembleias, propaganda no meio socioeconômico específico, reuniões de negociações entre as partes, manifestações, pressões e greves. A negociação sindical é um processo condutor da tomada de decisões sobre acordos coletivos que envolvem representantes dos trabalhadores e dos empregadores. Nesses acordos, são confrontados os diferentes pontos de vista, as expectativas, as reclamações e as exigências, objetivando, pelo consenso e/ou por mecanismo de concessões mútuas, uma solução conci- liatória. (CHIAVENATO, 2009, p. 222) A negociação coletiva é uma forma para melhorar as relações entre empregado e empregador, conseguindo um consenso entre as partes, ainda conforme o autor. Certos conceitos e colocações permitem melhorar significativamente as relações trabalhistas. ▪ A organização deve definir claramente sua política de recursos humanos e divul- gá-la aos seus funcionários. ▪ A organização deve desenvolver sistemas e canais de comunicação bidirecionais adequados, principalmente para sentir e perceber as expectativas e reivindicações de seus empregados, localizar as fontes de problemas e de conflitos e identificar suas causas. ▪ A organização deve manter um diálogo permanente e aberto com as lideranças sindicais. (CHIAVENATO, 2009, p. 222) Para ampliar seu conhecimento, leia o artigo Conflitos coletivos de trabalho, que destaca os temas, conflitos coletivos de trabalho, conflitos de natureza jurídica e econômico. Saiba Mais Leia mais 16 Negociação Empresarial https://carolinabrizolla.jusbrasil.com.br/artigos/232886269/conflitos-coletivos-de-trabalho https://carolinabrizolla.jusbrasil.com.br/artigos/232886269/conflitos-coletivos-de-trabalho https://carolinabrizolla.jusbrasil.com.br/artigos/232886269/conflitos-coletivos-de-trabalho Síntese Nesta unidade de aprendizagem, destacamos o conceito e importância das relações trabalhistas e negociações sindicais no meio empresarial. Compreendendo os principais tipos de políticasnas relações trabalhistas com o sindicato, os principais meios de ação sindical, em que esses vislumbram a luta por reivindicações de seus trabalhadores como greves, piquetes e meios ilícitos e ações patronais, defendendo o lado das empresas como o locaute ou a lista negra. Também colocamos em pauta o sistema sindical, constituído por quatro graus, definidos como: os sindicatos, as federações, as confederações e as centrais sindicais. Finalizando o conteúdo, entendemos os mecanismos de negociação sindical, tendo como suas principais ações convenção coletiva e a negociação coletiva. 17Negociação Empresarial Referências Bibliográficas ANTUNES, Ricardo L. C. O que é sindicalismo? 18 ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. BARRY, Bruce; SAUNDERS, David M; LEWICKI, Roy J. Fundamentos de negociação. 5 ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. BAZERMAN, Max. NEALE, Margareth. Negociando racionalmente. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2016. BRIZOLLA, Caroline. Conflitos coletivos de trabalho. Disponível em: https://carolinabrizolla.jusbrasil.com.br/artigos/232886269/conflitos- coletivos-de-trabalho. Acesso em: 02 de mai. 2018. CÂMERA ABERTA SINDICAL. Paulinho da Força fala o que é uma Central Sindical - 19/12/2012. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=Gu8KVItlBkk. 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Acesso em: 01 de mai. de 2018. 