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Ava curriculo atividade 1

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Estudamos as teorias de currículo e, assim, podemos dividi-la em três
grupos: as teorias tradicionais, as teorias críticas e as teorias pós-modernas.
Agora, escreva um pequeno texto explicando cada uma delas, seus
principais autores e teorias. É fundamental que você explique como uma
teoria se contrapõe a outra. Bom trabalho!
Em primeiro plano é válido citar que o currículo pode ser definido muito além de um
simples elencar de conteúdos e diretrizes com a finalidade de serem trabalhados, em sala
de aula, pelos educadores no decorrer das distintas etapas da vida escolar de seus
discípulos. Esse pode ser ainda, resultado de uma construção histórica, bem como
cultural que sofre, ao longo do tempo, transformação em suas definições e estruturas.
Nesse lanço, interessante se faz comentar que as “teorias curriculares” recaem
sobre ambas as funções e as perspectivas do currículo, sob o contexto educacional e
histórico, tornando-se necessário aos professores, conhecer os temas concernentes ao
currículo de suas áreas de atuação, em conjunto com sentido expresso por sua
orientação curricular. Assim, observe-se que as teorias curriculares podem ser divididas
em correntes denominadas como tradicionais, críticas e pós-modernas, as quais serão
explicadas, no corpo desse trabalho.
As teorias tradicionais, também conhecidas por teorias técnicas, foram
desenvolvidas nos primórdios do século XX, cujo marco inicial fora a publicação do livro
de Bobbit, em 1918, intitulado “The Curriculum” (“O Currículo”). John Franklin Bobbitt,
associava as disciplinas curriculares à questão puramente mecânica e buscava
padronizar métodos e desempenhos, sendo esse o ponto essencial de sua proposta
curricular. O modelo curricular de Bobbit era claramente conservador, e foi a vertente
educacional mais influente nos EUA, naquele momento histórico, visto que, o sistema
educacional estaria conceitualmente atrelado ao sistema industrial, que, na época, vivia
os paradigmas da administração cientifica..
Ralph Tyler (1902-1994), foi também um teórico tradicional norte-americano
responsável por consolidar o modelo curricular proposto anteriormente por Bobbit, por
meio da imposição de regras no ambiente produtivo, através do trabalho repetitivo e com
base em divisões específicas de tarefas, com fulcro na produção em massa, as teorias
tradicionais também seguiram essa lógica no princípio do currículo. Em virtude disso, o
currículo era visto como uma instrução mecânica em que se elaborava a listagem de
assuntos impostos que deveriam ser ensinados pelo professor e prontamente
memorizados pelos estudantes.
Nessa vereda, a elaboração do currículo restringia-se a uma atividade burocrática,
sendo essa, desprovida de sentido e fundamentada na concepção de que o ensino
repousava na figura do professor, esse era o agente responsável por transmitir
conhecimentos específicos aos pupilos, e estes por sua vez, eram considerados somente
como meros repetidores dos assuntos estudados em aula.
Entretanto, nada permanece imútavel por muito tempo, os anos sessenta surgem
num período de efervescência no mundo ocidental, sendo marcados por meio de
agitações sociais causando mudanças intensas. Nessa década, surgiram os movimentos
de contracultura; os movimentos feminista e de liberação sexual; os protestos estudantis e
de trabalhadores na França (Maio de 1968) e em outras partes do mundo; as lutas contra
a Ditadura Militar no Brasil e os protestos contra a Guerra do Vietnã, além do crescimento
dos movimentos de luta pela independência nas antigas colônias europeias (como na
Guerra da Argélia) e do movimento de luta pelos direitos civis nos EUA (Movimento
Negro).
Em linhas gerais foi nesse período de contestação e rupturas que nasceram as
teorias Críticas, sendo elas vinculadas a autores da Escola de Frankfurt, notadamente
Max Horkheimer e Theodor Adorno. Ademais, outra influência importante, naquele
momento, foram dos autores da chamada Nova Sociologia da Educação, tais como Pierre
Bourdieu e Louis Althusser.
