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Material completo - RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS

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Relações trabalhistas e sindicais
Aula 1: Sindicalismo
Apresentação
O sindicalismo surgiu a partir da manifestação dos trabalhadores na luta por melhores condições de vida e trabalho,
tomando maior proporção durante a revolução industrial.
A classe operária se tornou mais forte com a chegada da industrialização, e, no Brasil, a presença maciça de imigrantes na
força de trabalho in�uenciou os movimentos grevistas.
Com a proteção do Estado, o sindicalismo no país movimentou questões políticas e sociais, prosperando com a criação
da Consolidação das Leis do Trabalho na década de 1940, e a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Objetivos
Analisar o sindicalismo a partir da revolução industrial, e a luta da classe operária.
Descrever como se formou o sindicalismo no Brasil e o seu desenvolvimento.
 Revolução Industrial
Para entendermos o sindicalismo e como ele surgiu, vamos voltar a meados do século XVIII, na Inglaterra, onde se desenvolveu
a revolução industrial, que trouxe a expansão da sociedade capitalista. Naquela época, os trabalhos eram braçais na produção
artesanal e manufatureira. Na artesanal, o mestre artesão era o dono da produção e do capital; na manufatureira, que tem base
econômica mercantil, o burguês, preocupado em acumular bens de capital, dependia dos trabalhadores, que detinham a força
de trabalho em troca de salário.
 Shutterstock | Por Radoslaw Maciejewski
Em 1750, teve início a Primeira Revolução Industrial, quando os trabalhadores começaram a controlar máquinas que
pertenciam aos donos dos meios de produção. Da Inglaterra, o movimento logo se espalhou por outros países, como França,
Bélgica, Itália, Alemanha, Rússia, Japão e Estados Unidos.
Surgiu, então, a máquina a vapor, que passou a ser utilizada em diversas indústrias como, por exemplo, a de tecido. No entanto,
o avanço maior foi nos transportes de passageiros e carga com os navios e as locomotivas.
 Atividade
1) Antes da Primeira Revolução Industrial, o trabalho era desenvolvido pelos trabalhadores em que tipo de produção?
a) Siderúrgica e metalúrgica
b) Tecnológica e Mercantil
c) Artesanal e manufatureira
 A luta da classe operária e o sindicalismo
Quando falamos em classe operária nos referimos aos trabalhadores, que, apesar dos avanços na indústria, da maior produção
e de mais lucros, ainda trabalhavam longas jornadas de trabalho diária, sem descanso e em condições precárias e degradantes,
tanto homens quanto mulheres e crianças. Mas, foi a partir desses avanços que surgiram os primeiros movimentos da classe
operária.
Um desses movimentos defendia os interesses da classe operária explorada pelos donos do poder na época, e lutavam pela
melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
A Europa vivia um grande momento com a Revolução Industrial e era preciso treinar a classe operária para operar as máquinas
com e�ciência, para que alcançassem maior produtividade e, por consequência, tivessem menor custo com a redução do
número de trabalhadores.
 Shutterstock Por Everett Historical
No mesmo momento em que crescia o capitalismo , avançava
também o sindicalismo, pois os trabalhadores começaram a se
organizar.
 A evolução do sindicalismo
 Clique no botão acima.
A evolução do sindicalismo
Com o desenvolvimento industrial, que teve início no �nal do século XVIII e começo do século XIX, houve também a
evolução considerável do sindicalismo, sendo a Inglaterra o berço desses acontecimentos históricos. Com isso, o
sindicalismo se enraizou por outros segmentos da economia, tornando mais poderoso o seu poder de
representatividade.
Essa evolução teve início com o movimento sindical reformista que se opunha ao proletariado, classe social mais
baixa que se formou dentro das sociedades industrializadas, com simples pretensão de melhora da situação dos
trabalhadores dentro do sistema capitalista.
A partir da livre associação dos operários, permitida pelo parlamento inglês, surgiram as Trade-unions, que
antecederam os sindicatos e eram uniões de trabalhadores, consideradas reformistas. Em 1824, passou-se a
�xar salários para as categorias e, em função do lucro, aumentos que variavam conforme a produtividade
industrial.
Em 1886, nos Estados Unidos, o sindicalismo sofreu um duro golpe, com mais de cinco mil greves no período, o que
resultou em quatro operários condenados à morte e outros à prisão perpétua por falsa acusação de um atentado. Isso
ocorreu em 1º de maio, quando se originou o Dia do Trabalho, comemorado até hoje pela classe trabalhadora.
O sindicalismo continuou avançando e se tornou revolucionário em suas lutas, mesmo com o capitalismo cada vez
mais violento na exploração da classe operária, principalmente, em países como França e Itália.
Surgiu, então, o sindicalismo anarquista a partir do sindicalismo revolucionário, que negavam a luta política e
defendiam a exclusividade dos sindicatos no processo de emancipação da sociedade, baseando-se na autogestão e
negação de qualquer forma de administração estatal.
Em 1891, no papado de Leão XIII, surgiu o sindicalismo cristão que atribuiu ao capitalismo a necessidade de
desenvolver a função social com pretensão de tornar o sistema mais justo e igualitário.
Já o sindicalismo comunista lutou pelo �m do sistema capitalista, �cando evidente a preocupação com a formação
ideológica dos trabalhadores, promovendo a educação política para construção de uma sociedade socialista, com
forte nível de consciência revolucionária. Ganhou força a partir de 1917, com a revolução russa.
Na Itália, em 1927, o sindicalismo corporativista apareceu como tendência para colaboração e conciliação entre o
trabalho e o capital, mas com rejeição à existência de lutas de classes, o que ocasionou a exploração da classe
operária.
 O sindicalismo no Brasil
No Brasil, o movimento operário ocorreu entre o �nal do século XIX e início do século XX. A formação da classe trabalhadora
teve uma forte presença de imigrantes europeus, como italianos, espanhóis e portugueses, com in�uência dos princípios
anarquistas e comunistas.
1900 a 1910
Durante o período de 1900 a 1910, o Brasil já
contabilizava um contingente de mais de cem
mil trabalhadores, com grande presença nos
estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Nessas capitais, havia reivindicações por
melhores salários, bem como pela redução da
jornada de trabalho. Continue lendo...
1906
Em 1906, foi realizado o 1º Congresso Operário
Brasileiro, no Rio de Janeiro. Esse mesmo
congresso, com a in�uência dos anarquistas,
aprovou a formação de uma Confederação
Operária Brasileira, só fundada em 1908.
1917
O ano de 1917 foi marcado por muita tensão
com diversos trabalhadores dos ramos
alimentício, grá�co, têxtil e ferroviário, que
organizaram uma greve bem mais ampla face à
intransigência e a morosidade do governo.
Continue lendo...
 Atividade
2) A formação da classe trabalhadora no Brasil teve uma forte presença de trabalhadores imigrantes, mas sem nenhuma
in�uência política. A a�rmativa é falsa ou verdadeira?
 A era Vargas e o sindicalismo



http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA251/aula1.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA251/aula1.html
A chamada era Vargas ocorreu com a chegada do
presidente Getúlio Vargas ao poder, em 1930 até 1945.
Houve aproximação com as classes trabalhadoras que
agitavam o país com os seus movimentos reivindicatórios, o
que fez com que a Constituição de 1934 contemplasse a
jornada de trabalho de oito horas diárias, as férias
remuneradas, o descanso semanal remunerado obrigatório,
a licença para gestantes e a proibição do trabalho para
menores de 14 anos. Na época, foi considerado um grande
avanço nas conquistas dos trabalhadores.
Essa revolução veio modernizar e consolidar um Estado
forte e muito próximo da classe trabalhadora e tinha como
objetivo atuar em todas as relações fundamentais de uma
sociedade. Mas, com essas conquistas, a estrutura sindical
se atrelava ao Estado e o movimento sindical se estabilizou.
A partir daí nasceu o populismo...
 Presidente GetúlioVargas | Wikipédia
 O populismo no Brasil
 Clique no botão acima.
O populismo no Brasil
O Brasil passou a ser um país industrial com o fortalecimento da classe operária, tratava-se o con�ito capital e trabalho
como questão política. Foi criado o Ministério do Trabalho, a Justiça do Trabalho e a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), e também instituído o imposto sindical para custear os sindicatos.
Entretanto, não podemos dizer que houve uma parceria entre Vargas e os trabalhadores, mas, sim, uma jogada
estratégica para que o governo não sofresse com paralisações que pudessem comprometer sua atuação política, mas
sim, que se aproveitasse da situação para ganhar cada vez mais popularidade.
O oferecimento de muitos direitos foi seguido de uma contrapartida que custou a autonomia organizacional e
ideológica dos trabalhadores brasileiros naquela época. Estava instalado então o emprego do corporativismo, que
impediria o con�ito de interesses entre os trabalhadores e os donos de indústria.
Getúlio Vargas assumiu para si a responsabilidade de conduzir o interesse de grupos sociais, sendo que a maioria de
trabalhadores teriam suas atividades políticas e sindicais controladas por leis governamentais. A garantia desse
controle era a de que os representantes do empresariado se colocavam dispostos a arcar com vários custos que a
legislação trabalhista produziria ao longo do tempo.