18 Negociação Empresarial https://carolinabrizolla.jusbrasil.com.br/artigos/232886269/conflitos-coletivos-de-trabalho https://carolinabrizolla.jusbrasil.com.br/artigos/232886269/conflitos-coletivos-de-trabalho https://www.youtube.com/watch?v=Gu8KVItlBkk https://www.youtube.com/watch?v=Gu8KVItlBkk http://www.ufjf.br/angelo_esther/files/2012/10/RH-I-Rela%C3%A7%C3%B5es-de-poder-e-de-trabalho-Conceitos-inst%C3%A2ncias-e-condicionantes.pdf http://www.ufjf.br/angelo_esther/files/2012/10/RH-I-Rela%C3%A7%C3%B5es-de-poder-e-de-trabalho-Conceitos-inst%C3%A2ncias-e-condicionantes.pdf http://www.ufjf.br/angelo_esther/files/2012/10/RH-I-Rela%C3%A7%C3%B5es-de-poder-e-de-trabalho-Conceitos-inst%C3%A2ncias-e-condicionantes.pdf FERREIRA, Gonzaga. Negociação: como usar a inteligência e a racionalidade. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2013. MARTINELLI, Dante P. Negociação empresarial: enfoque sistêmico e visão estratégica. Barueri: Manole, 2002. ______; ALMEIDA, Ana Paula de. 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São Paulo: Atlas, 2014. 19Negociação Empresarial http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,greve-conceito-e-distincao-entre-greve-licita-e-ilicita,32900.html http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,greve-conceito-e-distincao-entre-greve-licita-e-ilicita,32900.html Etapas do Processo de Negociação Objetivo Introdução 1. Preparação e Criação de Valor 1.1 A Preparação 1.2 A Criação de Valor 2. Distribuição de Valor 3. Implementação e Monitoramento 3.1 Após o Fechamento 3.2 Avaliação dos Resultados de uma Negociação Síntese Referências Bibliográficas Introdução ao Processo de Negociação Objetivos Introdução 1. A Comunicação no Processo de Negociação 1.1 Mas, Afinal, o que é Comunicação? 1.2 Alcançando a Eficácia na Comunicação 1.3 Comunicação Verbal e não Verbal 1.4 A Comunicação na Era do Conhecimento 2. Estilos de Negociação 2.1 Classificação pelos Perfis Psicológicos 2.2 Classificação pelos Papéis Gerenciais 2.3 Classificação com Base na Personalidade 3. Formas de Negociação 3.1 Negociações com Base nas Leis 3.2 Negociações com Base em Interesses Síntese Referências Bibliográficas Os Perfis e Habilidades de Negociadores Objetivo Introdução 1. Competências Essenciais 2. Habilidades Básicas do Negociador 3. O Poder no Processo de Negociação Síntese Referências Bibliográficas Elementos da Negociação 1. Poder, Tempo e Informação 1.1 Poder 1.1.1 Poderes Pessoais 1.1.2 Poderes Circunstanciais 1.2 Tempo 1.3 Informação 2. Ancoragem, Contexto, Interesses, Relaciona mentos, Concessões e Legislação 2.1 Ancoragem 2.2 Contexto 2.3 Interesses 2.4 Relacionamento 2.5 Concessões 2.6 Legislação 3.0 Emoções, Racionalidade, Valores, Cultura e Confiança 3.1 Emoções 3.2 Racionalidade 3.3 Valores 3.4 Cultura 3.4 Confiança Síntese Referências Bibliográficas _30j0zll _1fob9te Ética nas Negociações Objetivos Introdução 1. A Necessidade da Ética nas Negociações 1.1 A Ética e seu Conceito 1.2 A Ética no Contexto Empresarial 1.3 A Ética e suas Características no Domínio da Ação Humana 2. Visões sobre a Conduta Ética nas Negociações 3. Código de Ética Corporativo Síntese Referências Bibliográficas Estratégias de Negociação Objetivo Introdução 1. Estratégias De Negociação 1.1 A Estratégia e o Relacionamento 1.2 A Estratégia, Resultados e Relacionamento Pessoal 1.3 A Matriz estratégica 2. Estratégias de Barganha Distributivas e Integrativas 2.1 Estratégias de Barganha Distributivas 2.2 Estratégia de Barganha Integrativa 3. Estratégia de Negociação em Vendas 3.1 A Sedução 3.2 Vendendo Benefícios e Vantagens 3.3 A Sondagem 3.4 Entendendo a Necessidade por trás da Necessidade Síntese Referências Bibliográficas _gjdgxs Gerenciamento de Conflitos Objetivo Introdução 1. Conceituando o Conflito 1.1 O Gerenciamento de Conflitos 1.2. Visões do Conflito 2. Tipos de Conflitos 3. Técnicas para Gestão de Conflitos Síntese Referências Bibliográficas Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais Objetivos Introdução 1. Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais 1.1 Principais Tipos de Políticas nas Relações de Trabalhistas com o Sindicato 1.2 Negociação e Relações Trabalhistas 2. Meios de Ação Sindical e Patronal 2.1 Meios de Ação Sindical 2.2 Meios de Ação Patronal 3. Sistemas Sindicais 4. Mecanismos de Negociação Sindical 4.1 Convenção Coletiva 4.2 Negociação Coletiva Síntese Referências Bibliográficas Introdução ao Processo de Negociação Objetivos Introdução 1. A Comunicação no Processo de Negociação 1.1 Mas, Afinal, o que é Comunicação? 1.2 Alcançando a Eficácia na Comunicação 1.3 Comunicação Verbal e não Verbal 1.4 A Comunicação na Era do Conhecimento 2. Estilos de Negociação 2.1 Classificação pelos Perfis Psicológicos 2.2 Classificação pelos Papéis Gerenciais 2.3 Classificação com Base na Personalidade 3. Formas de Negociação 3.1 Negociações com Base nas Leis 3.2 Negociações com Base em Interesses Síntese Referências Bibliográficas Etapas do Processo de Negociação Objetivo Introdução 1. Preparação e Criação de Valor 1.1 A Preparação 1.2 A Criação de Valor 2. Distribuição de Valor 3. Implementação e Monitoramento 3.1 Após o Fechamento 3.2 Avaliação dos Resultados de uma NegociaçãoSíntese Referências Bibliográficas Os Perfis e Habilidades de Negociadores Objetivo Introdução 1. Competências Essenciais 2. Habilidades Básicas do Negociador 3. O Poder no Processo de Negociação Síntese Referências Bibliográficas Elementos da Negociação 1. Poder, Tempo e Informação 1.1 Poder 1.1.1 Poderes Pessoais 1.1.2 Poderes Circunstanciais 1.2 Tempo 1.3 Informação 2. Ancoragem, Contexto, Interesses, Relaciona mentos, Concessões e Legislação 2.1 Ancoragem 2.2 Contexto 2.3 Interesses 2.4 Relacionamento 2.5 Concessões 2.6 Legislação 3.0 Emoções, Racionalidade, Valores, Cultura e Confiança 3.1 Emoções 3.2 Racionalidade 3.3 Valores 3.4 Cultura 3.5 Confiança Síntese Referências Bibliográficas Ética nas Negociações Objetivos Introdução 1. A Necessidade da Ética nas Negociações 1.1 A Ética e seu Conceito 1.2 A Ética no Contexto Empresarial 1.3 A Ética e suas Características no Domínio da Ação Humana 2. Visões sobre a Conduta Ética nas Negociações 3. Código de Ética Corporativo Síntese Referências Bibliográficas Estratégias de Negociação Objetivo Introdução 1. Estratégias De Negociação 1.1 A Estratégia e o Relacionamento 1.2 A Estratégia, Resultados e Relacionamento Pessoal 1.3 A Matriz estratégica 2. Estratégias de Barganha Distributivas e Integrativas 2.1 Estratégias de Barganha Distributivas 2.2 Estratégia de Barganha Integrativa 3. Estratégia de Negociação em Vendas 3.1 A Sedução 3.2 Vendendo Benefícios e Vantagens 3.3 A Sondagem 3.4 Entendendo a Necessidade por trás da Necessidade Síntese Referências Bibliográficas Gerenciamento de Conflitos Objetivo Introdução 1. Conceituando o Conflito 1.1 O Gerenciamento de Conflitos 1.2. Visões do Conflito 2. Tipos de Conflitos 3. Técnicas para Gestão de Conflitos Síntese Referências Bibliográficas Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais Objetivos Introdução 1. Relações Trabalhistas e Negociações Sindicais 1.1 Principais Tipos de Políticas nas Relações de Trabalhistas com o Sindicato 1.2 Negociação e Relações Trabalhistas 2. Meios de Ação Sindical e Patronal 2.1 Meios de Ação Sindical 2.2 Meios de Ação Patronal 3. Sistemas Sindicais 4. Mecanismos de Negociação Sindical 4.1 Convenção Coletiva 4.2 Negociação Coletiva Síntese Referências Bibliográficas
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