Rastreamento do Câncer de Mama

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Rastreamento do Câncer de Mama 
De acordo com a revisão das Diretrizes para a 
Detecção Precoce do Câncer de Mama, a 
mamografia é o método preconizado para o 
rastreamento na rotina da Atenção Integral à 
Saúde da Mulher. No rastreamento organizado as 
mulheres na faixa etária preconizada para rastreio 
devem ser convidadas formalmente para os 
exames periódicos. A faixa preconizada para a 
mamografia de rotina é para as mulheres de 50 a 
69 anos de idade, a cada dois anos. 
 
OBJETIVOS 
Os programas de controle do câncer de mama têm 
como objetivos: 
1. Reduzir a incidência; 
2. Diminuir a mortalidade; 
3. Reduzir a morbidade associada ao tratamento. 
ESTRATÉGIAS 
Os programas de controle do câncer de mama têm 
como estratégias: 
1. Prevenção primária – Redução ou eliminação 
de fatores de risco; 
2. Detecção precoce – Identificação precoce de 
lesões neoplásicas ou precursoras; 
3. Tratamento; 
4. Reabilitação; 
5. Cuidados paliativos; 
6. Detecção precoce – Identificação precoce de 
lesões neoplásicas ou precursoras; 
7. Rastreamento; 
8. Diagnóstico precoce. 
OBS: o diagnóstico em fase inicial, melhora o 
prognóstico e reduz as condições de morbidade 
associadas. 
EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO 
O que procurar durante o exame das mamas? 
Alterações na forma, tamanho e temperatura, 
presença de nódulos, saída de líquido espontâneo, 
retração ou desvio do mamilo, alterações ou 
feridas na pele (pele tipo casca de laranja), sinais 
de inflamação, nódulos no pescoço e axilas. 
 
SINTOMAS DO CÂNCER DE MAMA 
Secreção saindo de um mamilo, crescimento das 
veias, vermelhidão, mama quente, inchaço, 
inversão ou mudança no formato do mamilo, 
alteração no tamanho, assimetria, tumor na pele, 
afundamento, endurecimento ou enrugamento da 
pele, mudança na textura da pele, lesão na pele 
que não cicatriza. 
Beatriz Loureiro 
RASTREAMENTO POPULACIONAL DO CÂNCER DE 
MAMA – BRASIL 
Mulheres entre 40-49 anos 
Exame Clínico das Mamas a cada ano. Mamografia 
para ECM alterado. 
 
Mulheres entre 50-69 anos 
Exame Clínico das Mamas a cada ano. Mamografia 
com um intervalo máximo de dois anos. 
Mulheres a partir de 35 anos com risco elevado 
Exame Clínico das Mamas e Mamografia a cada 
ano. 
Mulheres com história familiar de câncer de mama 
em pelo menos um parente de primeiro grau antes 
dos 50 anos; história em pelo menos um parente 
de primeiro grau com câncer de mama bilateral ou 
câncer de ovário em qualquer idade; história 
familiar de câncer de mama masculino e 
diagnóstico histopatológico de lesão mamária 
proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in 
situ. 
FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE MAMA 
Gênero 
Uma mulher é 200 vezes mais provável do que um 
homem de desenvolver câncer de mama. Os 
homens representam 1% dos casos de câncer de 
mama. 
Raça 
As mulheres brancas são ligeiramente mais 
propensas a desenvolver câncer de mama do que 
as mulheres afro-americanas. 
Genética 
Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou 
irmã) que tiveram a doença antes de 50 anos 
podem ser mais vulneráveis. Cerca de 5 a 10% dos 
casos de câncer de mama são hereditários. 
Idade 
As próprias alterações biológicas com o 
envelhecimento aumentam o risco. Mulheres mais 
velhas, sobretudo, a partir dos 50 anos, são mais 
propensas a desenvolver a doença. 
 
Condição do útero 
As mulheres com menarca precoce (primeira 
menstruarão antes dos 11 anos de idade), a 
menopausa tardia (última menstruação após os 55 
anos), nunca ter engravidado ou ter tido o 
primeiro filho depois dos 30 anos. 
Obesidade 
Ao atingir a menopausa, mulheres obesas correm 
mais risco de desenvolver câncer de mama. O 
álcool, aumenta o risco de desenvolver a doença. 
Radiação ionizante 
O risco devido à radiação ionizante, mulheres 
expostas a tratamento de radioterapia no tórax e 
também a dezenas de exames de mamografia 
aumentam o risco de desenvolvimento do câncer 
de mama. 
 
 
Beatriz Loureiro 
BI-RADS 
0 à o exame não foi capaz de avaliar 
corretamente a mama. Outros exames têm que 
ser feito (mamografia de compressão, ultrassom 
ou ressonância). 
1 à exame normal, seguir com mamografia 
normalmente. 
2 à exame normal, seguir rastreamento com 
mamografia normalmente. 
3 à provavelmente normal. Seguir rastreamento 
com mamografia normalmente ou repetir exame 
com 6 meses. 
4 à suspeita de anormalidade. Realizar biópsia de 
mama. 
5 à risco alto de câncer. Realizar biópsia de 
mama. 
6 à paciente já tem câncer comprovado por 
biópsia e fez o planejamento da cirurgia. 
Mamografia para planejar a cirurgia. 
 
Questão norteadora 
1- Qual a eficácia do rastreamento com AEM na 
redução da mortalidade global e por câncer de 
mama? 
Recomendação: O Ministério da Saúde 
recomenda contra o ensino do AEM como método 
de rastreamento do câncer de mama 
(recomendação contrária fraca: os possíveis danos 
provavelmente superam os possíveis benefícios). 
2- Qual a eficácia do rastreamento com ECM na 
redução da mortalidade global e por câncer de 
mama? 
Recomendação: Ausência de recomendação: o 
balanço entre possíveis danos e benefícios é 
incerto. 
3- Qual a eficácia do rastreamento com 
mamografia na redução da mortalidade global e 
por câncer de mama, comparada à ausência de 
rastreamento? 
Recomendação < de 50 anos. 
O Ministério da Saúde recomenda contra o 
rastreamento com mamografia em mulheres com 
menos de 50 anos (recomendação contrária forte: 
os possíveis danos claramente superam os 
possíveis benefícios). 
De 50 a 59 anos 
O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento 
com mamografia em mulheres com idade entre 50 
e 59 anos (recomendação favorável fraca: os 
possíveis benefícios e danos provavelmente são 
semelhantes). 
 De 60 a 69 anos 
O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento 
com mamografia em mulheres com idade entre 60 
e 69 anos (recomendação favorável fraca: os 
possíveis benefícios provavelmente superam os 
possíveis danos). 
De 70 a 74 anos: O Ministério da Saúde 
recomenda contra o rastreamento com 
mamografia em mulheres com idade entre 70 e 74 
anos. (recomendação contrária fraca: o balanço 
entre possíveis danos e benefícios é incerto) 
 75 anos ou mais: O Ministério da Saúde 
recomenda contra o rastreamento com 
mamografia em mulheres com 75 anos ou mais. 
(recomendação contrária forte: os possíveis danos 
provavelmente superam os possíveis benefícios) 
Periodicidade: O Ministério da Saúde recomenda 
que a periodicidade do rastreamento com 
mamografia nas faixas etárias recomendadas seja 
a bienal (recomendação favorável forte: os 
Beatriz Loureiro 
possíveis benefícios provavelmente superam os 
possíveis danos quando comparada às 
periodicidades menores do que a bienal). 
 
 
 
 
 
 
Beatriz Loureiro