Em março de 1931, a Lei de Sindicalização impôs que os sindicatos só entrariam em funcionamento a partir da
aprovação o�cial e, para agradar a classe trabalhadora, foi criada a lei 2/3, que obrigava as empresas a terem em seus
quadros 2/3 de brasileiros, afastando a participação de vários trabalhadores imigrantes, que espalhavam os ideais
socialistas e anarquistas nas instituições, o que era um sinal do governo para mais empregos para os trabalhadores
brasileiros. Ficava evidente o interesse de controle dos trabalhadores pelo Estado.
Com os trabalhadores muito próximos da atividade estatal, a política passou a in�uenciar vários sindicatos em que a
disciplina e a cooperação davam lugar a lutas e debates de ideias. Assim, o regime de Vargas passou a perseguir e
prender líderes trabalhistas ligados a qualquer atividade política de esquerda.
As lideranças foram substituídas por outros líderes que passaram a divulgar, nos sindicatos, a propaganda o�cial
�cando ao lado do governo por meio do controle exercido sobre os recursos �nanceiros oriundos do imposto sindical.
A partir daí, vários líderes sindicais passaram a elogiar os feitos de Vargas, e trabalhadores desistiram de defender
seus interesses para enaltecer a �gura do presidente protetor dos trabalhadores, e dispostos a atender suas
demandas. O corporativismo passou a ser palavra de ordem nas relações de trabalho daquela época.
 O sindicalismo brasileiro do pós guerra
Logo após a Segunda Guerra Mundial, o movimento operário voltou a crescer e passou a contar com uma atuação muito forte
do Partido Comunista Brasileiro (PCB), na legalidade já em 1945. Além de ter grande presença nos sindicatos, o partido
também in�uenciou os demais setores progressistas da sociedade.
1947
Em 1947, o governo do presidente Dutra tornou o partido ilegal e, com isso, o PCB clamou para que os militantes
abandonassem os sindicatos o�ciais e organizassem centros operários fora da estrutura do Ministério do Trabalho. Esse
vai e volta de legalidade e ilegalidade perdurou até 1952 e agitou a massa operária.
O pacto pela unicidade sindical foi criado e se estendeu a vários sindicatos. Em 1953, houve uma fortíssima repressão
policial nas greves que surgiram no período.
1960
A ligação forte entre o partido comunista e a classe operária perdurou na política até a década de 1960, tornando comuns
os regimes populistas.
A partir da década de 1960, o sindicalismo brasileiro, bem forti�cado, começou a se aliar com os setores progressistas da
sociedade brasileira, atuando consideravelmente nos rumos da política nacional.
1964
Em 1964, ocorreu o golpe militar, os sindicatos foram invadidos e seus principais líderes presos ou levados à
clandestinidade. O governo militar fazia o discurso de que não tinha interesse em alterar os direitos trabalhistas já
conquistados, mas lançou medidas para o �m da estabilidade, com a criação do FGTS.
1977
A partir de 1977, mesmo com o controle dos sindicatos, oposições sindicais começaram a mobilizar a classe operária na
região do ABC paulista, com a intenção de afastar a interferência da classe patronal e do Estado. Mas, não conseguiram
êxito em suas propostas, pois foram derrotados pelo grupo que apoiava a manutenção da presença do Estado nos
sindicatos, a força política falou mais alto.
1980
A partir de 1980, um novo Brasil começou a surgir com o movimento das Diretas Já, na luta pela liberdade de expressão e
pelas políticas sociais, com forte presença dos sindicatos, culminando em 1985, com o �m do regime militar.
1988
Em 1988, nasceu a nova Constituição Federal, com capítulos exclusivos abordando os direitos sociais, os direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais e que visavam à melhoria de sua condição social e à livre associação pro�ssional ou
sindical.
2017
Em 2017, surgiu a reforma trabalhista que atingiu consideravelmente os sindicatos e tornou não obrigatória a contribuição
sindical. É o que estudaremos nas próximas aulas.
 Atividade
3) Marque a opção correta.
a) Antes da revolução industrial, o trabalho era utilizado com máquinas movidas a energia elétrica.
b) A máquina a vapor somente deu avanço ao transporte marítimo.
c) O sindicalismo comunista lutou pelo fim do capitalismo.
d) O sindicalismo cristão não tinha a pretensão de tornar o sistema mais justo e igualitário.
e) O capitalismo se expandiu com o avanço da revolução industrial.
4) A partir de 1977, mesmo com o controle dos sindicatos, oposições sindicais começaram a mobilizar a classe operária na
região do ABC paulista, com a intenção de afastar a interferência da classe patronal e do Estado. Houve êxito nesse
movimento?
a) Sim, porque o Estado brasileiro passou a ser refém dos movimentos sindicais da época.
b) Não, porque somente a classe patronal é que controlava o movimento sindical.
c) Sim, porque o regime militar cedeu as exigências feitas pelo movimento sindical.
d) Não, porque as propostas foram derrotadas pelo grupo de apoio a presença do Estado.
e) Sim, porque o regime militar atendeu ao pedido do sindicato patronal.
Notas
1900 a 1910 (continue lendo)
As greves começaram a surgir e trabalhadores de uma pedreira conseguiram redução na jornada de trabalho de 12 para 10
horas. Mais greves foram se sucedendo e a classe operária passou a ter representatividade, tendo sido criados dezenas de
sindicatos, mesmo com forte repressão dos atos grevistas.
1917 (continue lendo)
O confronto entre policiais e trabalhadores foi inevitável, culminando com a morte de um trabalhador que participava das
manifestações.
No mesmo período, ocorreu a revolução russa, que teve considerável impacto no Movimento Operário Brasileiro, o que
contribuiu para impulsionar a greve geral de 1917.
As greves continuaram, mas a repressão foi cada vez mais intensa, bem como a perseguição a seus líderes, mesmo após o
encerramento das greves com boa parte das reivindicações atendidas.
Referências
ANTUNES, Ricardo C. O Que é Sindicalismo. Coleção Primeiros Passos, São Paulo: Brasiliense, 1985.
DIAS, Antônio Carlos. A história das organizações sindicais. Disponível em: http://www.arcos.org.br/artigos/a-historia-das-
organizaçoes-sindicais/Acesso em 31 mar. 2019.
FRANÇA, Teones. Novo Sindicalismo no Brasil. Belo Horizonte: Cortez, 2013.
HABIB ADVOCACIA. Nova CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) — atualizada com a Lei 13.467/2017. Disponível em:
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https://www.habibadvocacia.com.br/download?
pasta=conteudo&idsite=1&idconteudo=40&nome_servidor=20181016165948_5bc643348ff8d.jpg&nome_arquivo=111.jpg
Acesso em: 11 jul. 2019.
MATTOS, Marcelo B.O Sindicalismo Brasileiro após 1930. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
NASSYRIOS, Gabriela. Sindicalismo no Brasil. Disponível em:
https://gabinassyrios.jusbrasil.com.br/artigos/339332671/sindicalismo-no-brasil. Acesso em 10 abr. 2019.
PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Livia. Vade Mecum – Constituição da
República Federativa do Brasil e Consolidação das Leis do Trabalho. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
SINTETUFU. História do sindicalismo. Disponível em: http://www.sintetufu.org/historia-do-sindicalismo/. Acesso em 11 abr.
2019.
SOUZA, Isabela. O que são e como funcionam os sindicatos no Brasil? Disponível em:
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/o-que-sao-e-como-funcionam-os-sindicatos-no-brasil/ Acesso
em 10 abr. 2019.
SOUZA, Isabela. Como surgiram os sindicatos? Disponível em: https://www.politize.com.br/sindicalismo-no-brasil-e-no-mundo/
Acesso em 12 abr. 2019.
Próxima aula
Estrutura sindical no Brasil;
Formação dos sindicatos;
Prerrogativas e deveres dos sindicatos.
Explore mais
Assista ao vídeo A origem do sindicalismo no Brasil.
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Relações trabalhistas e sindicais
Aula 2: Estrutura Sindical
Apresentação
Nesta aula, abordaremos como se apresentam os sindicatos a partir de sua formação e o devido registro no Ministério do
Trabalho. Analisaremos os empregados representados pelo sindicato laboral e as empresas pelo sindicato patronal, com
seus deveres, prerrogativas e objetivos.
Conheceremos o empregado enquadrado automaticamente em determinada categoria de trabalhadores independente de
sua vontade. A faculdade de se tornar sócio ou não do sindicato a qual pertence a categoria, e seus direitos caso se torne
sócio.
Examinaremos as fontes de receitas dos sindicatos e as mudanças ocorridas com a reforma trabalhista de novembro de
2017, bem como a forma de se pagar as contribuições ao sindicato. Por �m, veremos as associações sindicais de grau
superior e o papel das centrais sindicais.
Objetivos
Reconhecer a formação de um sindicato seus objetivos, direitos e deveres;
Apontar as fontes de receitas dos sindicatos e as associações sindicais de grau superior.
Organização sindical
Como estudamos na aula anterior, o sindicalismo evoluiu consideravelmente durante a revolução industrial, o que levou ao
desenvolvimento das relações sociais. No Brasil, não foi diferente pois, aqui, o sindicalismo também despontava com suas
�nalidades assistencialistas e reivindicatórias.