Em 1960, os autores anteriormente citados, conheceram uma maior crescente de
suas teorias, compreendendo que tanto a escola como a educação em si são
instrumentos de reprodução e legitimação das desigualdades sociais constituídas na base
da sociedade capitalista. Consequentemente, o currículo estaria atrelado aos interesses e
conceitos das classes dominantes, não atingindo diretamente aos grupos sociais
subordinados.
Em razão disso, a função do currículo, mais do que um conjunto coordenado e
ordenado de matérias, adquiri também, naquele período histórico, o papel de conter uma
estrutura analítica que permitisse uma perspectiva libertadora e conceitualmente crítica
em favorecimento das massas populares. As práticas curriculares, nesse sentido, eram
vistas como um espaço de defesa das lutas em ambos os campos cultural e social,
contrapondo sobremaneira a teoria conservadora fomentada, anteriormente por Bobbio e
seus admiradores.
Ressalte-se porém, que a medida em que as estruturas sociais sofrem alterações
significativas, nas décadas de 70 e 80, surgem então as teorias curriculares pós-
modernas, também denominadas de pós-críticas, partindo dos princípios da
fenomenologia, do pós-estruturalismo e dos ideais multiculturais. Acerca disso, a
perspectiva pós-crítica advertiu duramente as teorias tradicionais, no entanto soergueram
as suas condições para além da questão de classes sociais, dirigindo atenção sobre a
parte principal desse tópico, ou seja, o sujeito.
Com enfoque não somente sobre a realidade social dos indivíduos, era necessário
abarcar também os estigmas étnicos e culturais desses, dentre eles podemos citar, a
racialidade, o gênero, a orientação sexual, bem como, os demais elementos concernentes
às diferenças entre as pessoas. Nessa perspectiva, se fez interessante estabelecer o
combate à opressão de grupos semanticamente marginalizados lutando pela inclusão
desses no meio social.
As teorias pós-críticas consideravam que o currículo tradicional atuava como o
legitimador da metodologia preconceituosa, outrora estabelecida pela sociedade. Assim, a
sua função era a de se adaptar ao contexto específico dos estudantes para que o aluno
compreendesse nos costumes e práticas exercidos com outros sujeitos uma relação de
diversidade e respeito.
Em vista disso, pode-se dizer que as teorias pós-críticas modificam e ampliam
aquilo que estava sendo construído acerca do currículo ao longo do século XX. Propondo
um questionamento importante a respeito da temática do poder, uma vez que esse não é
algo dado e nem centralizado. Além do mais, em uma orientação pós-estruturalista, o
currículo passou a considerar a ideia de que não existe um conhecimento único e
verdadeiro, sendo esse uma questão de perspectiva histórica, isto é, algo que se
transforma em diferentes períodos históricos e lugares.
Por derradeiro as teorias curriculares críticas, por sua vez, problematizam a visão
técnica de currículo concebido, apenas como seleção de conteúdos que devem ser
“transmitidos” aos alunos. Trazendo a luz a análise do currículo, não somente no seu
conteúdo formal, como manual objetivo, repletos de técnicas e metodologias, entretanto
como uma atividade diária referente às práticas escolares. Em análise última,
consideremos a importante contribuição dessa abordagem quanto ao questionamento
elaborado sobre as desigualdades sociais materializadas no currículo escolar, abrindo
espaço a uma reflexão sobre formas de opressão e violência simbólica. Por fim, as teorias
pós-críticas deslocam o currículo para uma concepção centrada na luta de classes e nas
diversas desigualdades, apontando para a desnaturalizaçãodo currículo. Isso significa
dizer que as teorias pós-críticas contestam conteúdos, objetivos e metodologias ditas
como naturais nas práticas escolares.

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