Ao mesmo tempo em que a classe operária se organizava por meio de associações de trabalhadores, a classe empresária não
�cou para trás e, com a mesma dinâmica do sindicato laboral, que representava a classe operária, passou também a ter sua
representatividade, com o surgimento do sindicato patronal no intuito de manter o equilíbrio nas relações entre a classe
trabalhadora e o Estado.
AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online
O sindicato patronal passou a fornecer aos seus associados, as empresas, a assistência sindical, a consultoria técnica e legal, e
a representação de seus interesses nos contatos com órgãos públicos e o Poder Judiciário. Tornou-se um parceiro para
geração de emprego e manutenção da renda, bem como para negociações com os empregados e o Estado.
Tanto o sindicato laboral quanto o sindicato patronal são associações
de pessoas físicas ou jurídicas que exercem atividades econômicas ou
pro�ssionais comuns, visando à defesa dos interesses coletivos e
individuais de seus membros ou da categoria.
O artigo 511 da CLT, que versa sobre associação em sindicato, destaca que é lícita a associação para �ns de estudo, defesa e
coordenação dos interesses econômicos e pro�ssionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou
trabalhadores autônomos, ou pro�ssionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou pro�ssão ou atividades
ou pro�ssões similares ou conexas.
Formação de um sindicato
Para que um sindicato seja formado e reconhecido é necessário cumprir algumas exigências:
a) Reunião de 1/3 (um terço), no mínimo, de empresas legalmente constituídas, sob a forma individual ou de sociedade, se se
tratar de associação de empregadores; ou de 1/3 (um terço) dos que integrem a mesma pro�ssão liberal, se se tratar de
associação de empregados ou de trabalhadores ou agentes autônomos ou de pro�ssão liberal;
b) Duração de 3 (três) anos para o mandato da diretoria;
c) Exercício do cargo de Presidente e dos demais cargos de administração e representação por brasileiros.
Atenção
O Ministério do Trabalho poderá, excepcionalmente, reconhecer como sindicato a associação cujo número de associados seja
inferior ao terço a que se refere acima a letra a. Não será reconhecido mais de um sindicato representativo da mesma categoria
econômica ou pro�ssional, ou pro�ssão liberal, em uma dada base territorial. Isso porque, no Brasil, prevalece a unicidade sindical
que impõe um sindicato por categoria, empresa ou delimitação territorial. Essa delimitação territorial corresponde a um município.
 Delimitação territorial 
 Clique no botão acima.
Delimitação territorial
Os sindicatos poderão ser distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. Excepcionalmente, e
atendendo às peculiaridades de determinadas categorias ou pro�ssões, o Ministério do Trabalho poderá autorizar o
reconhecimento de sindicatos nacionais.
O Ministério do Trabalho outorgará e delimitará a base territorial do sindicato.
Dentro da base territorial que lhe for determinada, é facultado ao sindicato instituir delegacias ou seções para melhor
proteção dos associados e da categoria econômica ou pro�ssional ou pro�ssão liberal representada.
Conforme a legislação, não pode haver dois sindicatos representando um mesmo grupo de trabalhadores dentro da
mesma base territorial, ou seja, só será possível um sindicato por município que represente uma determinada
categoria. É o que chamamos de unicidade sindical.
O registro sindical deverá ser feito no Ministério do Trabalho para publicação no diário o�cial que formalizará a
abertura da entidade.
No caso do sindicato patronal, será preciso comprovar os membros que representem a mesma atividade econômica
como o respectivo Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).
Uma assembleia geral deverá ser realizada com presença signi�cativa das empresas para aprovação do estatuto
social. Será feito um requerimento juntando o estatuto social da entidade para entrega ao Ministério do Trabalho para
que se conceda o registro sindical patronal.
 Atividade
1) Diga se a a�rmativa é falsa ou verdadeira e explique.
Para que se forme um sindicato será necessário que o mandato da diretoria seja de 3 anos.
Prerrogativas e deveres dos sindicatos
São prerrogativas dos sindicatos:
AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online
1 Representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais da respectiva categoria oupro�ssão liberal ou os interesses individuais dos associados relativos à atividade ou pro�ssão exercida;
2 Celebrar convenções coletivas de trabalho;
3 Eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou pro�ssão liberal;
4 Colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos problemas que se relacionamcom a respectiva categoria ou pro�ssão liberal.
5 Impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou pro�ssionais ou das pro�ssõesliberais representadas.
Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de
fundar e manter agências de colocação.
São deveres dos sindicatos:
1 Colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social;
2 Manter serviços de assistência jurídica para os associados;
3
Sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de pessoal, em convênio com
entidadesassistenciais ou por conta própria, um assistente social com as atribuições especí�cas de promover
cooperação operacional na empresa e a integração pro�ssional na classe.
Os sindicatos de empregados terão, outrossim, o dever de:
1 Promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito;
2 Fundar e manter escolas de alfabetização e pré-vocacionais.
 Objetivos dos sindicatos 
 Clique no botão acima.
Objetivos dos sindicatos
O objetivo principal é a defesa dos interesses econômicos, pro�ssionais, sociais e políticos dos seus associados,
sempre pautada por suas prerrogativas e deveres. Dedicam-se aos estudos da área de atuação promovendo palestras
e cursos para seus associados.
São responsáveis, também, pela organização de greves e manifestações voltadas para melhoria salarial, das
condições de trabalho e qualidade de vida da categoria a qual representam.
O sindicato dos empregados e dos empregadores formalizam em data base de�nida na convenção coletiva de
trabalho da categoria. Há também os acordos coletivos de trabalho, que são feitos especi�camente entre empresas e
sindicatos.
Têm como atribuição, também, a prestação de serviços aos seus associados com atividades assistenciais ligadas à
saúde, educação, ao lazer e aos serviços jurídicos, à criação de cooperativas e colocação no mercado.
Filiação ao sindicato
Todas as empresas ou indivíduos que exerçam respectivamente atividade ou pro�ssão, desde que satisfaçam as
exigências legais, têm o direito de serem admitidos no sindicato da respectiva categoria, salvo no caso de falta de
idoneidade, devidamente comprovada, com recurso para o Ministério do Trabalho.
A pessoa interessada em sindicalizar-se deve procurar o sindicato de sua categoria pro�ssional e, de posse de sua
carteira de trabalho com o devido registro de emprego, solicitar sua inclusão no quadro de associados do respectivo
sindicato.
Será cobrada uma importância mensal para que o associado possa manter a instituição, bem como usufruir dos
serviços oferecidos pelo sindicato, como, por exemplo, assistência jurídica e assistência médica.
Perderá os direitos de associado o sindicalizado que, por qualquer motivo, deixar o exercício da atividade ou de
pro�ssão.
Fica bem claro que é um direito do empregado, se assim o quiser, o ingresso no sindicato, não uma obrigação.
Distinção entre sócio e um integrante de uma categoria pro�ssional
A diferença entre o sócio e o não sócio do sindicato é que, ao se tornar sócio do sindicato, o associado passa a gozar
do direito que o simples membro da categoria não tem, que é o exercício do direito de voto nas assembleias sindicais
do sindicato, votando e podendo ser votado, podendo ocupar cargos de direção sindical, além de poder gozar dos
benefícios que aquele sindicato possa oferecer-lhe, tais como, direito a voto, convênios, cursos, atendimento jurídico,
benefícios sociais e outros.
O pertencente à classe trabalhadora, o não sócio ou integrante de uma determinada categoria, é todo aquele
empregado que, por força da atividade econômica da empresa, acaba por constituir uma determinada categoria
pro�ssional. Esse enquadramento é automático, natural e espontâneo, independentemente do ato de vontade ou
escolha do empregado.
AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online
Principais fontes de receitas dos sindicatos
Clique nos botões para ver as informações.
Antes da reforma trabalhista implementada em novembro de 2017, tanto o sindicato laboral (empregados) quanto o
patronal (empregadores) tinham na contribuição sindical a sua maior fonte de arrecadação.
A contribuição sindical era descontada dos empregados no mês de março e recolhida pelas empresas no mês de abril.
No caso dos empregadores, a importância paga como contribuição sindical era referente ao valor proporcional ao capital
social da empresa, registrado nas respectivas juntas comerciais ou órgãos equivalentes, mediante aplicação de alíquotas,
conforme tabela progressiva constante da CLT, sendo o recolhimento feito no mês de janeiro de cada ano.
Com a reforma trabalhista a contribuição sindical laboral ou patronal deixaram de ser obrigatórias e tornaram-se
facultativas.
No caso dos empregados, o desconto só poderá ser feito desde que autorizado prévia e expressamente pelo empregado.
Da mesma forma, os empregadores não estão mais obrigados a pagar a contribuição sindical, passando a ser também
facultativa.
Contribuição sindical 
Conforme prevista na Constituição Federal, a contribuição confederativa será �xada em assembleia geral do sindicato da
categoria pro�ssional e descontada do empregado para custeio do sistema confederativo da respectiva representação
sindical.
Fica claro que essa contribuição é determinada pela assembleia geral do sindicato, portanto não deriva de lei e não é um
tributo. Sendo assim, não pode ser contribuição de todos os trabalhadores, apenas dos associados e não se pode
descontar do trabalhador que não se associou ao sindicato.
Mesmo sendo desconto do associado, é direito do próprio trabalhador se manifestar se é da sua vontade, ou não, ser
descontado.
Contribuição confederativa 
Essa contribuição está capitulada na CLT, que destaca que é prerrogativa do sindicato determinar contribuições a todos
aqueles que participam das categorias econômicas ou pro�ssionais ou das pro�ssões liberais representadas. Ela pode
ser estabelecida por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho, com o intuito de sanear gastos do sindicato da
categoria representativa.
Contribuição assistencial 
É a fonte de receita garantida mensalmente pelos sindicatos e vem de seus associados. O valor mensal é estipulado pelo
sindicato e o empregado deve autorizar o desconto.
Tal mensalidade é revertida em serviços oferecidos aos associados pelos sindicatos, como assistência jurídica, médica,
cooperativa, creche, biblioteca, colônia de férias, entre outras.
Mensalidade sindical 
Como �ca o desconto no pagamento do trabalhador
A partir da medida provisória 873/2019 publicada em 1 de março de 2019, �cou determinado que nenhum desconto para os
sindicatos representantes das categorias de trabalhadores poderá ser efetuado em folha de pagamento, mesmo
expressamente autorizado pelos empregados.
Sendo assim, mesmo sendo o empregado sindicalizado ou não, as empresas não poderão mais fazer o desconto em folha de
pagamento da contribuição sindical, contribuição confederativa, contribuição assistencial e mensalidade sindical.
Os sindicatos deverão fornecer boleto bancário para aqueles empregados que se manifestarem favoráveis ao pagamento das
contribuições mencionadas.
As empresas precisam �car atentas pois não devem mais fazer descontos mesmo que constem de acordos ou convenção
coletiva. Caso os faça terão que arcar com o ônus da devolução dos valores a ainda serão alvos de denúncias à Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho (SEPT).
Atenção
Como se trata de uma medida provisória é preciso que as empresas �quem atentas, porque sua validade é de 60 dias, prorrogada
por mais 60 dias em um total de 120 dias para que venha se tornar Lei. Caso não seja aprovada, ela perderá seu efeito e as
empresas serão obrigadas a fazer o desconto em folha de pagamento, se assim desejarem os trabalhadores que prévia e
expressamente decidiram pelo desconto.
Associações sindicais de grau superior
São constituídas pelas federações e confederações.
Federação

Confederação
É facultado aos sindicatos quando em
número não inferior a cinco, desde que
representem a maioria absoluta de um grupo
de atividades ou pro�ssões idênticas,
similares ou conexas, organizarem-se em
federação.
Continue lendo...

As confederações são organizadas em
âmbito nacional, com sede em Brasília. Elas
são organizadas a partir de no mínimo três
federações. No geral, as confederações
coordenam as atividades de entidades de
grau inferior, que são os sindicatos.
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 Centrais sindicais 
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Centrais sindicais
As centrais sindicais têm naturezade associação de sindicatos, são de pessoa jurídica de direito privado,
especi�camente, de associação civil.
As centrais sindicais são consideradas as maiores unidades representativas na organização sindical. Constituem-se
acima das confederações, federações e sindicatos e são entidades de representação geral dos trabalhadores em
âmbito nacional, com a atribuição de coordenar a representação dos trabalhadores, que não substitui a dos sindicatos.
As centrais sindicais representam outras entidades sindicais e não somente trabalhadores isolados, que a ela se �liam
espontaneamente. Possuem estrutura diferente das confederações, federações e sindicatos, porque não reúnem
apenas trabalhadores de um mesmo setor, e, sim, de categorias.
A organização sindical brasileira tem sua estrutura como pirâmide, e possui quatro segmentos. Na base, estão os
sindicatos, que são representantes diretos dos trabalhadores.
As centrais sindicais, que também são denominadas uniões ou confederações de trabalhadores, são consideradas
entidades de cúpula, pois se situam no topo da estrutura sindical, acima dos sindicatos, das federações e
confederações de trabalhadores.
As centrais mais representativas são a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral de
Trabalhadores (UGT).
 Atividade
2) As Federações dentro da estrutura sindical são consideradas associações de grau superior. Essas Federações são
constituídas por:
a) Municípios
b) Estados
c) Distritos
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA251/aula2.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA251/aula2.html
3) Júlio, trabalhador do comércio, está interessado em sindicalizar-se, mesmo desempregado, então, procurou o respectivo
sindicato, mas não teve sua solicitação atendida. Por que Júlio não conseguiu se associar ao sindicato?
a) Esqueceu de apresentar ao sindicato o comprovante do seguro desemprego.
b) Apesar de sua experiência, não tinha mais o registro de emprego na carteira.
c) Mesmo sendo do comércio, necessitava de autorização da empresa para sindicalizar-se.
d) Não levou para o sindicato a sua carteira de trabalho com o registro da demissão.
Por tratar-se de primeiro emprego, seu pedido ao sindicato não foi aceito.
4) A reforma trabalhista, introduzida em novembro de 2017, atingiu em cheio a maior fonte de arrecadação dos sindicatos. O
que isso representou para os trabalhadores?
a) O desejo de exigir mais dos sindicatos.
b) A faculdade de se associar a qualquer sindicato.
c) A possibilidade de se candidatar o cargo de dirigente sindical
d) O fim da obrigatoriedade do pagamento da contribuição sindical.
e) A possibilidade de sindicalizar-se, sem necessidade de pagar a mensalidade.
Notas
Se já existir federação no grupo de atividades ou pro�ssões em que deva ser constituída a nova entidade, sua criação não
poderá reduzir a menos de cinco, o número de sindicatos que àquela devam continuar �liados.
As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho autorizar a constituição de federações
interestaduais ou nacionais.
É permitido às federações celebrar, em casos especiais, convenções coletivas, acordos coletivos e instaurar dissídios coletivos,
quando as categorias não forem organizadas em sindicato.
Entretanto, também estão autorizadas, em casos especiais, a celebrar convenções coletivas, acordos coletivos e a instaurar
dissídios coletivos, quando as categorias não forem organizadas em sindicatos nem em federações.
As confederações mais conhecidas e formadas por federações de sindicatos de empresas são: Confederação Nacional da
Indústria, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional de Transportes Terrestres e a Confederação Nacional
das Empresas de Crédito.
As confederações mais conhecidas e formadas por federações de sindicatos dos trabalhadores são: Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Indústria, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transportes Terrestres e a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito.
Referências
ANTUNES, Ricardo C. O Que é Sindicalismo. Coleção Primeiros Passos, São Paulo: Brasiliense, 1985.
BRASIL. Lei 13.467/17 - Reforma trabalhista. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2017/lei/l13467.htm Acesso em 24 abr. 2019.
BRASIL. Medida Provisória 873/19 - Contribuições Sindicais. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ato20192022/2019/Mpv/mpv873.htm Acesso em 24 abr. 2019.
DIAS, Antônio Carlos. A história das organizações sindicais. Disponível em: http://www.arcos.org.br/artigos/a-historia-das-
organizaçoes-sindicais/Acesso em 31 mar 2019
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organizaçoes sindicais/Acesso em 31 mar. 2019.
FRANÇA, Teones. Novo Sindicalismo no Brasil. Belo Horizonte: Cortez, 2013.
HABIB ADVOCACIA. Nova CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) — atualizada com a Lei 13.467/2017. Disponível em:
https://www.habibadvocacia.com.br/download?
pasta=conteudo&idsite=1&idconteudo=40&nome_servidor=20181016165948_5bc643348ff8d.jpg&nome_arquivo=111.jpg
Acesso em: 11 jul. 2019.
MATTOS, Marcelo B. O Sindicalismo Brasileiro após 1930. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
NASSYRIOS, Gabriela. Sindicalismo no Brasil. Disponível em:
https://gabinassyrios.jusbrasil.com.br/artigos/339332671/sindicalismo-no-brasil. Acesso em 10 abr. 2019.
PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Livia. Vade Mecum – Constituição da
República Federativa do Brasil e Consolidação das Leis do Trabalho. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
SINTETUFU. História do sindicalismo. Disponível em: http://www.sintetufu.org/historia-do-sindicalismo/. Acesso em 11 abr.
2019.
SOUZA, Isabela. O que são e como funcionam os sindicatos no Brasil? Disponível em:
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/o-que-sao-e-como-funcionam-os-sindicatos-no-brasil/ Acesso
em 10 abr. 2019.
SOUZA, Isabela. Como surgiram os sindicatos? Disponível em: https://www.politize.com.br/sindicalismo-no-brasil-e-no-mundo/
Acesso em 12 abr. 2019.
Próxima aula
Evolução das relações de trabalho;
Objetivos da Organização Internacional do Trabalho;
Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho.
Explore mais
Assista ao vídeo Contribuição Sindical na Reforma Trabalhista.
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Relações Trabalhistas e Sindicais
Aula 3: Relações de Trabalho
Apresentação
A evolução do trabalho trouxe para o trabalhador uma melhor condição de vida e, a partir de então, a classe trabalhadora
passou a lutar por melhores condições de trabalho, e com o objetivo de aumentar sua representação e manter a relação
capital trabalho mais equilibrada.
A partir do surgimento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mudanças signi�cativas ocorreram nas relações
de trabalho, culminando com a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho.
A Constituição Federal do Brasil destaca artigos que garantem a representatividade e promovem várias conquistas para os
trabalhadores, inseridas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Nesta aula, apresentaremos a evolução do trabalho e como se desenvolveu a relação do trabalhador com a empresa, o
que denominamos de relação capital-trabalho. Conheceremos a trajetória das relações de trabalho e como essa evolução
contribuiu de forma satisfatória para que o entendimento entre os representantes de empresas e de trabalhadores
possam convergir para o ganho das duas partes.
Objetivos
Analisar a evolução do trabalho e a relação empregador-empregado;
Apontar o direito individual do trabalho e o direito coletivo de trabalho.
 A Evolução do trabalho
A partir da Revolução Industrial, as empresas entenderam a
importância de investir no capital humano, pois, os trabalhadores
estimulados e recompensados trariam mais produtividade para asorganizações.
As civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual, a partir do trabalho, que tem como objetivo fazer,
transformar ou obter algo. Ele gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico.
A partir do século XVIII, o trabalho passou por mudanças em decorrência da revolução industrial. Anteriormente era realizado
fortemente no campo e dentro do âmbito familiar, os pais passavam o ofício agrário para os �lhos, o que identi�cava uma
ligação forte com o que fora construído, garantindo o labor para uma nova geração.
A economia era baseada na troca de serviços e produtos e não em valor estipulado para moeda, e o trabalho estava agregado à
obtenção direta de bens de consumo.
A estrutura social da época não permitia mobilidade para as
pessoas - o camponês nascia e morria camponês, da
mesma forma que um nobre nascia e morria nobre.
As relações de trabalho eram voltadas para o campo, mas,
com a indústria, tudo começou a mudar e o trabalho passou
a ter um novo signi�cado para os indivíduos.
Essa mudança repercutiu nas relações sociais e nas
relações de trabalho. Com o surgimento das cidades, o
homem que dependia da terra para sobreviver, deslocou-se
para os centros urbanos por causa do desenvolvimento
industrial.
 Shutterstock Por Everett Historical
A primeira impressão do trabalho industrial era um amontoado de pessoas em uma linha de montagem diante de uma
atividade repetitiva. Havia uma preocupação generalizada dos trabalhadores, que temiam perder o trabalho para a máquina.
 Atividade
1) No século XVIII, a economia era baseada em valor estipulado por moeda trocada por serviços e produtos. Marque se a
sentença é falsa ou verdadeira e explique.
 Organização dos trabalhadores
A industrialização trouxe o fortalecimento das economias dos países europeus. O desenvolvimento começou a chegar nas
cidades. A indústria cresceu, assim como os bancos e o comércio, e uma nova classe surgiu a partir da organização dos
trabalhadores - a classe operária.
Atenção
As relações turbulentas com a classe operária trouxeram alguns movimentos que tinham objetivos de encontrar soluções para os
problemas enfrentados pelos operários - em destaque, o desemprego originado pela introdução das máquinas na indústria.
A organização dos trabalhadores, por meio de seus movimentos, tentou o auxílio do governo para obter melhores condições de
trabalho, mas não teve sucesso.
Os movimentos também tinham como metas transformações sociais profundas, além das mudanças nas relações capital-
trabalho.
A posição dos trabalhadores cresceu cada vez mais e se consolidou, dando início a outros movimentos com conquistas
signi�cativas para a classe trabalhadora, com a implementação dos sindicatos.
Com a liberdade sindical, a organização dos trabalhadores chegou ao
local de trabalho, e as empresas começaram a dialogar com os
sindicatos, pois entenderam que essa aproximação amenizaria os
con�itos surgidos por alguma insatisfação da classe operária.
 Organização Internacional do Trabalho (OIT)
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Organização Internacional do Trabalho (OIT)
O organismo internacional mudou signi�cativamente as relações de trabalho em vários países. Essa mudança tinha
como base argumentos humanitários e políticos que fundamentaram a formação de justiça social, em face das
condições injustas e deploráveis das condições de vida e de trabalho pelas quais passavam os trabalhadores durante a
Revolução Industrial.
A OIT foi fundada em 1919, como agência das Nações Unidas com estrutura tripartite, da qual participam
representantes de governos, empresas e trabalhadores de diversos países.
Tem por objetivo promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e
produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.
As relações internacionais de trabalho passaram a ser reguladas e protegidas a partir da fundação da Organização
Internacional do Trabalho (OIT). A sua função consiste em canalizar as relações entre o governo, as organizações de
trabalhadores e as dos empregadores, e promover o diálogo entre eles. Durante boa parte do século XX, colaborou na
elaboração de políticas econômicas, sociais e trabalhistas.
Em 1998, a Conferência Internacional do Trabalho aprovou a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no
Trabalho, que estabeleceu quatro princípios fundamentais para todos os membros da OIT:
Liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva;
Eliminação de todas as formas de trabalho forçado;
Abolição efetiva do trabalho infantil;
Eliminação de todas as formas de discriminação no emprego ou na ocupação.
Em 1999, a OIT formalizou o conceito de trabalho decente, em que é considerada a condição fundamental para a
superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o
desenvolvimento sustentável.
Isso foi ao encontro de quatro objetivos estratégicos da organização:
O respeito aos direitos no trabalho;
A promoção do emprego produtivo e de qualidade;
A extensão social;
O fortalecimento do diálogo social.
No Brasil, a OIT mantém uma representação desde 1950, com projetos de cooperação técnica, além de promover
mecanismos e processos de diálogo social.
 Constituição da República Federativa do Brasil
É o conjunto de leis, normas e regras que regem o nosso país, regulando e organizando o funcionamento do Estado. É a lei
máxima que limita poderes e de�ne os direitos e deveres dos cidadãos.
A Constituição foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e
possui cláusulas pétreas, que se referem a conteúdos que
não podem ser abolidos. Ela é conhecida também como
Constituição Cidadã.
O capítulo II da Constituição Federal, artigos 6º ao 11º,
versa sobre os direitos sociais relacionados aos direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, a associação pro�ssional ou
sindical, o direito de greve, a participação dos trabalhadores
e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos e a
representação dos empregados em empresas com mais de
200 funcionários.
 Shuttrstock Por rafapress
Os direitos sociais se aplicam nas relações privadas por meio das relações de trabalho. É fato que se constata um grau de
desequilíbrio relacionado ao pacto laboral, geralmente, na contratação dos trabalhadores.
Por deter o poder econômico, a supremacia é do empregador em relação ao empregado, que é considerado hipossu�ciente.
Nesse caso, a Constituição nos direitos sociais ameniza essa desigualdade, ao chamar atenção quanto aos direitos humanos
fundamentais, respeitando-se o direito dos empregados de se manifestarem tanto individualmente quanto coletivamente.
Atenção
Cabe ao Estado, bem como aos responsáveis políticos, econômicos e culturais a obrigação no cumprimento dos direitos sociais.
É importante frisar que essa obrigação também abrange toda a sociedade, pois deve cuidar pela efetivação dos direitos sociais.
 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
A CLT foi instituída em 1 de maio de 1943, com a sanção do então Presidente da República, Getúlio Vargas, que uni�cou toda a
legislação trabalhista existente no Brasil.
O objetivo principal da CLT é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
O regulamento abrange tanto o trabalho urbano quanto o rural. Com o decorrer do tempo, sua publicação sofreu várias
alterações visando adaptar-se ao avanço nas relações de trabalho.
AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online
A relação de trabalho se refere a todo contrato de atividade em que participe
o trabalhador, nas mais diversas modalidades de serviços. A relação de
emprego, a relação autônoma de trabalho, a relação de trabalho eventual, de
trabalhador avulso e de trabalho temporário devem ser levados em conta.
Nem sempre a relação de trabalho pode ser considerada como relação de emprego, mas toda relação de emprego pode ser
consideradacomo relação de trabalho. Por essa razão, somente a relação de emprego é protegida por normas trabalhistas e
pela Consolidação das Leis do Trabalho, não ocorrendo com as demais relações de trabalho.
Relação de emprego
O trabalhador cumpre ordens de seu
empregador, é remunerado pelos serviços
prestados e cumpre horário de trabalho
determinado pelo empregador. 
Relação de trabalho
autônoma
Não há subordinação nem cumprimento
de horário de trabalho.
Os artigos que constam da CLT versam sobre os seguintes assuntos:
1
Normas Gerais de Tutela do Trabalho;
2
Normas Especiais de Tutela do Trabalho;
3
Contrato Individual do Trabalho;
4
Organização Sindical;
5
Convenções Coletivas de Trabalho;
6
Comissões de Conciliação Prévia;
7
Processo de Multas Administrativas;
8
Justiça de Trabalho;
9
Ministério Público do Trabalho;
10
Processo Judiciário do Trabalho;
11
Disposições Finais e Transitórias
 Atividade
2) A Organização Internacional do Trabalho mudou signi�cativamente as relações de trabalho em vários países, o que
fundamentou a formação de:
a) Justiça social
b) Melhores salários
c) Maior produtividade
 Direito Individual do Trabalho
É o segmento do Direito do Trabalho que estuda o contrato individual do trabalho e as regras legais ou normativas a ele
aplicáveis. Ele estuda a relação individual do trabalho e não as relações coletivas de trabalho, que �cam a cargo do Direito
Coletivo do Trabalho.
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Atenção
O Direito Individual do Trabalho rege as relações entre empregado e empregador e os cargos diretamente tratados de forma
individual, como função, local e horário de trabalho, salário, entre outros.
A norma mais bené�ca garante ao trabalhador diversas fontes de informação sobre a vigência de seu trabalho, como o
contrato, normas internas, acordos coletivos, convenções coletivas, sentenças normativas e usos e costumes. Quando mais de
uma fonte tratar do mesmo assunto, será aplicada a que trate de maneira mais bené�ca o empregado. Da mesma forma, no
caso dúvidas, aplica-se o que mais favorece ao empregado.
 Contrato individual do trabalho
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Contrato individual do trabalho
O Direito Individual do Trabalho protege o contrato individual do trabalho, que é o acordo tácito ou expresso, verbal ou
escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente, que corresponde a uma
relação de emprego, e pode ser objeto de livre estipulação dos interessados em tudo quanto não contravenha as
disposições de proteção do trabalho, as convenções coletivas que lhes sejam aplicáveis, e as decisões de autoridades
competentes. 
Essa relação de trabalho protegida pelo Direito Individual do Trabalho caracteriza-se toda vez que uma pessoa física
prestar serviço não eventual a outra pessoa física ou jurídica, mediante subordinação hierárquica e pagamento de uma
contraprestação denominada salário.
A continuidade da relação de trabalho observa o princípio de longevidade dessa relação. Para isso, existem sanções e
dispositivos que oneram o empregador em caso de demissões sem justa causa, como, por exemplo, o aviso prévio e a
multa de 40% sobre o FGTS.
 Direito Coletivo do Trabalho
O Direito Coletivo do Trabalho, também conhecido como Direito Sindical, regula a relação entre sindicatos de trabalhadores e
sindicatos patronais ou empresas, que cuidam dos direitos coletivos de categorias de trabalho. Aqui, observa-se a equivalência
dos contratantes coletivos, tratando ambos com igual relação de natureza jurídica.
Tem como princípio a liberdade associativa e sindical que
preserva a livre escolha de a�liação ou associação
pro�ssional e a não obrigatoriedade de �liar-se ou manter-se
�liado ao sindicato.
A autonomia sindical resguarda a independência
administrativa dos sindicatos, não cabendo ao Estado
autorizar ou regulamentar o seu funcionamento. Esse
princípio não anula a obrigatoriedade de registro do
sindicato em órgão competente, para que adquira
personalidade jurídica e possa atuar.
 Shutterstock Por Arthimedes
Esse Direito coletivo garante a interveniência sindical na normatização coletiva, que obriga a participação dos sindicatos em
negociações como acordos ou convenções coletivas de trabalho.
 Atividade
3) Na evolução do trabalho, houve um momento no qual o trabalhador passou a procurar os centros urbanos, deixando o
campo. Isso ocorreu tendo em vista:
a) A indústria se instalar no campo.
b) A luta do camponês pela posse da terra.
c) A máquina dominar o trabalho no campo.
d) A indústria se desenvolver nos centros urbanos.
e) A nobreza valorizar o trabalho do camponês.
4) A Conferência Internacional do Trabalho estabeleceu a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho com
quatro princípios fundamentais. Um desses objetivos tinha como princípio:
a) Reconhecer o direito de negociação coletiva sem liberdade sindical.
b) Dar liberdade sindical e reconhecer o direito da negociação individual.
c) Eliminar as formas de trabalho noturno.
d) Abolir o efetivo trabalho infantil.
e) Discriminar o trabalho oriundo de acordo coletivo.
Notas
Referências
ANTUNES, Ricardo C. Os Sentidos do Trabalho. São Paulo: Boitempo, 2000.
BEZERRA, Juliana. Revolução Industrial. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial. Acesso em 23 de
janeiro de 2019.
BRASIL. Lei 13.467/17 - Reforma trabalhista. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2017/lei/l13467.htm Acesso em 31 mar. 2019.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTR, 2010.
HABIB ADVOCACIA. Nova CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) — atualizada com a Lei 13.467/2017. Disponível em:
https://www.habibadvocacia.com.br/download?
pasta=conteudo&idsite=1&idconteudo=40&nome_servidor=20181016165948_5bc643348ff8d.jpg&nome_arquivo=111.jpg
Acesso em: 11 jul. 2019.
ILO. Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento. 86ª Reunião, Genebra, junho de 1998.
Disponível em: https://www.ilo.org/public/english/standards/declaration/declaration_portuguese.pdf. Acesso em 20 jan. 2019.
ILO. OIT no Brasil. Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/conheca-a-oit/oit-no-brasil/lang--pt/index.htm Acesso em 20 jan.
2019.
MARX, Karl. O capital: critica da economia política: Livro I: o processo de produção do Capital; tradução de Rubens Enderle. –
São Paulo: Boitempo, 2013.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. São Paulo: Método, 2013.
PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Livia. Vade Mecum – Constituição da
República Federativa do Brasil e Consolidação das Leis do Trabalho. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. As relações de trabalho e a sociedade. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-trabalho-futuro.htm. Acesso em 23 jan. 2019.
ROMITA, Arion Sayão. Direitos Fundamentais nas Relações de Trabalho. São Paulo. LTr, 2012.
SEBRAE. OIT - Organização Internacional do Trabalho. Disponível em: http://ois.sebrae.com.br/comunidades/oit-organizacao-
internacional-do-trabalho/. Acesso em 20 jan. 2019. 
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Próxima aula
Convenção Coletiva de Trabalho e Acordo Coletivo de Trabalho
Instauração de um Dissídio Coletivo
Efeito da reforma trabalhista nas relações de trabalho.
Explore mais
Assista ao vídeo Evolução do Trabalho.
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Relações Trabalhistas e Sindicais
Aula 4: Acordos e convenção coletiva
Apresentação
O acordo coletivo de trabalho é uma negociação entre uma ou mais empresas e o sindicato da classe trabalhadora, e pode
ser proposto por qualquer uma das partes. Já a convenção coletiva de trabalho é obrigatória e negociada uma vez por ano,
por ocasião da data base da categoria e envolve o sindicato laboral e o sindicato patronal.Quando uma negociação coletiva não chega ao consenso pode ser instaurado um dissídio coletivo, cabendo à Justiça do
Trabalho decidir sobre o que não �cou acordado, como, por exemplo, o piso salarial da categoria.
A representação de empregados, dentro da própria empresa, permite aos trabalhadores negociar diretamente com o
empregador e evitar con�itos na justiça. A reforma trabalhista veio fortalecer a implementação dessa representação, na
qual o pro�ssional de Relações Trabalhistas e Sindicais deve saber conduzir.
Bons estudos!
Objetivos
Diferenciar a convenção coletiva de trabalho dos acordos coletivos de trabalho;
Analisar os efeitos da reforma trabalhista nas relações trabalhistas e sindicais.
Acordo coletivo de trabalho
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É um ato jurídico celebrado entre uma entidade sindical laboral e uma
ou mais empresas correspondentes, no qual se estabelecem regras
em suas relações trabalhistas.
Versa a legislação trabalhista que é facultado aos sindicatos representativos de categorias pro�ssionais celebrar acordos
coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho,
aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho. Observe que não há a
intervenção do sindicato patronal.
Diferentemente da convenção coletiva de trabalho, que vale para toda a categoria representada, os efeitos de um acordo se
limitam apenas às empresas acordantes e seus empregados.
Os acordos coletivos podem ser utilizados para ampliar direitos já assegurados para toda a categoria nas convenções de
trabalho ou adequar esses direitos às condições muito especí�cas de determinadas empresas.
O sindicato da categoria representa os interesses dos trabalhadores por meio de acordo coletivo como forma de resolução
pací�ca de con�ito.
Atenção
Não é possível diminuir direitos já conquistados em lei através de Acordo Coletivo, como, por exemplo, férias anuais e décimo
terceiro salário.
O limite do prazo de vigência de um acordo coletivo é de dois anos, após esse prazo o acordo se torna automaticamente
encerrado.
Convenção coletiva de trabalho
É o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e pro�ssionais
estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.
O acordo é celebrado entre sindicatos de empregados e de empregadores, e passa a ter valor jurídico e força de lei.
O acordo abrange toda a categoria pro�ssional e econômica independentemente da anuência de seus participantes e de sua
�liação sindical.
Uma vez por ano, na chamada data-base, os trabalhadores convocam uma assembleia geral no sindicato para dar início ao
processo de negociações coletivas.
Isso signi�ca que, nessa data, reajustes, pisos salariais, benefícios, direitos e deveres de empregadores e trabalhadores serão
objetos de negociações. Se os sindicatos, autorizados pelas respectivas assembleias gerais, estiverem de acordo com as
condições estipuladas na negociação, eles assinam a Convenção Coletiva de Trabalho, que deverá ser registrada e homologada
no órgão regional do Ministério do Trabalho (DRT).
Dissídio coletivo 
É ação instaurada perante a Justiça do Trabalho por um sindicato de
trabalhadores, pela empresa ou pelo Ministério Público do Trabalho para
que a Justiça decida qual é o caminho a ser tomado quando uma
negociação for frustrada ou quando uma das partes envolvidas está
oferecendo resistência ao acordo.
Sempre que uma negociação coletiva não for bem-sucedida, caberá à Justiça do Trabalho a responsabilidade de solucionar o
con�ito e conciliar as partes para a celebração de um acordo.
Com a decisão judicial, serão criadas normas que passarão a ser seguidas de forma obrigatória sobre o assunto que suscitou
aquele dissídio coletivo. Essas normas deverão respeitar os limites estabelecidos pela lei e as condições anteriormente
conveniadas.
O dissídio coletivo ocorre quando uma negociação não se concretiza, eliminando a possibilidade de que a negociação prossiga,
isso porque as partes relutam para chegar a um acordo.
Geralmente ocorre quando de um lado está o sindicato laboral e do outro o sindicato patronal na de�nição do reajuste salarial
da categoria, por ocasião da data base para formalização da convenção coletiva de trabalho.
Esgotadas as possiblidades de acordo e para que se decida o percentual de reajuste salarial o caso é encaminhado para a
Justiça do Trabalho, que ainda tentará a solução de acordo entre as partes, mas, não ocorrendo, instaura-se o dissídio coletivo
e a decisão �nal será do Poder Judiciário.
 Atividade
1 - O acordo coletivo de trabalho se diferencia da convenção coletiva de trabalho, porque o acordo coletivo de trabalho não
prevê a participação do sindicato laboral. A a�rmativa é falsa ou verdadeira?
Representação de empregados
É a representação de trabalhadores dentro da própria empresa e considerado o último grande pilar do direito coletivo do
trabalho. Esse direito é de suma importância, já que aumenta o diálogo entre as partes da relação de trabalho, evita con�itos na
Justiça e faz com que as normas de segurança e medicina do trabalho sejam mais bem �scalizadas.
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A reforma trabalhista de novembro de 2017 rati�cou o estabelecido no artigo 11 da Constituição Federal, que versa que nas
empresas que contam com mais de 200 empregados é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, solucionar
con�itos e fazer negociações diretamente com os empregadores.
Esse dispositivo visa estabelecer um diálogo permanente entre empregados e empresa sem a intervenção dos sindicatos e
mesmo do Estado. A participação dos sindicatos é garantida pela própria reforma trabalhista, principalmente, quando se trata
de acordos coletivos ou da convenção coletiva de trabalho.
Mesmo com essa garantia, os sindicatos criticaram a reforma alegando que essa representação veio com o objetivo de
esvaziar o seu direito de representar os trabalhadores, mas a representação sindical continua forte e presente na maioria das
negociações.
A negociação direta do empregado com a empresa, agora admitida com a reforma trabalhista, foi outra preocupação do
sindicato, mas essa também não se confunde com a representação dos empregados pois se trata de uma negociação
individual enquanto a representação dos empregados é coletiva.
A própria reforma trabalhista deixou claro o que pode ser negociado individualmente com todos os trabalhadores, sem
exceção. E também não se confunde com a negociação individual com empregados de nível superior e salário maior do que
duas vezes o teto máximo de salário de contribuição para a previdência social.
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Como a comissão de empregados deve ser formada?
A comissão de empregados será formada única e exclusivamente pelos empregados, se assim decidirem, porque a lei usa a
expressão assegura, que garante e dá a possibilidade de sua criação, mas não obriga. Mas, caso venha ser formada, torna-se
obrigatória sua continuidade, com exceção para os casos em que não houver candidatos para um mandato, sendo que nova
eleição deve ser convocada no prazo de um ano.
Atenção
Não pode haver nenhuma interferência da empresa e mesmo do sindicato na eleição e formação da comissão de empregados.
A comissão será composta:
1 Nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros.
2 Nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros.
3 Nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros.
A comissão de representantes dos empregados terá as seguintes atribuições:
 Representar os empregados perante a administração da empresa.
 Aprimorar o relacionamento entre a empresa e seus empregados com base nos princípios da boa-fé e do respeitomútuo.
 Promovero diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o �m de prevenir con�itos.
 Buscar soluções para os con�itos decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida e e�caz, visando à efetivaaplicação das normas legais e contratuais.
 Assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de discriminação por motivo desexo, idade, religião, opinião política ou atuação sindical.
 Encaminhar reivindicações especí�cas dos empregados de seu âmbito de representação.
 Acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias e das convenções coletivas e acordos coletivos detrabalho.
As decisões da comissão de representantes dos empregados serão sempre colegiadas, observada a maioria simples.
Desde o registro da candidatura até um ano após o �m do mandato, o membro da comissão de representantes dos
empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar,
técnico, econômico ou �nanceiro.
Reforma Trabalhista
A lei 13.467/17 traz um desa�o que é efetivar a implementação de mudanças que continue, de forma mais ágil, a construção
de uma estrutura de mercado de trabalho mais dinâmica e a formação de um ambiente de negócios propício aos
investimentos, à geração de empregos e ao empreendedorismo.
Qual o contexto que deu origem à reforma trabalhista?
Havia muita insegurança jurídica por parte das empresas quando das
negociações ajustadas com os sindicatos. Sentiam-se engessadas para
propor mudanças que iriam bene�ciar tanto a empresa quanto o empregado.
A CLT é de 1943 e de lá para cá o mundo passou por várias transformações que interferiu em nossas vidas bem como nas das
empresas, e ela continuava rígida e com pouco espaço para negociação.
Os empresários reclamavam da excessiva burocracia que onerava consideravelmente o emprego formal.
O mundo mudou, passou a ser globalizado, cresceu muito a competitividade das empresas, a tecnologia proporcionou
mudanças consideráveis no nosso dia a dia e também nas empresas. Era preciso nos modernizar e acompanhar o ritmo desse
desenvolvimento para que nossas empresas pudessem ser competitivas.
Muito se falou sobre o enfraquecimento dos sindicatos por ter agora a empresa oportunidade de negociar com seu empregado
sem ser assistido pelo sindicato, mas o que de fato penalizou os sindicatos foi a mudança na forma de cobrar a contribuição
sindical que deixou de ser compulsória e passou a ser facultativa para todos os trabalhadores, sem exceção. Isso acarretou
uma perda considerável de arrecadação.
Os sindicatos terão que se adaptar à nova realidade imposta pela reforma trabalhista. Será preciso mostrar serviço para que os
trabalhadores que compõem a categoria venham se associar ao sindicato para que este recupere sua arrecadação.
As negociações entre empresa e empregados ainda continuam com a assistência dos sindicatos, tanto laboral quanto patronal,
por ocasião da convenção coletiva de trabalho, como também por meio de outras negociações que não poderão ser realizadas
sem a participação dos sindicatos.
Relações trabalhistas e sindicais com a reforma
As alterações na CLT promovidas pela reforma trabalhista com a Lei 13.467/2017 afastou um pouco a interferência do Estado
nas relações de trabalho. Certamente as relações trabalhistas e sindicais nas empresas passam a ter maior representatividade
com o advento dessa reforma.
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Torna-se importante que pro�ssionais responsáveis pela intermediação tenham os conhecimentos necessários e estejam
capacitados para conduzir de forma apropriada as negociações.
Com esse novo cenário, as oportunidades de diálogo entre empresas e empregados serão mais intensos e certamente
apresentarão signi�cativas evoluções nas relações de trabalho. Com isso, os objetivos, a política e as estratégias
organizacionais terão maior participação dos trabalhadores, com as empresas mais seguras nas propostas de negociações,
sem correr o risco de esbarrar em ações judiciais que venham penalizá-las.
Como esse novo contexto reflete-se nas tarefas dos setores de Recursos
Humanos?
Esses setores, antes tradicionalmente centralizados no departamento pessoal, que viviam quase que exclusivamente para
prestação de serviços burocráticos agora passam também a se envolver na discussão de �loso�as e mudanças
organizacionais.
A nova tarefa básica do pro�ssional de Relações Trabalhistas e
Sindicais é a busca do equilíbrio entre necessidades da força de
trabalho e do capital.
A atuação dos gestores e dos pro�ssionais de Recursos Humanos passam a atingir diretamente as pessoas, a priorização de
objetivos, os processos de decisão e a produtividade. Essas características avocam práticas baseadas em uma proposta de
relações humanas com melhor padrão de convivência.
Os pro�ssionais de Recursos Humanos deixam de ser um instrumento administrativo e passam a cuidar com maior ênfase na
qualidade dos serviços, no compromisso entre as pessoas e na relação capital trabalho.
Espera-se com isso que as relações trabalhistas e sindicais possam ser conduzidas de maneira a evitar paralizações e
minimizar os con�itos existentes, gerando melhor clima organizacional. Os pro�ssionais envolvidos devem estar atualizados
com relação à legislação, mas também, e principalmente, com as técnicas de negociação.
 Atividade
2 - A reforma trabalhista de novembro de 2017 trouxe uma novidade que afetou a arrecadação dos sindicatos, porque a
contribuição sindical passou a ser facultativa somente para os sindicalizados. A a�rmativa é falsa ou verdadeira?
3 - Determinada convenção coletiva de trabalho não foi concretizada tendo em vista uma das partes oferecer resistência para
negociar o reajuste do piso salarial da categoria. O que pode ocorrer neste caso?
a) A negociação coletiva se encerra e fica suspensa até a comissão de empregados se manifestar.
b) Será instaurado dissídio coletivo para que a Justiça do Trabalho solucione a questão.
c) Nova proposta de negociação coletiva será proposta sem cláusula de reajuste salarial.
d) O negociador recorrerá à empresa para que apele junto ao sindicato patronal.
e) O sindicato laboral recorrerá a comissão de empregados para interferir na negociação.
4 - Na representação de empregados a comissão terá as seguintes atribuições, exceto:
a) Promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o fim de prevenir conflitos.
b) Acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias e das convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho.
c) Representar os empregados perante a administração da empresa.
d) Encaminhar reivindicações específicas dos empregados de seu âmbito de representação.
e) Aprimorar o relacionamento dos empregados com base nos princípios da boa fé e respeito mútuo.
Notas
Referências
ANTUNES, Ricardo C. Os Sentidos do Trabalho. São Paulo: Boitempo, 2000.
BORTOLOTTO, Rudimar Roberto. A importância da convenção e acordo coletivo de trabalho. Disponível em:
http://www.bortolotto.adv.br/blog/index.php/2018/10/18/a-importancia-da-convencao-e-acordo-coletivo-de-trabalho/. Acesso
em 15 jan. 2019.
BRASIL. Lei 13.467/17 - Reforma trabalhista. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2017/lei/l13467.htm Acesso em 31 mar. 2019.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTR, 2010.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. 1ª ed. – 8.
reimpr. – São Paulo: Atlas, 2012. ISBN 978-85-224-4502
GODOY, Leonardo Rodrigues de. Novas formas de contratação de trabalho. Disponível em: https://saberalei.com.br/novas-
regras contrato de trabalho/ Acesso em 18 jan 2019
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regras-contrato-de-trabalho/. Acesso em 18 jan. 2019.
HABIB ADVOCACIA. Nova CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) — atualizada com a Lei 13.467/2017. Disponível em:
https://www.habibadvocacia.com.br/download?
pasta=conteudo&idsite=1&idconteudo=40&nome_servidor=20181016165948_5bc643348ff8d.jpg&nome_arquivo=111.jpgAcesso em: 11 jul. 2019.
HUSEK, Carlos Roberto. Curso de Direito Internacional Público. 4 ed. São Paulo: LTR, 2002.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. São Paulo: Método, 2013.
PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Livia. Vade Mecum – Constituição da
República Federativa do Brasil e Consolidação das Leis do Trabalho. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. As relações de trabalho e a sociedade. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-trabalho-futuro.htm. Acesso em 23 jan. 2019.
ROMITA, Arion Sayão. Direitos Fundamentais nas Relações de Trabalho. São Paulo. LTr, 2012.
Próxima aula
Negociação.
Per�l de um negociador e as habilidades para negociação.
Papel de empregados, empresas e sindicatos em uma negociação coletiva.
Explore mais
Assista ao vídeo Como consultar Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.
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Relações Trabalhistas e Sindicais
Aula 5: Negociação
Apresentação
As Relações Trabalhistas e Sindicais, tem como atividade principal a negociação, processo para resolução de con�itos e
que fazem as partes dialogarem para chegarem ao consenso. No processo de negociação, temos a �gura do negociador
que analisará os prós e contras das propostas apresentadas.
As habilidades do negociador são fundamentais para que o processo de negociação seja conduzido de forma a atender os
anseios da organização. O negociador deve ter experiência no trato com os sindicatos, entender a legislação trabalhista e
conhecer bem as atividades da empresa.
O entendimento prévio é o primeiro caminho para se chegar ao consenso em uma negociação, sem que seja necessário
haver um con�ito. A negociação coletiva, quando bem conduzida, atende as partes envolvidas e evita a procura pelo
Judiciário.
Bons estudos!
Objetivos
Descrever o processo de negociação e as habilidades do negociador;
Analisar a negociação coletiva e a participação de empregados, empresas e sindicatos.
Entendendo a negociação
O processo de negociação é considerado a principal atividade da área de Relações Trabalhistas e Sindicais, sendo uma tarefa
muitas vezes incompreendida, pois o pro�ssional que conduz esse processo é empregado que, ao defender os interesses do
patrão, contraria os seus próprios; mesmo com essa grande contradição seu pro�ssionalismo deve superar essa situação.
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O termo negociação está presente no nosso dia a dia, seja na compra de um produto quando discutimos com o vendedor a
melhor forma de pagamento, quando da elaboração de um contrato com um fornecedor ou mesmo em uma oferta de emprego
quando estamos participando de um processo seletivo.
A negociação é um processo de relacionamento que visa o entendimento entre as partes. Pode ser simples ou complexo,
rápido ou demorado, envolvendo duas ou mais pessoas, duas ou mais empresas, dois ou mais sindicatos, empregados e
empregadores, vendedores e clientes.
Em uma negociação, as partes procuram chegar a um acordo satisfatório que atenda a ambos, e isso ocorre quando há
consenso no que se está negociando.
A competitividade cada vez mais acirrada entre as empresas em um mundo globalizado, faz com que as organizações
negociem o tempo todo, mesmo com diferenças de culturas, valores e métodos.
As empresas negociam quase que constantemente com os empregados, sindicatos, clientes e fornecedores. Essas
negociações vão desde a questão que envolve o clima organizacional, passando pelas reivindicações dos sindicatos, pelas
exigências dos clientes e propostas dos fornecedores.
É certo que nas negociações ambos os lados têm a chance de in�uenciar, persuadir e modi�car as ideias do outro.
Nas Relações Trabalhistas e Sindicais, é necessária uma visão global
da empresa para que as negociações atendam as expectativas dos
empregados dentro do que a empresa possa sustentar.
Habilidades do negociador
Nos dias de hoje, as organizações necessitam ter em seus quadros pro�ssionais capacitados que saibam negociar atendendo
as expectativas das empresas.
Para atuar na área de Relações Trabalhistas e Sindicais, o pro�ssional deve:
1 Possuir conhecimento da legislação trabalhista e também entender o funcionamento dos sindicatos laboral e patronal.
2 Quanto à formação acadêmica, os pro�ssionais de Relações Trabalhistas e Sindicais devem ser, de preferência, dasáreas de Direito, Administração, Economia ou de Gestão de Recursos Humanos.
3 É preciso ter uma visão completa do negócio de sua empresa, da estratégia, do mercado e dos custos, para que possalevar a bom termo as negociações com os sindicatos laborais.
O bom negociador sabe que é preciso se preparar com antecedência para participar de uma mesa de negociação. A
preparação facilitará o processo de negociação logo na primeira abordagem, mostrando à outra parte que está bem preparado
para o primeiro contato.
A ideia é de que a outra parte se retraia com o poder de organização do negociador e de sua capacidade de colher dados e
informações para a primeira rodada de negociação. Essa situação faz com que o negociador acerte logo no início, com grande
possibilidade de se sair bem no restante do processo e com probabilidade de convencer logo a outra parte.
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A habilidade de negociar está ligada a capacidades diversas, como comunicação e�ciente e assertiva, planejamento,
organização, disciplina, determinação, inovação e �exibilidade. Todas essas capacidades podem ser aprendidas e
aperfeiçoadas, transformando qualquer pessoa em um negociador apto a fechar bons acordos.
É fundamental que o negociador esteja preparado especi�camente para cada acordo, estudando o outro lado e entendendo
suas demandas. Com naturalidade, é possível conduzir uma negociação con�ante de que tudo está saindo como o planejado.
Isso trará mais tranquilidade no decorrer do processo, permitindo se concentrar no real interesse da outra parte.
Como preparar-se para uma negociação?
1
A preparação pode assumir a forma de um roteiro em que se de�ne como quer desenvolver a conversa, quais pontos
não podem �car de fora e qual a sequência em que eles devem ser abordados para que a negociação tenha �uência e
coerência de informação.
2
É importante planejar o que dizer e tentar prever também o argumento da outra parte, adiantar perguntas e pensar em
todas as brechas que poderão ser utilizadas. Sabendo disso, é possível já elaborar respostas e buscar dados que
reforcem seu ponto de vista e convençam seu oponente.
O negociador deve manter estreito relacionamento com os sindicatos patronais e laborais de cada região, analisando as
expectativas de cada um e interferindo, sempre que possível, em favor dos interesses de sua empresa, para que as decisões
não con�item com as estratégias que essa área deverá respeitar em sua organização.
Participar de reuniões e encontros diversos de pro�ssionais de Relações Trabalhistas das demais empresas que compõem o
sindicato, é fundamental para buscar o alinhamento de interesses e a troca de experiências tão importantes.  O negociador
deve também:
1
Ser observador
2
Ter um excelente controle emocional
3
Não fazer promessas
4
Respeitar a outra parte
5
Estar muito bem preparado para poder realizar uma boa
negociação
 Atividade
1 - Nas Relações Trabalhistas e Sindicais, a negociação é conduzida por um empregado da empresa que defende os interesses
do empregador, mesmo que isso o contrarie. Isso mostra que esse empregado zela pelo seu:
a) Salário
b) Profissionalismo
c) Interesse
Processo de negociação
É necessário entender que as negociações podem afetar diretamente o clima organizacional e a viabilidade econômica das
empresas e, portanto, esse relacionamento deve ser feito de forma estruturada e organizada.
Portanto, as Relações Trabalhistas e Sindicais devem ter como base uma visão global da empresa,

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